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Tipos de Solos Brasileiros

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E-BOOK
SOLUM LABORATÓRIO
TIPOS
DE SOLOS
BRASILEIROS www.solumlab.com.br
SUMÁRIO
TIPOS DE SOLOS BRASILEIROS: LATOSSOLO2
TIPOS DE SOLOS BRASILEIROS: ARGISSOLO3
TIPOS DE SOLOS BRASILEIROS: NEOSSOLO4
TIPOS DE SOLOS BRASILEIROS: PLINTOSSOLO5
TIPOS DE SOLOS BRASILEIROS: GLEISSOLO6
INTRODUÇÃO1
TIPOS DE SOLOS BRASILEIROS: LUVISSOLO7
3
SUMÁRIO
CERTIFICADOS10
SINTOMAS DE DEFICIÊNCIAS 
NUTRICIONAIS EM SOJA8
5 PASSOS PARA INTERPRETAR 
CORRETAMENTE UMA ANÁLISE DE SOLO9
4
6 tipos de solos que 
somados correspondem 
a mais de 90% dos tipos 
existentes no Brasil
WEBSÉRIE: Tipos de solos Brasileiros
39%
1º LATOSSOLO
24%
2º ARGISSOLO
15%
3º NEOSSOLO
6%
4º PLINTOSSOLO
4%
5º GLEISSOLO
3%
6º LUVISSOLO
Os solos são a base de sustentação de toda vida no planeta. Além 
de oferecer sustentação física, é ele que fornece os nutrientes 
necessários para o desenvolvimento dos vegetais, que por sua 
vez servirão de alimentos aos animais.
Estes nutrientes são provenientes da rocha de origem, as quais 
surgiram na formação do planeta. Com o passar do tempo a 
água das chuvas, o vento, e as variações de temperatura, vão 
desgastando essas rochas, e o produto resultante é o nosso solo.
5
Como pode se perceber, a formação dos solos é um processo 
que ocorre muito lentamente, na ordem de 1 cm em 200 anos. 
Os solos agricultáveis que conhecemos hoje foram formados em 
milhares de anos. Por essa razão, o cuidado com a conservação 
dos solos é tão importante.
O uso racional dos solos, incluindo os aspectos conservacionistas, 
passa, necessariamente, pelo conhecimento. O conhecimento 
básico neste caso é saber quais são os tipos de solo e suas 
características.
No Brasil, a EMBRAPA coordena os trabalhos de classificação 
de solos realizados por diversas instituições, os quais são 
compilados no Sistema Brasileiro de Classificação de Solos 
(SIBICS).
Artigos relacionados:
Perfil de Solo: 
numa perspectiva 
em 3 dimensões
5 passos para interpretar 
corretamente uma 
análise de solo
Clique aqui para 
acessar conteúdo.
Clique aqui para 
acessar conteúdo.
WEBSÉRIE: 
Tipos de solos 
Brasileiros
https://www.solumlab.com.br/perfil-de-solo/
https://www.solumlab.com.br/analise-de-solo/
6
Tipos de Solos Brasileiros: 
Latossolo
Latossolo: estes solos, típicos de regiões equatoriais e tropicais, 
são ditos altamente intemperizados, ou seja, solos que já 
sofreram muita influência de chuvas, entre outros fatores tais 
como temperatura. 
WEBSÉRIE: Tipos de solos Brasileiros
7
Figura 2: Maria de Lourdes Mendonça Santos. Grão-Mogol-
MG. Sedimentos argilosos de cobertura. Embrapa.
Estão espalhados em 
todo o território nacional 
abrangendo cerca de 39% da 
área total (Figura 1).
Figura 1: Mapa 
representa a 
distribuição geográfica 
dos solos do Brasil, 
de acordo com o 
Sistema Brasileiro de 
Classificação de Solos. 
Embrapa.
Geralmente se localizam em relevo 
plano ou suavemente ondulado. 
As cores do Latossolo podem 
variar bastante. De avermelhado a 
amarelado, com textura variando 
de média a muito argilosa (Figura 
2). Há predominância dos minerais 
caulinita, óxidos de Fe e Al, com 
CTC menores ou iguais a 17 
cmolc/dm3.
WEBSÉRIE: 
Tipos de solos 
Brasileiros
8
Tipos de Solos Brasileiros: 
Argissolo
Ocupando 24% da extensão territorial brasileira, os Argissolos 
são o segundo tipo de solo mais abundante no Brasil.
Argissolos: sua ocorrência está relacionada a paisagens mais 
acidentadas e apresentam nível de fertilidade natural mais baixo 
(baixa CTC, altos teores de alumínio, baixa saturação de bases e 
normalmente ácidos). 
WEBSÉRIE: Tipos de solos Brasileiros
9
Figura 2: Perfil de solo no 
município de Cruzeiro do Sul-AC. 
Material originário: sedimentos 
argilo-arenosos da Formação 
Solimões Inferior. Relevo forte-
ondulado. Uso: pastagem e 
floresta tropical. Embrapa.
No entanto, as maiores 
limitações dos argissolos 
estão relacionadas à 
sua susceptibilidade 
ao processo de erosão. 
Por isso, a exploração 
econômica deste tipo de 
solo requer adequadas 
práticas conservacionistas e 
de correção química.
Figura 1: Mapa representa a 
distribuição geográfica dos 
solos do Brasil, de acordo 
com o Sistema Brasileiro de 
Classificação de Solos. Embrapa.
WEBSÉRIE: 
Tipos de solos 
Brasileiros
10
Tipos de Solos Brasileiros: 
Neossolo
Neossolo, do grego NÉOS, que significa NOVO, o termo foi 
utilizado para essa classe de solos que são ditos “pouco 
evoluídos” ou “jovens”. Uma referência ao baixo desenvolvimento 
destes solos que ou são pouco profundos, ou constituídos 
de areias quartzosas, ou de camadas distintas herdadas dos 
materiais de origem. É o terceiro tipo de solo mais abundante, 
ocupando cerca de 15% do território brasileiro.
WEBSÉRIE: Tipos de solos Brasileiros
11
Os Neossolos são 
rasos, com cerca de 
20 cm de espessura. 
“Apresentam predomínio de 
características herdadas do 
material originário, o qual 
confere grande variabilidade 
entre as subordens.
Os Neossolos se 
subdividem em níveis de 
classificação mais baixos 
em Neossolos Litólicos 
(horizonte superficial 
diretamente sobre rocha 
sã ou semidecomposta, ou 
horizonte C ou Cr); Regolíticos (solos com material superficial 
assente sobre rocha ou horizonte C ou Cr a mais de 50 cm de 
profundidade, com ocorrência de minerais primários); Flúvicos 
(derivados de sedimentos aluviais) e Quartzarênicos (solos 
arenosos, de textura areia ou areia franca)” (EMBRAPA).
Nas áreas mais planas, os neossolos podem ser agricultáveis, 
requerendo, muitas vezes, correção da acidez e diminuição dos 
teores tóxicos por alumínio, além de uma adubação adequada 
calculada com base no resultado das análises de solo.
Figura 1: Mapa representa a distribuição geográfica dos 
solos do Brasil, de acordo com o Sistema Brasileiro de 
Classificação de Solos. Embrapa.
WEBSÉRIE: 
Tipos de solos 
Brasileiros
12
Foto: Maria de Lourdes Mendonça Santos. Lagoa 
Formosa-MG. Produtos da decomposição de Tufitos. 
Embrapa.
Foto: Humberto Gonçalves dos Santos Neossolo 
Quartzarênico Órtico típico. Fonte: Acervo da 
Embrapa Solos. Embrapa.
WEBSÉRIE: 
Tipos de solos 
Brasileiros
13
Tipos de Solos Brasileiros: 
Plintossolo
Os Plintossolos foram formados em condições onde há 
dificuldade de drenagem, o que ocasiona um excesso de umidade 
temporário que formam nódulos ferruginosos chamados plintita, 
petroplintita e concreções. O Plintossolo ocorre largamente no 
estado do Amazonas, do Amapá, na Ilha de Marajó, baixada 
Maranhense, Norte do Piauí, Sudeste de Tocantins, Nordeste de 
Goiás, Pantanal e baixadas da Ilha do Bananal.
WEBSÉRIE: Tipos de solos Brasileiros
14
Foto: Manoel Batista de Oliveira Neto. Goiana-
PE. Sedimentos argilo-arenosos da Formação 
Barreiras.
São solos que dificultam 
a atividade agrícola 
pela dificuldade do 
desenvolvimento dos 
sistemas radiculares das 
plantas e de mecanização, 
e condições de 
encharcamento.
Figura 1: Mapa representa a distribuição 
geográfica dos solos do Brasil, de acordo com 
o Sistema Brasileiro de Classificação de Solos. 
Embrapa.
WEBSÉRIE: 
Tipos de solos 
Brasileiros
15
Tipos de Solos Brasileiros: 
Gleissolo
Gleissolos são de origem hidromórfica, ou seja, solos inundados, 
encharcados, definidos pelo excesso de umidade. Gleissolos são 
formados por sedimentos recentes (do período do Holoceno) 
e não consolidados. Abrangem os solos muito mal drenados. 
Compreendem 4% do território nacional. Ocupam as várzeas e 
baixadas de relevo plano.
WEBSÉRIE: Tipos de solos Brasileiros
16
Foto: Manoel Batista de Oliveira 
Neto,2011. Embrapa.
Podem ser cultivados com 
arroz, ou mesmo com 
culturas como cana-de-
açúcar, quando drenados, 
além de muito utilizados 
para pastagens. Contudo, 
o lençol freático elevado, 
limita muito seu uso 
agrícola.
Figura 1: Mapa representa a distribuição 
geográfica dos solos do Brasil, de acordo com 
o Sistema Brasileiro de Classificação de Solos. 
Embrapa.
WEBSÉRIE: 
Tipos de solos 
Brasileiros
17
Tipos de SolosBrasileiros: 
Luvissolo
Os Luvissolos, ocorrem normalmente em áreas de clima seco, 
geralmente em áreas de relevo mais acidentado, variando de 
ondulados a fortemente ondulados. São solos naturalmente bem 
permeáveis e quimicamente férteis (boa saturação por bases, 
alumínio baixo ou nulo, e quantidade expressiva de argilominerais 
2:1), portanto, com bom potencial de uso agrícola, principalmente 
nas áreas menos declivosas. 
WEBSÉRIE: Tipos de solos Brasileiros
18
Luvissolo Crômico – 
Foto: José Francisco 
Lumbreras – 
EMBRAPA.
Não são solos muito 
profundos, e podem 
apresentar pedregosidade 
na superfície, o que também 
pode limitar a mecanização. 
Apresentam mudanças 
abruptas de textura e cor.
Figura 1: Mapa representa a distribuição 
geográfica dos solos do Brasil, de acordo com 
o Sistema Brasileiro de Classificação de Solos. 
Embrapa.
Luvissolo Háplico – 
Foto: Sérgio Shimizu 
– EMBRAPA.
WEBSÉRIE: 
Tipos de solos 
Brasileiros
19
Sintomas de deficiências 
nutricionais em soja
Agricultura de precisão
A observação dos sintomas de deficiências nutricionais 
nas plantas, como na cultura da soja, é uma ferramenta de 
diagnóstico importante. A restrição de um determinado nutriente 
nos seus processos metabólicos pode ser notada de diferentes 
maneiras, entre elas: atraso no desenvolvimento normal das 
plantas, clorose (amarelecimento), deformações e necrose (morte 
de tecido) das folhas. A intensidade destes sinais é proporcional 
ao nível de restrição dos elementos.
20
Agricultura
de precisão
O que fazer quando 
observamos os sintomas de 
deficiência em soja?
Contudo, é importante ressaltar, que a não observação de sinais 
visuais não é garantia de uma nutrição adequada. Quando os 
sintomas são observados o nível de deficiência é grave e a 
produtividade potencial já foi comprometida. Outro ponto a ser 
levado em consideração, é que deficiências nutricionais mais 
leves podem passar desapercebidas aos olhos humanos. Para 
que isso seja evitado, é imprescindível uma avaliação do nível de 
fertilidade dos solos com antecedência suficiente para que as 
deficiências possam ser corrigidas. De maneira complementar, as 
análises foliares são exames que devem ser feitos para checar se 
as correções, adubações, tiveram êxito, e se a planta se encontra 
nutricionalmente equilibrada. Dessa forma, podemos oferecer 
melhores garantias para que o alto potencial genético das 
variedades de soja plantados possam ser expressos de maneira 
plena.
21
Destacamos aqui, os sintomas característicos mais comuns 
observados à campo.
Foto: Adaptado de Hum3D.
Um aspecto interessante de se notar é a posição na planta em 
que os sintomas surgem. Em função da mobilidade dos nutrientes 
no floema (vasos condutores que transportam os nutrientes), 
podemos dividir didaticamente em duas categorias: 1- nutrientes 
imóveis e pouco móveis; 2 – nutrientes móveis. Abaixo pode-
se observar um esquema dos principais nutrientes em que este 
raciocínio se aplica.
Agricultura
de precisão
Iniciando o diagnóstico
Nutrição solo
22
O nitrogênio é demandado em grande quantidade pela cultura de 
soja. Esse elemento é proveniente do ar atmosférico, num belo 
exemplo de simbiose entre uma bactéria do gênero Rhizobium 
e a soja. Colônias destas bactérias infectam as raízes da soja 
formando nódulos onde é produzida uma enzima específica 
chamada nitrogenase, capaz de “quebrar” a tripla ligação covalente 
do N2 atmosférico. De um lado, o nitrogênio é fornecido para a 
planta, de outro, carboidratos fabricados pelas folhas são enviados 
aos nódulos 
garantidos sua 
energia vital. A 
esse processo 
deu-se o nome de 
Fixação Biológica 
do Nitrogênio 
(FBN).
Deficiência de Nitrogênio
Sintomas do Solo
Nódulos em raíz de soja. 
Foto: iStock.
Agricultura
de precisão
23
Agricultura
de precisão
A foto a cima 
mostra nódulos 
de soja cortados 
ao meio. Os dois 
superiores de tom 
mais esverdeado 
estão inativos, e 
os dois abaixo 
avermelhados 
estão ativos. 
Saber se os 
nódulos estão 
ativos ou inativos 
é essencial para 
a avaliação do 
estado nutricional da cultura da soja, principalmente no que se 
relaciona à suficiência ou não do nitrogênio na planta. A Falta de 
Co, afeta a regulação de oxigênio no interior dos nódulos o que 
pode ser uma das causas da cor esverdeada. Alagamento, seca, 
excesso de dias nublados, são outras possibilidades para estes 
sintomas.
Foto: Dirceu Gassen
24
Agricultura
de precisão
A falta de uma boa nodulação, ou falha no funcionamento pleno 
destes nódulos, causa a deficiência de nitrogênio na planta, 
observada por um menor desenvolvimento das plantas, com 
diminuição de altura e uma clorose generalizada das plantas. Os 
principais fatores causadores são a ausência destas bactérias 
no solo, baixa disponibilidade de Co, Mo e Fe para as plantas, e 
problemas relacionados aos inoculantes, tais como: transporte e 
armazenamento inadequado, produtos de baixa qualidade, uso de 
dose incorreta, processo de inoculação inadequado.
Lavoura com um tom 
de verde mais claro 
(clorose) do lado direito 
da foto com deficiência 
de nitrogênio, e de 
tonalidade mais escura 
com plantas saudáveis do 
lado esquerdo. Foto: Dr. 
Stewart Duncan, Kansas 
State University.
25
O fósforo está presente na estrutura genética das células, na 
formação do DNA e RNA. Além disso, é componente da molécula 
de ATP, responsável por proporcionar a energia aos processos 
metabólicos. Sua falta, ocasiona o nanismo das plantas, como 
observado na foto abaixo.
Deficiência de fósforo
Estrutura genética das células
Canteiro de demonstração com aplicação de fósforo à esquerda e sem aplicação de fósforo à direita. Foto: 
International Plant Nutrition Institute (IPNI) – IPNI Crop Nutrient Deficiency Image Collection, Luiz Antonia 
Zanao Junior.
Agricultura
de precisão
26
O Potássio é um importante ativador enzimático. Ou seja, sem 
ele, muitas das reações químicas no interior da planta não 
acontecem. Além disso é um importante regulador da pressão 
osmótica celular, ou seja, possibilita a planta regular a quantidade 
de água dentro das células. Seus sintomas, geralmente, são 
visíveis nas folhas mais velhas, caracterizada por uma clorose 
que se inicia à partir dos bordos das folhas em sentido ao meio 
da mesma, podendo evoluir para necrose do tecido.
Deficiência de potássio
Ativador Enzimático
Foto: (Equerda) Ag-Professional. (Direita) Field Crop News.
Agricultura
de precisão
27
Cerca de 80% dos solos 
brasileiros são deficientes em 
boro. Sua função nas plantas 
é estrutural, compondo a 
membrana e parede celulares. 
Sua mobilidade é muitíssimo 
baixa, por isso os sintomas de 
sua ausência se iniciam nas 
folhas mais novas.
Deficiência de boro
Deficiência do solo
Meristema necrosado devido à deficiência de 
boro. Foto: Nathan Slaton, University of Arkansas.
Agricultura
de precisão
Fernando Dubou Hansel e Maurício Limberger de Oliveira TY – 2015, Importância dos Micronutrientes na 
Cultura da Soja no Brasil.
28
O manganês é componente essencial de muitas enzimas, as quais 
influenciam todo o metabolismo das plantas. Atua diretamente 
na fotossíntese, na reserva energética, atua na imobilização de 
radicais livres, melhoram a tolerância às doenças por participar 
na síntese de lignina. Seus sintomas aparecem comumente nas 
folhas novas, caracterizado por uma clorose internerval, como 
vemos nas fotografias a seguir.
Deficiência de manganês
Componente essencial de enzimas
Folhas de soja com adequado (A) e deficientes 
(B-C-D) teores de Mn (Foto de Ismail Cakmak)
Agricultura
de precisão
Deficiência de Mn: Ontario Ministry of Agriculture, 
Food and Rural Affairs
29
O ferro é um nutriente envolvido em vários processos metabólicos 
fundamentais, tais como: fotossíntese, respiração, fixação 
do nitrogênio, síntese de DNA e hormônios. Devido sua baixa 
mobilidade na planta os sintomas de deficiência desse nutriente 
surgem nas folhas mais novas.
Como vimos, o Co é um elemento essencialpara o bom 
funcionamento dos nódulos. No entanto, seu excesso pode 
induzir a deficiência de Fe. Geralmente isso ocorre no processo de 
tratamento de sementes, quando a homogeneização não é bem 
realizada.
Deficiência de Fe
Nutriente importante para as plantas
Sintoma de deficiência de Fe em folhas novas.
Agricultura
de precisão
Sintoma de deficiência de ferro pelo excesso de 
cobalto. Foto: Infoteca EMBRAPA
30
A função mais citada do cálcio é a de integrar a parede celular. 
Que sua carência impacta no crescimento meristemático, 
principalmente nas raízes. Ativa diversos sistemas enzimáticos, 
ajuda a equilibrar os ácidos 
orgânicos, atua como 
sinalizador hormonal. Como 
mencionado anteriormente, 
é muito pouco móvel na 
planta. Seus sintomas 
surgem nas folhas mais 
novas.
Deficiência de Ca
Nutriente importante para a parece celular
Agricultura
de precisão
Folha nova de soja com deficiência de cálcio. 
Foto International Plant Nutrition Institute 
(IPNI) – IPNI Crop Nutrient Deficiency Image 
Collection, T.L. Roberts, 2018.
As fotografias apresentadas neste texto podem sim auxiliar 
significativamente no correto diagnóstico. Mas, a experiência de 
um agrônomo capacitado é fundamental para um diagnóstico 
definitivo, assim como para recomendar as ações de manejo 
necessárias, levando em consideração fatores econômicos e 
ambientais.
31
Agricultura
de precisão
Mesmo que os sintomas se revelem muito característicos, para 
um bom diagnóstico ainda há a necessidade de se levar em 
consideração o histórico de manejo, fazer as análises de folha e 
de solo.
Esperamos que este material seja muito útil para que sua lavoura 
esteja cada vez melhor nutrida e mantenha um alto teto produtivo.
Em caso de dúvidas, entre em contato conosco. Ficaremos muito 
felizes em poder ajudar.
32
5 passos para interpretar 
corretamente uma 
análise de solo
Análises agronômicas
É frequente a demanda por agrônomos, técnicos e agricultores 
sobre como interpretar corretamente uma análise de solo. E este 
GUIA PRÁTICO tem o intuito de facilitar esta jornada.
33
Análises
agronômicas
Qual a metodologia a ser seguida?
Importante ressaltar que o trabalho de interpretação de uma 
análise de solo e a posterior recomendação de manejo do solo 
deve ser feita por pessoas devidamente capacitadas e habilitadas.
Sugerimos a seguinte metodologia:
Passo 1
Identificar os 
extratores 
utilizados
Passo 2
Escolher o 
manual de 
referência
Passo 3
Conferir as 
unidades 
utilizadas
Passo 4
Interpretar os 
indicadores
Passo 5
Calcular as 
quantidades 
de corretivos 
e fertilizantes
34
Análises
agronômicas
1º Passo
Identificar os extratores
Os extratores utilizados nas análises são substâncias químicas 
que tem o papel de “imitar” o processo que as raízes das plantas 
fazem ao absorver os nutrientes dos solos. Em outras palavras, o 
extrator, como o nome sugere, deve extrair os nutrientes presentes 
na amostra enviada ao laboratório na mesma quantidade que as 
plantas extrairiam. O problema é que há divergência científica 
sobre quais extratores fazem isso da melhor maneira. Se 
entrarmos no mérito de qual o extrator ideal podemos entrar 
numa discussão difícil de ser concluída. A sugestão prática é que 
foquemos na metodologia utilizada pelo laboratório. Para cada 
35
nutriente existe uma metodologia específica e o laboratório deve 
informar qual o extrator foi utilizado. Nos resultados das análises 
feitas pela SOLUM estas informações aparecem no canto inferior 
esquerdo como vemos na Figura 1. Caso esta informação não 
esteja na análise, é preciso ligar para o laboratório e se informar. 
Só depois de obtermos esta informação é que poderemos seguir 
para o passo seguinte.
Análises
agronômicas
Figura 1. Relatório de análise de ensaios e amostras com informações sobre extratores.
36
Análises
agronômicas
2º Passo
Escolha do manual de referência
De posse da informação acerca dos extratores, procuramos 
um manual de referência que contenha tabelas nas quais 
encontramos a informação do nível crítico (NC) de um determinado 
nutriente. Os níveis críticos são estabelecidos por milhares de 
experimentos de campo em que se estabelecem curvas de 
calibração que correlacionam a produtividade das culturas e 
o teor do nutriente no solo. O valor crítico deste nutriente no 
solo é aquele que proporciona rendimento relativo máximo, ou 
máxima “produtividade” (Figura 2). Em outras palavras, se houver 
quantidade igual ou maior a do NC no solo, a planta não terá seu 
37
desenvolvimento limitado. Essa verificação é feita para todos os 
nutrientes, como veremos no passo número 04.
Acontece que várias instituições de pesquisa realizaram seus 
estudos independentes, gerando diversos manuais de referência 
com diferentes NCs. Os mais conhecidos são: Boletim 100 (SP), 
5ª Aproximação (MG), MAC (RS/SC), CELA (PR) e EMBRAPA.
• Boletim 100: Instituto Agronômico de Campinas
• 5ª aproximação: Recomendações para uso de corretivos e 
fertilizantes em Minas Gerais
• MAC (RS/SC): Manual de Adubação e Calagem para o RS e SC
• CELA-PR: Manual de Adubação e Calagem para o estado do PR
• Embrapa: Manual de Calagem e Adubação do estado do Rio de 
Janeiro
Figura 2. Curva 
de calibração 
esquemática 
indicando as 
classes e o 
nível crítico do 
nutriente no solo.
Análises
agronômicas
http://www.iac.sp.gov.br/
https://ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/item/177352/1/Manual-de-calagem-e-adubacao-RJ-2013.pdf
38
Análises
agronômicas
Diante disso, qual manual 
escolher?
O caminho que sugerimos aqui é verificar em primeiro lugar se 
o extrator utilizado para quantificação de fósforo (P) é Resina 
ou Mehlich-I. Se o extrator utilizado para mensurar o teor de P 
do solo for Resina, devemos optar pelo Boletim 100 ou o MAC 
RS/SC. Para escolher entre eles, pode-se considerar diferentes 
critérios, como por exemplo, o da regionalização.
Supondo que o extrator de P seja Mehlich-I, o profissional não 
pode escolher o Boletim 100, pois as curvas de calibração deste 
manual foram feitas utilizando-se Resina. Portanto, deve-se 
escolher uma das outras opções.
Importante ressaltar que se pode utilizar um manual que leva 
o nome de um estado e extrapolar os resultados para outras 
regiões. Por exemplo, o Boletim 100 de São Paulo, pode ser 
utilizado para amostras de qualquer local no país, embasado 
pelo número gigantesco de ensaios de campo conduzidos 
numa diversidade muito grande de tipos de solo e ambientes, 
representando desta forma os solos das mais diversas regiões 
brasileiras.
39
Análises
agronômicas
Nesta Tabela se encontram os principais Manuais de Fertilidade 
de Referência com os respectivos extratores utilizados por 
nutriente.
40
Análises
agronômicas
3º Passo
Conferir as unidades
É fundamental tomar cuidado especial com as unidades utilizadas, 
isso porque pode haver diferenças entre a forma que o resultado 
aparece na análise e as tabelas dos manuais de referência. Por 
exemplo, o K pode ser representado em mg/dm3, cmolc/dm3 ou 
mmolc/dm3. Se no resultado da análise o valor for expresso como 
0,1 cmolc/dm3 de K e na tabela do manual o NC estiver expresso 
em mg/dm3, ele precisa ser transformado para a mesma base para 
41
podermos comparar os valores. Teríamos então que 0,1 cmolc/dm3 
de K é igual a 39,1 mg/dm3 de K. Agora com ambos os valores na 
mesma unidade podemos compará-los (veja no passo 04).
A tabela abaixo apresenta os valores para as conversões se 
necessário.
Fonte: Dr. Fancelli, 2018.
42
Análises
agronômicas
4º Passo
Interpretar os indicadores
De posse dos resultados da análise que se quer interpretar, do 
manual de referência adequado e com as unidades igualadas, 
verificamos como está a quantidade de nutriente no solo em 
relação ao nível crítico, ou seja, se está baixo, se está bom ou alto. 
Vejamos através do seguinte exemplo que aproveitamos para 
enfatizar os passos 1, 2, 3 e 4:
Exemplo 01: Numa determinada análise de solo de uma lavoura 
no Rio Grande doSul o valor de potássio (K) apresentado foi de 
43
0,27 cmolc/dm3. O extrator utilizado pelo laboratório e indicado 
no resultado foi Mehlich-I e a CTC é de 16 cmolc/dm3. Todos os 
parâmetro citados estão presentes nos resultados da análise que o 
laboratório apresentou.
Como o extrator foi Mehlich-I (passo 01) podemos optar pelo 
Manual de Adubação e Calagem do RS/SC (passo 02). Mas 
precisamos converter a unidade de cmolc/dm3 para mg/dm3. 
Fazemos isso multiplicando o valor 0,27 por 391 (passo 03). Desta 
forma temos 0,27 x 391 = 105,6 mg/dm3 de K. Veja na curva de 
calibração a seguir, extraída do MAC RS/SC, que o NC para CTC > 
que 15 cmolc/dm3 é 90 mg/dm3. Como o valor obtido no resultado 
da análise foi 105,6 mg/dm3, entende-se que o teor de K neste solo 
é alto.
Figura 3. Relação 
entre o rendimento 
relativo de culturas 
e o teor de potássio 
no solo extraído pela 
solução de Mehlich-1.
Análises
agronômicas
44
Geralmente estes valores são apresentados na forma de tabela:
Análises
agronômicas
Tabela 2 – Interpretação do teor de potássio conforme as classes de CTC do solo a pH 7,0
Fonte: Manual de Adubação e Calagem do RS e SC.
Para os demais indicadores como outros nutrientes, pH, etc, 
devemos proceder da mesma forma como fizemos para o exemplo 
do potássio. Comparando os níveis críticos do manual de referência 
escolhido com os valores apresentados nos resultados da análise.
45
Análises
agronômicas
5º Passo
Calcular a quantidade de corretivos e 
fertilizantes
A descrição dos critérios e fórmulas matemáticas utilizadas nos 
cálculos que indicam quanto de corretivos e fertilizantes deve-
se aplicar estão muito bem descritos nos manuais de referência. 
Como o objetivo deste guia prático não é o de aprofundar nas 
questões de como calcular as quantidades e sim em qual o 
caminho que deve ser percorrido para se chegar neste cálculo de 
maneira correta, concluímos que apenas transcrevê-los aqui seria 
uma tarefa desnecessária.
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Aqueles que querem proceder corretamente com o trabalho de 
diagnóstico de fertilidade química do solo analisado podem agora 
fazê-lo seguindo os passos aqui propostos.
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