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Brennan Manning - Viver Pela Graça de Deus

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VIVER PELA GRAÇA DE DEUS 
 
O Deus do amor e da graça encarnou em Jesus Cristo. A graça é a expressão 
ativa do amor. O cristão vive pela graça como filho do Pai, rejeitando por 
completo o Deus que pega as pessoas de surpresa ao menor sinal de 
fraqueza - o Deus incapaz de sorrir diante dos nossos erros desajeitados, o 
Deus que não aceita um lugar nas nossas festividades humanas, o Deus que 
diz «tu vais pagar por isso», o Deus incapaz de compreender que as 
crianças sempre se sujam e são distraídas, o Deus sempre a bisbilhotar à 
caça de pecadores. 
 
Viver pela graça significa reconhecer toda a história da minha vida, o lado 
bom e o mau. Ao admitir o meu lado escuro, aprendo quem sou e o que a 
graça de Deus significa. Como disse Thomas Merton: "Um santo não é 
alguém bom, mas alguém que experimentou a bondade de Deus". A graça 
proclama a assombrosa verdade de que tudo é de presente. Tudo de bom é 
nosso não por direito, mas meramente pela generosidade de um Deus 
gracioso. A nós foram-nos dados Deus na nossa alma e Cristo na nossa 
carne. Temos o poder de crer quando outros negam; de ter esperança 
quando outros desesperam; de amar quando outros ferem. Isso e muito 
mais é pura e simplesmente de presente; não é recompensa pela nossa 
fidelidade, a nossa disposição generosa, a nossa vida heroica de oração. Até 
mesmo nossa fidelidade é um presente. "Se nos voltamos para Deus", disse 
Agostinho, "até mesmo isso é um presente de Deus". Minha consciência 
mais profunda a respeito de mim mesmo é de que sou profundamente 
amado por Jesus Cristo e não fiz nada para consegui-lo ou merecê-lo. 
http://seguirjesus.blogspot.com/2007/05/viver-pela-graa-de-deus.html
http://1.bp.blogspot.com/_3racjElht8c/RlyC7gW01hI/AAAAAAAAAQs/xEdx0JjMTWM/s1600-h/filho+1.jpg
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A graça diz-nos que somos aceites como estamos. Podemos não ser o tipo 
de pessoa que desejaríamos, podemos estar muito distantes dos nossos 
objetivos, podemos contar mais fracassos do que realizações, podemos não 
ser ricos, poderosos ou espirituais, podemos até mesmo não ser felizes, 
mas somos apesar de tudo aceites por Deus e seguros nas suas mãos. Essa é 
a promessa feita a nós em Jesus Cristo, uma promessa na qual podemos 
confiar. 
 
Viver pela graça inspira uma consciência crescente de que sou o que sou 
aos olhos de Jesus e nada mais. É a aprovação dele que conta. Fazer de 
Jesus o nosso lar, do modo que ele faz de nós o seu, leva-nos a ouvir 
criativamente: «Já passou pela tua cabeça que eu esteja orgulhoso de que 
tu tenhas aceitado o dom da fé que te ofereci? Orgulhoso de que tu me 
tenhas escolhido livremente, depois que eu te escolhi, como teu Amigo e 
teu Senhor? Orgulhoso de que com todas as tuas rugas e cicatrizes tu não 
desististe? Orgulhoso de que tu confias em mim o bastante para tentares, 
vez após vez? Tu não fazes ideia de quanto eu valorizo o facto de tu me 
quereres? Quero que tu saibas quanto me sinto grato quando tu paras para 
sorrir e confortar uma criança perdida. Sinto-me grato pelas horas que tu 
dedicas a aprender mais a meu respeito (...) ; pela tua visita ao doente (...). 
A minha tristeza é quando tu não crês que te perdoei totalmente, ou 
quando tu não te sentes à vontade para te aproximares de mim». 
 
Jesus diz:" Tu tens o meu amor. Tu não tens de pagar por ele. Tu não o 
adquiriste e não tens como merecê-lo. Tu tens apenas de abrir o coração e 
recebê-lo. Tu tens apenas de dizer sim ao meu amor, um amor muito além 
de qualquer coisa que tu possas intelectualizar ou imaginar". 
 
O amor tem as suas próprias exigências. Ele não pesa e não poupa nada, 
mas espera tudo. Talvez isso explique a nossa relutância em arriscar. 
Sabemos muito bem que o evangelho da graça é um irresistível 
chamamento a amarmos da mesma forma. Não é de admirar que muitos de 
nós escolham entregar a alma a regulamentos em vez de viver em união 
com o Amor. 
 
 
Brennan Manning - O Evangelho Maltrapilho

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