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Simulados OAB Simulado OAB Página 1 de 7 PADRÃO DE RESPOSTA – PEÇA PROFISSIONAL Resposta Ideal O candidato deve ajuizar ação de reconhecimento e dissolução de união estável cumulada com pedido de alimentos transitórios, expondo as razões de fato e de direito que justificam a pretensão. A petição inicial deve ser endereçada a vara de família e se submeter ao procedimento previsto nos artigos 693 e seguintes do CPC. Além de postular o reconhecimento e a dissolução da união estável, Amanda deverá postular alimentos transitórios, pelo período de um ano e formular pedido de antecipação dos efeitos da tutela jurisdicional. Na causa de pedir, Amanda deverá demostrar o preenchimento dos requisitos configuradores da união estável, fazendo referência ao §3º do art. 226 da CF, ou ao artigo 1.723 do CC, evidenciando a habitualidade, a ausência de qualquer impedimento, a publicidade e o ânimo de constituir família. Em arremate, a agravante deverá requerer a citação de Igor Falcão para, querendo, comparecer à audiência de conciliação e mediação, de modo que, não havendo acordo, postular a abertura de prazo de 15 dias úteis para apresentar contestação, prosseguindo-se o feito até sentença final, concluindo a peça com o local, a data, o advogado e a OAB. Simulados OAB Simulado OAB Página 2 de 7 A peça Ideal EXCELENTÍSSIMO (A) SENHOR (A) DOUTOR (A) JUIZ (A) DE DIREITO DA VARA DE FAMÍLIA DA COMARCA DE ... AMANDA, estado civil..., nacionalidade..., profissão..., RG..., CPF..., residente e domiciliada na rua..., número ..., bairro..., cidade...estado..., por seus advogado, conforme procuração anexa, para onde as intimações e comunicados processuais deverão ser dirigidos, sob pena de nulidade, na forma dos arts. 105 e 272 do Código de Processo Civil, com endereço profissional na rua..., nº..., bairro..., cidade..., estado..., com endereço..., vem mui respeitosamente à presença de Vossa Excelência, com fulcro no artigo 226, § 3º da Constituição Federal, 1.723 a 1.726 do Código Civil e 693 a 699 do Código de Processo Civil, propor ação de RECONHECIMENTO E DISSOLUÇÃO DE UNIÃO ESTÁVEL CUMULADA COM ALIMENTOS E TUTELA ANTECIPADA em face de IGOR FALCÃO, estado civil..., nacionalidade..., profissão..., RG..., CPF..., residente e domiciliado na rua..., número ..., bairro..., cidade...estado..., expondo e requerendo o seguinte. I - DA JUSTIÇA GRATUITA. A autora é dependente econômica do réu, que arcava, mensalmente, com o pagamento de uma quantia certa para sua renda. Portanto, a autora não pode arcar com gastos atípicos ao seu já comprometido orçamento financeiro mensal, razão pela qual requer gratuidade, com fundamento no princípio do acesso a Justiça previsto no artigo 5º, inciso XXXV, da Constituição Federal, da Lei 1.060/50 e do art. 98 e seguintes do CPC1. O artigo 99, §3º do CPC é categórico ao afirmar que “presume-se verdadeira a alegação de insuficiência deduzida exclusivamente por pessoa natural”. Isto posto, pede-se o deferimento da gratuidade da justiça. II - DOS FATOS A autora iniciou a relação afetiva com o réu no dia 20 de maio de 2018 de forma pública, contínua e duradoura. Além disto, autor e réu possuíam o animus de constituir família, de modo que a referida relação afetiva se apresenta como verdadeira entidade familiar. No dia 5 de junho de 2020, Igor Falcão informou à Amanda que não desejava mais permanecer no aludido relacionamento razão pela qual desejava desfazer o relacionamento diante da ruptura do afeto. Ocorre que Amanda sempre dependeu financeiramente de Igor que, aliás, sempre exigiu dela que não trabalhasse, de modo a cuidar da casa. 1 CPC. Art. 98. A pessoa natural ou jurídica, brasileira ou estrangeira, com insuficiência de recursos para pagar as custas, as despesas processuais e os honorários advocatícios tem direito à gratuidade da justiça, na forma da lei. Simulados OAB Simulado OAB Página 3 de 7 Desta maneira, Amanda necessita de algum pagamento temporário para que possa se restabelecer, ao menos pelo período de um ano, lapso temporal necessário para reingresso da mesma no mercado de trabalho. Ocorre que o réu se nega a ajudar autora sob o fundamento no sentido de que não há justificativa jurídica que autorize qualquer pagamento, sugerindo, incorretamente, que a sua relação seria de mero namora e não de união estável. III - DO DIREITO; DA UNIÃO ESTÁVEL; A Constituição Federal, em seu art. 226, §3º, confere status de entidade familiar à união estável, gozando, portanto, de proteção estatal. Outrossim, o art. 1.723 do Código Civil também reconhece a união estável como entidade familiar diante da presença da “convivência pública, contínua e duradoura e estabelecida com o objetivo de constituir família”2. Como visto acima, o regime de bens na união estável é o da comunhão parcial, tendo em vista a inexistência de qualquer contrato escrito em sentido contrário celebrado entre autora e réu , na forma do art. 1.725 do Código Civil. O cotejo entre os fatos acima narrados e os artigos de lei descritos evidencia a inequívoca união estável no caso concreto, que se configurou de forma pública, contínua, duradoura e com o animus de constituir família. A relação dos conviventes possuía o elemento mais importante para a caracterização definitiva da união estável, qual seja o intuito familiae ou também chamado de affectio maritalis. DA PARTILHA DE BENS; Na forma do art. 5º da Lei Federal nº 9.278/96 os bens adquiridos na constância da união estável à título oneroso presumem-se em comunhão de esforços. Esta presunção jurídica decorre diretamente da norma, senão veja-se: “Os bens móveis e imóveis adquiridos por um ou por ambos os conviventes, na constância da união estável e a título oneroso, são considerados fruto do trabalho e da colaboração comum, passando a pertencer a ambos, em condomínio e em partes iguais, salvo estipulação contrária em contrato escrito”. Portanto, o patrimônio onerosamente adquirido pelo réu durante a união estável há de ser identificado, apurado, levantado e amealhado. Acresça-se a isto que o art. 1.658 do CC é expresso ao afirmar que “comunicam-se os bens que sobrevierem ao casal na constância do 2 CC. Art. 1.723. É reconhecida como entidade familiar a união estável entre o homem e a mulher, configurada na convivência pública, contínua e duradoura e estabelecida com o objetivo de constituição de família. Simulados OAB Simulado OAB Página 4 de 7 casamento”, sendo este o regime patrimonial aplicável ao caso concreto. O próprio artigo 1.660 do CC afirma que “Entram na comunhão” os bens adquiridos durante a relação afetiva “por título oneroso, ainda que só em nome de um dos cônjuges”. Bens adquiridos por fato eventual “com ou sem o concurso de trabalho ou despesa anterior”, como também as “benfeitorias em bens particulares de cada cônjuge” e, finalmente, os “frutos dos bens comuns, ou dos particulares de cada cônjuge” percebidos durante a relação afetiva ou “pendentes ao tempo de cessar a comunhão” também devem ingressar na comunhão. Veja-se, ademais disto, que na comunhão parcial “presumem-se adquiridos na constância do casamento os bens móveis, quando não se provar que o foram em data anterior”, na forma do art. 1.662 do CC. Sob o ponto de vista jurídico, portanto, há de se apurar, liquidar e partilhar os conjuntos de aquestos durante a união estável. DOS ALIMENTOS. De acordo com o Código Civil, em seu art. 1.694: “Podem os parentes, os cônjuges ou companheiros pedir uns aos outros os alimentos de que necessitem para viver de modo compatível com a sua condição social, inclusive para atender às necessidades de sua educação”. Tais alimentos“devem ser fixados na proporção das necessidades do reclamante e dos recursos da pessoa obrigada”. Com efeito, “São devidos os alimentos quando quem os pretende não tem bens suficientes, nem pode prover, pelo seu trabalho, à própria mantença, e aquele, de quem se reclamam, pode fornecê-los, sem desfalque do necessário ao seu sustento” (CC, art. 1695). Na forma do art. 4º da Lei de Alimentos “As despachar o pedido, o juiz fixará desde logo alimentos provisórios a serem pagos pelo devedor, salvo se o credor expressamente declarar que deles não necessita. Parágrafo único. Se se tratar de alimentos provisórios pedidos pelo cônjuge, casado pelo regime da comunhão universal de bens, o juiz determinará igualmente que seja entregue ao credor, mensalmente, parte da renda líquida dos bens comuns, administrados pelo devedor”. De igual sorte, o art. 300 do CPC autoriza o magistrado a antecipar os efeitos da tutela jurisdicional nas hipóteses ali indicadas. Diante do exposto, a autora necessita urgentemente de alimentos provisórios para que possa viver com o mínimo de decência e dignidade. Para tanto, com base na condição financeira do réu, diante dos fatos devidamente comprovados, faz-se mister a concessão imediata de alimentos provisórios em valor de... IV - DOS PEDIDOS; Ante o exposto, a autora requer: Simulados OAB Simulado OAB Página 5 de 7 a) LIMINARMENTE, A FIXAÇÃO DE ALIMENTOS PROVISÓRIOS em valor de... b) A CITAÇÃO do réu nos termos do art. 222, “a” e 224 do CPC para, querendo, apresentar resposta no prazo legal, sob pena de revelia e confissão quanto aos fatos aqui aduzidos, sem não antes ser designada audiência de mediação e conciliação, na forma do art. 695 do CPC. c) Ao final seja JULGADA TOTALMENTE PROCEDENTE a ação, para: c.1) Declarar reconhecida e dissolvida por sentença a UNIÃO ESTÁVEL entre os conviventes. c.2) determinar a partilha dos aquestos e de todos os bens adquiridos durante a união estável. c.3) a confirmação dos alimentos definitivos em... d) Os BENEFÍCIOS DA JUSTIÇA GRATUITA, nos termos do art. 5º, LXXIV da CF/88, da Lei 1.060/50 e do art. 98 e seguintes do CPC; e) A CONDENAÇÃO do réu no pagamento de custas e honorários advocatícios de 20%, na forma do art. 85 do CPC. Protesta provar o alegado por todos os meios de prova admitidos em direito, especialmente pela produção de prova documental, testemunhal e depoimento do réu, sob pena de confissão. Dá-se a causa o valor de R$ ... LOCAL, DATA ADVOGADO OAB Simulados OAB Simulado OAB Página 6 de 7 Espelho de Correção ITEM AVALIADO PONTUAÇÃO COMENTÁRIO EXPLICATIVO AO ALUNO A peça adequada nesta situação é ação de reconhecimento e dissolução de união estável cumulada com partilha de bens. Havendo por parte de Igor Falcão o entendimento de que sua relação afetiva com Amanda seria namoro e se negando à partilhar qualquer bem, ou até mesmo pagar alimentos, deverá a mesma postular o reconhecimento e dissolução de união estável cumulada com alimentos e partilha de bens. Endereçamento 1. Vara de Família (0,10). 0,00/0,10 As ações de família, como a união estável, devem ser dirigidas à Vara de Família. 2. Indicar Amanda como parte autora (0,10). 0,00/0,10 Amanda, cliente e autora do pedido, é a parte acionante. 3. Indicar Igor Falcão como réu (0,10). 0,00/0,10 Igor Falcão é a pessoa em face de quem se deve postular o reconhecimento e a dissolução da união estável. 4. Indicar a gratuidade (0,30) e o artigo 5º, inciso XXXV, da Constituição Federal OU a Lei 1.060/50 OU o art. 98 e seguintes do CPC (0,20). 0,00/0,20/0,30/0,50 Sendo a hipótese uma ação de alimentos, é de se esperar que a parte autora do pedido não tenha condição de arcar com as despesas para o ajuizamento da ação sem prejuízo da manutenção do próprio sustento. Desta maneira, o pedido de gratuidade se faz legítimo e necessário. 5. Formular do pedido de antecipação dos efeitos da tutela jurisdicional indicando o art. 4º da Lei de Alimentos OU o art. 300 do CPC (0,40). 0,00/0,40 Amanda não poderá aguardar o desfecho do processo sem obter, antes disto, uma medida antecipatória dos efeitos da tutela jurisdicional tendo em vista que os alimentos para a mesma se mostram imprescindíveis à própria sobrevivência da mesma, de modo que se trata de um relevante pedido. Fundamentos de mérito 6. Indicar, inicialmente, o fundamento constitucional tendo em vista que a união estável é reconhecida como entidade familiar (0,40), de acordo com o art. 226, §3º da CF (0,20) 0,00/0,20/0,40/0,60 O primeiro fundamento jurídico a ser utilizado pela parte autora deve ter natureza jurídica na Constituição Federal, seja diante do princípio da proteção a família, seja porque o texto constitucional expressamente reconhece a união estável para efeito de proteção do Estado. 7. Indicar que a relação era habitual (0,10) E indicar o art. 1.723 do CC (0,10). 0,00/0,10/0,20 O candidato deve desenvolver os pressupostos da união estável sendo, o primeiro deles, a habitualidade, o que ocorreu no caso em tela, eis que Amanda e Igor se relacionavam afetivamente deste 20 de maio de 2018. Simulados OAB Simulado OAB Página 7 de 7 8. Alegar o requisito da publicidade da relação, como uma das exigências cumulativas para configurar a união estável (0,20). 0,00/0,20 Um segundo requisito configurador da união estável é a publicidade, também denominada de ostensibildiade. A união estável tem como característica o fato de ser a mesma assim reconhecida socialmente. Não se trata de uma relação secreta, mas pública. 9. Discorrer sobre o ânimo de constituir família. 0,00/0,30 O art. 1.723 do CC em sua parte final exige, como um dos requisitos para a configuração da união estável o ânimo de constituir família, assim denominado pela doutrina de requisito subjetivo. . 10. Informar que, na falta de contrato escrito em sentido contrário, o regime de bens é o da comunhão parcial (0,10). 0,00/0,10 Trata-se de informação prévia a fim de, viabilizando a configuração do regime da comunhão parcial de bens, permitir à Amanda formular o pedido de meação do patrimônio adquirido durante a vigência da referida relação afetiva. 11. Sustentar que a autora tem direito à meação dos bens adquiridos durante a união estável (0,40) E indicar o art. 1.725 do CC (0,10). 0,00/0,10/0,40/0,50 Demonstrado o regime da comunhão parcial de bem, o candidato deveria sustentar na sequência a comunicabilidade do patrimônio onerosamente adquirido durante a união estável para, com isto, justificar juridicamente o direito à meação. 12. Sustentar que a autora possui direito a receber alimentos do réu diante da solidariedade familiar OU do dever de assistência mútua (0,40) E indicar o art. 1.724 do CC OU o art. 1.694 do CC (0,10). 0,00/0,10/0,50 O dever de assistência e a solidariedade familiar autorizam o pedido de alimentos entre os companheiros, devendo a autora demonstrar ser dependente econômica do réu, necessitando receber, por determinando período, pensão alimentícia a fim de se restabelecer. 13. Destacar que o réu também deverá ser condenado no pagamento de honorários advocatícios sucumbenciais (0,30) na forma do art. 85 do CPC (0,10). 0,00/0,10/0,30/0,40 Durante a fundamentação competirá a parte autora, também, demonstrar pela teoria da causalidade que o réu haverá de ser o sucumbente no processo judicial em destaque e, em razão disto, deverá ser condenado no pagamento de honorários advocatícios. Pedidos 14. Pedir citação do réu para, querendo, contestar os pedidos sob pena de revelia, o deferimento da gratuidade da Justiça, a confirmação do pedido liminar OU da antecipação de tutela (0,20), assim como o reconhecimento e a dissolução da uniãoestável, bem como a condenação do réu no pagamento 0,00/0,20/0,30/0,50 O candidato deve estar atento para formular todos os pedidos vestibulares necessários, desde a citação da parte ré, até a condenação em honorários advocatícios, postulando, inclusive, a confirmação da antecipação dos efeitos da tutela jurisdicional e a gratuidade da Justiça. Simulados OAB Simulado OAB Página 8 de 7 de honorários advocatícios (0,30). 15. Pedir a produção de todos os meios de prova em direito admitidos (0,20) inclusive o depoimento pessoal do réu, juntada de documentos e oitiva de testemunhas (0,20). 0,00/0,20/0,40 Em se tratando de procedimento que se submeterá à necessária instrução, deve-se atentar para o pedido de depoimento pessoal do réu, sob pena de confissão, assim como juntada de documentos e oitiva de testemunhas. Fechamento 16. Indicar o local, a data, o advogado e a OAB (0,10). 0,00/0,10 Como de rotina, o candidato deverá fazer referência, tendo cuidado para não identificar a peça, ao local, a data, ao advogado e a OAB. Simulados OAB Simulado OAB Página 9 de 7 PADRÃO DE RESPOSTA – QUESTÃO 01 Resposta Ideal A) É vedada a venda de garagem sem matrícula própria tendo em vista que neste caso o bem não é considerado autônomo, mas parte integrante da residência, na forma da súmula 449 do STJ. B) Em regra não é possível a alienação de vaga de garagem, na forma do art. 1.331 do CC, salvo se houver expressa autorização na convenção do condomínio. Distribuição dos Pontos ITEM PONTUAÇÃO COMENTÁRIO EXPLICATIVO AO ALUNO A. Não é possível a penhora de vaga de garagem sem matrícula própria (0,55), na forma da súmula 449 do STJ (0,10). 0,00/010/0,55 /0,65 Inexistindo matrícula própria e destacada do bem principal, a vaga de garagem será vista como parte integrante da própria residência, sendo considerada impenhorável pela jurisprudência do STJ. B. O Código Civil autoriza a venda ou alienação da vaga de garagem apenas para os condôminos, como regra, salvo se a convenção do condomínio disciplinar em sentido contrário (0,50), na forma do art. 1.331 do CC (0,10). 0,00/0,10/0,50/ 0,60 A vaga de garagem deve ser, em regra, vendida ou alugada apenas ao condônimo tendo em vista que a intenção do legislador é manter a unidade e impedir que terceiros também se envolvam na relação condominial. Entretanto, em respeito a autonomia privada também se admitirá que por convenção condominial seja autorizada a venda ou alienação a terceiro Simulados OAB Simulado OAB Página 10 de 7 PADRÃO DE RESPOSTA – QUESTÃO 02 Resposta Ideal A) Jorgina estará sujeira à curatela por não puder exprimir a sua vontade, na forma do art. 1.767, inciso I do Código Civil. O curador de Jorgina também será o curador de Josete, tendo em vista a morte de Hamilton, na forma do art. 1.779, parágrafo único do Código Civil. B) De acordo com o art. 747 do CPC, a interdição poderá ser promovida, na falta do cônjuge ou companheiro, pelos parentes ou tutores, pelo representante da entidade em que se encontra abrigado o interditando e pelo Ministério Público. No caso concreto, a curadoria poderá ser promovida por demais parentes eventualmente existentes, ou pelo Ministério Público. Distribuição dos Pontos ITEM PONTUAÇÃO COMENTÁRIO EXPLICATIVO AO ALUNO A. Jorgina estará sujeira à curatela por não puder exprimir a sua vontade, sendo que o curador de Jorgina também será o curador de Josete (0,60), na forma dos artigos 1.767m inciso I e 1.779 do CC (0,10). 0,00/0,10/0,60/0,7 0 O instituto assistencial de direito de família aplicável ao caso em destaque é o da interdição. O Código Civil expressamente afirma que se o nascituro não tiver genitor, em caso de interdição da mulher grávida, o curador desta também será do nascituro. B. De acordo com o art. 747 do CPC a interdição poderá ser promovida, na falta do cônjuge ou do companheiro, pelos parentes ou tutores, pelo representante da entidade em que se encontra abrigado o interditando e pelo Ministério Público (0,45), conforme art.747 do CC (0,10). 0,00/0,10/0,45/0,5 5 A interdição poderá ser promovida, na falta do cônjuge ou companheiro, pelos parentes ou tutores, pelo representante da entidade em que se encontra abrigado o interditando e pelo Ministério Público, conforme art. 747 do CPC. Simulados OAB Simulado OAB Página 11 de 7 PADRÃO DE RESPOSTA – QUESTÃO 03 Resposta Ideal A) Renata Alexandrina poderia se utilizar da tomada de decisão apoiada, instaurando processo judicial, informando ser deficiente e indicando Luciano e Jesualdo para prestar-lhe apoio e fornecer elementos e informações necessárias para que possa exercer os referidos atos da vida civil, na forma do art. 1.783-A do Código Civil. B) A decisão tomada por pessoa apoiada terá validade e efeitos sobre terceiros, sem restrições, desde que esteja inserida nos limites do apoio acordado, na forma do §4º, do art. 1.783-A do Código Civil. Distribuição dos Pontos ITEM PONTUAÇÃO COMENTÁRIO EXPLICATIVO AO ALUNO A. Renata Alexandrina deverá se utilizar da tomada de decisão apoiada, por ser esta a medida judicial adequada (0,60) na forma do art. 1.783-A do Código Civil (0,10). 0,00/0,10/0,60 /0,70 A tomada de decisão apoiada é a medida judicial cabível disponível no ordenamento jurídico para que deficientes possam obter elementos, apoio e informações necessárias ao exercício de atos da vida civil, sendo no caso a mais adequada opção jurídica, especialmente quando a questão indica a existência de duas pessoas que já mantinham vínculo com Renata, além de serem idôneas. B. A decisão tomada por pessoa apoiada terá validade e efeitos sobre terceiros (0,30), na forma do §4º, do art. 1.783-A do Código Civil. (0,25). 0,00/0,25/0,30/ 0,55 Emitida a decisão judicial, após o devido procedimento, com a oitiva do Ministério Público, dos apoiadores, da equipe multidisciplinar e de Renata Alexandrina, os efeitos da decisão apoiada terá validade e efeitos sobre terceiros. Simulados OAB Simulado OAB Página 12 de 7 PADRÃO DE RESPOSTA – QUESTÃO 04 Resposta Ideal A) De acordo com o art. 928 do CC o incapaz possui responsabilidade civil condicional, subsidiária e equitativa. Dentro destes limites é possível reconhecer a responsabilidade civil de Eduarlinda, especialmente porque seu pai não é vivo e sua mãe tem poucos recursos financeiros. B) O direito de regresso não é cabível quando o autor do dano é descendente incapaz de quem realizou o pagamento, na forma do art. 934 do CC. Desta maneira, a genitora de Eduarlina não poderá ajuizar ação de regresso contra sua filha. Obs: a mera indicação dos artigos da legislação é insuficiente para fins de pontuação. Distribuição dos Pontos ITEM PONTUAÇÃO COMENTÁRIO EXPLICATIVO AO ALUNO A. Eduarlina Amaral terá responsabilidade civil subsidiária, condicional e equitativa (0,50) na forma do art. 928 do CC (0,15). 0,00/0,10/0,50/0,65 O incapaz responde civilmente de acordo com o Código Civil. Esta responsabilidade civil é subsidiária, condicional e equitativa. Desta maneira, demonstrada a inexistência de condições econômicas da genitora de Eduarlina, será possível postular indenizar contra a própria criança. B. Não há direito de regresso no caso concreto porque dano foi causado por descendente incapaz de quem pagou (0,50) na forma do art. 934 do Código Civil (0,10). 0,00/0,10/0,50/ 0,60 Apesar de em regra o Código Civil admitir direito de regresso no caso da responsabilidade civil por ato de terceiro, existe previsão expressa afastando a possibilidade do regresso quando o autor do ilícito é descendente incapaz de quem realizou o pagamento da indenização. No caso, Eduarlina é descendente incapaz, daí porque não cabe o direitode regresso.
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