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CADERNO SISTEMATIZADO DE DIREITO ELEITORAL

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CADERNOS SISTEMATIZADOS - ELEITORAL 1 
 
DIREITO ELEITORAL 
NOÇÕES INTRODUTÓRIAS AO DIREITO ELEITORAL .............................................................. 10 
1. DIREITOS POLÍTICOS X DIREITO ELEITORAL ................................................................... 10 
2. DIREITO ELEITORAL: CONCEITO E OBJETO ..................................................................... 10 
2.1. Conceito ......................................................................................................................... 10 
2.2. Objeto do direito eleitoral ............................................................................................. 11 
2.2.1. Esquema gráfico sobre o Direito Eleitoral (conceito, objeto e objetivos) .................. 12 
3. FONTES DO DIREITO ELEITORAL ...................................................................................... 12 
3.1. FONTE MATERIAL ......................................................................................................... 13 
3.2. FONTES FORMAIS DIRETAS ........................................................................................ 13 
3.2.1. Constituição ............................................................................................................. 13 
3.2.2. Leis infraconstitucionais ........................................................................................... 16 
3.2.3. Leis eleitorais próprias e leis eleitorais subsidiárias ................................................. 16 
3.2.4. Resoluções/Instruções da Justiça Eleitoral .............................................................. 17 
3.2.5. Estatutos dos Partidos Políticos ............................................................................... 20 
3.2.6. Princípios Jurídicos .................................................................................................. 21 
3.3. FONTES FORMAIS INDIRETAS .................................................................................... 21 
3.3.1. Jurisprudência eleitoral ............................................................................................ 21 
3.3.2. Consultas................................................................................................................. 21 
3.4. FONTES INFORMAIS .................................................................................................... 22 
3.4.1. Doutrina ................................................................................................................... 22 
3.4.2. Analogia .................................................................................................................. 22 
3.4.3. Costumes Jurídicos ................................................................................................. 22 
PRINCÍPIOS DO DIREITO ELEITORAL ....................................................................................... 23 
1. PRINCÍPIO DA ANUALIDADE OU ANTERIORIDADE ELEITORAL ...................................... 23 
1.1. CONCEITO E FUNDAMENTO ....................................................................................... 23 
1.2. A LEI DA FICHA LIMPA (LC 135/10) E O PRINCÍPIO DA ANUALIDADE ....................... 23 
1.2.1. Inovações da LC 135/10 .......................................................................................... 23 
1.2.2. Aplicação da LC 135/10 nas eleições de 2010 em face do princípio da anualidade . 24 
1.2.3. Constitucionalidade da LC 135/2010 (violação à presunção de inocência, 
retroatividade da lei ‘maléfica’) ............................................................................................... 24 
1.3. ENTENDIMENTO DO STF E TSE SOBRE O PRINCÍPIO DA ANUALIDADE ................. 25 
2. PRINCÍPIO DA CAUTELA/LEGITIMIDADE DAS ELEIÇÕES (CF/1988 - ART. 14, §9º) ........ 25 
3. PRINCÍPIO DA CELERIDADE ............................................................................................... 25 
4. PRINCÍPIO DA PRECLUSÃO INSTANTÂNEA ...................................................................... 26 
5. PRINCÍPIO DA DEVOLUTIVIDADE DOS RECURSOS ......................................................... 26 
6. PRINCÍPIO DO APROVEITAMENTO DO VOTO ................................................................... 26 
7. PRINCÍPIO DA IMPERSONALIDADE .................................................................................... 26 
 
 
CADERNOS SISTEMATIZADOS - ELEITORAL 2 
 
INSTITUIÇÕES DO DIREITO ELEITORAL ................................................................................... 28 
1. PODER JUDICIÁRIO ELEITORAL: PODER JUDICIÁRIO ESPECIALIZADO EM DIREITO 
ELEITORAL .................................................................................................................................. 28 
2. ORGANIZAÇÃO DA JUSTIÇA ELEITORAL .......................................................................... 28 
2.1. Juiz Eleitoral (JE) ........................................................................................................ 28 
2.2. Junta Eleitoral (JTE) .................................................................................................... 29 
2.3. Tribunal Regional Eleitoral (TRE) ................................................................................ 31 
2.3.1. Composição ............................................................................................................. 31 
2.3.2. Julgamento .............................................................................................................. 32 
2.4. Tribunal Superior Eleitoral (TSE) ................................................................................. 33 
2.4.1. Membros.................................................................................................................. 33 
2.4.2. Impedimentos: ......................................................................................................... 34 
2.4.3. Afastamentos: .......................................................................................................... 34 
2.4.4. Julgamento: ............................................................................................................. 34 
3. ORGANIZAÇÃO TERRITORIAL DA JUSTIÇA ELEITORAL............................................... 34 
3.1. Circunscrição Eleitoral ................................................................................................. 34 
3.2. Zona Eleitoral .............................................................................................................. 35 
3.3. Seções Eleitorais......................................................................................................... 35 
4. COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA ELEITORAL ....................................................................... 35 
4.1. Visão Geral ................................................................................................................. 35 
4.2. Competência do TSE e dos TREs ............................................................................... 36 
4.3. Competência dos Juízes Eleitorais e da Junta Eleitoral .............................................. 42 
5. FUNÇÕES DA JUSTIÇA ELEITORAL ................................................................................... 43 
5.1. FUNÇÃO JURISDICIONAL ............................................................................................. 43 
5.2. FUNÇÃO ADMINISTRATIVA .......................................................................................... 44 
5.2.1. Função Administrativa “Geral” ................................................................................. 44 
5.2.2. Função Administrativa Própria ................................................................................. 45 
5.3. FUNÇÃO NORMATIVA .................................................................................................. 45 
5.3.1. Função normativa “geral” dopoder judiciário ........................................................... 45 
5.3.2. Função normativa específica da justiça eleitoral ...................................................... 45 
5.4. FUNÇÃO CONSULTIVA ................................................................................................. 46 
5.5. FUNÇÃO DE CONTROLE/CORREIÇÃO/FISCALIZAÇÃO ............................................. 47 
6. MINISTÉRIO PÚBLICO ELEITORAL ..................................................................................... 49 
6.1. ESTRUTURA DO MP ELEITORAL ................................................................................. 49 
6.2. FUNÇÕES DO MP ELEITORAL ..................................................................................... 52 
7. POLÍCIA ELEITORAL ............................................................................................................ 53 
7.1. PREVISÃO LEGAL ......................................................................................................... 53 
7.2. ATIVIDADE DE POLÍCIA ................................................................................................ 53 
7.2.1. Polícia Judiciária Eleitoral ........................................................................................ 54 
7.2.2. Polícia Ostensiva Eleitoral ....................................................................................... 54 
 
 
CADERNOS SISTEMATIZADOS - ELEITORAL 3 
 
8. DEFENSORIA PÚBLICA ELEITORAL ................................................................................... 54 
9. PROCURADORIA DA FAZENDA NACIONAL - PFN ............................................................. 55 
INSTITUTOS DO DIREITO ELEITORAL ...................................................................................... 58 
1. SUFRÁGIO ........................................................................................................................ 58 
1.1. Conceito de sufrágio ................................................................................................... 58 
1.2. Objetivos do sufrágio ................................................................................................... 58 
1.3. Classificação do sufrágio ............................................................................................. 59 
2. VOTO ................................................................................................................................. 60 
2.1. Natureza do voto ......................................................................................................... 60 
2.2. Características do voto ................................................................................................ 61 
2.3. Escrutínio .................................................................................................................... 63 
2.4. Cidadania x Nacionalidade .......................................................................................... 64 
SISTEMA ELEITORAL.................................................................................................................. 65 
1. CONCEITO ............................................................................................................................ 65 
2. ESPÉCIES DE SISTEMAS ELEITORAIS .............................................................................. 65 
2.1. SISTEMA ELEITORAL MAJORITÁRIO .......................................................................... 65 
2.1.1. Sistema Eleitoral Majoritário Simples/Relativo; ........................................................ 65 
2.1.2. Sistema eleitoral majoritário ABSOLUTO................................................................. 66 
2.1.3. Sistema eleitoral majoritário e infidelidade partidária ............................................... 66 
2.2. SISTEMA ELEITORAL PROPORCIONAL ...................................................................... 67 
2.2.1. Noções gerais .......................................................................................................... 67 
2.2.2. Cálculos do Sistema Proporcional ........................................................................... 68 
2.2.3. Sistema eleitoral proporcional e infidelidade partidária ............................................ 72 
2.3. SISTEMA ELEITORAL MISTO ....................................................................................... 72 
2.3.1. Voto distrital (o país é dividido em distritos). ............................................................ 72 
2.3.2. Voto geral ................................................................................................................ 72 
3. PLEBISCITO E REFERENDO ............................................................................................... 72 
3.1. NOÇÕES GERAIS .......................................................................................................... 72 
3.2. PLEBISCITO .................................................................................................................. 73 
3.3. REFERENDO ................................................................................................................. 73 
3.4. PROCEDIMENTO DO REFERENDO/PLEBISCITO ....................................................... 73 
3.5. EXECUÇÃO DO PLEBISCITO E REFERENDO ............................................................. 74 
CAPACIDADE ELEITORAL .......................................................................................................... 75 
1. CONCEITO E DESDOBRAMENTOS ................................................................................. 75 
2. DIREITOS POLÍTICO-ELEITORAIS POSITIVOS ............................................................... 75 
2.1. Capacidade eleitoral ativa: alistabilidade e voto .......................................................... 75 
2.2. Capacidade eleitoral passiva: elegibilidade ................................................................. 76 
3. DIREITOS POLÍTICO-ELEITORAIS NEGATIVOS ............................................................. 77 
3.1. Inelegibilidades (absolutas e relativas) ........................................................................ 77 
 
 
CADERNOS SISTEMATIZADOS - ELEITORAL 4 
 
3.2. Privação dos direitos políticos (perda ou suspensão) .................................................. 92 
3.3. Servidor público e exercício de mandato eletivo .......................................................... 94 
ALISTAMENTO ELEITORAL ........................................................................................................ 95 
1. NATUREZA JURÍDICA DO ALISTAMENTO ELEITORAL .................................................. 95 
2. PROCEDIMENTO DE ALISTAMENTO ELEITORAL .......................................................... 95 
2.1. Provocação do alistamento ......................................................................................... 95 
2.2. 1ª Fase do alistamento eleitoral: QUALIFICAÇÃO ...................................................... 95 
2.2.1. Requisitos da qualificação ....................................................................................... 95 
2.3. 2ª fase do alistamento eleitoral: INSCRIÇÃO .............................................................. 98 
3. TRANSFERÊNCIA ............................................................................................................. 99 
4. SEGUNDA VIA DO TÍTULO DE ELEITOR ....................................................................... 100 
5. CANCELAMENTO E EXCLUSÃO DA INSCRIÇÃO ELEITORAL ..................................... 101 
5.1. Hipóteses de cancelamento/exclusão do título/eleitor ............................................... 101 
5.2. Procedimento de exclusão ........................................................................................ 104 
6. REVISÃO DO TÍTULO DE ELEITOR............................................................................... 105 
PROCESSO ELEITORAL ........................................................................................................... 107 
1. PRIMEIRA FASE: FASE PREPARATÓRIA ......................................................................... 107 
6.1. DAS CONVENÇÕES PARTIDÁRIAS ........................................................................... 108 
6.1.1. Coligação partidária ............................................................................................... 108 
6.1.2. Prazo da Convenção ............................................................................................. 108 
6.1.3. Lugar da Convenção ............................................................................................. 109 
6.1.4. Propaganda eleitoral na Convenção ...................................................................... 109 
6.1.5. Tipo de Convenção ................................................................................................ 109 
6.1.6. Escolha dos pré-candidatos para registro na Convenção ...................................... 110 
6.2. DOS REGISTROS DAS CANDIDATURAS ................................................................... 111 
6.2.1. Requisitos para o registro ...................................................................................... 111 
6.2.2. Competência para receber os registros dos pré-candidatos .................................. 114 
6.2.3. Prazo para análise do pedido de registro ............................................................... 114 
6.2.4. Identificação dos pré-candidatos ........................................................................... 115 
6.2.5. Substituição dos candidatos .................................................................................. 116 
6.3. DA PROPAGANDA POLÍTICA ..................................................................................... 117 
6.3.1. Propaganda Institucional (art. 37, §1º CF/88) ........................................................ 117 
6.3.2. Propaganda Partidária ........................................................................................... 119 
6.3.3. Propaganda Intrapartidária .................................................................................... 122 
6.3.4. Propaganda Eleitoral ............................................................................................. 122 
6.4. ATOS PREPARATÓRIOS PARA A VOTAÇÃO (PARTINDO PARA A 2ª FASE) .......... 147 
7. SEGUNDA FASE: FASE DA VOTAÇÃO ............................................................................. 149 
7.1. REGRAS GERAIS DA VOTAÇÃO ................................................................................ 149 
7.2. DA JUSTIFICATIVA E VOTO NO EXTERIOR .............................................................. 150 
 
 
CADERNOS SISTEMATIZADOS - ELEITORAL 5 
 
7.2.1. Prazos ................................................................................................................... 150 
7.2.2. Do voto impresso (art. 5º, L.12.034/09).................................................................. 151 
8. TERCEIRA FASE: FASE DA APURAÇÃO .......................................................................... 152 
9. QUARTA FASE: FASE DA DIPLOMAÇÃO (ÚLTIMA FASE DO PROCESSO ELEITORAL) 152 
9.1. CONCEITO DE DIPLOMAÇÃO .................................................................................... 152 
9.2. COMPETÊNCIA PARA A DIPLOMAÇÃO ..................................................................... 152 
ARRECADAÇÃO E APLICAÇÃO DE RECURSOS NAS CAMPANHAS ELEITORAIS (ARTS. 17 A 
27 DA L.9504/97) ........................................................................................................................ 153 
1. PRINCÍPIO NORTEADOR ................................................................................................... 153 
10. FIXAÇÃO DOS LIMITES DOS GASTOS DE CAMPANHA, POR PARTIDO E CANDIDATOS
 153 
11. ABERTURA DE CONTAS CORRENTES ESPECÍFICAS ................................................. 154 
12. DOAÇÕES ....................................................................................................................... 155 
9.1. LIMITES DE DOAÇÃO POR PESSOA FÍSICA (ART. 23 E 27 L.9504/97) .................... 155 
9.2. O FIM DAS DOAÇÕES FINANCEIRAS DE PESSOAS JURÍDICAS ............................. 156 
12.1. VEDAÇÕES PARA DOAÇÕES ................................................................................. 158 
12.2. RESPONSABILIZAÇÃO ............................................................................................ 159 
12.2.1. Do partido político .............................................................................................. 159 
12.2.2. Do candidato ...................................................................................................... 159 
12.3. DA PRESTAÇÃO DE CONTAS (ARTS. 28 A 32 L.9504/97) ..................................... 159 
12.4. RITO PROCESSUAL (ART. 30 DA L.9504/97) ......................................................... 161 
13. O ART. 30-A DA LEI ELEITORAL E AS SUAS IMPLICAÇÕES. ARRECADAÇÃO, GASTOS 
E PRESTAÇÃO DE CONTAS DE CAMPANHA ELEITORAL...................................................... 162 
AÇÕES CIVIS ELEITORAIS (PROCESSO CONTENCIOSO ELEITORAL) ................................ 164 
1. RECLAMAÇÃO OU REPRESENTAÇÃO POR DESCUMPRIMENTO DA LEI DAS ELEIÇÕES 
ART. 96 DA LEI 9504/97 (RDLE); ............................................................................................... 165 
13.1. PREVISÃO LEGAL DA RDLE (ART. 96 DA L.9504/97) ............................................ 165 
13.2. OBJETIVO DA RDLE ................................................................................................ 166 
13.3. OBJETO DA RDLE ................................................................................................... 166 
13.3.1. Propaganda extemporânea (art. 36, §3º L. – propaganda partidária, intrapartidária 
e eleitoral) 166 
13.3.2. Doações que excedem os limites legais (art. 23, §3º L.) .................................... 166 
13.3.3. Captação de recursos vedados (arts. 24 e 25) ................................................... 166 
13.3.4. Divulgação de pesquisa não registrada (art. 33, §3º) ......................................... 167 
13.3.5. Uso de meios indevidos de propaganda eleitoral (art. 39 e outros L.) ................ 167 
13.4. COMPETÊNCIA PARA A RDLE ................................................................................ 168 
13.5. PRAZO PARA A RDLE ............................................................................................. 168 
13.6. LEGITIMIDADE PARA A RDLE ................................................................................. 168 
13.6.1. Legitimidade ativa .............................................................................................. 168 
13.6.2. Legitimidade Passiva ......................................................................................... 169 
13.7. PROCEDIMENTO ESPECIAL DA RDLE .................................................................. 169 
 
 
CADERNOS SISTEMATIZADOS - ELEITORAL 6 
 
13.8. EFEITOS DA SENTENÇA PROCEDENTE EM RDLE .............................................. 170 
14. AÇÃO DE IMPUGNAÇÃO DE REGISTRO DE CANDIDATOS (AIRC) ............................. 170 
14.1. PREVISÃO LEGAL AIRC (ART. 3º LC 64/90) ........................................................... 171 
14.2. OBJETIVO DA AIRC ................................................................................................. 171 
14.3. OBJETO DA AIRC .................................................................................................... 171 
14.3.1. Condições de elegibilidade................................................................................. 17114.3.2. Causas de inelegibilidade .................................................................................. 172 
14.3.3. Presença de registrabilidade (art. 11, §1º L.9504/97) ......................................... 172 
14.4. COMPETÊNCIA PARA A AIRC ................................................................................. 172 
14.5. PRAZO PARA A AIRC .............................................................................................. 172 
14.6. PRECLUSÃO PARA A AIRC ..................................................................................... 173 
14.7. LEGITIMIDADE PARA A AIRC .................................................................................. 173 
14.7.1. Legitimidade ativa .............................................................................................. 173 
14.7.2. Legitimidade passiva .......................................................................................... 173 
14.8. PROCEDIMENTO ESPECIAL DA AIRC (LC 64/90) .................................................. 173 
14.8.1. Petição Inicial ..................................................................................................... 173 
14.8.2. Defesa: 07 dias .................................................................................................. 174 
14.8.3. Instrução ............................................................................................................ 174 
14.8.4. Alegações Finais ................................................................................................ 175 
14.8.5. Prolação da sentença ......................................................................................... 175 
14.8.6. Recurso ao TRE ................................................................................................. 176 
14.9. EFEITOS DA SENTENÇA PROCEDENTE EM AIRC (ART. 15 DA LC 64/90) .......... 177 
15. AÇÃO DE INVESTIGAÇÃO JUDICIAL ELEITORAL (AIJE) OU REPRESENTAÇÃO POR 
ABUSO DE PODER ECONÔMICO OU DO PODER POLÍTICO (RAPEPP) ............................... 177 
15.1. PREVISÃO LEGAL (ART. 22 DA LC 64/90) .............................................................. 177 
15.2. OBJETIVO DA AIJE OU RAPEPP ............................................................................ 178 
15.3. OBJETO DA AIJE OU RAPPEP (ART. 22 LC 64/90) ................................................ 178 
15.4. COMPETÊNCIA PARA A AIJE OU RAPPEP ............................................................ 178 
15.5. PRAZO PARA AIJE OU RAPPEP ............................................................................. 178 
15.6. LEGITIMIDADE PARA A AIJE OU RAPPEP ............................................................. 178 
15.6.1. Legitimidade ativa .............................................................................................. 178 
15.6.2. Legitimidade Passiva ......................................................................................... 178 
15.7. PROCEDIMENTO ESPECIAL DA AIJE OU RAPPEP (ARTS. 22 A 24 LC 64/90). .... 179 
15.7.1. Inicial .................................................................................................................. 179 
15.7.2. Defesa: 05 dias .................................................................................................. 179 
15.7.3. Concessão de liminar ......................................................................................... 180 
15.7.4. Instrução ............................................................................................................ 180 
15.7.5. Diligências .......................................................................................................... 180 
15.7.6. Alegações finais ................................................................................................. 180 
15.7.7. Sentença ............................................................................................................ 181 
 
 
CADERNOS SISTEMATIZADOS - ELEITORAL 7 
 
15.7.8. Recurso .............................................................................................................. 181 
15.8. EFEITOS DA SENTENÇA PROCEDENTE NA AIJE OU RAPPEP (INCIDÊNCIA DA 
“FICHA LIMPA”) ...................................................................................................................... 181 
16. REPRESENTAÇÃO POR CAPTAÇÃO ILÍCITA DE SUFRÁGIO (RCIS) .......................... 182 
16.1. PREVISÃO LEGAL (ART. 41-A L.9504/97) ............................................................... 182 
16.2. OBJETIVO DA RCIS ................................................................................................. 182 
16.3. OBJETO (REQUISITOS) DA RCIS ........................................................................... 182 
16.4. PRAZO DA RCIS ...................................................................................................... 182 
16.5. LEGITIMIDADE ATIVA PARA A RCIS ...................................................................... 183 
16.5.1. Legitimidade ativa .............................................................................................. 183 
16.5.2. Legitimidade Passiva ......................................................................................... 183 
16.6. PROCEDIMENTO ESPECIAL DA RCIS (ART. 22 LC 64/90) .................................... 184 
16.7. EFEITOS DA PROCEDÊNCIA DA RCIS ................................................................... 184 
17. REPRESENTAÇÃO POR CONDUTAS VEDADAS AOS AGENTES PÚBLICOS (RCVAP)
 184 
17.1. PREVISÃO (ART. 73 E SEGUINTES DA L.9504/97). ............................................... 184 
17.2. OBJETIVO DA RCVAP ............................................................................................. 184 
17.3. OBJETO DA RCVAP ................................................................................................. 184 
17.3.1. Desvirtuamento de recursos MATERIAIS da Administração Pública (art. 73, I,II e 
IV e §10 da L. 9504/97); ...................................................................................................... 185 
17.3.2. Desvirtuamento de recursos HUMANOS da Administração Pública (art. 73,III e V 
da L. 9504/97); ..................................................................................................................... 185 
17.3.3. Desvirtuamento de recursos FINANCEIROS da Administração Pública (art. 73, VI, 
“a”, VII e VIII da L. 9504/97); ................................................................................................ 186 
17.3.4. Desvirtuamento dos MEIOS DE COMUNICAÇÃO (art. 73, VI, “b”e “c” da L. 
9504/97); 186 
17.3.5. Desvirtuamento dos PRINCÍPIOS da Administração Pública (art. 75 e 77 da L. 
9504/97). 187 
17.4. COMPETÊNCIA PARA A RCVAP ............................................................................. 187 
17.5. PRAZO PARA A PROPOSITURA DA RCVAP .......................................................... 187 
17.6. LEGITIMIDADE PARA A RCVAP .............................................................................. 187 
17.6.1. Legitimidade ativa .............................................................................................. 187 
17.6.2. Legitimidade Passiva ......................................................................................... 187 
17.7. PROCEDIMENTO (ARTS. 22 A 24 LC 64/90) ........................................................... 188 
17.8. EFEITOS DA PROCEDÊNCIA DA RCVAP ............................................................... 188 
18. AÇÃO DE IMPUGNAÇÃO DE DIPLOMAÇÃO OU RECURSO CONTRA DIPLOMAÇÃO - 
AIDI OU RCD (ART. 262 CE)...................................................................................................... 189 
18.1. PREVISÃO LEGAL DO RCD (ART. 262 DO CE) ...................................................... 189 
18.2. OBJETIVO DO RCD .................................................................................................189 
18.3. HIPÓTESES DE RCD (ART. 262 CE) ....................................................................... 189 
18.4. COMPETÊNCIA PARA O RCD ................................................................................. 189 
18.5. PRAZO PARA O RCD (ART. 258 CE) ....................................................................... 189 
 
 
CADERNOS SISTEMATIZADOS - ELEITORAL 8 
 
18.6. LEGITIMIDADE PARA O RCD .................................................................................. 190 
18.6.1. Legitimidade ativa .............................................................................................. 190 
18.6.2. Legitimidade Passiva ......................................................................................... 190 
18.7. PROCEDIMENTO DO RCD ...................................................................................... 190 
18.8. EFEITOS DO RCD .................................................................................................... 191 
19. AÇÃO DE IMPUGNAÇÃO DE MANDATO ELETIVO - AIME (ART. 14, §§ 10 E 11 DA 
CF/88) ......................................................................................................................................... 191 
19.1. PREVISÃO CONSTITUCIONAL/LEGAL ................................................................... 191 
19.2. OBJETIVO DA AIME ................................................................................................. 192 
19.3. OBJETO DA AIME .................................................................................................... 192 
19.4. COMPETÊNCIA PARA A AIME ................................................................................ 192 
19.5. PRAZO PARA A AIME (ART. 14, §10 CF/88) ........................................................... 192 
19.6. LEGITIMAÇÃO PARA A AIME .................................................................................. 192 
19.6.1. Legitimidade ativa .............................................................................................. 192 
19.6.2. Legitimidade Passiva ......................................................................................... 192 
19.7. PROCEDIMENTO DA AIME ..................................................................................... 193 
19.7.1. Prazo de 15 dias para apresentar a petição inicial, a partir da diplomação. ....... 193 
19.7.2. Defesa prazo de 07 dias .................................................................................... 193 
19.7.3. Instrução ............................................................................................................ 193 
19.7.4. Diligências .......................................................................................................... 194 
19.7.5. Prolação de sentença ......................................................................................... 194 
19.7.6. Recurso = 03 dias, a partir da leitura do acórdão. .............................................. 194 
19.8. EFEITOS DA PROCEDÊNCIA DA AIME .................................................................. 195 
RECURSOS CÍVEIS ELEITORAIS ............................................................................................. 195 
1. REGRAS GERAIS ............................................................................................................... 195 
20. DO RECURSO CONTRA DECISÃO PROFERIDA POR JUIZ ELEITORAL: RECURSO 
INOMINADO (RI) ........................................................................................................................ 196 
20.1. PREVISÃO LEGAL ................................................................................................... 196 
20.2. POSSIBILIDADES ..................................................................................................... 197 
20.2.1. Decisão que nomear escrutinadores e auxiliares (art. 39 CE); ........................... 197 
20.2.2. Decisão que deferir/indeferir o requerimento de inscrição do ELEITOR (art. 17, §1º 
Resolução 21.538/03 TSE) .................................................................................................. 197 
20.2.3. Decisão que deferir/indeferir a transferência de domicílio (art. 18, §5º da 
Resolução 21.538/03 TSE): ................................................................................................. 198 
20.2.4. Do julgamento proferido nas ações civis eleitorais ............................................. 198 
21. RECURSOS CONTRA DECISÃO PROFERIDA PELA JUNTA ELEITORAL .................... 199 
21.1. RECURSO PARCIAL (RP - ART. 261 CE) ................................................................ 199 
21.2. RECURSO INOMINADO (RI - ART. 265 CE) ............................................................ 200 
22. RECURSOS CONTRA DECISÕES PROFERIDAS PELO TRE ....................................... 200 
22.1. RECURSO PARCIAL ................................................................................................ 201 
 
 
CADERNOS SISTEMATIZADOS - ELEITORAL 9 
 
22.2. RECURSO INOMINADO (ASSEMELHA-SE AO AGRAVO REGIMENTAL) .............. 204 
22.3. RECURSO ORDINÁRIO (ART. 121,§4º, III A V CF/88 c/c ART. 276, II CE) ............. 204 
22.4. RECURSO ESPECIAL (ART. 121, §4º, I E II CF/88 C/C ART. 276, I CE): RECURSO 
INTERPOSTO PERANTE O TSE. ........................................................................................... 205 
22.5. AGRAVO DE INSTRUMENTO (ART. 279 CE) .......................................................... 206 
23. RECURSOS CONTRA DECISÕES PROFERIDAS PELO TSE ........................................ 207 
23.1. RECURSO INOMINADO (ART. 264 CE) ................................................................... 207 
23.2. RECURSO ORDINÁRIO (ART. 121,§3º, 2ª PARTE CR C/C ART. 281, 2ª PARTE DO 
CE) 207 
23.3. RECURSO EXTRAORDINÁRIO (ART. 121, §3º, 1ª PARTE CF/88 C/C 281, 1ª PARTE 
DO CE) 207 
23.4. AGRAVO DE INSTRUMENTO (ART. 282 CE) .......................................................... 208 
10. A LEI 13.165/2015 E SUAS IMPLICAÇÕES NOS RECURSOS ....................................... 209 
TEMA: PARTIDOS POLÍTICOS (L. 9096/95 E ART. 17 CF/88). ................................................. 210 
1. CONCEITO .......................................................................................................................... 210 
24. NATUREZA JURÍDICA ..................................................................................................... 210 
25. ALTERAÇÕES FEITAS PELA LEI 13.165/2015 ............................................................... 211 
10.1.1. ALTERAÇÃO 1 .................................................................................................. 211 
10.1.2. ALTERAÇÃO 2 (importante) .............................................................................. 212 
10.1.3. ALTERAÇÃO 3 (importante) .............................................................................. 214 
26. INCONSTITUCIONALIDADE DA LEI 13.107/2015 ........................................................... 217 
TEMA: INCONSTITUCIONALIDADE DA LEI 12.875/2013 ......................................................... 220 
10.2. SOBRE O QUE TRATOU A LEI 12.875/2013 ........................................................... 220 
10.3. OBJETIVO DA LEI .................................................................................................... 220 
10.4. FUNDO PARTIDÁRIO ............................................................................................... 220 
10.5. PROPAGANDA ELEITORAL..................................................................................... 220 
10.6. ADI 5105 ................................................................................................................... 220 
10.7. ALTERAÇÕES NA LEI DOS PARTIDOS POLÍTICOS (LEI Nº 9.096/95) .................. 221 
10.8. ALTERAÇÕES NA LEI DAS ELEIÇÕES (LEI Nº 9.504/97)....................................... 221 
10.9. ADIS 4430 E 4795 ..................................................................................................... 222 
10.10. LEI Nº 13.165/2015 ................................................................................................... 223 
TEMA: SÚMULAS VÁLIDAS DO TSE ......................................................................................... 224 
 
 
 
 
 
 
 
 
CADERNOS SISTEMATIZADOS - ELEITORAL 10 
 
NOÇÕES INTRODUTÓRIAS AO DIREITO ELEITORAL 
1. DIREITOS POLÍTICOS X DIREITO ELEITORAL 
Direitos políticos são uma categoria mais ampla dentro da qual está incluído o direito 
eleitoral. Direitos políticos constituem um subsistema que inclui o direito eleitoral. 
Os direitos políticos contem cinco grandes vertentes: 
1) Os direitos políticos envolvem as diversas formas de manifestação do pensamento 
político, ideológico, filosófico em âmbito individual e coletivo, pois num estado 
democrático, envolvem diversas formas de convicção. Ex.: a internet hoje é um grande 
instrumento de manifestação do pensamento político. 
2) Associação para fins políticos. A grande expressão no Brasil são os partidos políticos. 
Está relacionado ao poder. A associação para fins políticos é livre, vedada a de caráter 
paramilitar. 
3) Dentro dos direitos políticos, entram os direitos eleitorais: o direito eleitoral está ligado 
ao processo político: 
3.1) Possibilidade de ser eleitor e ser elegível; 
3.2) Atribuição de mandato eletivo; 
3.3) Participação da sociedade na manifestação direta da sua soberania (plebiscito e 
referendo). 
4) Ocupar cargo público não elegível. Participar das instituições de Estado (qualquer dos 
poderes do Estado) em cargo não eletivo é exercer direito político. Exemplo: ser indicado 
para o STF 
5) Exercício da soberania pela sociedade. Prerrogativa de participar do processo legislativo 
(exemplo: iniciativa popular). Direito de dar início ao processo legislativo. Quando uma 
associação promove uma ação civil pública, está exercendo um papel semelhante ao 
MP, exercendo direito político. 
No Brasil, fala-se em direitos políticos como sinônimo de direito eleitoral. Mas se deve fazer 
a diferenciação dos entre eles. Os direitos políticos têm uma amplitude constitucional, os direitos 
eleitorais são um subsistema dentro do sistema constitucional dos direitos políticos. 
Importante destacar que a cassação de direitos políticos é vedada pela CF, mas se admite 
a perda ou suspensão dos direitos políticos, nos casos de: perda da naturalização, incapacidade 
civil absoluta, condenação criminal por sentença transitada em julgado, recusa de cumprir obrigação 
a todos imposta e improbidade administrativa (mais detalhes no item privação dos direitos políticos). 
2. DIREITO ELEITORAL: CONCEITO E OBJETO 
2.1. Conceito 
 
 
CADERNOS SISTEMATIZADOS - ELEITORAL 11 
 
Direito eleitoral como uma das definições dos direitos políticos. 
Definição: é um subsistema de normas jurídicas (princípios, regras) que regula/disciplina o 
objeto do direito eleitoral. 
Subsistema: é o que a doutrina clássica chama de ramo do direito. Está superada esta 
expressão. O direito é visto como sistema. Nesta ideia ultrapassada, o direito eleitoral é ramo do 
direito público. 
2.2. Objeto do direito eleitoral 
1) Direitos subjetivos políticos eleitorais; 
2) Sufrágio; 
3) Voto; 
4) Sistemas eleitorais; 
5) Métodos de participação da sociedade na tomada de decisões coletivas; 
6) Acesso aos cargos políticos eletivos; 
7) Regular as instituições e competências dos órgãos constitucionais eleitorais; 
8) Processo administrativo eleitoral; 
9) Crimes eleitorais e processo penal eleitoral. 
A título de introdução, breves comentários sobre os pontos mais relevantes: 
1) Direitos subjetivos políticos eleitorais: composto pelos direitos positivos (exemplo: 
capacidade eleitoral ATIVA – capacidade de ser eleitor; capacidade eleitoral PASSIVA – 
capacidade de ser elegível) e direitos eleitorais negativos (PERDA de direitos 
políticos, SUSPENSÃO de direitos políticos). 
2) Sufrágio: Direito fundamental do cidadão de participar da dinâmica do poder político 
dentro da sociedade. 
3) Voto: O voto é um dos instrumentos para o exercício do sufrágio. 
4) Sistemas eleitorais (metodologias utilizadas para representação da sociedade. Exemplo: 
sistema proporcional, majoritário). 
5) Métodos de participação da sociedade na tomada de decisões coletivas; 
5.1) Plebiscito; 
5.2) Referendo; 
5.3) “Recall”: prerrogativa de a sociedade destituir o mandatário. 
6) Acesso aos cargos políticos eletivos: Atribuição do mandato e titularidade do mandato, 
incluindo-se também o fim do mandato. 
 
 
CADERNOS SISTEMATIZADOS - ELEITORAL 12 
 
7) Regular as instituições e competências dos órgãos constitucionais eleitorais. Principais 
instituições: 
7.1) Poder Judiciário eleitoral; 
7.2) MP Eleitoral; 
7.3) Polícia Eleitoral: hoje é uma polícia federal com a qual atua conjuntamente a polícia 
civil. 
7.4) Defensoria Pública; 
7.5) Procuradoria da Fazenda Nacional (uma das principais sanções no direito eleitoral é 
a multa. Quem executa a multa é a PFN). 
8) Processo administrativo eleitoral: O processo administrativo eleitoral tem várias vertentes 
e momentos: envolve desde o alistamento até a diplomação dos candidatos. 
9) Ações civis eleitorais, processo civil eleitoral; 
10) Crimes eleitorais e processo penal eleitoral. Exemplo: há mais de 50 crimes eleitorais. 
# Os partidos políticos são objeto do direito eleitoral? 
1a CORRENTE: sim. Há questões dos partidos políticos que são resolvidas pela justiça 
eleitoral e outras são resolvidas no âmbito da justiça comum. 
2a. CORRENTE (mais moderna): não. Os partidos políticos alcançaram um foro de 
autonomia tal na CF/1988 que passaram a constituir um ramo próprio do direito: o direito partidário. 
2.2.1. Esquema gráfico sobre o Direito Eleitoral (conceito, objeto e objetivos) 
DIREITO ELEITORAL 
CONCEITO OBJETO OBJETIVOS 
Ramo do direito público que 
normatiza o exercício do 
poder de sufrágio popular, 
viabilizando a democracia. 
Normatização de todo o 
chamado “processo eleitoral”, 
que se inicia com o 
alistamento do eleitor e 
consequente distribuição do 
corpo eleitoral e se encerra 
com a diplomação dos eleitos. 
Garantia da normalidade e 
legitimidade de sufrágio 
popular. 
3. FONTES DO DIREITO ELEITORAL 
Há várias formas por meio das quais o direito eleitoral se expressa. Aqui, veremos as 
seguintes fontes: 
1) Fonte material; 
 
 
CADERNOS SISTEMATIZADOS - ELEITORAL 13 
 
2) Fontes formais diretas; 
3) Fontes formais indiretas; 
4) Fontes informais. 
3.1. FONTE MATERIAL 
É responsável pela criação do direito eleitoral. 
Compete privativamente à União legislar sobre direito eleitoral, podendo haver LC permitindo 
que os estados também legislem sobre matérias específicas. 
CF Art. 22. Compete privativamente à União legislar sobre: 
I - direito civil, comercial, penal, processual, eleitoral, agrário, marítimo, 
aeronáutico, espacial e do trabalho; 
Parágrafo único. Lei complementar poderá autorizar os Estados a legislar 
sobre questões específicas das matérias relacionadas neste artigo. 
 
OBS: estudiosos do direito eleitoral dizem que a doutrina seria uma fonte material do direito 
eleitoral, por ser utilizada para a expedição de resoluções pela justiça eleitoral. 
3.2. FONTES FORMAIS DIRETAS 
1) Constituição; 
2) Leis infraconstitucionais; 
3) Leis eleitorais próprias e leis eleitorais subsidiárias: 
4) Resoluções/Instruções da Justiça Eleitoral; 
5) Estatutos dos Partidos Políticos; 
6) Princípios Jurídicos: 
Vejamos: 
3.2.1. Constituição 
A partir do CF/1988 - art. 14 até o 16, podendo-se incluir o art. 17 (alguns aspectos dos 
partidos políticos). 
CF Art. 14. A soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo 
voto direto e secreto, comvalor igual para todos, e, nos termos da lei, 
mediante: 
I - plebiscito; 
II - referendo; 
III - iniciativa popular. 
§ 1º - O alistamento eleitoral e o voto são: 
I - obrigatórios para os maiores de dezoito anos; 
II - facultativos para: 
 
 
CADERNOS SISTEMATIZADOS - ELEITORAL 14 
 
a) os analfabetos; 
b) os maiores de setenta anos; 
c) os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos. 
§ 2º - Não podem alistar-se como eleitores os estrangeiros e, durante o 
período do serviço militar obrigatório, os conscritos. 
§ 3º - São condições de elegibilidade, na forma da lei: 
I - a nacionalidade brasileira; 
II - o pleno exercício dos direitos políticos; 
III - o alistamento eleitoral; 
IV - o domicílio eleitoral na circunscrição; 
V - a filiação partidária; 
VI - a idade mínima de: 
a) trinta e cinco anos para Presidente e Vice-Presidente da República e 
Senador; 
b) trinta anos para Governador e Vice-Governador de Estado e do Distrito 
Federal; 
c) vinte e um anos para Deputado Federal, Deputado Estadual ou Distrital, 
Prefeito, Vice-Prefeito e juiz de paz; 
d) dezoito anos para Vereador. 
§ 4º - São inelegíveis os inalistáveis e os analfabetos. 
§ 5º O Presidente da República, os Governadores de Estado e do Distrito 
Federal, os Prefeitos e quem os houver sucedido, ou substituído no curso dos 
mandatos poderão ser reeleitos para um único período 
subsequente.(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 16, de 1997) 
§ 6º - Para concorrerem a outros cargos, o Presidente da República, os 
Governadores de Estado e do Distrito Federal e os Prefeitos devem renunciar 
aos respectivos mandatos até seis meses antes do pleito. 
§ 7º - São inelegíveis, no território de jurisdição do titular, o cônjuge e os 
parentes consanguíneos ou afins, até o segundo grau ou por adoção, do 
Presidente da República, de Governador de Estado ou Território, do Distrito 
Federal, de Prefeito ou de quem os haja substituído dentro dos seis meses 
anteriores ao pleito, salvo se já titular de mandato eletivo e candidato à 
reeleição. 
§ 8º - O militar alistável é elegível, atendidas as seguintes condições: 
I - se contar menos de dez anos de serviço, deverá afastar-se da atividade; 
II - se contar mais de dez anos de serviço, será agregado pela autoridade 
superior e, se eleito, passará automaticamente, no ato da diplomação, para a 
inatividade. 
§ 9º Lei complementar estabelecerá outros casos de inelegibilidade e os 
prazos de sua cessação, a fim de proteger a probidade administrativa, a 
moralidade para exercício de mandato considerada vida pregressa do 
candidato, e a normalidade e legitimidade das eleições contra a influência do 
poder econômico ou o abuso do exercício de função, cargo ou emprego na 
administração direta ou indireta. (Redação dada pela Emenda Constitucional 
de Revisão nº 4, de 1994) 
§ 10 - O mandato eletivo poderá ser impugnado ante a Justiça Eleitoral no 
prazo de quinze dias contados da diplomação, instruída a ação com provas 
de abuso do poder econômico, corrupção ou fraude. 
§ 11 - A ação de impugnação de mandato tramitará em segredo de justiça, 
respondendo o autor, na forma da lei, se temerária ou de manifesta má-fé. 
 
 
 
CADERNOS SISTEMATIZADOS - ELEITORAL 15 
 
Art. 15. É vedada a cassação de direitos políticos, cuja perda ou suspensão 
só se dará nos casos de: 
I - cancelamento da naturalização por sentença transitada em julgado; 
II - incapacidade civil absoluta; 
III - condenação criminal transitada em julgado, enquanto durarem seus 
efeitos; 
IV - recusa de cumprir obrigação a todos imposta ou prestação alternativa, 
nos termos do art. 5º, VIII; 
V - improbidade administrativa, nos termos do art. 37, § 4º. 
 
Art. 16. A lei que alterar o processo eleitoral entrará em vigor na data de sua 
publicação, não se aplicando à eleição que ocorra até um ano da data de sua 
vigência. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 4, de 1993) 
 
Art. 17. É livre a criação, fusão, incorporação e extinção de partidos políticos, 
resguardados a soberania nacional, o regime democrático, o 
pluripartidarismo, os direitos fundamentais da pessoa humana e observados 
os seguintes preceitos: 
I - caráter nacional; 
II - proibição de recebimento de recursos financeiros de entidade ou governo 
estrangeiros ou de subordinação a estes; 
III - prestação de contas à Justiça Eleitoral; 
IV - funcionamento parlamentar de acordo com a lei. 
§ 1º É assegurada aos partidos políticos autonomia para definir sua estrutura 
interna, organização e funcionamento e para adotar os critérios de escolha e 
o regime de suas coligações eleitorais, sem obrigatoriedade de vinculação 
entre as candidaturas em âmbito nacional, estadual, distrital ou municipal, 
devendo seus estatutos estabelecer normas de disciplina e fidelidade 
partidária. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 52, de 2006) 
§ 2º - Os partidos políticos, após adquirirem personalidade jurídica, na forma 
da lei civil, registrarão seus estatutos no Tribunal Superior Eleitoral. 
§ 3º - Os partidos políticos têm direito a recursos do fundo partidário e acesso 
gratuito ao rádio e à televisão, na forma da lei. 
§ 4º - É vedada a utilização pelos partidos políticos de organização 
paramilitar. 
 
A CF traz, portanto: 
1) Capacidade eleitoral ativa e passiva; 
2) Partidos políticos; 
3) Plebiscito e referendo; 
4) Nacionalidade; 
5) Competência para legislar em matéria eleitoral; 
6) Organização da justiça eleitoral; 
7) Competência dos Tribunais; 
8) Cidadania; 
 
 
CADERNOS SISTEMATIZADOS - ELEITORAL 16 
 
3.2.2. Leis infraconstitucionais 
Competência da União para regular o direito eleitoral (CF/1988 - art. 22, I). Como se trata de 
uma competência privativa, a CF/1988 – art. 22, parágrafo único permite que algumas 
especificidades do direito eleitoral possam ser delegadas (para os Estados e o DF), por meio de Lei 
Complementar. 
CF/1988 - Art. 68, §1º, II: É vedado expressamente a edição de Lei Delegada em matéria 
de direito eleitoral. 
Art. 68. As leis delegadas serão elaboradas pelo Presidente da República, 
que deverá solicitar a delegação ao Congresso Nacional. 
 
§ 1º - Não serão objeto de delegação os atos de competência exclusiva do 
Congresso Nacional, os de competência privativa da Câmara dos Deputados 
ou do Senado Federal, a matéria reservada à lei complementar, nem a 
legislação sobre: 
II - nacionalidade, cidadania, direitos individuais, políticos e eleitorais; 
 
CF/1988 - Art. 62, §1º: é expressamente vedada a regulação do direito eleitoral por meio de 
Medida provisória. 
CF Art. 62. Em caso de relevância e urgência, o Presidente da República 
poderá adotar medidas provisórias, com força de lei, devendo submetê-las de 
imediato ao Congresso Nacional. 
§ 1º É vedada a edição de medidas provisórias sobre matéria: 
I - relativa a: 
a) nacionalidade, cidadania, direitos políticos, partidos políticos e direito 
eleitoral; 
 
Leis infraconstitucionais eleitorais LO e Lei Complementar. 
CF/1988 - Art. 14, §9º: inelegibilidade (suspensão da capacidade eleitoral de ser elegível) 
só pode ser regulada por meio de Lei Complementar. Tanto a inelegibilidade quanto a 
descompatibilização é regulada por meio de Lei Complementar. 
Art. 14 § 9º Lei COMPLEMENTAR estabelecerá outros casos de 
inelegibilidade e os prazos de sua cessação, a fim de proteger a probidade 
administrativa, a moralidade para exercício de mandato considerada vida 
pregressa do candidato, e a normalidade e legitimidade das eleições contra 
a influência do poder econômico ou o abuso do exercício de função, cargo ou 
emprego na administração direta ou indireta. (Redação dada pela Emenda 
Constitucional de Revisão nº 4, de 1994) 
 
CF/1988 - Art. 121: Lei Complementar disporá sobre a organização e competência dos 
Tribunais eleitorais, dos juízes eleitorais e das juntas eleitorais. 
Art. 121. Lei complementar disporá sobre a organizaçãoe competência dos 
tribunais, dos juízes de direito e das juntas eleitorais. 
3.2.3. Leis eleitorais próprias e leis eleitorais subsidiárias 
 
 
CADERNOS SISTEMATIZADOS - ELEITORAL 17 
 
1) Leis eleitorais próprias ou típicas 
Versam sobre questões tipicamente eleitorais. 
- Código eleitoral. O CE é uma lei ORDINÁRIA ou COMPLEMENTAR? O CE na parte que 
trata da organização da justiça eleitoral (CE art. 1º ao 41) é Lei Complementar, por força do CF/1988 
– art. 21, no mais, é Lei ordinária. O CE originariamente é LO, mas foi recepcionado em parte como 
Lei Complementar. 
- Lei das Inelegibilidades (Lei Complementar 64/90). 
- Lei dos Partidos Políticos (Lei 9.096/95) e suas alterações. 
- Lei das Eleições (Lei 9.504/97) e suas alterações. 
Além de outras. 
2) Leis eleitorais subsidiárias 
Não são leis eleitorais, no entanto, têm aplicação SUBSIDIÁRIA no direito eleitoral. As 
principais são: 
- CC/2002: Ex.: domicílio, contratos, bens, doações etc. 
- CPC. Quando não há rito eleitoral próprio, aplica-se o CPC (ex.: matéria referente a 
provas). 
- CP: a parte geral do CP é bastante aplicada ao direito eleitoral. 
- CPP: Ex.: Inquérito Policial. 
- Lei dos Juizados Especiais Cíveis e Criminais: se aplica subsidiariamente ao CE. 
- Lei sobre direito financeiro (Ex.: doação de campanhas; Lei 6.830/80 – exercício da multa 
eleitoral), direito tributário, direito administrativo (Lei 8.429/92) etc.; Lei. 
3.2.4. Resoluções/Instruções da Justiça Eleitoral 
As resoluções e instruções da justiça eleitoral são fontes muito importantes no direito 
eleitoral. Exemplo: todo o aspecto da execução das multas eleitorais está disposto em Resolução. 
Instruções: tratam da operacionalidade interna da Justiça Eleitoral; 
Resoluções: 
1) CE, art. 1º, parágrafo único: poder normativo do TSE. 
Art. 1º Este Código contém normas destinadas a assegurar a organização e 
o exercício de direitos políticos precipuamente os de votar e ser votado. 
Parágrafo único. O Tribunal Superior Eleitoral expedirá Instruções para sua 
fiel execução. 
 
2) CE, art. 23, IX (tem natureza de Lei Complementar). 
 
 
CADERNOS SISTEMATIZADOS - ELEITORAL 18 
 
Art. 23 - Compete, ainda, privativamente, ao Tribunal Superior, 
IX - expedir as instruções que julgar convenientes à execução deste 
Código; 
 
3) Art. 105 da Lei 9.504/97. 
Art. 105. ATÉ o dia 5 de março do ano da eleição, o Tribunal Superior 
Eleitoral, atendendo ao caráter regulamentar e sem restringir direitos ou 
estabelecer sanções distintas das previstas nesta Lei, poderá expedir todas 
as instruções necessárias para sua fiel execução, ouvidos, previamente, 
em audiência pública, os delegados ou representantes dos partidos 
políticos. (Redação dada pela Lei nº 12.034, de 2009) 
§ 1º O Tribunal Superior Eleitoral publicará o código orçamentário para o 
recolhimento das multas eleitorais ao Fundo Partidário, mediante documento 
de arrecadação correspondente. 
§ 2º Havendo substituição da UFIR por outro índice oficial, o Tribunal Superior 
Eleitoral procederá à alteração dos valores estabelecidos nesta Lei pelo novo 
índice. 
§ 3o Serão aplicáveis ao pleito eleitoral imediatamente seguinte apenas as 
resoluções publicadas até a data referida no caput. (Incluído pela Lei nº 
12.034, de 2009) 
 
Quem pode expedir as normas em matéria eleitoral? O poder normativo é do TSE que pode 
autorizar os TREs a expedir certas regulamentações. 
As resoluções do TSE guardam uma peculiaridade dentro do ordenamento jurídico 
brasileiro já que, a rigor, não detêm os tribunais capacidade legislativa. O fundamento dessas 
resoluções está no art. 23, IX, do CE que autoriza o TSE a “expedir as instruções que julgar 
conveniente à execução deste Código”, além do art. 105, da Lei das Eleições. 
O problema é que se discute a natureza dessas resoluções, havendo quem sustente que o 
TSE não tem competência para editar normas com o status de lei e, portanto, não 
poderia, v.g., criar figuras típicas. É pacífico, entretanto, que esse poder regulamentador ou função 
normativa do TSE é legal quando se situa secundum e praeter legem, ou seja, quando utilizado 
apenas para regulamentar a própria legislação eleitoral. 
O próprio TSE, entretanto, já decidiu que suas resoluções têm força de lei ordinária. Apesar 
desta decisão do TSE a matéria não está pacificada, embora, em alguns casos, o SUPREMO 
TRIBUNAL FEDERAL tenha rejeitado arguição de inconstitucionalidade de algumas resoluções do 
TSE a exemplo dos pedidos para declarar inconstitucional a Resolução n.º. 22.610/97 que 
disciplinou a perda de cargo eletivo por infidelidade partidária, através das ADIns n.ºs. 3.999 e 4086 
propostas, respectiva pela Procuradoria Geral da República e pelo Partido Social Cristão (PSC). 
Nestes dois casos, o entendimento do STF foi que, mesmo diante da enorme celeuma travada a 
respeito da Resolução n.º 22.610/97, o Tribunal Superior Eleitoral não teria editado ato abstrato-
normativo, ou seja, não teria ido além do que já estabelecia a própria legislação. 
Para as resoluções de cunho interpretativas, a doutrina entende que são normas em que 
o juiz não pode questionar, pois estas possuem efeitos erga omnes e vinculantes (ex.: alistamento 
de menores de 16 e 17 anos para retirar o título de eleitor até a data da eleição). 
 
 
CADERNOS SISTEMATIZADOS - ELEITORAL 19 
 
Já as resoluções de cunho regulamentar têm eficácia semelhante a lei ordinária, portanto, 
tem efeito erga omnes e vinculante (regulação). Ex.: regular a perda de mandato por infidelidade 
partidária. Por isso, seriam passíveis de controle concentrado de constitucionalidade, podendo 
ser impetrados ADI, ADC e ADPF (ADPF 144/DF). Os seus legitimados são os previstos no art. 103 
CF/88. 
Por exclusão dos legitimados para a impetração de ações de controle concentrado (ex.: juiz 
de direito), cabe apenas a consulta abstrata à Justiça Eleitoral, que será respondida em acórdão 
pelo TSE e TRE’s. Em seguida, os interessados poderão recorrer judicialmente contra o acórdão 
(Recurso Extraordinário em matéria constitucional). 
Segundo Francisco Dirceu Barros, as Resoluções do TSE podem ter 2 (duas) naturezas 
jurídicas. Antes de indicar a classificação do autor, incursão sobre a diferença entre Ato Normativo 
Primário e Secundário. 
Ato Normativo Primário – tem por fundamento a própria Constituição Federal, podendo 
inovar no ordenamento jurídico como força primária. São atos que criam originalmente a norma, 
normatizam situação não regulada por outra norma legal. Ex.: Leis Complementares, Leis 
Ordinárias, Medidas Provisórias, etc. Estão previstas no art. 59, caput, da CF-88: 
Art. 59. O processo legislativo compreende a elaboração de: 
I - emendas à Constituição; 
II - leis complementares; 
III - leis ordinárias; 
IV - leis delegadas; 
V - medidas provisórias; 
VI - decretos legislativos; 
VII - resoluções. 
 
Dos atos normativos primários, cabe Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI). 
Ato Normativo Secundário – regulamenta, interpreta e/ou executa o ato normativo 
primário. Regulamentam as “leis” em sentido amplo. Desses atos não cabe ADIN ou ADI. Vamos 
então às 2 diferentes naturezas jurídicas das Resoluções do TSE: 
ATO NORMATIVO PRIMÁRIO – as Resoluções que normatizam as eleições, em 
decorrência do permissivo legal contido no citado art. 105 da Lei nº 9.504/1997, têm força de lei 
ordinária federal, com mesmo status normativo da citada lei autorizadora. Por isso, dessas 
resoluções com força de ato normativo primário, caberia Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI). 
ATO NORMATIVO SECUNDÁRIO – já as Resoluções que meramente interpretam as 
diversas Leis Eleitorais ou a própria CF-88, têm caráter meramente regulamentar (são atos 
infralegais), não cabendo, portanto, ADI. Cabe, no entanto, o que é chamado no meio eleitoral de 
Consulta ao TSE. 
Exemplo: Resolução que dispõe sobre a utilização do horário gratuito de propagandaeleitoral reservado aos candidatos no segundo turno da eleição presidencial. 
Então, como exceção, as Resoluções do TSE que regulamentam as Eleições, conforme 
previsto no art. 105 da Lei nº 9.504/1997, têm caráter de Ato Normativo Primário. Por outro lado, as 
 
 
CADERNOS SISTEMATIZADOS - ELEITORAL 20 
 
Resoluções administrativas regulamentadoras de diversas matérias eleitorais são regulamentos 
comuns, tendo a natureza de Ato Normativo Secundário (regra). 
OBS1: Classificação das Resoluções. 
1) Quanto à vigência 
- Resolução temporária. Uma resolução temporária normalmente incide sobre um 
determinado processo eleitoral (Ex.: resolução que regula o calendário eleitoral de um determinado 
ano). Obs.: aplicam-se para os fatos ocorridos durante a sua vigência, mesmo que já extintas. 
- Permanentes: são resoluções com prazo indeterminado. Não se limitam ao processo 
eleitoral. 
2) Quanto ao conteúdo 
- Interpretativas: quando a resolução interpreta a legislação (regula dúvida sobre a aplicação 
de algum dispositivo da Lei eleitoral). Ex.: resolução que interpreta o “outdoor”. 
- Regulamentares: regulação do processo eleitoral (ex.: resolução que regula a perda do 
mandato por infidelidade partidária). 
Obs.: as Resoluções interpretativas são atos normativos secundários. 
3) Quando à incidência territorial 
- Nacional 
- Estadual/Distrital 
- Municipal 
Pode haver uma resolução do TSE (ou do TRE) expedida apenas para um determinado 
Município. A maioria das Resoluções do TSE tem incidência nacional. 
O Juiz Eleitoral não tem o poder normativo nem interpretativo que o TSE e o TRE têm. 
Caso o TRE venha a expedir uma resolução, qual a natureza dessa norma? Norma federal. 
3.2.5. Estatutos dos Partidos Políticos 
CF/1988 - Art. 17, §1º. 
Art. 17. É livre a criação, fusão, incorporação e extinção de partidos políticos, 
resguardados a soberania nacional, o regime democrático, o 
pluripartidarismo, os direitos fundamentais da pessoa humana e observados 
os seguintes preceitos: 
I - caráter nacional; 
II - proibição de recebimento de recursos financeiros de entidade ou governo 
estrangeiros ou de subordinação a estes; 
III - prestação de contas à Justiça Eleitoral; 
IV - funcionamento parlamentar de acordo com a lei. 
 
 
CADERNOS SISTEMATIZADOS - ELEITORAL 21 
 
§ 1º É assegurada aos partidos políticos autonomia para definir sua 
estrutura interna, organização e funcionamento e para adotar os critérios de 
escolha e o regime de suas coligações eleitorais, sem obrigatoriedade de 
vinculação entre as candidaturas em âmbito nacional, estadual, distrital ou 
municipal, devendo seus ESTATUTOS estabelecer normas de disciplina 
e fidelidade partidária. 
§ 2º - Os partidos políticos, após adquirirem personalidade jurídica, na forma 
da lei civil, registrarão seus estatutos no Tribunal Superior Eleitoral. 
§ 3º - Os partidos políticos têm direito a recursos do fundo partidário e acesso 
gratuito ao rádio e à televisão, na forma da lei. 
§ 4º - É vedada a utilização pelos partidos políticos de organização 
paramilitar. 
 
Exemplo: normas de infidelidade partidária, coligação partidária etc. 
OBS.: ao se filiar a um determinado partido, o indivíduo se submete a todas as regras 
adotadas pelo partido. 
Os partidos políticos são dotados de autonomia para resolver uma série de questões 
internas. 
3.2.6. Princípios Jurídicos 
São aplicáveis os princípios de outros ramos do direito: presunção de inocência, ampla 
defesa e contraditório, Juiz natural. 
Veremos tais princípios abaixo. 
3.3. FONTES FORMAIS INDIRETAS 
3.3.1. Jurisprudência eleitoral 
A jurisprudência eleitoral é riquíssima. 
Ex.: Foi considerado inconstitucional a lei eleitoral que previa a impressão em papel do voto 
eletrônico. 
 
3.3.2. Consultas 
São entendimentos do TSE, expostos através de resposta a uma pergunta sobre o que o 
TSE pensa de determinado assunto. 
Equivale a uma jurisprudência. 
 
 
CADERNOS SISTEMATIZADOS - ELEITORAL 22 
 
3.4. FONTES INFORMAIS 
3.4.1. Doutrina 
Doutrina é inspiração, podendo servir como fundamento de um acórdão. Não é fonte formal, 
mas sim fonte informal do direito. É inspiradora das fontes formais. Lembrando que há doutrina 
eleitoral dizendo que a doutrina é fonte ‘material’ do direito eleitoral. 
3.4.2. Analogia 
Decidir casos semelhantes a outros. Não é fonte material e nem fonte formal, mas método 
de integração, aplicando-se raciocínio de semelhança quando não houver regra jurídica aplicável 
ao caso. 
A analogia é método de integração sempre aplicável ao direito eleitoral? Não, pois em 
matéria penal eleitoral em decisão in pejus não se aplica o raciocínio por analogia. 
3.4.3. Costumes Jurídicos 
A doutrina cita costumes jurídicos lato sensu. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CADERNOS SISTEMATIZADOS - ELEITORAL 23 
 
PRINCÍPIOS DO DIREITO ELEITORAL 
Como mencionado, temos como princípios do Direito Eleitoral: 
1) Princípio da Anualidade ou Anterioridade Eleitoral; 
2) Princípio da Cautela/Legitimidade das Eleições ou Moralidade Eleitoral (CF/1988 - art. 
14, §9º); 
3) Princípio da Celeridade; 
4) Princípio da Preclusão Instantânea; 
5) Princípio da Devolutividade dos Recursos; 
6) Princípio do Aproveitamento do Voto; 
7) Princípio da Impersonalidade. 
Vejamos: 
1. PRINCÍPIO DA ANUALIDADE OU ANTERIORIDADE ELEITORAL 
1.1. CONCEITO E FUNDAMENTO 
CF/1988 - Art. 16. Uma Lei eleitoral que altere o processo eleitoral (convenção, registro dos 
candidatos, campanha eleitoral, diplomação etc.) entra em vigor imediatamente, mas só surte 
efeitos quanto às eleições que ocorram UM ANO após sua entrada em vigor. 
Exemplo: suposta Lei de 2014 que altera o processo de diplomação. Lei entra em vigor 
imediatamente, mas não irá servir para regular a diplomação dos candidatos eleitos em 2014. 
CF Art. 16. A lei que alterar o processo eleitoral entrará em vigor na data de 
sua publicação, não se aplicando à eleição que ocorra até um ano da data de 
sua vigência. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 4, de 1993) 
 
Destaca-se que, de acordo com o STF, o referido princípio também será aplicado às 
emendas constitucionais que, por ventura, venham a alterar o processo eleitoral, bem como às 
mudanças de jurisprudência consolidadas do TSE, que venha afetar a justa expectativa do processo 
eleitoral. 
1.2. A LEI DA FICHA LIMPA (LC 135/10) E O PRINCÍPIO DA ANUALIDADE 
1.2.1. Inovações da LC 135/10 
Esta lei alterou a LC 64. A inelegibilidade passou a ser de 08 anos, em vez de 03. Ademais, 
antes era exigido o trânsito em julgado enquanto hoje é necessária apenas a condenação por 
órgão colegiado. Além disso, o rol dos crimes em razão dos quais a pessoa não poderia se 
candidatar foi ampliado. 
 
 
CADERNOS SISTEMATIZADOS - ELEITORAL 24 
 
A CF consagra o art. 16 como cláusula pétrea, garantia individual do cidadão (já vista no 
Poder Constituinte). Princípio da anterioridade eleitoral. 
CF Art. 16. A lei que alterar o processo eleitoral entrará em vigor na data de 
sua publicação, não se aplicando à eleição que ocorra até um ano da 
data de sua vigência. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 4, de 
1993) 
1.2.2. Aplicação da LC 135/10 nas eleições de 2010 em face do princípio da anualidade 
Por maioria de votos, o Plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu que a Lei 
Complementar (LC) 135/2010, a chamada Lei da Ficha Limpa, não deveria ser aplicada às 
eleições realizadas em 2010, por desrespeito ao artigo 16 da Constituição Federal, dispositivo que 
trata da anterioridade da lei eleitoral. Com essa decisão, os ministros ficaram autorizados a decidir 
individualmente casos sob sua relatoria, aplicando o artigo 16 da Constituição Federal. 
A decisão aconteceu no julgamento do Recurso Extraordinário (RE) 633703, que discutiu 
a constitucionalidade da Lei Complementar 135/2010 e sua aplicação nas eleições de 2010.Por 
seis votos a cinco, os ministros deram provimento ao recurso de Leonídio Correa Bouças, 
candidato a deputado estadual em MG que teve seu registro negado com base nessa lei. 
1.2.3. Constitucionalidade da LC 135/2010 (violação à presunção de inocência, 
retroatividade da lei ‘maléfica’) 
 
Art. 1º São inelegíveis: 
I - para qualquer cargo: 
c) o Governador e o Vice-Governador de Estado e do Distrito Federal e o 
Prefeito e o Vice-Prefeito que perderem seus cargos eletivos por 
infringência a dispositivo da Constituição Estadual, da Lei Orgânica do Distrito 
Federal ou da Lei Orgânica do Município, para as eleições que se realizarem 
durante o período remanescente e nos 8 (oito) anos subsequentes ao 
término do mandato para o qual tenham sido eleitos; 
d) os que tenham contra sua pessoa representação julgada procedente 
pela Justiça Eleitoral, em decisão transitada em julgado OU proferida 
por ÓRGÃO COLEGIADO, em processo de apuração de abuso do poder 
econômico ou político, para a eleição na qual concorrem ou tenham sido 
diplomados, bem como para as que se realizarem nos 8 (oito) anos 
seguintes; 
e) os que forem condenados, em decisão transitada em julgado ou 
proferida por órgão judicial colegiado, desde a condenação até o 
transcurso do prazo de 8 (oito) anos após o cumprimento da pena, pelos 
crimes: [...] 
 
*“Os que forem condenados” (antes era os que “já foram”...). Então os que ‘já foram’ 
condenados ANTES da lei, não são alcançados? 
TSE: a inelegibilidade se aplica aos que forem condenados ANTES ou DEPOIS da lei. Foi 
um artifício utilizado pelo Senado, houve alteração na redação, com a desculpa que era apenas 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/LCP/Lcp64.htm#art1c
 
 
CADERNOS SISTEMATIZADOS - ELEITORAL 25 
 
alteração sem modificação de sentido, portanto a outra casa não revisou. Isso foi confirmado pelo 
STF em FEV/2012, conforme abaixo. 
Em Fevereiro/2012 o STF declarou a constitucionalidade da Lei da Ficha Limpa e sua 
respectiva aplicação nas eleições de 2012. 
Os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) concluíram dia 16/02/2012 a análise 
conjunta das Ações Declaratórias de Constitucionalidade (ADCs 29 e 30) e da Ação Direta de 
Inconstitucionalidade (ADI 4578) que tratam da Lei Complementar 135/2010, a Lei da Ficha Limpa. 
Por maioria de votos, prevaleceu o entendimento em favor da constitucionalidade da lei, que pode 
ser aplicada nas eleições de 2012, alcançando atos e fatos ocorridos ANTES de sua vigência. 
1.3. ENTENDIMENTO DO STF E TSE SOBRE O PRINCÍPIO DA ANUALIDADE 
Mesmo diante de divergências, é possível se afirmar que a jurisprudência majoritária, 
embora não pacífica, adotada pelo TSE (Consulta 1.041/2004) e pelo STF (ADI 3345, 3365, 3741, 
3742, 3743), é no sentido de que o objetivo do princípio da anualidade é evitar a desigualdade e a 
deformidade nas eleições. Assim, na visão majoritária dos citados tribunais, só haveria 
comprometimento do princípio da anualidade (ou anterioridade) quando viesse a ocorrer 
rompimento de igualdade de participação de partidos e candidatos no processo eleitoral, 
deformação que afetasse a normalidade das eleições, introdução de fator de perturbação do pleito 
ou proposito casuístico. 
As regras que tenham caráter meramente instrumental, auxiliares do processo, que não 
venham a causar desiquilíbrio nas eleições, assim, não são abrangidas, de acordo com o 
entendimento majoritário da jurisprudência, pelo princípio da anualidade (como exemplo podemos 
citar a lei 10.408/02, que dispôs sobre segurança e fiscalização do voto eletrônico, sobre a qual não 
pairaram dúvidas sobre sua aplicação nas eleições gerias de 2002). 
2. PRINCÍPIO DA CAUTELA/LEGITIMIDADE DAS ELEIÇÕES (CF/1988 - ART. 14, §9º) 
Art. 14. A soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto 
direto e secreto, com valor igual para todos, e, nos termos da lei, mediante: 
... 
§ 9º Lei complementar estabelecerá outros casos de INELEGIBILIDADE 
e os prazos de sua cessação, a fim de proteger a probidade 
administrativa, a moralidade para exercício de mandato considerada 
vida pregressa do candidato, e a normalidade e LEGITIMIDADE das 
eleições contra a influência do poder econômico ou o abuso do exercício de 
função, cargo ou emprego na administração direta ou indireta. (Redação 
dada pela Emenda Constitucional de Revisão nº 4, de 1994) 
 
Exemplo: possibilidade de novas leis de inelegibilidade. 
3. PRINCÍPIO DA CELERIDADE 
O Juiz eleitoral tem prazo para julgar certas ações. Exemplo: ação de impugnação de 
registro de candidatura (AIRC). Os juízes podem ser responsabilizados pelo descumprimento dos 
prazos (art. 97 da Lei 9.504/97). 
 
 
CADERNOS SISTEMATIZADOS - ELEITORAL 26 
 
Art. 97. Poderá o candidato, partido ou coligação representar ao Tribunal 
Regional Eleitoral contra o Juiz Eleitoral que descumprir as disposições 
desta Lei ou der causa ao seu descumprimento, inclusive quanto aos 
prazos processuais; neste caso, ouvido o representado em vinte e quatro 
horas, o Tribunal ordenará a observância do procedimento que explicitar, sob 
pena de incorrer o Juiz em desobediência. 
4. PRINCÍPIO DA PRECLUSÃO INSTANTÂNEA 
Os atos da justiça eleitoral têm uma preclusão instantânea. 
5. PRINCÍPIO DA DEVOLUTIVIDADE DOS RECURSOS 
Salvo o direito penal eleitoral e algumas outras, as decisões eleitorais tem eficácia 
IMEDIATA, ou seja, os recursos somente têm efeito devolutivo. É comum requerer medida cautelar 
para dar efeito suspensivo ao recurso, ou seja, pedido cautelar de suspensão da decisão do juízo 
a quo. 
6. PRINCÍPIO DO APROVEITAMENTO DO VOTO 
Acabou ficando hoje em segundo plano, a partir do momento em que se instalou o voto 
eletrônico. A dúvida sobre o voto deve ser apreciada pela Junta Eleitoral, aproveitando o voto do 
eleitor, pois o eleitor é considerado o cerne do direito eleitoral. 
7. PRINCÍPIO DA IMPERSONALIDADE 
A procedência da ação de investigação judicial eleitoral (AIJE), em regra, implica a 
aplicação das sanções de cassação do registro (se prolatada a sentença antes da eleição) e da 
inelegibilidade. Entretanto, diferem, quanto aos requisitos para sua configuração, a sanção da 
cassação do registro da inelegibilidade. 
Com efeito, é entendimento sedimentado pelos aplicadores do Direito Eleitoral a 
possibilidade de aplicação da sanção de cassação do registro do candidato com base na mera 
condição de beneficiário. Em outras palavras, prescinde-se da responsabilidade subjetiva para que 
sofra a sanção de cassação do registro de candidato. É o que a doutrina de ÉMERSON GARCIA 
denomina de PRINCÍPIO DA IMPERSONALIDADE. 
 Assim, mesmo que o candidato representado não tenha praticado a conduta declarada 
como abusiva – seja na forma de abuso do poder político ou econômico ou, mesmo, no uso indevido 
dos meios de comunicação social –, o simples fato de ter sido BENEFICIADO com a conduta 
praticada por outrem faz incidir a sanção de cassação do registro do candidato, porquanto a norma 
jurídica tutela a legitimidade e normalidade das eleições, que, inegavelmente, será afetada com o 
ato abusivo propalado. 
Portanto, reconhecido o ato abusivo, com potencialidade para ofender a lisura do pleito, 
possível é a aplicação da cassação do registro de candidato. 
Raciocínio semelhante pode – e deve – ser adotado em face da procedência da ação de 
impugnação de mandato eletivo (AIME) e, mesmo modo, no recurso contra a expedição do 
diploma (RCD). 
 
 
CADERNOS SISTEMATIZADOS - ELEITORAL 27 
 
Com efeito, a possibilidade de manuseio da ação de impugnação de mandato eletivo em 
caso de abuso do poder econômico é reconhecida pela Constituição Federal (art. 14, §10°) e pela 
doutrina, a qual, majoritariamente, admite a incidência da inelegibilidade da alínea “d” em caso de 
procedência da ação impugnativa mencionada. Impende ressaltar, porém, que o próprio TSE tem 
agasalhado a tese da incidência

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