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UNIVERSIDADE DE SANTO AMARO DANUBIA NUNES FERREIRA DIDÁTICA SANTA ROSA DA SERRA 2018 DANUBIA NUNES FERREIRA RA 3795365 DIDÁTICA O BOM PROFESSOR E SUA PRÁTICA Relatório apresentado à Universidade Santo Amaro como requisito parcial para obtenção da nota referente a AVC da Didática – N o curso de Pedagogia – EAD. Orientadora: Gislene Brito Machado Santa Rosa da Serra 2018 IMPACTOS QUE O EDUCADOR PODE CAUSAR NA VIDA DO EDUCANDO Veremos a seguir que características de um bom professor estão ligados à um julgamento individual que cada um faz pautado em suas vivências, em seu contexto histórico e social. E que fatores como regionalismo, cultura, experiência de vida, são primordiais para a formação do professor e definem a forma como esse professor atuará em sala de aula e se essa mesma atuação será ou não satisfatória, chegando ao ponto de atingir seu aproveitamento pleno sem que haja perda de qualidade do ensino proposto e planejado. O aspecto humano, principal influência da formação pessoal, também conta como ponto primordial na formação docente. A forma como o docente de hoje recebeu influências de seus professores e o interesse em poder contribuir com o conhecimento, leva o aluno a querer se espelhar no mestre e ser tal como. Esse aspecto é, em muitos casos, determinante para a formação do futuro “bom professor”. Despertar o interesse nos alunos, utilizando a participação e incitando-os para que o façam da mesma forma entre eles mesmos, faz com que o conhecimento seja assimilado de forma mais clara e efetiva, tornando-o apto a realizar essa mesma tarefa com habilidade e eficácia. Conforme nos mostra a autora Maria Isabel da Cunha no livro O Bom Professor e sua Prática, não há receita específica para o bom professor, no entanto, os aspectos e pontos de vista explanados, esclarecem detalhes importantes que devem ser observados, para que se defina a forma de atuação do docente em sala de aula. Percebeu-se que as diferenças entre alunos de 2º e 3º graus, quanto à visão geral de um bom professor são semelhantes, no entanto no que se refere ao processo ensino – aprendizagem, os alunos do 2º grau requerem um professor mais diretivo. o ambiente de onde se originou a pessoa do professor, tem influência direta em seu comportamento e tolerância em sala de aula, bem como o interesse não- financeiro do docente. Entende-se como não financeiro, o interesse em transmitir o conhecimento ao aluno, ainda que o retorno financeiro não seja pertinente à função ou, até mesmo, insuficiente de acordo com sua formação. Esse ponto deve ser observado com muito cuidado, pra que o docente não acabe por ser condenado sem que todos os fatores sejam incisivamente analisados. O bom professor não nasce assim. Ele é formado conforme a necessidade, interesse, ou até mesmo vocação, sendo que essa última, atualmente quase está em desuso. Ao analisar os docentes em seus diversos níveis, a autora relata que em determinados momentos, a individualidade do profissional chega a pontos que culminam em total perda do coletivismo, levando o docente a falhar em sua didática, não por vontade própria, mas, por experiência de vida que fica latente dentro de si. Isso ocorre principalmente em pessoas que tem um histórico de dificuldades em adquirir certos valores que o tornem membro importante de um todo, e não um ser automatizado e comandado. Outro fator interessante visa o ganho financeiro mais que o de conhecimento. Dessa forma o docente se vê “obrigado” a levar o conhecimento dentro de um ritmo imposto ou até mesmo pouco didático, pelo simples fato de que, se estiver atuando da forma como lhe foi previamente definido, terá seu ganho garantido. ENTREVISTAS As entrevistas foram realizadas com três pedagogos, professores da área da Educação Infantil, tendo como principal objetivo a análise sobre o método usado pelos seus professores, baseando-se no contexto do Livro Maria Isabel da Cunha no livro O Bom Professor e sua Prática. ETAPAS 1ª etapa: Escolha dos entrevistados: - Professores atuantes na Educação Infantil (1º ao 5º ano do Ensino Fundamental). 2ª etapa: Compreensão do Objetivo do Trabalho. 3ª etapa: Análise e comparação das respostas dos entrevistados, mediante a obra da referida autora. CONCLUSÃO Como características de um bom professor, foram revelados que este deve ter condições básicas de conhecimento de sua matéria de ensino ou habilidade para organizar as aulas, além de manter relações positivas. Contudo, enfatizam aspectos afetivos nas escolhas do seu professor preferido. Tais como, “é amigo”, “é honesto”, “se preocupa conosco”, “coloca-se na posição do aluno”, entre outros. Também na visão da autora, o bom professor é aquele que domina o conteúdo, escolhe formas adequadas para apresentar a matéria e tem bom relacionamento com o grupo. Apontam ainda o “senso de humor” e o “gosto por ensinar” e o “tornar a aula agradável e interessante”, como aspectos fundamentais o currículo pedagógico, deve obedecer ao regionalismo e cultura, tanto dos alunos quanto dos docentes para que se torne eficaz e não flua para a dispersão do conhecimento, ao invés de acumulá-lo. Contudo, a proposta não é inalcançável, mas, está e sempre esteve frente aos órgãos responsáveis, que talvez por comodidade em sobreposição à prática, ficou recessiva em meio a currículos antigos e ultrapassados, sempre utilizando de atualizações em ferramentas que não possuem utilidade prática no contexto geral. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS TEIXEIRA, Elizabeth. O bom professor e sua prática. Rev. bras. enferm., Brasília , v. 47, n. 1, p. 80-81, mar. 1994. Disponível em: <https://goo.gl/zvapv4>. Acesso em: 15 de nov. 2018. Resenha de CUNHA, Maria Isabel da. O bom professor e sua prática. 2. ed. São Paulo: Papirus, 1992. 182p. FORMULÁRIO DAS ENTREVISTAS 1ª Entrevistado: Nome: Sheila Mara Nunes Ferreira Assunção Idade: 35 anos Profissão: Professora do 1º ano do Ensino Fundamental A) Cite o professor que mais marcou sua vida. De qual segmento ele era? R: A professora que marcou minha vida foi a minha professora da quarta série, o nome dela é Maria Geralda. B) Você se recorda da forma que esse professor interagia com seus alunos? Ele priorizava os conteúdos ou contribuía de outras formas para a aprendizagem ou socialização de todos? R: Ela era uma professora extraordinária, ela apresentava todos os conteúdos de maneira lúdica e carinhosa. Por desenhar muito bem, tudo que ensinava ficava gravado em nossa memória e coração. C) Quais sentimentos e impressões você leva em relação a esse professor? Quais características um bom professor deve possuir em sua opinião? R: Lembro-me perfeitamente quando aprendemos fração, seus desenhos de queijos e bolos eram perfeitos, prendendo nossa atenção de forma total. Enquanto ensinava poemas ela os desenhava no quadro. Pra aprender geografia, Estados e capitais ela fez uma paródia do patinho que viajava conhecendo o Brasil. Em ciências, levou uma galinha morta, onde ela a abriu para que nós pudéssemos visualizar os órgãos. Enfim tudo era feito pra nossa melhor compreensão. O que eu levo desse professor, é a paixão pelo ensino. A inteligência a vontade de transmitir seus conhecimentos. E são essas características que um bom profissional deve possuir. 2º Entrevistado: Nome: Túlio FernandoSilva Idade: 25 anos Profissão: Professor do 3º ano do Ensino Fundamental A) Cite o professor que mais marcou sua vida. De qual segmento ele era? Quais atitudes teve para ter deixado essa marca em você? R: Cleide, minha professora do 1° ano. Ela era muito carinhosa e dedicada. B) Você se recorda da forma que esse professor interagia com seus alunos? Ele priorizava os conteúdos ou contribuía de outras formas para a aprendizagem ou socialização de todos? R: Ela sempre interagia com os alunos de uma forma muito humana, muito carinhosa, e não prioriza apenas o conteúdo. O que é importante, mas, também se preocupava com como seus alunos estavam, com sua socialização com os outros, e com o meio em que estava inserido. C) Quais sentimentos e impressões você leva em relação a esse professor? Quais características um bom professor deve possuir em sua opinião? R: Tenho uma enorme admiração por ela, inclusive hoje trabalho com ela e busco me inspirar em seu modo de trabalhar. São características de um bom professor além de amor a profissão, dedicação, carinho, criatividade para levar o conteúdo para além da sala de aula e organização. 3ª Entrevistado: Nome: Jucelina Nunes Idade: 35 anos Profissão: Professora do 1º ano do Ensino Fundamental. A) Cite o professor que mais marcou sua vida. De qual segmento ele era? Quais atitudes teve para ter deixado essa marca em você? R: A professora marcou minha vida foi Maria Geralda Bráulio. Minha professora da 4ª série. B) Você se recorda da forma que esse professor interagia com seus alunos? Ele priorizava os conteúdos ou contribuía de outras formas para a aprendizagem ou socialização de todos? R: Os seus ensinamentos não baseavam em teorias e sim na prática, acreditava - se numa educação diferenciada e transformada... Uma professora voltada pelo mundo das artes cênicas, poesias, teatros... Dizia que, com isso todos os polos iriam se transformar. Os dos alunos com pouca intelectualidade, e aqueles se destacavam na escrita. C) Quais sentimentos e impressões você leva em relação a esse professor? Quais características um bom professor deve possuir em sua opinião? R: Era uma professora de olhos pacientes e enérgica com todo seu entusiasmo. Em minha opinião, um bom professor sempre deve inovar, porque cada aluno trás uma bagagem ímpar... Na qual deve se propor atividades diferenciadas seja ele no lúdico ou pela tecnologia sem parecer repetitivo ou monótono.
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