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PREVENÇÃO DE PRÉ ECLÂMPSIA COM ASPIRINA

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“PREVENÇÃO DE PRÉ 
ECLÂMPSIA COM ASPIRINA” 
Daniel L. Rolnik, PhD; Kypros H. Nicolaides, MD; Liona C. Poon, MD.
Grupo C: 
Aline Reis Tavares 
Brenda Marques Marcelino 
Pedro Soares Dias 
Rafael Affonso Resende 
Robson J. Calicchio 
Stárley Augusto de Souza Lopes 
Apresentação de artigo: 
ROLNIK, Daniel L. et al. Prevention of preeclampsia 
with aspirin. American Journal Of Obstetrics And 
Gynecology, v. 45, n. , p. 1-12, ago. 2020. Elsevier BV. 
http://dx.doi.org/10.1016/j.ajog.2020.08.045.
Pré-eclâmpsia → 2% a 8% de todas as gestações; 
Mães afetadas pela pré-eclâmpsia têm 2 a 5x mais chances de 
desenvolver hipertensão e doença cardiovascular e 
cerebrovascular; 
Um terço de todos os casos de pré-eclâmpsia requerem parto 
prematuro. 
INTRODUÇÃO
PARTO PREMATURO
RESTRIÇÃO DE CRESCIMENTO FETAL 
PREMATURIDADE 
PARALISIA CEREBRAL, ATRASO NEURODESENVOLVIMENTISTA, 
DISTÚRBIOS RESPIRATÓRIOS, HIPERTENSÃO, DISFUNÇÃO RENAL, 
RESISTÊNCIA À INSULINA, OBESIDADE, DOENÇAS CARDIOVASCULARES 
E CAPACIDADE DE TRABALHO PREJUDICADA. 
HISTÓRIA DA ASPIRINA
ROLNIK, Daniel L. et al. Prevention of preeclampsia 
with aspirin. American Journal Of Obstetrics And 
Gynecology, v. 45, n. , p. 1-12, ago. 2020. Elsevier BV. 
http://dx.doi.org/10.1016/j.ajog.2020.08.045.
DESEQUILÍBRIO 
PROTEÍNAS 
ANGIOGÊNICAS E 
ANTIANGIOGÊNICAS
INFLAMAÇÃO 
GENERALIZADA 
DANOS ENDOTELIAIS 
AGREGAÇÃO DE 
PLAQUETAS
INVASÃO 
TROFOBLÁSTICA 
SUBÓTIMA
FISIOPATOLOGIA
MECANISMO DE AÇÃO NA 
PREVENÇÃO DA PRÉ-ECLÂMPSIA
ROLNIK, Daniel L. et al. Prevention of preeclampsia 
with aspirin. American Journal Of Obstetrics And 
Gynecology, v. 45, n. , p. 1-12, ago. 2020. Elsevier BV. 
http://dx.doi.org/10.1016/j.ajog.2020.08.045.
Melhoria no processo de 
placentação; 
MECANISMOS PROPOSTOS
I n i b i ç ã o d a a g r e g a ç ã o 
p l a q u e t á r i a e s e u e f e i t o 
antitrombótico, levando a níveis 
mais baixos de infarto placentário; 
Efeitos anti-inflamatórios e 
estabilização endotelial. 
Este artigo resume as 
evidências em torno da 
aspirina para a prevenção 
da pré-eclâmpsia e suas 
complicações.
7
OBJETIVO
❖ 102 mulheres com alto risco de pré-
eclâmpsia e restrição de crescimento 
fetal; 
❖ Doses diárias de aspirina 150 mg e 
dipiridamol 300 mg; 
❖ A partir de 12 semanas de IG; 
❖ 6 casos de pré-eclâmpsia, 5 de óbito 
perinatal e outros 4 de restrição de 
crescimento fetal no grupo controle, e 
nenhum desses eventos ocorreu no 
grupo tratamento.
 Resultados conflitantes de ensaios randomizados
EFEITO DA ASPIRINA NAS TAXAS 
DE PRÉ-ECLÂMPSIA 
❖ 9.364 mulheres em risco de pré-
eclâmpsia; 
❖ Dose diária de 60 mg; 
❖ Iniciado entre 12 e 32 semanas de 
idade gestacional; 
❖ Considerado seguro, mas não levou 
a uma redução nas taxas de pré-
eclâmpsia. 
❖ Quanto menor a idade gestacional, 
menor as taxas de pré-eclâmpsia.
Collaborative Low-dose Aspirin 
Study in Pregnancy (CLASP): 
O efeito da aspirina em complicações 
mediadas pela placenta, Beaufils et al:
❖ Altamente eficaz se iniciada antes das 
16 semanas de idade gestacional. 
❖ Não confere nenhum efeito benéfico 
quando iniciado após 16 semanas 
❖ Redução das formas graves e 
prematuras da doença 
❖ Efeito dose-resposta quando a 
aspirina é iniciada antes das 16 
semanas de idade gestacional.
EFEITO INCONSISTENTE DA ASPIRINA 
IDENTIFICADA EM META-ANÁLISES 
❖ Foi identificada uma redução 
modesta de 10% de risco 
❖ A medicação experimental foi dada 
em doses inferiores a 100 mg. 
❖ Em 59% das gestações incluídas, a 
medicação experimental começou 
após 20 semanas. 
❖ Foram utilizadas 15 definições de 
pré-eclâmpsia
Agentes antiplaquetários para a 
prevenção da pré-eclâmpsia: uma meta-
análise de dados individuais de 
pacientes
Uma série de meta-análises subsequentes 
de dados agregados revelou:
Foi observado que o efeito benéfico da 
aspirina é, portanto, otimizado quando:
✓Iniciado antes das 16 semanas, 
✓Ação dose-resposta, com o efeito 
maximizado em doses diárias acima 
de 100 mg.
RESULTADOS
❖ Altamente eficaz se iniciada antes das 16 
semanas de IG; 
❖ Não confere nenhum efeito benéfico 
quando iniciado após 16 semanas; 
❖ Redução das formas graves e prematuras 
da doença; 
❖ Efeito dose-resposta quando a aspirina é 
iniciada antes das 16 semanas de IG. 
O TESTE DE PREVENÇÃO DA ASPIRINA 
PARA PRÉ-ECLÂMPSIA BASEADA EM 
EVIDÊNCIAS
❖ 1776 mulheres de alto risco → 
aleatória e cegamente 
❖ 150 mg da droga de ensaio 
diariamente ou placebo 
❖ 11 a 14 semanas de IG até 36 
semanas de IG ou parto 
❖ Mulheres de alto risco foram 
iden t i f i cadas por a lgor i tmo 
combinado 
❖ O tratamento com aspirina reduziu 
a taxa de pré-eclâmpsia pré-termo 
em 62% no grupo aspirina. 
 ASPRE Uma Análise secundária dos 
dados do estudo ASPRE
ANÁLISE DE SUBGRUPO DO ESTUDO ASPRE SOBRE O 
EFEITO DA ASPIRINA NA TAXA DE PRÉ-ECLÂMPSIA 
PRÉ-TERMO
ROLNIK, Daniel L. et al. 
Prevention of preeclampsia with 
aspirin. American Journal Of 
Obstetrics And Gynecology, v. 
45, n. , p. 1-12, ago. 2020. Elsevier 
BV. http://dx.doi.org/10.1016/
RESULTADOS
A aspirina em uma 
dose diária de 150 mg, 
iniciada antes das 16 
semanas de IG reduz a 
incidência de pré-
eclâmpsia pré-termo. 
tempo de permanência 
em UTI neonatal (68%) 
p a r t o s a n t e s d e 3 2 
semanas de IG com pré-
eclâmpsia.
T e n d ê n c i a n ã o 
significativa de maior 
redução na taxa de pré-
eclâmpsia quanto mais 
cedo a IG no parto.
SEGURANÇA DA ASPIRINA NA GRAVIDEZ
O uso de aspirina na gravidez é considerado seguro. 
Efeitos colaterais: 
❖ 10% das mulheres sintomas gastrointestinais, 
nenhum outro efeito colateral importante para as 
mulheres foi confirmado. 
❖ Risco aumentado de abrupção placentária -início 
tardio da terapia com aspirina 
PREVENÇÃO DA PRÉ-ECLÂMPSIA COM 
ASPIRINA EM MÚLTIPLAS GESTAÇÕES
❖ Chance de pré-eclâmpsia pré-termo em gestações 
únicas (99%) e gemelares (75%). 
❖ Gestações gêmeas dicoriônica (RR=8,7) e 
monocoriônica( RR=9,1). 
❖ Incidência de pré-eclâmpsia em gestações gêmeas 
com fatores de risco adicionais é 
significativamente menor em quem recebe 
aspirina 150 mgs diários em comparação com 75 
mg diários.
PREVENÇÃO DA PRÉ-ECLÂMPSIA COM 
ASPIRINA EM MÚLTIPLAS GESTAÇÕES
Redução significativa do risco com uso de aspirina em 
doses entre 60 mg e 100 mg na pré-eclâmpsia e pré-
eclâmpsia leve. 
Não houve redução na pré-eclâmpsia grave.
Revisão sistemática e uma meta-análise de 6 ensaios 
controlados randomizados com 898 gestações múltiplas.
EFEITO DA ASPIRINA EM OUTROS DESFECHOS 
ADVERSOS DA GRAVIDEZ E CARDIOVASCULAR
Associação Americana do Coração em 2011: 
Histórico de pré-eclâmpsia ou hipertensão 
induzida pela gravidez → fator de risco importante 
para o desenvolvimento de doenças 
cardiovasculares. 
American College of Obstetricians and 
Gynecologists and the American Heart 
Association: 
Rastreamento de fatores de risco de doenças 
cardiovasculares para mulheres com pré-eclâmpsia 
anterior (<37 semanas) ou recorrente.
Não, se a pré-eclâmpsia 
causada principalmente 
p o r u m a a d a p t a ç ã o 
cardiovascular subótima 
durante a gravidez.
Sim, se pré-eclâmpsia 
causada pela placenta 
pejudicada. 
A PREVENÇÃO DA PRÉ-ECLÂMPSIA COM 
ASPIRINA LEVARÁ A MENORES TAXAS DE 
EVENTOS CARDIOVASCULARES MAIS TARDE ?
ANÁLISE SECUNDÁRIA DO ESTUDO 
ASPRE 
ROLNIK, Daniel L. et al. Prevention of 
preeclampsia with aspirin. American 
Journal Of Obstetrics And Gynecology, v. 
45, n. , p. 1-12, ago. 2020. Elsevier BV. 
RISCO RELATIVO E NÚMERO NECESSÁRIO PARA TRATAR 
COM IC DE 95% PARA DIFERENTES RESULTADOS 
ADVERSOS DA GRAVIDEZ COM USO DE ASPIRINA INICIADO 
ANTES DE 16 SEMANAS EM COMPARAÇÃO COM PLACEBO 
OU NENHUM TRATAMENTO
ROLNIK, Daniel L. et al. Prevention of preeclampsia with aspirin. 
American Journal Of Obstetrics And Gynecology, v. 45, n. , p. 1-12, 
ago. 2020. Elsevier BV. http://dx.doi.org/10.1016/j.ajog.2020.08.045.
PRÓS
ASPIRINA UNIVERSAL 
Benefício da aspirina na 
redução do risco de pré-
eclâmpsiapré -termo; 
Baixo custo; 
Perfil de segurança.
CONTRAS
Potenciais eventos hemorrágicos e 
outros eventos adversos. 
Os benef íc ios da asp i r ina 
universal e da segurança a longo 
prazo dessa estratégia não foram 
adequadamente estudados em 
ensaios randomizados. 
A boa adesão ao tratamento é 
primordial para o sucesso da 
prevenção.
Custo incremental médio es1mado para uma gravidez 
complicada por doença hipertensiva foi de US $ 8200. 
(2011) 
Fornecimento de aspirina para mulheres consideradas de 
alto risco fez uma economia de custos de cerca de US $ 
370 milhões. 
O uso universal de aspirina levaria a uma economia de 
custo de € 14,9 milhões. 
A triagem no primeiro trimestre levou a uma redução 
significa1va na taxa de pré-eclâmpsia de início precoce e 
uma economia de custos de CaD $ 14,4 milhões.
CUSTOS
CONCLUSÃO 
Mulheres de alto risco 
> 100 mg 
< 16 semanas de IG
Aspirina tem alta eficácia 
para prevenção da pré-
eclâmpsia pré-termo quando:
Reduz a incidência em mais de 
6 0 % e t a m b é m r e d u z o s 
resultados adversos associados a 
essa doença
Uso de a lgor i tmos 
preditivos; 
Triagem combinada 
com fatores maternos. 
I d e n t i f i c a ç ã o d e 
gestantes de alto risco 
d e v e s e r n o 1 º 
trimestre da gravidez

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