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Trabalho TCC- TEOLOGIA, corrigido

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FACULDADE DE FILOSOFIA E TEOLOGIA PAULO VI 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SÃO FRANCISCO DE ASSIM, E O CUIDADO DA CASA COMUM 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MOGI DAS CRUZES 2021 
FACULDADE DE FILOSOFIA E TEOLOGIA PAULO VI
ADÁSSIS MARTINS RIBEIRO - 2145 
 
 
 
 
 
 
 
 
SÃO FRANCISCO DE ASSIS, E O CUIDADO DA CASA COMUM 
 
 
 
TCC apresentado à faculdade de Filosofia e Teologia Paulo VI como requisito parcial para obtenção do título de Bacharel em Teologia. 
Sob orientação do: Claudionir Braga do Carmo 
 
 
 
 
 
MOGI DAS CRUZES 2021 
ADÁSSIS MARTINS RIBEIRO- 2145
 
SÃO FRANCISCO DE ASSIS, E O CUIDADO DA CASA COMUM 
 
TCC apresentado à Faculdade de Filosofia e Teologia Paulo VI como requisito parcial para obtenção do título de Bacharel em Teologia.
 Sob orientação do: Claudionir Braga do Carmo
 
 
Banca Examinadora 
 
______________________________________ 
Orientador(a): Claudionir Braga do Carmo 
 
_________________________________________ 
Leitor(a): 
 
RESUMO 
A pesquisa sobre a temática “São Francisco de Assis, e o cuidado com a casa comum” é uma pesquisa de cunho qualitativa, a qual aborda alguns pontos fundamentais de um documento que trata em alertar a sociedade global sobre a necessidade de adotar um perfil crítico e ativo em relação a pontos fundamentais para a sobrevivência. A análise da obra do Papa Francisco está dividida em uma apresentação do tema explanando sobre a justificativa da proposta e o que trata a temática apresentada, a seguir temos a apresentação da problemática e a hipótese, sendo seguido os objetivos norteadores da pesquisa. O tema será descrito através de avaliação bibliográfica com conceituações em foco entender o escritor da obra e o que se trata o documento por ele escrito, além de uma explanação da obra dividida em capítulos e subcapítulos para um esclarecimento desse importante livro que teve 6 capítulos contemplando o preocupante que levou o Papa Francisco escrever sua obra e encaminha-la a sociedade global demonstrando um ato de fé e esperança mediante a ecologia ambiental e as condições de vida das pessoas.
 
 
 
PALAVRAS-CHAVE: Papa Francisco; Casa Comum; Ecologia Ambiental; Sociedade.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
1. INTRODUÇÃO	6
1.1 Apresentação do tema	6
1.2 Problema	8
1.3 Hipótese	8
2. OBJETIVOS	8
2.1 Objetivo Geral	8
2.2 Objetivos específicos	8
3. CONCEITUAÇÕES	8
3.1 Papa Francisco	8
3.2 Carta Encíclica Laudato Si'	9
4. ANÁLISE DOS DADOS	10
4.1 Entendendo a carta encíclica Laudato Si’	12
4.1.1 Primeiro capítulo	13
4.1.1.1 O primeiro capítulo e a atualidade.................................................................................14
4.1.2 Segundo Capítulo	15
4.1.2.2 O segundo capítulo e a atualidade..................................................................................16
4.1.3 Terceiro Capítulo	17
4.1.3.3 O terceiro capítulo e a atualidade...................................................................................18
4.1.4 Quarto Capítulo	20
4.1.4.4 O quarto capítulo e a atualidade.....................................................................................22
4.1.5 Quinto Capítulo	23
4.1.5.5 O quinto capítulo e a atualidade....................................................................................24
4.1.6 Sexto Capítulo	26
4.1.6.6 O sexto capítulo e a atualidade......................................................................................27
5. CONCLUSÃO	28
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...............................................................................31 
 
 
 
 
 
 1. INTRODUÇÃO 
 
1.1 Apresentação do tema 
 As indagações quanto a questões ambientais ou a crise ecológica que a sociedade vem enfrentando não é um preocupante atual, assim, leva-se a uma reflexão que gera atitudes em autoridades e representantes religiosos. A gravidade em que a sociedade se encontra em relação a realidade do mundo que está de forma declinando a uma verdadeira decadência em relação a questões ambientais é tratada pelo Papa, com a finalidade de alcançar uma maioria de pessoas, independentemente de serem religiosas ou não, a preocupante é que de forma geral, todos possam se conscientizar e buscar respostas para diminuir e evitar atitudes que desfiguram a imagem natural do planeta feito pelo Criador. 
Assim , justifica-se a pesquisa partindo de um preocupante que é de nível mundial, a temática abordada busca de forma a unir a igreja com a sociedade em busca de uma solução de senso comum, com a busca da construção de pensamentos mais humanizados em relação a problemas que são realidade no mundo, em que temos a proposta de inserção da igreja para chegar à solução da problemática. 
 Nessa pesquisa será possível perceber algumas definições, esclarecimentos sobre as Cartas Encíclicas e a situação atual do mundo em relação a questões ambientais, o Papa relata um preocupante em busca de um mundo melhor para as gerações futuras, com o intuito de tratar de uma crise que as pessoas estão passando com o avançar dos tempos, o qual gera consequências para a sociedade de agora e a futura polução do planeta. Nessa perspectiva pode-se notar que o Papa busca ajuda a parcerias com profissionais que entendem e estudam o caso, na ideia de inserir ajudas mais especializadas em diminuir os impactos ambientais em relação a poluição, contaminação e destruição da Terra. 
 Como relatado acima, temos a oportunidade de destacar o tema escolhido e ressaltar a importância de se tratar questões ambientais, a partir do preocupante de um líder religioso que assume o papel de alertar as pessoas quanto a propostas com parcerias de conscientizar e alertar sobre como é necessário que todos se unam no propósito de proporcionar o meio ambiente mais propício a vivência de forma mais digna das pessoas. 
 É fato que tratar de questões ambientais e da busca de parcerias para essa atual questão, vai levar a pesquisa a voltar-se a problemas socias, econômicos e culturais. A busca por respostas possibilitará a união de vários campos em busca de soluções para uma maior conscientização dos fatos relacionados a natureza. A indagação vinda de um líder religioso quanto as atitudes a serem tomadas possibilita um maior envolvimento das pessoas em individual ou em grupos proporcionando atitudes que diminuem a possibilidade de aumentar os índices de precariedade ecológica a qual o mundo vem ficando com os avanços em que a sociedade se encontra. 
Nesse trabalho de cunho religioso foi possível compreender de forma desmembrada um documento oficial que trata de pontos relevantes a sociedade atual, a busca não é somente de trazer indagações religiosas, mas relatar sobre problemas comuns a uma sociedade que parece estar estagnada em meio a um caos que envolve questões sociais, ambientais e culturais, que o Papa relata de forma clara e bem objetiva que afetam a sociedade e que precisam ser pensadas e repensadas mundialmente.
O trabalhado foi elaborado na busca de proporcionar a responder em como um ser tão espiritual pode se posicionar diante desse mundo de diferentes posições e crenças, onde todos independentes de suas ideologias podem exercer um papel fundamental para que a “casa comum”, que moram todos religiosos ou não em busca de cuidar da criação do Senhor. O Papa em seu exercício de fé chama através de sua carta como um convite ao posicionamento ativo diante dos acontecimentos globais que resultas em diversas consequências para a sociedade. 
Temos proposto cada capítulo que leva a compreensão do que descreve esse importante documento e logo após uma reflexão de como esse capítulo pode ser observado na atualidade, como reflete na sociedade que infelizmente tem avançado na degradação ambiental levando a quebras de alguns valores e conceitos que eram harmoniosos ao homem e ao meio ambiente. Poderá ser possível notar que a religião, a fé, a igreja são fortes influentes a levar a sociedade a uma reflexão sobre suas ações em como estão agindo e como podem ser feitas mudanças e que elas não são impossíveis de acontecer mesmo com o quadro decadente em que se podeobservar o que o mundo se encontra.
As seis propostas de capítulos irão proporcionar aos leitores mundiais a uma pausa em suas ações, a uma reflexão em suas atitudes e a um convite de mudanças que mesmo de forma gradativa precisa acontecer e resultar em respostas positivas ao meio ambiente, ao mundo e as pessoas que nele habitam e irão habitar futuramente. É um grande contribuinte, a Carta Laudato Si’ será exposta nesse trabalho de forma em que a religiosidade e o pensamento social e cultural serão envolvidos a busca de uma resposta que é de comum preocupação, com respostas a questionamentos que atinge a todos globalmente, feito por um representante espiritual o Papa irá nos orientar nessa caminhada de conhecimento e reflexão em busca de um avanço como seres humanos.
1.2 Problema 
 A análise da argumentativa e métodos efetivos a problemas relacionados a sociedade em nível global apresentada pelo referencial bibliográfico do objeto de estudo desse trabalho acadêmico, tanto quanto a relevância da figura Papal na abordagem desse tema para a ecologia humana. 
1.3 Hipótese 
 A partir do pensamento preocupante em relação a questões ambientais que envolve o mundo, aborda-se a necessidade de tratar com a sociedade e as igrejas em como se podem ser tomadas medidas conscientizadoras para se proporcionar para as gerações futuras um mundo melhor. 
2. OBJETIVOS 
2.1 Objetivo Geral 
Analisar um tema comum a sociedade a nível global; 
2.1 Objetivos específicos 
Apresentar propostas e questionamentos de um pensamento religioso voltado a questões sociais, ambientais e econômicas; 
Identificar e apresentar apontamentos plausíveis sobre a casa comum. 
 
 
3. CONCEITUAÇÕES 
3.1 Papa Francisco 
 Na proposta de lidar com a temática escolhida nessa pesquisa, é fundamental estar descrevendo um pouco sobre a biografia do Papa Francisco, o qual possibilitou o assunto sobre os cuidados com a “casa comum” ser abordado em todo o mundo. Se conhecermos um pouco de sua história e sua trajetória ficará mais fácil entender como a ideia de levar uma mensagem a todas as pessoas sobre assuntos relacionados a ecologia humana, ou do ambiente natural se tornou uma de suas preocupações. 
 Assuntos sobre o meio ambiente e suas preservação são temas lidados por várias pessoas no mundo, mais quando se tem alguém como um representante religioso e conhecido mundialmente como o Papa Francisco tratando esse preocupante buscando alertar as pessoas, a sociedade em geral, autoridades, representantes de empresas, entre outros líderes de frente de pesquisas e estudos é notório que o tema toma uma grande repercussão, tornando o problema não somente ecológico ou ambiental, mais de nível social, econômico, político, eclesiástico e familiar. 
 	Assim, a priori temos um pouco de sua biografia, fazendo uso da descrição do autor 
Junior (2013), 
 
Francisco é o 266º papa da história da Igreja Católica. Nascido em Buenos Aires, capital da Argentina, em 17 de dezembro de 1936, Jorge Mario Bergoglio estudou Farmácia em sua adolescência antes de despertar sua vocação para a vida religiosa. Cursou o seminário em Villa Devoto e entrou para a Companhia de Jesus aos 19 anos de idade. Estudou Teologia e Filosofia na Universidade de San Miguel simultaneamente à sua ordenação como padre. 
 
 Com a análise do documento descrito pelo autor supracitado podemos perceber que o padre não se ingressou diretamente no estudo religioso, possuiu uma carreira acadêmica em outros cursos, posteriormente seguiu a vida religiosa, ou o chamado ao sacerdócio se iniciou. Papa Francisco percorreu uma jornada acadêmica e religiosa que se acredita ter sido contribuinte para o tornar uma pessoa mais crítica, reflexiva e com preocupantes que vão do humano ao espiritual, ou em outras palavras com o mundo em que vivemos tanto em vida quanto após a morte. 
 Sua carreira como descrita pelo autor foi voltada a momentos conflituosos ao assumir o Vaticano, que passou por um momento de crise e perda de fiéis, que é resultado de uma postura que o Papa assume mais rígida e não flexível a mudanças e avanços em padrões sociais e familiares. 
3.2 Carta Encíclica Laudo o Si’ 
 Para compreendermos a proposta do Papa é primordial conceituarmos alguns pontos tratados na pesquisa, assim, torna-se necessário que antes de comentarmos sobre a Carta Encíclica Laudato Si’ que possamos a priori definir seu significado, segmentando o título temos para o significado “A palavra ‘encíclica’ vem do grego e significa ‘circular’, carta que o Papa enviava às Igrejas em comunhão com Roma, com um âmbito universal, onde empenha a sua autoridade primeiro responsável pela Igreja Católica”(AGÊNCIA ECCLESIA,2015). Sendo importante essa encíclica por ser considerada no documento pesquisado para conceituação acima como a carta de grau máximo com esfera universal, usada para comunicação entre os líderes religiosos as cartas eram como documentos oficiais de comunicação. 
 Assim, se tratando da expressão usada Laudato Si’ tratado no só site da Arquidiocese de São Paulo[footnoteRef:1] temos a expressão: “LAUDATO SI’ é o título da Nova Encíclica do Papa Francisco, publicada hoje quinta-feira (18). A expressão LAUDATO SI’ parece latim, alguns entendidos acharam que a expressão estava errada, a expressão não seria assim em latim, mas na verdade é um dialeto úmbrio do italiano antigo”. No documento pesquisado descreve-se como sendo o início de um cântico das criaturas de São Francisco com a tradução “Louvado Seja”. [1: Informação disponível na página da Arquidiocese de São Paulo, região Episcopal Lapa. ] 
 Portanto, descrevem os dois autores a seguir (NASCIMENTO e CAMPOS, 2016, p.2) “A Encíclica do Papa Francisco faz menção ao cântico de São Francisco de Assis em virtude de fazer uma analogia do planeta Terra como sendo nossa casa comum, que pode ser comparada ora a uma irmã, com quem partilhamos nossa vida, ora a uma mãe, que acolhe os filhos”. Assim, podemos compreender que a carta que possui uma grande importância nos meio eclesiástico para comunicação foi utilizada para levar uma mensagem a todos sejam fiéis ou não sobre questões que são de importância para a preservação de valores que tem atingido esferas universais de destruição ecológica, devido a atitudes impensáveis voltas a exploração de recursos para avanços tecnológicos, econômicos. Há a necessidade do pensamento relacionado a recursos que apresentem a situação decadente que o mundo se encontra em relação aos recursos ambientais, mas que também exponha medidas que possam trazer resultados plausíveis a solução dessa problemática. 
4. ANÁLISE DOS DADOS 
 Com a observação dos dados sobre a temática “São Francisco de Assis e, o cuidado com a casa comum” temos nesse tópico a explanação dos registros encontrados, a fim de entender de forma geral a proposta papal em sua carta encíclica para todos as pessoas do mundo. Pode-se dizer que esse documento tão importante trouxe indagações, interrogativas e um pensamento crítico na sociedade quanto a realidade da destruição ecológica. 
 A carta que foi divulgada em 2015 demonstra uma preocupação quanto aos avanços em que a sociedade se encontra atualmente, os mesmos que procuram facilitar a vida das pessoas têm proporcionado através do desenvolvimento e evolução a níveis voltados a tecnologia e economia uma destruição avassaladora de recursos naturais sem a preocupação em renová-los. 
O Papa relata uma certa preocupação com a situação em que o planeta se encontra e como a Terra clama por ajuda mediante a tamanho caos em uso desordenado de seus recursos. A figura papal em temas sociais, ambientais e econômicos reflete na sociedade um impacto, visto que as pessoas o observam como alguém que se preocupa apenas com questões religiosas ou eclesiásticas, mas com análise a encíclica pode-se perceber que o Papa Francisco faz apontamentos direcionados a exploração insustentável que gera consequências de âmbito criminoso tanto para a sociedade, aos indivíduos em sua particularidade e podendo ser até mesmo um pecado a Deus o criador detudo, como está descrito nas Sagradas Escrituras “No princípio criou Deus os céus e a Terra. E a Terra era sem forma e vazia; e havia trevas sobre a face do abismo; e o Espírito de Deus se movia sobre a face das águas” (BÍBLIA, Gênesis1:1-2). 
 	O Papa deixa uma interrogativa questionadora ao descrever em sua encíclica 
Que tipo de mundo queremos deixar a quem vai suceder-nos, às crianças que estão a crescer? Esta pergunta não toca apenas o meio ambiente de maneira isolada, porque não se pode pôr a questão de forma fragmentária. Quando nos interrogamos acerca do mundo que queremos deixar, referimo-nos sobretudo à sua orientação geral, ao seu sentido, aos seus valores. (FRANCISCO,2015, p.123) 
 
 Como supracitado, podemos observar que o Papa tinha o preocupante em relação ao futuro não somente voltado a questões ambientais, mais em vários outros assuntos como relacionados a valores seja social, políticos, éticos e até mesmo familiares. O perfil do Papa em sua jornada missionária o direcionava a pensamentos que o levava a questões futuras. Podemos observar a preocupação do Papa em um evento realizado em 2020 (Informação 
Verbal)[footnoteRef:2] , sendo a semana Laudato Si’ comemorando o 5º aniversário da carta, um convite que ele faz para a sociedade refletir sobre seus atos quanto a crise ecológica, o que repercute em [2: Informação disponibilizada pelo Pe. Paulo Nobre, uma apresentação sintética da carta Encíclica do Papa Francisco, Laudato Si’ em Maio de 2020. ] 
 
consequências devastadores a uma boa parte da população que está sujeita a altos índices de pobreza. 
 Pode-se perceber que a preocupação voltada a criação de Deus é exposta em suas descrições na carta, o que possibilita entender que a preocupação não está somente nos aspectos ambientais, seu papel sacerdotal gera preocupações gerais quanto ao mundo em seus diversos aspectos. 
 	 
4.1 Entendendo a carta encíclica Laudato Si’ 
 	 Nesse subcapítulo iremos fazer uma breve observação sobre a encíclica, para iniciarmos temos: 
Laudato Si’, mi’ Signore – Louvado sejas, meu Senhor, cantava São Francisco de Assis. Neste gracioso cântico, recordava-nos que a nossa casa comum se pode comparar ora a uma irmã, com quem partilhamos a existência, ora a uma boa mãe, que nos acolhe nos seus braços: Louvado sejas, meu Senhor, pela nossa irmã, a mãe terra, que nos sustenta e governa e produz variados frutos com flores coloridas e verduras. (FRANCISCO, 2015, p. 3). 
 
 Com análise logo a princípio da carta podemos entender que o Papa traz uma proposta reflexiva, relacionando o homem ao meio ambiente, sendo, se o homem destrói seus recursos ambientais logo ele também entra em decadência, complicando a si mesmo e a outras pessoas, principalmente os em situação mais vulneráveis. A preocupação em rupturas de relações do homem com Deus, com o próximo e com a Terra são mostrados diante da sua inquietação aos aspectos climáticos e éticos. 
 A escolha de São Francisco de Assis em sua carta encíclica como modelo pode ser justificada em sua descrição, 
 
Não quero prosseguir esta encíclica sem invocar um modelo belo e motivador. Tomei o seu nome por guia e inspiração, no momento da minha eleição para Bispo de Roma. Acho que Francisco é o exemplo por excelência do cuidado pelo que é frágil e por uma ecologia integral, vivida com alegria e autenticidade. É o santo padroeiro de todos os que estudam e trabalham no campo da ecologia, amado também por muitos que não são cristãos. Manifestou uma atenção particular pela criação de Deus e pelos mais pobres e abandonados. Amava e era amado pela sua alegria, a sua dedicação generosa, o seu coração universal. Era um místico e um peregrino que vivia com simplicidade e numa maravilhosa harmonia com Deus, com os outros, com a natureza e consigo mesmo. Nele se nota até que ponto são inseparáveis a preocupação pela natureza, a justiça para com os pobres, o empenhamento na sociedade e a paz interior. 
 
 	 
 Comentando sobre a carta de uma forma segmentada, temos que sua divisão é feita em 6 capítulos: 
 
1º Capítulo podemos dizer que se resume ao que está acontecendo com a nossa casa (A nossa casa comum), os acontecimentos relacionados ao espaço ecológico e ambiental; 
2º Capítulo é voltado ao Evangelho da Criação, com aspectos teológicos junto aos traços ambientais e os seres humanos; 
3º Capítulo o Papa relata sobre a raiz humana da crise ecológica; 
4º Capítulo descreve sobre a temática ecologia integral; 
5º Capítulo relata sobre algumas linhas de orientação e ação, sendo a ação um pouco voltada a aspectos políticos a níveis locais e internacionais; 
6º Capítulo o papa trata de educação, cultura e espiritualidade ecológica. 
 
 
4.1.1 Primeiro capítulo 
 No primeiro capítulo podemos observar como o Papa relata sobre a decadência ambiental, o qual fundamenta-se em subsídios ou dados científicos, pois possui um perfil de atuação que o leva a tratar de assuntos baseado em dados concretos, o Papa procura soluções que sejam voltadas a resultados reais frente a crise. Sendo esse primeiro capítulo fundamental para entendimento da visão da situação degradadora em que a sociedade mundial se encontra diante das destruições ambientais e da decadência humana, os quais são resultados das próprias ações do homem. 
 	O Papa relata em um trecho como vê a situação da nossa casa comum ao descrever que 
 
“A terra, nossa casa, parece transformar-se cada vez mais num imenso depósito de lixo. Em muitos lugares do planeta, os idosos recordam com saudade as paisagens de outrora, que agora veem submersas de lixo. Tanto os resíduos industriais como os produtos químicos utilizados nas cidades e nos campos podem produzir um efeito de bioacumulação nos organismos dos moradores nas áreas limítrofes, que se verifica mesmo quando é baixo o nível de presença dum elemento tóxico num lugar. Muitas vezes só se adoptam medidas quando já se produziram efeitos irreversíveis na saúde das pessoas” (FRANCISCO, 2015, p.19). 
 
 Pode-se observar o preocupante devido a diversos fatores, os quais a sociedade realiza e vai continuar fazendo, os quais resultam na situação degradadora dos recursos naturais do planeta, mesmo sabendo que existem algumas medidas de sustentabilidade, consumo consciente e preservação do meio ambiente em andamento. 
 O Papa trata sobre sua preocupação quanto a biodiversidade e um bem comum a água, uma descrição destacada para esse parágrafo é, 
 
Entretanto não basta pensar nas diferentes espécies apenas como eventuais «recursos» exploráveis, esquecendo que possuem um valor em si mesmas. Anualmente, desaparecem milhares de espécies vegetais e animais, que já não poderemos conhecer, que os nossos filhos não poderão ver, perdidas para sempre. A grande maioria delas extingue-se por razões que têm a ver com alguma atividade humana. Por nossa causa, milhares de espécies já não darão glória a Deus com a sua existência, nem poderão comunicar-nos a sua própria mensagem. Não temos direito de o fazer. (FRANCISCO, 2015, p.28) 
 	 
 Assim, podemos observar que vários fatores são tratados particularmente nesse documento tão importante escrito pelo Papa, suas indagações são fundamentadas em fontes de pesquisa e dados, tornando a Carta Encíclica mais urgente e necessária de aplicação. Muitos outros problemas são abordados nesse capítulo, como a degradação social comprometendo a vida humana, a desigualdade planetária, a fraqueza das reações e a diversidade de opiniões. Apesar dos apontamentos o Papa relata com argumentos que demonstra acreditar que existem soluções possíveis e que muitas medidas podem ser tomadas para a mudança desse quadro mundial. 
4.1.1.1 O primeiro capítulo e a atualidade
Com a finalidade de dar mais um respaldo sobre o que podemos entender sobre essa temática abordada nesse primeiro existe a necessidade de estarmos comentando sobre as contribuições da figura papal para a atualidade, para que possa-se entender como o tema abordado é algo hodierno e que é essencial de ser comentado, visto que a humanidade em pouco tem mudado seus hábitosem questão dos cuidados com a “casa comum”. 
Na atualidade a sociedade está em um desenvolvimento desordenado que tem gerado um maior consumo, a sociedade está em uma forma de sobrevivência em que seus usos e costumes tem proporcionado a necessidade de hábitos que facilitem o seu dia a dia, as correrias e necessidades de se adaptarem a diferentes formas de consumo tem causado consequências no mundo que na maioria das vezes não leva a nenhuma forma de reflexão.
O que chama a atenção é o convite feito pela Carta Encíclica em nos levar a uma reflexão nesse ,momento em que parece que as pessoas estão com olhos vendados ao meio ambiente, a natureza, ou a Criação de Deus. A sociedade avançou, mudou e evoluiu, assim, com ela a natureza foi levada a transformais naturais e causadas pela interferência humana, o processo de evolução da natureza do Criador é um processo lento e com etapas essenciais de serem cumpridas, já o homem não possui essa mesma paciência, causando mudanças de forma desenfreada sem olhar as consequências. As observações voltadas as criações divinas não são consideradas, nessa proposta a carta pede uma reflexão e uma pausa a sociedade para que possam pensar sobre suas ações no mundo.
 Com a Carta Encíclica Laudato Si’ o papa nos leva a outra reflexão importante, o qual é relacionado aos bens de consumo, os quais não estão voltados para o bem em comum e de forma clara sem nenhuma relação com a sustentabilidade, quando se observa as buscas e o consumo desenfreado em bens que antes eram pouco vistos nas casas, atualmente são percebidos em grande escala em cada residência, o individualismo tem levado ao maior consumo de produtos mesmo em ambientes em que as pessoas residentes juntas, o compartilhamento é algo que já não é mais tão comum, assim o desperdício de recursos como luz está em grande escala. O Papa não questiona sobre os avanços e as mudanças, a sua proposta com a Carta Encíclica Laudato Si’ é que haja uma preocupação quando essas mudanças começam a afetar o mundo. 
Como pode-se perceber relatamos nesse tópico que existem o perfil da sociedade voltada ao descartável, a não reutilização, o consumismo exagerado e a necessidade de estar sempre acompanhando as novidades não são atitudes que levam a sociedade a estar se preocupando com o meio ambiente, ou que tenham uma certa consciência ambiente, não de forma generalizada, mas os poucos apontamentos não são suficientes para que a mudança que o Papa relata seja feita, onde o Papa trata sobre a importância do rezar e agir aconteça, com a sugestão nessa obra de proporcionar um pensamento preocupante na sociedade sobre as consequências de suas ações na “casa comum”. Esse preocupante que o Papa relata está voltado a um pensamento em que a sociedade compreenda que o meio ambiente, o mundo em que vivemos quando é assolado leva a consequências para as pessoas, as quais são criações do Senhor Deus que acabam sofrendo e perdendo suas vidas devido as atitudes impensadas em relação a preservação do meio ambiente. 
A busca da Carta Encíclica Laudato Si’ é que a sociedade assuma um perfil comprometedor com as questões ambientais, o Papa propõe essa nova postura, uma transformação voltada a preocupações do nosso mundo, o lugar que vivemos, além de preocupar que sejam formados perfis voltados ao sofrimento bíblico, aquele voltado a redenção que leva a consciência de que todos podem em sua individualidade contribuir na execução de um mundo melhor.
 4.1.2 Segundo capítulo 
 No segundo capítulo temos uma abordagem voltada ao Evangelho da Criação, o qual proporciona uma melhor compreensão voltada a ao judaísmo, levando a organização ou esclarecimento do pensamento quanto a responsabilidade das pessoas sobre a necessidade de cuidados com o meio ambiente. 
 Nesse capítulo o Papa reúne informações voltada a pontos contribuintes que não são somente de responsabilidade da ciência, mais de outros considerados culturais, como, por exemplo, arte, poesia, vida interior e de principal a espiritualidade. Podemos perceber que nesse momento ele ressalta os pontos em que acredita que a fé e a razão estarem trabalhando juntos em busca de uma solução para os problemas enfrentados pela sociedade. 
 Nesse tópico aprende-se principalmente as pessoas que possuem um compromisso com a fé, a religião e a espiritualidade que possuem também responsabilidades quanto aos aspectos ambientais. Assim, torna-se necessário citar um versículo bíblico do criador “Façamos o homem a nossa imagem e semelhança”. (BÍBLIA, Gênesis1,26), onde percebe-se que se somos a imagem e semelhança Dele o senhor criador não podemos destruir sua criação. 
 O Papa relata sobre a importância dos cuidados com pensamentos cristãos quanto ao meio ambiente e a sua biodiversidade, podemos afirmar com o trecho descrito em sua obra, 
 
Esta responsabilidade perante uma terra que é de Deus implica que o ser humano, dotado de inteligência, respeite as leis da natureza e os delicados equilíbrios entre os seres deste mundo, porque «Ele deu uma ordem e tudo foi criado; Ele fixou tudo pelos séculos sem fim e estabeleceu leis a que não se pode fugir!» (Sol 148, 5b-6). Consequentemente, a legislação bíblica detém-se a propor ao ser humano várias normas relativas não só às outras pessoas, mas também aos restantes seres vivos: « Se vires o jumento do teu irmão ou o seu boi caído no caminho, não te desvies deles, mas ajuda-os a levantarem-se. 
 	 
 Assim, podemos compreender que o Papa fala sobre as responsabilidades de estabelecer conexões entre suas atitudes pessoais aos pensamentos eclesiásticos, sendo necessário a preocupação com os outros e as consequências de nossas atitudes. Sendo assim, cuidar das criações de Deus é demonstrar também amor ao criador. 
 
4.1.2.2 O segundo capítulo e a atualidade
Nessa proposta expositiva desse segundo capítulo teremos uma busca de compreender sobre nós em quem somos, nosso valor e posição no mundo e um esclarecimento em nós como criações queridas por Deus, sendo o principal entendimento qual a nossa posição mediante as questões voltadas as criações de Deus. 
Quando estamos diante desse documento importante do Papa a Carta Encíclica Laudato Si’ nos deparamos com algumas indagações, uma delas em que o Papa relata sobre a importância de estar fazendo uma aproximação da religiosidade e da fé, sendo um documento que é de nível global, independente de exercerem ou não algum tipo de religiosidade. O tema do documento voltado a sanar uma crise ecológica é levantado devido a facilidade da igreja estar lidando com questionamentos voltados ao pensamento filosófico, onde a fé e razão, onde podemos através de suas doutrinas observar algumas sínteses através de seus conteúdos. Quando observamos os questionamentos papais podemos compreender que a fé, as pessoas que possuem uma determinada fé podem compreender que existe um determinado compromisso em se defender o meio ambiente, ou a natureza como algo que é do nosso Criador. 
O homem precisa compreender o seu lugar como criatura do Senhor, nas Santas Escrituras, em especial no livro de Gênesis temos a compreensão da criação do homem sendo feita por amor e segundo a imagem e semelhando do Senhor, assim, podemos perceber que o ser humano precisa conhecer e amar não somente a Deus, mais as suas criações e seus semelhantes. O Papa demonstra de forma clara como na atualidade é preciso exercer o amor, pois dessa forma virá o cuidado, as relações do cuidar. 
Existe a necessidade do pensamento e da necessidade de exercer esse amor, o Papa quer que em meio a essa atualidade e correria do dia a dia as pessoas voltem seu pensamento a estar olhando o próximo, nas Sagradas Escrituras temos, “Antes mesmo de te formar no ventre materno, Eu te escolhi; antes que viesses ao mundo, Eu te separei e te designei para a missão de profeta para as nações!” (BÍBLIA, Jeremias 1,05), quando lemos podemos entender a imensidade do amor do Senhor, antes de nos conhecer, saber nossas atitudes e nosso caráter já somos envolvidos no amor do Senhor, um sentimento incondicionalque as pessoas não tem facilidade de exercer, o amor da humanidade, do homem precisa estar relacionado a vínculos e atitudes.
Nesse tópico pudemos ressaltar a observação do Papa voltada as pessoas a se comprometerem em relação a dignidade humana. O Papa ressalta em descrever sobre o ser humano precisar estar associado a três tópicos fundamentais em sua existência que são voltados a sua relação com o Criador, estar voltado a seu envolvimento na sociedade em questão de como está inserido, suas influências e como pode influenciar e a sua relação com o mundo ou com a “casa comum”. 
4.1.3 Terceiro capítulo 
 No terceiro capítulo temos uma abordagem sobre a raiz humana da crise ecológica, podendo esclarecer aspectos tecnológicos e suas influências negativas no meio ambiental, a preocupação no avanço tecnológico sem pensar nas consequências no bioma. 
 A ideia norteadora nesse capítulo envolve a preocupação de como as pessoas influenciam no que é observado no meio ambiente, sejam resultados positivos ou negativos. As criações que são provindas do homem para avanços podem levar a melhorias, mas deixar o meio ambiente degradado. Podemos ver que ele relata sobre como “a ciência e a tecnologia são um produto estupendo da criatividade humana que Deus nos deu” (FRANCISCO, 2015, p.79-80). Podemos aqui nesse capítulo utilizar uma de suas palavras descritas para entendermos seu foco nesse capítulo terceiro, 
 
A especialização própria da tecnologia comporta grande dificuldade para se conseguir um olhar de conjunto. A fragmentação do saber realiza a sua função no momento de se obter aplicações concretas, mas frequentemente leva a perder o sentido da totalidade, das relações que existem entre as coisas, do horizonte alargado: um sentido, que se torna irrelevante. Isto impede de individuar caminhos adequados para resolver os problemas mais complexos do mundo actual, sobretudo os do meio ambiente e dos pobres, que não se podem enfrentar a partir duma única perspectiva nem dum único tipo de interesses. Uma ciência, que pretenda oferecer soluções para os grandes problemas, deveria necessariamente ter em conta tudo o que o conhecimento gerou nas outras áreas do saber, incluindo a filosofia e a ética social. Mas este é actualmente um procedimento difícil de seguir. Por isso também não se consegue reconhecer verdadeiros horizontes éticos de referência. A vida passa a ser uma rendição às circunstâncias condicionadas pela técnica, entendida como o recurso principal para interpretar a existência. Na realidade concreta que nos interpela, aparecem vários sintomas que mostram o erro, tais como a degradação ambiental, a ansiedade, a perda do sentido da vida e da convivência social. Assim se demonstra uma vez mais que « a realidade é superior à ideia » (FRANCISCO, 2015, p.87). 
 
 Assim, podemos perceber argumentos que levam a indagações ou a paradigmas voltados a acontecimentos como a ciência de estarem tratando problemas da sociedade de forma fragmentada e isolada, além da forma desconexa de lidar com os conhecimentos das ciências em seus avanços, descobertas envolvendo seu uso voltado a contribuir e a destruir o que ele chama de “casa comum”. 
 	Nessa perspectiva o Papa deixa sua preocupação em criarmos pensamentos e atitudes cristãs quanto aos cuidados com o planeta, perfil o qual ele relata as pessoas atualmente não possuírem quando relata com suas palavras dizendo que “o homem moderno não foi educado para o uso reto do poder, porque o imenso crescimento tecnológico não foi acompanhado por um desenvolvimento do ser humano quanto à responsabilidade, aos valores, à consciência.”. (FRANCISCO, 2015, p. 81) 
4.1.3.3 O terceiro capítulo e a atualidade
Na atualidade o campo tecnológico está voltado a uma forte influência, é um pouco desafiador tratar de como o Papa apresenta esse tópico no documento cujo propósito é alertar a sociedade desse século que está proporcionando formas prejudiciais ao meio ambiente. As tão eficientes formas de comunicação a nível mundial que tanto fascinam a sociedade em seu avançado formato podem apresentar formas de benefícios e malefícios a sociedade. A tecnologia é uma ferramenta que tomou conta da sociedade global, é uma ferramenta que chegou no mercado e vem proporcionando vários resultados na sociedade e no meio ambiente, não é só uma questão social, mas também ecológica. O problema da tecnologia, do uso dessa ferramenta é que as funções se inverteram, as maquinas estão dominando ao invés de serem dominadas e controladas, esses mecanismos dominam e tornam as pessoas mais individualistas. O Papa retrata essa reflexão de mostrar as pessoas como elas precisam retomar sua posição ativa mediante as tecnologias. 
Os recursos tecnológicos tem levado o homem a uma facilidade de criações que desbrava o mundo, o universo, ao um nível alto de conhecimento. O Papa descreve em sua obra sobre a importância de como os recursos digitais tem favorecido a humanidade, de como eles são propiciadores de possibilidades de avanços e melhoras e que elas foram dadas pelo Criador , a ciência e o conhecimento são vindos de Deus.
Nessa pensamento que devemos nos focar, a sociedade atual está voltada a usar de forma incorreta o que o Senhor lhes entregou, todo o conhecimento, toda sabedoria tem proporcionando ao homem um descontrole, o Papa relata sobre o propósito da sociedade e de seus recursos dados pelo Senhor, mas que ao serem invertidos acabam causando malefícios a sociedade.
Quando se analisa na atualidade os avanços tecnológicos e o estado em que a “casa comum” se encontra pode-se perceber que a tecnologia está sendo usada de forma inadequada, muitos problemas não resolvidos e muitas buscas que são consideradas vans com o uso dos recursos tecnológicos. O Papa retrata sobre problemas que são voltados a sociedade que possui um menor recursos e que facilmente seriam resolvidos através de recursos tecnológicos. 
Nessa perspectiva em sua obra o Papa relata sobre o homem moderno, o qual não foi preparado ou educado para o uso do poder, por isso se perde em sua discrepância diante desse crescimento tecnológico voltado a sua responsabilidade, aos valores e a consciência. 
O Papa preocupa a uma limitação em que o homem possui, mas que ele acredita não ter, pensa ser ilimitado, assim, respalda a um preocupante nos rumos e onde vai parar esse perfil de sociedade em crescimento de forma exagerada e sem pensamentos reflexivos a suas atitudes. O poder que o homem vem adquirindo vai o levando a sua própria destruição, as quais estão relacionados a criação de Deus como ser ou pessoas e a criação de Deus quanto ao ambiente mundo ou “casa comum”. 
Nesse momento vemos a necessidade de uma interferência religiosa, um pensamento crítico para as pessoas voltadas a Deus para que possam estar pensando em suas atitudes, as pessoas precisam de um limite, o Papa vem com a proposta de levar a uma conscientização que faça a sociedade pausar e pensar em suas ações e se limitem a novas atitudes, a criar um alto domínio, de forma lúcida. Esse pensamento a de se entender que poderia vim somente de alguém espiritual, que pensa no “eu”, nos “outros” e no “nós”, o Papa relata descreve em sua obra de forma maravilhosa sobre a necessidade de refletir sobre o que não é visível aos olhos humanos, ao que não se pode perceber, ao que se é feito, ao que nós como sociedade fazemos mais se passa despercebido. 
A sociedade está em um ritmo de vida em que os a inversão de valores tem chegado em vários patamares, o problema em que o Papa se pontua é na forma inadequada do uso desses recursos em que poderiam causar menos impactos ambientais. Infelizmente com a necessidade de estar em busca de crescimento financeiro sem se dar conta com os resultados que essa busca incessante trás a sociedade se perde nos valores e na preocupação com os impactos ambientais. 
Infelizmente o Papa relata sobre o caminho que a sociedade vem escolhendo seguir, que é o egoísmo o pensar só em si e em suas vontades, sem um olhar para frente e para o futuro, nas próximas gerações emque mundo estamos deixando para os que ainda vão chegar. Será o desenvolvimento dessa sociedade tem sido mútuo? As ações dessa sociedade em sua tecnologia tem causado rumores aos seus dois lado, favorecer e desfavorecer, em que se percebe o desfavorecimento em uma maior proporção.
O Papa deixa em sua obra questionamentos sobre essa economia voltada ao pensamento do lucro, sem que as consequências sejam colocadas em pauta. As formas negativas que essas escolhas geram a “casa comum” precisam ser pautadas e pensadas de modo a serem solucionadas. A tecnologia pode ser vilã ou heroína, a sua resposta será de acordo com a forma em que ela será manipulada, com quais fins será usada, qual o alvo, qual a proposta de seu uso.
4.1.4 Quarto capítulo 
 Nesse tópico temos o tema Uma ecologia integral, o que seria dizer que são abordados temas relacionados a ecologia ambiental, a quesitos sociais e culturais e econômicos de forma a estabelecer o senso comum. Busca-se uma perspectiva voltada ao campo em que a sociedade global está inserida. 
 Nesse capítulo iremos entender as interligações propostas pelo Papa em alguns aspectos, esse momento de sua reflexiva no quarto capítulo que pode ser também considerado o pulso do documento em relação a uma ecologia integral. Essa integralidade corresponde ao pensamento de um discurso ecológico que está relacionado ao ambiente, a sociedade, a cultura, além de vários outros pontos decorrentes da mente humana. 
 Pode-se observar o seu preocupante, mais uma vez no quesito espiritual, como líder eclesiástico e como sacerdote ele deixa claro a necessidade da espiritualidade ou fé em suas propostas. Nesse pensamento ele envolve a necessidade de as pessoas assumirem um perfil de respeito as criações, ou tudo que existe. 
 	Esse envolvimento das interligações das culturas pode-se ser encontrado no trecho, 
 
A par do património natural, encontra-se igualmente ameaçado um património histórico, artístico e cultural. Faz parte da identidade comum de um lugar, servindo de base para construir uma cidade habitável. Não se trata de destruir e criar novas cidades hipoteticamente mais ecológicas, onde nem sempre resulta desejável viver. É preciso integrar a história, a cultura e a arquitetura dum lugar, salvaguardando a sua identidade original. Por isso, a ecologia envolve também o cuidado das riquezas culturais da humanidade, no seu sentido mais amplo. Mais directamente, pede que se preste atenção às culturas locais, quando se analisam questões relacionadas com o meio ambiente, fazendo dialogar com a linguagem técnico-científica com a linguagem popular. É a cultura – entendida não só como os monumentos do passado, mas especialmente no seu sentido vivo, dinâmico e participativo – que não se pode excluir na hora de repensar a relação do ser humano com o meio ambiente. (FRANCISCO, 2015, p.112) 
 	 
 Nesses capítulos vemos um preocupante quantos aos traços culturais, em preservação de manifestações culturais em obras e construções que mostram um pouco da história e desenvolvimento de algumas cidades, além das preservações dos traços culturais das populações para que não percam sua identidade, que devido a globalização tem gerado rupturas em alguns traços culturais em alguns povos, principalmente os que possui uma grande ligação da cultura com o meio ambiente. 
 	Valido ressaltar seu comentário, 
É preciso cuidar dos espaços comuns, dos marcos visuais e das estruturas urbanas que melhoram o nosso sentido de pertença, a nossa sensação de enraizamento, o nosso sentimento de « estar em casa » dentro da cidade que nos envolve e une. É importante que as diferentes partes duma cidade estejam bem integradas e que os habitantes possam ter uma visão de conjunto em vez de se encerrarem num bairro, renunciando a viver a cidade inteira como um espaço próprio partilhado com os outros. Toda a intervenção na paisagem urbana ou rural deveria considerar que os diferentes elementos do lugar formam um todo, sentido pelos habitantes como um contexto coerente com a sua riqueza de significados. Assim, os outros deixam de ser estranhos e podemos senti-los como parte de um «nós» que construímos juntos. Pela mesma razão, tanto no meio urbano como no rural, convém preservar alguns espaços onde se evitem intervenções humanas que os alterem constantemente. (FRANCISCO, 2015, p.117) 
 
 Nessa perspectiva, o Papa mostra nesse capítulo preocupantes quanto a cidade em seus aspectos mais relevantes, sendo relacionada aos meios de locomoção. “Nas cidades, a qualidade de vida está largamente relacionada com os transportes [...] (FRANCISCO, 2015, p.118), não diferenciando a preocupação quanto ao ar que respiramos, as habitações ou tudo relacionado as pessoas que moram nessa região, que oscilam as vezes em ambientes mais naturais a ambientes que estão sem contato com a natureza. 
 Assim, nessa perspectiva o Papa aborda preocupantes que são voltados as classes sociais independente de suas posições, principalmente os que estão em situações mais vulneráveis. Sua ideia é que todos possam assumir uma postura mais digna diante da sociedade global, ou seja, “Toda sociedade e nela especialmente o Estado tem a obrigação de defender e promover o bem comum” (FRANCISCO, 2015, p.121). 
4.1.4.4 O quarto capítulo e a atualidade
Nesse perspectiva em relação a atualidade teremos uma compreensão do 4º capítulo e a atualidade, veremos como essa Carta Encíclica Laudato Si’ vem mostrando sobre a reflexão em alguns aspectos para a sociedade mundial. Muitos recursos disponíveis na sociedade não são observados, mais que vem de uma organização de recursos disponibilizados na natureza, a “casa comum” gerando subsídios de favorecimento e de ajuda ao homem. 
Vamos com um olhar Papal compreender como esse documento se volta a preocupar com a “casa comum” de forma ecologicamente correta. O Papa permite nesse momento que a sociedade volte o pensamento a questões que não lhe são comum em observar e dessa forma não compreender o que lhes rodeia, a dimensão de acontecimentos e coisas que lhe são fornecidas através de meios ambientais, ou de melhor entendimento em como o meio ambiente lhe proporciona benefícios de diversas formas.
O documento Papal é de importância devido a preocupação em algo que é voltado ao amor próprio, a amar o próximo, ao amor aquilo que foi feito pelo Criador, a criatura e a criação Divina sendo envolvidos em um harmonioso ambiente, é o pensar na “casa comum” considerando seu espaço de sobrevivência no qual se divide o espaço com outras pessoas e se preocupa com elas e com o lugar ocupado na Terra. O Papa pede um amor incondicional podemos ver esse exemplo nas Sagradas Escritas, o amar como Cristo nos amou “E o meu mandamento é este: que vos ameis uns aos outros, assim como Eu vos amei”. (BÍBLIA, São João 15,12). A descrição dessa obra leva a pensamentos sobre impactos ao meio ambiente sociais e econômicos devido as influências e atividades humanas. Esses pontos estão relacionados a vida, a existência e a sobrevivência, existe uma interrelação entre as pessoas, as vidas existentes na “casa comum”.
Nesse capítulo pode-se observar a ecologia tratada em relatar sobre os organismos vivos e o meio ambiente onde todos eles se desenvolvem, tema que é de senso comum, a forma de vida e como essa sociedade está sobrevivendo, além de outros aspectos voltados aos componentes químicos, físicos e biológicos que estão de certa forma relacionados é também com as espécies vivas desse planeta estão relacionadas de forma integral. O Papa vem apresentar o impacto ambiental a uma falta de conhecimento do diferente, das diversas formas de vida. 
A crise social, ambiental e econômica em que a sociedade se encontra não pode ser observada de um olhar desmembrado, é preciso que com cuidado e com um olhar mais minucioso e cuidado sejam percebidos esses impactos e suas relações, de modo que se observa uma figura como a do Papa estabelecendo essa volta do pensamento humano a questões tão importantes para a população, para a sociedade ou para a “casa comum”. 
Aabordagem do Papa em sua preocupação em descrever esse documento e disponibilizar a um alcance das pessoas é devido ao maior agente dessa história, o “homem”, aquele que consegue manipular e mudar o mundo a sua volta. Os recursos da natureza são escassos e o alto desenvolvimento e aumento da população leva a um maior consumo e uso de recursos que podem ser percebidos de forma mais lenta de se alto regenerarem. Assim, o convite através dessa carta é que haja uma percepção quanto a realidade atual em que o mundo se encontra, conhecido, porém ignorado, não é de fato que as pessoas não saibam os impactos que causam no meio ambiente, mas a sua insensibilidade precisa ser mudada, o olhar ao redor precisa ser ativado, nesse momento que o Papa busca intervir, em levar esse pensamento crítico a todas as pessoas.
	 
4.1.5 Quinto capítulo 
 Já nos capítulos finais, no caso o quinto, temos aqui As linhas de orientação e ação, as quais norteia-se de linhas de uma dialética entre o meio ambiente e políticas nacionais e internacionais, onde algumas indagações são respondidas sobre gastos, investimentos e quando e onde ocorrerão as mudanças. 
 Nesse capítulo são apresentados temas voltados a ações para que as preocupações e indagações feitas pelo Papa Francisco sejam sanadas e assim, medidas plausíveis aos problemas sociais mundiais sejam resolvidas. O Papa vem nesse quinto capítulo com a proposta da ação, ou o agir, pode-se dizer em um olhar papal um exercício da fé, como relatado nas Sagradas Escrituras no versículo “"Assim também a fé: se não tiver obras, é morta em si mesma. (BÍBLIA, São Tiago 2, 17)." 
 Como é notório a preocupação inicial nesse capítulo, pois ele volta a preocupante inicial com a preocupação da Terra em seu pedido de ajuda, tanto para o meio ambiente quanto para a sociedade menos favorecida. Os acontecimentos preocupantes relacionados ao planeta não são atuais, medidas já foram tomadas, mas não tiveram respostas devido a inadimplências dos próprios líderes governamentais. 
 Assim, diante desse preocupante o Papa relata ser quase impossível que o quadro ambiental seja revertido, mais que se a fé for exercida, te todos se unirem e até orarem possam sair dessa situação tão precária, através de métodos de conscientização, como a própria encíclica, em busca de medidas para refletir em patamares maiores de governo. 
 
Não se pode sustentar que as ciências empíricas expliquem completamente a vida, a essência íntima de todas as criaturas e o conjunto da realidade. Isto seria ultrapassar indevidamente os seus confins metodológicos limitados. Se se reflete dentro deste quadro restrito, desaparecem a sensibilidade estética, a poesia e ainda a capacidade da razão perceber o sentido e a finalidade das coisas. Quero lembrar que os textos religiosos clássicos podem oferecer um significado para todas as épocas, possuem uma força motivadora que abre sempre novos horizontes (...). Será razoável e inteligente relegá-los para a obscuridade, só porque nasceram no contexto duma crença religiosa? Realmente, é ingénuo pensar que os princípios éticos possam ser apresentados de modo puramente abstracto, desligados de todo o contexto, e o facto de aparecerem com uma linguagem religiosa não lhes tira valor algum no debate público. Os princípios éticos que a razão é capaz de perceber, sempre podem reaparecer sob distintas roupagens e expressos com linguagens diferentes, incluindo a religiosa. (FRANCISCO, 2015, p.152-153) 
 
 Aqui notamos os princípios éticos sendo apontados como preocupantes voltados a pontos espirituais e não espirituais, a necessidade de abordar temas que atualmente possuem traços antigos, os aspectos religiosos não tiram do meio de dialéticas públicas suas essências e importâncias científicas, mais pode valorizar ainda mais suas descobertas. 
 Finalizando a ideia desse capítulo ficaremos com o trecho do Papa, onde relata que “A gravidade da crise ecológica nos obriga, a todos, a pensar no bem comum e a prosseguir pelo caminho do diálogo que requer paciência, ascese e generosidade, lembrando-nos sempre que a realidade é superior à ideia.” (FRANCISCO, 2015, p.154). 
 
4.1.5.5 O quinto capítulo e a atualidade
É levado nesse capítulo uma dialética em relação a contemporaneidade e ao pensamento sobre o progresso científico, a facilidade da globalização e a interação da sociedade em nível global. O Papa relata sobre um preocupante com a “casa comum” em relação aos avanços da sociedade em questão as consequências que esse desenvolvimento tem levado aos aspectos ecológicos. Questões socioambientais no mundo contemporâneo é um desafio que o Papa resolveu abraçar e se posicionar para uma sociedade que anda desorientadamente sem se preocupar com os advindos futuros. 
A “casa comum” ou o Planeta Terra é tratado pelo Papa que louva ao Senhor pela Natureza, mas não somente isso, agradece pelo progresso científico que precisa ser feito de forma correta, só que de forma desordenada tem levado a preocupantes que causam indignações devido aos severos impactos ambientais relativos a fauna e a flora, sem menosprezar os também causados impactos sociais voltados a pobreza, a concentração de renda, além do domínio técnico sobre os mais pobres. 
O Papa relata em seu documento a necessidade de mudanças, mais que sejam feitas em foco a observar o bem da nossa “casa comum”, é apontado a condição humana que é em vista frágil em relação ao ecossistema, em como o homem está sujeito a suas mudanças. O documento em si nessa parte relata pelo Papa uma necessidade de olharmos para o próximo em sua fragilidade e compreender como todos podem estar de certa forma vulneráveis e que precisam de ser alvos de um amor e que precisa ser com o amor de Cristo que possam ser alcançados.
A preocupação do Papa em relação as gerações futuras não é difícil de ser notado em sua obra, nesse tópico não é diferente, há uma preocupação voltada a degradação do ecossistema. Essa temática que mesmo já sendo analisada e pensada precisa ainda estar em pauta pois muitas propostas ou soluções pensadas não foram de certa forma aplicadas e se nota que o problema ecológico ainda é uma realidade. Ao se perceber uma carta a nível mundial como a Laudato Si’ podemos atentar a uma chamada do Papa a uma solução também mundial, a busca de uma união de forças ao bem comum, a procura de formas que venham a ter o apoio de todos mundialmente falando em busca de solucionar problemas que afetam de forma integral em todos os cantos do planeta. O consumo consciente é uma possibilidade de repensar em nível do bem estar global. 
O Papa Francisco exorta sobre a necessidade de efetivos padrões reguladores que garantam a soberania nacional como caminhos consensuais para evitar as catástrofes ambientais e sociais que se tem atualmente, e se pensar em países com maior índice de pobreza pode perceber um maior agravante, visto que seus meios de desenvolvimento são pouco sustentáveis, assim podemos perceber uma chamado do Papa a um momento de união e ajuda daqueles que podem estar ajudando, países que possuem mais recursos dão um apoio a aqueles que precisam de ajuda.
A figura Papal mediante essa complexidade de problemas em que o mundo enfrenta é essencial, sua figura visa o olhar para o próximo independente de seus pressupostos ideológicos, o mundo precisa estar adaptado a um novo padrão de governança que busquem novas estratégias de preservação e com a busca de um padrão junto aos princípios do evangelho que causem benefícios para todos. 
Nesse capítulo o Papa propõe um pensamento voltado ao início da criação onde o homem e a natureza viviam em um momento de harmonia e comunicação, mas que foi rompido onde o ‘homem” que administrava a natureza e começa a perder o seu controle e começa a explorar os recursos da natureza. Quando nos relata esse tópico o Papa voltada a grandeza de aspectos políticos serem envolvidos em problemas voltados ao senso comum, ao bem comum e com iniciativas que precisam ser feitas e realizadas em busca de soluções plausíveis, com meios de envolvimento de atividadessustentáveis, exploração de energia sustentável entre outras iniciativas que demonstram o pensamento local e regional podem gerar resultados em preservação do meio ambiente. 
4.1.6 Sexto capítulo 
 O último e também de suma importância o capítulo seis vem com relatos do Papa sobre uma Educação ambiental, que se fundamenta em busca de mudanças e incentivos para o caminho educativo, mais sempre com o foco voltado a tendências também espirituais, onde segue-se como um complemento ao capítulo quinto, com uma abordagem mais profunda do espiritualismo voltado ao conteúdo ecológicos, estabelecendo uma comunhão cósmica e universal. Em sumo, podemos notar aqui a importância da união dos pensamentos políticos e econômicos para o controle das consequências das atividades que resultam em reflexos negativos ao meio ambiente e sociedade. 
 Aqui podemos perceber o Papa relatando a importância de medidas de conscientização sendo realizadas em diversos espaços, as escolas são um dos pontos que mais disseminam ideias de conscientização, com propostas, projetos e ensinamentos. Mas, tratando de uma figura papal vemos que ele não descarta as igrejas de sua responsabilidade de estar atento a esses problemas, nem as famílias, podemos ver isso em sua descrição “É muito nobre assumir o dever de cuidar da criação com pequenas ações diárias” (FRANCISCO, 215, p.161). 
 Nesse capítulo o Papa demonstra a necessidade de estabelecer laços amorosos, ou amor civil, político e amor social, sendo, assim, 
 
O amor social é a chave para um desenvolvimento autêntico: Para tornar a sociedade mais humana, mais digna da pessoa, é necessário revalorizar o amor na vida social – nos planos político, económico, cultural – fazendo dele a norma constante e suprema do agir».158 Neste contexto, juntamente com a importância dos pequenos gestos diários, o amor social impele-nos a pensar em grandes estratégias que detenham eficazmente a degradação ambiental e incentivem uma cultura do cuidado que permeie toda a sociedade. Quando alguém reconhece a vocação de Deus para intervir juntamente com os outros nestas dinâmicas sociais, deve lembrar-se que isto faz parte da sua espiritualidade, é exercício da caridade e, deste modo, amadurece e se santifica. (FRANCISCO, 2015, p.174) 
 
 Vemos nesse último capítulo um convite papal a assumir um perfil ético, crítico e cristão que é relativo a dar continuidade ao evangelho de Jesus, optando por um perfil que resulte nas atitudes a nossa “casa comum” que vão amparar vários perfis de pessoas, comunidades, culturas, etnias e raças, além de aspectos políticos e econômicos em busca de um perfil cristão mais amparador e preocupado com as questões comuns e espirituais, resultando em iniciativas de amor ao próximo, a si mesmo e ao mundo. 
 O Papa em seu perfil sacerdotal reflete nesse último capítulo o pensamento trino, ou seja, de um Deus em sua trindade e no que essa excelência divina nos faz acreditar, na necessidade de atuar em uma solidariedade a nível global. Em sua ideia principal que tudo está interligado vemos a essência desse documento unindo a fé, a razão e a ciência, em busca do cuidado com a “casa comum” na Terra e a esperança de um caminhar a “casa comum” no céu em companhia de todas as outras pessoas. 
4.1.6.6 O sexto capítulo e a atualidade
Nesse ultimo capítulo da Laudato Si’ temos uma abordagem voltada ao pensamento mais maduro, mais focado a educação e a espiritualidade, um momento de reflexão e apontamentos que precisam causar impactos na estrutura humana. As atitudes cotidiana que tem um perfil normalizado a acontecimentos que deveriam mais não chamam mais atenção a olhares minuciosos de acontecimentos que causam rupturas no ecossistema. Nesse momento o Papa se volta ao evangelho, ao espiritual para que possam ser feitas medidas reflexivas de atitudes, que a caridade alcance a todos e o julgamento seja inexistente ao se pensar no que pode ser feito, as atitudes sejam tomadas sem busca de culpados e responsáveis, mais que todos possam exercer sua busca individual por soluções. 
Com a leituras das 5 primeiras partes ou capítulos da Carta Encíclica Laudato Si’ é plausível que seja feita uma reflexão e que ela volte a compreensão de uma transformação de vida, de hábitos e de costumes. Assim, nessa perspectiva é possível compreender nesse 6º capítulo a necessidade de uma mudança central humanitária ou humana e envolve três aspectos sendo o antes, pois todos temos uma origem comum, o durante e o agora em quem somos e o depois que é o nosso futuro. Assim, em sumo a questão em como mudar é apontada.
O Papa Francisco se refere a três grandes desafios, sendo o cultural, o desafio espiritual e o desafio educativo. Em se falar da cultura é notório a falta de consciência em certas normalidades que não deveriam ser comuns. Nesse ponto temos uma reflexão voltada ao consumo, aos meios de consumo em que a sociedade está imposta. O consumo associado as escolhas que não são de forma sustentáveis e voltadas a um meio de produção que não permite a uma verdadeira escolha, ou seja, as disponibilidades no mercado já são pré estabelecidas em padrões em que a escolha verdadeiramente é feita por quem produz. 
 Vemos uma abordagem importante a aspectos voltados ao consumo em que a sociedade está inserida em desvalorizar o já adquirido e estar sempre buscando uma atualização de bens que ainda são úteis, o desejo de novos produtos torna como ultrapassado o que foi adquirido em necessidade a uma busca de estar sempre querendo o próximo, ou a novidade. Temos uma reflexão nesse comum pensamento que está sendo desvalorizado, a necessidade de atualizar bens de forma desnecessária leva o meio ambiente e a sociedade a uma acumulação de coisas desnecessárias e a uma grande produção de materiais que causam grandes impactos ambientais.
O Papa relata sobre o homem estar tão vazio interiormente que necessite buscar de forma material preencher esse vago. Assim, trata sobre o que é supérfluo, relacionado a gastos, a posses, a alimentação, na vida em geral, essa diferenciação em ser realmente necessário é algo que é realmente notório de ser observado. 
 Pode-se compreender o Papa nessa atualidade voltando a se preocupar em levar um pensamento voltado não somente a crise ecológica, mas a crise social do consumismo, a obsessão por um estilo de vida que poucos conseguem manter. Essas atitudes impensadas resultam em violência e consequências recíprocas para mim e para o outro que possuem uma necessidade de desejos não atendidos e que sempre procuram mais e mais. 
É válido de ressaltar que a sociedade possui consciência da crise ecológica, mas que não conseguem renunciar os avanços e as ofertas que o mercado lhe oferece, a tentação do bem estar soa mais alto nos ouvidos e nos corações que precisam estar mais voltados a Graça do Criador em busca de uma resistência e entendimento. O Papa nessa carta de forma em exercer a sua fé e esperança trata de acreditar que ainda existe uma saída e uma forma de mudar essa ainda realidade mundial.
Na busca sobre essa espiritualidade nesse último tópico temos o Papa em busca de lidar com o amor em sua forma expressiva, do amor em si, ao outro e ao todo, amor a “casa comum”, os questionamentos em cada um em como poder ajudar e contribuir nas mudanças ecológicas, sociais e culturais devem ser feitas de modo a cada um buscar sua forma de atuação sem olhares em busca de culpados, mas de soluções. 
6. CONCLUSÃO 
 A ideia do Papa Francisco quanto a escrita da Carta Encíclica é uma esperança de mudança de postura da sociedade global mediante aos fatos decorrentes da destruição ecológica, mais que exige mudança de postura em outros pontos, que sejam sociais, econômicos, políticos e éticos, com a finalidade de um desenvolvimento sustentável e integral. Foi então impactante a iniciativa de cuidados com o planeta vindo de uma figura tão representativa e religiosa como o Papa Francisco para que a sociedade retornasse a um preocupante tão delicado como o meio ambiente, o seu próprio habitat ou casa comum. O papaconsegue reunir alguns pontos os quais as pessoas acreditam não andarem juntos, sendo eles a Fé em seu exercício, a Ciência em seus estudos, pesquisa e resultados e a Razão. 
 Foi a partir de pensamentos organizados como a poluição e mudanças climáticas, a questão da água, a perda da biodiversidade e a deterioração da qualidade de vida e a degradação social que o Papa reúne argumentos plausíveis para ajudar a solucionar os problemas da vida humana, os quais possuem entraves voltados as desigualdades sociais, econômicas, culturais, a fraqueza das reações e a diversidade de opiniões. 
 Com análise ao perfil do Papa Francisco pode-se dizer que sua vida reflete a de São Francisco de Assis, que possuía traços voltados a conversão que exige não somente a mudança de mentalidade mais mudança de lugar, voltados as “casas”, sejam elas o coração, os valores e o mundo, quando vemos esses tópicos percebe-se o preocupante do homem em suas relações nos três aspectos das relações interiores, das relações com os outros e com os outros povos diferentes de nossas culturas. 
 Assim, ao analisarmos essa proposta do Papa para o mundo podemos observar que ele busca soluções para problemas de graus que são variantes, os que resultam em levar danos não somente ambientais, aspectos sociais são por vezes relatados devido ao grande número de pessoas afetadas com os problemas ambientais. Tais problemas que se agravam a cada dia causando desastrem com consequências irreparáveis. 
Temos, uma análise documental que mostrou a importância de uma dialética entre o humano e o espiritual em busca de respostas para a nossa “casa comum” que se encontra em uma situação degradável de destruição de recursos ambientais e sociais. Suas palavras descritas nessa carta demonstra uma forma de motivação e impulso a busca de resultados para uma mudança de pensamentos que não atinge somente os líderes e frentes políticas ou religiosas, mas toda a nação. 
Nessa proposta documental o Papa ensinou sobre como lidar com as pessoas a nossa volta e o meio ambiente propondo uma prática para que possamos iniciar uma transformação de pensamentos e da nossa forma de agir em relação a nossa “casa comum”, onde foi ensinado sobre como as coisas a nossa volta possuem uma interrelação e estão ligadas. Atitudes pequenas precisam ser valorizadas, iniciativas e pensamentos reflexivos em meio a uma sociedade complexa em suas atitudes, as ações que geram consequências mundiais são tratadas de forma comum onde necessitam ser pensadas de forma mais profunda. 
O mundo atualmente está em um período de degradação, de doenças e poluições que são resultados das ações humanas, o ar, as águas e o solo, ou seja, nesse documento vemos o Papa apresentar a sociedade para si mesma, como um espelho refletindo seu egoísmo, seu individualismo e um ser “assassino”, sim em uma dura palavra de se dizer e descrever em que o homem leva a si, o outro e a “casa comum” criada por Deus a uma ruína, decadência e morte.
A Carta Encíclica Laudato Si’ volta a sua mensagem de buscar urgências de soluções para que o mundo continue a existir, as próximas gerações estão sujeitas a receber algo irá dificultar a sua existência ou sobrevivência, essa verdade atual que soa de forma exagerada é um sincero apelo de um representante que exerce sua fé em meio a grandes destruições que parecem sem solução.
O Papa em sua carta voltou a uma busca de alerta em que não somente alcançasse os seus fiéis, aos religiosos de plantão, a aqueles que buscam em sua mesma manifestação de religiosidade pensar no outro de forma caridosa, a busca é de um público geral, a todos os habitantes do planeta independente de sua crença ou religião, desacreditado ou não em alguém ou algo. Quando usa da expressão Laudato Si’ que em sua tradução do italiano é Louvado Seja, teve uma inspiração em Francisco de Assis que é o Patrono da Ecologia e dos Animais o qual buscava estabelecer e relatar sobre a harmonia perfeita entre as criaturas e a natureza tratando-os como uma família dando a cada um uma importância e valores dados pelo Criador que ao fazer disse que viu que era bom. 
Nessa perspectiva vemos ressaltar a importância do cuidado com a natureza, os seres que nela habitam, o cuidado com a “casa comum” que foram tratados em sua obra de forma clara e estabelecendo e intercalando temas que são do senso comum, da sociedade, do mundo. Quando se observa essa carta vemos uma mensagem que atualmente parece nos ser mais urgente do que em qualquer momento, a situação real em que o mundo se encontra, o desenvolvimento populacional segue um ritmo diferente do desenvolvimento da natureza e da reposição de seus recursos, é preocupante como o planeta está envolto a consequências devastadoras e que algo precisa ser feito.
Foi possível compreender no enredo de cada um de seus capítulos como no primeiro ao lidar com os cuidados com a “casa comum”, a desigualdade planetária, os impactos ambientais e principalmente a deterioração da humanidade ou da vida humana, no segundo fomos convidados pelo Papa a caminhar em busca de uma compreensão do evangelho da criação do Senhor, onde cada criatura e criação possuem um significado do qual são um plano do amor de Deus o que com suas próprias mão fez. Existe pelo Papa a busca de uma comunhão universal. No capítulo três fomos levado pelo Papa a uma percepção sobre a raiz humana da crise ecológica, onde apresentou o uso da tecnologia e da globalização e as suas consequências e impacto no contexto global e individual, no capítulo 4 fomos apresentados pelo Papa ao conceito da ecologia integral que reuniu os princípios da ecologia ambiental, social, cultural econômica e da vivencia nossa do dia a dia para podermos articular o bem comum, já no quinto capítulo foram orientações e ações, além de nos dizer que algumas questões ambientais e econômicas não podem ser discutidas de forma isoladas e nos levou a um diálogo entre todas as ciências e a todas as religiões. 
Assim, o Papa nos proporcionou um conhecimento, uma reflexão sobre os acontecimentos com a nossa “casa comum”, nos conhecemos o evangelho da criação, discutimos sobre a raiz humana na crise ecológica e conhecemos o conceito da ecologia integral. Mais pra que haja uma mudança que seja de forma transformadora e renovadora de forma efetiva, é preciso que de forma imediata sejam tomadas decisões onde todos “eu” o “outro” ou “nós” possamos estar tomando atitudes plausíveis e urgentes. Por isso no seu último capítulo em um ato de fé e espiritualidade o Papa convida a uma mudança radical ao estilo de vida, para que assim, possamos alcançar uma perfeita harmonia e aliança entre o meio ambiente e a humanidade.
 
 
REFERÊNCIAS 
 
 
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FRANCISCO, Papa. “Carta Encíclica Laudato Si”. São Paulo: Editora Paulinas, 2015. Disponível em pdf: < papa-francesco_20150524_enciclica-laudato-si_po.pdf (vatican.va)> Acesso em 20 de mar. de 2021. 
 
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NASCIMENTO, Diego Tarley Ferreira. CAMPOS, Gustavo Ribeiro. Os cuidados com a natureza (nossa casa comum), segundo a carta encíclica papal “Laudato Si’, mi’ signore”. XVIII Encontro Nacional de Geógrafos,2016. A construção do Brasil: geografia, ação política e democracia. 
 
REDAÇÃO. Início do Cântico das Criaturas de São Francisco é o título da nova Encíclica do 	Papa 	Francisco. 	Arquidiocese 	de 	São 	Paulo, 	2015. 	Disponível 	em: 	< 
http://www.arquisp.org.br/regiaolapa/noticias/inicio-do-cantico-das-criaturas-de-saofrancisco-e-o-titulo-da-nova-enciclica-do-papa-francisco>.Acesso em 20 de mar. de 2021. 
 
 
 
 
FACULDADE DE FILOSOFIA E TEOLOGIA PAULO VI
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SÃO FRANCISCO DE ASSIM, E O CUIDADO DA CASA COMUM 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MOGI DAS CRUZES 2021 
 
FACULDADE DE FILOSOFIA E TEOLOGIA PAULO VI 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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MOGI DAS CRUZES 2021

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