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1 CAMPO A PARTIR DO POTENCIAL Samira Nascimento dos Santos - 16210975 UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS – UFAL CENTRO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA – CTEC FACULDADE DE ENGENHARIA CIVIL INSTITUTO DE FÍSICA - IF Física Experimental 3 - Turma A PROFESSOR: Prof. Carlos Jacinto da Silva Resumo Campo elétrico é uma grandeza vetorial utilizado na medição de interações entre cargas elétricas de atração ou repulsão já o potencial elétrico é a quantidade de energia necessária para mover uma carga elétrica entre dois pontos distintos em um campo elétrico. Este relatório traz um experimento que compreende o campo elétrico a partir do potencial a fim de observar o comportamento do campo eletrostático a partir da determinação experimental de linhas equipotenciais em meios condutores líquidos. 1. Introdução 1.1 Campo Elétrico Campo elétrico é uma grandeza vetorial utilizado na medição de interações entre cargas elétricas de atração ou repulsão. Consiste numa distribuição de vetores campo elétrico ⃗ , um para cada ponto de uma região em torno de um objeto eletricamente carregado. O campo elétrico é definido em um ponto nas proximidades de um objeto carregado, como o ponto P da Figura 1. Assim, o campo elétrico é a força que atua sobre uma carga nesse ponto dividida pela carga (Equação 1). A unidade do campo elétrico é o Newton por Coulomb ( ). ⃗ ̂ (1) 2 Figura 1 – (a) Carga de prova positiva colocada em um ponto P nas proximidades de um objeto carregado. (b) Campo elétrico ⃗⃗ no ponto P produzido por um objeto carregado. Fonte: Halliday, 2016. Michael Faraday introduziu a ideia de campo elétrico e imaginava linhas nas vizinhanças de qualquer partícula ou objeto com carga elétrica, as linhas de campo elétrico. As linhas de campo elétrico tendem a se afastar das cargas positivas (onde começam) e se aproximam das cargas negativas (onde terminam). Na Figura 2, a esfera possui uma carga negativa distribuída na superfície uniformemente. Caso uma carga de prova positiva seja colocada nas proximidades da esfera, essa carga será atraída para o centro por uma força eletrostática. Esse campo elétrico pode ser representado pelas linhas de campo elétrico. A direção da linha de campo elétrico coincide com a direção do vetor campo elétrico. 3 Figura 2 – (a) Força eletrostática ⃗⃗ age sobre uma carga de prova positiva. (b) Vetor campo elétrico ⃗⃗ na posição das cargas de prova e as linhas de campo no espaço em torno da esfera. Fonte: Halliday, 2016. 1.2 Potencial Elétrico O potencial elétrico de um ponto em relação a um ponto de referência é definido pelo trabalho da força elétrica sobre uma carga eletrizada no deslocamento entre esses dois pontos. O potencial de um ponto que pertence a um campo elétrico pode ser encontrado a partir da Equação 2. (2) Onde é o potencial elétrico do ponto A, é o trabalho da força elétrica ao deslocar a carga do ponto A ao ponto B e é a carga elétrica. 4 O conceito de diferença de potencial (ddp), conhecida também como tensão elétrica ou voltagem, é mais utilizado do que o de potencial elétrico de um ponto. A diferença de potencial é dada pela Equação 3. (3) Onde é a diferença de potencial, é o potencial elétrico em um ponto A e é o potencial elétrico em um ponto B. 2. Objetivo Observar o comportamento do campo eletrostático a partir da determinação experimental de linhas equipotenciais em meios condutores líquidos. 3. Material Utilizado Cuba eletrolítica com papel milimetrado; Multímetro; Ponteiras (fixa e móvel); Cabos para ligações (banana-jacaré); Cabos para ligações (banana-banana); Eletrodos cilíndricos de cobre; Placas retangulares de cobre; Anel de latão; Fonte de tensão (0-12V DC); Solução de Sulfato de Cobre ). 4. Procedimento Experimental O sistema do experimento foi montado, conforme Figura 3. 5 Figura 3 – Montagem para Investigação das Linhas de Campo entre Eletrodos Circulares Fonte: Laboratório de Física UFAL, 2021. A representa a ponta fixa enquanto B representa a ponta móvel, ambas imersas em solução eletrolítica ( na cuba eletrolítica, juntamente com C e D que representam os eletrodos ligados à fonte. M corresponde ao multímetro que está ligado entre as pontas. Colocou-se, por baixa da cuba, uma folha de papel milimetrado para identificação dos pontos característicos do espaço que serão mapeados. Após montagem do sistema, foi feito um giro inicial no potenciômetro da corrente da fonte de para 1A e a tensão da fonte foi deixada em 6V. Também foi feito o movimento da ponteira móvel afim de observar o comportamento da corrente em função da diferença de potencial estabelecida entre as ponteiras. Para mapear as linhas equipotenciais, foram obtidos alguns pontos bem distribuídos de mesmo potencial. Em seguida, colocou-se um anel na cuba entre os eletrodos e observou-se o comportamento do potencial na região de fora, próxima e em seu interior. Trocando os eletrodos por placas metálicas (Figura 4) e repetiu-se o experimento. 6 Figura 4 – Montagem para Investigação das Linhas de Campo entre Eletrodos Circulares Fonte: Laboratório de Física UFAL, 2021. 5. Resultados e Discussões 5.1 Eletrodos Cilíndricos No experimento com os dois eletrodos cilíndricos, as superfícies equipotenciais formam círculos concêntricos ao redor dos dois eletrodos e na região próxima ao ponto médio entre eles, o formato começa a ficar achatado. Próximas ao eletrodo negativo, as tensões são maiores nas superfícies equipotenciais e vai diminuindo conforme se aproxima do eletrodo positivo diminuem gradativamente com a aproximação do eletrodo positivo. Saindo do eletrodo positivo, as linhas de campo elétrico cortam as superfícies equipotenciais de forma perpendicular fazendo uma curva até chegar no eletrodo negativo. Os resultados obtidos são apresentados na Tabela 1. 7 Tabela 1 – Pontos de Mapeamento das Linhas Equipotenciais com Eletrodos Circulares VOLTAGEM (V) COORDENADA VOLTAGEM (V) COORDENADA X Y X Y 1,25 -4,4 0 0,9 -3,5 0 -5,5 2,2 -3,8 1,9 -8,5 3,9 -6,5 8,1 -11,9 5,2 -6,2 7 -5,5 -2,7 -4,2 -3,9 -7,5 -4,1 -5,7 -7,2 10,5 6 VOLTAGEM (V) COORDENADA X Y 0,45 -1,9 0 -2 3 -2 2,8 -2,8 5,8 -2 -3,8 -1,9 -6,2 Fonte: Autora, 2021. 5.2 Anel de latão entre os eletrodos Colocado o anel de latão entre os eletrodos, a ponteira foi movimentada da mesma forma que no item anterior. Os dados obtidos são apresentados na Tabela 2. 8 Tabela 2 – Pontos de Mapeamento das Linhas Equipotenciais fora do Anel de Latão entre Eletrodos Circulares VOLTAGEM (V) COORDENADA X Y 1,15 -4,0 0 2,10 -7 3 2,0 -6,5 -4,0 -1,45 4,2 -1,8 -1,05 4,3 2,1 Fonte: Autora, 2021. Dentro do anel, com um raio de aproximadamente a voltagem permaneceu constante nos quatro quadrantes. Isso porque dentro de um condutor elétrico, o campo elétrico é nulo e consequentemente o potencial elétrico é constante. 5.3 Placas retangulares Trocados os eletrodos pelas placas retangulares, o ponteiro foi novamente movimentado e os dados obtidos são apresentados na Tabela 3.9 Tabela 3 – Pontos de Mapeamento das Linhas Equipotenciais entre as Placas Retangulares VOLTAGEM (V) COORDENADA VOLTAGEM (V) COORDENADA X Y X Y 1,1 -7 -6,1 0,62 -4 -5,2 -7 -3,8 -4 -2,9 -7 -1,2 -4 0,2 -7 1,5 -4 2,1 -7 4,2 -4 5 VOLTAGEM (V) COORDENADA VOLTAGEM (V) COORDENADA X Y X Y 0,15 -1 -5 -1,0 6 -6,1 -1 -1,8 6 -2,8 -1 0,2 6 -0,2 -1 2,5 6 2,4 -1 4,6 6 5,1 VOLTAGEM (V) COORDENADA VOLTAGEM (V) COORDENADA X Y X Y -0,65 4 -6,3 -0,33 2 -6,8 4 -3,2 2 -3,1 4 0 2 0 4 2,6 2 2,9 4 5,2 2 5,5 Fonte: Autora, 2021. Analisando os dados, verifica-se que pontos com a mesma distância da placa negativa apresentaram o mesmo potencial. 5.4 Anel de latão entre as placas Colocado o anel de latão entre as placas, a ponteira foi movimentada. Os dados obtidos são apresentados na Tabela 4. 10 Tabela 4 – Pontos de Mapeamento das Linhas Equipotenciais fora do Anel de Latão entre as Placas Retangulares VOLTAGEM (V) COORDENADA VOLTAGEM (V) COORDENADA X Y X Y 0,13 -1,0 -7,0 -0,28 2 -6,8 0,13 -1,0 -5,2 -0,28 2,3 -4,7 0,13 -1,2 -3,9 -0,28 2,9 -3,0 0,13 -1,9 -3,0 -0,28 3,3 -1,2 0,13 -2,6 -1,8 -0,28 3,5 0 0,13 -3,0 0 -0,28 2,9 2,0 0,13 -2,2 2,2 -0,28 2,0 3,8 0,13 -1,0 4,0 -0,28 1,9 5,0 0,13 -1,3 3,8 -0,28 0,13 -1,1 5,9 -0,28 Fonte: Autora, 2021. Dentro do anel de latão, o experimento ocorreu semelhante ao item 5.2 onde a voltagem permaneceu constante nos quatro quadrantes. 6. Conclusão A partir do experimento descrito e dos conhecimentos adquiridos na teoria sobre o assunto, foi possível concluir que há corrente nos dois sentidos quando há o deslocamento do ponteiro móvel de um eletrodo para o outro devido à diferença de potencial. Observou-se também que quando o anel foi colocado entre os eletrodos ou as placas paralelas uma blindagem eletrostática foi criada, isso se deu porque o campo elétrico do interior do anel é nulo devido a distribuição das cargas elétricas ao longo da superfície do condutor. Referências Bibliográficas Campo Elétrico. Disponível em: < https://www.educamaisbrasil.com.br/enem/fisica/campo- eletrico > Acesso em: 15 jul 2021. https://www.educamaisbrasil.com.br/enem/fisica/campo-eletrico https://www.educamaisbrasil.com.br/enem/fisica/campo-eletrico 11 Halliday, David – Fundamentos de Física Vol. 3 – Eletricidade e Magnetismo, 10a ED. Riao de Janeiro, TLC, 2016. Potencial Elétrico. Disponível em: < https://brasilescola.uol.com.br/fisica/potencial-eletrico- v.htm > Acesso em: 15 jul 2021. Potencial Elétrico. Disponível em: < https://www.todamateria.com.br/potencial-eletrico/ > Acesso em: 15 jul 2021. https://brasilescola.uol.com.br/fisica/potencial-eletrico-v.htm https://brasilescola.uol.com.br/fisica/potencial-eletrico-v.htm https://www.todamateria.com.br/potencial-eletrico/
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