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Contabilidade Sefaz-df Critérios de Avaliação do Ativo – Parte III http://www.grancursosonline.com.br CLAUDIO ZORZO Bacharel em Ciências Contábeis, pós-gradua- do em Análise Gerencial, Docência para Nível Superior, Auditoria e Perícia Contábil. É ex-ser- vidor público do Executivo Federal – Ministério do Exército e ex-servidor público do Legislativo Federal – Assessor Parlamentar. Atualmente, é professor de Contabilidade e Auditoria Pública e Privada. CLAUDIO ZORZO Bacharel em Ciências Contábeis, pós-gradua- do em Análise Gerencial, Docência para Nível Superior, Auditoria e Perícia Contábil. É ex-ser- vidor público do Executivo Federal – Ministério do Exército e ex-servidor público do Legislativo Federal – Assessor Parlamentar. Atualmente, é professor de Contabilidade e Auditoria Pública e Privada. O conteúdo desta aula em pdf é licenciado para WESLEY HENRIQUE DE ALBUQUERQUE - 02409124119, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br 3 de 94 CONTABILIDADE Critérios de Avaliação do Ativo – Parte III Prof. Claudio Zorzo www.grancursosonline.com.br SUMÁRIO Imobilizado ................................................................................................5 Reconhecimento Inicial ................................................................................8 Intangível ................................................................................................13 Reconhecimento Inicial ..............................................................................17 Mensuração do Intangível ..........................................................................18 Depreciação, Amortização e Exaustão .........................................................25 Conceitos Básicos Relacionados ..................................................................29 Métodos de Depreciação ............................................................................32 a) Método Linear ......................................................................................32 b) Método dos Saldos Decrescentes ............................................................35 c) O Método das Unidades Produzidas .........................................................38 Depreciação Acelerada ..............................................................................39 a) Depreciação Normal ..............................................................................40 b) Depreciação Acelerada ..........................................................................40 c) Depreciação Acelerada Incentivada .........................................................42 Depreciação de Bens já em Uso ..................................................................43 Exaustão Acumulada .................................................................................49 Amortização Acumulada ............................................................................55 Questões de Concurso ...............................................................................61 Gabarito ..................................................................................................78 Questões Comentadas ...............................................................................79 O conteúdo desta aula em pdf é licenciado para WESLEY HENRIQUE DE ALBUQUERQUE - 02409124119, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br http://www.grancursosonline.com.br 4 de 94 CONTABILIDADE Critérios de Avaliação do Ativo – Parte III Prof. Claudio Zorzo www.grancursosonline.com.br Prezado (a), Tudo bem? Espero que sim, que você esteja com saúde e muita vontade para agregar co- nhecimento contábil. Nesta aula, daremos continuidade aos estudos sobre os critérios de avaliação do ativo. Vamos estudar os critérios de avaliação do imobilizado, como a depreciação normal, acelerada e incentivada. A exaustão de recursos naturais e minerais. In- tangível e sua amortização. Desejo uma ótima aula para você. O conteúdo desta aula em pdf é licenciado para WESLEY HENRIQUE DE ALBUQUERQUE - 02409124119, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br http://www.grancursosonline.com.br 5 de 94 CONTABILIDADE Critérios de Avaliação do Ativo – Parte III Prof. Claudio Zorzo www.grancursosonline.com.br Imobilizado No ativo Imobilizado estão os direitos que tenham por objeto bens corpóreos destinados à manutenção das atividades da companhia ou exercidos com essa finalidade, inclusive os decorrentes de operações que transfiram à companhia os benefícios, riscos e controle desses bens. Em uma empresa, o imobilizado representa os bens de uso, também denomi- nados de bens fixos, que são os bens que a empresa utiliza no seu dia a dia, direta ou indiretamente, para gerar receitas. O conceito de imobilizado não quer dizer que o bem deve ser um imóvel, mas sim que os recursos estão imobilizados, desta forma empresa não poderá contar com o dinheiro aplicado naquele bem. O ativo imobilizado compreende os ativos tangíveis que: • são mantidos para uso na produção ou na comercialização de mercadorias ou serviços ou para finalidades administrativas; • têm a expectativa de serem utilizados por mais de doze meses; • haja a expectativa de auferir benefícios econômicos em decorrência da sua utilização; • possuam um custo que possa ser mensurado com segurança. Segundo o Art. 179 da Lei n. 6.404/1976 as contas serão classificadas do se- guinte modo: IV – no ativo imobilizado: os direitos que tenham por objeto bens corpóreos destinados à manutenção das atividades da companhia ou da empresa ou exercidos com essa fina- lidade, inclusive os decorrentes de operações que transfiram à companhia os benefícios, riscos e controle desses bens; (Redação dada pela Lei n. 11.638, de 2007). O conteúdo desta aula em pdf é licenciado para WESLEY HENRIQUE DE ALBUQUERQUE - 02409124119, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br http://www.grancursosonline.com.br 6 de 94 CONTABILIDADE Critérios de Avaliação do Ativo – Parte III Prof. Claudio Zorzo www.grancursosonline.com.br Sobressalentes, peças de reposição, ferramentas e equipamentos de uso interno são classificados como ativo imobilizado quando a entidade espera usá-los por mais de um período. Da mesma forma, se puderem ser utilizados somente em conexão com itens do ativo imobilizado, também são contabilizados como ativo imobilizado. Na prática, o ativo imobilizado é formado pelo conjunto de bens e direitos ne- cessários à manutenção das atividades da empresa, caracterizados por apresenta- rem-se na forma tangível, como imóveis, móveis, computadores, veículos etc. com prazo de vida maior que um ano. Se a vida útil do bem é menor que um ano, pode ser reconhecido como despesa diretamente. Entretanto, quando a Lei n. 6.404/1976 apresenta que serão imobilizados os bens corpóreos utilizados nas atividades ou exercidos com essa finalidade, in- clui como imobilizado aqueles ativos que ainda não estão sendo utilizados, mas que a finalidade deles será o uso em um futuro próximo, como, por exemplo: obras em andamento, material para construção de bens, consócios de bens e veículos, peças para reposição, importações em andamento. Como vimos, o imobilizado é o conjunto dos bens tangíveis que são mantidos para o uso na produção ou no fornecimento de bens ou serviços, ou para fins ad- ministrativos,inclusive os decorrentes de operações que transfiram para a entidade os benefícios, riscos e controle desses bens, cuja utilização se dará por mais de um período (exercício). O conteúdo desta aula em pdf é licenciado para WESLEY HENRIQUE DE ALBUQUERQUE - 02409124119, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br http://www.grancursosonline.com.br 7 de 94 CONTABILIDADE Critérios de Avaliação do Ativo – Parte III Prof. Claudio Zorzo www.grancursosonline.com.br O imobilizado deve estar sob o controle da empresa, não precisa ser de proprie- dade dela. Normalmente o imobilizado é apresentado por meio de bens móveis e bens imóveis. • Bens Móveis: compreendem o valor da aquisição ou incorporação de bens corpóreos, que têm existência material e que podem ser transportados por movimento próprio ou removidos por força alheia sem alteração da substân- cia ou da destinação econômico-social, para a produção de outros bens ou serviços. EXEMPLO Máquinas, aparelhos, equipamentos, ferramentas, bens de informática (equipa- mentos de processamento de dados e de tecnologia da informação), móveis e uten- sílios, materiais culturais, educacionais e de comunicação, veículos, bens móveis em andamento, dentre outros. • Bens Imóveis: compreendem o valor dos bens vinculados ao terreno que não podem ser retirados sem destruição ou dano. EXEMPLO Os imóveis residenciais, comerciais, edifícios, terrenos, minas e jazidas, dentre outros. O conteúdo desta aula em pdf é licenciado para WESLEY HENRIQUE DE ALBUQUERQUE - 02409124119, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br http://www.grancursosonline.com.br 8 de 94 CONTABILIDADE Critérios de Avaliação do Ativo – Parte III Prof. Claudio Zorzo www.grancursosonline.com.br Reconhecimento Inicial Um item de imobilizado deve ser reconhecido como ativo se, e apenas se: a) for provável que futuros benefícios econômicos associados ao item fluirão para a entidade; e b) o custo do item puder ser mensurado confiavelmente. As normas não identificam isoladamente o que deve ser reconhecido como imo- bilizado, desta forma, é necessário que a administração exerça um julgamento ao aplicar os critérios de reconhecimento do ativo conforme as circunstâncias especí- ficas da entidade. EXEMPLO A empresa pode agregar em um item do imobilizado vários itens que individual- mente são imateriais para fins de controle, tais como: moldes, peças, ferramentas e bases de apoio; e aplicar os critérios ao valor do conjunto, para fins de registro e de depreciação. Inicialmente o ativo imobilizado é reconhecido com base no valor de aquisição, produção ou construção, ou seja, pelo seu custo original, que nada mais é quan- to foi aplicado para que o imobilizado esteja em condições de uso pela empresa. Quando se tratar de ativo do imobilizado obtido a título gratuito (por exemplo: uma doação recebida), ele deve ser registrado pelo valor justo na data de seu recebi- mento, sendo que deverá ser considerado o valor resultante da avaliação obtida com base em procedimento técnico ou valor patrimonial definido nos termos da doação. O conteúdo desta aula em pdf é licenciado para WESLEY HENRIQUE DE ALBUQUERQUE - 02409124119, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br http://www.grancursosonline.com.br 9 de 94 CONTABILIDADE Critérios de Avaliação do Ativo – Parte III Prof. Claudio Zorzo www.grancursosonline.com.br Deve ser evidenciado em notas explicativas o critério de mensuração ou avaliação do ativo do imobilizado obtido a título gratuito, bem como a eventual impossibilida- de de sua valoração, devidamente justificada. O custo inicial de um item do ativo imobilizado compreende: • seu preço de aquisição, acrescido de impostos de importação e impostos não recuperáveis sobre a compra, depois de deduzidos os descontos comerciais e abatimentos; • quaisquer custos diretamente atribuíveis para colocar o ativo no local e con- dição necessárias para esse ser capaz de funcionar da forma pretendida pela administração, como por exemplo: custos de empregados decorrentes direta- mente da construção; custos de preparação do local; custos de frete, seguro e de manuseio; custos de instalação e montagem; custos com testes para verificar se o ativo está funcionando corretamente, após dedução das receitas líquidas provenientes da venda de qualquer item produzido enquanto se colo- ca o ativo nesse local e condição (tais como amostras produzidas quando se testa o equipamento); e honorários de profissionais vinculados ao imobilizado. • a estimativa inicial dos custos de desmontagem e remoção do item e de res- tauração do local (sítio) no qual este está localizado. Estes custos têm relação com a recuperação ambiental do terreno, se houver. Tais custos representam a obrigação em que a empresa incorre quando o item é adquirido ou como consequência de usá-lo durante determinado período para finalidades dife- rentes da produção de estoque durante esse período. O conteúdo desta aula em pdf é licenciado para WESLEY HENRIQUE DE ALBUQUERQUE - 02409124119, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br http://www.grancursosonline.com.br 10 de 94 CONTABILIDADE Critérios de Avaliação do Ativo – Parte III Prof. Claudio Zorzo www.grancursosonline.com.br EXEMPLO A Empresa CZ construiu uma fábrica na cidade de Cerro Largo, para isto aplicou em máquinas, móveis e em equipamentos um total de 10 milhões de reais, sendo que para a colocação em funcionamento do maquinário, precisou contratar uma empresa especializada em instalação e programação, pagando 2 milhões de reais. Sabe-se que para descartar as máquinas e equipamentos deverá contratar uma empresa que cobrará em valores atuais 1 milhão de reais. Neste caso, o valor contábil inicial, inclusive para depreciação, do imobilizado é de 13 milhões. Segundo a NBTG n. 27 (R4) do CFC que aprova o CPC n. 27, não devem ser tra- tados como custo ativo imobilizado as seguintes despesas: custos de abertura de nova instalação; custos incorridos na introdução de novo produto ou serviço (in- cluindo propaganda e atividades promocionais); custos da transferência das ati- vidades para novo local ou para nova categoria de clientes (incluindo custos de treinamento); e custos administrativos e outros custos indiretos. Note que o reconhecimento do custo de um item do ativo imobilizado cessa quan- do o item está no local e nas condições operacionais pretendidas pela administração Depois de registrado o imobilizado pelo seu valor original, os gastos posteriores à aquisição ou ao registro de elemento do ativo imobilizado devem ser incorpora- dos ao valor desse ativo (capitalizados no ativo) quando houver possibilidade de geração de benefícios econômicos futuros ou potenciais de serviços. Qualquer ou- tro gasto que não gere benefícios futuros deve ser reconhecido como despesa do período em que seja incorrido. O conteúdo desta aula em pdf é licenciado para WESLEY HENRIQUE DE ALBUQUERQUE - 02409124119, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br http://www.grancursosonline.com.br 11 de 94 CONTABILIDADE Critérios de Avaliação do Ativo – Parte III Prof. Claudio Zorzo www.grancursosonline.com.brÉ importante destacar que o gasto subsequente só será reconhecido como ativo quando ele melhorar as condições do imobilizado, ampliando a vida útil econômica originalmente estimada. Por exemplo: a) Modificação de um bem da fábrica para prolongar sua vida útil, ou para aumentar sua capacidade; b) Aperfeiçoamento de peças de máquina para conseguir um aumento subs- tancial na qualidade da produção; e c) Adoção de novos processos de produção permitindo redução substancial nos custos operacionais anteriormente avaliados. EXEMPLO A empresa possui uma máquina com valor contábil de $250.000,00. No mês apli- cou $10.000,00 na manutenção da máquina e $50.000,00 na troca do software da máquina para melhorar o controle sobre a produção. Neste caso, a manutenção não melhora a vida útil do bem, somente mantém o seu potencial de uso e deve ser registrada como despesa; contudo, o software irá aumentar o potencial da máquina, por isto deve ser capitalizado no valor contábil da máquina. O registro contábil é o seguinte: D – máquina – 50.000 D – despesas com manutenção – 10.000 C – disponível – 60.000 Após o registro o valor da máquina no ativo imobilizado será de $300.000,00 e este valor será a base do cálculo da depreciação. O conteúdo desta aula em pdf é licenciado para WESLEY HENRIQUE DE ALBUQUERQUE - 02409124119, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br http://www.grancursosonline.com.br 12 de 94 CONTABILIDADE Critérios de Avaliação do Ativo – Parte III Prof. Claudio Zorzo www.grancursosonline.com.br Com a promulgação da Lei n. 11.638, de 28 de dezembro de 2007, que introdu- ziu diversas alterações na parte contábil da Lei n. 6.404/1976, as entidades devem efetuar, periodicamente, análise sobre a recuperação dos valores registrados no imobilizado, a fim de que sejam ajustados os critérios utilizados para a determina- ção da vida útil estimada e para o cálculo da depreciação. Assim, após o reconhecimento como ativo, um item do ativo imobilizado deve ser apresentado ao custo menos qualquer depreciação e perda por redução ao valor recuperável acumulada. O valor contábil de um ativo imobilizado deve ser baixado: a) por ocasião de sua alienação; ou b) quando não há expectativa de benefícios econômicos futuros com a sua utilização ou alienação. Os ganhos ou perdas decorrentes da baixa de um item do ativo imobilizado de- vem ser reconhecidos no resultado quando o item é baixado como outras receitas ou outras despesas, sendo proibida a classificação receita de venda. é O conteúdo desta aula em pdf é licenciado para WESLEY HENRIQUE DE ALBUQUERQUE - 02409124119, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br http://www.grancursosonline.com.br 13 de 94 CONTABILIDADE Critérios de Avaliação do Ativo – Parte III Prof. Claudio Zorzo www.grancursosonline.com.br EXEMPLO A empresa possui um imobilizado com os seguintes valores: Máquina – 100.000 Depreciação acumulada – (85.000) Por questões operacionais ele decide vender o imobilizado: a) Por $20.000 Note que a empresa está vendendo um ativo de $15.000 por $20.000, assim irá apurar um ganho de $5.000. D – disponível – 20.000 D – depreciação acumulada – 85.000 C – máquina – 100.000 C – outras receitas – ganho na alienação de imobilizado – 5.000 b) Por 10.000 Note que a empresa está vendendo um ativo de $15.000 por $10.000, assim irá apurar uma perda de $5.000. D – disponível – 10.000 D – depreciação acumulada – 85.000 D – outras despesas – perda na venda de imobilizado – 5.000 Intangível O intangível é composto pelos direitos que tenham por objeto bens incorpóreos destinados à manutenção da companhia ou exercidos com essa finalidade, inclusive o fundo de comércio adquirido. O conteúdo desta aula em pdf é licenciado para WESLEY HENRIQUE DE ALBUQUERQUE - 02409124119, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br http://www.grancursosonline.com.br 14 de 94 CONTABILIDADE Critérios de Avaliação do Ativo – Parte III Prof. Claudio Zorzo www.grancursosonline.com.br Segundo o Art. 179 da Lei n. 6.404/1976, as contas serão classificadas do se- guinte modo: VI – no intangível: os direitos que tenham por objeto bens incorpóreos destinados à ma- nutenção da companhia ou exercidos com essa finalidade, inclusive o fundo de comércio adquirido. (Incluído pela Lei n. 11.638, de 2007) O grupo do intangível foi criado pela Lei n. 11.638/2007 com o objetivo de registrar os bens e direitos que não possuam matéria, mas que apresentam um valor considerável para a empresa, e que estejam relacionados com a produção ou aquisição de conhecimento científico ou técnico, projeto e implantação de novos processos ou sistemas, licenças, propriedade intelectual, conhecimento mercadoló- gico, nome, reputação, imagem e marcas registradas (incluindo nomes comerciais e títulos de publicações). EXEMPLO Exemplos de itens que se enquadram nessas categorias amplas são: softwares, patentes, direitos autorais, direitos sobre filmes cinematográficos, listas de clien- tes, direitos sobre hipotecas, licenças de pesca, quotas de importação, franquias, relacionamentos com clientes ou fornecedores, fidelidade de clientes, participação no mercado e direitos de comercialização, direito de exploração de espaço, direito de uso de franquia dentre outros. O intangível é um ativo não monetário, sem substância física, identificável, controlado pela entidade e gerador de benefícios econômicos futuros ou serviços potenciais. Compreende os direitos que tenham por objeto bens incorpóreos desti- nados a manutenção da entidade ou exercidos com essa finalidade. O conteúdo desta aula em pdf é licenciado para WESLEY HENRIQUE DE ALBUQUERQUE - 02409124119, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br http://www.grancursosonline.com.br 15 de 94 CONTABILIDADE Critérios de Avaliação do Ativo – Parte III Prof. Claudio Zorzo www.grancursosonline.com.br Meu/minha amigo/a, é importante entender que nem todos os itens considera- dos intangíveis se enquadram no conceito de ATIVO intangível, ou seja, são iden- tificáveis, controlados e geradores de benefícios econômicos futuros. Assim, se no momento da sua identificação o item intangível não atender à definição de ATIVO intangível, o gasto incorrido na sua aquisição ou geração interna deve ser reconhe- cido como despesa quando incorrido. Não são considerados itens patrimoniais no ativo não circulante os seguintes intangíveis: a) Fundo de comércio gerado internamente; b) Gastos com treinamento de pessoal; c) Gastos com publicidade e atividades promocionais (incluindo envio de ca- tálogos); d) Gastos com remanejamento ou reorganização, total ou parcial, de uma entidade. e) Gastos com pesquisas de novos produtos. Um INTANGÍVEL se enquadra na condição de ATIVO INTANGÍVEL quando pode ser identificável, controlado e gerador de benefícios econômicos futuros ou serviços potenciais. Um ativo intangível satisfaz o critério de identificação quando: • For separável, ou seja, puder ser separado da entidade e vendido, transferi- do, licenciado, alugado ou trocado, individualmente ou junto com um contra- to, ativo ou passivo relacionado, independentemente da intenção de uso pela entidade; ou O conteúdo desta aula em pdf é licenciado para WESLEY HENRIQUE DE ALBUQUERQUE - 02409124119, vedada, por quaisquer meios e a qualquertítulo, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br http://www.grancursosonline.com.br 16 de 94 CONTABILIDADE Critérios de Avaliação do Ativo – Parte III Prof. Claudio Zorzo www.grancursosonline.com.br • Resultar de compromissos obrigatórios (incluindo direitos contratuais ou ou- tros direitos legais), independentemente de tais direitos serem transferíveis ou separáveis da entidade ou de outros direitos e obrigações. A entidade controla um ativo quando detém o poder de obter benefícios econô- micos futuros gerados pelo recurso subjacente e de restringir o acesso de terceiros a esses benefícios. Normalmente, a capacidade da entidade de controlar os benefícios econômicos futuros de ativo intangível advém de direitos legais/contratuais que possam ser exercidos num tribunal. A ausência de direitos legais ou contratuais sobre o intan- gível dificulta a comprovação do controle. Um exemplo é o capital intelectual dos funcionários. Imagine a situação em que a empresa paga um curso de especialização para seus operadores de máquinas, neste curso se gasta R$100.000,00. Ela espera que com o conhecimento específico adquirido os funcionários melhorem a sua produção por um tempo de 2 anos. Se a empresa não se proteger por meio de um contrato, os funcionários, após obterem o conhecimento específico, poderão trabalhar em outra empresa, inclusive no con- corrente e neste caso o montante aplicado no curso será tratado como despesa, pois não dará retorno para a empresa. Entretanto, se a empresa assinar um contrato com os funcionários, em que des- taca que eles deverão ficar na empresa por 2 anos ou indenizarão o valor aplicado no curso, ela passa a ter um controle sobre o capital intelectual e o benefício espe- rado provavelmente se realizará para a empresa. Neste caso, o valor aplicado será tratado como um intangível e será amortizado no prazo de 2 anos. 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Reconhecimento Inicial O reconhecimento inicial de um ativo intangível pode ocorrer de três formas: a) aquisição separada; b) geração interna; e c) aquisição por meio de transações sem contraprestação, recebendo como doação. Independentemente da forma, o reconhecimento de um item como ativo intan- gível exige que a entidade demonstre que ele atende a definição de ativo intangível e critérios de reconhecimento. Outro ponto que merece destaque é o de que alguns ativos intangíveis podem estar contidos em elementos que possuem substância física, como no caso de sof- tware ou no de licença ou patente. Para saber se um ativo que contém elementos intangíveis e tangíveis deve ser tratado como ativo imobilizado ou como ativo in- tangível, a entidade avalia qual elemento é mais significativo. Por exemplo, um software de uma máquina-ferramenta controlada por compu- tador que não funciona sem esse software específico – sem similar no mercado – é parte integrante do referido equipamento, devendo ser tratado como ativo imobi- lizado. O conteúdo desta aula em pdf é licenciado para WESLEY HENRIQUE DE ALBUQUERQUE - 02409124119, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br http://www.grancursosonline.com.br 18 de 94 CONTABILIDADE Critérios de Avaliação do Ativo – Parte III Prof. Claudio Zorzo www.grancursosonline.com.br O mesmo se aplica ao sistema operacional de um computador. Quando o sof- tware não é parte integrante do respectivo hardware, ele deve ser tratado como ativo intangível. Quando o software é parte de uma máquina, ele é tratado como imobilizado; con- tudo, quando o software for a parte importante e a máquina for o meio de sua apli- cação, ele é tratado como intangível. Mensuração do Intangível Os direitos que tenham por objeto bens incorpóreos destinados à manutenção da atividade da empresa ou exercidos com essa finalidade são mensurados ou ava- liados com base no valor de aquisição ou de produção. O critério de mensuração ou avaliação dos ativos intangíveis obtidos a título gratuito e a eventual impossibilidade de sua valoração devem ser evidenciados em notas explicativas. Dessa forma, por exemplo, intangíveis devem ser mensurados inicialmente pelo custo de aquisição/produção ou valor justo, adotando-se, posteriormente, proce- dimentos de mensuração após o reconhecimento (como a amortização para o caso do ativo intangível). Os gastos posteriores à aquisição ou ao registro de elemento do ativo intangível devem ser incorporados ao valor desse ativo quando houver possibilidade de gera- ção de benefícios econômicos futuros ou potenciais de serviços. O conteúdo desta aula em pdf é licenciado para WESLEY HENRIQUE DE ALBUQUERQUE - 02409124119, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br http://www.grancursosonline.com.br 19 de 94 CONTABILIDADE Critérios de Avaliação do Ativo – Parte III Prof. Claudio Zorzo www.grancursosonline.com.br Qualquer outro gasto deve ser reconhecido como despesa do período em que tenha incorrido. Depois de reconhecido e estar em condições de uso, o intangível será deduzido do saldo da respectiva conta de amortização acumulada e do montante acumulado de quaisquer perdas do valor que hajam sofrido ao longo de sua vida útil por redu- ção ao valor recuperável (impairment). Contudo, para ajustar o intangível, primeiro a entidade deve classificar a vida útil do ativo intangível em definida e indefinida. • A vida útil é definida quando a entidade tem o prazo estabelecido para utili- zação do intangível. • A entidade deve atribuir vida útil indefinida a um ativo intangível quando não existe um limite previsível para o período durante o qual o ativo deverá gerar fluxos de caixa líquidos positivos, ou fornecer serviços para a entidade. O termo “indefinida” não significa “infinita”. Somente será amortizado o intangível com vida útil definida. O conteúdo desta aula em pdf é licenciado para WESLEY HENRIQUE DE ALBUQUERQUE - 02409124119, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br http://www.grancursosonline.com.br 20 de 94 CONTABILIDADE Critérios de Avaliação do Ativo – Parte III Prof. Claudio Zorzo www.grancursosonline.com.br A amortização de ativos intangíveis com vida útil definida deve ser iniciada a partir do momento em que o ativo estiver disponível para uso e deve cessar na data em que o ativo é classificado como mantido para venda, quando estiver totalmente amortizado ou na data em que ele é baixado, o que ocorrer primeiro. O período e o método de amortização de ativo intangível com vida útil definida devem ser revisados pelo menos ao final de cada exercício. Caso a vida útil prevista do ativo seja diferente de estimativasanteriores, o prazo de amortização deve ser devidamente alterado. Se houver alteração no pa- drão de consumo previsto dos benefícios econômicos futuros ou serviços poten- ciais atrelados ao ativo, o método de amortização deve ser alterado para refletir essa mudança. Tais mudanças devem ser consideradas como mudanças nas esti- mativas. O ativo intangível com vida útil indefinida não deve ser amortizado, entretanto a entidade deve testar a perda de valor dos ativos intangíveis com vida útil indefini- da, ou aqueles ainda não disponíveis para o uso, comparando o valor recuperável com o seu valor contábil sempre que existirem indícios de que ativo intangível pode ter perdido valor. A vida útil de um ativo intangível que não é amortizado deve ser revisada perio- dicamente para determinar se eventos e circunstâncias continuam a consubstan- ciar a avaliação de vida útil indefinida. O conteúdo desta aula em pdf é licenciado para WESLEY HENRIQUE DE ALBUQUERQUE - 02409124119, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br http://www.grancursosonline.com.br 21 de 94 CONTABILIDADE Critérios de Avaliação do Ativo – Parte III Prof. Claudio Zorzo www.grancursosonline.com.br 1. (IF-MT/PROFESSOR DE CONTABILIDADE/2014) O Ativo Imobilizado é formado por bens a) sujeitos à perda de valor por amortização b) corpóreos e incorpóreos de uso próprio da entidade. c) corpóreos usados na manutenção das atividades da entidade. d) de participações permanentes que não se destinam à manutenção das ativida- des da entidade. Letra c. Ativo imobilizado é o item tangível que: a) é mantido para uso na produção ou fornecimento de mercadorias ou ser- viços, para aluguel a outros, ou para fins administrativos; e b) se espera utilizar por mais de um período. Correspondem aos direitos que tenham por objeto bens corpóreos destinados à manutenção das atividades da entidade ou exercidos com essa finalidade, inclusive os decorrentes de operações que transfiram a ela os benefícios, os riscos e o con- trole desses bens. O imobilizado será ajustado, essencialmente, pela depreciação. O conteúdo desta aula em pdf é licenciado para WESLEY HENRIQUE DE ALBUQUERQUE - 02409124119, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br http://www.grancursosonline.com.br 22 de 94 CONTABILIDADE Critérios de Avaliação do Ativo – Parte III Prof. Claudio Zorzo www.grancursosonline.com.br 2. (FDC/FIOCRUZ/ANALISTA CONTÁBIL/2014) Quanto ao imobilizado podemos afirmar que: a) não é reconhecido inicialmente com base no valor de aquisição, produção ou construção. b) ficam isentos de depreciação, amortização ou exaustão sistemática durante esse período, sem prejuízo das exceções expressamente consignadas. c) deve ser evidenciado em notas explicativas o critério de mensuração ou avalia- ção o imobilizado obtido a título gratuito, bem como a eventual impossibilidade de sua valoração, devidamente justificada. d) os gastos posteriores à aquisição ou ao registro de elemento do ativo imobiliza- do não precisam ser incorporados ao valor desse ativo quando houver possibilidade de geração de benefícios econômicos futuros ou potenciais de serviços. e) em nenhum caso há necessidade de mensuração dos bens de uso comum. Letra c. a) Errada. O erro é que são reconhecidos incialmente com base no valor de aqui- sição, produção ou construção. b) Errada. O erro é que o imobilizado será ajustado pela depreciação, exaustão e amortização. d) Errada. O erro é que os gastos posteriores que aumentam o potencial do ativo devem ser tratados como custo. e) Errada. Todos os bens devem ser mensurados. O conteúdo desta aula em pdf é licenciado para WESLEY HENRIQUE DE ALBUQUERQUE - 02409124119, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br http://www.grancursosonline.com.br 23 de 94 CONTABILIDADE Critérios de Avaliação do Ativo – Parte III Prof. Claudio Zorzo www.grancursosonline.com.br 3. (CESPE/TRT-8ª/ANALISTA CONTADOR/2016) Assinale a opção que apresenta corretamente os itens patrimoniais que podem ser avaliados com base no valor de produção. a) disponibilidades; investimentos permanentes; intangível b) estoques; ativo imobilizado; intangível c) estoques; investimentos permanentes; dívidas d) intangível; disponibilidades; dívidas e) estoques; dívidas; intangível Letra b. O custo de produção é o principal indicador de mensuração dos ativos, especial- mente o estoque, o imobilizado e o intangível. 4. (FGV/SUDENE/CONTADOR/2013) Quanto ao reconhecimento de um ativo intan- gível, é correto afirmar que ocorrerá quando a) for provável que os benefícios econômicos atribuíveis ao ativo forem gerados em favor da entidade ou daquela a quem se pretende vender. b) o custo for mensurado com confiabilidade. c) o método de custo aplicado for o de recuperabilidade. d) for pelo valor justo a data de reavaliação com a contrapartida na reserva de reavaliação do patrimônio líquido. e) a entidade adquirir o bem intangível pelo custo histórico deduzido da deprecia- ção acumulada. O conteúdo desta aula em pdf é licenciado para WESLEY HENRIQUE DE ALBUQUERQUE - 02409124119, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br http://www.grancursosonline.com.br 24 de 94 CONTABILIDADE Critérios de Avaliação do Ativo – Parte III Prof. Claudio Zorzo www.grancursosonline.com.br Letra b. Um ativo intangível satisfaz o critério de identificação quando: a) for separável, ou seja, puder ser separado da entidade e vendido, transfe- rido, licenciado, alugado ou trocado, individualmente ou junto com um con- trato, ativo ou passivo relacionado, independentemente da intenção de uso pela entidade; ou b) resultar de compromissos obrigatórios (incluindo direitos contratuais ou outros direitos legais), independentemente de tais direitos serem transferí- veis ou separáveis da entidade ou de outros direitos e obrigações. Os intangíveis devem ser mensurados inicialmente pelo custo ou valor justo, ado- tando-se, posteriormente, procedimentos de mensuração após o reconhecimento (como a amortização para o caso do ativo intangível). Os gastos posteriores à aquisição ou ao registro de elemento do ativo intangível de- vem ser incorporados ao valor desse ativo quando houver possibilidade de geração de benefícios econômicos futuros ou potenciais de serviços. 5. (FEPESE/PREFEITURA DE FLORIANÓPOLIS/AUDITOR FISCAL/2014) A Empresa de Transportes Manezinhos S/A adquiriu equipamentos de informática e softwares aplicativos de gestão no valor total de R$100.000. Sabendo-se que 60% do valor total refere-se ao aplicativo citado, 10% ao software específico para funcionamento dos equipamentos e 30% aos equipamentos, assi- nale a alternativa correta do registro contábil dessa aquisição. a) Intangível = R$100.000. O conteúdo desta aula em pdf é licenciado para WESLEY HENRIQUE DE ALBUQUERQUE - 02409124119, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br http://www.grancursosonline.com.br 25 de 94 CONTABILIDADE Critérios de Avaliação do Ativo – Parte III Prof. Claudio Zorzo www.grancursosonline.com.br b) Imobilizado = R$100.000. c) Imobilizado = R$40.000; Intangível = R$60.000. d) Imobilizado = R$70.000; Intangível = R$30.000. e) Imobilizado =R$30.000; Intangível = R$60.000; Despesas = R$10.000. Letra c. Quando um intangível possuir vida própria, deve ser reconhecido como intangível; contudo, quando ele fizer parte ou compuser um imobilizado, deve ser tratado como imobilizado. O bem de maior valor e potencial é que conta. Neste caso, teremos um intangível de $60.000, representado pelo software que é o aplicativo e um imobilizado de $40.000, representado pelos equipamentos e pelo software que será acoplado aos equipamentos. Depreciação, Amortização e Exaustão Os ativos que são classificados como bens de uso, tangíveis ou intangíveis, de- verão ser ajustados pela respectiva depreciação, exaustão ou amortização, confor- me o caso. Esta forma de ajuste é o mecanismo que a empresa tem para recuperar econo- micamente os valores aplicados nos bens, respeitando o regime de competência de exercícios. A depreciação é a diminuição do valor contábil dos bens corpóreos que in- tegram o ativo imobilizado ou investimentos (bens alugados para terceiros). Em decorrência de desgaste ou perda de utilidade pelo uso, ação da natureza ou obso- O conteúdo desta aula em pdf é licenciado para WESLEY HENRIQUE DE ALBUQUERQUE - 02409124119, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br http://www.grancursosonline.com.br 26 de 94 CONTABILIDADE Critérios de Avaliação do Ativo – Parte III Prof. Claudio Zorzo www.grancursosonline.com.br lescência, durante a sua vida útil, representa o declínio do potencial de geração de serviços por ativos de longa duração, ocasionada pelos seguintes fatores: a) deterioração física; b) desgastes com uso; e c) obsolescência. Exaustão é a diminuição do valor contábil de recursos naturais que estão sen- do explorados pela empresa. Em termos contábeis, a exaustão se relaciona com a perda de valor dos bens ou direitos do ativo, ao longo do tempo, decorrentes de sua exploração (extração ou aproveitamento). Exaurir significa esgotar completa- mente. A Lei n. 6.404 estabelece que a diminuição de valor dos elementos do ativo imobilizado será registrada periodicamente nas contas de exaustão, quando corres- ponder à perda do valor decorrente da sua exploração, de direitos cujo objeto seja recursos minerais ou florestais, ou bens aplicados nessa exploração. A amortização consiste na “recuperação contábil” do capital aplicado na aqui- sição de intangíveis e de direitos, cuja existência ou exercício tenha duração limi- tada, ou de bens, cuja utilização pelo contribuinte tenha o prazo limitado por lei ou contrato. De acordo com a Legislação, a diminuição do valor dos elementos dos ativos imobilizado e intangível será registrada periodicamente nas contas de amortização, quando corresponder à perda do valor do capital aplicado na aquisição de direitos da propriedade industrial ou comercial e quaisquer outros com existência ou exer- cício de duração limitada, ou cujo objeto sejam bens de utilização por prazo legal ou contratualmente limitado. O conteúdo desta aula em pdf é licenciado para WESLEY HENRIQUE DE ALBUQUERQUE - 02409124119, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br http://www.grancursosonline.com.br 27 de 94 CONTABILIDADE Critérios de Avaliação do Ativo – Parte III Prof. Claudio Zorzo www.grancursosonline.com.br Na contabilidade faz-se necessário o devido ajuste/apropriação do consumo desses ativos ao resultado do período por meio da depreciação/exaustão/amorti- zação, atendendo ao regime de competência. Assim, é importante verificar que o reconhecimento da diminuição do valor contábil se encontra vinculado à identifica- ção das circunstâncias que determinem o seu registro, seja o uso, a extração ou a diminuição de um direito, de forma que esse valor seja reconhecido no resultado como uma despesa. Na prática, os ativos imobilizados estão sujeitos ao ajuste no decorrer da sua vida útil pela perda do seu potencial de geração econômica. Devido a isto, manu- tenção adequada desses ativos não interfere na aplicação da depreciação, exaustão ou amortização, pois ela somente mantém o ativo em condições normais de uso. O conteúdo desta aula em pdf é licenciado para WESLEY HENRIQUE DE ALBUQUERQUE - 02409124119, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br http://www.grancursosonline.com.br 28 de 94 CONTABILIDADE Critérios de Avaliação do Ativo – Parte III Prof. Claudio Zorzo www.grancursosonline.com.br A apuração da depreciação/exaustão/amortização deve ser feita mensalmente, a partir do momento em que o item do ativo se tornar disponível para uso, ou seja, quando estiver no local e em condição de funcionamento na forma pretendida pela administração. Contudo, se o método de utilizado para o ajuste for o de unidades produzidas, a despesa de depreciação pode ser zero enquanto não houver produção. A depreciação/exaustão/amortização cessa quando do término do período de vida útil do ativo ou quando ele é baixado e, se ao final da vida útil, o valor contábil do ativo será igual ao seu valor residual, ou na falta deste, igual a zero. A depreciação/amortização/exaustão não cessa quando o ativo se torna ocioso ou é retirado de uso por tempo determinado. Em função de suas características, alguns itens do ativo não deverão ser de- preciados. Como exemplos de bens que não se encontram sujeitos à depreciação, têm-se os terrenos e os bens de natureza cultural. Não estão sujeitos à depreciação os seguintes ativos: a) bens móveis de natureza cultural, tais como obras de artes, antiguidades, documentos, bens com interesse histórico, bens integrados em coleções, en- tre outros; b) bens de uso, considerados tecnicamente, de vida útil indeterminada; c) animais que se destinam à exposição e à preservação; d) terrenos rurais e urbanos. O conteúdo desta aula em pdf é licenciado para WESLEY HENRIQUE DE ALBUQUERQUE - 02409124119, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br http://www.grancursosonline.com.br 29 de 94 CONTABILIDADE Critérios de Avaliação do Ativo – Parte III Prof. Claudio Zorzo www.grancursosonline.com.br Os terrenos e edifícios são ativos separáveis e são contabilizados separadamente, mesmo quando sejam adquiridos conjuntamente. Com algumas exceções, como as pedreiras e os locais usados como aterro, os terrenos têm vida útil ilimitada e, por- tanto, não são depreciados. Os edifícios têm vida útil limitada e por isso são ativos depreciáveis. Conceitos Básicos Relacionados • Valor Depreciável/exaurível/amortizável: é o custo de um ativo, ou outra base que substitua o custo, menos o seu valor residual. • Valor Residual de um Ativo = é o valor estimado que a entidade obteria com a venda do ativo, caso o ativo já tivesse a idade, a condição esperada e o tempo de uso esperados para o fim de sua vida útil. Assim, o valor residual seria o valor de mercado depois de efetuada toda a depreciação. • Vida Útil = é o período durante o qual a entidade espera utilizar o ativo, ou número de unidade de produção ou de unidades semelhantes que a entidade espera obter pela utilização do ativo. • Valor contábil líquido = é o valor do bem registrado na Contabilidade, em determinada data, deduzido da correspondente depreciação, amortização ou exaustão acumulada. O conteúdo desta aula em pdf é licenciado para WESLEY HENRIQUE DE ALBUQUERQUE - 02409124119, vedada, por quaisquer meios e a qualquertítulo, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br http://www.grancursosonline.com.br 30 de 94 CONTABILIDADE Critérios de Avaliação do Ativo – Parte III Prof. Claudio Zorzo www.grancursosonline.com.br A estimativa da vida útil econômica do item do ativo é definida conforme alguns fatores: a) desgaste físico, pelo uso ou não; b) geração de benefícios futuros; c) limites legais e contratuais sobre o uso ou a exploração do ativo; e d) obsolescência tecnológica. A empresa deve utilizar o prazo de vida útil e as taxas anuais de depreciação conforme as peculiaridades de sua gestão. EXEMPLO Um veículo utilizado que se destina apenas a serviços burocráticos (levar corres- pondências, transportar funcionários para um determinado lugar) pode não ter a mesma vida útil daquele utilizado para carregar e entregar mercadorias. A legislação do imposto de renda fixa limites máximos de depreciação para os bens, as taxas anuais são apresentadas no anexo III da IN RFB 1.700/2017, ten- do, por exemplo, as seguintes taxas aplicáveis aos bens de ocorrência mais usual: Taxa anual Anos de vida útil Edifícios 4% 25 Máquinas e Equipamentos 10% 10 Instalações 10% 10 Móveis e Utensílios 10% 10 Veículos 20% 5 Computadores e periféricos 20% 5 O conteúdo desta aula em pdf é licenciado para WESLEY HENRIQUE DE ALBUQUERQUE - 02409124119, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br http://www.grancursosonline.com.br http://www.portaltributario.com.br/legislacao/insrf162.htm 31 de 94 CONTABILIDADE Critérios de Avaliação do Ativo – Parte III Prof. Claudio Zorzo www.grancursosonline.com.br Cada parte de um item do ativo imobilizado com custo significativo em relação ao valor total do bem deve ser depreciado, amortizado ou exaurido separadamente; por exemplo: depreciar a fuselagem e os motores de um avião como se fossem dois bens diferentes. A Depreciação é uma despesa que terá como contrapartida a conta redutora do ativo denominada de depreciação acumulada e deverá ser realizada mensalmente em quotas que representam um duodécimo da taxa de depreciação anual do bem, por meio do seguinte registro contábil: D – Depreciação C – Depreciação Acumulada Embora o lançamento contábil possa ser realizado pelo valor total da classe dos bens depreciados ao qual aquele item se refere, é importante notar que o cálculo do valor a depreciar deve ser identificado individualmente, item a item, em virtude da possibilidade de haver bens similares com taxas de depreciação diferentes e bens totalmente depreciados. Com relação aos bens que entrem em condições de uso no decorrer do mês, existem duas alternativas para a realização da depreciação desse mês: a) a depreciação inicia-se no mês seguinte à colocação do bem em condições de uso, não havendo para os bens da entidade, depreciação em fração menor que um mês. b) a taxa de depreciação do mês pode ser ajustada pro rata em relação à quan- tidade de dias corridos a partir da data que o bem se tornou disponível para uso. O conteúdo desta aula em pdf é licenciado para WESLEY HENRIQUE DE ALBUQUERQUE - 02409124119, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br http://www.grancursosonline.com.br 32 de 94 CONTABILIDADE Critérios de Avaliação do Ativo – Parte III Prof. Claudio Zorzo www.grancursosonline.com.br Para se estabelecer o valor contábil de um ativo devem ser respeitados 3 passos: 1) calcular a depreciação anual; 2) calcular a depreciação acumulada (soma das depreciações anuais); 3) diminuir do valor do bem o total da depreciação acumulada. Métodos de Depreciação Vários métodos de depreciação podem ser utilizados para alocar de forma sis- temática o valor depreciável de um ativo ao longo da sua vida útil. Não é exigi- do que todos os bens sejam avaliados pelo mesmo método. Dentre os métodos, destacam-se o da linha reta (ou cotas constantes), o da soma dos dígitos e o de unidades produzidas. • O método das cotas constantes ou linear utiliza-se de taxa de depreciação constante durante a vida útil do ativo, caso o seu valor residual não se altere. • O método da soma dos dígitos resulta em uma taxa decrescente durante a vida útil. Esse é o método mais adequado para itens como, por exemplo, ve- ículos, que costumam ter uma depreciação maior nos primeiros anos de uso. • O método das unidades produzidas resulta em uma taxa baseada no uso ou produção esperados. A vida útil do bem é determinada pela capacidade de produção. a) Método Linear Consiste na aplicação de taxas constantes durante o tempo de vida útil estima- do para um bem; é o método mais frequentemente utilizado. O conteúdo desta aula em pdf é licenciado para WESLEY HENRIQUE DE ALBUQUERQUE - 02409124119, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br http://www.grancursosonline.com.br 33 de 94 CONTABILIDADE Critérios de Avaliação do Ativo – Parte III Prof. Claudio Zorzo www.grancursosonline.com.br A depreciação é calculada pela seguinte fórmula: DA = Depreciação Acumulada VB = Valor do Bem VR = Valor Residual VU = Valor Útil EXEMPLO Uma empresa comprou uma máquina por 20.000 reais, sabendo que a sua vida útil é de 5 anos. Calcule a depreciação acumulada ao final do 3º ano. Resolução Vida útil = 5 anos (100%) Depreciação anual = VB – VR / VU = 20.000 / 5 = 4.000 ao ano. ANOS DEPRECIAÇÃO (despesa e encargo) DEP. ACUMULADA (DA) 1º 4.000 4.000 2º 4.000 8.000 3º 4.000 12.000 4º 4.000 16.000 5º 4.000 20.000 O conteúdo desta aula em pdf é licenciado para WESLEY HENRIQUE DE ALBUQUERQUE - 02409124119, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br http://www.grancursosonline.com.br 34 de 94 CONTABILIDADE Critérios de Avaliação do Ativo – Parte III Prof. Claudio Zorzo www.grancursosonline.com.br EXEMPLO 2 A empresa Tocar, comprou um veículo especial por 100.000 reais, sabe-se que a vida útil é de 4 anos e que a administração quer manter um resíduo contábil de 20%. A compra foi efetuada em 01/07/2015. Qual o valor da depreciação acumu- lada em 31/12/2017? Resolução Veículo = 100.000 Vida Útil = 4 anos Resíduo = 20% Comprado em 01/07/2003 DA em 31/12/2015 50.000 Cálculo da depreciação ANOS DEPRECIAÇÃO (despesa e encargo) DEP. ACUMULADA (DA) 2015 – 1º ano 10.000 (6 meses) 10.000 2016 – 2º ano 20.000 30.000 2017 – 3º ano 20.000 50.000 2018 – 4º ano 20.000 70.000 2019 – 5º ano 10.000 (6 meses) 80.000 O conteúdo desta aula em pdf é licenciado para WESLEY HENRIQUE DE ALBUQUERQUE - 02409124119, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br http://www.grancursosonline.com.br 35 de 94 CONTABILIDADE Critérios de Avaliação do Ativo – Parte III Prof. Claudio Zorzo www.grancursosonline.com.br b) Método dos Saldos Decrescentes Neste método, a despesa com a depreciação é calculada de forma escalonada, partindo do maior valor para o menor, a partir de uma variável criada (denomina- dor) pela soma dos anos de vida útil do bem. O numerador é representado pelos anos de vida útil. Este método é conhecido como o método de cole e consiste em dividir o total da depreciação em frações, tais que o numerador expresseos períodos que faltem para o final da vida útil do bem, e o denominador represente o somatório dos períodos. Normalmente, a depreciação é maior quando o ativo é novo (método decrescente), entretanto, a empresa pode decidir por questões administrativas, como controlar o resultado do exercício, depreciar da menor cota para a maior (método crescente). EXEMPLO A empresa possui um bem com vida útil de 5 anos que custou $180.000,00 O denominador é determinado pela soma da vida útil = 1 + 2 + 3 + 4 + 5 = 15 Método decrescente: o numerador é do maior prazo para o menor. 1 ano de uso = deprecia 5/15 do valor do bem = 60.000; acumulada 60.000; 2 anos de uso = deprecia 4/15 do valor do bem = 48.000; acumulada 108.000; 3 anos de uso = deprecia 3/15 do valor do bem = 36.000; acumulada 144.000; 4 anos de uso = deprecia 2/15 do valor do bem = 24.000; acumulada 168.000; 5 anos de uso = deprecia 1/15 do valor do bem = 12.000; acumulada 180.000. Considerando as informações do exemplo, no cálculo pelo método crescente o numerador é do menor para o maior. 1 ano de uso = deprecia 1/15 do valor do bem = 12.000; acumulada 12.000; O conteúdo desta aula em pdf é licenciado para WESLEY HENRIQUE DE ALBUQUERQUE - 02409124119, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br http://www.grancursosonline.com.br 36 de 94 CONTABILIDADE Critérios de Avaliação do Ativo – Parte III Prof. Claudio Zorzo www.grancursosonline.com.br 2 anos de uso = deprecia 2/15 do valor do bem = 24.000; acumulada 36.000; 3 anos de uso = deprecia 3/15 do valor do bem = 36.000; acumulada 72.000; 4 anos de uso = deprecia 4/15 do valor do bem = 48.000; acumulada 120.000; 5 anos de uso = deprecia 5/15 do valor do bem = 60.000; acumulada 180.000. A ideia deste método é que a empresa gerencie os valores gastos com deprecia- ção conjuntamente com os gastos de manutenção, pois toda empresa que se preze tem um orçamento de gastos com depreciação e com manutenção. A lógica gerencial é a de que nos primeiros anos de uso da máquina a despesa com manutenção seja menor que nos últimos anos de vida dela, assim, nada mais coerente do que depreciar mais nos primeiros anos, onde a despesa de manuten- ção é menor. Com o uso contínuo do bem, em teoria, a despesa de manutenção aumenta na mesma medida em que a despesa com depreciação diminui. EXEMPLO • Vida útil do bem = 4 anos • Orçamento de depreciação total = 200.000 • Orçamento de manutenção total = 50.000 − 1º ano = 5.000 − 2º ano = 10.000 − 3º ano = 15.000 − 4º ano = 20.000 Caso a empresa trabalhe pelo método de depreciação linear, a depreciação anu- al será de $50.000,00; como no primeiro ano de uso a empresa terá despesa de manutenção de $5.000, o total de despesas na DRE será de $55.000. O conteúdo desta aula em pdf é licenciado para WESLEY HENRIQUE DE ALBUQUERQUE - 02409124119, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br http://www.grancursosonline.com.br 37 de 94 CONTABILIDADE Critérios de Avaliação do Ativo – Parte III Prof. Claudio Zorzo www.grancursosonline.com.br No último ano de uso, a despesa com depreciação será de $50.000 e a des- pesa com manutenção será de $20.000, totalizando uma despesa na DRE de $70.000. Roger Cole viu que seria melhor equilibrar os gastos com depreciação e com manutenção e estabeleceu o método dos dígitos decrescentes; segundo este mé- todo, a depreciação será maior no primeiro ano e menor no último ano de vida útil da máquina. A depreciação no primeiro ano será de 4/10 de $200.000, totalizando $80.000; a despesa com manutenção é de $5.000, desta forma a despesa com depreciação e manutenção na DRE será de $85.000. No 4º ano de uso do bem, a depreciação será de 1/10 de $200.000, represen- tando $20.000 e a despesa com manutenção será de $20.000, note que a despesa na DRE com manutenção e depreciação será de $40.000, ficando bem abaixo dos $70.000 pelo método linear. Note que com este método a empresa pode “controlar” o valor a ser lançado como despesa de depreciação e de manutenção, gerenciando o resultado apurado na DRE, por isto é indicado para empresas que tenham um gasto considerado de manutenção com o passar dos anos de uso dos seus bens. Para responder provas de concursos, entenda que a empresa pode calcular a de- preciação de forma crescente ou decrescente, sendo que o normal é o método de- crescente. O conteúdo desta aula em pdf é licenciado para WESLEY HENRIQUE DE ALBUQUERQUE - 02409124119, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br http://www.grancursosonline.com.br 38 de 94 CONTABILIDADE Critérios de Avaliação do Ativo – Parte III Prof. Claudio Zorzo www.grancursosonline.com.br c) O Método das Unidades Produzidas Este método de depreciação consiste em dividir o número de unidades produzi- das no período pelo total de unidades que a empresa estima produzir, e assim apu- rar um indicador de quanto está sendo produzido com relação ao total da produção esperada. A cota de depreciação está relacionada com a produção, ou seja, a vida útil da máquina será estabelecida por unidades de produção, e não por anos. Este método é próprio das empresas industriais. O cálculo da quota de depreciação anual é efetuado pela seguinte fórmula: EXEMPLO A empresa possui uma máquina que foi adquirida por R$50.000,00, com vida útil de 4 anos, sendo que a administração deseja produzir 100.000 peças durante a vida útil do bem. A produção está estimada em: 1º Ano = 10.000 peças 2º Ano = 20.000 peças 3º Ano = 30.000 peças 4º Ano = 40.000 peças Para calcular a quota anual da depreciação, a empresa aplica a fórmula: 1º Ano = 10.000/100.000 = 10% 2º Ano = 20.000/100.000 = 20% O conteúdo desta aula em pdf é licenciado para WESLEY HENRIQUE DE ALBUQUERQUE - 02409124119, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br http://www.grancursosonline.com.br 39 de 94 CONTABILIDADE Critérios de Avaliação do Ativo – Parte III Prof. Claudio Zorzo www.grancursosonline.com.br 3º Ano = 30.000/100.000 = 30% 4º Ano = 40.000/100.000 = 40% O quadro analítico do cálculo da depreciação da máquina ficaria assim: ANO PEÇAS PERCENTUAL VALOR DO BEM DEPRECIAÇÃO DO PERÍODO DEPRECIAÇÃO ACUMULADA 1º 10.000 10% 50.000 5.000 5.000 2º 20.000 20% 50.000 10.000 15.000 3º 30.000 30% 50.000 15.000 30.000 4º 40.000 40% 50.000 20.000 50.000 Uma característica das indústrias que utilizam este método é a de que se a empresa não produzir nada em determinado período, a depreciação deixará de ser registrada, assim será zero. O método de depreciação aplicado a um ativo deve ser revisado pelo menos ao final de cada exercício e, se houver alteração significativa no padrão de consumo previsto, o método de depreciação deve ser alterado para refletir essa mudança. Tal mudança deve ser registrada como mudança na estimativa contábil. Depreciação Acelerada A legislação fiscal aceita o registro da depreciação de forma normal, acelerada e incentivada, é importante entender que a aceleração está relacionado com os turnos de uso. O conteúdo desta aula em pdf é licenciado para WESLEY HENRIQUE DE ALBUQUERQUE - 02409124119, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br http://www.grancursosonline.com.br 40 de94 CONTABILIDADE Critérios de Avaliação do Ativo – Parte III Prof. Claudio Zorzo www.grancursosonline.com.br a) Depreciação Normal É a forma de registro que trata do uso normal de um bem durante 1 turno de 8 horas e de acordo com os prazos de vida útil apresentados pela Legislação Fiscal. EXEMPLO A empresa possui um bem comprado por R$240.000, com vida útil de 10 anos; de acordo com a depreciação normal este bem deprecia anualmente R$24.000,00; segundo a legislação contábil o balancete das contas deverá ser levantado mensal- mente, então a depreciação deverá ser calculada mensalmente e lançada no livro diário da seguinte forma: Depreciação anual = 24.000 Depreciação mensal = (2.000) D – Encargo com Depreciações (DRE) – 2.000 C – Depreciação Acumulada – Máquinas e Equipamentos (AP) – 2.000, b) Depreciação Acelerada É a depreciação resultante do desgaste pelo uso de um bem em regime de ope- ração acima do normal, ou seja, quando uma máquina é utilizada em dois ou três turnos de serviço. É aceito pela Receita Federal somente para bens móveis envolvidos na produção ou nas atividades normais da empresa, com a aplicação dos seguintes coeficientes: a) para 1 turno de 8h um coeficiente de 1. b) para 2 turnos de 8h cada, um coeficiente de 1.5. O conteúdo desta aula em pdf é licenciado para WESLEY HENRIQUE DE ALBUQUERQUE - 02409124119, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br http://www.grancursosonline.com.br 41 de 94 CONTABILIDADE Critérios de Avaliação do Ativo – Parte III Prof. Claudio Zorzo www.grancursosonline.com.br c) para três turnos de 8 horas um coeficiente de 2.0. Para calcular a depreciação acelerada, basta multiplicar o valor da depreciação nor- mal pelo coeficiente aplicado ou dividir a vida útil pelo coeficiente e aplicar a nova vida útil na fórmula. EXEMPLO A empresa compra uma máquina por R$100.000, com vida útil de 10 anos. Se usar o bem durante 1 turno: Valor = 100.000 Vida útil 8 horas = 10 anos Taxa depreciação = 10% Encargo anual de depreciação = 10.000 Se usar o bem durante 2 turnos: Valor = 100.000 Vida útil 16 horas = 6,66 anos (10 anos/1,5) Taxa de depreciação = 15% Encargo de depreciação = 15.000 Também pode calcular a partir da depreciação normal: 10.000 x 1,5 = 15.000 Se usar o bem nos 3 turnos: Valor = 100.000 O conteúdo desta aula em pdf é licenciado para WESLEY HENRIQUE DE ALBUQUERQUE - 02409124119, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br http://www.grancursosonline.com.br 42 de 94 CONTABILIDADE Critérios de Avaliação do Ativo – Parte III Prof. Claudio Zorzo www.grancursosonline.com.br Vida útil 24 horas = 5 anos (10 anos / 2) Taxa de depreciação = 20% Encargo de depreciação = 20.000 Depreciação normal x 2 = 10.000 x 2 = 20.000 c) Depreciação Acelerada Incentivada É um incentivo que o governo dá para as empresas a fim de que elas moderni- zem e ampliem seus equipamentos industriais. Consiste na adoção de uma taxa de depreciação a mais, além da depreciação normal contabilizada no BP e na DRE. Como esta depreciação não se deu pelo uso do bem, mas pelo incentivo do gover- no, para não alterar o resultado do exercício o seu valor não será apresentado na DRE e o montante da depreciação incentivada será excluído da apuração do lucro real, diminuindo o total a ser recolhido como Imposto de Renda. Segundo o decreto 1.598/1977, depreciação incentivada não será registrada nos livros contábeis, pois essa não representa um desgaste físico, mas sim um incentivo do governo. O registro do valor da depreciação, a maior, pelo incentivo, será efetuado no LALUR, livro de apuração do lucro real, como uma exclusão. O conteúdo desta aula em pdf é licenciado para WESLEY HENRIQUE DE ALBUQUERQUE - 02409124119, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br http://www.grancursosonline.com.br 43 de 94 CONTABILIDADE Critérios de Avaliação do Ativo – Parte III Prof. Claudio Zorzo www.grancursosonline.com.br Depreciação de Bens já em Uso Caso o bem a ser depreciado já tenha sido usado anteriormente à sua posse pela Administração Pública, pode-se estabelecer como novo prazo de vida útil para o bem: a) metade do tempo de vida útil dessa classe de bens; b) resultado de uma avaliação técnica que defina o tempo de vida útil pelo qual o bem ainda poderá gerar benefícios para o ente; e c) restante do tempo de vida útil do bem, levando em consideração a primei- ra instalação desse bem. A taxa de depreciação de bens usados é estabelecida pelo RIR/1999, art. 311, podendo essa ser calculada considerando como prazo de vida útil, o maior dentre as taxas apresentadas. Quanto maior for o prazo de depreciação, menor a taxa aplicada para calcular a depreciação do período. Este procedimento estabelece uma despesa de depreciação menor, um lucro maior e com isso uma arrecadação fiscal maior. EXEMPLO Em primeiro de outubro de 2017, a empresa adquiriu um veículo usado por R$23.000,00, pagando 60% à vista. O carro fora comprado novo pelo ora vendedor pela quantia de R$27.000,00, há um ano e meio, e contabilizado com valor residual de R$12.000,00. A depreciação considera a previsão normal do fisco para a vida útil de veículos (cinco anos). O conteúdo desta aula em pdf é licenciado para WESLEY HENRIQUE DE ALBUQUERQUE - 02409124119, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br http://www.grancursosonline.com.br 44 de 94 CONTABILIDADE Critérios de Avaliação do Ativo – Parte III Prof. Claudio Zorzo www.grancursosonline.com.br Partindo-se de que o que nos interessa é como o comprador irá calcular a taxa de depreciação do veículo a partir da aquisição, vejamos as possibilidades de acordo com a legislação fiscal: a) 50% do prazo de vida útil admissível para o veículo novo. Vida útil = 5 anos ou 60 meses Tempo a depreciar = 50% da vida útil = 2,5 anos ou 30 meses Taxa de depreciação = 40% ao ano b) restante da vida útil do veículo. Vida útil = 5 anos ou 60 meses Tempo de uso = 1,5 anos ou 18 meses Tempo a depreciar = 3,5 anos ou 42 meses Taxa de depreciação = 28,57% ao ano Podemos concluir que o tempo de depreciação a ser levado em conta pelo compra- dor é o maior prazo dos dois, que é de 3,5 anos (42 meses), que apresenta a menor taxa de depreciação. O veículo será registrado no ativo imobilizado da empresa compradora pelo valor de R$23.000,00 e a sua depreciação será calculada em razão da vida útil de 42 meses. 6. (CESPE/ANCINE/TÉCNICO ADMINISTRATIVO/2012) De acordo com as normas brasileiras de contabilidade aplicadas ao setor público, julgue os próximos itens. Obras de arte, antiguidades e bens de interesse histórico devem ser depreciados anualmente. O conteúdo desta aula em pdf é licenciado para WESLEY HENRIQUE DE ALBUQUERQUE - 02409124119, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br http://www.grancursosonline.com.br 45 de 94 CONTABILIDADE Critérios de Avaliação do Ativo – Parte III Prof. Claudio Zorzo www.grancursosonline.com.br Errado. Não estão sujeitos à depreciação os seguintes ativos: a) bens móveis de natureza cultural, tais como obras de artes, antiguidades, documentos, bens com interesse histórico, bens integrados em coleções, en- tre outros; b) bens deuso comum que absorveram ou absorvem recursos públicos, con- siderados tecnicamente, de vida útil indeterminada; c) animais que se destinam à exposição e à preservação; d) terrenos rurais e urbanos. 7. (QUADRIX/CFO-DF/CONTADOR/2017) Uma praça de uso comum pela popula- ção, construída e mantida pelo Poder Público, cuja vida útil tenha prazo indetermi- nado, não está sujeita ao regime de depreciação. Certo. Ativos com vida útil indefinida ou indeterminada, não sobre depreciação, exaustão nem amortização. 8. (CESPE/SUFRAMA/CONTADOR/2014) A depreciação de um imobilizado calcu- lada pelo método da soma dos dígitos apresenta despesas anuais de depreciação crescentes ao longo do tempo. O conteúdo desta aula em pdf é licenciado para WESLEY HENRIQUE DE ALBUQUERQUE - 02409124119, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br http://www.grancursosonline.com.br 46 de 94 CONTABILIDADE Critérios de Avaliação do Ativo – Parte III Prof. Claudio Zorzo www.grancursosonline.com.br Errado. Este método é conhecido como o método de cole e consiste em dividir o total da de- preciação em frações, tais que o numerador expresse os períodos que faltem para o final da vida útil do bem, e o denominador represente o somatório dos períodos, busca depreciar mais quando o ativo é novo. Por exemplo: um bem com vida útil de 5 anos que custou $180.000,00 O denominador é determinado pela soma da vida útil = 1 + 2 + 3 + 4 + 5 = 15 O numerador é do maior prazo de vida útil para o menor. • 1 ano de uso = deprecia 5/15 do valor do bem = 60.000; acumulada 60.000 • 2 anos de uso = deprecia 4/15 do valor do bem = 48.000; acumulada 108.000 • 3 anos de uso = deprecia 3/15 do valor do bem = 36.000; acumulada 144.000 • 4 anos de uso = deprecia 2/15 do valor do bem = 24.000; acumulada 168.000 • 5 anos de uso = deprecia 1/15 do valor do bem = 12.000; acumulada 180.000 A despesa anual é decrescente. 9. (QUADRIX/CFO-DF/CONTADOR/2017) No que se refere à contabilidade aplicada ao setor público, julgue o item. A depreciação e a amortização devem ser reconhecidas até que o ativo se torne obsoleto ou enquanto estiver retirado de operação. O conteúdo desta aula em pdf é licenciado para WESLEY HENRIQUE DE ALBUQUERQUE - 02409124119, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br http://www.grancursosonline.com.br 47 de 94 CONTABILIDADE Critérios de Avaliação do Ativo – Parte III Prof. Claudio Zorzo www.grancursosonline.com.br Errado. Somente a depreciação está relacionada com a obsolescência de um bem. Contudo, um bem retirado de operação por tempo determinado continuará depreciando. A amortização é a diminuição do valor contábil de um direito, pelo transcorrer de um prazo estabelecido. 10. (CESPE/FUB/CONTADOR/2015) A vida útil de determinado ativo intangível foi considerada indefinida, pois, com base na análise dos fatos relevantes, não foi possível prever um período durante o qual seriam gerados fluxos de caixa líquidos positivos para a empresa. Nessa situação, o impairment test deve ser aplicado anu- almente a esse intangível. Certo. Os ativos que são considerados de vida útil indefinida ou vida indeterminada não podem ser depreciados, exauridos e nem amortizados, pois não há fundamento para estabelecer com confiança o tempo de uso do bem. Quando um ativo não sofre depreciação, exaustão ou amortização, ele deverá so- frer o teste de recuperabilidade anualmente. A entidade deve testar a perda de valor dos ativos com vida útil indefinida compa- rando o seu maior valor recuperável com o seu valor contábil anualmente e sempre que existirem indícios de que o ativo intangível pode ter perdido valor. O conteúdo desta aula em pdf é licenciado para WESLEY HENRIQUE DE ALBUQUERQUE - 02409124119, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br http://www.grancursosonline.com.br 48 de 94 CONTABILIDADE Critérios de Avaliação do Ativo – Parte III Prof. Claudio Zorzo www.grancursosonline.com.br 11. (FGV/IBGE/CONTADOR/2017) Um equipamento foi adquirido em 01/07/2013 e logo em seguida entrou em operação. O valor de aquisição do ativo foi $280.000,00. O seu valor residual foi estimado em 5% e a vida útil do bem é de 10 anos. Em ju- lho de 2016 foi realizada uma manutenção periódica no equipamento, que incorreu em gastos de $2.500,00. Considerando as disposições de mensuração de ativos, em 31/12/2016, o valor contábil líquido desse equipamento é: a) 172.075,00; b) 172.900,00; c) 182.000,00; d) 186.075,00; e) 186.900,00. Letra e. Os gastos com manutenção não entram no valor do ativo, devem ser tratados como despesa. Para estabelecer o valor contábil do ativo, devemos calcular a depreciação anual e depois a depreciação acumulada. Depreciação anual = valor do bem (-) valor residual / vida útil Depreciação Anual = 280.000 (-) 14.000 / 10 anos Depreciação anual = 26.600 ao ano Depreciação acumulada = 93.100 2013 – 6 meses = 13.300 2014 – 12 meses = 26.600 2015 – 12 meses = 26.600 2016 – 12 meses = 26.600 O conteúdo desta aula em pdf é licenciado para WESLEY HENRIQUE DE ALBUQUERQUE - 02409124119, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br http://www.grancursosonline.com.br 49 de 94 CONTABILIDADE Critérios de Avaliação do Ativo – Parte III Prof. Claudio Zorzo www.grancursosonline.com.br Valor do bem = 280.000 (-) depreciação acumulada = (93.100) (=) Valor contábil = 186.900 Exaustão Acumulada Entende-se por exaustão a diminuição do valor contábil de recursos naturais que estão sendo explorados pela empresa. Em termos contábeis, a exaustão se relaciona com a diminuição do valor dos bens e dos direitos do ativo, ao longo do tempo, decorrentes de sua exploração (extração ou aproveitamento). A exaustão pode ser tratada como despesa ou custo de produção, contudo terá como contrapartida a conta redutora do ativo denominada de “exaustão acumula- da”. O registro contábil é: D – exaustão C – exaustão acumulada Note que exaurir significa esgotar, assim é um fenômeno patrimonial que dimi- nui o valor contábil de bens imobilizados suscetíveis de exploração e que se esgo- tam no decorrer do tempo, como, por exemplo: • minas; • jazidas; • bosques; • florestas; • plantações. O conteúdo desta aula em pdf é licenciado para WESLEY HENRIQUE DE ALBUQUERQUE - 02409124119, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br http://www.grancursosonline.com.br 50 de 94 CONTABILIDADE Critérios de Avaliação do Ativo – Parte III Prof. Claudio Zorzo www.grancursosonline.com.br A Lei n. 6.404/1976 estabelece que a diminuição de valor dos elementos do ativo imobilizado será registrada periodicamente nas contas de exaustão, quando corresponder à perda do valor decorrente da sua exploração, de direitos cujo objeto seja recursos minerais ou florestais, ou bens aplicados nessa exploração. Os bens aplicados na extração de um recurso natural constituirão o custo do ativo e também serão exauridos. A regra é: tudo o que for gasto até o ativo estar dispo- nível para exploração é custo do ativo. EXEMPLO Se uma empresa comprar uma mina por 10 milhões e, para começar a exaurir o minério, gasta na estrutura 5 milhões, o valor da mina será de 15 milhões. Depois de registrado o ativo,
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