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Prévia do material em texto

DIREITO TRIBUTÁRIO I
Profa. Ligia Maria Donini Moraes
Ementa
Compreende de forma sistematizada o direito
constitucional tributário e suas limitações constitucionais
ao poder de tributar. Estabelece o aprendizado da
competência tributária, imunidade tributária, tributos em
espécie, fontes do direito tributário, vigência, aplicação,
interpretação e integração da legislação tributária.
Relaciona estes instrumentos legais com a obrigação
tributária e o crédito tributário, especialmente com o
princípio constitucional do devido processo legal e seus
consectários vinculados à administração tributária.
Objetiva a análise das propostas legislativas e das
tendências jurisprudenciais, principalmente quanto ao
Direito Constitucional Tributário e sua aplicação ao caso
concreto.
Bibliografia Básica:
• Hugo de Brito Machado. Curso de Direito Tributário.
São Paulo: Malheiros Editora.
• ALEXANDRE, Ricardo. Direito Tributário
Esquematizado. São Paulo: Método.
• SABBAG, Eduardo. Manual de Direito Tributário.
São Paulo: Saraiva.
Legislação Básica:
CF/88 – artigos 145 a 162.
CTN.
Atividades Avaliativas
• Vide plano de ensino.
Art. 150, § 5º, da CF
Lei n° 12.741/2012
• O ESTADO E O PODER DE TRIBUTAR
• Conceito
• Finalidade do Direito Tributário 
• Natureza Jurídica
• Autonomia
Princípios Constitucionais 
Tributários
(OAB, FGV) Suponha que a União Federal tenha
editado Lei Ordinária n. “X” em 14/05/2012, a fim de
disciplinar o imposto sobre grandes fortunas - IGF,
dispondo, em seu Art. 1º, exclusivamente, as
seguintes hipóteses de incidência:
I - a aquisição de disponibilidade econômica ou
jurídica de renda, assim entendido o produto do
capital, do trabalho ou da combinação de ambos com
valor acima de 1 milhão de reais.
II – quaisquer outros acréscimos patrimoniais não
entendidos no inciso anterior.
De acordo com o exposto, é possível a instituição e a
cobrança do referido imposto sobre grandes fortunas
(IGF)?
Gabarito FGV:
O IGF encontra-se previsto no Art. 153, inciso VII, da
CRFB/88, possibilitando à União Federal instituí-lo de
acordo com as regras constitucionais previstas, sendo
certo que deverá o IGF ser instituído mediante lei
complementar, o que não foi observado.
Ademais, tem-se o mesmo fato gerador do imposto
de renda, o que caracteriza dupla incidência sobre o
mesmo fato gerador já previsto no Art. 43, incisos I e
II, do CTN.
Desse modo, a lei em questão é inconstitucional.
1 - LEGALIDADE OU DA RESERVA 
LEGAL
Art. 5º, II, CF/88 – “ninguém será obrigado a fazer
ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude
de lei;”
Art. 150, I, CF/88 – “Sem prejuízo de outras
garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à
União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos
Municípios:
I - exigir ou aumentar tributo sem lei que o
estabeleça;”
Princípio da estrita legalidade, tipicidade fechada 
ou reserva legal :
Art. 97 do CTN. Somente a lei pode estabelecer:
I - a instituição de tributos, ou a sua extinção;
II - a majoração de tributos, ou sua redução, ressalvado o disposto nos
artigos 21, 26, 39, 57 e 65;
III - a definição do fato gerador da obrigação tributária principal, ressalvado
o disposto no inciso I do § 3º do artigo 52, e do seu sujeito passivo;
IV - a fixação de alíquota do tributo e da sua base de cálculo, ressalvado o
disposto nos artigos 21, 26, 39, 57 e 65;
V - a cominação de penalidades para as ações ou omissões contrárias a
seus dispositivos, ou para outras infrações nela definidas;
VI - as hipóteses de exclusão, suspensão e extinção de créditos tributários,
ou de dispensa ou redução de penalidades.
§ 1º Equipara-se à majoração do tributo a modificação da sua base de
cálculo, que importe em torná-lo mais oneroso.
§ 2º Não constitui majoração de tributo, para os fins do disposto no inciso
II deste artigo, a atualização do valor monetário da respectiva base de
cálculo.
PLS - PROJETO DE LEI DO SENADO, Nº 534 de 2011 - Complementar
Art. 150, § 6°, CF – “Qualquer subsídio ou
isenção, redução de base de cálculo, concessão
de crédito presumido, anistia ou remissão,
relativos a impostos, taxas ou contribuições, só
poderá ser concedido mediante lei específica,
federal, estadual ou municipal, que regule
exclusivamente as matérias acima enumeradas
ou o correspondente tributo ou contribuição,
sem prejuízo do disposto no art. 155, § 2.º, XII,
g.”
EXCEÇÕES:
Podem ser majoradas ou reduzidas as alíquotas pelo
Executivo (Ex. Decreto, Portaria do Ministro da Fazenda):
Obs. Quanto à criação dos tributos, não há exceções.
• II
• IE
• IPI
• IOF (Extrafiscalidade, art. 153, § 1º, CF/88)
• CIDE-combustível (Contribuição de Intervenção do Domínio
Econômico, art. 177, § 4º, I, 'a', CF/88) – apenas poderá ser
reduzida ou reestabelecida.
• ICMS sobre Combustíveis (art. 155, § 4º, IV, da CF/88 - ainda
não regulamentado) – poderá ser feito por convênio.
• Estipulação da obrigação acessória
• A fixação do prazo para recolhimento do
tributo
• Atualização (e não aumento) do valor
monetário da base de cálculo do tributo
Súmula 160 do STJ - É defeso, ao Município,
atualizar o IPTU, mediante decreto, em
percentual superior ao índice oficial de
correção monetária. - § 2° do art. 97 do CTN.
2 – NÃO SURPRESA
• Segurança Jurídica
•2.1 – Anterioridade
•2.2 – Irretroatividade
2.1 - ANTERIORIDADE
Art. 150 da CF/88. Sem prejuízo de outras garantias
asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos
Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
III - cobrar tributos:
b) no mesmo exercício financeiro em que haja sido
publicada a lei que os instituiu ou aumentou;
c) antes de decorridos noventa dias da data em que
haja sido publicada a lei que os instituiu ou
aumentou, observado o disposto na alínea b; (EC nº
42/2003)
A) Anual – Exercício financeiro (coincidência
com o ano civil) – 1ª de janeiro/31 de
dezembro (art. 34 da Lei 4.320/64).
B) Nonagesimal, Noventena, Privilegiada, ou
Qualificada - 90 dias.
C) Especial - Contribuições Sociais - Art. 195, §
6º, da CF/88 – apenas 90 dias.
Art. 195, § 6º, da CF/88:
§ 6º As contribuições sociais de que trata este
artigo só poderão ser exigidas após decorridos
noventa dias da data da publicação da lei que as
houver instituído ou modificado, não se lhes
aplicando o disposto no art. 150, III, "b".
Art. 104 do CTN. Entram em vigor no primeiro
dia do exercício seguinte àquele em que ocorra
a sua publicação os dispositivos de lei,
referentes a impostos sobre o patrimônio ou a
renda:
I - que instituem ou majoram tais impostos;
II - que definem novas hipóteses de incidência;
III - que extinguem ou reduzem isenções, salvo
se a lei dispuser de maneira mais favorável ao
contribuinte, e observado o disposto no artigo
178.
Súmula 615 do STF - O princípio
constitucional da anualidade (par-
29 do art-153 da CF) não se aplica
à revogação de isenção do ICM.
IMPOSTO SOBRE CIRCULAÇÃO DE MERCADORIAS E SERVIÇOS –
DECRETOS Nº 39.596 E Nº 39.697, DE 1999, DO ESTADO DO RIO
GRANDE DO SUL – REVOGAÇÃO DE BENEFÍCIO FISCAL –
PRINCÍPIO DA ANTERIORIDADE – DEVER DE OBSERVÂNCIA –
PRECEDENTES. Promovido aumento indireto do Imposto Sobre
Circulação de Mercadorias e Serviços – ICMS por meio
da revogação de benefício fiscal, surge o dever de observância
ao princípio da anterioridade, geral e nonagesimal, constante
das alíneas “b” e “c” do inciso III do artigo 150, da Carta.
Precedente – Medida Cautelar na Ação Direta de
Inconstitucionalidade nº 2.325/DF, de minha relatoria, julgada
em 23 de setembro de 2004. MULTA – AGRAVO – ARTIGO 557, §
2º, DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL. Surgindo do exame do
agravo o caráter manifestamente infundado, impõe-se a
aplicação da multa prevista no § 2º do artigo 557 do Código de
Processo Civil. (STF, 1ª Turma, RE 564225 AgR , Rel Min Marco
Aurélio, PUBLIC 18-11-2014)
EXCEÇÕES ao Princípio da 
Anterioridade:
ANUAL NONAGESIMAL 
II II 
IE IE 
IOF IOF 
IEG IEG 
Emp. Comp. 
Calam/Guerra 
Emp. Comp. 
Calam/Guerra 
CIDE – 
Combustível 
Base de Cálculo - 
IPTU 
ICMS – 
Combustível 
Base de Cálculo –IPVA 
IPI IR 
 
Súmula Vinculante nº 50/2015 – Norma
legal que altera o prazo de recolhimento
de obrigação tributária não se sujeita ao
princípio da anterioridade.
Súmula 669 do STF - Norma legal que
altera o prazo de recolhimento da
obrigação tributária não se sujeita ao
princípio da anterioridade.
STF – Prorrogação da alíquota majorada:
TRIBUTÁRIO. ICMS. MAJORAÇÃO DE ALÍQUOTA.
PRORROGAÇÃO. INAPLICABILIDADE DO PRAZO
NONAGESIMAL (ARTIGO 150, III, C, DA CONSTITUIÇÃO
FEDERAL). RECURSO EXTRAORDINÁRIO CONHECIDO E
PROVIDO. 1. A Lei paulista 11.813/04 apenas prorrogou a
cobrança do ICMS com a alíquota majorada de 17 para
18%, criada pela Lei paulista 11.601/2003. 2. O prazo
nonagesimal previsto no art. 150, III, c, da Constituição
Federal somente deve ser utilizado nos casos de criação
ou majoração de tributos, não na hipótese de simples
prorrogação de alíquota já aplicada anteriormente. 3.
Recurso extraordinário conhecido e provido para
possibilitar a prorrogação da cobrança do ICMS com a
alíquota majorada. (RE 584.100)
2.2 - IRRETROATIVIDADE
Lei » » Fato Gerador
Art. 5º, XXXVI, da CF/88: a lei não
prejudicará o direito adquirido, o
ato jurídico perfeito e a coisa
julgada;
Art. 150 da CF/88. Sem prejuízo de outras
garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado
à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos
Municípios:
III - cobrar tributos:
a) em relação a fatos geradores ocorridos antes
do início da vigência da lei que os houver
instituído ou aumentado;
Art. 144 do CTN. O lançamento reporta-se à data da ocorrência
do fato gerador da obrigação e rege-se pela lei então vigente,
ainda que posteriormente modificada ou revogada.
§ 1º Aplica-se ao lançamento a legislação que, posteriormente
à ocorrência do fato gerador da obrigação, tenha instituído
novos critérios de apuração ou processos de fiscalização,
ampliado os poderes de investigação das autoridades
administrativas, ou outorgado ao crédito maiores garantias ou
privilégios, exceto, neste último caso, para o efeito de atribuir
responsabilidade tributária a terceiros.
§ 2º O disposto neste artigo não se aplica aos impostos
lançados por períodos certos de tempo, desde que a respectiva
lei fixe expressamente a data em que o fato gerador se
considera ocorrido.
Art. 14 do Novo CPC. A norma processual
não retroagirá e será aplicável
imediatamente aos processos em curso,
respeitados os atos processuais praticados
e as situações jurídicas consolidadas sob a
vigência da norma revogada.
Súmula 112 do STF - O Imposto
de Transmissão Causa Mortis é
devido pela alíquota vigente ao
tempo da abertura da
sucessão.
Art. 105 do CTN – “A legislação tributária
aplica-se imediatamente aos fatos geradores
futuros e aos pendentes, assim entendidos
aqueles cuja ocorrência tenha tido início mas
não esteja completa nos termos do artigo 116.”
Súmula n° 584 do STF – Ao imposto de renda
calculado sobre os rendimentos do ano-base,
aplica-se a lei vigente no exercício financeiro
em que deve ser apresentada a declaração.
EXCEÇÕES
§ 1º do art. 144 do CTN – lei nova que regula
formalidades ou aspectos formais, garantias e
privilégios do CT – igual Lei Processual Civil.
§ 2º do art. 144 do CTN – ex. IPTU, IPVA e ITR –
Ex. se uma lei municipal define o fato gerador
do IPTU para 1°/01, aplica-se a lei vigente nesta
data.
Art. 106 do CTN. A lei aplica-se a ato ou fato pretérito:
I - em qualquer caso, quando seja expressamente
interpretativa, excluída a aplicação de penalidade à
infração dos dispositivos interpretados;
II - tratando-se de ato não definitivamente julgado:
a) quando deixe de defini-lo como infração;
b) quando deixe de tratá-lo como contrário a
qualquer exigência de ação ou omissão, desde que
não tenha sido fraudulento e não tenha implicado em
falta de pagamento de tributo;
c) quando lhe comine penalidade menos severa que a
prevista na lei vigente ao tempo da sua prática.
(princípio da benignidade)
Novo CPC:
Art. 903. Qualquer que seja a modalidade de leilão,
assinado o auto pelo juiz, pelo arrematante e pelo
leiloeiro, a arrematação será considerada perfeita,
acabada e irretratável, ainda que venham a ser
julgados procedentes os embargos do executado ou a
ação autônoma de que trata o § 4o deste artigo,
assegurada a possibilidade de reparação pelos
prejuízos sofridos.
3 - IGUALDADE OU ISONOMIA
Art. 5ª, caput, CF/88. Todos são iguais
perante a lei, sem distinção de
qualquer natureza, garantindo-se aos
brasileiros e aos estrangeiros
residentes no País a inviolabilidade do
direito à vida, à liberdade, à igualdade,
à segurança e à propriedade, nos
termos seguintes:
Art. 150, II, CF/88. Sem prejuízo de outras
garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à
União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos
Municípios:
II - instituir tratamento desigual entre
contribuintes que se encontrem em situação
equivalente, proibida qualquer distinção em razão
de ocupação profissional ou função por eles
exercida, independentemente da denominação
jurídica dos rendimentos, títulos ou direitos.
STF - “Concessão de isenção à operação de
aquisição de automóveis por oficiais de justiça
estaduais. (...) A isonomia tributária (CF, art. 150, II)
torna inválidas as distinções entre contribuintes ‘em
razão de ocupação profissional ou função por eles
exercida’, máxime nas hipóteses nas quais, sem
qualquer base axiológica no postulado da
razoabilidade, engendra-se tratamento
discriminatório em benefício da categoria dos
oficiais de justiça estaduais.” (ADI 4.276, rel.
min. Luiz Fux, julgamento em 20-8-2014,
Plenário, DJE de 18-9-2014.)
• Princípio da Uniformidade Geográfica:
Art. 151 da CF/88. É vedado à União:
I - instituir tributo que não seja uniforme em todo
o território nacional ou que implique distinção ou
preferência em relação a Estado, ao Distrito
Federal ou a Município, em detrimento de outro,
admitida a concessão de incentivos fiscais
destinados a promover o equilíbrio do
desenvolvimento sócio-econômico entre as
diferentes regiões do País;
• Princ. da não discriminação baseada em
procedência ou destino
Art. 152 da CF/88. É vedado aos Estados,
ao Distrito Federal e aos Municípios
estabelecer diferença tributária entre bens
e serviços, de qualquer natureza, em razão
de sua procedência ou destino.
Art. 195, § 9º, da CF/88 – “§ 9º As contribuições
sociais previstas no inciso I do caput deste artigo
poderão ter alíquotas ou bases de cálculo
diferenciadas, em razão da atividade econômica, da
utilização intensiva de mão-de-obra, do porte da
empresa ou da condição estrutural do mercado de
trabalho. (Redação dada pela Emenda Constitucional
nº 47, de 2005)”
art. 173, § 2°, CF/88. § 2º - As empresas públicas e as
sociedades de economia mista não poderão gozar de
privilégios fiscais não extensivos às do setor privado.
Art. 146 da CF/88 Cabe à lei complementar:
III - estabelecer normas gerais em matéria de
legislação tributária, especialmente sobre:
d) definição de tratamento diferenciado e favorecido
para as microempresas e para as empresas de
pequeno porte, inclusive regimes especiais ou
simplificados no caso do imposto previsto no art. 155,
II, das contribuições previstas no art. 195, I e §§ 12 e
13, e da contribuição a que se refere o art. 239. (EC nº
42/2003)
• LC 123/2006
Art. 179 da CF. A União, os Estados, o
Distrito Federal e os Municípios
dispensarão às microempresas e às
empresas de pequeno porte, assim
definidas em lei, tratamento jurídico
diferenciado, visando a incentivá-las pela
simplificação de suas obrigações
administrativas, tributárias, previdenciárias
e creditícias, ou pela eliminação ou
redução destas por meio de lei.
4 - CAPACIDADE CONTRIBUTIVA
Art. 145, § 1º, da CF/88: § 1º - Sempre que possível,
os impostos terão caráter pessoal e serão graduados
segundo a capacidade econômica do contribuinte,
facultado à administração tributária, especialmente
para conferir efetividade a esses objetivos, identificar,
respeitados os direitos individuais e nos termos da lei,
o patrimônio, os rendimentos e as atividadeseconômicas do contribuinte.
• Princípios da solidariedade social:
Art. 3º da CF - Constituem objetivos fundamentais da 
República Federativa do Brasil:
I - construir uma sociedade livre, justa e solidária;
• Impostos pessoais
• Impostos reais
• Impostos indiretos
Princípio da Progressividade: 
alíquotas aplicadas são graduadas
IR/2014
Base de cálculo mensal em 
R$
Alíquota %
Até 1.787,77 -
De 1.787,78 até 2.679,29 7,5
De 2.679,30 até 3.572,43 15,0
De 3.572,44 até 4.463,81 22,5
Acima de 4.463,81 27,5
• IPTU:
a) Progressividade Fiscal em razão do valor do imóvel –
EC n° 29/2000 – Art. 156 da CF/88
Súmula 668 do STF. "É inconstitucional a lei municipal
que tenha estabelecido, antes da Emenda Constitucional
29/2000, alíquotas progressivas para o IPTU, salvo se
destinada a assegurar o cumprimento da função social da
propriedade urbana“
Súmula 589 do STF - É inconstitucional a fixação de
adicional progressivo do imposto predial e territorial
urbano em função do número de imóveis do contribuinte.
b) Progressividade extrafiscal – IPTU progressivo no tempo
Art. 182, § 4°, II, da CF: A política de desenvolvimento
urbano, executada pelo Poder Público municipal, conforme
diretrizes gerais fixadas em lei, tem por objetivo ordenar o
pleno desenvolvimento das funções sociais da cidade e
garantir o bem- estar de seus habitantes.
§ 4º - É facultado ao Poder Público municipal, mediante lei
específica para área incluída no plano diretor, exigir, nos
termos da lei federal, do proprietário do solo urbano não
edificado, subutilizado ou não utilizado, que promova seu
adequado aproveitamento, sob pena, sucessivamente, de:
II - imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana
progressivo no tempo;
Súmula 539 do STF – É constitucional a lei do
município que reduz o imposto predial urbano
sobre imóvel ocupado pela residência do
proprietário, que não possua outro.
Súmula 656 do STF - É inconstitucional a lei que
estabelece alíquotas progressivas para o
imposto de transmissão inter vivos de bens
imóveis - ITBI com base no valor venal do
imóvel.
“(...) todos os impostos podem e devem guardar relação com a
capacidade contributiva do sujeito passivo e não ser impossível
aferir-se a capacidade contributiva do sujeito passivo do ITCD.
Ao contrário, tratando-se de imposto direto, a sua incidência
poderá expressar, em diversas circunstâncias, progressividade
ou regressividade direta. Todos os impostos, repito, estão
sujeitos ao princípio da capacidade contributiva, especialmente
os diretos, independentemente de sua classificação como de
caráter real ou pessoal; isso é completamente irrelevante. Daí
por que dou provimento ao recurso, para declarar constitucional
o disposto no art. 18 da Lei 8.821/1989 do Estado do Rio Grande
do Sul.” (RE 562.045, rel. p/ o ac. min.Cármen Lúcia, voto do
min. Eros Grau, julgamento em 6-2-2013, Plenário, DJE de 27-
11-2013, com repercussão geral.) No mesmo sentido: RE
542.485, rel. min.Marco Aurélio, julgamento em 19-2-2013,
Primeira Turma, DJE de 8-3-2013.
5 - VEDAÇÃO DO CONFISCO 
Art. 1º da CF. A República Federativa do Brasil, formada
pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do
Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de
Direito e tem como fundamentos:
IV - os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa;
Art. 5º, XXII, da CF - é garantido o direito de propriedade;
Art. 170 da CF. A ordem econômica, fundada na
valorização do trabalho humano e na livre iniciativa, tem
por fim assegurar a todos existência digna, conforme os
ditames da justiça social, observados os seguintes
princípios:
II - propriedade privada;
Art. 150, IV, da CF/88. Sem prejuízo de outras
garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à
União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos
Municípios:
IV - utilizar tributo com efeito de confisco;
Critério da razoabilidade, proporcionalidade.
Multa?
STF – punitiva – 100%
- moratória – 20%
AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO
EXTRAORDINÁRIO. TRIBUTÁRIO. MULTA FISCAL.
PERCENTUAL SUPERIOR A 100%. CARÁTER
CONFISCATÓRIO. ALEGADA OFENSA AO ART. 97 DA
CONSTITUIÇÃO. INEXISTÊNCIA. AGRAVO IMPROVIDO.
I – Esta Corte firmou entendimento no sentido de que
são confiscatórias as multas fixadas em 100% ou mais
do valor do tributo devido. II – A obediência à
cláusula de reserva de plenário não se faz necessária
quando houver jurisprudência consolidada do STF
sobre a questão constitucional discutida. III – Agravo
regimental improvido. (STF, 1ª Turma, RE 748257 AgR
/ SE, Julgamento: 06/08/2013)
6 - LIBERDADE DE TRÁFEGO (NÃO É 
TRÁFICO)
Art. 5º da CF/88 - Liberdade de Locomoção:
XV - é livre a locomoção no território nacional em
tempo de paz, podendo qualquer pessoa, nos
termos da lei, nele entrar, permanecer ou dele sair
com seus bens;
LXVIII - conceder-se-á "habeas-corpus" sempre
que alguém sofrer ou se achar ameaçado de
sofrer violência ou coação em sua liberdade de
locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder;
Art. 150, V, CF/88. Sem prejuízo de outras
garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado
à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos
Municípios:
V - estabelecer limitações ao tráfego de pessoas
ou bens, por meio de tributos interestaduais ou
intermunicipais, ressalvada a cobrança de
pedágio pela utilização de vias conservadas
pelo Poder Público;
STF - “O pedágio cobrado pela efetiva utilização de
rodovias conservadas pelo poder público, cuja
cobrança está autorizada pelo inciso V, parte final,
do art. 150 da Constituição de 1988, não tem
natureza jurídica de taxa, mas sim de preço
público, não estando a sua instituição,
consequentemente, sujeita ao princípio da
legalidade estrita.” (ADI 800, rel. min. Teori
Zavascki, julgamento em 11-6-2014,
Plenário, DJEde 1º-7-2014.)
Questão: (XIII OAB) Uma pessoa jurídica, contribuinte do ICMS
do Estado X, foi autuada por não recolhimento do ICMS
devidamente escriturado, mas não informado em GIA-ICMS, dos
meses de janeiro a julho de 2011. Foi exigida multa de 80% do
valor não recolhido. No mês de maio de 2012, foi ajuizada a
execução fiscal para cobrança do crédito tributário.
Devidamente citada, a sociedade ofereceu um caminhão em
garantia, que foi aceito pelo exequente e penhorado. A pessoa
jurídica apresentou embargos à execução, sendo os mesmos
desprovidos. Recorreu para o Tribunal de Justiça, que, por sua
vez, não proveu a apelação.
Protocolou recurso especial, estando este sujeito ao exame de
admissibilidade. A Fazenda Estadual requereu o leilão do
veículo, o que foi deferido em agosto de 2013. O leilão foi
marcado para 16 de dezembro de 2013. No dia 6 de dezembro
foi publicada lei estabelecendo o percentual da multa para a
mesma infração em 50%.
Diante da hipótese, qual é o percentual de multa que deve
prevalecer? Fundamente sua resposta diante do estabelecido no
Código Tributário Nacional.
• RESPOSTA DA OAB:
Deve ser considerado o percentual estabelecido na
nova lei (50%), sendo aplicável a lei mais benéfica de
forma retroativa por força do disposto no artigo 106,
II, “c”, do CTN. Isso por tratar-se de ato ainda não
definitivamente julgado, assim entendida a execução
fiscal não definitivamente encerrada, ou seja, aquela
em que não foram ultimados os atos executivos
destinados à satisfação da prestação.
TRIBUTOS EM ESPÉCIE
(FCC, 2016) Em relação a Tributos, é correto afirmar:
a) Os Estados, os Municípios e o Distrito Federal poderão instituir
contribuição, na forma das respectivas leis, para o custeio do serviço
de iluminação pública.
b) Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou
cujo valor nela se possa exprimir, que constitua sanção de ato ilícito,
instituída em lei e cobrada mediante atividade administrativa
discricionária.
c) As taxas são tributos instituídos em razão do exercício do poder de
polícia ou pela utilização, efetiva ou potencial, de serviços públicos
específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos à sua
disposição.
d) A natureza jurídica específica do tributo é determinada pelo fato
geradorda respectiva obrigação, sendo relevante para qualificá-la a
destinação legal do produto da sua arrecadação.
e) A União, mediante medida provisória, poderá instituir
empréstimos compulsórios para atender as despesas extraordinárias
decorrentes de calamidade pública, de guerra externa ou sua
iminência.
(FCC, 2016) Em relação a Tributos, é correto afirmar:
a) Os Estados, os Municípios e o Distrito Federal poderão instituir
contribuição, na forma das respectivas leis, para o custeio do serviço
de iluminação pública.
b) Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou
cujo valor nela se possa exprimir, que constitua sanção de ato ilícito,
instituída em lei e cobrada mediante atividade administrativa
discricionária.
c) As taxas são tributos instituídos em razão do exercício do poder
de polícia ou pela utilização, efetiva ou potencial, de serviços
públicos específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou
postos à sua disposição.
d) A natureza jurídica específica do tributo é determinada pelo fato
gerador da respectiva obrigação, sendo relevante para qualificá-la a
destinação legal do produto da sua arrecadação.
e) A União, mediante medida provisória, poderá instituir
empréstimos compulsórios para atender as despesas extraordinárias
decorrentes de calamidade pública, de guerra externa ou sua
iminência.
O TRIBUTO
Conceito legal:
Art. 3º do CTN. Tributo é toda prestação
pecuniária compulsória, em moeda ou cujo
valor nela se possa exprimir, que não
constitua sanção de ato ilícito, instituída
em lei e cobrada mediante atividade
administrativa plenamente vinculada.
Espécies Tributárias: – Classificação pentapartida:
a) impostos,
b) taxas,
c) contribuição de melhoria,
d) empréstimo compulsório e
e) contribuições (art. 149 e 149-A da CF).
CUIDADO: Súmula 418 do STF: O empréstimo
compulsório não é tributo, e sua arrecadação não
está sujeita à exigência constitucional da prévia
autorização orçamentária. – SEM EFICÁCIA
Natureza jurídica específica:
Art. 4º do CTN. A natureza jurídica específica do
tributo é determinada pelo fato gerador da
respectiva obrigação, sendo irrelevantes para
qualificá-la:
I - a denominação e demais características formais
adotadas pela lei;
II - a destinação legal do produto da sua
arrecadação.
Súmula Vinculante n° 41 - O serviço de iluminação
pública não pode ser remunerado mediante taxa.
Tributos:
a) vinculados (taxas, contribuições de
melhorias)
b) não-vinculados, independe de atividade
estatal específica (Impostos)
c) com destinação vinculada
“A receita de impostos compõe a reserva necessária
para fazer frente a toda e qualquer despesa uti
universi, não havendo que se presumir que a
majoração do IOF tenha ocorrido necessariamente
para repor a perda dos valores anteriormente
arrecadados por meio da CPMF. Não há qualquer
evidência de que a majoração do IOF, perpetrada pela
Portaria MF 348/1998, teve o condão de modificar a
natureza jurídica do imposto, desviando sua
finalidade e transformando-o em tributo com
arrecadação vinculada.” (RE 800.282-AgR, rel.
min. Roberto Barroso, julgamento em 10-2-2015,
Primeira Turma, DJE de 6-3-2015.)
1 - IMPOSTOS
Art. 16 CTN. Imposto é o tributo cuja obrigação tem por
fato gerador uma situação independente de qualquer
atividade estatal específica, relativa ao contribuinte.
• Não-vinculado.
• Caráter Contributivo.
• Classificação:
a) Imposto Direito
b) Indireto
c) pessoal
d) real
2 - TAXAS
Art. 145, II, CF/88. A União, os Estados, o Distrito
Federal e os Municípios poderão instituir os seguintes
tributos:
II - taxas, em razão do exercício do poder de polícia ou
pela utilização, efetiva ou potencial, de serviços
públicos específicos e divisíveis, prestados ao
contribuinte ou postos a sua disposição;
§ 2º As taxas não poderão ter base de cálculo própria
de impostos.
• Vinculadas.
• Caráter Retributivo.
Art. 77 do CTN. As taxas cobradas pela União, pelos Estados,
pelo Distrito Federal ou pelos Municípios, no âmbito de suas
respectivas atribuições, têm como fato gerador o exercício
regular do poder de polícia, ou a utilização, efetiva ou
potencial, de serviço público específico e divisível, prestado
ao contribuinte ou posto à sua disposição.
Parágrafo único. A taxa não pode ter base de cálculo ou fato
gerador idênticos aos que correspondam a imposto nem ser
calculada em função do capital das empresas. (§ 2° do art.
145 da CF)
Súmula 595 do STF – É inconstitucional a taxa municipal de
conservação de estradas de rodagem cuja base de cálculo seja
idêntica a do imposto territorial rural.
Súmula Vinculante n° 29 - É constitucional a adoção, no
cálculo do valor de taxa, de um ou mais elementos da base
de cálculo própria de determinado imposto, desde que não
haja integral identidade entre uma base e outra.
Espécies
A) Taxa de Serviço:
Art. 79 do CTN. Os serviços públicos a que se refere o artigo 77
consideram-se:
I - utilizados pelo contribuinte:
a) efetivamente, quando por ele usufruídos a qualquer título;
b) potencialmente, quando, sendo de utilização compulsória,
sejam postos à sua disposição mediante atividade administrativa
em efetivo funcionamento;
II - específicos, quando possam ser destacados em unidades
autônomas de intervenção, de unidade, ou de necessidades
públicas;
III - divisíveis, quando suscetíveis de utilização, separadamente,
por parte de cada um dos seus usuários.
Súmula Vinculante n° 41 (Súmula nº 670 do
STF) - O serviço de iluminação pública não pode
ser remunerado mediante taxa.
Súmula Vinculante nº 19 - A taxa cobrada
exclusivamente em razão dos serviços públicos
de coleta, remoção e tratamento ou destinação
de lixo ou resíduos provenientes de imóveis,
não viola o artigo 145, II, da Constituição
Federal.
“Taxa de expediente. (...) Inconstitucionalidade. A
emissão de guia de recolhimento de tributos é de
interesse exclusivo da administração, sendo mero
instrumento de arrecadação, não envolvendo a
prestação de um serviço público ao contribuinte.
Possui repercussão geral a questão constitucional
suscitada no apelo extremo. Ratifica-se, no caso, a
jurisprudência da Corte consolidada no sentido de ser
inconstitucional a instituição e a cobrança de taxas
por emissão ou remessa de carnês/guias de
recolhimento de tributos.” (RE 789.218-RG, rel.
min. Dias Toffoli, julgamento em 17-4-2014,
Plenário, DJE de 1º-8-2014, com repercussão geral.)
Novo CPC: Art. 98. A pessoa natural ou jurídica,
brasileira ou estrangeira, com insuficiência de
recursos para pagar as custas, as despesas processuais
e os honorários advocatícios tem direito à gratuidade
da justiça, na forma da lei.
§ 1o A gratuidade da justiça compreende:
I - as taxas ou as custas judiciais;
§ 3o Presume-se verdadeira a alegação de
insuficiência deduzida exclusivamente por pessoa
natural.
LEI Nº 1.060/1950.
B) Taxa de Polícia:
Art. 78 do CTN. Considera-se poder de polícia
atividade da administração pública que, limitando ou
disciplinando direito, interesse ou liberdade, regula a
prática de ato ou abstenção de fato, em razão de
interesse público concernente à segurança, à higiene, à
ordem, aos costumes, à disciplina da produção e do
mercado, ao exercício de atividades econômicas
dependentes de concessão ou autorização do Poder
Público, à tranqüilidade pública ou ao respeito à
propriedade e aos direitos individuais ou coletivos.
Parágrafo único. Considera-se regular o exercício do
poder de polícia quando desempenhado pelo órgão
competente nos limites da lei aplicável, com observância
do processo legal e, tratando-se de atividade que a lei
tenha como discricionária, sem abuso ou desvio de poder.
Súmula 667 do STF - Viola a garantia
constitucional de acesso à jurisdição a taxa
judiciária calculada sem limite sobre o valor da
causa.
Taxa # Tarifa:
Súmula 545 do STF - Preços de serviços públicos
e taxas não se confundem, porque estas,
diferentemente daqueles, são compulsórias e
tem sua cobrança condicionada a prévia
autorização orçamentária, em relação a lei que
as instituiu.
3 – CONTRIBUIÇÃO DEMELHORIA
Art. 145 da CF. A União, os Estados, o Distrito
Federal e os Municípios poderão instituir os
seguintes tributos:
III - contribuição de melhoria, decorrente de
obras públicas.
Competência Comum
Tributo Vinculado – atividade estatal específica
Art. 81 do CTN. A contribuição de melhoria
cobrada pela União, pelos Estados, pelo
Distrito Federal ou pelos Municípios, no
âmbito de suas respectivas atribuições, é
instituída para fazer face ao custo de obras
públicas de que decorra valorização
imobiliária, tendo como limite total a
despesa realizada e como limite individual
o acréscimo de valor que da obra resultar
para cada imóvel beneficiado.
Art. 82 do CTN. A lei relativa à contribuição de melhoria observará os
seguintes requisitos mínimos:
I - publicação prévia dos seguintes elementos:
a) memorial descritivo do projeto;
b) orçamento do custo da obra;
c) determinação da parcela do custo da obra a ser financiada pela
contribuição;
d) delimitação da zona beneficiada;
e) determinação do fator de absorção do benefício da valorização para
toda a zona ou para cada uma das áreas diferenciadas, nela contidas;
II - fixação de prazo não inferior a 30 (trinta) dias, para impugnação
pelos interessados, de qualquer dos elementos referidos no inciso
anterior;
III - regulamentação do processo administrativo de instrução e
julgamento da impugnação a que se refere o inciso anterior, sem
prejuízo da sua apreciação judicial.
§ 1º A contribuição relativa a cada imóvel será determinada pelo rateio
da parcela do custo da obra a que se refere a alínea c, do inciso I, pelos
imóveis situados na zona beneficiada em função dos respectivos fatores
individuais de valorização.
§ 2º Por ocasião do respectivo lançamento, cada contribuinte deverá ser
notificado do montante da contribuição, da forma e dos prazos de seu
pagamento e dos elementos que integram o respectivo cálculo.
• Decreto-lei n° 195/1967.
Art 2º Será devida a Contribuição de Melhoria, no caso de valorização de imóveis de
propriedade privada, em virtude de qualquer das seguintes obras públicas:
I - abertura, alargamento, pavimentação, iluminação, arborização, esgotos pluviais e
outros melhoramentos de praças e vias públicas;
II - construção e ampliação de parques, campos de desportos, pontes, túneis e
viadutos;
III - construção ou ampliação de sistemas de trânsito rápido inclusive tôdas as obras e
edificações necessárias ao funcionamento do sistema;
IV - serviços e obras de abastecimento de água potável, esgotos, instalações de redes
elétricas, telefônicas, transportes e comunicações em geral ou de suprimento de gás,
funiculares, ascensores e instalações de comodidade pública;
V - proteção contra sêcas, inundações, erosão, ressacas, e de saneamento de
drenagem em geral, diques, cais, desobstrução de barras, portos e canais, retificação
e regularização de cursos d’água e irrigação;
VI - construção de estradas de ferro e construção, pavimentação e melhoramento de
estradas de rodagem;
VII - construção de aeródromos e aeroportos e seus acessos;
VIII - aterros e realizações de embelezamento em geral, inclusive desapropriações em
desenvolvimento de plano de aspecto paisagístico.
4 – EMPRÉSTIMO COMPULSÓRIO
Art. 148 da CF/88. A União, mediante lei complementar, poderá
instituir empréstimos compulsórios:
I - para atender a despesas extraordinárias, decorrentes de
calamidade pública, de guerra externa ou sua iminência;
II - no caso de investimento público de caráter urgente e de relevante
interesse nacional, observado o disposto no art. 150, III, "b".
Parágrafo único. A aplicação dos recursos provenientes de
empréstimo compulsório será vinculada à despesa que fundamentou
sua instituição.
Art. 15 do CTN. Somente a União, nos seguintes casos excepcionais,
pode instituir empréstimos compulsórios:
I - guerra externa, ou sua iminência;
II - calamidade pública que exija auxílio federal impossível de atender
com os recursos orçamentários disponíveis;
III - conjuntura que exija a absorção temporária de poder aquisitivo.
Parágrafo único. A lei fixará obrigatoriamente o prazo do empréstimo
e as condições de seu resgate, observando, no que for aplicável, o
disposto nesta Lei.
Art. 62 da CF. Em caso de relevância e urgência, o
Presidente da República poderá adotar medidas
provisórias, com força de lei, devendo submetê-las de
imediato ao Congresso Nacional. (EC nº 32/2001)
§ 1º É vedada a edição de medidas provisórias sobre
matéria: (EC nº 32/2001)
II – que vise a detenção ou sequestro de bens, de
poupança popular ou qualquer outro ativo
financeiro; (EC nº 32/2001)
Súmula 553 do STJ (12/2015) - Nos casos de
empréstimo compulsório sobre o consumo de
energia elétrica, é competente a Justiça
estadual para o julgamento de demanda
proposta exclusivamente contra a Eletrobrás.
Requerida a intervenção da União no feito após
a prolação de sentença pelo juízo estadual, os
autos devem ser remetidos ao Tribunal Regional
Federal competente para o julgamento da
apelação se deferida a intervenção.
5 - CONTRIBUIÇÕES
Art. 149 da CF/88. Compete exclusivamente à União instituir contribuições sociais, de
intervenção no domínio econômico e de interesse das categorias profissionais ou
econômicas, como instrumento de sua atuação nas respectivas áreas, observado o
disposto nos arts. 146, III, e 150, I e III, e sem prejuízo do previsto no art. 195, § 6º,
relativamente às contribuições a que alude o dispositivo.
§ 1º Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios instituirão contribuição, cobrada de
seus servidores, para o custeio, em benefício destes, do regime previdenciário de que
trata o art. 40, cuja alíquota não será inferior à da contribuição dos servidores titulares
de cargos efetivos da União.
§ 2º As contribuições sociais e de intervenção no domínio econômico de que trata o
caput deste artigo:
I - não incidirão sobre as receitas decorrentes de exportação;
II - incidirão também sobre a importação de produtos estrangeiros ou serviços;
III - poderão ter alíquotas:
a) ad valorem, tendo por base o faturamento, a receita bruta ou o valor da operação e,
no caso de importação, o valor aduaneiro;
b) específica, tendo por base a unidade de medida adotada.
§ 3º A pessoa natural destinatária das operações de importação poderá ser
equiparada a pessoa jurídica, na forma da lei.
§ 4º A lei definirá as hipóteses em que as contribuições incidirão uma única vez.
ESPÉCIES
A) Seguridade Social – art. 195 da CF:
Art. 195 da CF. A seguridade social será financiada por toda a sociedade, de forma
direta e indireta, nos termos da lei, mediante recursos provenientes dos
orçamentos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, e das
seguintes contribuições sociais:
I - do empregador, da empresa e da entidade a ela equiparada na forma da lei,
incidentes sobre:
a) a folha de salários e demais rendimentos do trabalho pagos ou creditados, a
qualquer título, à pessoa física que lhe preste serviço, mesmo sem vínculo
empregatício;
b) a receita ou o faturamento;
c) o lucro;
II - do trabalhador e dos demais segurados da previdência social, não incidindo
contribuição sobre aposentadoria e pensão concedidas pelo regime geral de
previdência social de que trata o art. 201;
III - sobre a receita de concursos de prognósticos.
IV - do importador de bens ou serviços do exterior, ou de quem a lei a ele
equiparar.
Súmula Vinculante n° 53 - A competência da Justiça
do Trabalho prevista no art. 114, VIII, da Constituição
Federal alcança a execução de ofício das contribuições
previdenciárias relativas ao objeto da condenação
constante das sentenças que proferir e acordos por
ela homologados.
B) Contribuição de Intervenção do Domínio
Econômico – CIDE:
- Finalidade extrafiscal.
- Natureza transitória.
- Ex:
* CIDE-royalties (Lei 10.168/2001 – para incentivar
programa de pesquisa científica e tecnológica
cooperativa entre universidades, centros de
pesquisas e o setor produtivo).
* CIDE Combustível - §4º do art. 177 da CF/88; Lei
nº 10.336/2001
C) Contribuições corporativas:
1 - ContribuiçãoSindical
1.1 – Contribuição Sindical - art. 579 e 591 da CLT.
1. 2 – Contribuição Confederativa – liberdade sindical.
Art. 8º da CF. É livre a associação profissional ou sindical,
observado o seguinte: IV - a assembléia geral fixará a
contribuição que, em se tratando de categoria profissional,
será descontada em folha, para custeio do sistema
confederativo da representação sindical respectiva,
independentemente da contribuição prevista em lei;
Súmula Vinculante 40 (Súmula 666 do STF) - "A contribuição
confederativa de que trata o artigo 8º, IV, da Constituição
Federal, só é exigível dos filiados ao sindicato respectivo".
OJ-SDC-17 do TST - CONTRIBUIÇÕES PARA
ENTIDADES SINDICAIS. INCONSTITUCIONALIDADE DE
SUA EXTENSÃO A NÃO ASSOCIADOS (mantida) DEJT
divulgado em 25.08.2014
As cláusulas coletivas que estabeleçam contribuição
em favor de entidade sindical, a qualquer título,
obrigando trabalhadores não sindicalizados, são
ofensivas ao direito de livre associação e
sindicalização, constitucionalmente assegurado, e,
portanto, nulas, sendo passíveis de devolução, por via
própria, os respectivos valores eventualmente
descontados.
2 - Contribuições corporativas para o custeio das
entidades de fiscalização do exercício de profissões
regulamentares. – OAB?
STF - “a Anotação de Responsabilidade Técnica, instituída
pela Lei 6.496/1977, cobrada pelos Conselhos Regionais
de Engenharia, Arquitetura e Agronomia, tem natureza
jurídica de taxa, sendo, portanto, necessária a
observância do princípio da legalidade tributária previsto
no art. 150, I, da Constituição. Em consequência,
conheceu do recurso extraordinário, desde já, mas lhe
negou provimento.” (ARE 748.445, rel. min. Ricardo
Lewandowski, julgamento em 31-10-2013,
Plenário, DJE de 12-2-2014, com repercussão geral.)
D) Contribuição para o custeio de 
iluminação pública (COSIP)
Art. 149-A da CF Os Municípios e o Distrito Federal
poderão instituir contribuição, na forma das
respectivas leis, para o custeio do serviço de
iluminação pública, observado o disposto no art. 150,
I e III. (EC nº 39/2002)
Parágrafo único. É facultada a cobrança da
contribuição a que se refere o caput, na fatura de
consumo de energia elétrica.(EC nº 39/2002)
Súmula 670 do STF. – O serviço de iluminação
pública não pode ser remunerado mediante
taxa.
Súmula Vinculante 41 (2015) - O serviço de
iluminação pública não pode ser remunerado
mediante taxa.
(FGV, OAB) Determinado Município instituiu,
mediante lei, uma Taxa de Instalação de Rede Elétrica,
tendo como contribuintes moradores de certo bairro
que se encontravam desprovidos do serviço de
iluminação pública.
Nesse caso, tal exação fiscal se compatibiliza com o
ordenamento jurídico tributário em vigor? Justifique
sua resposta, apontando todos os dispositivos legais
pertinentes, ciente de que o fato gerador da taxa é a
instalação de rede elétrica.
Gabarito FGV:
O gabarito proposto assinala como fundamental a
referência ao art. 4º. Inciso I, do CTN, o qual dispõe
que a natureza jurídica específica do tributo é
determinada pelo seu fato gerador. Como segundo
quesito de avaliação, requer-se que o candidato saiba
observar que a exação não é taxa, por não se tratar de
serviço público específico e divisível, nos ternos dos
artigos art. 145, II, da CRFB/88 ou art. 77 do CTN. Por
fim, como sempre é ressaltado, registra-se que a mera
pontuação de artigo não pontua.
COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA
Princípio do Federalismo – cláusula pétrea
- art. 60, § 4º, da CF .
Limitação ao Poder de Tributar.
Art. 153 a 156 da CF.
Súmula 69 do STF - A Constituição
Estadual não pode estabelecer limite para
o aumento de tributos municipais.
(ESAF, 2016) A Constituição Federal estabelece
taxativamente a competência tributária de cada ente
político, dessa forma, relativamente ao assunto, podemos
dizer:
a) o exercício por um ente político de competência
atribuída constitucionalmente a outro é possível havendo
acordo entre os entes políticos envolvidos.
b) a competência pode ser exercida a qualquer tempo,
não sendo limitada a prazo.
c) o não exercício da competência pode acarretar sua
transferência a outro ente político independentemente
de acordo prévio nesse sentido.
d) a competência para a instituição do imposto
extraordinário é exclusiva dos estados e dos municípios.
e) no tocante aos impostos, o exercício da competência é
partilhado entre os entes políticos.
(ESAF, 2016) A Constituição Federal estabelece
taxativamente a competência tributária de cada ente
político, dessa forma, relativamente ao assunto, podemos
dizer:
a) o exercício por um ente político de competência
atribuída constitucionalmente a outro é possível havendo
acordo entre os entes políticos envolvidos.
b) a competência pode ser exercida a qualquer tempo,
não sendo limitada a prazo.
c) o não exercício da competência pode acarretar sua
transferência a outro ente político independentemente
de acordo prévio nesse sentido.
d) a competência para a instituição do imposto
extraordinário é exclusiva dos estados e dos municípios.
e) no tocante aos impostos, o exercício da competência é
partilhado entre os entes políticos.
Competência suplementar:
Art. 24 da CF. Compete à União, aos Estados e ao Distrito
Federal legislar concorrentemente sobre:
I - direito tributário, financeiro, penitenciário, econômico e
urbanístico;
§ 1º - No âmbito da legislação concorrente, a competência
da União limitar-se-á a estabelecer normas gerais.
§ 2º - A competência da União para legislar sobre normas
gerais não exclui a competência suplementar dos Estados.
§ 3º - Inexistindo lei federal sobre normas gerais, os Estados
exercerão a competência legislativa plena, para atender a
suas peculiaridades.
§ 4º - A superveniência de lei federal sobre normas gerais
suspende a eficácia da lei estadual, no que lhe for contrário.
CARACTERÍSTICAS
A)Privatividade
B)Facultatividade
C)Irrenunciabilidade
D)Inalterabilidade
E) Indelegabilidade - art. 7° do CTN
F) Incaducabilidade - art. 8° do CTN
Art. 7º do CTN. A competência tributária é indelegável,
salvo atribuição das funções de arrecadar ou fiscalizar
tributos, ou de executar leis, serviços, atos ou decisões
administrativas em matéria tributária, conferida por uma
pessoa jurídica de direito público a outra, nos termos
do § 3º do artigo 18 da Constituição.
§ 1º A atribuição compreende as garantias e os privilégios
processuais que competem à pessoa jurídica de direito
público que a conferir.
§ 2º A atribuição pode ser revogada, a qualquer tempo,
por ato unilateral da pessoa jurídica de direito público
que a tenha conferido.
§ 3º Não constitui delegação de competência o
cometimento, a pessoas de direito privado, do encargo
ou da função de arrecadar tributos.
Art. 8º do CTN. O não-exercício da competência
tributária não a defere a pessoa jurídica de
direito público diversa daquela a que a
Constituição a tenha atribuído.
• Competência Cumulativa – Território e DF:
Art. 147 da CF. Competem à União, em
Território Federal, os impostos estaduais e, se o
Território não for dividido em Municípios,
cumulativamente, os impostos municipais; ao
Distrito Federal cabem os impostos municipais.
• Competência Residual
• Competência Extraordinária – IEG (U)
Art. 154 da CF. A União poderá instituir:
I - mediante lei complementar, impostos não
previstos no artigo anterior, desde que sejam não-
cumulativos e não tenham fato gerador ou base de
cálculo próprios dos discriminados nesta Constituição;
II - na iminência ou no caso de guerra externa,
impostos extraordinários, compreendidos ou não em
sua competência tributária, os quais serão
suprimidos, gradativamente, cessadas as causas de
sua criação.
Súmula Vinculante nº 53 (2015) - A competência da Justiça
do Trabalho prevista no art. 114, inciso VIII, da Constituição
Federal alcança a execução de ofício das contribuições
previdenciárias relativas ao objeto da condenação constante
das sentenças que proferir e acordos por ela homologados.
SUM-454 do TST - COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA DO
TRABALHO. EXECUÇÃODE OFÍCIO. CONTRIBUIÇÃO SOCIAL
REFERENTE AO SEGURO DE ACIDENTE DE TRABALHO (SAT).
ARTS. 114, VIII, E 195, I, “A”, DA CONSTITUIÇÃO DA
REPÚBLICA.
Compete à Justiça do Trabalho a execução, de ofício, da
contribuição referente ao Seguro de Acidente de Trabalho
(SAT), que tem natureza de contribuição pa-ra a seguridade
social (arts. 114, VIII, e 195, I, “a”, da CF), pois se destina ao fi-
nanciamento de benefícios relativos à incapacidade do
empregado decorrente de infortúnio no trabalho (arts. 11 e
22 da Lei nº 8.212/1991).
CONFLITO
• BIS IN IDEM – mesmo ente tributante
• BITRIBUTAÇÃO – entes diferentes
Exceção: bitributação internacional e
IEG
O princípio da universalidade da tributação – “todos os
rendimentos auferidos por cidadãos brasileiros,
independentemente do lugar do mundo em que forem
auferidos, devem ser informados e levados à tributação ...
FATCA – Foreign Account Tax Compliance Act, uma lei
norte-americana que se tornou efetiva no dia 1º de julho
de 2014. Mais de 80 nações já entabularam acordo com
os Estados Unidos para repasse desses dados, incluindo o
Brasil. O Brasil optou pela assinatura do Model 1 IGA,
com reciprocidade, ou seja, as informações devidas serão
encaminhadas pelas instituições financeiras diretamente
para a Receita Federal do Brasil e posteriormente
repassadas por ela ao IRS (Internal Revenue Service ) dos
EUA” (Maria Izabel de Macedo Vialle)
Lei n° 13.254/2016 - Repatriação de recursos
mantidos no exterior - Regime Especial de
Regularização Cambial e Tributária (RERCT) - Dispõe
sobre o Regime Especial de Regularização Cambial e
Tributária (RERCT) de recursos, bens ou direitos de
origem lícita, não declarados ou declarados
incorretamente, remetidos, mantidos no exterior ou
repatriados por residentes ou domiciliados no País.
(FCC, 2016) A Constituição Federal atribui competência aos
entes federados para instituir e cobrar impostos. De acordo com
o texto constitucional, incide
a) o ICMS, de competência estadual, na etapa de
comercialização de videofonogramas musicais produzidos no
Brasil, contendo obras musicais de autores brasileiros.
b) o ITR, de competência da União, sobre pequenas glebas
rurais, definidas em lei, quando as explore o proprietário que
possua outros imóveis.
c) o ISS, de competência municipal, sobre a prestação de serviço
de comunicação.
d) o ITCMD, de competência estadual, sobre a transmissão
onerosa de direitos reais sobre bens imóveis localizados em seu
território.
e) o IPI, de competência da União, sobre o ouro ativo financeiro
ou instrumento cambial, quando de sua a transformação em
lingotes, para fins de seu armazenamento, nos cofres do Banco
Central do Brasil.
(FCC, 2016) A Constituição Federal atribui competência aos
entes federados para instituir e cobrar impostos. De acordo com
o texto constitucional, incide
a) o ICMS, de competência estadual, na etapa de
comercialização de videofonogramas musicais produzidos no
Brasil, contendo obras musicais de autores brasileiros.
b) o ITR, de competência da União, sobre pequenas glebas
rurais, definidas em lei, quando as explore o proprietário que
possua outros imóveis.
c) o ISS, de competência municipal, sobre a prestação de serviço
de comunicação.
d) o ITCMD, de competência estadual, sobre a transmissão
onerosa de direitos reais sobre bens imóveis localizados em seu
território.
e) o IPI, de competência da União, sobre o ouro ativo financeiro
ou instrumento cambial, quando de sua a transformação em
lingotes, para fins de seu armazenamento, nos cofres do Banco
Central do Brasil.
IMUNIDADE TRIBUTÁRIA
a) Não-incidência: 
a1) Imunidade 
a2) Pura e simples
b) Isenção
c) Alíquota zero – 0%
Súmula Vinculante n° 31 – É inconstitucional a
incidência do imposto sobre serviços de
qualquer natureza - ISS sobre operações de
locação de bens móveis.
OBS. Não confundir com a Súmula 423 do STJ -
A Contribuição para Financiamento da
Seguridade Social - Cofins incide sobre as
receitas provenientes das operações de locação
de bens móveis.
(OAB, FGV) O Município “X” notificou a instituição de educação
“Y” para que realizasse o pagamento do valor correspondente
ao Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana
(IPTU) referente ao imóvel de sua propriedade, alugado a
terceiros, por meio do envio de carnê para pagamento do
tributo pelos correios. Apesar de constatar que o valor dos
aluguéis é aplicado no desenvolvimento das atividades
essenciais da instituição, o Município entendeu que a imunidade
conferida pelo texto constitucional somente se aplica quando o
imóvel é usado como sede da instituição.
Com base no caso descrito, responda, fundamentadamente, aos
itens a seguir.
A) A cobrança do IPTU, realizada pelo Município “X”, está
correta?
B) De acordo com o entendimento firmado nos Tribunais
Superiores, é válida a notificação da instituição por meio dos
Correios?
Gabarito FGV:
A) A cobrança feita pelo Município “X” não está correta,
tendo em vista que, de acordo com a Súmula nº 724, do
STF, in verbis, “Ainda quando alugado a terceiros,
permanece imune ao IPTU o imóvel pertencente a
qualquer das entidades referidas pelo Art. 150, VI, c, da
Constituição, desde que o valor dos aluguéis seja aplicado
nas atividades essenciais de tais entidades.”
B) A notificação é válida, tendo em vista que “a remessa,
ao endereço do contribuinte, do carnê de pagamento do
IPTU é ato suficiente para a notificação do lançamento
tributário”. Nesse sentido é o entendimento assentado
pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ).
ESPÉCIES
• Art. 150, VI, da CF – rol
exemplificativo.
• Outras modalidades de imunidades:
art. 153, § 3°, III, §4°, III; art. 155, X;
art. 156, § 2º, I; art. 184, § 5º; art. 195,
§ 7°; da CF.
Art. 150 da CF. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao
contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal
e aos Municípios:
VI - instituir impostos sobre:
a) patrimônio, renda ou serviços, uns dos outros;
b) templos de qualquer culto;
c) patrimônio, renda ou serviços dos partidos políticos, inclusive
suas fundações, das entidades sindicais dos trabalhadores, das
instituições de educação e de assistência social, sem fins
lucrativos, atendidos os requisitos da lei;
d) livros, jornais, periódicos e o papel destinado a sua
impressão.
e) fonogramas e videofonogramas musicais produzidos no Brasil
contendo obras musicais ou literomusicais de autores brasileiros
e/ou obras em geral interpretadas por artistas brasileiros bem
como os suportes materiais ou arquivos digitais que os
contenham, salvo na etapa de replicação industrial de mídias
ópticas de leitura a laser. (EC nº 75, de 15.10.2013)
• Apenas Impostos?
Súmula nº 324 do STF – A imunidade do Art.
31, V, da Constituição Federal não
compreende as taxas.
• Impostos Indiretos?
Súmula 591 do STF - A imunidade ou a isenção
tributária do comprador não se estende ao
produtor, contribuinte do imposto sobre
produtos industrializados.
A) Imunidade Tributária Recíproca:
Princípio Federativo – art. 60, § 4º, I, CF -
§ 4º Não será objeto de deliberação a
proposta de emenda tendente a abolir:
I - a forma federativa de Estado;
“a) patrimônio, renda ou serviços, uns
dos outros;”
Extensão da imunidade recíproca:
§ 2º - A vedação do inciso VI, "a", é extensiva às autarquias e
às fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público, no
que se refere ao patrimônio, à renda e aos serviços,
vinculados a suas finalidades essenciais ou às delas
decorrentes.
§ 3º - As vedações do inciso VI, "a", e do parágrafo anterior
não se aplicam ao patrimônio, à renda e aos serviços,
relacionados com exploração de atividades econômicas
regidas pelas normas aplicáveis a empreendimentos privados,
ou em que haja contraprestação ou pagamento de preços ou
tarifas pelo usuário, nem exonera o promitente comprador
da obrigação de pagar imposto relativamente ao bem
imóvel.
STF - “Casa da Moeda do Brasil (CMB). Empresa governamental
delegatária de serviços públicos. Emissão de papel moeda,
cunhagem de moeda metálica, fabricação de fichastelefônicas e
impressão de selos postais. Regime constitucional de
monopólio (CF, art. 21, VII). Outorga de delegação à CMB,
mediante lei, que não descaracteriza a estatalidade do serviço
público, notadamente quando constitucionalmente
monopolizado pela pessoa política (a União Federal, no caso)
que é dele titular. A delegação da execução de serviço público,
mediante outorga legal, não implica alteração do regime jurídico
de direito público, inclusive o de direito tributário, que incide
sobre referida atividade. Consequente extensão, a essa empresa
pública, em matéria de impostos, da proteção constitucional
fundada na garantia da imunidade tributária recíproca (CF, art.
150, VI, a).” (RE 610.517, rel. min. Celso de Mello, decisão
monocrática, julgamento em 3-6-2013, DJE de 17-6-2013.)
Súmula nº 583 do STF - Promitente-
comprador de imóvel residencial transcrito em
nome de autarquia é contribuinte do imposto
predial territorial urbano.
Súmula n° 336 do STF - A imunidade da
autarquia financiadora, quanto ao contrato de
financiamento, não se estende a compra e
venda entre particulares, embora constantes
os dois atos de um só instrumento.
Súmula 75 do STF – Sendo vendedora uma
autarquia, a sua imunidade fiscal não
compreende o imposto de transmissão
"inter vivos", que é encargo do comprador.
Súmula 76 do STF - As sociedades de
economia mista não estão protegidas pela
imunidade fiscal do Art. 31, V, "a",
Constituição Federal.
B) Imunidade Tributária Religiosa
“b) templos de qualquer culto;”
Proteger a liberdade de culto - art. 5º da CF:
VI - é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo
assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na
forma da lei, a proteção aos locais de culto e a suas liturgias;
VIII - ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa
ou de convicção filosófica ou política, salvo se as invocar para eximir-
se de obrigação legal a todos imposta e recusar-se a cumprir
prestação alternativa, fixada em lei;
Art. 19 da CF. É vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e
aos Municípios:
I - estabelecer cultos religiosos ou igrejas, subvencioná-los,
embaraçar-lhes o funcionamento ou manter com eles ou seus
representantes relações de dependência ou aliança, ressalvada, na
forma da lei, a colaboração de interesse público;
Art. 150, § 4º, da CF - As vedações expressas no inciso
VI, alíneas "b" e "c", compreendem somente o
patrimônio, a renda e os serviços, relacionados com
as finalidades essenciais das entidades nelas
mencionadas.
C) Partidos políticos, sindicatos de trabalhadores e 
entidades educativas e assistenciais sem fins lucrativos
“c) patrimônio, renda ou serviços dos
partidos políticos, inclusive suas fundações, -
Pluralidade Política – art. 1ª, V, da CF:
Art. 1º A República Federativa do Brasil,
formada pela união indissolúvel dos
Estados e Municípios e do Distrito Federal,
constitui-se em Estado Democrático de
Direito e tem como fundamentos: V - o
pluralismo político.
* das entidades sindicais dos trabalhadores, - Art. 8º da
CF - É livre a associação profissional ou sindical,
observado o seguinte:
* das instituições de educação - Art. 6º da CF - São
direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o
trabalho, a moradia, o transporte, o lazer, a segurança, a
previdência social, a proteção à maternidade e à infância,
a assistência aos desamparados, na forma desta
Constituição. (ECnº 90, de 2015)
Art. 205 da CF. A educação, direito de todos e dever do
Estado e da família, será promovida e incentivada com a
colaboração da sociedade, visando ao pleno
desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício
da cidadania e sua qualificação para o trabalho.
* e de assistência social, sem fins lucrativos, atendidos os
requisitos da lei;”
Art. 203 da CF. A assistência social será prestada a quem
dela necessitar, independentemente de contribuição à
seguridade social, e tem por objetivos:
I - a proteção à família, à maternidade, à infância, à
adolescência e à velhice;
II - o amparo às crianças e adolescentes carentes;
III - a promoção da integração ao mercado de trabalho;
IV - a habilitação e reabilitação das pessoas portadoras de
deficiência e a promoção de sua integração à vida
comunitária;
V - a garantia de um salário mínimo de benefício mensal à
pessoa portadora de deficiência e ao idoso que
comprovem não possuir meios de prover à própria
manutenção ou de tê-la provida por sua família,
conforme dispuser a lei.
Art. 146 da CF. Cabe à lei complementar:
II - regular as limitações constitucionais ao poder de
tributar;
Art. 14 do CTN. O disposto na alínea c do inciso IV do
artigo 9º é subordinado à observância dos seguintes
requisitos pelas entidades nele referidas:
I – não distribuírem qualquer parcela de seu patrimônio
ou de suas rendas, a qualquer título;
II - aplicarem integralmente, no País, os seus recursos na
manutenção dos seus objetivos institucionais;
III - manterem escrituração de suas receitas e despesas
em livros revestidos de formalidades capazes de
assegurar sua exatidão.
OBS. Entidades de assistência social –
imune aos impostos e as contribuições
social-previdenciárias
§ 7° do art. 195 da CF - São isentas de
contribuição para a seguridade social
as entidades beneficentes de
assistência social que atendam às
exigências estabelecidas em lei.
Súmula 730 do STF - A imunidade tributária conferida
a instituições de assistência social sem fins lucrativos
pelo art. 150, VI, c, da Constituição, somente alcança
as entidades fechadas de previdência social privada se
não houver contribuição dos beneficiários.
Súmula Vinculante nº 52/2015 (Súmula 724
do STF) – Ainda quando alugado a terceiros,
permanece imune ao IPTU o imóvel
pertencente a qualquer das entidades
referidas pelo artigo 150, inciso VI, alínea “c”,
da Constituição Federal, desde que o valor dos
aluguéis seja aplicado nas atividades para as
quais tais entidades foram constituídas.
Súmula CARF nº 70: É imune ao ITR o imóvel
pertencente às entidades indicadas no artigo 150,
VI, "c", da Constituição, que se encontra
arrendado, desde que a receita assim obtida seja
aplicada nas atividades essenciais da entidade.
D) Imunidade Tributária Cultural
“d) livros, jornais, periódicos e o papel destinado a sua impressão.” -
Imunidade puramente objetiva.
Art. 5º da CF:
IV - é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o
anonimato;
IX - é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e
de comunicação, independentemente de censura ou licença;
Art. 205 da CF. A educação, direito de todos e dever do Estado e da
família, será promovida e incentivada com a colaboração da
sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu
preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o
trabalho.
Art. 215 da CF. O Estado garantirá a todos o pleno exercício dos
direitos culturais e acesso às fontes da cultura nacional, e apoiará e
incentivará a valorização e a difusão das manifestações culturais.
É possível limitar a imunidade em razão do 
conteúdo da publicação?
“Ao verme que primeiro roeu as
frias carnes do meu cadáver
dedico como saudosa
lembrança estas memórias
póstumas.” (Machado de Assis)
Ao verme
que
primeiro roeu as frias carnes
do meu cadáver
dedico
como saudosa lembrança
estas
Memórias Póstumas
É só o papel?
Súmula nº 657 do STF - A imunidade prevista no art.
150, VI, d, da CF abrange os filmes e papéis
fotográficos necessários à publicação de jornais e
periódicos.
E por meio eletrônico (CD-ROM)?
Súmula 662 do STF - É legítima a incidência do ICMS
na comercialização de exemplares de obras
cinematográficas, gravados em fitas de
videocassete.
E) Imunidade da Música
e) fonogramas e videofonogramas musicais produzidos no Brasil
contendo obras musicais ou literomusicais de autores brasileiros
e/ou obras em geral interpretadas por artistas brasileiros bem
como os suportes materiais ou arquivos digitais que os
contenham, salvo na etapa de replicação industrial de mídias
ópticas de leituraa laser. (EC nº 75 de 2013)
Art. 5º da CF - IX - é livre a expressão da atividade intelectual,
artística, científica e de comunicação, independentemente de
censura ou licença;
XXVII - aos autores pertence o direito exclusivo de utilização,
publicação ou reprodução de suas obras, transmissível aos
herdeiros pelo tempo que a lei fixar;
ISENÇÃO
Dispensa legal do pagamento do tributo.
Lei específica –Art. 150, § 6°, da CF:
“§ 6.º Qualquer subsídio ou isenção, redução de
base de cálculo, concessão de crédito presumido,
anistia ou remissão, relativos a impostos, taxas ou
contribuições, só poderá ser concedido mediante lei
específica, federal, estadual ou municipal, que
regule exclusivamente as matérias acima
enumeradas ou o correspondente tributo ou
contribuição, sem prejuízo do disposto no art. 155, §
2.º, XII, g.”
Art. 176 do CTN. A isenção, ainda quando
prevista em contrato, é sempre decorrente
de lei que especifique as condições e
requisitos exigidos para a sua concessão, os
tributos a que se aplica e, sendo caso, o
prazo de sua duração.
Princípio da Uniformidade Geográfica
Art. 151 da CF. É vedado à União:
I - instituir tributo que não seja uniforme em todo o
território nacional ou que implique distinção ou
preferência em relação a Estado, ao Distrito Federal
ou a Município, em detrimento de outro, admitida a
concessão de incentivos fiscais destinados a
promover o equilíbrio do desenvolvimento sócio-
econômico entre as diferentes regiões do País;
Art. 176, parágrafo único do CTN: A isenção pode
ser restrita a determinada região do território da
entidade tributante, em função de condições a ela
peculiares.
Isenção Heterônoma
Art. 151 da CF. É vedado à União:
III - instituir isenções de tributos da
competência dos Estados, do Distrito
Federal ou dos Municípios.
Súmula 178 do STJ - O INSS não goza de
isenção do pagamento de custas e
emolumentos, nas ações acidentárias e de
benefícios propostas na Justiça Estadual.
Interpretação restritiva
Art. 177 do CTN. Salvo disposição de lei em
contrário, a isenção não é extensiva:
I - às taxas e às contribuições de melhoria;
II - aos tributos instituídos posteriormente à sua
concessão.
Art. 111 do CTN. Interpreta-se literalmente a
legislação tributária que disponha sobre:
II - outorga de isenção;
LEI Nº 7.713, DE 22 DE DEZEMBRO DE 1988.
Art. 6º Ficam isentos do imposto de renda os seguinte
rendimentos percebidos por pessoas físicas:
XIV – os proventos de aposentadoria ou reforma motivada
por acidente em serviço e os percebidos pelos portadores
de moléstia profissional, tuberculose ativa, alienação
mental, esclerose múltipla, neoplasia maligna, cegueira,
hanseníase, paralisia irreversível e incapacitante,
cardiopatia grave, doença de Parkinson, espondiloartrose
anquilosante, nefropatia grave, hepatopatia grave, estados
avançados da doença de Paget (osteíte deformante),
contaminação por radiação, síndrome da imunodeficiência
adquirida, com base em conclusão da medicina
especializada, mesmo que a doença tenha sido contraída
depois da aposentadoria ou reforma;
Novo CPC:
Art. 1.048. Terão prioridade de tramitação, em
qualquer juízo ou tribunal, os procedimentos judiciais:
I - em que figure como parte ou interessado pessoa
com idade igual ou superior a 60 (sessenta) anos ou
portadora de doença grave, assim compreendida
qualquer das enumeradas no art. 6o, inciso XIV, da Lei
no 7.713, de 22 de dezembro de 1988;
Isenções Onerosas
Art. 178 do CTN - A isenção, salvo se concedida
por prazo certo e em função de determinadas
condições, pode ser revogada ou modificada
por lei, a qualquer tempo, observado o disposto
no inciso III do art. 104.
Súmula nº 544 do STF - Isenções tributárias
concedidas, sob condição onerosa, não podem
ser livremente suprimidas.
• A Isenção pode ser de:
a) caráter geral (objetiva)
b) individual (subjetiva, pessoal)
Art. 179 do CTN. A isenção, quando não concedida em
caráter geral, é efetivada, em cada caso, por despacho
da autoridade administrativa, em requerimento com o
qual o interessado faça prova do preenchimento das
condições e do cumprimento dos requisitos previstos
em lei ou contrato para sua concessão.
§ 1º Tratando-se de tributo lançado por período certo
de tempo, o despacho referido neste artigo será
renovado antes da expiração de cada período, cessando
automaticamente os seus efeitos a partir do primeiro
dia do período para o qual o interessado deixar de
promover a continuidade do reconhecimento da
isenção.
§ 2º O despacho referido neste artigo não gera direito
adquirido, aplicando-se, quando cabível, o disposto no
artigo 155.
LEI Nº 9.250, DE 26 DE DEZEMBRO DE 1995.
Art. 30. A partir de 1º de janeiro de 1996, para efeito do
reconhecimento de novas isenções de que tratam os incisos
XIV e XXI do art. 6º da Lei nº 7.713, de 22 de dezembro de 1988,
com a redação dada pelo art. 47 da Lei nº 8.541, de 23 de
dezembro de 1992, a moléstia deverá ser comprovada
mediante laudo pericial emitido por serviço médico oficial, da
União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.
§ 1º O serviço médico oficial fixará o prazo de validade do laudo
pericial, no caso de moléstias passíveis de controle.
Súmula CARF nº 63: Para gozo da isenção do imposto de renda
da pessoa física pelos portadores de moléstia grave, os
rendimentos devem ser provenientes de aposentadoria,
reforma, reserva remunerada ou pensão e a moléstia deve ser
devidamente comprovada por laudo pericial emitido por serviço
médico oficial da União, dos Estados, do Distrito Federal ou dos
Municípios.
ANISTIA
Perdão legal das infrações, penalidades.
Exclusão do Crédito Tributário.
Art. 175 do CTN. Excluem o crédito tributário:
I - a isenção;
II - a anistia.
Parágrafo único. A exclusão do crédito tributário não
dispensa o cumprimento das obrigações acessórias
dependentes da obrigação principal cujo crédito seja
excluído, ou dela consequente.
Marcos Temporais:
a) Após o cometimento da infração.
b)Antes do lançamento da
penalidade pecuniária – após –
remissão.
Art. 180 do CTN. A anistia abrange exclusivamente
as infrações cometidas anteriormente à vigência da
lei que a concede, não se aplicando:
I - aos atos qualificados em lei como crimes ou
contravenções e aos que, mesmo sem essa
qualificação, sejam praticados com dolo, fraude ou
simulação pelo sujeito passivo ou por terceiro em
benefício daquele;
II - salvo disposição em contrário, às infrações
resultantes de conluio entre duas ou mais pessoas
naturais ou jurídicas.
Art. 181 do CTN. A anistia pode ser concedida:
I - em caráter geral;
II - limitadamente:
a) às infrações da legislação relativa a determinado tributo;
b) às infrações punidas com penalidades pecuniárias até
determinado montante, conjugadas ou não com
penalidades de outra natureza;
c) a determinada região do território da entidade
tributante, em função de condições a ela peculiares;
d) sob condição do pagamento de tributo no prazo fixado
pela lei que a conceder, ou cuja fixação seja atribuída pela
mesma lei à autoridade administrativa.
Art. 182 do CTN. A anistia, quando não concedida
em caráter geral, é efetivada, em cada caso, por
despacho da autoridade administrativa, em
requerimento com a qual o interessado faça prova
do preenchimento das condições e do
cumprimento dos requisitos previstos em lei para
sua concessão.
Parágrafo único. O despacho referido neste artigo
não gera direito adquirido, aplicando-se, quando
cabível, o disposto no artigo 155.
REMISSÃO
• Perdão de todo o crédito tributário.
• Extinção do Crédito Tributário.
• Após o crédito ter sido constituído.
• Dispensa legal do crédito tributário.
Art. 172 do CTN. A lei pode autorizar a autoridade
administrativa a conceder, por despacho fundamentado,
remissão total ou parcial do crédito tributário,
atendendo:
I - à situação econômica do sujeito passivo;
II - ao erro ou ignorância excusáveis do sujeito passivo,
quanto a matéria de fato;
III - à diminuta importância do crédito tributário;
IV - a consideraçõesde eqüidade, em relação com as
características pessoais ou materiais do caso;
V - a condições peculiares a determinada região do
território da entidade tributante.
Parágrafo único. O despacho referido neste artigo não
gera direito adquirido, aplicando-se, quando cabível, o
disposto no artigo 155.
Exemplo:
Art. 14 da Lei n° 11.941/2009. Ficam remitidos os débitos com a Fazenda Nacional, inclusive aqueles
com exigibilidade suspensa que, em 31 de dezembro de 2007, estejam vencidos há 5 (cinco) anos ou
mais e cujo valor total consolidado, nessa mesma data, seja igual ou inferior a R$ 10.000,00 (dez mil
reais).
§ 1o O limite previsto no caput deste artigo deve ser considerado por sujeito passivo e,
separadamente, em relação:
I – aos débitos inscritos em Dívida Ativa da União, no âmbito da Procuradoria-Geral da Fazenda
Nacional, decorrentes das contribuições sociais previstas nas alíneas a, b e c do parágrafo único do art.
11 da Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991, das contribuições instituídas a título de substituição e das
contribuições devidas a terceiros, assim entendidas outras entidades e fundos;
II – aos demais débitos inscritos em Dívida Ativa da União, no âmbito da Procuradoria-Geral da
Fazenda Nacional;
III – aos débitos decorrentes das contribuições sociais previstas nas alíneas a, b e c do parágrafo único
do art. 11 da Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991, das contribuições instituídas a título de substituição
e das contribuições devidas a terceiros, assim entendidas outras entidades e fundos, administrados
pela Secretaria da Receita Federal do Brasil; e
IV – aos demais débitos administrados pela Secretaria da Receita Federal do Brasil.
§ 2o Na hipótese do IPI, o valor de que trata este artigo será apurado considerando a totalidade dos
estabelecimentos da pessoa jurídica.
§ 3o O disposto neste artigo não implica restituição de quantias pagas.
§ 4o Aplica-se o disposto neste artigo aos débitos originários de operações de crédito rural e do
Programa Especial de Crédito para a Reforma Agrária – PROCERA transferidas ao Tesouro Nacional,
renegociadas ou não com amparo em legislação específica, inscritas na dívida ativa da União, inclusive
aquelas adquiridas ou desoneradas de risco pela União por força da Medida Provisória no 2.196-3, de
24 de agosto de 2001.
FONTES DO DIREITO 
TRIBUTÁRIO
CLASSIFICAÇÃO
1 - Fontes Materiais/Reais – Fatos de
natureza econômica que servem de suporte
às imposições tributárias. Ex.: patrimônio,
renda, produção e circulação de riquezas.
2 - Fontes Formais – conjunto de normas do
Direito Tributário
(FGV, OAB) O Presidente da República editou Medida Provisória
estabelecendo normas gerais sobre o imposto sobre
propriedade de veículos automotores (IPVA), relativamente ao
seu fato gerador, base de cálculo e contribuintes. Partindo da
premissa de que estão preenchidos os requisitos de relevância e
urgência, responda aos itens a seguir, de forma fundamentada,
indicando os dispositivos legais pertinentes.
A) Pode uma Medida Provisória do Presidente da República
estabelecer normas gerais sobre o imposto sobre propriedade
de veículos automotores (IPVA), tal como a acima referida?
B) Inexistindo normas gerais relativas ao imposto sobre
propriedade de veículos automotores (IPVA), podem os
legisladores estaduais definir, no âmbito de suas competências,
e observados os limites impostos pela Constituição Federal, o
fato gerador, a base de cálculo e os contribuintes desse
imposto?
Gabarito FGV:
A) Não. De acordo com o Art. 146, inciso III, alínea “a”, da
Constituição da República, cabe à Lei Complementar
estabelecer normas gerais em matéria de legislação
tributária, definindo, inclusive em relação ao IPVA, os
respectivos fatos geradores, bases de cálculo e contribuintes.
Como o Art. 62, § 1º, inciso III, da Constituição da República,
veda a edição de Medidas Provisórias em relação a matéria
reservada à Lei Complementar, conclui-se que uma Medida
Provisória não pode veicular normas gerais sobre o IPVA.
B) Sim. Inexistindo normas gerais relativas ao IPVA, o
legislador estadual, no contexto da competência concorrente,
exerce competência plena sobre a matéria, nos termos do
Art. 24, § 3º, da Constituição da República e Art. 34, § 3º, do
ADCT.
PRIMÁRIAS/PRINCIPAIS
A)CONSTITUIÇÃO FEDERAL
B) EMENDA CONSTITUCIONAL
C) LEI COMPLEMENTAR:
CTN – Lei e Legislação
Art. 96 do CTN. A expressão "legislação
tributária" compreende as leis, os tratados e as
convenções internacionais, os decretos e as
normas complementares que versem, no todo
ou em parte, sobre tributos e relações jurídicas
a eles pertinentes.”
- Institui o:
• Imposto sobre Grandes Fortunas (art. 153,
VII, da CF)
• Empréstimo Compulsório (art. 148 da CF)
• Impostos Residuais (art. 154, I, da CF)
• Contribuições Sociais Residuais (art. 195, §
4°, da CF)
Art. 146 da CF. Cabe à lei complementar:
I - dispor sobre conflitos de competência, em matéria tributária, entre a União, os Estados, o Distrito Federal e os
Municípios; - Ex. IPI X ISS ou ISS X ICMS
II - regular as limitações constitucionais ao poder de tributar; - Ex. imunidades de instituições de educação e de
assistência social, sem fins lucrativos, atendidos os requisitos da lei – inconstitucionalidade do art. 12 da Lei
9.532/97.
III - estabelecer normas gerais em matéria de legislação tributária: Ex. Súmula Vinculante n° 08; SIMPLES.
a) definição de tributos e de suas espécies, bem como, em relação aos impostos discriminados nesta Constituição, a
dos respectivos fatos geradores, bases de cálculo e contribuintes;
b) obrigação, lançamento, crédito, prescrição e decadência tributários;
c) adequado tratamento tributário ao ato cooperativo praticado pelas sociedades cooperativas.
d) definição de tratamento diferenciado e favorecido para as microempresas e para as empresas de pequeno porte,
inclusive regimes especiais ou simplificados no caso do imposto previsto no art. 155, II, das contribuições previstas
no art. 195, I e §§ 12 e 13, e da contribuição a que se refere o art. 239.
Parágrafo único. A lei complementar de que trata o inciso III, d, também poderá instituir um regime único de
arrecadação dos impostos e contribuições da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, observado
que:
I - será opcional para o contribuinte;
II - poderão ser estabelecidas condições de enquadramento diferenciadas por Estado;
III - o recolhimento será unificado e centralizado e a distribuição da parcela de recursos pertencentes aos
respectivos entes federados será imediata, vedada qualquer retenção ou condicionamento;
IV - a arrecadação, a fiscalização e a cobrança poderão ser compartilhadas pelos entes federados, adotado cadastro
nacional único de contribuintes.
Art. 146-A. da CF Lei complementar poderá estabelecer critérios especiais de tributação, com o objetivo de
prevenir desequilíbrios da concorrência, sem prejuízo da competência de a União, por lei, estabelecer normas de
igual objetivo.
D) LEI ORDINÁRIA
E) TRATADOS E CONVENÇÕES INTERNACIONAIS:
Art. 98 do CTN. Os tratados e as convenções internacionais
revogam ou modificam a legislação tributária interna, e serão
observados pela que lhes sobrevenha.
Princípio da Especialidade
Art. 85-A da Lei 8.212/91 (contribuição previdenciária) – “Art. 85-A.
Os tratados, convenções e outros acordos internacionais de que
Estado estrangeiro ou organismo internacional e o Brasil sejam
partes, e que versem sobre matéria previdenciária, serão
interpretados como lei especial.
- Para revogar um tratado?
- Os tratados podem tratar dos tributos
estaduais e municipais, principalmente, quanto às
isenções?
Súmula 575 do STF (A mercadoria importada de
país signatário do GATT, ou membro da ALALC,
estende-se a isenção do imposto sobre circulação
de mercadorias concedida a similar nacional.), 20 e
71 do STJ.
Ex. Decreto nº 8.506/2015 - Promulga o Acordo entre
o Governo da República Federativa do Brasil e o
Governo dos Estados Unidos da América para
Melhoria da Observância Tributária Internacional e
Implementação

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