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Lei_Insalubridade_Prefeitura de Catas Altas

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13/07/2021 Prefeitura de Catas Altas
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ESTADO DE MINAS GERAIS 
PREFEITURA DE CATAS ALTAS 
PROCURADORIA JURÍDICA 
LEI Nº 707/2021
 
LEI Nº 707/2021
 
Dispõe sobre a concessão de adicional de
penosidade, insalubridade e periculosidade aos
servidores detentores de cargo de provimento
efetivo, no âmbito do Poder Executivo
Municipal e dá outras providências.
 
Considerando a necessidade de regulamentar a forma de
concessão e os procedimentos aplicados a estes adicionais no
âmbito da Administração Municipal;
 
Considerando a necessidade de regulamentar o artigo 158, da
Lei Complementar Municipal n.º 512/2016, que assim
determina: “Art. 158 A concessão dos adicionais de
insalubridade, periculosidade e penosidade será objeto de lei,
que fixará as condições de exercício, percentual e critérios de
pagamento e controle”.
 
O Prefeito Municipal de Catas Altas, no uso de suas atribuições
e de acordo com o disposto no art.158 da Lei Complementar
512/2016 – Estatuto dos Servidores Públicos Municipais,
sanciona a seguinte Lei:
 
CAPÍTULO I
CONDIÇÕES GERAIS
 
Art. 1º - A concessão de adicionais de penosidade,
insalubridade e periculosidade de que trata o art. 158 da Lei
Complementar Municipal n°. 512/2016, segue o disposto nesta
Lei.
 
Art. 2º - Farão jus ao adicional de insalubridade e
periculosidade os servidores detentores de cargo de provimento
efetivo que, habitualmente, exercerem suas atividades em
condições insalubres, acima dos limites de tolerância
estabelecidos pelo Ministério do Trabalho e Emprego, em
atividades ou operações perigosas ou atividades penosas.
 
§1° - São consideradas atividades penosas aquelas que, por sua
natureza, condições ou métodos de trabalho, causam fadiga
física ou mental considerada anormal.
 
§2° - São consideradas atividades insalubres aquelas que, por
sua natureza, condições ou métodos de trabalho, exponham os
servidores a agentes nocivos à saúde acima dos limites de
tolerância, fixados em razão da natureza e intensidade do
agente e do tempo de exposição aos seus efeitos.
 
§3º - São consideradas atividades perigosas aquelas que, por
sua natureza ou métodos de trabalho, impliquem risco
acentuado em virtude de exposição permanente do servidor a:
I – inflamáveis, explosivos ou energia elétrica;
II – roubos e outras espécies de violência física nas atividades
profissionais de segurança pessoal ou patrimonial.
 
§4° - Habitualidade, para os fins desta Lei, é a relação
constante do servidor, inerente às atribuições do seu cargo, com
os fatores que ensejem a percepção de adicional.
 
Art. 3º - Os adicionais de insalubridade, periculosidade e
penosidade não são acumuláveis, devendo o servidor optar por
um deles, quando for o caso.
 
13/07/2021 Prefeitura de Catas Altas
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Art. 4° - O direito ao adicional cessa com a eliminação das
condições ou dos riscos que deram causa a sua concessão, não
incorporando à remuneração e/ou proventos de aposentadoria
do servidor.
 
Art. 5° - O exercício do trabalho em condição insalubridade
assegurará a percepção de adicional, com base de cálculo
definida pelo menor vencimento pago na municipalidade,
constante do quadro de cargos e vencimentos dos servidores
efetivos, nos seguintes graus:
a) 10% - grau mínimo;
b) 20% - grau médio;
c) 40% - grau máximo;
 
Art. 6º - Os adicionais de periculosidade e penosidade são,
respectivamente, de trinta e vinte por cento, e são calculados
sobre o vencimento do cargo.
 
Art. 7º - A caraterização e a classificação da insalubridade e
periculosidade será feita mediante laudo técnico elaborado por
médico do trabalho ou engenheiro, devidamente registrados no
Ministério do Trabalho e Emprego, do quadro efetivo
municipal ou contratado para esta finalidade, na forma da Lei
n.º8666/93 pela Secretaria de Administração e Fazenda.
 
§1º – Após recebido o laudo técnico elaborado para fins de
caracterização dos adicionais desta lei, o Prefeito Municipal
deverá, por decreto, ordenar a sua aplicação.
 
§ 2º - Anualmente a Administração Municipal poderá revisar o
laudo técnico de caraterização e classificação da insalubridade
e periculosidade, caso haja modificação de alguma função e
sua execução, em razão do espaço e ambiente onde é
executada.
 
CAPÍTULO II
DO PROCEDIMENTO DE CONCESSÃO
 
Art. 8º - O pagamento do adicional de insalubridade,
periculosidade ou penosidade será concedida ao servidor,
mediante requerimento descrito no Anexo I desta Lei e
encaminhado ao Departamento de Recursos Humanos.
 
§ 1º - Protocolizado o requerimento, o Departamento de
Recursos Humanos analisará as atividades efetivamente
exercidas pelo servidor e verificará, conforme último laudo
técnico - Programa de Prevenção de Riscos Ambientais, a
caracterização e classificação da atividades em condições
insalubres e atividades ou operações perigosas.
 
§ 2º - Até o prazo máximo de 10 (dez) dias o Departamento de
Recursos Humanos emitirá parecer técnico, permitida
prorrogação.
 
§ 3º - Após o parecer técnico, o expediente será encaminhado
ao Secretário Municipal de Administração para decisão, que
deverá deferir ou indeferir o requerimento ou, ainda, requerer
outros estudos e complementos para arrimo de suas convicções
ou quando o enquadramento suscitar duvidas para autorização
de pagamento.
 
§ 4º - Deferido o adicional de insalubridade e/ou periculosidade
será o mesmo encaminhado à Procuradoria Jurídica Municipal
para ser confeccionado a respectiva Portaria, com apontamento
de que o adicional deverá ser pago na folha de pagamento do
mês subsequente ao da sua aprovação.
 
§5º - Sendo indeferido, o requerente poderá apresentar recursos
administrativo no prazo de 05 dias ao Prefeito Municipal.
 
Art. 9º - Em caso de caracterização e a classificação da
insalubridade e periculosidade, o servidor deverá optar pelo
adicional de um deles, mediante indicação no requerimento
protocolizado no Departamento de Recursos Humanos;
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Art. 10º - As condições ambientais serão verificadas
anualmente, por meio de laudo pericial emitido por profissional
técnico habilitado e capacitado para tal mister, ou quando se
fizer necessário, mediante realização de novo laudo pericial
complementar.
 
Art. 11 - As despesas decorrentes desta Lei serão suportadas
por dotações orçamentárias próprias.
 
Art. 12 – Aos casos omissos nesta lei deverá ser utilizada a Lei
Complementar n.º 512/2016 e, na falta de regulamentação
nesta lei, o Prefeito decidirá quanto à omissão, por meio de
Decreto.
 
Art. 13 – Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
 
Art. 14 – Revogam-se, expressamente, as Lei n.º 267/2009-B,
de 09.09.2009 e Lei n.º 379/2012, de 16/07/2012.
 
Catas Altas, 06 de maio de 2021.
 
SAULO MORAIS DE CASTRO
Prefeito Municipal 
 
Publicado por: 
Ludimili Aparecida Guerra 
Código Identificador:EBC34732
Matéria publicada no Diário Oficial dos Municípios Mineiros
no dia 07/05/2021. Edição 3003 
A verificação de autenticidade da matéria pode ser feita
informando o código identificador no site: 
http://www.diariomunicipal.com.br/amm-mg/

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