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Informações do Vídeo: Uma história da subjetividade no ocidente - Jurandir Freire Costa Ser Sujeito Grécia: · Para os gregos, a vida era definida por filosofia e política; já o corpo e suas necessidades eram a lembrança da animalidade do homem Vida – Zoé x Bios 1. Zoé: Conceito de viver - comum a todos os seres vivos 2. Bios: Vida racional - própria a cada indivíduo/grupo Bios político: Vida qualificada – admirável – Vida do homem pelas ações e condutas (práxis e lexis) que se individualizava e mantinha a virtude de viver a pólis democrática Praxis: O que se faz Lexis: O que se diz Vida Bios: Liberdade – aparecia como o resto/descriminado – tudo o que deveria ser evitado – rebaixamento de dignidade porque somos, em nossa animalidade, escravos Somos livres para falar e agir, mas não somos livres para deixar de fazer nossas necessidades biológicas, como por exemplo, comer – repetição de uma mesma necessidade – servidão · Controlando as suas necessidades, o homem mostrava que, governando a si, estava habilitado a governar os outros O Resto Grego: Soma (corpo): Termo usado para falar de cadáver/não vida ou de escravos – vida indefinida/indiferente/empobrecida que fica no mundo das necessidades básicas Escravos: Àqueles que, na luta contra Esparta, em defesa da própria cidade, não tiveram o heroísmo de morrer e preferiram guardar a vida animal, sacrificando sua vida heroica/honrada. Logo, estes não mereciam a liberdade – deveria ficar entre quatro paredes O corpo era o indicativo de uma espécie de suporte, que não dizia nada e que a vida usava para se mostrar · Segundo Aristóteles, a Bios era uma ação moral. Os cristãos aderiram o termo, mas mudaram seu significado: Zoé – Vida eterna e infinita/ dádiva divina; Bios – Vida eterna/ ciclo de nascimento e morte Roma: · Escreveram a vida e o corpo dentro de uma legislação · As grandes filosofias humanas, Epicurismo e Estoicismo, têm origem grega e procuraram a marca da originalidade na maneira como administravam o império · A lei qualificava a vida Vida Qualificada -> Vita: Zoé + Bios O Resto Romano: Qualquer coisa que poderia ser eliminada Homo Sacier: Homem sagrado – não tinha cidadania romana – errante que não tinha uma boa vida e sem direito de viver – existia para afirmar a soberania do governante (tinha o poder de dizer que vive e quem morre) Cristianismo: Vida – Carne x Espírito Viver segundo a carne era viver no pecado; viver segundo o espírito era viver da graça Vida: Manifestação de Deus Vida Messiânica: Vida inquieta - A vida divina solicitava que a pessoa fosse mais do que ela era -> Deus traumático · A vida é o produto do excesso, o resto de um Ente Superior -> A pessoa deve criar um relacionamento com o Ser Sagrado Ruptura com os gregos: · Eles descartaram o cristianismo pela falta de razão e fantasia presente · Galeno definiu o cristianismo como uma escola filosófica, que buscava um modo de vida superior · Neoplatonismo: Síntese do pensamento socrático e cristão –> Logos (razão) = Deus Ruptura com os romanos: · O poder vem da força de criar e acabar com as leis · Constantino foi o primeiro imperador a professar o cristianismo Ruptura com o judaísmo: Seguia as ideias: · Contra a lei como código · Contra a persuasão racional · Contra a força · A favor da fraqueza Paulo questionava o que era a lei para um homem religioso: Ela determina tudo? A vida boa/santa é a que obedece a lei ou é a que transgride a lei em certos pontos em nome de algo maior? - Ideia de justiça e pacto com Deus se mantém “Deus é o fraco que veio para vencer os fortes e é na fraqueza que existe a força” Modernidade: O corpo qualifica a vida - A vida diz o que é corpo; o corpo diz o que é vida O conhecimento do corpo dá a medida ao que é dignidade -> Ciências No espaço público, o homem é dono de si próprio e de suas ações, porque a natureza/Deus o fez possuidor do seu corpo. Se o corpo tiver interesses diferente dos interesses dos outros é chamado de rebelde/resto – este resto é irrecuperável/inassimilável “A verdade significa, fundamentalmente, que tal coisa tem sentido, embora não seja entendida.”
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