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Primeiros socorros- Intensivismo veterinário

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Ao ocorrer um acidente o 
atendimento veterinário é 
insubstituível, mas em algumas 
situações, agir rápido e da forma 
correta pode ser a diferença 
entre recuperar a saúde do 
bichinho ou lidar com 
consequências mais graves. Essas 
medidas visam garantir mais 
segurança no intervalo entre o 
acidente e atendimento 
especializado 
Normalmente, a primeira pessoa 
a entrar em contato com o 
proprietário é a recepcionista. Ela 
tem que estar treinada para 
atender uma urgência ao 
telefone, direcionar o atendimento 
e prover informações corretas 
ao proprietário, além de 
descrever o modo correto de 
transporte e os primeiros 
socorros que podem ser 
oferecidos ao paciente até sua 
chegada à clínica. Essas 
informações devem ser 
fornecidas pelo veterinário de 
plantão sempre que possível, e 
em seguida fornecidas à equipe 
de plantão. Portanto, a atenção 
inicial deveria começar já no local 
do acontecimento. A orientação 
correta dos primeiros socorros 
ao cliente é de importância ímpar 
no resultado final do atendimento. 
Deve-se tomar cuidado ao 
orientar os proprietários com 
relação aos primeiros socorros já 
que certos procedimentos podem 
agravar ainda mais o quadro do 
paciente, se realizados de forma 
errônea. 
Um exemplo prático que mostra 
bem como a instrução ao 
proprietário sobre primeiros 
socorros podem fazer toda a 
diferença para a sobrevivência do 
animal até a sua chegada ao 
atendimento veterinário(retirado 
do livro de emergência de 
pequenos animais do Rodrigo 
Rabelo) 
Duas pessoas ligam para dois 
hospitais diferentes e contam que 
suas cadelas foram castradas há 
3 dias e agora estão com uma 
pequena elevação no abdome, 
próximo à incisão, e que goteja 
um líquido cor-de-rosa. A 
recepcionista do hospital A solicita 
ao proprietário que traga o animal 
para que o veterinário o atenda. 
Nenhuma outra instrução é 
fornecida. No hospital B, a 
recepcionista pede ao 
proprietário que coloque uma 
toalha ou uma fralda limpa sobre 
a ferida e envolva o abdome do 
paciente com uma bandagem, e 
então prossiga com o transporte 
de forma cuidadosa. 
O primeiro paciente chega ao 
hospital e quando o proprietário 
abre a porta do carro o animal 
salta e todo seu conteúdo 
abdominal eviscera ainda no 
estacionamento. O segundo cão 
chega ao hospital B com evidência 
de que há uma deiscência na 
ferida cirúrgica, mas não há 
indício de que os órgãos 
abdominais estejam à vista. O 
primeiro cão desenvolveu uma 
peritonite séria e veio a óbito por 
choque séptico, enquanto o 
segundo apresentou uma 
recuperação rápida após o 
atendimento, com correção da 
sutura, e passa bem. 
Primeiros socorros: 
cães e gatos 
Existem diferentes tipos de 
emergência. Em algumas delas, os 
primeiros socorros têm apenas o 
objetivo de garantir bem-estar ao 
cão ou gato até a chegada ao 
hospital. Em outras, como nos 
engasgamentos, eles são 
fundamentais para garantir a 
sobrevivência do animal 
Engasgamento em cães 
Se possível, abra a boca do animal 
e tente retirar manualmente o 
objeto responsável pelo 
engasgamento. Caso o cachorro 
ou gato se mostre agressivo e 
tente morder, ajude-o a se livrar 
do objeto dando alguns tapinhas 
nas costas dele, na altura das 
patas da frente. 
No caso de bichinhos menores, 
você também pode segurá-los 
pelas patas, deixando-os de 
cabeça para baixo e sacudindo-os 
com cuidado até que o objeto seja 
liberado 
Queimaduras e primeiros 
socorros 
Nos primeiros socorros em cães 
e gatos com queimaduras, lave a 
região atingida com água fria 
corrente por pelo menos 10 
minutos. Isso ajuda a resfriar o 
local e a diminuir a dor. Não aplique 
pomadas nem tente seguir 
receitas caseiras, evitando 
vinagre, pasta de dente, entre 
outros. Apenas cubra a 
queimadura com um pano limpo e 
úmido, tomando cuidado para que 
não grude na ferida 
Fraturas internas e externas em 
cães e gatos 
Muito comuns em casos de 
atropelamento ou mesmo de 
quedas (no caso de cães de 
pequeno porte), as fraturas 
devem ser imobilizadas com a 
ajuda de esparadrapo e objetos 
retos, como um pedaço de 
papelão. Ao se aproximar do cão 
ou gato, tome cuidado, visto que a 
dor e o susto do acidente podem 
deixar o animal agressivo. 
No caso de primeiros socorros 
para cachorro e gato com 
fratura exposta, o melhor é 
cobrir a região com um pano 
limpo. 
intoxicação ou envenenamento de 
cães e gatos 
Antes de tentar desintoxicar 
cachorro ou gato, procure 
identificar a causa, a quantidade e 
há quanto tempo a substância foi 
ingerida. Isso ajudará o veterinário 
a seguir o melhor protocolo 
durante o atendimento de 
emergência. Caso o pet tenha 
vomitado, também é possível 
recolher uma amostra do 
conteúdo. 
Se tiver carvão ativado em casa, 
siga as orientações do fabricante 
e ofereça o produto diluído ao seu 
amigo pela boca, usando uma 
seringa sem agulha. O carvão 
ativado ajuda a reduzir a absorção 
do agente tóxico pelo organismo. 
Leve o animalzinho a uma clínica 
veterinária e nunca tente 
provocar o vômito. Dependendo 
da substância, ela pode queimar o 
esôfago do peludo e agravar o 
quadro. 
Cortes em cães e gatos 
Se possível, lave a região afetada 
com água corrente para diminuir 
o risco de infecções. Com a ajuda 
de um pano limpo, pressione a 
região do corte. Isso ajuda a 
controlar a hemorragia, evitando 
a perda de muito sangue até a 
chegada à clínica veterinária. 
Primeiros socorros: 
Equinos 
Cólica 
Em primeiro lugar, a cólica equina 
é uma doença gastrointestinal 
muito grave, conhecida 
popularmente como “Nó nas 
tripas”. Ela aparece de forma 
repentina e pode levar o animal à 
morte se não for tratada logo. 
Essa doença é resultante de 
distúrbios que afetam o aparelho 
digestivo e pode estar ligada a 
diversos fatores. Entre eles: o 
estresse ambiental, a alimentação 
irregular, a produção excessiva de 
gás no estômago, resultado da 
fermentação dos alimentos, a 
qualidade da forragem e doenças 
parasitárias. Enfim, elas podem 
ser resultados de gases, 
espasmos, parasitas, inflamações 
intestinais ou até obstrução ou 
torção do intestino. 
Principais sinais: O distúrbio 
produz sinais de dor abdominal, 
que pode ir de leve a muito 
intensa. A dor pode fazer o 
cavalo apresentar diversas 
mudanças no comportamento, que 
facilitam a identificação. As mais 
recorrentes no início são: bater 
as patas, falta de apetite, 
posicionar para urinar sem o 
fazer. Mas geralmente, ele 
costuma ficar agitado, rolar no 
chão, olhar repetidamente o 
flanco, cavar o solo, apresentar 
dificuldades para caminhar, suar 
em excesso, deitar e levantar 
constantemente. 
Ações de primeiros socorros: É 
fundamental suspender a 
alimentação de volumosos e 
concentrados, estimular o passo 
do animal para ajudar a acelerar o 
processo digestivo e procurar 
formas de evitar que ele se 
machuque. Notando os sintomas é 
preciso procurar ajuda médica 
imediatamente, pois o risco de 
morte é muito alto. 
Como evitar: Para evitar é 
preciso cuidar do manejo 
alimentar, deixar que os animais 
se movimentam livremente com 
maior frequência, investir no 
controle parasitário e assegurar o 
acesso constante a água limpa e 
fresca. 
Ferimentos e lesões 
Os cavalos são extremamente 
sujeitos a acidentes com 
ocorrência de contusões, cortes 
e feridas da pele ou em tecidos 
moles, como tendões e ligamentos. 
Isso acontece devido a suas 
características comportamentais, 
seu instinto de fuga, e na maioria 
das vezes, são ocasionados por 
objetos estranhos como cercas 
de arame farpado, portões ou 
materiais cortantes ou de 
construção. 
Dependendo do grau de 
penetração na pele, elas podem 
ser classificadas como abertas ou 
fechadas. As primeiras penetram 
a derme e podem envolver 
estruturas mais profundas, e as 
fechadas são as que não atingem 
a espessura total da pele. 
Ações de primeiros socorros: A 
primeira atitude é apanhar e 
acalmar o animal para depois 
avaliar a dimensão e profundidade 
da ferida. Lave a ferida apenas 
com água e se houver 
hemorragia, pare-afazendo 
pressão sobre o local com 
compressas limpas. Se a ferida 
for de grande profundidade, faça 
a sutura. Alguns produtos podem 
ser usados para ajudar a diminuir 
a coceira, prevenir inflamações e 
bicheiras ou acelerar a 
cicatrização, mas devem ser 
usadas apenas com a aprovação 
do médico veterinário. 
Como prevenir: Investir na 
segurança das baias e pastagens, 
mantendo-as limpa e retirando 
objetos cortantes e que 
apresentem perigo. Também é 
fundamental manter os animais 
livres de situações estressantes, 
investindo em um manejo 
adequado. 
Picadas de cobra 
A picada de cobra é mais comum 
em equinos que são criados soltos 
em pastos e campo. Porém, pode 
acontecer em qualquer tipo de 
sistema e causar diversos 
prejuízos. 
A picada pode acontecer em 
qualquer membro, mas em geral, 
os cavalos são mais afetados em 
locais próximos da cabeça, lábios e 
pescoço. Isso porque o equino 
costuma abaixar a cabeça na 
tentativa de reconhecer o animal 
estranho. 
Principais sinais: Os sinais vão 
depender da quantidade de 
veneno injetada. Geralmente 
causa: dor aguda, 
inchaço,hematoma, 
sangramento,dificuldade de 
engolir, falta de ar com 
insuficiência respiratória, 
dificuldade de abrir os olhos, urina 
avermelhada, distúrbios 
neurológicos, problemas nos rins e 
coagulação de vasos sanguíneos. 
Ações de primeiros socorros: 
Fique atento aos sinais pois, o 
envenenamento do acidente 
ofídico pode levar o animal ao 
óbito, caso as medidas adequadas 
não sejam tomadas de imediato. A 
primeira medida deve ser acalmar 
e imobilizar o animal para diminuir 
a circulação do veneno. O médico 
veterinário deve ser informado 
com urgência para avaliar a 
situação e aplicar o soro 
antiofídico. Sua aplicação com 
rapidez pode salvar a vida do 
animal. 
Como prevenir: Manter as baias e 
os pastos limpos, sem acúmulo de 
entulhos e lixos que possam 
abrigar e atrair insetos e animais 
que servem de alimentos para as 
serpentes. Além de não realizar 
queimadas, que fazem as cobras 
sairem de seu habitat e procurar 
abrigos nas baias. 
Muitos outros problemas 
demandam primeiros socorros em 
equinos, como intoxicações, 
alergias, brocas de cascos ou 
traumatismos. Esses casos de 
emergência exigem intervenções 
rápidas e precisas, para não 
comprometer a vida e a carreira 
atlética do animal. Para isso 
existem cursos de primeiros 
socorros afim de preparar o 
tutor e estabilizar o animal ate a 
chegada do veterinário 
Primeiros socorros: 
Bovinos 
Como emergências com os 
animais acontecem, 
conhecimentos em primeiros 
socorros em bovinos são 
importantes. 
Os primeiros socorros são os 
procedimentos para atendimento 
dos animais doentes ou 
acidentados até a chegada do 
veterinário responsável ou até o 
transporte para o hospital 
veterinário. Assim, os primeiros 
socorros em bovinos visam 
minimizar as perdas, salvando os 
animais e evitando prejuízos para 
o produtor. 
Os procedimentos realizados 
durante as emergências com 
bovinos devem ser rápidos e 
conscientes, visando o bem-estar 
e recuperação do paciente. 
Traumas, pancadas ou cortes 
No caso de trauma, pancadas ou 
cortes é preciso, primeiro, avaliar 
o ferimento. 
Para cortes com sangramento, os 
primeiros socorros envolvem 
limpar o ferimento com água 
limpa e fria. É preciso também 
estancar o corte usando panos 
limpos. Não é recomendado o uso 
de certas receitas caseiras, como 
usar açúcar ou pó de café. Isso 
apenas suja o ferimento e 
dificulta o trabalho do veterinário 
na assistência do animal. 
Quando o corte resulta num 
sangramento forte, é preciso 
fazer o curativo oclusivo e 
manter a ferida sobre pressão 
diminuindo, dessa forma, a 
hemorragia. Vale o procedimento 
de primeiros socorros em bovinos 
para sangramentos em geral: 
pode ser feito com gaze, panos 
limpos, gelo e água fria em grande 
quantidade. 
Se o animal sofrer algum tipo de 
perfuração e as vísceras ficarem 
expostas, deve-se evitar o 
contato com os solos e com as 
mãos, reduzindo as chances de 
contaminação. 
 
Intoxicações 
A intoxicação do rebanho pode 
acontecer de várias maneiras: 
por ervas, plantas tóxicas, 
envenenamentos diversos, ureia, 
entre outros. Em sua maioria, a 
intoxicação leva o animal ao 
empanzinamento, ou seja, ao 
acúmulo de gases no rúmen, que 
pode ocasionar a morte em pouco 
tempo. 
Quando a intoxicação é causada 
por ureia, é recomendado o uso 
de vinagre caseiro. Como ação de 
primeiros socorros em bovinos, 
ele irá resolver e vai preservar o 
animal. 
Outro produto comum que pode 
ser usado é o soro caseiro. Ele 
pode ser administrado em caso de 
diarréia e desidratação, evitando 
perda de líquido. Nesse caso é 
importante que o animal receba 
atendimento, já que o soro age 
apenas no sintoma da intoxicação, 
não na causa. 
Algumas intoxicações, podem ser 
causadas por picadas de cobras 
ou outros animais. Essas são mais 
perigosas pois podem causar 
hemorragias e levar o animal a 
óbito mais rapidamente. Nesses 
casos, os primeiros socorros para 
os bovinos devem ser prestados 
usando antídotos específicos. 
Partos difíceis 
Outro momento comum de se 
necessitar de primeiros socorros 
em bovinos é o parto. Quando se 
trata de partos difíceis, uma 
ajuda imediata pode definir a 
sobrevivência da vaca e de sua 
cria. 
Nesses casos, o ato de puxar o 
bezerro, se necessário, deve ser 
feito com cautela e nunca feito 
por mais de dois homens. É 
sempre importante verificar a 
lubrificação das partes moles. 
Essa lubrificação é importante e 
de grande auxílio nessas 
situações. 
Em alguns casos, medicamentos 
podem ser utilizados para 
produzir ou eliminar contrações, 
mas é preciso ter atenção quanto 
a dosagem. 
Outro ponto importante é a 
posição do feto no momento do 
parto. Um feto mal posicionado, 
caso não corrigida a sua 
apresentação, pode complicar 
todo o processo. 
Parasitas em geral 
O combate a carrapatos, bernes 
e verminoses pode gerar 
situações que necessitam de 
procedimentos de primeiros 
socorros em bovinos. 
Os produtos utilizados para 
combater esses parasitas, 
normalmente, são seguros desde 
que sejam respeitadas as 
instruções de bula. Mas acidentes 
envolvendo dosagem incorreta 
ocorrem, podendo desencadear 
intoxicação nos animais. 
Nesses casos, o recomendado é a 
utilização de antídotos específicos 
para o produto que foi ministrado. 
Depois de tudo isso, alguns pontos 
importantes sobre o atendimento 
a essas emergências com o 
rebanho precisam ser levados em 
conta. Primeiro, é preciso ter 
conhecimento e experiência para 
prestar corretamente os 
primeiros socorros em bovinos de 
forma adequada. 
É sempre bom lembrar que o 
socorro não substitui o 
atendimento veterinário.

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