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2ª unidade PROCESSO CIVIL

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2ª UNIDADE
2.1. Sucessão
2.1.1.     Introdução
A sucessão processual é a troca de parte do processo, na sucessão processual uma parte sai do processo entrando em seu lugar outra parte.
Não confunda sucessão processual com substituição processual, na substituição processual não há troca de partes, aqui acontece que a substituição processual é um fenômeno processual no qual alguém atua no processo em nome próprio, defendendo interesse alheio (esse alguém é o chamado legitimado extraordinário), exemplo o MP ajuíza ação de alimentos para uma criança ou adolescente. O MP nessa ação é o substituto processual da criança onde ele entra em nome dele defendendo o interesse da criança, sendo o MP legitimado extraordinário.
Não confunda também sucessão processual com representação processual, na representação processual também não há troca de partes, aqui acontece que na representação processual alguém atua em nome alheio defendendo interesse alheio com objetivo de suprir falta de capacidade processual, exemplo, de um incapaz genericamente falando não pode ajuizar uma ação sozinha, de representação processual, mas precisa esta representada pela mão, avo e, a Defensoria Pública que assume curador especial. O representante não é parte (mão, pai, avo e avô), mas o representado é.
Em que caso que ocorre a troca do processo, saída de uma parte do processo e entrada em outra?
Há duas hipóteses de sucessão processual:
  Legal e Voluntária.
2.1.2.     Legal
A sucessão processual legal é aquela que decorre do falecimento, falecendo uma parte o processo terá de ser suspenso para que haja a habilitação do espolio, dos herdeiros ou sucessores da parte falecida.
Havendo a habilitação do espolio, dos herdeiros ou sucessores da parte falecida, tem-se a sucessão processual, parte falecida é retirada do processo, onde passa a vincular em seu lugar espolio, dos herdeiros ou sucessores da parte falecida.
Embora o CPC não fale expressamente, também haverá sucessão processual legal em caso de extinção de pessoa jurídica, sendo extinta uma pessoa jurídica suspende o processo para que haja a habilitação da sua sucessória (pessoa jurídica incorporadora ou da pessoa jurídica sucessora mesmo), exemplo, a OI acabou ou foi incorporada pela TIM a OI era parte em vários processos so que a OI foi incorporada pela TIM, aqui haverá sucessão processual, saindo a oi e entrar a TIM que há incorporou.
O fenômeno da sucessão processual legal só ocorrera se o direito for transmissível, sendo intransmissível haverá extinção do processo, não a suspensão, exemplo pessoa ajuíza contra o estado pleiteando medicamento, e ela morre, assim o seu processo será extinto porque a pessoa que faleceu que iria utilizar desse medicamento, sendo intransmissível; agora na ação de cobrança, esse dinheiro é transmissível para os herdeiros fazendo parte do quinhão dos herdeiros.
A sucessão processual legal independe do consentimento da parte contraria, ou seja, ela não depende de anuência da parte contraria.
2.1.3.     Voluntária
 
A outra espécie é a sucessão processual voluntária, em regra, uma vez iniciado o processo, o seu elemento subjetivo que é composto pelas partes deve permanecer inalterado, a exceção é a mudança de parte no curso do processo que é o que acontece na sucessão processual legal, e na sucessão processual voluntaria.
Aqui ocorre que todo processo envolve algum bem, algum direito, o bem envolvido no processo ou direito é denominado de bem ou direito litigioso. Esse bem ou direito litigioso pode ser vendido, alienado no curso do processo, em principio essa alienação essa venda ou direito litigioso é legal e é possível juridicamente, ate porque se não fosse possível o mercado ficaria engessado e em verdade vem existindo uma movimentação muito grande de precatórios (Estado paga o que deve a um particular) e esses investidores estão abrindo olhos par ações que estão ali para ser judicializado. Quando um bem ou direito é alienado ou vendido, surgi algumas conseqüências para o processo:
    1ª Consequência a alienação de bem ou direito litigioso é valida e eficaz em relação ao alienante e adquirente, mas é ineficaz em ralação ao adversário do alienante. Isso significa dizer que o adversário do alienante for vitorioso na ação ele poderá buscar o bem alienando nas mãos de quem quer que o bem esteja. Claro que a boa-fé do terceiro adquirente deverá ser preservada, se o terceiro adversário não sabe  Enem tinha como saber o que o bem era litigioso, permanecerá ele com um bem e a questão será resolvida em alienante e adversário do alienante em perdas e danos. Ex cessão de credito, ou quando vende o bem pois ao buscar o bem a situação fica mas difícil.
Obs.: Se o terceiro sabia e tinha condições de saber que o bem era litigioso, poderá ele perder o bem, sendo indenizado pelas perdas e danos que sofreu, indenizado pelo alienante esse terceiro adversário, mas aqui no caso que os bens imóveis que são registrado em cartório, e havendo alteração na matricula, e havendo pendência da ação o terceiro não tem como se esquivar e dizer que não sabia, mas se no bem imóvel não tem na sua matricula se tem pendência na ação, não tendo como saber se o bem era litigioso; mas tem bens que não tem registro publico (coleção de jóias), aqui vai no processo ver se tem certidão de todos os processo pendentes, ou copia de processo para ver se tem ou não litigioso (tema de processo IV).
Quando há alienação de bem o direito litigioso o cedente (alienante – aquele que vende o bem) deixa de ser legitimado ordinário e passa a ser legitimado extraordinário. Até então, o alienante atuava no processo em nome próprio, defendendo interesse próprio, atuava por tanto, com legitimidade ordinária, com a alienação do bem ou do direito, o alienante passa a atuar em nome próprio defendendo interesse alheio do terceiro adquirente, pois o alienante deixou dono da coisa, bem que ele vendeu, pois ele alienou. Alienante deixa de ser titular da coisa.
É possível que em razão da alienação o terceiro adquirente (cessionário), queira ingressar no processo cuja o bem, é o bem ou o direito que adquiriu. Para que esse terceiro ingresse no processo é preciso que haja a concorrência de três vontades:
     1ª Vontade é a dele mesmo, terceiro adquirente ingressar no processo; manifestar interesse no ingresso do processo;
    2ª Vontade é do alienante, que deve manifestar vontade em sair do processo;
     3ª Vontade é do adversário do alienante que deve anuir, saída do alienante e ingresso do terceiro adquirente.
Obs.: o terceiro adquirente a RECUSA tem que ser motivada, porque motivo não deve haver a troca de parte.
Obs.: O alienante pode permanecer no processo, mas aqui não teremos a sucessão processual, mas sim litisconsórcio, e avalia se o juiz tem vinculo com os dois.
Se houver concorrência das três vontades ocorrera o fenômeno da sucessão processual voluntaria o alienante sai do processo e, entrara no seu lugar o adquirente. O adquirente terá legitimada ordinária, haja vista que ele passa ser o dono da coisa, onde atua em nome dele defendendo interesse dele.
O alienante pode sair do processo entrando em seu lugar o adquirente, podendo o alienante entrar no processo depois, entrando na condição assistente simples (parte coadjuvante, auxiliar da parte simples). Aqui ele não atua mais como parte principal. Porque o alienante ia querer voltar ao processo? Onde ele tem todo o direito no processo, para ajudar e querer que o adquirente ganhe o processo, pois perdendo no processo ele será culpado e, haverá o deve de indenizar do alienante ao adquirente.
Se as três vontades não concorrem, uma vontade faltando a sucessão processual não poderá ocorrer, não ocorrendo a sucessão processual poderá o terceiro adquirente ingressar no processo na condição de assistente litisconsórcio do alienante, formando com ele o litisconsórcio unitário. Nesse caso o adquirente que forma com alienante no, litisconsórcio unitário será parte principal. Detalhe: o alienante terá legitimidade extraordinária e o adquirente terá legitimidade ordinária.Ex.: uma pessoa que é o autor ajuizou uma ação de usucapião contra alguém que se disse dono do imóvel. Aqui o autor está na posse do imóvel e, do nada aparece uma pessoa que diz ser dono, contudo ela disse que esta lá a 25 anos, e essa pessoa ajuíza ação contra o réu, mas como o réu tinha documentação da casa e vendeu para um terceiro adquirente, e o réu se tornou o alienante (cedente) e  negócio com o terceiro adquirente denominado (Cessionário), o autor é o adversário. Quando o alienante vendeu ele deixa de ter legitimidade ordinária e passa a ter legitimidade extraordinária, aqui querendo o terceiro adquirente tem que manifestar a vontade querendo para ingressar no processo, o juiz manifesta a vontade para sair do processo, e o adversário tem que anuir. As três vontades não concorrendo o terceiro adquirente entrar com o alienante e forma o litisconsórcio unitário, assim o alienante com legitimidade extraordinária e o adquirente legitimidade ordinária. Havendo a sucessão processual o alienante volta para o processo como assistente, porque ele tem interesse para que não haja a usucapião. O autor ganhando ele fica com bem, e o alienante paga o terceiro adversário em perdas e danos, e ganhando o terceiro adquirente tem-se a perda e danos entre o alienante e adversário.
3.     Advogado
3.1. Conceito
O advogado é bacharel em direito, devidamente inscrito na OAB; o advogado exerce algumas atividades privativas da advocacia, há pelo menos dois blocos: de atividades privativas de advogados:
    O primeiro bloco de atividades atuação postulando perante qualquer justiça ou órgão administrativo.
     O segundo bloco de atividade é atuação privativa da advocacia é o bloco da atividade da acessória consultoria e direção jurídicas.
Veja então que o advogado pode atuar na parte do contencioso, na parte jurisdicional ou administrativa, pode atuar também em procedimentos de jurisdição voluntária nos quais não há conflito, mas há desenvolvimento de processo na justiça, exemplo do divórcio consensual e, além disso, o advogado pode atuar na área de consultoria jurídica.
3.2.Capacidade postulatória
O advogado é dotado da chamada capacidade postulatória, a capacidade postulatória é capacidade técnica para a prática de atos específicos nos processos, denominado atos postulatórios (atos de demandar e responder em juízo), pessoa não advogada não tem em regra (exemplo juizado especial).
Ex.: pedindo de produção de prova é necessário capacidade postulatória.
Em situações de impedimento da Lojas Americanas não poderia ajuizar advogar por si mesma, podendo ser parte autora, mas quem defenderá você é outro advogado sendo impedido.
3.3. Deveres e Direitos
O CPC elenca alguns deveres e direitos para os advogados:
  Primeiro dever quando o advogado advogar em causa própria ele deverá indicar na petição inicial ou na defesa, primeira oportunidade que tiver para falar nos autos, o seu endereço (onde receberá intimações), o seu número da OAB e,deverá indicar, também, a sociedade de advogados a qual faça parte, se for o caso. Se o advogado descumprir esse deve o juiz ordenara que a omissão seja suprida em 5 dias, não sendo ela suprida haverá indeferimento da petição inicial, a ação não ira prosseguir.
 Segundo dever do advogado: deve o advogado na primeira oportunidade que tiver para falar nos autos, indicar qualquer mudança de endereço que tinha ocorrido, descumprindo esse dever serão consideradas válidas as intimações encaminhadas para o endereço antigo. (aqui é em qualquer caso).
Existem deveres ainda no Estatuto de advogado.
O advogado também é titular de direitos, ao advogado independentemente de ser procurado, constituído nos autos, tem direito de ter vista de qualquer processo em qualquer cartório e secretaria, ressalvado os casos em que o processo estará em sigilo.
Agora, sendo procurador dos autos o advogado poderá requerer vistas nos autos em qualquer processo tendo prazo de 05 dias úteis e, poderá também retirar os processos/autos de cartórios ou da secretaria pelo prazo legal de sempre que tiver falar nos autos por determinação do juiz, exemplo, o juiz determinou que retirasse para réplica. Havendo prazo comum/para duas partes o processo não poderá ser retirado do cartório ou da secretaria, salvo, se as partes retirarem o processo em conjunto ou se elas realizarem o prevê ajuste por escrito.
Existe a figura da carga provisória de processo, quando o prazo é comum, qualquer parte poderá realizar carga provisória do processo por no máximo seis horas, admitisse a prorrogação desse tempo desde que o pedido seja reformulado antes do seu encerramento (antes de finalizado as 06 horas), se finalizada as 06 horas e não for devolvido o processo/autos, o advogado perderá o direito de no mesmo processo realizar novas cargas provisórias. Haverá também busca e apreensão do processo.
AULA DIA 12/04/2019
4.4 Exigências de procuração: procuração é um documento indispensável para que o advogado atue em juízo, ele faz prova da representação voluntaria por advogado. A advocacia pública, que é o órgão de representação da fazenda pública, não precisa apresentar procuração para atuar em juízo porque essa representação decorre da lei e em razão disso não há necessidade de procuração, diferente do particular. O município que não tem procuradoria jurídica e que contrata advogado particular vai precisar apresentar procuração, pois contratam advogados particulares para as causas. A DP também não precisa de procuração para atuar em juízo, sua representação também decorre de lei. Se a DP precisar praticar atos especiais ela vai precisar apresentar procuração. A procuração pode ser outorgada por instrumento publico ou particular e precisa ter um conteúdo mínimo; em primeiro lugar deve indicar o nome e a qualificação do outorgante e do outorgado. Em relação ao advogado é preciso que se indique o número da OAB, o endereço profissional e o nome da associação que ele faz parte, caso tenha. 
Em segundo lugar é preciso que se indique a finalidade/ objeto da procuração. Esse objeto pode ser específico ou genérico; será específico quando disser que o advogado representará o outorgante em um/uns processo(s) específico(s). Será genérico quando não disser qual o processo específico em que o advogado irá representar o outorgante. (representará os interesses do outorgante em qualquer processo). 
Em terceiro lugar é preciso se indicar os poderes que estão sendo outorgados. Há duas espécies de poderes: o poder geral – que permite que o advogado pratique a generalidade dos atos do processo (poder geral para o foro ou poderes que integram a cláusula ad judicia). E o poder especial – que permite que o advogado pratique atos especiais do processo, atos que envolvem disposição de direitos e estão previstos no art. 105 do CPC. (receber citação; confessar; renunciar o direito sobre o qual se funda a ação; reconhecer a procedência do pedido; desistir; transigir; receber; dar quitação; firmar compromisso e assinar declaração de hipossuficiência.). Para que se considere que o advogado tem algum desses poderes especiais ele deve está expresso na procuração, descrito um a um. 
Em quarto lugar deve ser indicado o lugar e a data da outorga de poderes.
Em quinto lugar a procuração deve está assinada pelo outorgante. E essa assinatura não precisa de reconhecimento de firma. Inclusive, em algumas situações a procuração é outorgada oralmente (situações que acontecem nas audiências). 
A procuração outorgada na fase de conhecimento valerá durante todo o processo, ate mesmo em outras fases do processo, ou em incidentes do processo (conflitos de competências). Porem é preciso que a procuração assim estabeleça, se ela estabelecer que não valerá para fases posteriores, assim será. 
Em algumas situações o advogado poderá atuar sem procurações: 
- Para evitar prescrição, preclusão ou decadência ou para praticar atos urgentes. Se o advogado atuar sem procuração ele deve apresenta- lá em juízo em um prazo de 15 dias, prorrogável por mais 15 e ao apresenta-la ele deve ratificar todos os atosjá praticados no processo sem procuração. Enquanto não apresentada a procuração, todos os atos até então praticados sem ela são considerados ineficazes. Se a procuração nunca for apresentada no prazo máximo, o processo é extinto sem exame de mérito – se o advogado sem procuração for o do autor. 
O processo seguirá à revelia = (há a presunção de veracidade nos fatos alegados pelo autor e o réu deixa de ser intimado para todos os atos subsequentes) - se o advogado sem procuração for o do réu. 
 
4.5 Substituição de advogado: há duas formas para que isso aconteça. 
1ª – revogação: ato de substituição do advogado em razão de vontade do outorgante/representado/cliente. Pode acontecer em qualquer tempo do processo. Havendo a revogação o representado deve, no mesmo ato, constituir um novo advogado. Se no ato de revogação não houver essa constituição o juiz intimará a parte para que ela tome essa providência. Se a providência não for tomada no prazo estipulado pelo juiz o processo é extinto sem resolução de mérito, se a providência couber ao autor ou seguirá a revelia se couber ao réu. 
A revogação pode ser expressa ou tácita. Expressa quando o representado outorga procuração a um novo advogado sem reservar poderes ao antigo. E será tácita quando o representado passa a praticar atos contrários a orientação do seu advogado ou até quando seu advogado não sabe.
2ª - Renúncia: espécie de substituição de advogado em razão de sua própria vontade. Pode acontecer a qualquer tempo do processo; o advogado deve comunicar a renúncia através de algum meio idôneo (capaz de dar ciência a renuncia ao representado). Após comunicada a renuncia o advogado deve apresentar em juízo a prova de que fez essa comunicação. Após essa comunicação o advogado continua representando o outorgante por um período de 10 dias, para que se evite o perecimento de direitos e para que o interessado constitua outro advogado para a causa. Se o processo for acompanhado por mais de um advogado e apesar da renúncia subsistir algum profissional constituído, a renúncia não precisa ser comunicada. Essa comunicação não é exigida em lei, mas por questões de profissionalismo/ética... se faz. 
O substabelecimento acontece quando um advogado transfere poderes para outro, ele pode ser feito com ou sem reservas. 
Com reservas: os poderes são transferidos de um advogado para o outro, reservando para si os mesmos poderes. Esse substabelecimento não gera nem revogação nem renúncia.
Sem reservas: os poderes são transferidos de um advogado para outro, deixando de reservar para si qualquer poder. É uma forma de renunciar ao mandato. 
5.0 Advocacia pública: órgão de representação judicial da fazenda pública. Defende os interesses da União. Estados, DF, municípios e suas respectivas autarquias e fundações de direito público. Ela defende os interesses desses entes em qualquer âmbito da federação e em qualquer justiça. A fazenda publica tem prazo em dobro para todas as suas manifestações nos processos, além de possuírem a prerrogativa da intimação pessoal que deve ser feita mediante carga, remessa ou intimação eletrônica. Os membros da advocacia pública serão civil e regressivamente responsáveis quando atuarem com dolo ou fraude em suas funções. Nesse caso a ação de responsabilidade é contra o Estado e fundada na responsabilidade civil objetiva, e o estado pode acionar o advogado regressivamente em ação fundada na responsabilidade civil subjetiva. 
6.0 Defensoria pública: órgão que atua na orientação jurídica dos necessitados = pessoas que não tem condições de arcar com as despesas de um advogado. Ela faz as vezes de um advogado para o necessitado. Além de defender interesses individuais dos necessitados atua em defesa de interesses coletivos e é por isso que tem como função a atuação em ações coletivas (interesses de idosos...), também tem a prerrogativa do prazo em dobro ara todas as suas manifestações processuais, essa prerrogativa é estendida aos escritório de pratica jurídica das faculdades de direito e as entidades que prestam assistência da pratica jurídica gratuita em convenio com a DP.
Também tem a prerrogativa da intimação pessoal, essa intimação será mediante carga (retirar o processo do cartório), remessa (órgão público que manda os processos) ou meio eletrônico. 
As vezes as providencias as serem adotadas no processo são dirigidas para a própria parte e quando isso acontecer a DP poderá requerer que seja feita a intimação pessoal da parte. O defensor público também poderá ser civil e regressivamente responsável se atuar com dolo ou fraude na atuação de sua função. Nesse caso a ação de responsabilidade é contra o Estado e fundada na responsabilidade civil objetiva, e o estado pode acionar o defensor público regressivamente em ação fundada na responsabilidade civil subjetiva. 
7.0 Ministério público
7.1 introdução: é uma instituição permanente e essencial ao exercício da jurisdição. O MP tem várias funções institucionais, inclusive fora do processo (extrajudiciais), o que importa é a sua atuação no processo civil. 
7.2 atuações no processo civil: tem duas formas de atuação. Pode atuar como órgão agente ou como órgão interveniente. 
7.2.1 como órgão agente: MP é parte no processo e como parte tem os mesmos direitos e deveres conhecidos as partes comuns, porém, claro que possui algumas prerrogativas. O MP pode ser parte autora ou parte ré. 
Como parte autora o MP assume 3 formas de atuação:
1ª forma: o MP é dotado de legitimidade extraordinária para defesa de direitos coletivos. Atua em nome próprio defendendo interesse alheio. É nessa forma que se ajuíza uma ação de civil publica de defesa ao meio ambiente, ou de improbidade para defesa do patrimônio público; que se assume uma ação popular caso o autor desista dessa ação. 
Discute-se na doutrina se o MP poderia, nessa forma de atuação, tutelar direitos individuais homogêneos (direito individual tratado como coletivo, pois tem origem comum e é capaz de ser titularizado por várias pessoas; a base do dano é única. Ex: pílulas anticoncepcionais de farinha). Parte da doutrina entende que o MP não poderia tutelar esses direitos porque a CF fala apenas em direitos coletivos e difusos. A outra parte da doutrina entende que como o direito individual homogêneo é espécie de direito coletivo e é tratado como tal o MP poderá tratar sobre.
2ª forma: o MP é detentor de legitimidade extraordinária para a defesa de direitos individuais indisponíveis. Nesse caso o MP atua em nome próprio defendendo interesses alheios, porém interesses individuais, é aqui que se ajuíza uma ação de alimentos, de investigação de paternidade, indenizatória para um idoso.
3ª forma: o MP é detentor de legitimidade ordinária para a defesa de suas próprias prerrogativas; atua em nome própria defendendo interesse próprio. 
Como parte ré o MP assume duas formas de atuação: 
1ª forma: O MP é titular de legitimidade extraordinária. Atua em nome próprio defendendo interesse alheio; essa atuação ocorrerá quando for ajuizada uma ação coletiva derivada (que decorre de uma outra ação coletiva) contra o MP. Ex: Ação rescisória sobre ação coletiva em que o MP era autor.
2ª forma: o MP é detentor de legitimidade ordinária, atua em nome próprio defendendo interesse próprio; essa situação acontece quando a ação for ajuizada para questionar um ato danoso praticado pelo próprio MP. Ex: construção de nova sede do MP que destruiu parte de um monumento histórico. 
Ele pode assumir outras posições no processo, mesmo que originalmente seja autor. 
 
7.2.2 como órgão interveniente: o MP atua como fiscal da ordem jurídica. Tem gente que não gosta dessa expressão pois fica parecendo que ele atua estritamente com isso, mas as vezes ele atua para equilibrar as forças no processo.
1ª forma de atuação como órgão interveniente: atua em razão de interesse publico caracterizado pela natureza da lide. É preciso que se identifique o que é interesse público – que é um conceito jurídico indeterminado que só é preenchido na hora do caso concreto, mas há duascertezas sobre ele que são: esse interesse não é o interesse do agente público e é um direito que costuma está relacionado a direitos transindividuais (ultrapassa a esfera jurídica de um sujeito especifico). A última palavra se existe ou não o interesse publico é do MP. 
2ª forma de atuação como órgão interveniente: o MP atua em razão de interesse público caracterizado pela qualidade da parte. Atua a depender da pessoa que seja parte; quando envolver pessoas incapazes ou com estado de necessidade o MP será intimado a intervir ou ele poderá intervir de forma oficiosa. Se discute se ele poderá atuar livremente ou se ele deverá sempre opinar a favor da pessoa que ensejou sua atuação. Há quem entenda que a atuação é livre e há quem entenda que a atuação deve ser sempre em benefício da pessoa que ensejou a intervenção, já que o MP atua para equilibrar as forças no processo. 
7.2.3 outras atuações: O MP pode assumir outras formas de atuação além de órgão agente e interveniente. Pode ser assistente simples no processo civil, assistente de um membro do MP que seja parte principal do processo. Ou pode ser amigus curie. 
7.2.4 atuações simultânea: nada impede que haja atuação simultânea de órgãos de MP no mesmo processo. É possível que no mesmo processo um órgão do MP seja parte e o outro órgão do MP seja fiscal da ordem jurídica. Exemplo: O MP estadual ajuíza uma reclamação institucional perante o STF, nesse caso o MPE é autor da ação. No STF é o procurador geral da república que será o fiscal da ordem jurídica. Os órgãos devem ser diferentes, não pode ser o mesmo órgão. É possível que mais de um órgão do MP atue como parte, como nos casos em que dois órgãos do MP ajuízam em litisconsórcio uma ação. 
7.3 obrigatoriedades da intervenção: quando o juiz se deparar com uma hipótese que enseja a intervenção do MP, o juiz deve obrigatoriamente intimar o órgão do MP para que ele intervenha na ação. O que é obrigatório não é a intervenção e sim a intimação do MP para que ele possa intervir. Se o MP for intimado não haverá qualquer nulidade no processo, ainda que ele não faça a intervenção. Se o MP discordar ele não vai intervir, já que é o MP que faz a análise se há ou não interesse público para sua intervenção. Se o MP deixar de ser intimado haverá a nulidade de todos os atos processuais subsequentes ao momento que ele deveria ser intimado e não foi. Se não houver a intimação mas no mesmo processo for proferida uma decisão favorável para aquela pessoa que ensejaria a intervenção do MP, não haverá nulidade. 
7.4 poderes: o MP fiscal (ordem interveniente) tem direito em ter vista nos processos sempre depois das partes e tem direito de ser intimado em todos os casos que ele intervir. Tele tem direito de produzir provas e interpor recursos. Embora o CPC não diga expressamente, vem se admitindo que o MP fiscal produza pedido de tutela provisória.
7.5 prerrogativas: prazo em dobro para todas as suas manifestações; o MP tem a prerrogativa da intimação pessoal por meio de carga, remessa ou via eletrônica; o MP também tem a prerrogativa da dispensa do adiantamento das despesas processuais, ele não precisa adiantar custas processuais sendo livre das taxas processuais, não precisa pagar o deposito prévio para ajuizamento de ações rescisórias (5% do valor original da causa) 
7.6 responsabilidades: os membros do MP serão civil e regressivamente responsáveis se no exercício de sua função atuarem com dolo ou fraude. Assim como acontecem com juízes, advogados públicos, a ação de responsabilidade deve ser ajuizada contra o estado por atos praticados pelo MP, ações fundadas em responsabilidade civil objetiva e o estado pode voltar-se regressivamente contra o membro do MP em uma ação civil fundada na responsabilidade subjetiva. 
8. AUXILIARES DA JUSTIÇA
8.1 conceito: todo juízo é composto por um órgão principal e por órgãos auxiliares. O principal é integrado pelos juízes (juiz togado e leigo; juiz titular e juiz substituto); e também são compostos por órgãos auxiliares, já que o juiz sozinho não tem condições de prestar a tutela jurisdicional, esse órgãos são integrados por pessoas que de algum modo cooperam com o juiz, viabilizando a tutela jurisdicional. O art. 149 CPC traz um hall exemplificativo de auxiliares de justiça mas existem auxiliares que não estão aí mas estão em leis. (caso do juiz leigo) e existem auxiliares que nem possuem nenhuma disciplina legal. (caso dos assessores de juízes, desembargadores e ministros)
Art. 149.  São auxiliares da Justiça, além de outros cujas atribuições sejam determinadas pelas normas de organização judiciária, o escrivão, o chefe de secretaria, o oficial de justiça, o perito, o depositário, o administrador, o intérprete, o tradutor, o mediador, o conciliador judicial, o partidor, o distribuidor, o contabilista e o regulador de avarias. 
8.2 órgãos: existem algumas espécies de órgãos. 
1° - órgão permanente: aquele composto por auxiliares de justiça que integram o quadro fixo do juízo. Todo juízo deve ter um órgão auxiliar permanente, os auxiliares de justiça que fazem parte desse órgão são servidores públicos que foram investidos no cargo por meio de concurso público. (escrivão, oficial de justiça, partidor) 
2ª – órgãos eventuais: são compostos por auxiliares de justiça que são chamados eventualmente para colaborar com a tutela jurisdicional. Essas pessoas não são servidores públicos e muitas vezes são profissionais liberais que são remunerados por isso (perito, depositário particular).
3ª – órgãos extravagantes: são compostos por repartições públicas ou pessoas jurídicas que são chamadas eventualmente para colaborar com a justiça. (caso dos correios para entregar cartas de citação, intimação... impressa oficial para publicar os editais, PM)
8.3 exemplos: são inúmeros os auxiliares de justiça, porem os mais comuns no dia a dia da justiça são: 
1° - escrivão ou chefe de secretaria: É responsável/gerente do cartório ou da secretaria. Ele tem algumas atribuições muito importantes no cartório: redigir os mandados, cartas, ofícios..., expedir certidões dos mais variados conteúdos, realizar atos de comunicação processual em cartório, comparecer as audiências, fazer a guarda e conservação dos autos do processo ( o processo pode sair do cartório quando o processo for concluso ao juiz, quando for remetido para um contador judicial ou quando a parte, por meio do advogado faz carga do processo e quando o processo tem que ser remetido para o juízo competente). Além disso, pode praticar os atos ordinatórios – atos sem conteúdo decisório que serve apenas para movimentar o processo. Cabe ao juiz elencar os atos ordinatórios que o escrivão poderá fazer. Cabe a eles também efetivar as decisões judiciais e publicar os pronunciamentos judiciais, respeitando ordem cronológica. (as ações com casos preferenciais podem ser desrespeitadas)
2ª - Oficial de justiça: aquele responsável pelas diligências externas do processo (penhoras, citações, intimações), faz a avaliação de bens penhorados, coopera pela ordem e atende a todas as ordens do juiz, para que o processo tramite regularmente.
3ª – perito: é pessoa com conhecimento técnico chamada no processo paras fazer exames/ vistorias que são essenciais para a avaliação da causa. Deve ser uma pessoa de confiança técnica do juiz e deve ser imparcial – por isso cada vara tem seus peritos. 
LITISCONSÓRCIO
1. Conceito: é uma pluralidade se sujeitos no processo. Essa pluralidade de sujeitos pode acontecer no âmbito do processo principal ou no âmbito de qualquer incidente que surja ao lo go do processo. 
2. Classificação:
2.1 ativo, passivo e misto – leva em consideração o polo em que o litisconsórcio é formado. De acordo com essa classificação o litisconsórcio pode ser ativo, passivo ou misto. 
Ativo: aquele que se forma no polo ativo. Pluralidade de autores na ação. 
Passivo: aquele que se forma no polo passivo. Pluralidade de réus. 
Misto: aquele que se forma em ambos os polos do processo. Pluralidade de autores e réus. 
2.2 inicial e ulterior: considerao momento em que o litisconsórcio é formado.
Inicial: quando o litisconsórcio se forma simultaneamente ao ajuizamento da ação. Existe desde a origem do processo
Ulterior: quando o litisconsórcio se forma posteriormente ao ajuizamento da ação. Se forma no curso da ação. Ele deve ser evitado, em regra; porque causa um tumulto no processo, mas em algumas situações ele é inevitável, como por exemplo: houver intervenção de terceiro, caso de sucessão processual legal (litisconsórcio entre os sucessores), em caso de reunião de causas conexas para julgamento em conjunto. 
2.3 unitário e simples: leva em consideração a natureza da relação jurídica discutida em juízo. 
Unitário: quando em razão da natureza da relação jurídica, o juiz tiver que decidir o mérito do processo de forma uniforme para todos os litisconsortes. Esses litisconsortes unitários devem ser tratados de modo uniforma e por isso se fala em unidade na pluralidade, porque o tratamento do juiz tem que ser igual para todos. Para que se identifique a unitariedade de um litisconsórcio devem ser feita duas perguntas: 
 1ª pergunta: a relação jurídica discutida no processo é única? 
2ª pergunta: o objeto dessa relação jurídica discutida é indivisível? 
Se as respostas a essas perguntas forem positivas, o litisconsórcio será unitário. Ou seja, esse litisconsórcio acontece quando em juízo estiver sendo discutida uma relação jurídica única e com objeto indivisível. São perguntas cumulativas e com respostas positivas em ambas. 
É comum se relacionar esse litisconsórcio a solidariedade. Na solidariedade há uma única relação jurídica, mas o objeto da relação pode ser divisível (solidariedade que não implica litisconsórcio unitário) ou indivisível (implica um litisconsórcio unitário). 
Não há como em abstrato se identificar todos os casos em que o litisconsórcio será unitário e pode até existir dúvidas quanto à classificação. A doutrina sugere que o litisconsórcio unitário costuma está relacionado a casos de Co legitimação (quando houver mais de um legitimado para a defesa de um mesmo interesse), se assim for, em 3 situações de co-legitimação poderá haver o litisconsórcio unitário: 
1º caso - quando existir legitimados ordinários par a defesa de um mesmo interesse. Aqueles que atuam em nome próprio defendendo interesses próprios (condôminos que desconfiam do sindico, todos os condôminos tem legitimidade ordinária para defender a coisa comum e podem ajuizar uma ação contra o sindico para uma prestação de contas. 
2º Caso: poderá haver Litisconsórcio unitário, quando existirem legitimados extraordinário para defesa de um mesmo interesse, ou mais de um legitimados extraordinários (defendem em nome próprio, interesse alheio). Ex.: O Estado da Bahia causou um dano ambiental e juntamente com o MPE resolve ajuizar uma ação civil publica contra a empresa, nesse caso o Estado e o MP são legitimados extraordinário para defesa do meio ambiente, sendo entes dotados de legitimidade extraordinária (coletividade) para defender o meio ambiente (direito difuso), nesse caso ele terá que julgar os dois.
3º caso - quando existe 1 legitimado ordinário e 1 extraordinário para a defesa do mesmo interesse. O ordinário atua em nome próprio defendendo interesse próprio e o legitimado extraordinário atua em nome próprio defendendo interesse alheio. Em caso de sucessão processual entre adquirente e o alienante. 
Litisconsórcio simples: quando os litisconsortes puderem ser tratados de forma diferente, eles não terão que ser tratados sempre de forma diferente, eles devem apenas poder ser tratados assim e isso já caracteriza esse litisconsórcio. Será simples quando estiver sendo discutida mais de uma relação jurídica. Também será simples quando estiver sendo discutida uma única relação jurídica com objeto divisível. Duas pessoas com o mesmo plano de saúde e em um mês chega a carinha do reajuste abusivo, essas pessoas em conjunto podem ajuizar uma ação contra o plano se saúde alegando essa abusividade. Nesses casos há mais de uma relação jurídica e por isso o litisconsórcio é simples. 
2.4 necessário e facultativo: leva em consideração a obrigatoriedade ou não de sua formação no processo.
Necessário: quando o litisconsórcio deve ser obrigatoriamente formado na ação. 
Facultativo: quando a formação do litisconsórcio depender da vontade das partes. É definido por exclusão, é facultativo todo aquele que não é obrigatório/necessário. 
O litisconsórcio será necessário quando: 
1ª – for um litisconsórcio unitário passivo, como regra. Todos os réus deveram ser obrigatoriamente citados para que formem entre si um litisconsórcio. Em algumas situações ele não será obrigatório, como por exemplo: denunciação da lide pelo réu; o litisconsórcio formado entre alienante e adquirente de coisa ou direito litigioso.
O litisconsórcio será necessário quando: 
1ª – for um litisconsórcio unitário passivo, como regra. Todos os réus deveram ser obrigatoriamente citados para que formem entre si um litisconsórcio. Em algumas situações ele não será obrigatório, como por exemplo: denunciação da lide pelo réu; o litisconsórcio formado entre alienante e adquirente de coisa ou direito litigioso.
Litisconsórcio unitário no polo ativo tem como ser configurado? Não. Não é possível falar desse tipo de litisconsórcio obrigatório nesse polo, por duas razoes: não se pode obrigar ninguém a litigar acompanhado de outra pessoa, ou seja, não é possível condicionar o exercício do direito de ação de alguém acompanhado por outra pessoa; o segundo motivo é porque nem mesmo o juiz pode exigir que alguém ingresse em juízo para atuar no polo ativo. Se o juiz constatar que há a possibilidade de formação de um litisconsórcio no polo ativo o juiz deve intimar os potenciais litisconsortes unitários para que eles, querendo, ingressem no processo. É recomendável que o juiz intime os potenciais litisconsortes unitários porque eles serão atingidos pela coisa julgada ainda que dele não participe. Esse é um caso de eficácia ultra partes da coisa julgada; em regra a coisa julgada produz efeitos para os participantes do processo – eficácia Inter partes. (o grupo de condôminos que exige contas ao síndico, o grupo que não ajuizou a ação também será atingido pela coisa julgada) essa eficácia ultra partes da sentença não é pacífica em doutrina e há quem entenda que ela só produz efeitos para quem não participou do processo se for para beneficia-lo; essa parte da doutrina aplica à coisa juga o regime jurídico da coisa julga ser secundum eventum litis; outra corrente diz que a coisa julgada não atinge as pessoas que não participaram do processo. 
Apesar de doutrinariamente se entender que não é possível a formação de litisconsórcio no polo ativo o STJ, em algumas oportunidades, já reconheceu a possibilidade de formação desse litisconsórcio, no sentindo de que a ação de responsabilização contra diretor de sociedade anônima, ajuizada quando a própria assembleia opta pelo seu não ajuizamento, terá de contar com a participação de acionistas cuja as ações equivalham a pelo menos 5% do valor total do capital social; o STJ quer evitar que acionistas com pouca representatividade na empresa cause túmulo ou desconforto na sociedade. 
2ª – o litisconsórcio será necessário se for um litisconsórcio por força de lei que obrigue sua formação nesse molde. Nesse caso pouco importa se o litisconsórcio é unitário ou simples. (caso de litisconsórcio que se forma entre cônjuges ou companheiros no polo passivo em uma ação real imobiliária; na ação de usucapião – litisconsórcio entre todos os confinantes do terreno) 
Ex.: litisconsórcio que se forma entre conjugue ou companheiro no pólo passivo de uma ação real imobiliária, nesse caso o litisconsórcio é necessário por força de lei, art. 70, CPC.
Ex.: Ação de usucapião - litisconsórcio necessário, litisconsórcio esse que será formado entre todos os confinantes( proprietários  possuidores) dos terrenos vizinho terão que ser obrigatoriamente citados na ação de usucapião, exemplo também na delimitação de terra.
1.Natureza de sentença proferida contra litisconsorte necessário não citado
A natureza jurídica de sentença proferida contra litisconsorte necessário não citado dependerá do tipo de litisconsórcio do qual está falando: unitário ou simples.
©       Se o litisconsorte necessário, não citado, for unitário a sentença contra ele proferida, será ineficaz, não apenas em relação ao litisconsorte não citado, mas, também, em relação a todos os outros litisconsortes unitários. Trata-se, por tanto, de sentença ineficaz cuja, a invalidação pode ser requerida por qualquer um litisconsorte, inclusive, pelo não citado.
©       Se o litisconsorte necessário, não citado,  é simples a sentença proferida é ineficaz apenas em relação a ele, produzindo efeitosem relação a outros litisconsortes. Nesse caso, a sentença é ineficaz somente em relação aquele não citado litisconsorte necessário simples e somente ele poderá requerer a sua invalidação, os demais não poderão.
2.     Regime jurídico de condutas dos litisconsortes
O regime jurídico de condutas dos litisconsortes é composto de algumas regras. Mas, antes de tratar dessas regras, é importante diferenciarconduta determinante ≠ conduta alternativa.
©       Conduta determinante é aquele que uma vez prática coloca o litisconsorte numa situação jurídica desfavorável, são exemplos de condutas determinantes a revelia (produzir efeitos de presunção de veracidade de todos os fatos alegados pelo autor), confissão(quando alguém confessa algo (juridicamente falando, a ocorrência ou inocorrência de um fato,confessa desfavorável para si mesmo, sendo negativa para aquele que confessa e favorável para seu adversário); renúncia de um direito sobre o qual se funda ação (conduta que coloca a parte numa situação desfavorável); reconhecimento da procedência do pedido (o réu abre mão em benefício do autor).
©       Conduta alternativa é aquela cuja finalidade é a melhoria da situação jurídica da parte, não é que a conduta alternativa ensejará sempre a melhoria da parte, mas é o que se busca ao praticar uma conduta alternativa, pode ser que a melhoria não aconteça, mas é o que se busca, exemplo, contestar (Quando réu contesta ele quer afastar as alegações do autor, pode ser que ele não consiga, mas é o que ele quer.), interpor recurso (melhorar sua decisão jurídica), produzir provas (o objetivo é comprovar um fato que lhe seja favorável, melhoria de uma situação jurídica).
Feita a diferença, falaremos da regra do regime jurídico de condutas dos litisconsortes, existem três regras:
►   1ª regra: a conduta determinante praticada por um litisconsorte não prejudica os demais.
©       No litisconsorte unitário a conduta determinante praticada por um litisconsorte unitário, só produz efeitos se todos aderirem à conduta, isso significa que se um litisconsorte unitário confessa, a confissão só produzir efeitos se todos os demais litisconsortes unitários aderirem a ela, pois não acontecendo a conduta é ineficaz em relação a todos, exemplo, se um litisconsorte unitário confessa, ela não produz efeitos se todos não aderirem, aderindo, será eficaz em relação a todos.
©       No litisconsorte simples a conduta determinante prática por um litisconsorte, não prejudica os demais, mas, apenas atinge aquele que praticou a conduta.
►   2ª Regra:
©       No litisconsorte simples, a conduta alternativa, apenas, aproveita, aquele que à praticou, essa segunda regra comporta exceções:
Ä  Exceção a prova produzida por um litisconsorte simples, aproveita os demais, se essa prova produzida recair sobre fatos comuns (mesmo fato discutido) por todos os litisconsortes. A produção de prova é conduta alternativa. Isso decorre do principio da comunhão das provas ou aquisição da prova, onde uma prova, uma vez produzida, se afasta daquele que a produziu, e passa a integrar no processo, sendo aproveitada por quem quer que seja, desde que os fatos sejam comuns.
Ä  Exceção a contestação apresentada por um litisconsorte simples, aproveita os demais, desde que a contestação recaia a todos os fatos comuns a todos os litisconsortes. A contestação apresentada por um litisconsorte simples pode afastar a revelia do outro ou dos outros demais que não apresentaram a contestação, desde que, os fatos sejam comum, sendo fatos diferentes, não haverá aproveitamento da contestação.
►   3ª Regra
©       No litisconsorte unitário a conduta alternativa praticada por um litisconsorte, aproveitará os demais sempre.
3.     Modalidades de litisconsórcio facultativo
Cumulação de pedido, cumular pedido é formular m\is de um pedido do mesmo processo. A cumulação de pedidos pode gerar a formação de litisconsórcios facultativos.
®     A primeira espécie é a cumulação própria sucessiva, na cumulação própria sucessiva pode ser formulada mais de um pedido, sendo que todos eles podem ser acolhidos. Diz ser sucessiva, porque o segundo pedido só pode ser acolhida, se o primeiro também for. A cumulação própria sucessiva pode gerar a formação de um litisconsórcio facultativo. Exemplo, uma mãe e seu filho ajuíza uma ação contra o suposto genitor da criança, o filho formula nessa ação o pedido de alimentos, cumulado com investigação de paternidade; o filho pedi ação de alimentos e a mãe pede o reembolso das despesas dos parto, aqui há mais de um pedido, formulado, por autores distintos (litisconsórcio) e nesse caso, o pedido das despesas do parto só poderá ser acolhido se a ação de investigação de paternidade, se a ação for procedente. Esse litisconsórcio é unitário, não há obrigatoriedade na sua formação, onde a mãe poderia ajuizar uma ação sozinha ou o filho poderia ajuizar uma ação sozinha.
®     A segunda espécie é a cumulação imprópria eventual, também chamada de imprópria subsidiária, na cumulação imprópria formula-se mais de um pedido, contudo apenas um dele poderá ser acolhido. Diz que é eventual ou subsidiária quando se estabelece uma ordem de preferência entres os pedidos formulados. A cumulação imprópria eventual pode gerar a formação de um litisconsórcio facultativo. Exemplo, uma pessoa ajuíza uma ação contra o dono de um caminhão, que em um acidente de trânsito, causou muitos danos no veículo dessa pessoa (ação indenizatória). Essa pessoa, tem seguro, e ela faz na mesma ação o ajuizamento contra o dono do caminho, pedido que ele seja condenado a pagar o prejuízo; e a pessoa na mesma ação, denúncia a lide, a asseguradora para que ela venha ressarci esse prejuízo, havendo dois pedidos mais apenas um poderá ser acolhido para não ser enriquecimento sem causa, aqui estabelece ainda uma ordem de preferência, que quer que condene primeiramente o dono do caminho, e sendo negativo, condene a asseguradora.
®     A terceira espécie de cumulação é a cumulação imprópria alternativa, na cumulação imprópria alternativa, formula-se mais de um pedido, sendo que apenas um poderá ser acolhido, não se estabelecendo ordem de preferência entre eles. A cumulação imprópria alternativa poderá gerar litisconsórcio facultativo. Exemplo, ação de consignação de pagamento onde o devedor não sabe quem é o credor, mas quer pagar, e ele ajuíza essa ação, sendo a ação ajuizada contra todos os potenciais credores que forma entre si o litisconsórcio, e em relação a cada um desses credores será dirigido o pedido de que a obrigação seja considerada extinta. Aqui não há ordem de pagamento, pois para o devedor pouco importa, importando apenas a declaração da divida quitada.
4.     Litisconsórcio por comunhão, por conexão e por afinidade
O litisconsórcio se forma quando existe algum tipo de vinculo com algum litisconsórcio, esse vínculo pode ser forte, moderado ou fraco.
©       No litisconsórcio por comunhão o vinculo entre os litisconsorte é forte, haverá litisconsórcio por comunhão, por exemplo, quando existirem, legitimados ordinários para defesa do mesmo interesse, ou ainda, quando existirem legitimidades extraordinárias para defesa de mesmo interesse.
©       No litisconsórcio por conexão o vinculo entre os litisconsortes é moderado. Haver a litisconsórcio por conexão, por exemplo,quando existe de um lado o litisconsorte legitimado ordinário e outro litisconsorte legitimado extraordinário para a defesa de um mesmo interesse.
©       No litisconsórcio por afinidade o vinculo entre os litisconsortes é fraco. Haverá litisconsórcio por afinidade quando, por exemplo, os litisconsortes discutem a mesma questão jurídica, ainda que os fatos sejam diferentes ou relações jurídicas sejam diferentes.
OBS.: No CPC de 39, o réu poderia recusar a formação de um litisconsórcio por afinidade, inclusive, sem justificar, mas não poderia recusar o litisconsórcio por comunhão ou conexão. O CPC 73 não repetiu a recusa de litisconsórcio por afinidade, mas, o CPC de 73 permitiu o desmembramento do chamado litisconsórcio multitudinário (formado por muitas pessoas), essa previsão do desmembramento do chamado de litisconsórcio multitudinário foi repetida no CPC de 2015 com alguns ajustes de redação. No CPC de 2015 prevê que o juiz poderá desmembrar/ fracionar/quebrar o litisconsórcio formado por muitas pessoas desde que a grande quantidade de gente/pessoa/litisconsorte impeça a rápida solução do litígio ou exercício regular do direito de defesa. O desmembramento é possível em qualquer tipo de processo. Agora, a doutrina vem admitindo que ao invés de desmembrar o juiz conceda dilação de prazos para os litisconsortes integrantes ao litisconsórcio multitudinário (para viabilizar o contraditório). O réu poderá pedir o desmembramento do litisconsórcio multitudinário, alei não diz o prazo para que o réu se formule o pedido, contudo a doutrina vem considerando o prazo de 5 dias. Ao formular o pedido de desmembramento interrompe-se o prazo para a defesa do réu. Agora, se o réu quiser suscitar incompetência relativa, ele devera fazê-lo na petição de desmembramento, pois é a primeira oportunidade que ele falará nos autos. A competência relativa tem que ser suscitada no primeiro momento. Não existe um limite mínimo, nem máximo de litisconsorte por processo, então, quando o juiz decidir desmembrar ele que vai limitar a quantidade mínima ou máxima de litisconsorte por processo, e nesse caso feito o desmembramento será formado vários cadernos processuais que serão integrados pelos documentos que diz respeito a cada grupo de litisconsorte que foram fracionados a partir do desmembramento. A decisão que defere o pedido de desmembramento é uma decisão irrecorrível, mas a decisão que indefere é recorrível por agravo de instrumento, poderá ser feito o pedido pelo réu ou de ofício pelo juiz.
INTERVENÇÃO DE TERCEIROS: 
- Conceitos fundamentais: para se falar de intervenção de terceiros é preciso se falar em alguns conceitos fundamentais. 
1º conceito: parte – parte é todo aquele que atua com parcialidade no processo defendendo um interesse em contraditório. Há algumas formas de se tornar parte em um processo; quando se ajuíza uma ação e tem-se então a parte autora; quando uma demanda lhe é dirigida e tem-se então a parte ré; quando interveem em processo alheio através de alguma modalidade de intervenção de terceiro.
2º conceito: terceiro – é todo aquele que não é parte; seja porque nunca foi parte ou porque já foi parte, mas foi excluído do processo. Ele pode se tornar parte, quando ingressa no processo por meio da intervenção de terceiros.
3º conceito: intervenção de terceiros – é um incidente processual que é um desvio procedimental e é na verdade um procedimento menor que se instaura dentro de um processo já existente e deve não se desgarra, tornando-o mais complexo. Não se pode confundir incidente processual com processo incidente – o processo incidente é um processo novo com uma relação jurídica processual nova que embora decorra de um processo preexistente, dele se desgarra. Ex: Para decisões absurdas e irrecorríveis cabe o mandado de segurança que é um processo incidente (tem a função de discutir a legalidade da sentença) a decisão do processo incidente atinge o processo preexistente e por isso leva esse nome de incidente. 
- Fundamentos: todo processo atinge terceiros e os terceiros podem ser atingidos das mais variadas maneiras, o processo pode produzir reflexos emocionais em um terceiro (pai ou mae que ficam abalados ao filho ser uma parte); podem produzir reflexos econômicos em relação a um terceiro e pode produzir reflexos jurídicos em relação a um terceiros. O que autoriza a intervenção de terceiros é o reflexo jurídico que o processo pode causa sobre ele, em regra é esse reflexo que orienta a intervenção. A intervenção só se justifica se existir interesse jurídico e há várias formas do interesse jurídico ser configurado, a depender de sua forma de configuração será admitida uma modalidade específica de intervenção. Ex de interesse jurídico: quando o processo alheio estiver discutindo uma relação jurídica titularizada pelo terceiro ou quando o processo alheia estiver discutindo uma relação jurídica conexa a relação titularizada pelo terceiro e quando uma parte originaria promove uma demanda para o terceiro. A intervenção tem como finalidade garantir a razoável duração do processo e a economia processual, bem como o contraditório. Com a intervenção é possível que em um mesmo processo seja resolvido os destinos das partes originarias e de terceiros – que faz com que menos atos sejam praticados e mais destinos sejam resolvidos. Por outro lado, a intervenção garante o exercício do contraditório pelo terceiro que muitas vezes tem direito próprio sendo discutida em processo alheio.
- Efeitos: a intervenção pode produzir efeitos subjetivos e objetivos no processo; subjetivamente a intervenção pode gerar a alteração subjetiva da demanda ou a ampliação subjetiva da demanda. (pode haver uma alteração de partes ou mais sujeitos podem começar a fazer parte do processo). 
Objetivamente a intervenção poderá ampliar o objeto litigioso do processo o tronando mais complexo. Muitas vezes ela acrescenta um pedido ao processo. 
- Controle: para que a intervenção ocorra no processo não basta manifestação da vontade do terceiro, também não basta a manifestação de vontade das partes originarias, é o juiz que controla a intervenção de terceiros no processo ele que admite ou não a intervenção. Ao realizar esse controle, em primeiro lugar o juiz deve avaliar se o terceiro tem legitimidade para intervir – se ele tem autorização legal ou negocial para o terceiro conduza e atue de forma válida processo; se ele tiver legitimidade o juiz deve analisar a existência do interesse jurídico – que se configura das mais variadas formas. 
- Cabimento: as modalidades de intervenção de terceiro são todas cabíveis no processo de conhecimento, algumas modalidades também são cabíveis no processo executivo (assistência, desconsideração da personalidade jurídica e o amicus curiae) 
Nos juizados especiais não se admite intervenção de terceiros, salvo a desconsideração da personalidade jurídica 
Em casos de ilegitimidade do terceiro no processo, o juiz extingue a causa sem análise de mérito nos juizados especiais. Se em um procedimento comum, o ilegitimo conhecer alguém que seja legitimo esse é chamado para a intervenção e se aproveita o processo 
Nas ações de controle concentrado de constitucionalidade também não se admite a intervenção de terceiros e se admite apenas o amicus curiae 
- Modalidades 
· ASSISTENCIA 
· Introdução: É UMA MODALIDADE DE INTERVENÇAO VOLUNTARIA. Na assistência o terceiro ingressa em processo alheio em razão de sua própria vontade (ele não é provocado e nem obrigado a intervir); a assistência cabe em qualquer tipo de processo e pode ocorrer a qualquer tempo no processe e em qualquer grau de jurisdição, mas o assistente que intervém em processo alheio recebe o processo na fase em que ele estiver e não há retorno de fases por conta de intervenção do assistente. Para que seja admissível a assistência é necessário que haja interesse jurídico do assistente, que vai acontecer quando a decisão a ser proferida em processo alheio puder atingi-lo de forma indireta/reflexa/mediata e nesse caso se fala em assistência simples. Tambémhaverá interesse jurídico quando a sentença de processo alheio puder atingir a esfera jurídica do terceiro de maneira direta/imediata, nesse caso fala-se em assistência litisconsorcial. 
O CPC trata de uma situação em que haverá presunção absoluta do interesse jurídico. Na ação de interdição se o interditando deixar de constituir advogado o seu cônjuge, companheiro ou qualquer parente sucessível poderá ingressar na ação de interdição na condição de assistente litisconsorcial. 
Configurado o interesse jurídico o terceiro poderá por meio de pedição simples requer a sua intervenção em processo alheio. Requerida essa intervenção não haverá suspensão do processo, mas o juiz terá que intimar as partes originarias para que possam se manifestar sobre o pedido de intervenção; passado o prazo de manifestação (15 dias), tendo as partes se manifestado ou nao o juiz decidirá e poderá admitir ou inadmitir a intervenção 
· assistência simples
· noções iniciais: nessa assistência o terceiro pede para ingressar em processo alheio alegando-se titular de uma relação jurídica conexa a relação jurídica discutida em juízo. O terceiro não alega ser titular da relação discutida, mas sim de uma relação jurídica diferente que é conexa com a relação discutida. Ex: Joao locou uma casa para Jose. Jose sublocou um quarto da casa para Maria. Imagine que Jose parou de pagar os aluguéis e Joao pode ajuizar uma ação de despejo contra Jose para tirá-lo do imóvel. O que se discute nessa ação é a relação de locação entre Jose e Joao, o que atinge maria também e como ela é atingida pela ação principal ela pode intervir como terceira assistente, alegando que é titular da relação jurídica conexa da locação. Na assistência simples o assistente ingressa em processo alheio e passa a atuar como uma parte auxiliar da parte assistida/principal; ele parte coadjuvante da relação. Ele atua dando um apoio ao assistido com o objetivo de que o assistido seja vitorioso no processo. O assistente simples ao ingressar no processo assume uma legitimidade extraordinária e atua em nome próprio defendendo um interesse alheio. Essa legitimidade é uma legitimidade subordinada porque o assistente simples só tem sua atuação considerava válida em razão da presença do assistido. 
· poderes do assistente simples: 
· eficácia preclusiva da intervenção: 
· assistência litisconsorcial: 
· legitimado extraordinário como assistente simples em processo individual: 
· AULA DIA 24/05/19
INTERVENÇAO DE TERCEIROS
CABIMENTO: o art 125, II diz que cabe denunciação da lide aquele que estiver obrigado por lei ou pelo contrato a indenizar em ação regressiva o prejuízo de quem for vencido no processo. A expressão ação regressiva do dispositivo tem duas interpretações pela doutrina: 
1ª – uma parte tem uma concepção restritiva. De acordo com essa doutrina cabe denunciação da lide quando alguém for obrigado por lei ou pelo contrato a indenizar prejuízo daquele que for vencido no processo desde que na lei ou no contrato se estipule transferência de um direito pessoal. De acordo com essa concepção cabe denunciação da lide nos casos em que por força de um contrato aliena-se um bem ou um direito, transferindo a propriedade do bem ao adquirente. Não cabe denunciação da lide fundada em contrato de seguro, porque nesse contrato não há a transferência de um direito pessoal e sim a previsão de um direito a indenização que deve ser paga em caso de ocorrência de sinistro. E não cabe denunciação da lide também quando essa denunciação for fundada em fato novo diferente do fato em que se funda a demanda principal. Ou seja, NÃO cabe denunciação da lide do estado contra o seu servidor que atuou com dolo ou fraude. Porque a ação restritiva se fundamenta na responsabilidade civil subjetiva e a ação principal contra o estado se fundamenta em responsabilidade civil objetiva.
2ª – concepção ampliativa. De acordo com essa parte da doutrina, cabe denunciação da lide toda vez que alguém tiver que exercer o direito de regresso contra outrem e que deve ser entendido de forma ampla para abarcar direito de indenização, direito de garantia, direito de ressarcimento para evitar o enriquecimento sem causa, direito a devolução de valores pagos indevidamente em dobro. Todos esses direitos são espécies de direito de regresso e todos eles permitem seu exercício por meio de denunciação da lide. Se admite denunciação da lide nos campos de contratos de seguro. E cabe denunciação da lide do estado contra o seu servidor, quando ele atuar com dolo ou fraude 
Na jurisprudência, hora se adota a concepção restritiva e hora se adota a ampliativa. Nos casos de servidores e estados, a jurisprudência vem não admitindo a denunciação da lide. 
PROCEDIMENTO: a denunciação da lide por ser feita pelo autor ou pelo réu; quando promovida pelo autor ele já deverá faze-la na petição inicial, feita a denunciação da lide na petição inicial o terceiro denunciado será citado; após citado o terceiro pode assumir 3 posturas:
1ª – ele pode se insurgir contra o pedido do autor (impugnar)
2ª – ele pode complementar as razoes do autor, por meio de aditamento da petição inicial, situação em que formará um litisconsórcio com o autor contra o réu originário 
3ª – ele pode ficar omisso, e havendo essa omissão se presume verdadeiros os fatos alegados ao autor que sejam a ele relacionado. (revelia para o denunciado) 
Depois da citação do denunciado que o réu originário é citado. Se a denunciação da lide for promovida pelo reu ele deve fazer na sua contestação sob pena de preclusão. Promovida essa denunciação o denunciado será citado e pode assumir algumas posturas: 
1ª – apresentar contestação 
2ª – ele pode optar pela omissão e se isso acontecer o denunciante poderá deixar de prosseguir com sua defesa, que já tiver sido apresentada, abstendo-se de recorrer e restringindo-se apenas na ação regressiva. Previsão do CPC importante pois no de 73 se dizia: ainda que o denunciado seja omisso o denunciante ainda assim tem que insistir na sua defesa para a demanda principal para somente assim, derrotado, poder voltar contra o denunciado. O denunciado tem 15 dias para contestar sobre a denunciação da lide. 
3ª – o denunciado pode confessar os fatos alegados pelo autor na ação principal, situação em que a confissão só produzirá efeitos se o denunciante a ela aderir. 
CHAMAMENTO AO PROCESSO: é uma modalidade de intervenção de terceiros PROMOVIDA SEMPRE PELO RÉU. Somente o réu pode promovê-la e só é cabível em ação de conhecimento. O chamamento ao processo é previsto para beneficiar o réu porque no chamamento o reu originário poderá chamar para o processo outros coobrigados da obrigação discutida em juízo. Para que seja possível o chamneto ao processo é necessário que o réu chamante mantenha um vínculo de solidariedade com os terceiros chamados; os terceiros não devem ao reu chamante e sim ao autor. Costuma-se dizer que há um descompasso entre o direito material e o processual – porque de um lado o credor pode escolher a pessoa contra quem ele quer e no CPC o reu pode chamar os demais.
A finalidade do chamamento ao processo é trazer para o processo todos os coobrigados que ficarão vinculados a sentença que vier a ser proferida no processo que houve a intervenção. Se um ou alguns dos codevedores cumprir com toda a obrigação, na sua totalidade, poderá voltar-se contra os demais no mesmo processo com base na sentença. Art 130 trata das hipóteses em que é admissível o chamamento ao processo: 
Art. 130. É admissível o chamamento ao processo, requerido pelo réu:
I - do afiançado, na ação em que o fiador for réu;
II - dos demais fiadores, na ação proposta contra um ou alguns deles;
III - dos demais devedores solidários, quando o credor exigir de um ou de alguns o pagamento da dívida comum. 
 
DENUNCIAÇÃO DA LIDE E CHAMAMENTO AO PROCESSO NAS RELAÇOES DE CONSUMO: o art. 88 do CDC veda a denunciação da lide nas relações de consumo. A doutrina avalia as razoes dessa vedação, diz a doutrina que o legislador vetou a denunciação porque essa intervenção de terceirotorna o processo mais complexo e dificulta o andamento regular do processo. E se diz também que houve a vedação porque essa denunciação, saco admitida, estaria fundada em fato novo diferente do fato em que fundada a demanda principal e segunda a doutrina a relação principal se funda em uma responsabilidade civil objetiva do fornecedor e a denunciação da lide estaria fundada em responsabilidade civil subjetiva, ou seja, um fornecedor denunciaria a lide a outro com base na respons. Civil subjetiva, situação que seria necessário apurar o elemento subjetivo dispensado na principal. outra parte da doutrina se questiona se houve um equívoco do legislador ou se ele quis mesmo vetar a denunciação da lide. Porque começou essa duvida de equivoco? Nas relações de consumo busca-se a responsabilização objetiva dos fornecedores de bens e serviços e os fornecedores integram uma cadeia produtiva que pode ser bem extensa, os fornecedores dessa cadeia se vinculam por uma solidariedade que justificaria o chamamento ao processo e não denunciação da lide, o problema é que admitir o chamamento nas causa de consumo pode inviabilizar o tramite do processo, dificultando a tutela da concessão jurisdicional para o consumidor. Por isso que uma parte da doutrina entende que o legislador queria vetar o chamamento e não a denunciação da lide. 
Art. 88. Na hipótese do art. 13, parágrafo único deste código, a ação de regresso poderá ser ajuizada em processo autônomo, facultada a possibilidade de prosseguir-se nos mesmos autos, vedada a denunciação da lide. 
INCIDENTE DE DESCINSIDERAÇAO DA PERSONALIDADE JURIDICA: outra modalidade de intervenção de terceiros, por meio da qual um terceiro tem contra si dirigida uma demanda. Nesse incidente de desconsideração da personalidade jurídica, dirige-se ao terceiro uma demanda de responsabilidade patrimonial onde o terceiro é socio da PJ ou a própria PJ nos casos de desconsideração de personalidade invertida. Esse incidente será instaurado a pedido da parte ou do MP, nos casos em que se admite a intervenção do MP. O pedido de desconsideração da personalidade jurídica pode ser formulado desde a pediçao inicial e se isso ocorrer a demanda patrimonial será dirigida desde a origem contra a PJ e seus sócios, nesse caso não haverá intervenção de terceiros porque desde o início farão parte do processo a PJ e seus sócios. É possível que o pedido não venha na petição inicial e seja formulado depois e aí sim haverá intervenção de terceiros. A desconsideração pode acontecer em qualquer processo e em qualquer fase do processo, inclusive nos juizados especiais. Uma vez iniciado o incidente de desconsideração haverá suspensão do processo principal; e o terceiro será citado para que se manifeste em contraditório no prazo de 15 dias. Passado esse prazo, será instaurada a fase probatória, se for necessário, finalizada a fase probatória o juiz decidirá o incidente. O incidente instaurado em 1 grau é julgado por meio de decisão interlocutória, recorrível por agravo de instrumento, mas nada impede que o juiz julgue o incidente no final do processo, junto com a sentença. É possível que o incidente se instaure no tribunal e se isso acontecer ele pode ser julgado por meio de decisão monocrática recorrível por agravo interno ou por meio de acórdão recorrível por recurso especial, ordinário, extraordinário ou constitucional. 
INTERVENÇAO DO AMICUS CURIAE: essa intervenção também é uma modalidade de intervenção de terceiros, que pode ser provocada ou espontânea. O juiz pode chamar o terceiro para atuar no processo como amicus curiae ou o próprio terceiro pode pedir para intervir. Somente se admitia essa intervenção provocada e em processos específicos; somente se admitia a intervenção da CVM e do CADE, em processos referentes a questões ligadas as atribuições desses entes. Depois passou a se admitir a intervenção do amicus curiae provocada ou espontânea nos processos de controle de constitucionalidade concentrada e nesse caso qualquer pessoa com alguma representatividade poderia ser chamada ou pedir para intervir nessas ações. Com o CPC de 2015 passou a se admitir a intervenção provocada ou espontânea em qualquer processo, desde que se discuta no processo uma questão relevante ou específica ou de grande repercussão social.
O amigus curiae pode ser qualquer pessoa física, jurídica ou ente despersonalizado que seja dotado de representatividade, a representatividade decorre do vínculo existente entre o amicus curiae e a questão do processo. O juiz pode de oficio chamar o terceiro para o processo, mas nada impede que o próprio terceiro peça para intervir e se ele fizer isso, deve formular o pedido ate o início do julgamento; uma vez admitida a intervenção por meio de uma decisão o terceiro passa a atuar como parte do processo, mas apesar de ser parte os poderes assumidos por ele são reduzidos. O amicus curiae pode apresentar memoriais escritos que constaram suas contribuições técnicas e jurídicas para o processo, pode realizar sustentação oral através do seu advogado, pode por embargo de declaração de qualquer decisão e poderá interpor recurso de decisão que julga incidente de resolução de demandas repetitivas. O tribunal pode ampliar esses poderes, por meio do seu regimento interno, o que o tribunal não pode é reduzir os poderes. As partes e o tribunal também podem celebrar um NJ processual para disciplinar a forma de atuação do amicus curiae. O judiciário não fica vinculado as manifestações do amicus curiae, mas tende a apreciar um a um os argumentos do amicus curiae sob pena da decisão ser considerada omissa. A decisão que admite o amicus curiae é irrecorrível. Mas a decisão que inadmite a intervenção é recorrível por agravo de instrumento. 
Aula de reposição: 21/05/2019
1.1.1.     Legitimado extraordinária como assistente simples em processo individual.
Vimos aula passada, que um terceiro pode ingressar em processo alheio, para assumir a condição de assistente simples. O assistente simples ingressa em processo alheio alegando se titular de uma relação jurídica conexa, a relação jurídica discutida em juízo.
Ex.: Do sublocatário que pode ingressar em uma ação de despejo (processo alheio), como assistente simples do locatário.
Essa forma de intervenção do assistente simples se funda na configuração de um interesse jurídico em sua acepção tradicional, o interesse jurídico que autoriza a intervenção é o interesse jurídico fundado na ideia de que o terceiro (assistente simples) é titular de relação jurídica, conexa,a  relação jurídica, discutida em juízo. Esse interesse jurídico fundado nessa ideia de que o terceiro (assistente simples) é titular de relação jurídica, conexa,a  relação jurídica, discutida em juízo é o interesse jurídico tradicional, que justifica a intervenção do assistente simples. Por que Priscilla está falando isso (interesse jurídico tradicional)? Porque mais modernamente, vem se falando em um redimensionamento do interesse jurídico, que justifica a intervenção do assistente simples. Vem se entendendo que o interesse jurídico que justifica a intervenção do assistente simples tem que ser redimensionando, a luz do sistema dos precedentes judiciais. No sistema de precedentes judiciais, vem se entendendo que está configurado o interesse jurídico de legitimado extraordinário para atuar como assistente simples, em processo alheio individual, toda vez que no processo alheio individual, tiver de ser formado um precedente judicial obrigatório.
O precedente judicial obrigatório será estudado em Processo II, ele é uma decisão judicial proferida a luz de um caso concreto, cujo núcleo essencial deverá ser utilizado no julgamento de casos futuros e análogos/semelhantes e futuros aos casos anteriormente julgados. Então, se em um processo individual tiver que ser formado um precedente obrigatório, poder-se-á admitir uma intervenção de um legitimado extraordinário como assistente simples nesse processo individual cuja finalidade é exatamente participar/contribuir na formação desse precedente. Porque esseprecedente poderá ajudar/vincular em casos futuros e semelhantes parecidos aos casos que anteriormente foi julgado.
Ex.: Uma ação individual se discutia a possibilitar de se aplicar medidas executivas contra uma industria de fumo, específica, em razão de um não pagamento de tributo, a industria deixou de pagar alguns tributos, foi ajuizada um ação e nesse ação passou a discutir se seria possível utilizar como medida executiva para forçar o pagamento do tributo por essa empresa, assim passou a estudar se poderia utilizar algumas medidas coercitivas mais rigorosas como, por exemplo, interdição de estabelecimento, de forma a impedir que  a industria continuasse produzindo. Era um processo individual (fisco contra empresa de fumo), em determinado momento do processo o sindicato das empresas de fumo que é um legitimado extra-ordinário (associações, MP, DP, entes da Federação) pediu para intervir como assistente simples, utilizando como argumento quis participar porque era um processo que já estava no STF, e haverá uma formação de precedente obrigatório, o sindicato da indústria de fumo, legitimado extraordinário, quer participar para contribuir para formação do precedente, porque esse precedente no futuro, vai poder atingir varias outras industrias de fumo, onde não esta nesse processo individual, mas no futuro vai ser rés (Executadas) em processos que tenham ou estejam sendo discutidos questões semelhantes, o STF admitiu a intervenção do sindicato das industrias de fumo nesse processo e esse sindicato argumentou sua intervenção, na atuação no processo individual, contribuindo para a formação desse precedente obrigatório.
Sergio Cruz que não deveria apenas se permitindo o legitimado extraordinário, deveria se admitir a participação de todo e qualquer jurisdicionado, todo e qualquer jurisdição que no futuro pudesse vim a se submeter ao precedente obrigatório formado em processo alheio individual. Assim, chega a cogitar que não apenas um ente de representação coletiva poderia ser assistente simples no processo individual dessa natureza, e com essa finalidade, mas, também, qualquer um de nos, qualquer jurisdicional poderia vislumbrando a possibilidade de ser atingido pelo precedente obrigatório a ser formado naquele processo individual, estaria autorizado a intervir na condição de assistente simples. O problema é que isso pode inviabilizar o curso do processo, porque imagine admitir todo e qualquer pessoal, jurisdicional, possa intervir em qualquer processo individual, simplesmente alegando que tem interesse jurídico, porque no futuro sua esfera jurídica poderá ser atingida pelo procedente obrigatório que será formado. Então, isso pode gerar infinidade de intervenções que poderá causar óbice ao acesso a justiça, dificuldade de transito do processo, e inviabilizar a prestação da tutela jurisdicional. Então, Priscilla enxerga com um pouco de ressalva nesse entendimento. Onde, por exemplo, para ele seria possível o grupo econômico fazer intervenção, ou empresas individualmente consideradas poderia fazer a intervenção.
1.2.         Denunciação da lide
1.2.1.     Noções iniciais
A denunciação da lide é uma modalidade de intervenção de terceiros provocada, onde a assistência é voluntária, espontânea, mas a denunciação é provocada.
Na denunciação da lide terceiro ingressa em processo alheio, pois tem contra si dirigida uma demanda, então a denunciação da lide nada mais é do que uma demanda, sendo uma das manifestações do direito de ação.
A demanda da denunciação da lide tem algumas características:
®     Em primeiro lugar a denunciação da lide é uma demanda incidental. A denunciação da lide pode ser promovida pelo autor, ou pelo réu, quando a denunciação da lide é promovida pelo autor, ele o faz desde a origem desde o inicio do processo (petição inicial), então não há um incidente processual, então na verdade a denunciação da lide feita, pelo autor, não gera um incidente processual, porque desde o inicio, origem, uma demanda é dirigida contra o réu, e a uma outra demanda é dirigida contra o terceiro. A denunciação da lide também pode ser promovida pelo réu, quando a denunciação da lide é promovida pelo réu, ai sim haverá um incidente processual.
Com a denunciação da lide passa a existir duas demandas no processo, onde o processo se torna mais complexo:
Ä  Haverá uma demanda principal do autor contra o réu;
Ä  Haverá uma demanda incidental do réu contra o terceiro, esse terceiro estabelece um vinculo com o réu, não estabelece o vinculo com o adversário do réu, então veja que veja que quando a denunciação da lide é promovida pelo réu, há sim um incidente processual, se tornando mais complexo.
Obs.: Aqui não tem nada haver com reconvenção, a reconvenção é uma resposta do réu, assim como uma denunciação da lide. O réu pode responder o processo de varias formas, ele pode apenas apresentar defesa, ele poder apresentar defesa e vai fazer uma reconvenção (que é dele contra o autor), ele pode apresentar defesa e chamar um terceiro para o processo. A reconvenção é uma demanda do réu contra o autor. É possível, que a reconvenção seja ajuizado pelo réu contra o autor e um terceiro,  e o terceiro formará com o autor um litisconsórcio, e nesse caso pode dizer, que haverá um terceiro no processo, e essa reconvenção traria um terceiro para o processo como parte. Mas, não há nenhuma coincidência com a denunciação.
®     Em segundo lugar a denunciação da lide é um demanda regressiva. Por meio da denunciação da lide, aquele que a promove, exerce ou é exercido um direito de regresso contra o terceiro. Aquele que exerce a denunciação da lide quer ver-ser ressarcido, quer que o terceiro o ressarca dos prejuízos que poderão advir de uma derrota do processo principal/demanda principal.
®     Em terceiro lugar a denunciação da lide é demanda eventual. A denunciação da lide é eventual porque ela só ser apreciada pelo juiz, se o denunciante for derrotado na demanda principal, inclusive, pode se dizer que a demanda principal é preliminar a denunciar da lide. Veja, se o denunciante ganhar a demanda principal, sendo vitorioso na demanda principal ele não sofrerá qualquer prejuízo, logo, a denunciação da lide que é uma demanda regressiva cujo objeto é o ressarcimento de prejuízo, nem será apreciado, pois ganhando o denunciante da demanda principal, não haverá prejuízo, e a demanda da denunciação da lide, não precisará nem ser apreciada. Apesar da denunciação da lide não se apreciada nessa hipótese, o denunciante será condenado em horários advocatícios em relação ou em benéfico do denunciado que foi chamado para o processo sem motivo, sem razão. Agora, se o denunciante perder a demanda principal, sendo derrotado, a denunciação da lide será apreciada e poderá ser acolhida ou rejeitada, a depender do caso concreto.
®     Em quarto lugar a denunciação da lide é demanda antecipada. Antes mesmo do denunciante sofrer qualquer prejuízo, ele se antecipa demando o denunciado com o objetivo que o denunciado ressarça/repare os prejuízos que o denunciante venha eventualmente sofrer. Rigorosamente, faltaria interesse de agir para o denunciante, pois a denunciação da lide é que o denunciante chama um terceiro para o processo dizendo que terceiro que há uma demanda contra ele, não sabendo que se será condenado ou não, e caso sendo condenado quem pagará o prejuízo é o terceiro, ainda que não houve configuração de prejuízo, mas antecipadamente o denunciante chama para o processo o terceiro. Faltaria o denunciante direito de agir. O legislador admite expressamente nesse caso, a demanda antecipado; não autorizado expressamente isso seria um típico caso de falta de interesse de agir, pois a demanda é antecipada e o prejuízo não configurado.
A denunciação da lide só pode ser promovida pelo denunciante, contra um terceiro denunciado com quem o denunciante mantenha algum tipo de relação. Não se admite a chamada denunciação da lide per saltum, não se admite que o denunciante denuncie a lide alguém, com quem não mantenha vínculos.
Ex.: Do seguro, acontece um acidente

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