Buscar

Análise da Vulnerabilidade das Águas Subterrâneas na Área de Contribuição da Bacia Hidrográfica do Córrego Ceroula - TCC Preliminar

Prévia do material em texto

UNIVERSIDADE CATÓLICA DOM BOSCO – UCDB 
CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA SANITÁRIA E AMBIENTAL 
 
 
 
 
 
 
 
LUCAS CECCI MACEDO 
MARIANE MARTINS ZEM 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ANÁLISE DA VULNERABILIDADE DAS ÁGUAS SUBTERRÂNEAS NA ÁREA DE 
CONTRIBUIÇÃO DA BACIA HIDROGRÁFICA DO CÓRREGO CEROULA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Campo Grande – MS 
2021 
 
 
 
 
UNIVERSIDADE CATÓLICA DOM BOSCO – UCDB 
CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA SANITÁRIA E AMBIENTAL 
 
 
 
Título do Trabalho: Análise da Vulnerabilidade das Águas Subterrâneas na 
Área de Contribuição da Área de Proteção Ambiental do Córrego Ceroula 
Autores: Lucas Cecci Macedo e Mariane Martins Zem 
 
 
 
 
Trabalho de Conclusão de Curso 
apresentado como exigência para a 
obtenção do grau de Bacharel em 
Engenharia Sanitária e Ambiental pela 
Universidade Católica Dom Bosco 
(UCDB), sob a orientação do Prof. Dr. 
Guilherme Henrique Cavazzana e 
coorientação do Eng. Osmair Jorge 
Freitas Simões. 
 
 
 
 
Aprovada em: 
Banca examinadora: 
 
 
Prof. Me. Luiz Antônio Paiva 
UCDB 
Prof. Dr. Fernando Jorge C. M. F. 
UCDB 
 
Prof. Dr. Guilherme Henrique 
Cavazzana. 
Orientador - UCDB 
 
Eng. Osmair Jorge Freitas Simões 
Coorientador 
 
 
 
Campo Grande – MS 
2021 
RESUMO 
 
Aquíferos são reservatórios de água subterrânea importantes para o abastecimento 
púbico. No entanto, devem ser protegidos apropriadamente de potenciais cargas 
poluidoras, seja de origem antrópica ou natural. Embora as águas subterrâneas 
tenham certa resiliência e capacidade de atenuação natural de contaminantes, uma 
vez contaminadas, a restauração das águas subterrâneas é uma tarefa complexa e 
cara na maioria dos casos. A vulnerabilidade de um aquífero representa o quão fácil 
ou o quão difícil é o contaminante percorrer pelo subsolo até alcançar as águas 
subterrâneas. Nesse sentido, este estudo visa mapear os pontos de vulnerabilidade 
natural e à contaminação das águas subterrâneas da área de contribuição da bacia 
hidrográfica do Córrego Ceroula, localizada a noroeste do município de Campo 
Grande, no estado do Mato Grosso do Sul 
 
Palavras-chave: Aquíferos; Vulnerabilidade Natural; Vulnerabilidade à Contaminação. 
 
 
ABSTRACT 
 
Aquifers are important groundwater reservoirs for public supply. However, they must 
be adequately protected from potential pollution loads, whether man-made or natural. 
Although groundwater has a certain resilience and capacity for natural attenuation of 
contaminants, once contaminated, groundwater restoration is a complex and 
expensive task in most cases. The vulnerability of an aquifer represents how easy or 
how difficult it is for the contaminant to travel through the subsurface to reach the 
groundwater. In this sense, this study aims to map the points of natural vulnerability 
and groundwater contamination in the contribution area of the Ceroula stream 
watershed, located northwest of Campo Grande, in the state of Mato Grosso do Sul. 
 
Keywords: Aquifers; Natural Vulnerability; Vulnerability to Contamination. 
 
SUMÁRIO 
 
RESUMO..................................................................................................................... 3 
ABSTRACT ................................................................................................................. 4 
SUMÁRIO ................................................................................................................... 5 
LISTA DE FIGURAS ................................................................................................... 6 
LISTA DE TABELAS .................................................................................................. 8 
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS ..................................................................... 9 
1. INTRODUÇÃO .................................................................................................. 10 
2. JUSTIFICATIVA ............................................................................................... 12 
3. OBJETIVOS ..................................................................................................... 13 
3.1. Objetivo Geral ............................................................................................. 13 
3.2. Objetivos Específicos ................................................................................ 13 
4. REVISÃO DA LITERATURA ............................................................................ 14 
4.1. A Água e o Ciclo Hidrológico .................................................................... 14 
4.2. Águas Subterrâneas .................................................................................. 16 
4.3. Sistemas Aquíferos e o Fluxo da Água Subterrânea .............................. 17 
4.4. Uso e Cobertura da Terra e as Possíveis Contaminações ..................... 20 
4.5. Vulnerabilidade Natural das Águas Subterrâneas .................................. 22 
4.6. Sistema Nacional de Unidades de Conservação ..................................... 25 
4.6.1. Unidades de Conservação no Estado de Mato Grosso do Sul .............. 25 
4.6.2. Unidades de Conservação em Campo Grande ..................................... 26 
4.7. Geoprocessamento .................................................................................... 27 
5. METODOLOGIA ............................................................................................... 30 
5.1. Caracterização da área de estudo ............................................................ 30 
5.2. Caracterização dos Aquíferos ................................................................... 31 
5.2.1. Aquífero Formação Serra Geral............................................................. 32 
5.2.2. Aquífero Formação Caiuá Botucatu ....................................................... 32 
5.3. Estimativa das vulnerabilidades pelo método GOD ................................ 32 
5.3.1. Aquisição e Seleção de Dados .............................................................. 33 
5.3.2. Tratamento e Distribuição de Dados ..................................................... 34 
5.3.3. Ponderação dos Dados ......................................................................... 34 
5.3.4. Avaliação dos Índices Finais ................................................................. 36 
5.3.5. Elaboração dos Mapas de Vulnerabilidade ........................................... 36 
5.3.6. Indicadores Comparativos ..................................................................... 37 
6. RESULTADOS ESPERADOS .......................................................................... 38 
7. CRONOGRAMA ............................................................................................... 39 
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 40 
 
 
LISTA DE FIGURAS 
 
Figura 1. Ciclo da Água (E = evaporação; ET = evapotranspiração; I = infiltração; R = 
escoamento superficial). ........................................................................................... 15 
Figura 2. Fluxo da água subterrânea. ....................................................................... 15 
Figura 3. Zona de aeração e zona de saturação evidenciadas a partir do grau de 
saturação de água. .................................................................................................... 16 
Figura 4. Classificação do aquífero quanto à porosidade. ........................................ 18 
Figura 5. Tipos de aquífero e seu comportamento frente à perfuração de poço. ...... 19 
Figura 6. Potenciais fontes de contaminação das águas subterrâneas. ................... 21 
Figura 7. Zoneamento Ecológico-Econômico do município de Campo Grande – MS.
 .................................................................................................................................. 27 
Figura 8. Representação da metodologia de álgebra de mapas............................... 29 
Figura 9. Mapa de localização das áreas da Área de Contribuição e da APA do 
Ceroula. ..................................................................................................................... 30 
Figura 10. Fluxograma do processo metodológico. ................................................... 33 
 
LISTA DE QUADROS 
 
Quadro 1. Cronograma de atividades relacionadas ao presente trabalho. ............... 39 
 
LISTA DE TABELAS 
 
Tabela 1. Estudos relacionados a vulnerabilidade natural das águas subterrâneas. 24 
Tabela 2. Áreas de Proteção Ambiental no MS. ........................................................ 26 
Tabela 3. Porcentagem de áreas de uso e manejo do solo da área de contribuição da 
APA do Ceroula. ........................................................................................................ 31 
Tabela 4. Pesos para ponderação da tipologia do aquífero. ..................................... 35 
Tabela 5. Pesos para ponderação da litologia do local. ............................................ 35 
Tabela 6. Pesos para ponderação da profundidade do aquífero............................... 35 
Tabela 7. Pesos para ponderação do uso e ocupação da área de estudo. .............. 36 
Tabela 8. Resultados e classificações da metodologia GOD. ................................... 36 
 
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS 
 
ANA Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico 
APA Área de Proteção Ambiental 
NA Nível D’água 
PLANURB Agência Municipal de Meio Ambiente e Planejamento Urbano 
PNAS Programa Nacional de Águas Subterrâneas 
SIG Sistemas de Informações Geográficas 
SRHU Secretaria de Recursos Hídricos e Ambiente Urbano 
ZEE/MS Zoneamento Ecológico-Econômico de Mato Grosso do Sul 
SNUC Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza 
GUC Gerencia de Unidades de Conservação 
UNICECO Unidade de Cadastro e ICMS Ecológico 
UC Unidade de Conservação 
IMASUL Instituto de Meio Ambiente do Estado de Mato Grosso do Sul 
10 
 
1. INTRODUÇÃO 
A água subterrânea é muito importante para equilibrar a dinâmica da infiltração 
e escoamento da água, e tem sido por muitos anos usado como reservatório para a 
demanda futura e implicações na escassez de água iminente (FRANCO et al., 2018). 
Silva et al., (2017) menciona que a água subterrânea é uma das reservas de 
abastecimento de água mais importantes, e na maioria das vezes não necessita de 
tratamento para o seu consumo, devido ao processo de filtração natural do subsolo. 
No Brasil as reservas de água subterrânea é são de cerca de 42,3 mil m³/s, o 
que equivale a 24% da vazão média dos rios no país, ou 46% das águas superficiais 
disponíveis (ANA, 2010). 
O aumento da população no âmbito nacional gera uma crescente demanda de 
captação subterrânea, a qual muitas vezes acontece sem o gerenciamento adequado 
e estudos técnicos de recarga e de vazão permissível do aquífero. Como resultado, a 
quantidade de água fornecida aos rios pode ser reduzida, bem como ocorrer as secas 
de nascentes, o esgotamento de reservatórios e a diminuição do nível do lençol 
freático (ZOBY, 2005). 
Para estabelecer uma melhor gestão de consumo das águas subterrâneas em 
julho de 2014, foi publicado o Decreto N° 13.990 que regulamenta a outorga de direito 
de uso dos recursos hídricos, de domínio do Estado de Mato Grosso do Sul, a Política 
Estadual de Recursos Hídricos estabelece que a outorga de direito ao uso dos 
recursos hídricos é um instrumento que tem como objetivo assegurar o controle 
quantitativo e qualitativo dos usos das águas, superficiais ou subterrâneas, e o efetivo 
exercício dos direitos de acesso à água (SEMADE, 2010). 
A Área de Proteção Ambiental – APA é uma das categorias de Unidades de 
Conservação de uso sustentável estabelecidas pelo Sistema Nacional de Unidades 
de Conservação, que busca o equilíbrio da preservação ambiental (BRASIL, 2000). 
Quando se fala em preservar uma APA, estamos nos referindo a uma esfera 
socioeconômica e ambiental. Dito isto, as águas subterrâneas são fundamentais para 
a recarga dos corpos hídricos e fonte de abastecimento, por meio de poços profundos. 
O Decreto Municipal N°. 8.264 de 2001 cria a APA da Bacia do Córrego 
Ceroula, que é uma das três APAs pertencentes ao município de Campo Grande, 
capital do Estado de Mato Grosso do Sul, ressalta-se ainda, que esta é a única do 
11 
 
município que possui nascentes no Município com drenagem para o Pantanal 
(SARAVAIA, 2019). 
A delimitação de áreas de proteção de aquíferos ou de poços e de áreas de 
restrição referem-se ao estabelecimento de diretrizes ambientais para o zoneamento 
e controle do uso e ocupação do solo, bem como ao controle da exploração da água 
subterrânea. Estas áreas visam proteger a qualidade da água captada contra 
contaminação bacteriológica e química ou restringir a captação em casos de 
contaminação ou de superexploração (CETESB, 2021). 
Tendo em vista a crescente demanda do uso de água subterrânea no 
abastecimento público, ganhou destaque as atividades potencialmente poluidoras 
dessa fonte, podendo citar o uso excessivo de agrotóxicos e fertilizantes, as fossas 
sépticas, os lixões, os esgotos industriais, os poços mal edificados e/ou abanados, os 
cemitérios e os acúmulos de produtos químicos e combustíveis (PINTO-COELHO et 
al., 2015). 
Levando em consideração que o uso e ocupação do solo na área da APA 
Ceroula possui inúmeras atividades que proporcionam grande risco a contaminação 
das águas subterrâneas, o Plano de Manejo da APA do Ceroula não trouxe detalhes 
relevantes para a proteção desse recurso natural. 
Uma das principais ferramentas para proteger as águas subterrâneas da 
contaminação é entender a vulnerabilidade natural dos aquíferos à contaminação, a 
qual demonstra sua maior suscetibilidade a ser adversamente afetado por uma carga 
contaminante imposta. (MUCHIMBANE, 2010). 
A utilização dessa ferramenta é aplicada em diversos municípios do Brasil, 
Oliveira (2017) fez uso dessa ferramenta no município de Lagoa da Confusão, no 
estado de Tocantins, a fim de mapear a vulnerabilidade à contaminação das águas 
subterrâneas. Assim como PAES (2017), que avaliou a vulnerabilidade natural à 
contaminação das águas subterrâneas no município de Caetité, no estado da Bahia. 
Portanto, este trabalho propõe o realizar um mapeamento das áreas de água 
subterrânea vulneráveis à contaminação natural e antrópica, tal resultado poderá ser 
utilizado como subsídio para entidades público e/ou privadas afim de garantir 
qualidade da água subterrânea da Área de Contribuição da Bacia Hidrográfica do 
Córrego Ceroula, onde está inserido a APA do Córrego Ceroula. 
12 
 
2. JUSTIFICATIVA 
As águas subterrâneas, além de reabastecerem parte do sistema hidrológico, 
são fundamentais para o abastecimento público no Brasil. Tais águas são 
resguardadas naturalmente por aquíferos. Porém, a atividade minerária da superfície, 
a agropecuária e outras atividades que gerem potenciais riscos a contaminação, 
promovem preocupação quanto a vulnerabilidade das águas subterrâneas (LOPES; 
SIMÕES, 2015; MACHADO, 2011; FOSTER et al., 2002). 
Tendo em vista que a localização alvo de investigação é uma APA dotada de 
Plano de Manejo que não contempla a vulnerabilidade das águas subterrâneas e que 
a referência para tal discussão é o ZEE/MS, ou seja, um estudo macro em relação a 
área de estudo, discorrer este assunto mostra-se necessário. 
A avaliação da vulnerabilidade das águas subterrâneas é fundamental para a 
exploração, utilização e proteção dos recursos hídricos (WU, LI e MA, 2018). Com 
isso, os resultados do estudo objetivam oferecer uma base científica para incorporar 
medidas de prevenção da água subterrânea caso necessário, bem como para 
subsidiar decisões do poder público. 
Justifica-se então que a importância deste trabalho se compõe em apresentar 
a vulnerabilidade natural da água subterrânea,de maneira micro, ou seja, apenas para 
área de estudo, na qual dará subsídios para a revisão do Plano de Manejo da APA do 
Ceroula e a atualização quanto as possíveis contaminações das águas subterrâneas. 
Além disso, o trabalho busca servir como instrumento público para subsidiar tomadas 
de decisão, podendo até ser citado no ZEE/CG 2° Aproximação. 
 
13 
 
3. OBJETIVOS 
3.1. Objetivo Geral 
O presente trabalho tem como objetivo avaliar a vulnerabilidade natural das 
águas subterrâneas dos aquíferos que afloram na área de contribuição da Área de 
Proteção Ambiental do Córrego Ceroula – APA do Ceroula. 
 
3.2. Objetivos Específicos 
Os objetivos específicos estabelecidos são: 
• Utilizar dados hidrogeológicos para determinação de zonas homogêneas. 
• Classificar as zonas determinadas quanto a vulnerabilidade natural e à 
contaminação das águas subterrâneas. 
• Elaborar uma cartografia de síntese da vulnerabilidade natural e à 
contaminação das águas subterrâneas. 
• Verificar se os resultados apresentados correspondem aos resultados do ZEE-
MS. 
• Discorrer sobre as diferenças e semelhanças do presente estudo (área menor) 
para com o ZEE-MS (área macro). 
 
14 
 
4. REVISÃO DA LITERATURA 
4.1. A Água e o Ciclo Hidrológico 
A água é um dos minerais de maior abundância na natureza, estando presente 
nos estados sólido, líquido e gasoso. Além de ser vital para a sobrevivência de 
humanos e animais, a água também pode ser usada para geração de energia, 
produção industrial, transporte fluvial, captação de água para consumo, receber, diluir 
e transportar águas residuais. Sendo assim considerada um recurso natural especial, 
pois se renova por meio dos processos físicos que compõem o ciclo hidrológico e 
mantém um equilíbrio das condições ecológicas e ambientais (GARCIA et al., 2015; 
FREIRE, 2005). 
Os recursos hídricos são classificados quanto sua ocorrência em superficiais e 
subterrâneos, sendo que os superficiais são aqueles que correspondem à parcela de 
água que escoa superficialmente e são águas retiradas de rios, lagos ou represas e 
os subterrâneos são aqueles que se encontram na camada saturada do subsolo, 
sendo sua captação por meio de poços tubulares (GARCIA et al., 2015; MIGLIORINI 
et al., 2007). 
Tais recursos são participantes do ciclo hidrológico, que consiste na circulação 
fechada da água entre a superfície terrestre e a atmosfera (Figura 1). O ciclo é 
impulsionado pela radiação solar, pela gravidade e pela rotação terrestre, fornecendo 
energia para elevação da água pela evaporação, posteriormente a condensação e 
precipitação. Por fim, na superfície terrestre parte escoa superficialmente até os rios 
e oceanos e parte infiltra no solo e nas rochas (LIMA, 2017). 
15 
 
Figura 1. Ciclo da Água (E = evaporação; ET = evapotranspiração; I = infiltração; R = 
escoamento superficial). 
 
Fonte: Feitosa et al., 2008. 
 
Santos (2018) explica que o processo de escoamento subterrâneo ocorre em 
um caminho proporcional a profundidade do aquífero, sendo que quanto maior a 
profundidade, mais lentamente a partícula de água viajará de uma área de recarga 
para uma área de descarga (Figura 2). Além disso, há uma relação entre tempo de 
residência e taxa de recarga, sendo inversamente proporcionais, explicando assim 
uma possível demora de descontaminação através de processos naturais de 
descarga. 
Figura 2. Fluxo da água subterrânea. 
 
Fonte: Santos, 2018. 
16 
 
 
Em um contexto hidrológico, a água pode sofrer alterações, direta ou 
indiretamente, de qualidade devido a fatores variados, principalmente aos 
relacionados com as atividades antrópicas. Além disso, o uso e ocupação do solo, 
principalmente a impermeabilização de áreas urbanas, causam a redução da 
infiltração de água no solo, consequentemente, dificultando a recarga dos aquíferos. 
Bem como o desmatamento e a supressão vegetal de áreas no entorno de nascentes 
e de matas ciliares junto às áreas de drenagem superficial, influenciam na 
evapotranspiração (LOPES e SIMÕES, 2015; MILLION, 2004). 
 
4.2. Águas Subterrâneas 
As águas subterrâneas é a parcela de água que permanece no subsolo, de 
onde flui lentamente até descarregar em corpos d’água superficiais, ser interceptada 
por raízes de plantas ou extraída por poços, tendo papel essencial quanto a umidade 
do solo, lagos e brejos e ao fluxo de base dos rios (MANZIONE, 2015). 
Manzione (2015) ainda explica que o processo de formação aquífera pode 
ocorrer em qualquer formação rochosa suficientemente porosa e permeável para 
constituir um retentor de água subterrânea. Tal processo de armazenamento é 
classificado de acordo com a localização da água no solo, sendo o aquífero apenas a 
água que circula na zona saturada, como mostra a Figura 3 (SANTOS, 2018). 
 
Figura 3. Zona de aeração e zona de saturação evidenciadas a partir do grau de saturação 
de água. 
 
Fonte: Feitosa et al., 2008. 
 
17 
 
Para Feitosa et al. (2008), a zona de saturação situa-se abaixo da superfície 
freática, onde os vazios existentes no solo estão preenchidos com água. A superfície 
freática é onde a água se encontra submetida à pressão atmosférica. Já a zona de 
aeração ou não saturada é aquela entre a superfície freática e a superfície do solo, 
onde os poros estão parcialmente preenchidos por gases e por água, sendo 
subdivididas em três zonas: 
i) Zona Capilar: estende-se da superfície freática até o limite de ascensão 
capilar da água, sua espessura depende da distribuição de tamanho dos 
poros e da homogeneidade do terreno, sendo considerado praticamente 
saturado (cerca de 75%). 
ii) Zona Intermediária: situada entre o limite de ascensão capilar e o limite 
de alcance das raízes das plantas. 
iii) Zona de Água do Solo: denominada igualmente de zona de 
evapotranspiração é compreendida entre os extremos radiculares da 
vegetação e a superfície do terreno, sua espessura depende da 
cobertura vegetal do terreno. 
4.3. Sistemas Aquíferos e o Fluxo da Água Subterrânea 
Os sistemas aquíferos são compostos por formações geológicas que se 
constitui essencialmente por rochas porosas, fraturadas e/ou com falhas. Tais vazios 
são preenchidos por água, sendo assim parâmetros fundamentais no acúmulo e 
fornecimento de água (MANZIONE, 2015). 
A constituição geológica do aquífero determina a velocidade do fluxo da água 
subterrânea e a qualidade desta água, além da capacidade de armazenar água, sendo 
esta constituição decorrente da sua origem geológica; podendo ser fluvial, lacustre, 
eólica, glacial e aluvial, vulcânica e metamórfica, determinando diferentes tipos de 
aquíferos (ABAS, 2021). A classificação (ABAS, 2021; LIMA, 2017; BORGHETTI et 
al., 2004) é apresentada na Figura 4 e descrita por: 
i) Aquífero Poroso ou Sedimentar: formado por rochas sedimentares 
consolidadas, sedimentos inconsolidados ou solos arenosos, 
apresentando espaços vazios de pequenas dimensões por onde a água 
circula. São capazes de armazenar um grande volume de água, 
ocorrendo em extensas áreas e constitui os mais importantes grupos de 
aquíferos. 
18 
 
ii) Aquífero Fissural: formado por rochas ígneas, metamórficas ou 
cristalinas, duras e maciças, onde a circulação da água ocorre nas 
fraturas, fendas e falhas. Ou seja, a capacidade de acúmulo de água 
está ligada a quantidade de fraturas, suas aberturas e 
intercomunicações para a permissão de infiltração e fluxo de água. 
Poços perfurados nestas rochas fornecem baixas vazões e sua 
produtividade dependerá da interceptação de fraturas capazes de 
conduzir água. 
iii) Aquífero Cárstico: formado por rochas calcáreas ou carbonáticas, onde 
a circulação da água ocorre nas fraturas e outras descontinuidades 
resultantes da dissolução do carbonato de cálcio pela água. Podem ser 
aquíferos de grandes dimensões criando rios subterrâneos. 
Figura 4. Classificação do aquífero quanto à porosidade. 
 
Fonte: Borghetti et al., 2004.Além disso, os aquíferos são classificados de acordo com a pressão das águas 
na sua superfície e em função da capacidade de transmissão de águas, podendo ser 
confinados ou livres. Dentre estes aquíferos, Feitosa et. al. (2008) classifica: 
i) Aquíferos Confinados: também nomeados de aquíferos sob pressão, 
são aqueles em que a pressão do topo é maior que a pressão 
atmosférica. 
19 
 
ii) Aquíferos Confinados Não Drenantes: aqueles com camadas limítrofes, 
superior e inferior, são impermeáveis. Quando um poço é perfurado 
neste tipo de aquífero, o nível da água subterrânea fica acima da 
camada confinante superior. 
iii) Aquíferos Confinados Drenantes: aqueles que pelo menos uma das 
camadas limítrofes é semipermeável, permitindo a entrada ou saída de 
fluxo, seja pela base e/ou pelo topo. Apresentam uma resistência 
hidráulica relativamente alta à passagem deste fluxo de água, 
entretanto, podem ser perdidas ou ganhas quantidades consideráveis 
de água por tais aquíferos. 
iv) Aquíferos Livres: denominados igualmente de freáticos ou não 
confinados são aqueles com limite superior igualado à superfície de 
saturação ou freática, sendo todos os seus pontos de pressão igualada 
à atmosférica. São também aqueles que são recarregados quando há 
excesso de chuvas. 
Na Figura 5, observa-se o aquífero freático como sendo o “Aquífero A”, e os 
“Aquífero B” e “Aquífero C” como sendo o aquífero confinado. Além de verificar como 
comporta-se o nível da água dos aquíferos quando um poço é perfurado. 
Figura 5. Tipos de aquífero e seu comportamento frente à perfuração de poço. 
 
Fonte: Feitosa et al., 2008. 
 
20 
 
Os aquíferos apresentam uma reserva permanente de água e outra reversa 
ativa ou reguladora, correspondentes ao escoamento de base dos rios, que são 
abastecidas continuamente através de eventos chuvosos e de outras fontes 
subterrâneas (ABAS, 2021; BORGHETTI et al., 2004). Essas reservas são 
recarregadas e descarregadas de diferentes maneiras, sendo representadas e 
classificadas pelas zonas de recarga direta, zonas de recarga indireta e zonas de 
descarga. 
Rebouças et al. (2002) distinguem que as maiores taxas de recargas ocorrem 
em regiões planas, bem arborizadas e nos aquíferos livres; nas regiões de relevo 
acidentado, sem cobertura vegetal, sujeitas às práticas de uso e ocupação que 
favorece enxurradas, a recarga ocorre de maneira lenta e limitada. As zonas de 
recarga são classificadas por Borghetti et al. (2004) como: 
i) Zonas de recarga direta: onde a chuva infiltra diretamente no aquífero, 
por meio de áreas de afloramento e fissuras de rochas sobrejacentes. 
Ocorre nos aquíferos livres, em toda superfície acima do lençol freático. 
Nos aquíferos confinados o reabastecimento ocorre preferencialmente 
nos locais onde a água aflora à superfície. 
ii) Zona de recarga indireta: locais onde o reabastecimento do aquífero se 
dá a partir do fluxo subterrâneo indireto e da drenagem superficial das 
águas, ao longo do pacote confinante sobrejacente, onde a carga 
potenciométrica favorece os fluxos descendentes. 
iii) Zona de descarga: onde as águas emergem do sistema, alimentando 
rios e jorrando com pressão quando há perfuração de poço. 
 
4.4. Uso e Cobertura da Terra e as Possíveis Contaminações 
Ao conhecer as características de uso e cobertura da terra, é possível elaborar 
o mapa de vulnerabilidade à contaminação das águas subterrâneas. Isto ocorre, pois, 
as áreas de uso e ocupação se dá na área acima do aquífero, sendo assim possível 
de identificar os tipos de contaminação e se estas são originalmente antrópicas ou 
naturais (SANTOS, 2014). 
A vulnerabilidade à contaminação está diretamente ligada à intervenção 
humana, além das características naturais do aquífero. Santos (2014) afirma que o 
conceito mais próximo de contaminação das águas subterrâneas é acarretado pela 
21 
 
correlação e interação entre a vulnerabilidade natural do aquífero e a carga poluidora 
imposta ao solo ou em superfície localizada diretamente acima do aquífero alvo de 
estudo. 
Correlacionar o estudo de vulnerabilidade natural com as atividades exercidas 
na superfície é fundamental. Estas atividades devem ser estudadas pelo tipo, pela 
intensidade, pela geração de contaminantes e pelo tempo de disposição. Em muitos 
casos, a forma de uso e cobertura do solo, pode alterar a qualidade dos recursos 
hídricos e colocar em risco sua conservação para o uso das gerações presentes e 
futuras (HAQUE et al., 2018; PAZINI, 2016; HASSUDA, 1999). 
Os conceitos de poluição e contaminação têm definições diferentes, mas 
complementares entre si. Quando o parâmetro modificado não excede o valor máximo 
permitido, a poluição pode ser definida como uma modificação na qualidade da água. 
No entanto, a contaminação inclui substâncias prejudiciais à saúde humana e animal. 
Sendo assim, a contaminação é um derivado da poluição em que o uso da água se 
torna inviável (PAZINI, 2016; BRANCO et al., 1991). 
Pazini (2016) e Silva e Araújo (2003) explicam que há diversos fatores que 
podem vir a comprometer a qualidade da água subterrânea, seja por substância 
orgânica ou inorgânica, como a destinação final de efluentes por meio de sumidouros, 
a disposição inadequada de resíduos sólidos, contaminações através de postos de 
combustíveis, lavagem e modernização da agricultura. Observa-se tipos de 
contaminação na Figura 6. 
Figura 6. Potenciais fontes de contaminação das águas subterrâneas. 
 
Fonte: Foster et al., 2002. 
 
Por fim, ao abordar contaminação e poluição, lembra-se que o consumo 
humano de água provém também de águas subterrâneas, e que há uma necessidade 
de cautela para tal bem. No Mato Grosso do Sul, a Portaria GM/MS n° 888, de 04 de 
22 
 
maio de 2021 do Ministério da Saúde dispõe sobre os procedimentos de controle e de 
vigilância da qualidade da água para consumo humano e seu padrão de potabilidade, 
visando assim que as águas retiradas para consumo não ofereçam risco à saúde. 
 
4.5. Vulnerabilidade Natural das Águas Subterrâneas 
Apesar de as águas subterrâneas serem mais protegidas, não estão a salvo de 
contaminação e, quando contaminadas, é invariavelmente mais difícil e dispendiosa 
de ser diagnosticada, monitorada e remediada. O uso desta água tem importância 
para o abastecimento público e para produção econômica, e por isso, governos 
tendem a estabelecer programas de gestão de recursos hídricos. Para uma maior 
eficácia nestes programas, a vulnerabilidade de aquíferos auxilia os projetos de 
proteção e de monitoramento das áreas classificadas como vulneráveis, otimização 
do uso das reservas hídricas disponíveis, proteção das áreas de recarga e remediação 
de aquíferos contaminados (SILVA et al., 2021; MACHADO, 2011). 
No Brasil, Foster e Hirata (1988) introduziu o termo “vulnerabilidade de um 
aquífero” caracterizando-o como a sensibilidade de um aquífero em ser alterado por 
uma carga poluidora, considerando apenas as características intrínsecas do aquífero 
e variáveis externas. 
Calcagno (2001) destrinchou o conceito de vulnerabilidade de um aquífero 
como algo que diz respeito ao grau de proteção natural contra às potenciais 
contaminações, à litologia e hidrogeologia dos extratos que o separam da fonte de 
contaminação (geralmente superficial), e aos gradientes hidráulicos que interferem no 
transporte e no fluxo das substâncias tóxicas através dos sucessivos e do aquífero. 
Para a caracterização da vulnerabilidade natural das águas subterrâneas, 
existem alguns métodos dos quais apresentam parâmetros diferentes ao serem 
analisados, Feitosa et al. (2008) lista estes parâmetros entre as principais 
metodologias: 
i) Método GOD (Groundwater occurence; Overall of litology of aquiperm; 
Deph): avalia o tipo de aquífero, a litologia da zona não saturada e a 
profundidade da água. 
ii) Método AVI (Aquifer Vulnerability Index): analisa a espessura da zona 
vadosa e a condutividadehidráulica. 
23 
 
iii) Método DRASTIC (Deph; net Recharge; Aquifer media; Soil media; 
Topography; Impact of the unsaturate zone; hydraulic Condutivity): 
avalia a profundidade do lençol freático, a recarga, o material do 
aquífero, a topografia, a influência da zona vadosa e a condutividade 
hidráulica. 
iv) Método Sintacs (Soggicenza; Infiltrazione; Non saturo; Tipologia dela 
copertura; Acquifero; Conducibilità; Superficie topografica): semelhante 
ao DRASTIC, com pesos diferentes. 
No Brasil, os métodos GOD e DRASTIC são os mais utilizados (TUCCI e 
CABRAL, 2003). O presente estudo utiliza a avaliação dos índices de vulnerabilidade 
pela metodologia GOD, fundamentada e detalhada por Foster e Hirata (1988) 
seguindo os parâmetros: 
i) “Groundwater occurrence” (tipo de aquífero): expressa o tipo de 
ocorrência da água subterrânea, com os índices variando devido a 
presença de aquíferos confinados ou de aquíferos livres não cobertos. 
ii) “Overall of litology of aquiperm” (litologia): refere-se as características 
litológicas da zona não saturada, está ligado ao mapeamento geológico 
e de perfis litológicos de poços tubulares profundos. 
iii) “Deph” (profundidade da água subterrânea): representa a profundidade 
do nível estático, profundidade do lençol freático, sendo medido 
diretamente através dos poços escavados. 
Na Tabela 1 observa-se a relevância do assunto, tendo em vista que há 
trabalhos publicados que ressaltam o tipo de metodologia usada, os autores, o local 
de estudo, resultados e conclusões. Cabe aqui mencionar que a Carte Geotécnica de 
Campo Grande/MS, elaborada em 2020, utilizou da metodologia para observar a 
vulnerabilidade das águas subterrâneas da cidade. 
 
24 
 
Tabela 1. Estudos relacionados a vulnerabilidade natural das águas subterrâneas. 
Autor(es) Ano Local de Estudo 
Metodologia 
Aplicada 
Principais Resultados Conclusão 
Da Silva Peixoto; 
Cavalcante 
2019 Fortaleza, Ceará GOD 
Áreas próximas as costas 
apresentam alta vulnerabilidade 
sob zonas de baixa qualidade 
sanitária. 
Os dados apontaram áreas prioritárias para 
ações corretivas de uso e ocupação do 
solo, como expansão da rede de 
esgotamento. 
SCHMIDT 2020 
Região 
Metropolitana de 
São Paulo 
AVI 
Mapa de vulnerabilidade com 
apenas duas classificações, 
extremamente alto e alto. 
O método de AVI identificou áreas em que 
o contaminante atinge os níveis do lençol 
freático em um período menor do que 10 
anos, contudo o método é bastante 
genérico, pois utiliza apenas dois 
parâmetros para execução. 
Simbe; Uamusse; 
Uacane 
2020 
Xai-xai, 
Moçambique 
DRASTIC 
Área de vulnerabilidade 
moderada a muito alta. 
Os dados permitem dar suporte ao 
planejamento urbano, principalmente 
quanto a gestão das águas. 
Milek; Kish; 
Gomes 
2014 
Almirante 
Tamandaré, 
Paraná 
SINTACS 
Mapa de vulnerabilidade onde 
apenas 6,9% da área do 
município foi classificada como 
de risco alto ou moderadamente 
alto 
Os dados obtidos mostram que o risco de 
contaminação estimado foi baixo, 
principalmente pelo baixo índice de perigo 
(IP), devido à pequena ocupação urbana na 
área de estudo, o que evidencia a 
importância do planejamento dos futuros 
uso e ocupação do solo da área de estudo. 
 
25 
 
 
4.6. Sistema Nacional de Unidades de Conservação 
No ano 2000, o Brasil instituiu o Sistema Nacional de Unidades de Conservação 
da Natureza – SNUC (Brasil, 2000) como estratégia para proteger os recursos naturais 
de seu território. O sistema estipula que áreas com grande biodiversidade são 
definidas como unidades de proteção, que podem ser divididas em unidades de 
proteção geral e unidades de uso sustentável (LOPES, 2013). 
Existem dois tipos de Unidade de Conservação – UC, o primeiro tipo é uma 
Unidade de Proteção Integral que só permite o uso indireto de seus recursos naturais, 
como Estações Ecológicas, Parques Nacionais, Refúgios de Vida Silvestre, Reservas 
Biológicas e Reservas Naturais (VILELA & BOMFIM, 2014). 
A segunda categoria são as Unidades de Uso Sustentável, que possuem 
menos restrições ao seu uso e visam proteger a natureza por meio do uso sustentável 
dos recursos naturais, como. Área de Proteção Ambiental, Área de Relevante 
Interesse Ecológico, Floresta Nacional, Reserva Extrativista; Reserva de Fauna, 
Reserva de Desenvolvimento Sustentável, Reserva Particular do Patrimônio Natural 
(VILELA & BOMFIM, 2014). 
Vale destacar que a segunda categoria inclui a Área de Proteção Ambiental - 
APA, que, de acordo com a Lei nº 9.985, é considerada uma grande área ocupada por 
certo grau de ocupação humana, com grande importância abiótica, biológica, estética 
ou atributos culturais para melhorar a qualidade de vida e o bem-estar humano, tem 
como objetivo básico proteger a biodiversidade, regulamentar os procedimentos 
profissionais humanos e garantir a sustentabilidade do uso dos recursos naturais 
(Brasil, 2000). 
4.6.1. Unidades de Conservação no Estado de Mato Grosso do Sul 
Segundo dados do Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul - 
IMASUL, atualmente existem cerca de 91 UC’s estaduais no Mato Grosso Sul. O 
departamento responsável pelo gerenciamento destas UC’s, é a Gerencia de 
Unidades de Conservação – GUU, que tem como objetivo de estabelecer unidades 
de conservação e outras áreas protegidas. Essas unidades de proteção representam 
a maior parte do estado, conforme mostrado na Tabela 2. 
 
26 
 
Tabela 2. Áreas de Proteção Ambiental no MS. 
 Quantidade Área (ha) Relativa/grupo 
(%) 
Relativa/Estado 
(%) 
APA 
Federal 
1 713.370,43 14,07 2,0 
APAs 
Estaduais 
2 25.548,50 0,50 0,1 
APAs 
Municipais 
37 4.330.217,54 85,42 12,1 
Total 40 5.069.136,46 100 14,2 
Fonte: Adaptado do UNICECO/GUC-IMASUL, 2021. 
 
4.6.2. Unidades de Conservação em Campo Grande 
A capital do estado de Mato Grosso do Sul possui 13 Unidades de 
Conservação, sendo três APA’s, oito Parques, uma Reserva Particular de Patrimônio 
Natural e uma Estação Ecológica, das quais seis UC’s estão localizadas em seu 
território, das quais três são de nível estadual (IMASUL, 2015). 
Além dessas UC’s supracitadas, existem três unidades de nível municipal, a 
saber: a Área de Proteção Ambiental da nascente do córrego Guariroba, a APA da 
Bacia do Córrego Ceroula e a APA na nascente do córrego Lajedo. A área total dessas 
unidades ultrapassa 110 mil hectares (DOS SANTOS & KRAWIE, 2011 apud 
SARAVAIA, 2019), conforme Figura 7. 
27 
 
Figura 7. Zoneamento Ecológico-Econômico do município de Campo Grande – MS. 
 
Fonte: Campo Grande, 2017 
 
Sendo o objeto desse estudo a Área de Contribuição da Bacia do Córrego 
Ceroula, é importante destacar que a APA do Ceroula, que está inserida dentro da 
área de contribuição da bacia hidrográfica do córrego Ceroula é criada por meio do 
Decreto Municipal n° 8.264 do ano de 2001 (CAMPO GRANDE, 2021). 
 
4.7. Geoprocessamento 
Geoprocessamento pode ser compreendido como um conjunto de tecnologias 
matemáticas e computacionais que trabalham em bases de dados georreferenciadas 
(CÂMARA; MEDEIROS, 1998). Sua finalidade é fornecer ferramentas de 
processamento de informações geográficas, permitindo que os dados sejam 
processados em um único banco de dados cartográficos, gerando produtos como 
mapas, imagens e cadastros (YAMADA, 2007 apud LOPES; SIMÕES, 2019). 
Conforme (PENA, 2021), o Sistemas de Informações Geográficas (SIG) 
consiste na utilização de ferramentas, como satélites e radares, para a captação de 
informações e imagens acerca da superfície terrestre, ferramentas essas que 
28 
 
permitem realizar análises complexas, pois além de gerar documentos cartográficos, 
também podem integrar dados de diferentes fontes e criar bancos de dados 
georreferenciados. 
A principal característica do SIG é que, além de fornecer ferramentas para 
mesclar essas informações, ele também pode integrar dados de mapas, informações 
de censo, imagensde satélite e informações espaciais de modelos digitais de terreno 
em uma base de dados (CÂMARA, 1995, apud SANTOS, 2014). 
O que torna o SIG diferente de qualquer outro sistema de informação é sua 
capacidade de armazenar tanto atributos descritivos, como as características 
geométricas dos diversos dados geográficos (CÂMARA, 2005). 
A utilização de técnicas digitais tem revolucionado o estudo e o mapeamento 
da vulnerabilidade à poluição de aquíferos. Essas tecnologias melhoram os métodos 
de análise e reduzem o tempo para produzir mapas; a precisão das categorias de 
vulnerabilidade com base na compreensão do fluxo subterrâneo e do mecanismo de 
transporte de poluentes; e permitem a atualização rápida dos mapas existentes 
inserindo novos dados (SANTOS, 2014). 
Estudos como os de Santos (2014) e Yamada (2007), fazem uso de técnicas 
computacionais empregadas no conceito de geoprocessamento, na análise de 
vulnerabilidade de aquíferos, trazendo o potencial da ferramenta para estudos nessa 
área de conhecimento. Considerando que nesses levantamentos, métodos de 
avaliação de parâmetros são sempre usados onde dois ou mais mapas temáticos 
precisam ser combinados para produzir um mapa composto, então o uso dessas 
técnicas tem se mostrado muito útil (LOPES; SIMÕES, 2019). 
Segundo Yamada (2007), o estudo da vulnerabilidade natural é uma tarefa 
complexa que envolve várias áreas de estudo relacionadas a questões urbanas e 
rurais e a poluição de aquíferos. 
Em todas essas áreas, o SIG pode ser utilizado para promover o trabalho da 
comunidade científica e de órgãos e entidades ambientais, trazendo benefícios para 
à população (TEXEIRA et al., 1992, apud LOPES; SIMÕES, 2019). 
(Beraldo et al., 2017), objetivando estimar a vulnerabilidade natural dos 
aquífero poroso da região de Lagoa da Confusão, no Estado do Tocantins, empregou 
a metodologia GOD. Os diferentes parâmetros do modelo foram trabalhados através 
da técnica de álgebra de mapas em um ambiente SIG, resultando no mapa de 
vulnerabilidade da área de estudo. 
29 
 
Para analisar o fenômeno geograficamente, é necessário o uso de estimação 
estatística no mapa temático. A interpolação espacial no ambiente GIS permite que a 
superfície seja refinada com base em valores de amostra ou estimativa geoespacial 
para estimar o comportamento de um determinado fenômeno (LOPES; SIMÕES, 
2019). 
Uma das funções do SIG é processar diferentes dados espaciais e realizar 
operações de sobreposição de camadas de informação para gerar novos dados 
espaciais (BONHAM-CARTER, 1996, apud MIRANDA, 2013) tecnologia de álgebra 
de mapas é uma extensão da álgebra tradicional, em que as variáveis manipuladas 
são dados geográficos (BERRY, 1993, apud SANTOS, 2014). 
Os dados espaciais são calculados na forma de equações, onde são atribuídos 
pesos a cada informação ponderada, e por meio de operações específicas (como 
adição e multiplicação), novos mapas temáticos podem ser feitos (MIRANDA, 2013). 
Ao realizar essas operações matemáticas, definindo os pesos para cada uma 
das cartas cartográficas é possível modelar um resultado específico para cada 
situação, Figura 8. 
Figura 8. Representação da metodologia de álgebra de mapas. 
 
Fonte: NOBREGA et al., 2016 
 
30 
 
5. METODOLOGIA 
5.1. Caracterização da área de estudo 
O presente estudo abrange uma área que avança, no estado de Mato Grosso 
do Sul, pelos municípios de Campo Grande e Terenos, à sul; Rochedo, à norte; e 
Jaraguari à nordeste. O limite político-administrativo da Area de Proteção Ambiental 
da Bacia do Córrego Ceroula – APA do Ceroula corresponde a área de 56.580ha 
(565,80km²), sendo inserida apenas no município de Campo Grande/MS e 
representando 50,82% da área de contribuição que corresponde a 111.325,80ha 
(1.111,2580km²), como pode ser observado na Figura 9. 
 
Figura 9. Mapa de localização das áreas da Área de Contribuição e da APA do Ceroula. 
 
Fonte: Campo Grande, 2020 – adaptado pelos autores. 
 
O Plano de Manejo da APA do Ceroula (Campo Grande, 2020), identificou para 
a área de estudo a geologia, a geomorfologia, a litologia, a hidrografia e a 
hidrogeologia, de maneira que as classificou como: 
i) Geologia: composta por 84,75% de Formação Serra Geral, a qual aflora 
na porção central; seguida de 11,14% da Formação Botucatu, de 
afloramento na porção noroeste; por 2,58% do Grupo Caiuá na porção 
31 
 
do extremo leste; e por 1,53% de Depósitos Aluvionares Holocênicos no 
extremo noroeste da área. 
ii) Geomorfologia: composta por 69,41% de Planalto Dissecado da Borda 
Ocidental da Bacia do Paraná; seguido por 17,68% de Planaltos de 
Campo Grande; e por 12,91% de Planaltos Sul-mato-grossenses. 
iii) Litologia: composta por 68,78% de Latossolo Vermelho Distrófico na 
porção oeste; seguido por 16,08% de Neossolo Quartzarênico Órtico na 
porção leste; e por 15,14% de Neossolo Litólico Eutrófico na região das 
morrarias. 
iv) Hidrografia: os cursos d’água presentes na área são, por ordem 
decrescente de comprimento de drenagem, o Ceroula, Piraputanga, 
Angico, Retiro e o Imbirussu. 
v) Hidrogeologia: a caracterização hidrogeológica local é representada 
87,23% do Sistema Aquífero Serra Geral (SASG) e 12,77% do Sistema 
Aquífero Guarani (SAG). 
Além destas caracterizações, o Plano de Manejo da APA do Ceroula (Campo 
Grande, 2020) analisou o uso e manejo do solo, sendo representado na Tabela 3. 
 
Tabela 3. Porcentagem de áreas de uso e manejo do solo da área de contribuição da APA do 
Ceroula. 
Classe Área (%) 
Floresta Natural 24,810 
Floresta Plantada 0,043 
Formação Campestre 0,633 
Pastagem 57,920 
Cana-de-açúcar 0,003 
Soja 12,457 
Outras Lavouras Temporárias 3,208 
Infraestrutura Urbana 0,599 
Outras áreas não vegetadas 0,255 
Corpos d’água 0,072 
Fonte: Campo Grande, 2020 – adaptado pelos autores. 
 
5.2. Caracterização dos Aquíferos 
A caracterização dos aquíferos alvos do estudo, ou seja, o Formação Serra 
Geral e o Formação Caiuá Botucatu, foi estabelecida no Relatório de Avaliação 
Ambiental de Campo Gande/MS, em 2015. 
 
 
32 
 
5.2.1. Aquífero Formação Serra Geral 
O aquífero é do tipo fraturado, com capacidade de acumular água relacionado 
a quantidade de fraturas, suas aberturas e suas intercomunicações, resultando em 
uma necessidade de prévia exploração local, apesar das grandes áreas de 
afloramento. A Formação Serra Geral está localizada em rochas basálticas, com 
propriedades hidrológicas e comportamentos hidrogeológico marcados por mudanças 
intensas e abruptas (CAMPO GRANDE, 2015). 
5.2.2. Aquífero Formação Caiuá Botucatu 
Aquífero do tipo poroso, capaz de armazenar um grande volume de água e com 
ocorrência em grandes áreas é encontrado em rochas sedimentares. As águas 
preenchem os espaços entre os grãos das rochas criando um fluxo intimamente ligado 
ao tamanho das partículas e seu grau de retenção. A Formação Caiuá Botucatu ocupa 
uma grande área que vai do Sul ao Norte do Estado MS e abastece uma região 
bastante povoada. É um aquífero freático com recarga direta da precipitação pluvial e 
proporciona grandes vazões nas regiões de confinamento e semi-confinamento 
(CAMPO GRANDE, 2015). 
5.3. Estimativa das vulnerabilidades pelo método GOD 
Para a realização integral da metodologia GOD, ou seja, a concepção de um 
mapa temático de vulnerabilidade à poluição das águas subterrâneas da área de 
contribuição da APA do Ceroula foi elaborado um fluxograma do plano de trabalho, 
conforme ilustrado na Figura 10. 
33 
 
Figura 10. Fluxograma do processo metodológico. 
 
Fonte: Simbe et al., 2020 – adaptado pelos autores. 
 
5.3.1. Aquisição e Seleção de Dados 
A aquisição e seleção dos dados utilizados para os parâmetros da metodologia 
GOD será realizada da seguinte forma: 
i) Parâmetro referente a tipologia do aquífero (G): obtenção através do 
arquivo shapefile disponibilizado pela Agência Municipal de Meio 
Ambiente e Planejamento Urbano– PLANURB. 
ii) Parâmetro de litologia local (O): também disponível pela Agência 
Municipal de Meio Ambiente e Planejamento Urbano – PLANURB por 
meio de arquivo shapefile. 
iii) Parâmetro relacionado a profundidade do aquífero (D): utilização de 
dados contidos em perfis de poços de monitoramento e poços tubulares 
profundos correspondentes ao aquífero alvo de estudo, fornecidos pela 
empresa Hidrosul Ambiental Serviços Geológicos Ltda. 
Cabe aqui ressaltar que os poços fornecidos pela empresa Hidrosul Ambiental 
Serviços Geológicos Ltda foram perfurados e são monitorados por responsável 
técnico credenciado no CREA/MS. Além disso, para o parâmetro de profundidade do 
aquífero (D) utilizou-se pontos de nascentes dos córregos, fornecidos por arquivo 
34 
 
shapefile pela PLANURB, correspondentes ao nível d’água igual a zero, visto que são 
pontos de afloramento da água subterrânea. 
5.3.2. Tratamento e Distribuição de Dados 
Inicialmente para que seja possível cruzar os dados de todos os parâmetros da 
metodologia GOD, o parâmetro de profundidade do aquífero sofrerá o tratamento de 
maneira a realizar a espacialização dos poços com relação a área de estudo. O 
arquivo então será convertido em shapefile e então possuirá uma tabela, denominada 
pelo QGis 3.14 como tabela de atributos, e nesta tabela estará contida as informações 
de cota altimétrica, nível d’água e nível piezométrico. 
Para a distribuição dos valores referente a tabela de atributos dos pontos de 
amostragem na superfície do local de estudo utilizará técnicas de geoestatística, o 
método inferencial de Krigagem ordinária, que estabelece um procedimento de 
ajustamento com base no método dos mínimos quadrados ordinários e a precisão da 
estimativa se baseia na função de covariância entre as variáveis, que incorpora a 
localização geográfica no ponto UTM, o que permite observar a tendência de 
comportamento direcional do valor no espaço geodésico da amostra (BORGES, 
2020). 
Assim, através da Krigagem é possível realizar a delimitação da área de 
influência de cada atributo do ponto e por fim ponderar cada variável de maneira a 
gerar um novo arquivo tipo raster. Cabe mencionar que todas os arquivos gerados 
estarão em coordenadas planas UTM e Datum SIRGAS 2000, fuso 21. 
5.3.3. Ponderação dos Dados 
Para a ponderação dos dados da metodologia GOD, todos os pesos adotados 
foram seguidos do livro de Foster et al. (2002). Tais pesos também são encontrados 
em estudos como Peixoto e Cavalcante (2019), Kemerich et al. (2020) e Silva et al. 
(2021). 
Tipologia do Aquífero – G: Para a avaliação da tipologia do aquífero haverá 
a geração de um mapa com base nos pesos apresentados na Tabela 4. 
 
35 
 
Tabela 4. Pesos para ponderação da tipologia do aquífero. 
Tipologia do Aquífero (G) Peso 
Transbordante 0 
Confinado 0,2 
Semi-Confinado 0,4 
Não confinado (coberto) 0,6 
Não confinado 1,0 
Fonte: Foster et al., 2020 – adaptado pelos autores. 
 
Litologia da área de estudo (O): A litologia local será ponderada a partir dos 
pesos apresentados na Tabela 5. 
Tabela 5. Pesos para ponderação da litologia do local. 
Litologia do local (O) Peso 
Argila lacustrina / estuarina 0,4 
Solos residuais 0,4 
Silte, loess, till glacial 0,5 
Areia eólica 0,6 
Areia aluvial e fluvioglacial 0,7 
Cascalho de leques aluviais 0,8 
Não consolidado (sedimentos) 0,9 
Fonte: Foster et al., 2020 – adaptado pelos autores. 
 
Profundidade do aquífero (D): A profundidade será ponderada a partir dos 
pesos apresentados na Tabela 6. 
Tabela 6. Pesos para ponderação da profundidade do aquífero. 
Profundidade do Aquífero (D) Peso 
Maior que 50 m 0,6 
Entre 20 e 50 m 0,7 
Entre 20 e 5 m 0,8 
Menor que 5 m 0,9 
Todas as profundidades 1,0 
Fonte: Foster et al., 2020 – adaptado pelos autores. 
 
A ponderação dos dados de uso e ocupação do solo para elaboração do mapa 
de vulnerabilidade à poluição das águas subterrâneas adota os pesos do estudo de 
Simbe et al. (2020), modificados para a metodologia GOD e para os usos do presente 
trabalho, apresentados na Tabela 7. 
 
36 
 
Tabela 7. Pesos para ponderação do uso e ocupação da área de estudo. 
Uso e Ocupação Peso 
Floresta Natural 0,3 
Floresta Plantada 0,6 
Formação Campestre 0,3 
Pastagem 0,7 
Cana-de-açúcar 1,0 
Soja 1,0 
Outras Lavouras Temporárias 0,7 
Infraestrutura Urbana 0,8 
Outras áreas não vegetadas 0,7 
Corpos d’água 0,1 
Fonte: Simbe et al., 2020 – adaptado pelos autores. 
 
5.3.4. Avaliação dos Índices Finais 
A Equação (1) e a classificação dos resultados (Tabela 8) é apresentada por 
Foster et al, (2006), para a avaliação final dos índices da metodologia GOD. 
GOD = G x O x D Equação (1) 
 
Tabela 8. Resultados e classificações da metodologia GOD. 
Resultado GOD Classificação Definição 
0,0 – 0,1 Insignificante 
Leitos confinados sem fluxo vertical de 
água subterrânea significativo. 
0,1 – 0,3 Fraca 
Vulnerável a poluentes conservadores que 
são descarregados de forma contínua e 
em grande quantidade. 
0,3 – 0,5 Moderada 
Vulnerável a alguns poluentes que são 
descarregados de forma contínua e em 
grande quantidade. 
0,5 – 0,7 Forte 
Vulnerável a muitos tipos de poluentes 
(exceto aos fortemente absorvidos ou 
prontamente transformados) em muitos 
cenários de poluição. 
0,7 – 1,0 Extrema 
Vulnerável a maioria dos poluentes, com 
rápido impacto em muitos cenários de 
poluição. 
Fonte: Foster et al., 2006 – adaptado pelos autores. 
 
5.3.5. Elaboração dos Mapas de Vulnerabilidade 
Inicialmente, a ponderação dos mapas, com pesos apresentados no item “5.3.3 
Ponderação dos Dados”, serão classificados a partir da tabela de atributos, gerando 
um arquivo tipo raster. 
Os mapas de vulnerabilidade natural e à contaminação serão gerados a partir 
de cruzamento dos arquivos raster, por meio da ferramenta álgebra de mapas, 
37 
 
considerando a ponderação da metodologia GOD. A aplicação desta ferramenta só é 
possível quando todos os arquivos estiverem padronizados e no mesmo formato. 
Após o uso da ferramenta, o produto gerado será no formato raster, com a 
representação da vulnerabilidade. Para juntar a informação do local da área de 
estudo, o raster será convertido para o formato shape file, e por fim será feita a 
quantificação das áreas de cada classe de vulnerabilidade. 
5.3.6. Indicadores Comparativos 
Os indicadores são variáveis que caracterizam com capacidade de sintetizar, 
representar ou proferir um significado que se pretende avaliar ou estudar. Os 
indicadores expressam resultados de maneira a padronizá-los e então compará-los, 
no presente estudo, tais indicadores são expressos em índices. A forma de índice são 
indicadores multidimensionais que podem envolver diversas variáveis para a 
padronização (LOPES e SIMÕES, 2015). 
Os índices serão comparados entre si no trabalho e com os resultados de 
vulnerabilidade da água subterrânea do Zoneamento Ecológico e Econômico do Mato 
Grosso do Sul. 
 
38 
 
6. RESULTADOS ESPERADOS 
Espera-se que as zonas homogêneas sejam classificadas de acordo com a 
presença dos aquíferos mais próximos a superfície, ou seja, o Formação Serra Geral 
e o Formação Caiuá. Após as devidas ponderações e às análises da metodologia 
GOD, espera-se que os resultados sejam obtidos de maneira que represente 
verdadeiramente as vulnerabilidades natural e à contaminação das águas 
subterrâneas. 
Com as análises prontas, os resultados serão expressos em cartografias, 
elaboradas com o software QGis, de maneira a compactar os indicadores e assim 
comparar com os resultados obtidos no estudo do Zoneamento Ecológico-Econômico 
de Mato Grosso do Sul (ZEE-MS). Por fim, espera-se que seja possível discorrer sobre 
os estudos, visando mostrar as diferenças e semelhanças de pesquisas feitas em 
áreas micro e em áreas macro. 
 
39 
 
7. CRONOGRAMA 
O cronograma a ser seguido no presente trabalho está descrito no Quadro 1. 
Quadro 1. Cronograma de atividadesrelacionadas ao presente trabalho. 
Atividades 
Meses 
Jan. Fev. Mar. Abr. Mai. Jun. Jul. Ago. Set. Out. 
Escolha do Tema X 
Revisão da Literatura X X X X X X X X X X 
Coleta de dados primários X X X X X X 
Coleta de dados 
secundários 
X X X X X X X X 
Espacialização dos dados X 
Quantificação de parâmetros X 
Aplicação do método X 
Elaboração de Mapas de 
Vulnerabilidade 
 X X 
Análise da Vulnerabilidade X X 
Comparação entre estudos 
Resultados e Discussões X X X X 
Conclusões X X X 
Defesa X 
Elaboração do Trabalho X X X X X X X 
Apresentação do Trabalho X 
 
40 
 
REFERÊNCIAS 
 
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE ÁGUAS SUBTERRÂNEAS – ABAS. Disponibilizado 
em < https://www.abas.org/aguas-subterraneas-o-que-sao/> . Acesso em: 02 abr. de 
2021. 
 
 
ANA. Atlas Brasil. Abastecimento Urbano de Água. Panorama Nacional. Agência 
Nacional de Águas e Saneamento Básico. Vol. 1, Brasília, DF. 2010. Disponível em: 
<http://atlas.ana.gov.br/Atlas/downloads/atlas/Resumo%20Executivo/Atlas%20Brasil
%20-%20Volume%201%20-%20Panorama%20Nacional.pdf>. Acesso em abril de 
2021. 
 
 
BARROS, J. G. C. As águas subterrâneas ou as águas que brotam da Terra. 2008. 
Disponível em: <http://www.agsolve.com.br/noticias/as-aguas-subterraneas-ou-as-
aguas-que-brotam-das-pedras>. Acesso em: 03 abr. de 2021. 
 
 
BRASIL. Lei 9.985, de 18 de julho de 2000. Sistema Nacional das Unidades de 
Conservação da Natureza. Brasília, 2000. Disponível em: < 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9985.htm>. Acesso em 30 abr. 2021. 
 
 
Beraldo, K., Oliveira, M., Morais, F. De, & Oliveira, L. M. Utilização do Método GOD 
para Mapeamento da Vulnerabilidade à Contaminação das Águas Subterrâneas 
do Município de Lagoa da Confusão, Tocantins, Brasil. VIII Congresso Brasileiro 
de Gestão Ambiental Campo, 1–6, 2017. 
 
 
BORGUETTI, N. R. B.; BORGUETTI, J. R.; FILHO, E. F. R. O aquífero Guarani. 2004, 
Curitiba, p.214, 2004. 
 
 
CALCAGNO A. Identificação de área para a execução de programas e ações 
piloto e definição de termos de referência. Atividade 09 do Projeto Aquífero 
Guarani, Brasil: ANA, 2001. 
 
 
CÂMARA, G. Representação computacional de dados geográficos. In: 
CASANOVA, M. A. et al. Banco de dados geográficos. Curitiba: Mundogeo, 2005, p. 
11-52. 
 
 
CÂMARA, G.; MEDEIROS, J. S. Geoprocessamento para projetos ambientais. In: 
Simpósio Brasileiro de Sensoriamento Remoto. Salvador, BA. INPE. P. 138. 1998. 
 
 
41 
 
CAMPO GRANDE. PLANO DE MANEJO DA ÁREA DE PROTEÇÃO AMBIENTAL 
DA BACIA DO CÓRREGO CEROULA – APA CEROULA. Produto V, Versão Final 
do Plano de Manejo da APA do Ceroula, PLANURB, Campo Grande, 2020. 
 
 
CAMPO GRANDE. REVISÃO E ATUALIZAÇÃO DA CARTA GEOTÉCNICA DE 
CAMPO GRANDE. PRODUTO II Interpretação dos dados e geração dos produtos 
cartográficos. PLANURB, Campo Grande, junho, 2020. 
 
 
CAMPO GRANDE. REVISÃO E ATUALIZAÇÃO DA CARTA GEOTÉCNICA DE 
CAMPO GRANDE. PRODUTO III Carta Geotécnica. PLANURB, Campo Grande, 
junho, 2020. 
 
 
CAMPO GRANDE, Instituto Municipal de Planejamento Urbano. ZEE – CG 
Zoneamento Ecológico Econômico de Campo Grande. Campo Grande, 2017. 
 
 
CAMPO GRRANDE. RELATÓRIO DE AVALIAÇÃO AMBIENTAL, VERSÃO 
PRELIMINAR. Programa de Desenvolvimento Integrado do Município de Campo 
Grande/MS Viva Campo Grande 2ª Etapa. Campo Grande, 2015 
 
 
CAMPO GRANDE. ZONEAMENTO ECOLÓGICO-ECONÔMICO DO ESTADO DE 
MATO GROSSO DO SUL. Segunda Aproximação, Elementos Para Construção da 
Sustentabilidade do Território Sul-Mato-Grossense. Campo Grande, 2015. 
 
 
CAVAZZANA, Guilherme Henrique; LASTORIA, Giancarlo; DALMAS, Fabrício Bau; 
GABAS, Sandra Garcia; FILHO, Antonio Conceição Paranhos. Maps Algebra 
Application to Obtain Natural and Environmental Vulnerability of Flooding 
Areas. Anuário do Instituto de Geociências – UFRJ, [s. l.], ano 2018, v. 41, n. 1, p. 
255-264, 2018. DOI https://doi.org/10.11137/2018_1_255_264. Disponível em: 
https://revistas.ufrj.br/index.php/aigeo/article/view/27741. Acesso em: 04 abr. de 
2021. 
 
 
CETESB. Águas Subterrâneas: Proteção da Qualidade. Companhia Ambiental do 
Estado de São Paulo, Brasil, 2021. Disponível em: <https://cetesb.sp.gov.br/aguas-
subterraneas/informacoes-basicas/protecao-da-qualidade/>. Acesso em: 04 maio. de 
2021. 
 
 
DERISIO, J.C. Introdução ao controle de poluição ambiental. 4 Edição atualizada. 
São Paulo: Oficina de Textos, 2013. 
 
 
FEITOSA, F. A. C.; MANOEL FILHO, J. (Coord.). Hidrogeologia: conceitos e 
aplicações. 3. ed. Rio de Janeito: CPRM, LABHID-UFPE, 2008. 812 p. 
42 
 
 
 
Figueirêdo, M. C. B. De, Vieira, V. D. P. P. B., Mota, S., Rosa, M. D. F., & Miranda, S. 
Análise da Vulnerabilidade Ambiental. Documentos Embrapa, 127, 1–46 2010. 
 
 
FOSTER, S.S.D. et al. Groundwater: quality protection. The World Bank. 
Washington, 2002. 
 
 
FOSTER, S.S.D., HIRATA, R.C.A. Groundwater pollution risk assessment: a 
methodology using available data. Lima: World Health Organization, Pan American 
Health Organization, Center for Sanitary Engineering and Environmental Sciences, 
1988. Technical Report. 
 
 
FRANCO, A. O; ARCOS, F. O.; PEREIRA, J. S. Uso do solo e a qualidade da água 
subterrânea: estudo de caso do aquífero Rio Branco, Acre, Brasil. Águas 
Subterrâneas v. 32, n. 3 (2018) - Seção Estudos de Caso e Notas Técnicas, 2018. 
 
 
Freire, C. C., Omena, F. P. S. Princípios de hidrologia ambiental, UFSC & UFAL, 
2005. 
 
 
GARCIA N. É A., MORENO D. A. A. C., FERNANDES A. L. V. A Importância da 
Preservação e Conservação das Águas Superficiais e Subterrâneas: Um 
Panorama Sobre a Escassez da Água no Brasil. Fórum Ambiental da Alta Paulista, 
Vol 11, n° 06, 2015. 
 
 
Haque, E., Reza, S., & Ahmed, R. Assessing the vulnerability of groundwater due 
to open pit coal mining using DRASTIC model: a case study of Phulbari Coal 
Mine, Bangladesh. Geosciences Journal, 22(2), 359–371. 2018. 
 
 
HASSUDA, S. Ciências da Terra em Meio Ambiente: Água Subterrânea um 
recurso a proteger. São Leopoldo: Água, 1999, p. 179-196. 
 
 
HORTON, R. E. The role of infiltration in the hydrological cycle. Transactions, 
American Geophysical Union, v. 14, p. 446-460. 1933. Disponível em: 
<http://www.researchgate.net/publication/200472451_The_role_of_infiltration_in_the
_hydrologic_cycle>. Acesso em: 03 abr. de 2021. 
 
 
LEITE, C. E. S. MOBUS, G. Vulnerabilidade natural à contaminação dos aquíferos 
da região de rochas sedimentares da bacia do rio Mundaú - Ceará. In: X 
Congresso Brasileiro de águas subterrâneas São Paulo – SP. 1998. 
 
43 
 
 
LOPES, E. R. N. Aspectos ambientais e históricos do sistema nacional de 
unidades de conservação: 12 anos de implantação. Nature and Conservation, 
Aquidabã,v. 6, n. 2, p. 6-17, 2013. Disponível em: 
<http://sustenere.co/journals/index.php/nature/article/view/506>. Acesso em 30 abr. 
2021. 
 
 
LOPES, L. A., SIMÕES, O. J. F., Análise da Vulnerabilidade Natural das Águas 
Subterrâneas no Perímetro Urbano de Campo Grande – MS. 2015. 33 f. Trabalho 
de Conclusão de Curso em Engenharia Sanitária e Ambiental - Universidade Católica 
Dom Bosco & Centro de Ciências Exatas e Tecnologias. Mato Grosso do Sul, 2015. 
 
 
MACHADO, D. A., Caracterização hidrogeológica e vulnerabilidade natural das 
águas subterrâneas no entorno do centro nacional de pesquisa milho e sorgo - 
Sete Lagoas/MG. Dissertação de mestrado – Programa de Pós Graduação em 
Saneamento, Meio Ambiente e Recursos Hídricos da Universidade Federal de Minas 
Gerais, Belo Horizonte, 2011. 
 
 
MANZIONE R. L. Águas Subterrâneas Conceitos e Aplicações sob uma Visão 
Multidisciplinar. Editora Paco P Editorial. 2015. 
 
 
MATO GROSSO DO SUL. Instituto de Meio Ambiente do Estado de Mato Grosso do 
Sul. Gestão das Unidades de Conservação, 2015. Disponível em < 
https://www.imasul.ms.gov.br/gestao-de-unidades-de-conservacao/>. Acesso em 26 
abr. 2021. 
 
 
MIGLIORINI, R. B.;DUARTE, U.; BARROS NETA, M. A. P. (org). Educação 
Ambiental para a preservação do Aquífero Guarani na Região do Planalto dos 
Guimarães. Disponível em: <http://abas.org>. Acesso em: 02 abr. 2021. 
 
 
MILEK. C. B., KISHI. R. T., GOMES J. Avaliação do Risco de Contaminação da 
Água Subterrânea do Aquífero Cárstico no Município de Almirante 
Tamandaré/PR com o Uso de Mapa de Índices de Risco. RBRH – Revista Brasileira 
de Recursos Hídricos Volume 19 n.2 –Abr/Jun 2014, 89‐100. 
 
 
MILLON, M. M. B. Águas subterrâneas e política de recursos hídricos – estudo 
de caso: Campeche, Florianópolis, SC. 2004. 101 f. Dissertação (Mestrado em 
Engenharia de Produção) – Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 
2004. 
 
 
MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE – MMA. Águas subterrâneas: um recurso a ser 
conhecido a ser protegido. Brasília: Ministério do Meio Ambiente, 2007. 40 p. 
44 
 
 
 
Miranda, C. S. Avaliação da vulnerabilidade de Aquíferos Livres: Subsídio para a 
gestão dos recursos hídricos subterrâneos. Campo Grande, 2013. Dissertação 
(Mestrado) – Universidade Federal de Mato Grosso do Sul. 
 
 
MUCHIMBANE, A. B. D. A. Estudo dos Indicadores de Contaminação das Águas 
Subterrâneas por Sistemas de Saneamento “in Situ” - Distrito Urbano 4, Cidade 
de Maputo, Moçambique. 2010. 131f Dissertação (Mestrado em Recursos minerais 
e hidrogeologia) - Instituto de Geociências, Universidade de São Paulo, São Paulo, 
2010. 
 
 
PAES. E. S. Avaliação da Vulnerabilidade Natural à Contaminação das Águas 
Subterrâneas no Município de Caetité-BA. Trabalho de Conclusão de Curso em 
Engenharia Sanitária e Ambiental - Universidade Federal do Recôncavo da Bahia. 
Bahia, 2017 
 
 
PAZINI. K. C. Estimativa da Vulnerabilidade Natural e Perigo de Contaminação 
do Aquífero Rio Claro. Universidade Estadual Paulista, Instituto de Geociências e 
Ciências Exatas Câmpus de Rio Claro. São Paulo. 2016. 
 
 
PENA, Rodolfo F. Alves. "SIG"; Brasil Escola. Disponível em: 
https://brasilescola.uol.com.br/geografia/sig.htm. Acesso em 20 de maio de 2021. 
 
 
Da Silva Peixoto, F., & Cavalcante, I. N. Vulnerabilidade Aquífera e Risco de 
Contaminação da Água Subterrânea em Meio Urbano. Geologia USP - Serie 
Cientifica, 19(2), 29–40. São Paulo, 2019. 
 
 
Pinto-Coelho R. M., Havens K. Crise nas águas. Recoleo Coleta e Reciclagem de 
Óleos Editora, Belo Horizonte. 1ª Edição. 2015. 
 
 
REBOUÇAS, Aldo da Cunha. Importância da água subterrânea. Hidrogeologia 
Conceitos e Aplicações. In: FEITOSA, Fernando A. C.; FILHO, João Manoel; 
FEITOSA Edilton Carneiro; DEMETRIO, J. Geilson. 3. ed. Fortaleza: CPRM, LABHID-
UFPE, 2008. cap. 1.2 
 
 
REBOUÇAS, A. C.“Águas subterrâneas”, cap. 4. p. 119-151, in REBOUÇAS,A. C., 
BRAGA, B. & TUNDISI, J.G. - Águas doces no Brasil: capital ecológico, uso e 
conservação, 703 p. 2ª edição revisada e ampliada, São Paulo, 2002. 
 
 
45 
 
SANTOS, Marcio. Fluxos de água subterrânea. Disponibilizado em 
<professormarciosantos3.blogspot.com>. Acesso em: 12 de mar. de 2021. 
 
SANTOS, R. G. Geoprocessamento Aplicado ao Mapeamento do Índice de 
Vulnerabilidade Drastic, no Sistema Aquífero Guarani em Ribeirão Bonito - SP. 
Rio Claro, 2014. 109p. Dissertação de mestrado – Instituto de Geociências e Ciências 
Exatas. Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho – SP. 
 
 
SARAVIA, R. A. Subsídios para a Elaboração do Zoneamento Ambiental da Área 
de Proteção Ambiental da Bacia do Córrego Ceroula. Trabalho de Conclusão de 
Curso em Engenharia Sanitária e Ambiental - Universidade Católica Dom Bosco. Mato 
Grosso do Sul, 2019. 
 
 
SCHMIDT B. Z. Comparação Entre as Metodologias GOD, DRASTIC, AVI e AVI 
Reclassificado na Estimativa da Vulnerabilidade das Águas Subterrâneas na 
Bacia Hidrográfica Urbana do Ribeirão dos Couros – Diadema/SP, Brasil. 
Trabalho de Conclusão de Curso em Ciências Ambientais - Universidade Federal de 
São Paulo. São Paulo, 2020. 
 
 
SILVA, A. B. da. et. al., Parâmetros físico-químicos da água utilizada para 
consumo em poços artesianos na cidade de Remígio-PB. Águas Subterrâneas 
(2017) 31(2):109-118. 
 
 
SIMBE M. P. T., UAMUSSE E. E., UACANE M. S. Avaliação do Risco de 
Contaminação da Água Subterrânea, no Município de Xai-Xai, Aplicando o 
Método DRASTIC Modificado (Moçambique). Revista EDUCAmazônia - Educação 
Sociedade e Meio Ambiente, Humait, Amazonas, Brasil -
LAPESAM/GISREA/UFAM/CNPq/EDUA. Ano 12, Vol XXIII, Número 2, Jul-Dez, 2019, 
p. 331-348. 
 
 
TEIXEIRA, A. L. J.; MORETTI, E.; CHRISTOFOLETTI, A. Introdução aos sistemas 
de informação geográfica. Ed. Do autor, Rio Claro. 1992. 
 
 
TUCCI, C. E. M; CABRAL, J. J. S. P. Qualidade da água subterrânea. Porto Alegre: 
Universidade Federal do Rio Grande do Sul, 2003. 
 
 
YAMADA, T. Ferramentas de Geoprocessamento para Análise da 
Vulnerabilidade Natural das Águas Sub-superficiais à Poluição, Área Urbana e 
seu Entorno, Município de São Carlos – SP. São Carlos, 2007. 81 p. Dissertação 
de mestrado – Programa de Pós-Graduação em Engenharia Urbana. Universidade 
Federal de São Carlos – SP. 
 
 
46 
 
Zoby, J. L. G., & Oliveira, F. R.. Panorama da qualidade das águas subterrâneas 
no Brasil. Brasilia: ANA - Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico, 74, 2005.

Continue navegando