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1 
 
 
 
 
 
 
 
 
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2 
Platão 
 
 
 
• O conceito de Justiça é o principal tema da obra A República de Platão, entendida como componente 
fundamental e expressão de moralidade do Estado ideal. 
• Para o filósofo, o homem mais feliz é justo, bem mais que o injusto num mar de delícias. 
• Os conceitos de felicidade e justiça caminham juntos, mas não foram definidos de uma forma fechada por 
Platão – a postura ética deve direcionar o homem para a conquista da sua felicidade dentro de suas aptidões e 
virtudes, constituindo-se, por fim, um Estado justo e perfeito. 
• Para Platão o homem justo é bom. 
• Logo, fazer mal não poderia ser a ação de um homem justo, quer seja a um amigo, quer a qualquer outra 
pessoa. 
• Portanto, afirma: “se alguém disser que a justiça consiste em restituir a cada um aquilo que lhe é devido, e com 
isso quiser significar que o homem justo deve fazer mal aos inimigos, e bem aos amigos, quem assim falar não é 
sábio, porquanto não disse a verdade. Efetivamente, em caso algum nos pareceu que fosse justo fazer mal a 
alguém”. 
 
(FGV/OAB/XXIX_Exame – 2019) 
 
(Mas a justiça não é a perfeição dos homens? 
PLATÃO, A República. Lisboa: Calouste Gulbenkian, 1993. 
 
O conceito de justiça é o mais importante da Filosofia do Direito. Há uma antiga concepção segundo a qual justiça 
é dar a cada um o que lhe é devido. No entanto, Platão, em seu livro A República, faz uma crítica a tal concepção. 
 
Assinale a opção que, conforme o livro citado, melhor explica a razão pela qual Platão realiza essa crítica. 
 
A) Platão defende que justiça é apenas uma maneira de proteger o que é mais conveniente para o mais forte. 
B) A justiça não deve ser considerada algo que seja entendido como virtude e sabedoria, mas uma decorrência da 
obediência à lei. 
C) Essa ideia implicaria fazer bem ao amigo e mal ao inimigo, mas fazer o mal não produz perfeição, e a justiça é 
uma virtude que produz a perfeição humana. 
D) Esse é um conceito decorrente exclusivamente da ideia de troca entre particulares, e, para Platão, o conceito 
de justiça diz respeito à convivência na cidade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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3 
 
 
 
 
Aristóteles 
 
• A justiça é uma concepção fundamental dentro da teoria etico-política aristotélica, ela é a virtude que rege as 
relações dos homens na cidade. Segundo Aristóteles a justiça é uma disposição de caráter que torna os homens 
propensos a fazer e desejar o justo. 
• Esse primeiro sentido de justiça é chamado de absoluto e corresponde à virtude em sua totalidade, enquanto 
uma parte da virtude, a igualdade, será objeto da justiça em seu caráter particular. 
• A justiça particular está presente no agir corretamente em relação ao outro, observando a igualdade. É essa 
segunda concepção de justiça e suas espécies, isto é, a justiça distributiva, corretiva e recíproca. 
• Aristóteles, no Livro V da Ética a Nicômaco, trata da dikayosyne (justiça) e da aidikía (injustiça). 
• Para ele, a distinção consiste na disposição da alma que graças à qual elas dispõem a fazer o que é justo, a 
agir justamente e a desejar o que é justo; de maneira idêntica, diz-se que a injustiça é a disposição da alma de 
graças à qual elas agem injustamente e desejam o que é injusto”. 
• No pensamento de Aristóteles a justiça distributiva se opera pela divisão dos bens e recursos comuns, 
(devendo, de acordo com a contribuição de cada ser), numa escala geométrica de acordo com o respectivo mérito 
individual. 
 
(FGV/OAB/XX_Exame/2016) A partir da leitura de Aristóteles (Ética a Nicômaco), assinale a alternativa que 
corresponde à classificação de justiça constante do texto: 
 
“... uma espécie é a que se manifesta nas distribuições de honras, de dinheiro ou das outras coisas que são 
divididas entre aqueles que têm parte na constituição (pois aí é possível receber um quinhão igual ou desigual ao 
de um outro)...” 
 
A) Justiça Natural. 
B) Justiça Comutativa. 
C) Justiça Corretiva. 
D) Justiça Distributiva. 
 
 
 
 
 
 
 
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4 
O TERMO “JUSNATURALISMO” 
 
• Havia, para os pensadores gregos, uma distinção qualitativa entre "natureza", e "direito", "costume" ou 
"convenção". O comando da lei variava de acordo com o lugar, mas o que era "por natureza" deveria ser o mesmo 
em qualquer lugar, isto é, um direito individual em contraste com um direito territorial. 
• Aristóteles 
• Cícero 
• S. Tomás de Aquino 
 
Direito natural e contratualistas clássicos 
 
 Na definição de Thomas Hobbes, temos a seguinte constatação: 
 “Uma Lei de Natureza (lex naturalis) é um preceito ou regra geral, estabelecido pela razão, mediante o qual se 
proíbe a um homem fazer tudo o que possa para destruir a sua própria vida ou privá-lo dos meios necessários 
para a preservar, ou omitir aquilo que pense melhor contribuir para a preservar. ” 
 
Na história da filosofia jurídico-política, o jusnaturalismo aparece em, pelo menos, quatro versões fundamentais, 
também com suas variantes: 
 
A) uma lei “natural” em sentido estrito, fisicamente conatural a todos os seres animados à luz de instintos; 
B) uma lei estabelecida por vontade da divindade e por esta revelada aos homens; 
C) a lei ditada pela razão, específica, portanto, do homem que a encontra autonomamente dentro de si; 
D) uma lei com escopo de garantir a dignidade da pessoa humana. 
 
 As diferenças entre direito natural e direito positivo 
Direito Natural: 
Direito Positivo: 
Validade: 
Direito Natural: 
Direito Positivo: 
BASE: 
Direito Natural: 
Direito Positivo: 
 
 O direito natural, ou jusnaturalismo, é o direito inerente à todo ser humano, desde seu nascimento. Ele não 
depende do Estado e de nenhuma lei, sendo de caráter universal, imutável e atemporal. Esse direito se baseia 
nos princípios humanos, na moral. 
 O direito positivo, ou juspositivismo, é um conjunto concreto de normas jurídicas, construídos de forma cultural 
e que são garantidos pelo Estado, por meio das leis. 
 Ele depende uma manifestação de vontade, seja da sociedade e de uma autoridade. 
 
 A doutrina alemã ataca o jusnaturalismo, e o Positivismo Jurídico ganha força. Hans Kelsen, no início do século 
XX, começa a solidificar o Positivismo Jurídico, com sua Teoria Pura do Direito. 
 
Positivismo Jurídico e Positivismo Filosófico: Augusto Comte: 
 Ainda que distintas, as correntes positivistas jurídica e filosófica estão indubitavelmente interligadas, podendo 
ser entendido que os princípios do positivismo jurídico são consequências lógicas de um dos princípios 
fundamentais do positivismo filosófico, qual seja, o de que o conhecimento verdadeiro é o científico, alcançado 
apenas pela observação e inferência da realidade. 
 Kelsen adverte na primeira página da Teoria Pura do Direito que objetiva construir uma teoria do direito 
positivo, ou seja, das normas jurídicas postas (existentes). 
 A norma jurídica constitui a realidade que cabe ao jurista estudar, assim como o físico pesquisa fenômenos 
físicos e o sociólogo debruça-se sobre fatos sociais. 
 Para Kelsen a Ciência Jurídica deve preocupar-se com as normas que possuem caráter de normas jurídicas, e 
que sejam capazes, portanto, de conferir a determinados fatos o quilate de atos jurídicos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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(FCC – Defensor Público – DPE – MA/2018) Hans Kelsen, em sua Teoria Pura do Direito, define como elemento 
primordial para a análise científica do fenômeno jurídico: 
 
A) os fatos sociais. 
B) as normas. 
C) os valores. 
D) os princípios e as regras. 
E) o poder coercitivo. 
 
KELSEN 
 
 
 
Positivismo: 
 
 O sentido de norma contém, pois, um significado de como algo deve ser ou como deve acontecer. 
 O dever-ser – a norma – é o sentido de um querer, de um ato de vontade e – se uma norma constitui uma 
prescrição, um mandamento – é o sentido de um ato dirigido à conduta de outrem, de um ato, cujo sentido é que 
um outro (ou outros) deve (ou devem) conduzir-se de determinado modo. 
•A norma jurídica é, segundo Kelsen, um dever-ser e o ato humano ao qual ela atribui significado é um ser, 
sendo que esse ato será conforme o Direito se coincidir, em seu conteúdo, com o conteúdo da norma. 
• O conteúdo da norma pode ser um comandar, um permitir e um conferir competência, e eventual divergência 
entre o ato e o conteúdo da norma, implica na incidência de uma sanção. 
 
TEORIA ORDENAMENTO JURÍDICO – KELSEN 
 
• No pensamento de Kelsen, a teoria do ordenamento jurídico pode ser condensada em três características: a 
unidade, a coerência e a completitude. 
 
UNIDADE: 
COERÊNCIA: 
COMPLETUDE: 
 
• A teoria da hierarquia das normas jurídicas é um sistema de escalonamento das normas, que também é 
chamado de “Pirâmide de Kelsen” 
 
Tem por fim demonstrar a validade das normas jurídicas 
 
NORMA FUNDAMENTAL 
 
• O ordenamento jurídico, caracterizado por sua complexidade intrínseca, pode ser traduzido, em linhas gerais, 
como 
• A Teoria do Ordenamento Jurídico de Norberto Bobbio é uma obra muito importante no debate jurídico 
contemporâneo. 
• Bobbio é considerado um dos grandes positivistas da atualidade. Essa vinculação de Bobbio ao positivismo 
significa, que ele é adepto: 
1) uma abordagem científica do direito, o que implica – para o positivismo – uma abordagem “(a)valorativa”, na 
qual prioriza-se o aspecto formal e não o material do fenômeno jurídico, sendo este o único caminho para a 
construção de uma genuína ciência do direito; 
 
 
 
 
 
 
 
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2) uma definição do direito centrada no seu aspecto coativo, como meio de fundamentar o conhecimento jurídico 
numa base empírica; 
3) a preponderância da legislação sobre as demais fontes do direito (característica do estado liberal); 
4) a norma jurídica como imperativo; 
 
• No preâmbulo do capítulo I da Teoria do Ordenamento Jurídico, Bobbio menciona uma frase cuja essência 
sintetiza boa parte do conteúdo teórico a ser desenvolvido no presente texto: 
 “as normas jurídicas nunca existem isoladas, mas sempre em um contexto de normas com relações 
particulares entre si”. 
• Bobbio, em sua Teoria do Ordenamento Jurídico, discorre sobre os atributos da unidade, coerência e 
completude do ordenamento jurídico 
 
• Unidade – 
• De acordo com Kelsen, um dado conjunto de normas jurídicas, para que possa efetivamente formar um 
ordenamento jurídico, precisa ser dotado, entre outros predicados, de unidade. 
• Assim, segundo essa qualidade, as normas que integram determinado sistema normativo podem ser 
reconduzidas a uma única norma: 
 
• Coerência 
• As normas jurídicas que integram um dado sistema são coerentes entre si? 
• Para Bobbio o termo sistema pode ser definido como “uma totalidade ordenada, um conjunto de entes entre os 
quais existe uma certa ordem”. 
 
BOBBIO: 
 
 
 
 Definimos a antinomia como aquela situação na qual são colocadas em existência duas normas, das quais 
uma obriga e a outra proíbe, ou uma obriga e a outra permite, ou uma proíbe e a outra permite o mesmo 
comportamento. 
• ANTINOMIA 
 
• Completude 
 Para Bobbio, “entende-se a propriedade pela qual um ordenamento jurídico tem uma norma para regular 
qualquer caso”. 
 
• BOBBIO SOBRE A COMPLETUDE: 
 
 Em outras palavras, um ordenamento é completo quando o juiz pode encontrar nele uma norma para regular 
qualquer caso que se lhe apresente, ou melhor, não há caso que não possa ser regulado com uma norma tirada 
do sistema. 
 
Coerência e completude - BOBBIO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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7 
(FGV/OAB/XXII_Exame – 2017) Um sério problema com o qual o advogado pode se deparar ao lidar com o 
ordenamento jurídico é o das antinomias. Segundo Norberto Bobbio, em seu livro Teoria do Ordenamento 
Jurídico, são necessárias duas condições para que uma antinomia ocorra. 
 
Assinale a opção que, segundo o autor da obra em referência, apresenta tais condições. 
 
A) As duas normas em conflito devem pertencer ao mesmo ordenamento; as duas normas devem ter o mesmo 
âmbito de validade, seja temporal, espacial, pessoal ou material. 
B) Ambas as normas devem ter procedido da mesma autoridade legislativa; as duas normas em conflito não 
devem dispor sobre uma mesma matéria. 
C) Ocorre no âmbito do processo judicial quando há uma divergência entre a decisão de primeira instância e a 
decisão de segunda instância ou quando um tribunal superior de natureza federal confirma a decisão de segunda 
instância. 
D) As duas normas aplicáveis não apresentam uma solução satisfatória para o caso; as duas normas não podem 
ser integradas mediante recurso a analogia ou costumes. 
 
• Teoria da Norma Jurídica – Bobbio 
• Bobbio entende o fenômeno jurídico por meio de um método científico, capaz de isolar o seu objeto (o Direito) 
das questões filosóficas ou ideológicas. 
• Em sua “Teoria da norma jurídica”, Bobbio faz um panorama e uma crítica das diversas teorias que pretendem 
entender o conceito de direito 
• Bobbio vislumbra três formas de valoração da norma jurídica, de acordo com três critérios distintos para 
investigação do objeto. 
1) 
2) 
3) 
 
• Bobbio contrapõe a teoria da instituição face à teoria estatalista do direito (esta qual reconduzia ao Estado a 
fonte de todo o direito, não admitindo qualquer outro meio de produção de norma vinculadora, descurando a 
realidade social e a existência de outras ordens que não a jurídica. 
• Bobbio preocupa em distinguir as normas jurídicas das normas morais e sociais, chegando à conclusão de que 
o critério de distinção entre as normas é a resposta à violação. 
• Segundo ela é da natureza de toda prescrição ser violada, enquanto exprime não o que é, mas o que “deve 
ser”. Assim, se a possibilidade de transgressão da prescrição é esperada, faz-se necessária a criação de um 
mecanismo que elimine ou minimize as consequências danosas da violação. Esse mecanismo é a sanção, e a 
diferença entre as normas está na natureza dela. 
 
SANÇÃO - BOBBIO 
 
• Quanto ao destinatário: a prescrição pode ser geral ou individual, e quanto à ação prescrita, abstrata ou 
concreta. 
 
(FCC – Defensor Público – SP/2013) Ao analisar o tema da pluralidade dos ordenamentos, na obra Teoria da 
norma jurídica, Norberto Bobbio enfatiza que a teoria institucionalista: 
 
A) reafirma que o Estado e as suas instituições detém exclusividade na produção do direito. 
B) sustenta que o Estado é a única instituição que estabelece o direito. 
C) rompe com a teoria estatalista, pois rejeita a redução do direito a uma forma estatal de expressão. 
D) confunde-se com a teoria estatalista, pois enxerga no Estado a única instituição que cria o direito. 
E) considera o Estado moderno como a instituição que detém o monopólio da produção jurídica. 
 
• Herbert Lionel Adolphus Hart (Harrogate, 18 de julho de 1907 – Oxford, 19 de dezembro de 1992), foi professor 
de Teoria do Direito (Jurisprudence) da Universidade de Oxford, de 1952 a 1968. 
• Sua obra O Conceito de Direito é um marco do pensamento jurídico do século XX. 
• Hart foi um dos responsáveis pela aproximação da filosofia da linguagem com o Direito, sendo também um dos 
principais nomes vinculados ao positivismo jurídico. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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8 
• “Regra de Reconhecimento” 
• Jeremy Waldron, ao comentar a teoria de Herbert Hart, nos deu uma pista clara, elegante e concisa: não são 
os soberanos que fazem as regras, mas sim as regras que fazem o soberano. 
• A existência de uma autoridade jurídica pressupõe que, na maior parte do tempo, e ao menos em algum grau, 
os membros da comunidade se comportem, seja por razões morais ou meramente prudenciais, da forma 
pretendida pelas razões institucionalizadas 
• Para Hart, um ordenamento jurídico só poderá ser considerado em prática se funcionários como os 
legisladores, os juízes, os policiais, os membros do ministério público, os auditores fiscais, e assim por diante, 
estiverem comprometidos com um padrão de comportamento convergente revelador da 
aceitação implícita,costumeira e comunitária de uma regra que permite examinar, criticamente, eventuais 
comportamentos desviantes. 
• Para Hart, um ordenamento jurídico só poderá ser considerado em prática se funcionários como os 
legisladores, os juízes, os policiais, os membros do ministério público, os auditores fiscais, e assim por diante, 
estiverem comprometidos com um padrão de comportamento convergente revelador da aceitação implícita, 
costumeira e comunitária de uma regra que permite examinar, criticamente, eventuais comportamentos 
desviantes. 
• A regra de reconhecimento estabelece um critério ou critérios segundo os quais uma norma é identificada. 
• A existência da regra de reconhecimento é uma questão de fato, empírica; na maior parte das vezes sua 
existência não é enunciada. Esta regra é distinta das outras regras do sistema e sua natureza vai depender do 
ponto de vista com o qual se encara o Direito (interno ou externo). 
• A regra de reconhecimento está diretamente relacionada à validade das outras regras do sistema, uma vez que 
ela estabelece os critérios de validade destas normas. 
• Hart notabilizou-se por tentar compreender o Direito enquanto um sistema normativo que acarreta 
determinadas características, nomeadamente a relação coma linguagem, a coação, a Moral e o poder. Vale 
destacar que era defensor do positivismo jurídico (mas com profundo conhecimento e abertura para os sistemas 
jurídicos contemporâneos). 
• A visão de Hart sobre o direito (ainda que este seja definido como um sistema complexo de união de regras 
primárias e secundárias), é uma instituição social, um fenômeno cultural constituído pela linguagem, o que 
demonstra uma postura positivista, mas com objetivos hermenêuticos. 
 
(FGV/OAB/XXVIII_Exame/2019) Uma das mais importantes questões para a Filosofia do Direito diz respeito ao 
procedimento que define uma norma jurídica como sendo válida. 
 
Para o jusfilósofo Herbert Hart, em O Conceito de Direito, o fundamento de validade do Direito baseia-se na 
existência de uma regra de reconhecimento, sem a qual não seria possível a existência de ordenamentos 
jurídicos. 
 
Segundo Hart, assinale a opção que define regra de reconhecimento. 
 
A) Regra que exige que os seres humanos pratiquem ou se abstenham de praticar certos atos, quer queiram quer 
não. 
B) Regra que estabelece critérios segundo os quais uma sociedade considera válida a existência de suas próprias 
normas jurídicas. 
C) Regra que impõe deveres a todos aqueles que são reconhecidos como cidadãos sob a tutela do Estado. 
D) Regra que reconhece grupos excluídos e minorias sociais como detentores de direitos fundamentais. 
 
• O jurista alemão Rudolf von Ihering (1818-1892), professor catedrático de Direito Romano 
• Segundo Rudolf von Ihering, “Direito” e “força” se confundem, tendo em vista que o Direito se torna vazio, 
quando desprovido de força. 
 
A LUTA PELO DIREITO 
 
• Nesta obra von Ihering compara o curso da vida do direito como a duração de uma luta, onde cada um sendo 
contendor de seu direito deve defendê-lo. 
• Para atingir o equilíbrio desejável e justo, com vistas à pacificação social. E é precisamente essa luta que se 
revela na base de toda a obra, sendo a própria essência do direito. 
 
 
 
 
 
 
 
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9 
• “A finalidade do direito é a paz, a luta é o meio de consegui-la, enquanto o direito tiver de afastar o ataque 
causado pela injustiça e isso durará enquanto o mundo estiver com os olhos bem abertos, ele não será poupado. 
A vida do direito é a luta, a luta de governos, de classes, de indivíduos e a luta de povos”. 
• Como se trata de uma tese sobre a ciência jurídica, "com o intuito de despertar nos espíritos a disposição 
moral que deve constituir a atuação firme e brava do anseio jurídico”. 
• Para este professor: “somos sempre responsáveis pelo nosso direito. E ele sempre será originário da luta”. 
 “... A abolição da escravidão, a eliminação dos servos, a livre disposição da propriedade territorial, a liberdade 
da indústria, a liberdade da consciência, não tem sido adquiridas sem uma luta das mais encarniçadas e que 
frequentemente tem durado vários séculos, e quase sempre banhadas em ondas de sangue.” 
 Para Rudolph von Ihering o direito não é uma simples ideia, é uma força viva. Por isso a justiça sustenta numa 
das mãos a balança com que pesa o direito, enquanto na outra segura a espada por meio da qual o defende. 
 A espada sem a balança é a força bruta, a balança sem a espada a impotência do direito. Uma concluiu a 
outra, e o verdadeiro estado de direito só pode existir quando a justiça sabe segurar a espada com a mesma 
habilidade com que maneja a balança. 
 
(FGV/OAB/XXVI_Exame/2018) Em tempos de mudanças e reformas, é comum assistirmos a diferentes tipos de 
lutas sociais, especialmente visando à garantia de direitos e à conquista de novos direitos. Em A Luta pelo Direito, 
o jurista alemão Rudolf Von Ihering afirma que o fim do Direito é a paz, mas o meio de atingi-lo é a luta. 
Considerando essa afirmação e de acordo com o livro citado, assinale a opção que melhor caracteriza o 
pensamento jusfilosófico de Ihering. 
 
A) O Direito é sempre o produto do espírito do povo, que é passado de geração em geração. Por isso, quando se 
fala em Direito é preciso sempre olhar para a história. O Direito romano é a melhor expressão desse processo 
social- histórico. 
B) O Direito de uma sociedade é a expressão dos conflitos sociais dela e resulta de uma luta de pessoas e grupos 
pelos seus próprios direitos subjetivos. Por isso, o Direito é uma força viva, e não uma ideia. 
C) O Direito resulta exclusivamente da ação institucional do Estado. É no parlamento que são travadas as lutas 
políticas que definem os direitos subjetivos presentes no Direito Positivo de uma dada sociedade. 
D) O Direito é parte da infraestrutura da sociedade e resulta de um processo de luta de classes, no qual a classe 
dominante usa o Direito para manter o controle sobre os dominados. 
 
KANT 
 
 
 
• No livro Fundamentação Metafísica dos Costumes, de Kant. A moral em Kant reflete essencialmente a 
disciplina interior. Deste modo, a moral exige obediência (à própria lei moral) que se impõe como imperativo 
categórico. 
• Para Kant, a única forma da “bondade moral” poder existir é as criaturas racionais apreenderem o que devem 
fazer e, agir a partir de um sentido de “dever fazê-lo”. Isto (pensava Kant), é a única coisa com efetivo valor moral. 
 
(CESPE – 2009) Assinale a opção correspondente ao imperativo categórico de Kant. 
 
A) Age de tal modo que a máxima de tua ação possa ser sempre erigida em princípio de uma legislação universal. 
B) Age de tal modo que a tua ação atenda ao princípio da razão e da igualdade entre os homens. 
C) Age de tal modo que tua ação respeite as regras estabelecidas pela comunidade em que tu vives. 
D) Age de tal modo que a tua ação esteja de acordo com os mandamentos de Deus. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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10 
(FGV/OAB/X_Exame/2013) “Manter os próprios compromissos não constitui dever de virtude, mas dever 
de direito, a cujo cumprimento pode-se ser forçado. Mas prossegue sendo uma ação virtuosa (uma 
demonstração de virtude) fazê-lo mesmo quando nenhuma coerção possa ser aplicada. A doutrina do direito e a 
doutrina da virtude não são, consequentemente, distinguidas tanto por seus diferentes deveres, como pela 
diferença em sua legislação, a qual relaciona um motivo ou outro com a lei”. Pelo trecho acima podemos inferir 
que Kant estabelece uma relação entre o direito e a moral. A esse respeito, assinale a afirmativa correta. 
 
A) O direito e a moral são idênticos, tanto na forma como no conteúdo prescritivo. Assim, toda ação contrária à 
moralidade das normas jurídicas é também uma violação da ordem jurídica. 
B) A conduta moral refere-se à vontade interna do sujeito, enquanto o direito é imposto por uma ação exterior e se 
concretiza no seu cumprimento, ainda que as razões da obediência do sujeito não sejam morais.C) A coerção, tanto no direito quanto na moral, é um elemento determinante. É na possibilidade de impor-se pela 
força, independentemente da vontade, que o direito e a moral regulam a liberdade. 
D) Direito e moral são absolutamente distintos. Consequentemente, cumprir a lei, ainda que espontaneamente, 
não é demonstração de virtude moral. 
 
UTILITARISMO 
 
• No que se refere às formulações dos utilitaristas, foi possível observar que interessa precipuamente ao 
utilitarismo apenas o cômputo final da categoria felicidade, derivado do somatório dos totais individuais, os quais 
são, senão matematicamente, indistinguíveis entre si, equivalentes. 
• Não há, pois, qualquer veto à ação arbitrária de um sujeito sobre outro, dele se utilizando como meio para a 
obtenção de fins próprios, senão uma preocupação premente em propiciar um ajuste mútuo que permita a 
harmonização dos fins divergentes, de modo à obtenção de um “ponto ótimo”. 
• A tese fundamental do Utilitarismo é que o procedimento recomendado para tais avaliações é o de determinar 
em que medida o que fazemos contribui, não para a felicidade individual, mas para a felicidade global de todos os 
seres vivos do mundo em que vivemos. 
• Trata-se então, de uma teoria ética essencialmente consequencialista, na qual se definem anteriormente os 
bens a serem atingidos ou protegidos. 
• Segundo Bentham, a Ética, a Moral e o Direito seriam praticamente a mesma coisa. 
• Assim, o legislativo só deveria elaborar e aprovar leis segundo o princípio da utilidade. 
 
Acerca das teorias contemporâneas da justiça, julgue o item a seguir. 
 
De acordo com o utilitarismo, a relação sexual consentida entre homossexuais e sem prejuízo a terceiros, ainda 
que vista como inadequada por um grupo social, não configura uma questão de moralidade. 
 
(FGV/OAB/XII_Exame/2013) O utilitarismo é uma filosofia moderna que conquistou muitos adeptos nos séculos 
XIX e XX, inclusive no pensamento jurídico. As principais características do utilitarismo são: 
 
A) convencionalismo, consequencialismo e antifundacionalismo. 
B) consequencialismo, transcendentalismo e fundacionalismo. 
C) convencionalismo, materialismo e fatalismo. 
D) mecanicismo, fatalismo e antifundacionalismo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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