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Determinantes do Consumo cultural

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Prévia do material em texto

Departamento de Ciências Econômicas
Faculdade de Ciências Econômicas
Universidade Federal de Minas Gerais
Leonardo Elisio Souza Andrade
Determinantes do consumo cultural no município de Belo Horizonte
Projeto de Monografia apresentado ao
Professor Gustavo Britto, na disciplina
Técnicas de Pesquisa em Economia, do curso
de graduação em Ciências Econômicas da
Universidade Federal de Minas Gerais.
De acordo:
Sibelle Cornélio Diniz
Orientador(a)
Belo Horizonte
2017
2
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO
2. JUSTIFICATIVA
2.1 Identificação do Problema de Pesquisa
2.2 Hipóteses de Pesquisa
3. OBJETIVOS
3.1 Objetivo Geral
3.2 Objetivos Específicos
4. METODOLOGIA
4.1 Estrutura Tentativa
5. CRONOGRAMA
6. BIBLIOGRAFIA
6.1 Bibliografia Utilizada
6.2 Bibliografia a ser consultada
3
1. INTRODUÇÃO
A cultura, segundo a visão antropológica, corresponde aos hábitos, costumes, linguagem e
forma de expressão de um povo. Essa perspectiva nasceu na França durante o século XVIII.
Já os estudos da Economia da Cultura são mais recentes. Essa linha de estudos tem ganhado
força nos últimos anos, especialmente após as décadas de 1980 e 1990, com o avanço
computacional e da construção de bases de dados, que permitiu os estudos de Throsby,
Baumol, Bowen, entre outros.
O consumo cultural está relacionado às duas formas com que pode ser realizado. A primeira é
a ótica do dispêndio, que analisa o desembolso para aquisição de bens e serviços culturais. Já
a segunda está associada à fruição, que consiste no uso dos bens culturais sem desembolso,
tais como museus, galerias de arte e centros culturais, ou ser audiência de eventos culturais
como feiras, festivais ou festas típicas.
A oferta e a demanda de bens sempre foi alvo de estudo da escola neoclássica. De acordo com
a teoria microeconômica, o consumidor tende a maximizar sua utilidade, estando limitado a
uma restrição orçamentária. O marginalista Menger (1871) afirma que a demanda é
determinada pela disponibilidade a pagar, que depende diretamente da satisfação que bem ou
serviço leva ao consumidor. As chamadas escolhas ótimas do consumidor estão sujeitas a
fatores como sua renda e o preço dos bens que compõem sua cesta. Desse modo, faz-se
necessária uma análise dos fatores específicos que determinam a demanda pelos bens e
serviços culturais, buscando compreender as preferências dos consumidores, bem como
analisar a importância dada por eles a esse setor.
Em um primeiro momento a demanda por bens artísticos e culturais pode parecer semelhante
à de outros bens e serviços, entretanto, deve-se levar em conta suas particularidades. A ciência
econômica reconhece a importância dos gostos e preferências na formação da demanda de um
bem, mas ela não foca no que forma esses gostos, e este é um ponto de grande relevância nas
artes (THROSBY, 2001). Segundo o autor, a preferência por bens artístico-culturais é
cumulativa, ou seja, quanto mais você tem acesso a eles, maior e mais definido é seu gosto,
fazendo-o consumir mais esses tipos de bens. Essa ideia de acumulação de preferências foi
estudada inicialmente por Stigler e Becker (1977), que criaram o termo “vício positivo”. Tal
ideia busca evidenciar a interdependência temporal do consumo, mostrando que, o consumo
cultural está diretamente relacionado ao consumo passado, dado que as preferências seriam
estáveis ao longo da vida.
4
A diversidade na oferta de bens e serviços culturais também leva a um comportamento
diferenciado da demanda, como afirma Bourdieu (1996). Para ele a demanda por esses bens é
resultado da criação de um hábito cultural, formado a partir das experiências prévias do
consumidor, dado seu status social e estilo de vida.
De outro lado, temos que a oferta desses bens também se comporta de maneira peculiar, visto
que a sua produção não parte somente da necessidade de satisfazer uma demanda, mas
também da necessidade de seus criadores em expressar seus sentimentos, comunicar seus
pensamentos, documentar seu tempo, entre outros. Embora seja comercializada, a criação
artística não tem como principal propósito o lucro, na maioria dos casos, mas sim a satisfação
do artista durante o processo criativo. Segundo Caves (2003), o processo de crescimento de
um artista no mercado de trabalho funciona de forma semelhante a um torneio, no qual os que
se destacam conseguem avançar para as seguintes fases, aumentando a dificuldade na busca
pelo sucesso comercial. Entretanto, nesse mercado, o investimento em treinamento não está
diretamente atrelado a um maior retorno como em outros casos. Para Caves, é necessário
julgar se tais insumos, combinados ao talento desenvolvido pelo artista, criarão valor
suficiente para cobrir seu custo de oportunidade.
A cultura, como bem meritório, está relacionada ao bem estar da população, sendo geradora
de capital humano que impulsiona outras áreas da economia, além de ser capaz atrair
trabalhadores, firmas e investimento para tal região. Segundo Turner (1994), “cultura é um
sistema de símbolos que uma população cria e usa para organizar-se, facilitar a interação e
para regular o pensamento”.
O presente trabalho pretende avaliar as particularidades do setor cultural em Belo Horizonte,
buscando analisar as características que influenciam o comportamento do consumidor de
cultura nesse município. Para isso, o trabalho se propõe a fazer um estudo de caso do Circuito
Cultural Praça da Liberdade, analisando os fatores que determinam a frequência aos
equipamentos que compõem o Circuito, e a relação entre essa frequência e as características
individuais dos consumidores. É esperado que os dados obtidos nos forneçam um panorama
da demanda pelos equipamentos culturais do Circuito, que nos permita avaliar a
democratização do seu acesso, definindo quem é seu público.
Levy-Garboua e Montmarquette (2003) afirmam que fatores como preço, renda, educação e
experiências de aprendizagem são tão importantes para a definição da demanda desse setor
quanto às emoções e ao sentimento, embora não haja ainda como medir de forma eficiente em
5
que ponto as emoções estéticas são passíveis de análises e medições econômicas. Diante
disso, o trabalho propõe utilizar os dados quantitativos da Pesquisa de Público para realizar
sua análise.
2. JUSTIFICATIVA
O papel da cultura no desenvolvimento regional entrou em pauta nas últimas décadas. Além
de gerar empregos e movimentar recursos, os bens culturais também aumentam o bem estar
geral da população (PLATTNER, 2003).
Os papéis da cultura no desenvolvimento das cidades, segundo Throsby, são pelo menos
quatro (2001, p. 124):
● Uma instalação cultural específica pode incluir, por si só, um símbolo ou atração
cultural significativa que afeta a economia urbana;
● Um distrito cultural pode atuar como um nó para o desenvolvimento na área local, tal
como ocorre em Pittsburgh ou Dublin;
● As indústrias culturais, especialmente no ramo das artes cênicas, podem constituir um
componente vital da economia de uma cidade, não apenas em grandes cidades como
Londres e Nova York, mas também em áreas metropolitanas menores;
● A cultura pode ter um papel mais difundido no desenvolvimento urbano através do
fomento à criatividade, à coesão e também à vitalidade e à identidade comunitária,
através das características e práticas culturais que definem a cidade e seus habitantes.
Os bens culturais são produzidos de forma mais intensa em determinadas áreas, que ganham
reconhecimento por isso, sendo denominadas distritos culturais. Nestes, as aglomerações são
predominantemente de micro e pequenas empresas, cujo progresso depende do tipo de política
econômica instituída (SANTAGATA, 2003).
Esses pólos industriais são formados a partir das vantagens decorrentes da concentração
geográfica, como a formação de um centro de disseminação de ideias, um espaço de
compartilhamento de estúdios e equipamentos, além do aumento na oferta de atividades
culturais e trabalhadores na área. Esses fatores são responsáveis pormudanças de
comportamento dos mercados de trabalho e consumidor, gerando efeitos econômicos de curto
e longo prazo. Bille e Schulze (2006) analisaram os efeitos da cultura sobre um território.
6
Entre os efeitos de curto prazo, destacam-se os impactos ocasionados sobre o emprego e a
renda, o dispêndio direto em atividades e bens culturais, além do efeito multiplicador que atua
em cadeia no mercado local em determinada região. Já no longo prazo, os efeitos econômicos
se relacionam à atração de investimentos e novas empresas, que migram para essas regiões
justamente devido ao distrito cultural instaurado.
O termo ‘cidade criativa’ foi criado em meio a esses debates. Trata-se de um conceito recente
que parte do princípio que os recursos culturais estão relacionados ao potencial de
desenvolvimento econômico, caracterizado pelo contínuo processo de inovação. Dado o
avanço dessa área, a UNESCO criou em 2004 a Creative Cities Network, a fim de promover a
cooperação entre as cidades que identificaram a criatividade como um fator estratégico para o
desenvolvimento urbano sustentável, com um objetivo em comum, colocar a criatividade e as
indústrias culturais no centro de seus planos de desenvolvimento a nível local, e a cooperar
ativamente a nível internacional. Cobrindo sete campos criativos (Artesanato e artes
folclóricas, Artes midiáticas, Cinema, Design, Gastronomia, Literatura e Música), atualmente
conta com 180 cidades membro, em 72 países diferentes.
Segundo Baumol (2001), a relação entre arte e o bem-estar era ocasionalmente citada em
trabalhos e publicações, mas não com a devida atenção. Para ele, o motivo disso acontecer
seria a dificuldade da arte se financiar somente através do mercado (BAUMOL, WILSON;
2001). Isso justificaria a atuação do governo na promoção cultural, não somente para
aumentar o bem-estar da população, mas também pela expressão econômica do setor. O Atlas
Econômico da Cultura brasileira, lançado pelo Ministério da Cultura, estima que os setores
culturais eram responsáveis por 4% do PIB no ano de 2010, o que demonstra a expressividade
do setor na economia do país e justifica sua atuação para incentivá-lo.
Louis Lévy-Garboua e Claude Montmarquette também se dedicaram a compreender como
funciona a demanda por bens artísticos, embora sua discussão tenha focado mais em artes
performáticas e cinema, que seriam bons substitutos. Seu trabalho, embora apresente uma
visão microeconômica, também demonstra evidências empíricas que concordam com
Throsby, no que eles chamam de ‘cultivo de gostos’. Segundo os autores, a maior parte dos
trabalhos empíricos acerca da demanda por arte está relacionada às elasticidades do preço e da
renda, além de definir quem é o público consumidor desse bem. Segundo sua investigação
empírica, a arte se comporta como um bem de luxo, embora mais dados sejam necessários
para corroborar tal afirmativa. Fatores como preço, renda, educação e experiências de
7
aprendizagem são importantes para a definição da demanda desse setor, entretanto ela
também está associada às emoções e ao sentimento, embora não haja ainda como medir de
forma eficiente em que ponto as emoções estéticas são passíveis de análises e medições
econômicas.
Quando analisamos o mercado cultural de grandes centros metropolitanos como o de Belo
Horizonte, notamos um padrão no que diz respeito a quem são os principais consumidores
desse mercado (DEMATTOS, 2017). Isso reflete numa desigualdade de acesso a esses bens
que são importantes para a formação de capital humano da sociedade, ressaltando o valor da
cultura na formação de distritos culturais e no desenvolvimento regional.
Dessa forma, este trabalho tem por objetivo avaliar da demanda por bens artístico-culturais no
município de Belo Horizonte, a fim de mensurar a importância da arte e da cultura na vida do
cidadão belo-horizontino. A partir disso, será possível constatar se o acesso a esses bens
ocorre de forma democrática ou não. Para isso, foi escolhido o Circuito Liberdade,
implantado pelo Governo de Minas Gerais e localizado no centro da cidade. Composto por 15
instituições, dentre museus, centros de cultura e de formação, o Circuito é gerido pelo
Instituto Estadual de Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (Iepha/MG) desde
2015, com o intuito de potencializar a interlocução e a criação de uma rede colaborativa entre
os espaços culturais. Dos quinze espaços culturais, oito são mantidos diretamente pelo
governo do estado e sete por parceiros privados ou instituições públicas federais.
2.1. Identificação do Problema de Pesquisa
O trabalho propõe responder algumas perguntas acerca do tema, como quais fatores estão
associados ao consumo dos equipamentos culturais do Circuito Liberdade? Qual a
importância do Circuito para o cenário cultural de Belo Horizonte? O acesso ao Circuito
Liberdade ocorre de forma democrática?
8
2.2. Hipóteses de Pesquisa
Neste trabalho, uma das hipóteses de pesquisa a ser estudada é a de que o consumo de bens
culturais está diretamente relacionado à restrição orçamentária das famílias. Isso resultaria em
uma elitização do acesso, dificultando a diversificação do público.
Outras hipóteses a serem investigadas no trabalho são:
● O nível de consumo cultural das famílias é diretamente proporcional a sua renda.
● Os indivíduos estão sujeitos à restrição de tempo tanto quanto à de renda, isso se torna
ainda mais evidente em pessoas de classes mais baixas, que geralmente possuem
menor tempo disponível para atividades de lazer e recreação, fazendo com que o custo
de oportunidade para essas pessoas seja maior.
● A demanda pela cultura, no caso de ambientes museológicos, está sujeita a questões
individuais como idade, gênero e nível de escolaridade.
3. OBJETIVOS
3.1. Objetivo Geral
O presente trabalho propõe uma análise detalhada acerca dos hábitos de consumo e fruição
cultural do cidadão belo-horizontino, a partir do estudo de caso do Circuito Cultural
Liberdade. A partir disso será possível constatar quais fatores determinam tal consumo e
fruição, avaliando a demanda por bens artístico-culturais no município.
3.2. Objetivos Específicos
● Identificar os determinantes do consumo dos equipamentos culturais do Circuito
Liberdade.
● Identificar o perfil do público visitante do Circuito.
● Analisar se o acesso ao Circuito ocorre de forma democrática.
9
● Ponderar se a localização do Circuito influencia no perfil de seus visitantes.
4. METODOLOGIA
Buscando analisar a temática proposta, o trabalho consistirá na investigação da demanda por
bens artístico-culturais dentro do recorte geográfico escolhido, a Praça da Liberdade,
embasado na literatura especializada sobre o tema.
Além do levantamento do material teórico da revisão bibliográfica, correspondente a base do
trabalho, serão utilizados também os dados quantitativos da Pesquisa de Público do Circuito
Liberdade 2017, realizada pelo Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de
Minas Gerais com o apoio do Governo do Estado de Minas Gerais. A pesquisa realizada na
Praça da Liberdade, na região centro-sul de Belo Horizonte, contou com um total de 625
questionários aplicados sobre uma amostra estatisticamente representativa do universo da
pesquisa.
Os questionários foram aplicados em todos os 15 equipamentos culturais que constituem o
Circuito, proporcionalmente a média de visitação de cada espaço e com uma quantidade
mínima de 20 para gerar respostas significativas em todos eles. O questionário, presente no
Anexo 1, era composto por três partes bem divididas. A primeira era referente ao espaço
cultural no qual ele foi aplicado, a segunda abordava questões gerais acerca do Circuito
Liberdade, enquanto a terceira, a única a ser preenchida pelo próprio respondente, era
constituída por questões sobre o perfil do usuário.
As perguntas presente no questionário são voltadas para a identificação das características
básicas e as motivações dos visitantes, abrangendotanto os locais quanto os turistas.
Avaliando também a satisfação e o conhecimento dos usuários com relação aos espaços do
Circuito, apesar de nem todas as perguntas serem pertinentes para esse trabalho.
A partir dos microdados fornecidos pelo Iepha será possível analisar tanto fatores do Circuito
em si, como a frequência dos visitantes dos equipamentos culturais da Praça da Liberdade e
os principais motivos da visita, como fatores socioeconômicos acerca desses visitantes, como
gênero, idade, escolaridade, local de residência, entre outros. Algumas das variáveis da
10
pesquisa que serão utilizadas nesse trabalho estão presentes na tabela a seguir, ressaltando que
elas serão analisadas individual e cruzadamente, para determinar se existe alguma relação
entre elas.
Variáveis a serem analisadas
Como ficou sabendo do espaço
Facilidade de acesso
Frequência
Gênero
Faixa etária
Cor/Etnia
Grau de escolaridade
Local de residência
Meio de locomoção
A análise desses dados obtidos através da pesquisa permitirá determinar na prática o
comportamento dos consumidores em função das opções culturais oferecidas pelo Circuito
Liberdade, identificando os determinantes da demanda por esses equipamentos fazendo uso
da análise descritiva e econométrica.
4.1. Estrutura Tentativa
● Introdução
Apresentação do tema, assim como os objetivos do trabalho. A introdução trará uma visão
geral acerca da economia da cultura, explicitando a relação entre arte, cultura e sua influência
no desenvolvimento de distritos criativos, além de uma breve contextualização do assunto a
ser tratado.
● Capítulo I
O primeiro capítulo contará com uma revisão bibliográfica acerca do consumo e fruição de
11
bens artístico-culturais, de modo a identificar como essa demanda é composta dentro de cada
mercado cultural, dado suas particularidades. O objetivo deste capítulo é apresentar como os
principais autores definem a demanda por esses bens.
● Capítulo II
O segundo capítulo trará uma contextualização do mercado cultural em Belo Horizonte,
focando no caso do Circuito Liberdade, assim como a sua importância para o
desenvolvimento da cidade. Neste capítulo também serão apresentados os dados obtidos pela
pesquisa de público de referência e pelas bases do IBGE, analisando a demanda pelo Circuito
a partir das características do público.
● Conclusão
Por fim, o último capítulo apresentará as considerações finais de tudo que foi retratado no
trabalho, evidenciando as principais conclusões acerca do consumo e fruição do Circuito
Liberdade, e sua importância para o município de Belo Horizonte.
5. CRONOGRAMA
Junho Julho Agosto Setembro Outubro Novembro
Pesquisa bibliográfica X X X X
Introdução X
Capítulo I X
Capítulo II X
Conclusão X
Revisão e formatação X
12
Entrega e apresentação X
6. BIBLIOGRAFIA
6.1. Bibliografia Utilizada
Atlas Econômico da Cultura Brasileira, Ministério da cultura. Disponível em:
<http://www.ufrgs.br/obec/pubs/CEGOV%20-%202017%20-%20Atlas%20volume%201%20
digital.pdf>. Acesso em 3 de junho de 2018
BAUMOL, W.; BOWEN, W. G. "On the Performing Arts: the anatomy of their economic
problems", 1965, AER
BAUMOL, W.J.; WILSON, C. Welfare Economics. Edward Elgar Publishing, vol 1: pp.
xv-xliv
BILLE, T.; SCHULZE, G. G. Culture in Urban and Regional Development. In:
GINSBURGH, V. A.; THROSBY, D. (orgs) Handbook of the economics of art and culture.
North-Holland, cap. 30, 2006.
BOURDIEU, Pierre. As regras da arte: gênese e estrutura do campo literário. São Paulo:
Companhia das Letras, 1996.
CAVES, R. E. Organization of arts and entertainment industries. Handbook of the economics
of art and culture, v. 1, p. 533-566, 2003.
MENGER, C. “Princípios de economia política”. 1871.
THROSBY, C. D. Cultural industries. Economics and Culture, Cambridge University Press,
2001. p. 110-136
DEMATTOS, A.G.; Equipamentos culturais, hábitos e território: um estudo de caso do
Espaço do Conhecimento UFMG. Monografia de graduação - Faculdade de Ciências
Econômicas, Universidade Federal de Minas Gerais. Belo Horizonte/MG. 2017
DINIZ, S.C.; MACHADO, A. F. . Analysis of the Consumption of Artistic-Cultural Goods
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LÉVY-GARBOUA, Louis, MONTMARQUETTE, Claude. Demand. In: TOWSE, Ruth. A
Handbook of Cultural Economics. Edward Elgar Publishing, 2003. p. 201-213
13
PLATTNER, Stuart. Anthropology of art. Handbook of the economics of art and culture, v. 1,
p. 15-19, 2003.
SANTAGATA, W. Cultural Districts and Their Role in Developed and Developing Countries.
Handbook of the economics of art and culture, v. 1, p. 1101-1119, 2003.
STIGLER, G. J.; BECKER, G. S. De gustibus non est disputandum. American Economic
Review, Nashville, v. 67, n.2, p. 76-90, Mar. 1977.
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et_Creative%20Cities%20Network.pdf>. Acesso em 12 de julho de 2018
TURNER, Jonathan H. Sociologia Conceitos e Aplicações. São Paulo: Ed Markon. p.46,
1994.
6.2. Bibliografia a ser consultada
ALPER, Neil O.; WASSALL, Gregory H. Artists' careers and their labor markets. Handbook
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ANDERSON, C. A Cauda Longa. Rio de Janeiro: Elsevier, 2006
ATECA-AMESTOY, V. Determining heterogeneous behavior for theater attendance.
Journal of Cultural Economics, Akron, v. 32, n. 2, p. 127-151, Jun. 2008.
ATECA-AMESTOY, V.; CASTIGLIONE, C. The consumption of cultural goods through the
internet. How is it affected by the digital divide? ACEI Working Paper Series, 2016.
CHAN, T. W.; GOLDTHORPE, J. H. Social stratification and cultural consumption: Music in
England. European sociological review, Oxford Univ Press, v. 23, n. 1, p. 1–19, 2007.
GOLDSTONE, Leo. Cultural Statistics. In: TOWSE, Ruth. A Handbook of Cultural
Economics. Edward Elgar Publishing, 2003. p. 177-182
LÉVY-GARBOUA, Louis, MONTMARQUETTE, Claude. Demand. In: TOWSE, Ruth. A
Handbook of Cultural Economics. Edward Elgar Publishing, 2003. p. 201-213
MARKUSEN, Ann; SCHROCK, Greg. The artistic dividend: Urban artistic specialisation and
economic development implications. Urban studies, v. 43, n. 10, p. 1661-1686, 2006.
MAZZA, Isidoro. Public choice. In: TOWSE, Ruth. A Handbook of Cultural Economics.
Edward Elgar Publishing, 2003. p. 379-388
POTTS, J. New technologies and cultural consumption. In: GINSBURGH, V. A.; THROSBY,
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THROSBY, C. D. Culture in economic development. Economics and Culture, Cambridge
University Press, 2001. p. 61-73
14
TOWSE, Ruth. Human capital and artists' labour markets. Handbook of the economics of art
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TOWSE, Ruth. The Economics of the Artist's Labour Markets. 1996.
TRIMARCHI, Michelle. Principal-agent analysis. In: TOWSE, Ruth. A Handbook of Cultural
Economics. Edward Elgar Publishing, 2003. p. 379-378
ZIEBA, M. Full-income and Price Elasticities of Demand for German Public Theatre. Journal
of Cultural Economics vol. 33, p. 85-108, Mar. 2009
ANEXOS
ANEXO 1: QUESTIONÁRIO DA PESQUISA DE PÚBLICO 2017 DO CIRCUITO LIBERDADE
15
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