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Questoes de CDC e ECA completas

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QUESTÕES EXAME DE 
ORDEM DE CONSUMIDOR E 
ESTATUTO DA CRIANÇA E DO 
ADOLESCENTE 
I ao XXVII 
 
 
 
 
 
 
 
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de forma inteligente e estratégica? 
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negligenciadas pelos candidatos, são, respectivamente, as disciplinas 
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umas 3 vezes cada diploma legal ainda hoje e, depois, resolver vários 
exercícios só dessas disciplinas. Tudo somente HOJE, sem atrapalhar a 
programação de estudo. 
Código de Defesa do Consumidor 
Estatuto da Criança e do Adolescente 
Quais os temas de Consumidor que vocês devem priorizar, por ordem 
de importância? 
Vamos lá: 
1 - Responsabilidade Civil pelo Fato de Produto ou Serviço 
2 - Responsabilidade Civil pelo Vício de Produto ou Serviço 
3 - Princípios 
4 - Proteção Contratual 
5 - Práticas Abusivas 
6 - Publicidade 
E quais os temas, por ordem de importância também, que vocês devem 
priorizar para ECA? 
1 - Adoção 
2 - Medidas Socioeducativas 
3 - Regras de Proteção 
4 - Direito do Adolescente 
5 - Perda e Suspensão do Pátrio Poder. 
As questões dessas duas disciplinas, em larga medida, são legalistas, o 
que ajuda no estudo, as duas leis são pequenas e dá para estudar 
direitinho em um curto prazo de tempo. 
Compensa? 
Claro que sim! Evidentemente vocês não vão passar o restante da 
semana estudando só isso. Estudem na noite de hoje e, se precisar, na 
noite de amanhã. Leitura e resolução de questões específicas. 
 
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DIREITO DO CONSUMIDOR 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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DEFESA DO CONSUMIDOR 
1) XX EXAME REAP SALVADOR- Inês, 
pretendendo fazer pequenos reparos e 
manutenção em sua residência, contrai 
empréstimo com essa finalidade. Ocorre que, 
desconfiando dos valores pagos nas 
prestações, procura orientação jurídica e 
ingressa com ação revisional de cédula de 
crédito bancário, questionando a incidência de 
juros remuneratórios, ao argumento de serem 
mais altos que a média praticada no mercado. 
Requereu a inversão do ônus da prova e, ao 
final, a procedência do pedido para determinar a 
declaração de nulidade da cláusula. 
A respeito desta situação, é correto afirmar que 
o Código de Defesa do Consumidor 
 a) não é aplicável na relação jurídica entre Inês 
e a instituição financeira, motivo pelo qual o 
questionamento deve seguir a ótica dos direitos 
obrigacionais previstos no Código Civil, o que 
inviabiliza a inversão do ônus da prova. 
 b) é aplicável na relação jurídica entre Inês e a 
instituição financeira, cabível a inversão do ônus 
da prova, se preenchidos os requisitos legais e, 
em caso de nulidade da cláusula, todo contrato 
será declarado nulo, tendo em vista que prática 
abusiva é questão de ordem pública. 
 c) é aplicável na relação jurídica entre Inês e a 
instituição financeira, cabível a inversão do ônus 
da prova caso a consumidora comprove 
preenchimento dos requisitos legais, sendo 
certo que a declaração de nulidade da cláusula 
não invalida o contrato, salvo se importar em 
ônus excessivo para o consumidor, apesar dos 
esforços de integração. 
 d) não é aplicável na relação jurídica entre 
Inês e a instituição financeira, motivo pelo qual o 
questionamento orienta-se pela norma especial 
de direito bancário, em prejuízo da inversão do 
ônus da prova pleiteado, ainda que formalmente 
estivessem cumpridos os requisitos legais. 
 
2) XVII EXAME- Tommy adquiriu determinado 
veículo junto a um revendedor de automóveis 
usados. Para tanto, fez o pagamento de 60% do 
valor do bem e financiou os 40% restantes com 
garantia de alienação fiduciária, junto ao banco 
com o qual mantém vínculo de conta-corrente. A 
negociação transcorreu normalmente e o 
veículo foi entregue. Ocorre que Tommy, alguns 
meses depois, achou que a obrigação assumida 
estava lhe sendo excessivamente onerosa. 
Procurou então você como advogado(a) a fim 
de saber se ainda assim seria possível 
questionar o negócio jurídico realizado e pedir 
revisão do contrato que Tommy sequer possuía. 
A esse respeito, assinale a afirmativa correta. 
 a) A questão versa sobre alienação fiduciária 
em garantia que transfere ao credor o domínio 
resolúvel e a posse indireta do bem alienado, 
não havendo aplicabilidade do Código de 
Defesa do Consumidor e, portanto, nem o 
pedido de revisão na hipótese, haja vista que a 
questão jurídica está submetida unicamente à 
leitura da norma geral civil, sem a inversão do 
ônus da prova. 
 b) A questão comporta aplicação do CDC, mas 
para propor ação revisional, a parte deve 
ingressarcom medida cautelar preparatória de 
exibição de documentos, sob pena de extinção 
da medida cognitiva revisional por falta de 
interesse de agir. 
 c) A questão versa sobre alienação fiduciária 
em garantia, que transfere para o devedor a 
posse direta do bem, tornando-o depositário, 
motivo pelo qual a questão jurídica rege-se 
exclusivamente pelas regras impostas pelo 
Decreto-lei nº 911, de 1969, que estabelece 
normas de processo sobre alienação fiduciária. 
 d) A questão comporta aplicação do CDC, e a 
ação revisional pode ser proposta 
independentemente de medida cautelar 
preparatória de exibição de documentos, já que 
o pleito de exibição do contrato poderá ser 
formulado incidentalmente e nos próprios autos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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3) IX EXAME- A sociedade empresária XYZ 
Ltda. oferta e celebra, com vários estudantes 
universitários, contratos individuais de 
fornecimento de material didático, nos quais 
garante a entrega, com 25% de desconto sobre 
o valor indicado pela editora, dos livros didáticos 
escolhidos pelos contratantes (de lista de 
editoras de antemão definidas). Os contratos 
têm duração de 24 meses, e cada estudante 
compromete-se a pagar valor mensal, que fica 
como crédito, a ser abatido do valor dos livros 
escolhidos. Posteriormente, a capacidade de 
entrega da sociedade diminuiu, devido a dívidas 
e problemas judiciais. Em razão disso, ela 
pretende rever judicialmente os contratos, para 
obter aumento do valor mensal, ou então liberar-
se do vínculo. 
Acerca dessa situação, assinale a afirmativa 
correta. 
 a) A empresa não pode se valer do Código de 
Defesa do Consumidor e não há base, à luz do 
indicado, para rever os contratos. 
 b) Aplica-se o CDC, já que os estudantes são 
destinatários finais do serviço, mas o aumento 
só será concedido se provada a dificuldade 
financeira e que, ademais, ainda assim o 
contrato seja proveitoso para os compradores. 
 c) Aplica-se o CDC, mas a pretendida revisão 
da cláusula contratual só poderá ser efetuada se 
provado que os problemas citados têm natureza 
imprevisível, característica indispensável, no 
sistema do consumidor, para autorizar a revisão. 
 d) A revisão é cabível, assentada na teoria da 
imprevisão, pois existe o contrato de execução 
diferida, a superveniência de onerosidade 
excessiva da prestação, a extrema vantagem 
para a outra parte, e a ocorrência de 
acontecimento extraordinário e imprevisível. 
 
PRINCÍPIOS DIREITO DO CONSUMIDOR 
 
4) XX EXAME- Heitor agraciou cinco 
funcionários de uma de suas sociedades 
empresárias, situada no Rio Grande do Sul, com 
uma viagem para curso de treinamento 
profissional realizado em determinado sábado, 
de 9h às 15h, numa cidade do Uruguai, há cerca 
de 50 minutos de voo. Heitor custeou as 
passagens aéreas, translado e alimentação dos 
cinco funcionários com sua própria renda, 
integralmente desvinculada da atividade 
empresária. Ocorre que houve atraso no voo 
sem qualquer justificativa prestada pela 
companhia aérea. Às 14h, sem previsão de 
saída do voo, todos desistiram do embarque e 
perderam o curso de treinamento. 
Nesse contexto é correto afirmar que, 
 a)por se tratar de transporte aéreo 
internacional, para o pedido de danos 
extrapatrimoniais não há incidência do Código 
de Defesa do Consumidor e nem do Código 
Civil, que regula apenas Contrato de Transporte 
em território nacional, prevalecendo unicamente 
as Normas Internacionais. 
 b)ao caso, aplica-se a norma consumerista, 
sendo que apenas Heitor é consumidor por ter 
custeado a viagem com seus recursos, mas, 
como ele tem boas condições financeiras, por 
esse motivo, é consumidor não enquadrado em 
condição de vulnerabilidade, como tutela o 
Código de Defesa do Consumidor. 
 c)embora se trate de transporte aéreo 
internacional, há incidência plena do Código de 
Defesa do Consumidor para o pedido de danos 
extrapatrimoniais, em detrimento das normas 
internacionais e, apesar de Heitor ter boas 
condições financeiras, enquadra-se na condição 
de vulnerabilidade, assim como os seus 
funcionários, para o pleito de reparação. 
 d)por se tratar de relação de Contrato de 
Transporte previsto expressamente no Código 
Civil, afasta-se a incidência do Código de 
Defesa do Consumidor e, por ter ocorrido o 
dano em território brasileiro, afastam-se as 
normas internacionais, sendo, portanto, hipótese 
de responsabilidade civil pautada na 
comprovação de culpa da companhia aérea pelo 
evento danoso. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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5) XII EXAME- Maria e Manoel, casados, pais 
dos gêmeos Gabriel e Thiago que têm apenas 
três meses de vida, residem há seis meses no 
Condomínio Vila Feliz. O fornecimento do 
serviço de energia elétrica na cidade onde 
moram é prestado por um única concessionária, 
a Companhia de Eletricidade Luz S.A. Há uma 
semana, o casal vem sofrendo com as 
contínuas e injustificadas interrupções na 
prestação do serviço pela concessionária, o que 
já acarretou a queima do aparelho de televisão 
e da geladeira, com a perda de todos os 
alimentos nela contidos. O casal pretende ser 
indenizado. 
Nesse caso, à luz do princípio da 
vulnerabilidade previsto no Código de Proteção 
e Defesa do Consumidor, assinale a afirmativa 
correta. 
 a) Prevalece o entendimento jurisprudencial no 
sentido de que a vulnerabilidade no Código do 
Consumidor é sempre presumida, tanto para o 
consumidor pessoa física, Maria e Manoel, 
quanto para a pessoa jurídica, no caso, o 
Condomínio Vila Feliz, tendo ambos direitos 
básicos à indenização e à inversão judicial 
automática do ônus da prova. 
 b) A doutrina consumerista dominante 
considera a vulnerabilidade um conceito jurídico 
indeterminado, plurissignificativo, sendo correto 
afirmar que, no caso em questão, está 
configurada a vulnerabilidade fática do casal 
diante da concessionária, havendo direito básico 
à indenização pela interrupção imotivada do 
serviço público essencial. 
 c) É dominante o entendimento no sentido de 
que a vulnerabilidade nas relações de consumo 
é sinônimo exato de hipossuficiência econômica 
do consumidor. Logo, basta ao casal Maria e 
Manoel demonstrá-la para receber a integral 
proteção das normas consumeristas e o 
consequente direito básico à inversão 
automática do ônus da prova e a ampla 
indenização pelos danos sofridos. 
 d) A vulnerabilidade nas relações de consumo 
se divide em apenas duas espécies: a jurídica 
ou científica e a técnica. Aquela representa a 
falta de conhecimentos jurídicos ou outros 
pertinentes à contabilidade e à economia, e 
esta, à ausência de conhecimentos específicos 
sobre o serviço oferecido, sendo que sua 
verificação é requisito legal para inversão do 
ônus da prova a favor do casal e do 
consequente direito à indenização. 
6) IV EXAME- No âmbito do Código de Defesa 
do Consumidor, em relação ao princípio da boa-
fé objetiva, é correto afirmar que 
 a) sua aplicação se restringe aos contratos de 
consumo. 
 b) para a caracterização de sua violação 
imprescindível se faz a análise do caráter 
volitivo das partes. 
 c) não se aplica à fase pré-contratual. 
 d) importa em reconhecimento de um direito a 
cumprir em favor do titular passivo da obrigação. 
 
7) III EXAME- Em relação aos princípios 
previstos no Código de Defesa do Consumidor, 
assinale a alternativa correta. 
 a) O CDC é uma norma tipificadora de 
condutas, prevendo expressamente o 
comportamento dos consumidores e dos 
fornecedores. 
 b) A boa-fé prevista no CDC é a boa-fé 
subjetiva. 
 c) O princípio da vulnerabilidade, que presume 
ser o consumidor o elo mais fraco da relação de 
consumo, diz respeito apenas à vulnerabilidade 
técnica. 
 d) O princípio da transparência impõe um 
dever comissivo e um omissivo, ou seja, não 
pode o fornecedor deixar de apresentar o 
produto tal como ele se encontranem pode 
dizer mais do que ele faz; não pode, portanto, 
mais existir o dolus bonus. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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RELAÇÕES DE CONSUMO 
 
8) XXIII EXAME- Heitor foi surpreendido pelo 
recebimento de informação de anotação de seu 
nome no cadastro restritivo de crédito, em 
decorrência de suposta contratação de serviços 
de telefonia e Internet. Heitor não havia 
celebrado tal contrato, sendo o mesmo fruto de 
fraude, e busca orientação a respeito de como 
proceder para rescindir o contrato, cancelar o 
débito e ter seu nome fora do cadastro negativo, 
bem como o recebimento de reparação por 
danos extrapatrimoniais, já que nunca havia tido 
o seu nome inscrito em tal cadastro. 
Com base na hipótese apresentada, na 
qualidade de advogado(a) de Heitor, assinale a 
opção que apresenta o procedimento a ser 
adotado. 
 a)Cabe o pedido de cancelamento do serviço, 
declaração de inexistência da dívida e exclusão 
da anotação indevida, inexistindo qualquer 
dever de reparação, já que à operadora não foi 
atribuído defeito ou falha do serviço digital, que 
seria a motivação para tal pleito. 
 b)Trata-se de cobrança devida pelo serviço 
prestado, restando a Heitor pagar 
imediatamente e, somente assim, excluir a 
anotação de seu nome em cadastro negativo, e, 
então, ingressar com a medida judicial, 
comprovando que não procedeu com a 
contratação e buscando a rescisão do contrato 
irregular com devolução em dobro do valor 
pago. 
 c)Heitor não pode ser considerado consumidor 
em razão da ausência de vinculação contratual 
verídica e válida que consagre a relação 
consumerista, afastando-se os elementos 
principiológicos e fazendo surgir a 
responsabilidade civil subjetiva da operadora de 
telefonia e Internet. 
 d)Heitor é consumidor por equiparação, 
aplicando-se a teoria do risco da atividade e 
devendo a operadora suportar os riscos do 
contrato fruto de fraude, caso não consiga 
comprovar a regularidade da contratação e a 
consequente reparação pelos danos 
extrapatrimoniais in re ipsa, além da declaração 
de inexistência da dívida e da exclusão da 
anotação indevida. 
 
 
9) XXII EXAME- Alvina, condômina de um 
edifício residencial, ingressou com ação para 
reparação de danos, aduzindo falha na 
prestação dos serviços de modernização dos 
elevadores. Narrou ser moradora do 10º andar e 
que hospedou parentes durante o período dos 
festejos de fim de ano. Alegou que o serviço nos 
elevadores estava previsto para ser concluído 
em duas semanas, mas atrasou mais de seis 
semanas, o que implicou falta de elevadores 
durante o período em que recebeu seus 
hóspedes, fazendo com que seus convidados, 
todos idosos, tivessem que utilizar as escadas, 
o que gerou transtornos e dificuldades, já que os 
hóspedes deixaram de fazer passeios e outras 
atividades turísticas diante das dificuldades de 
acesso. 
Sentindo-se constrangida e tendo que alterar 
todo o planejamento de atividades para o 
período, Alvina afirmou ter sofrido danos 
extrapatrimoniais decorrentes da mora do 
fornecedor de serviço, que, ainda que 
regularmente notificado pelo condomínio, 
quedou-se inerte e não apresentou qualquer 
justificativa que impedisse o cumprimento da 
obrigação de forma tempestiva. 
Diante da situação apresentada, assinale a 
afirmativa correta. 
 a)Existe relação de consumo apenas entre o 
condomínio e o fornecedor de serviço, não 
tendo Alvina legitimidade para ingressar com 
ação indenizatória, por estar excluída da cadeia 
da relação consumerista. 
 b)Inexiste relação consumerista na hipótese, e 
sim relação contratual regida pelo Código Civil, 
tendo a multa contratual pelo atraso na 
execução do serviço cunho indenizatório, que 
deve servir a todos os condôminos e não a 
Alvina, individualmente. 
 c)Existe relação de consumo, mas não cabe 
ação individual, e sim a perpetrada por todos os 
condôminos, em litisconsórcio, tendo como 
objeto apenas a cobrança de multa contratual e 
indenização coletiva. 
 d)Existe relação de consumo entre a 
condômina e o fornecedor, com base da teoria 
finalista, podendo Alvina ingressar 
individualmente com a ação indenizatória, já que 
é destinatária final e quem sofreu os danos 
narrados. 
 
 
11 
 
10) XVII EXAME- Saulo e Bianca são casados 
há quinze anos e, há dez, decidiram ingressar 
no ramo das festas de casamento, produzindo 
os chamados “bem-casados", deliciosos doces 
recheados oferecidos aos convidados ao final 
da festa. Saulo e Bianca não possuem registro 
da atividade empresarial desenvolvida, sendo 
essa a fonte única de renda da família. 
No mês passado, os noivos Carla e Jair 
encomendaram ao casal uma centena de “bem-
casados" no sabor doce de leite. A encomenda 
foi entregue conforme contratado, no dia do 
casamento. Contudo, diversos convidados que 
ingeriram os quitutes sofreram infecção 
gastrointestinal, já que o produto estava 
estragado. A impropriedade do produto para o 
consumo foi comprovada por perícia técnica. 
Com base no caso narrado, assinale a 
alternativa correta. 
 a) O casal Saulo e Bianca se enquadra no 
conceito de fornecedor do Código do 
Consumidor, pois fornecem produtos com 
habitualidade e onerosidade, sendo que apenas 
Carla e Jair, na qualidade de consumidores 
indiretos, poderão pleitear indenização 
 b) Embora a empresa do casal Saulo e Bianca 
não esteja devidamente registrada na Junta 
Comercial, pode ser considerada fornecedora à 
luz do Código do Consumidor, e os convidados 
do casamento, na qualidade de consumidores 
por equiparação, poderão pedir indenização 
diretamente àqueles. 
 c) O Código de Defesa do Consumidor é 
aplicável ao caso, sendo certo que tanto Carla e 
Jair quanto seus convidados intoxicados são 
consumidores por equiparação e poderão pedir 
indenização, porém a inversão do ônus da prova 
só se aplica em favor de Carla e Jair, 
contratantes diretos. 
 d) A atividade desenvolvida pelo casal Saulo e 
Bianca não está oficialmente registrada na Junta 
Comercial e, portanto, por ser ente 
despersonalizado, não se enquadra no conceito 
legal de fornecedor da lei do consumidor, 
aplicando-se ao caso as regras atinentes aos 
vícios redibitórios do Código Civil. 
 
 
 
 
DIREITOS DO CONSUMIDOR 
 
11) XXII EXAME- Mário firmou contrato de 
seguro de vida e acidentes pessoais, apontando 
como beneficiários sua esposa e seu filho. O 
negócio foi feito via telemarketing, com áudio 
gravado, recebendo informações superficiais a 
respeito da cobertura completa a partir do 
momento da contratação, atendido pequeno 
prazo de carência em caso de morte ou 
invalidez parcial e total, além do envio de 
brindes em caso de contratação imediata.Mário 
contratou o serviço na mesma oportunidade por 
via telefônica, com posterior envio de contrato 
escrito para a residência do segurado. 
Mário veio a óbito noventa dias após a 
contratação. Os beneficiários de Mário, ao 
entrarem em contato com a seguradora, foram 
informados de que não poderiam receber a 
indenização securitária contratada, que ainda 
estaria no período de carência, ainda que a 
operadora de telemarketing, que vendeu o 
seguro para Mário, garantisse a cobertura. 
Verificando o contrato, os beneficiários 
perceberam o engano de compreensão da 
informação, já que estava descrito haver 
período de carência para o evento morte “nos 
termos da lei civil”. 
Com base na hipótese apresentada, assinale a 
afirmativa correta. 
 a)A informação foi clara por estar escrita, 
embora mencionada superficialmente pela 
operadora de telemarketing, e o período de 
carência é lícito, mesmo nas relações de 
consumo. 
 b)A fixação do período de carência é lícita, 
mesmo nas relações de consumo. Todavia, a 
informação prestada quanto ao prazo de 
carência, embora descrita no contrato, não foi 
clara o suficiente, evidenciando, portanto, a 
vulnerabilidadedo consumidor. 
 c)A falta de informação e o equívoco na 
imposição de prazo de carência não são 
admitidas nas relações de consumo, e sim nas 
relações genuinamente civilistas. 
 d)O dever de informação do consumidor foi 
respeitado, na medida em que estava descrito 
no contrato, sendo o período de carência 
instituto ilícito, por se tratar de relação de 
consumo. 
 
12 
 
12) XIX EXAME- Amadeu, aposentado, aderiu 
ao plano de saúde coletivo ofertado pelo 
sindicato ao qual esteve vinculado por força de 
sua atividade laborativa por mais de 30 anos. Ao 
completar 60 anos, o valor da mensalidade 
sofreu aumento significativo (cerca de 400%), o 
que foi questionado por Amadeu, a quem os 
funcionários do sindicato explicaram que o 
aumento decorreu da mudança de faixa etária 
do aposentado. 
A respeito do tema, assinale a afirmativa 
correta. 
 a) O aumento do preço é abusivo e a norma 
consumerista deve ser aplicada ao caso, 
mesmo em se tratando de plano de saúde 
coletivo e, principalmente, que envolva 
interessado com amparo legal no Estatuto do 
Idoso. 
 b) O aumento do preço é legítimo, tendo em 
vista que o idoso faz maior uso dos serviços 
cobertos e o equilíbrio contratual exige que não 
haja onerosidade excessiva para qualquer das 
partes, não se aplicando o CDC à hipótese, por 
se tratar de contrato de plano de saúde coletivo 
envolvendo pessoas idosas. 
 c) O aumento do valor da mensalidade é 
legítimo, uma vez que a majoração de preço é 
natural e periodicamente aplicada aos contratos 
de trato continuado, motivo pelo qual o CDC 
autoriza que o critério faixa etária sirva como 
parâmetro para os reajustes econômicos. 
 d) O aumento do preço é abusivo, mas o 
microssistema consumerista não deve ser 
utilizado na hipótese, sob pena de incorrer em 
colisão de normas, uma vez que o Estatuto do 
Idoso estabelece a disciplina aplicável às 
relações jurídicas que envolvam pessoa idosa. 
 
13) XVI EXAME- A responsabilidade civil dos 
fornecedores de serviços e produtos, 
estabelecida pelo Código do Consumidor, 
reconheceu a relação jurídica qualificada pela 
presença de uma parte vulnerável, devendo ser 
observados os princípios da boa-fé, lealdade 
contratual, dignidade da pessoa humana e 
equidade. 
A respeito da temática, assinale a afirmativa 
correta. 
 a) A responsabilidade civil subjetiva dos 
fabricantes impõe ao consumidor a 
comprovação da existência de nexo de 
causalidade que o vincule ao fornecedor, 
mediante comprovação da culpa, invertendo que 
tange ao resultado danoso suportado. 
 b) A responsabilidade civil do fabricante é 
subjetiva e subsidiária quando o comerciante é 
identificado e encontrado para responder pelo 
vício ou fato do produto, cabendo ao segundo a 
responsabilidade civil objetiva. 
 c) A responsabilidade civil objetiva do 
fabricante somente poderá ser imputada se 
houver demostração dos elementos mínimos 
que comprovem o nexo de causalidade que 
justifique a ação proposta, ônus esse do 
consumidor. 
 d) A inversão do ônus da prova nas relações 
de consumo é questão de ordem pública e de 
imputação imediata, cabendo ao fabricante a 
carga probatória frente ao consumidor, em 
razão da responsabilidade civil objetiva 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
13 
 
14) XXIV EXAME - Osvaldo adquiriu um veículo 
zero quilômetro e, ao chegar a casa, verificou 
que, no painel do veículo, foi acionada a 
indicação de problema no nível de óleo. Ao abrir 
o capô, constatou sujeira de óleo em toda a 
área. Osvaldo voltou imediatamente à 
concessionária, que realizou uma rigorosa 
avaliação do veículo e constatou que havia uma 
rachadura na estrutura do motor, que, por isso, 
deveria ser trocado. Oswaldo solicitou um novo 
veículo, aduzindo que optou pela aquisição de 
um zero quilômetro por buscar um carro que 
tivesse toda a sua estrutura “de fábrica”. A 
concessionária se negou a efetuar a troca ou 
devolver o dinheiro, alegando que isso não 
descaracterizaria o veículo como novo e que o 
custo financeiro de faturamento e outras 
medidas administrativas eram altas, não 
justificando, por aquele motivo, o desfazimento 
do negócio. No mesmo dia, Osvaldo procura 
você, como advogado, para orientá-lo. Assinale 
a opção que apresenta a orientação dada. 
A) Cuida-se de vício do produto, e a 
concessionária dispõe de até trinta dias para 
providenciar o reparo, fase que, ordinariamente, 
deve preceder o direito do consumidor de 
pleitear a troca do veículo. 
B) Trata-se de fato do produto, e o consumidor 
sempre pode exigir a imediata restituição da 
quantia paga, sem prejuízo de pleitear perdas e 
danos em juízo. 
C) Há evidente vício do produto, sendo 
subsidiária a responsabilidade da 
concessionária, devendo o consumidor ajuizar a 
ação de indenização por danos materiais em 
face do fabricante. 
D) Trata-se de fato do produto, e o consumidor 
não tem interesse de agir, pois está no curso do 
prazo para o fornecedor sanar o defeito. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
15) XV EXAME- Carmen adquiriu veículo zero 
quilômetro com dispositivo de segurança 
denominado airbag do motorista, apenas para o 
caso de colisões frontais. Cerca de dois meses 
após a aquisição do bem, o veículo de Carmen 
sofreu colisão traseira, e a motorista teve seu 
rosto arremessado contra o volante, causando-
lhe escoriações leves.A consumidora ingressou 
com medida judicial em face do fabricante, 
buscando a reparação pelos danos materiais e 
morais que sofrera, alegando ser o produto 
defeituoso, já que o airbag não foi acionado 
quando da ocorrência da colisão. A perícia 
constatou colisão traseira e em velocidade 
inferior à necessária para o acionamento do 
dispositivo de segurança. Carmen invocou a 
inversão do ônus da prova contra o fabricante, o 
que foi indeferido pelo juiz. Analise o caso à luz 
da Lei nº 8.078/90 e assinale a afirmativa 
correta 
 a) Cabe inversão do ônus da prova em favor 
da consumidora, por expressa determinação 
legal, não podendo, em qualquer hipótese, o 
julgador negar tal pleito. 
 b) Falta legitimação, merecendo a extinção do 
processo sem resolução do mérito, uma vez que 
o responsável civil pela reparação é o 
comerciante, no caso, a concessionária de 
veículos. 
 c) A responsabilidade civil do fabricante é 
objetiva e independe de culpa; por isso, será 
cabível indenização à vítima consumidora, 
mesmo que esta não tenha conseguido 
comprovar a colisão dianteira 
 d) O produto não poderá ser caracterizado 
como defeituoso, inexistindo obrigação do 
fabricante de indenizar a consumidora, já que, 
nos autos, há apenas provas de colisão traseira. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
14 
 
16) XIV EXAME- O fornecimento de serviços e 
de produtos é atividade desenvolvida nas mais 
diversas modalidades, como ocorre nos serviços 
de crédito e financiamento, regidos pela norma 
especial consumerista, que atribuiu disciplina 
específica para a temática. 
A respeito do crédito ao consumidor, nos 
estritos termos do Código de Defesa do 
Consumidor, assinale a opção correta. 
 a) A informação prévia ao consumidor, a 
respeito de taxa efetiva de juros, é obrigatória, 
facultando-se a discriminação dos acréscimos 
legais, como os tributos e taxas de expediente. 
 b) A liquidação antecipada do débito financiado 
comporta a devolução ou a redução 
proporcional de encargos, mas só terá 
cabimento se assim optar o consumidor no 
momento da contratação do serviço. 
 c) As informações sobre o preço e a 
apresentação do serviço de crédito devem ser, 
obrigatoriamente, apresentadas em moeda 
corrente nacional. 
 d) A pena moratória decorrente do 
inadimplemento da obrigação deve respeitar 
teto do valor da prestação inadimplida, não se 
podendo exigir do consumidor que suporte 
cumulativamente a incidência dos juros de 
mora. 
 
17) VI EXAME- O ônus daprova incumbe a 
quem alega a existência do fato constitutivo de 
seu direito e impeditivo, modificativo ou extintivo 
do direito daquele que demanda. O Código de 
Proteção e Defesa do Consumidor, entretanto, 
prevê a possibilidade de inversão do onus 
probandi e, a respeito de tal tema, é correto 
afirmar que 
 a) ocorrerá em casos excepcionais em que o 
juiz verifique ser verossímil a alegação do 
consumidor ou quando for ele hipossuficiente. 
 b) é regra e basta ao consumidor alegar os 
fatos, pois caberá ao réu produzir provas que os 
desconstituam, já que o autor é hipossuficiente 
nas relações de consumo. 
 c) será deferido em casos excepcionais, exceto 
se a inversão em prejuízo do consumidor houver 
sido previamente ajustada por meio de cláusula 
contratual. 
 d) ocorrerá em todo processo civil que tenha 
por objeto as relações consumeristas, não se 
admitindo exceções, sendo declarada abusiva 
qualquer cláusula que disponha de modo 
contrário. 
 
18) V EXAME- Ao instalar um novo aparelho de 
televisão no quarto de seu filho, o consumidor 
verifica que a tecla de volume do controle 
remoto não está funcionando bem. Em contato 
com a loja onde adquiriu o produto, é 
encaminhado à autorizada. 
O que esse consumidor pode exigir com base 
na lei, nesse momento, do comerciante? 
 a) A imediata substituição do produto por outro 
novo. 
 b) O dinheiro de volta. 
 c) O conserto do produto no prazo máximo de 
30 dias. 
 d) Um produto idêntico emprestado enquanto 
durar o conserto 
 
19) IV EXAME- Analisando o artigo 6º, V, do 
Código de Defesa do Consumidor, que 
prescreve: “São direitos básicos do consumidor: 
V – a modificação das cláusulas contratuais que 
estabeleçam prestações desproporcionais ou 
sua revisão em razão de fatos supervenientes 
que as tornem excessivamente onerosas”, 
assinale a alternativa correta. 
 a) Não traduz a relativização do princípio 
contratual da autonomia da vontade das partes. 
 b) Almeja, em análise sistemática, 
precipuamente, a resolução do contrato firmado 
entre consumidor e fornecedor. 
 c) Admite a incidência da cláusula rebus sic 
stantibus. 
 d) Exige a imprevisibilidade do fato 
superveniente. 
 
 
 
 
15 
 
20) I EXAME- Acerca da disciplina jurídica da 
proteção contratual do consumidor, assinale a 
opção correta. 
 a) A lei confere ao consumidor a possibilidade 
de desistir do contrato, no prazo máximo de 
quinze dias a contar do recebimento do produto, 
no caso de contratação de fornecimento de 
produtos ocorrida fora do estabelecimento 
empresarial. 
 b) Reputam-se nulas de pleno direito as 
cláusulas contratuais relativas ao fornecimento 
de produtos e serviços que infrinjam normas 
ambientais ou possibilitem a violação dessas 
normas. 
 c) A garantia contratual exclui a garantia legal, 
desde que conferida mediante termo escrito que 
discipline, de maneira adequada, a constituição 
daquela garantia, bem como a forma, o prazo e 
o lugar para o seu exercício. 
 d) A lei limita a 10% do valor da prestação as 
multas de mora decorrentes do inadimplemento 
de obrigações no seu termo, no caso de 
fornecimento de produtos que envolva 
concessão de financiamento ao consumidor. 
21) XXV EXAME - Petrônio, servidor público 
estadual aposentado, firmou, em um intervalo 
de seis meses, três contratos de empréstimo 
consignado com duas instituições bancárias 
diferentes, comprometendo 70% (setenta por 
cento) do valor de aposentadoria recebido 
mensalmente, o que está prejudicando seu 
sustento, já que não possui outra fonte de 
renda. Petrônio procura orientação de um 
advogado para saber se há possibilidade de 
corrigir o que alega ter sido um engano de 
contratação de empréstimos sucessivos. 
Partindo dessa situação, à luz do entendimento 
do Superior Tribunal de Justiça, assinale a 
afirmativa correta. 
A) Não há abusividade na realização de 
descontos superiores a 50% (cinquenta por 
cento) dos rendimentos do consumidor para fins 
de pagamento de prestação dos empréstimos 
quando se tratar de contratos firmados com 
fornecedores diferentes, como no caso narrado. 
B) O consumidor não pode ser submetido à 
condição de desequilíbrio na relação jurídica, 
sendo nulas de pleno direito as cláusulas 
contratuais do contrato no momento em que os 
descontos ultrapassam metade da 
aposentadoria do consumidor. 
C) Os descontos a título de crédito consignado, 
incidentes sobre os proventos de servidores, 
como é o caso de Petrônio, devem ser limitados 
a 30% (trinta por cento) da remuneração, em 
razão da sua natureza alimentar e do mínimo 
existencial. 
D) Tratando-se de consumidor hipervulnerável 
pelo fator etário, os contratos dependem de 
anuência de familiar, que deve assinar 
conjuntamente ao idoso, não podendo 
comprometer mais do que 20% (vinte por cento) 
do valor recebido a título de aposentadoria. 
 
DECADÊNCIA E PRESCRIÇÃO 
 
22) VI EXAME- Franco adquiriu um veículo zero 
quilômetro em novembro de 2010. Ao sair com o 
automóvel da concessionária, percebeu um 
ruído todas as vezes em que acionava a 
embreagem para a troca de marcha. Retornou à 
loja, e os funcionários disseram que tal barulho 
era natural ao veículo, cujo motor era novo. Oito 
meses depois, ao retornar para fazer a revisão 
de dez mil quilômetros, o consumidor se 
queixou que o ruído persistia, mas foi 
novamente informado de que se tratava de 
característica do modelo. Cerca de uma semana 
depois, o veículo parou de funcionar e foi 
rebocado até a concessionária, lá 
permanecendo por mais de sessenta dias. 
Franco acionou o Poder Judiciário alegando 
vício oculto e pleiteando ressarcimento pelos 
danos materiais e indenização por danos 
morais. Considerando o que dispõe o Código de 
Proteção e Defesa do Consumidor, a respeito 
do narrado acima, é correto afirmar que, por se 
tratar de vício oculto, 
 a) o prazo decadencial para reclamar se iniciou 
com a retirada do veículo da concessionária, 
devendo o processo ser extinto. 
 b) o direito de reclamar judicialmente se iniciou 
no momento em que ficou evidenciado o defeito, 
e o prazo decadencial é de noventa dias. 
 c) o prazo decadencial é de trinta dias 
contados do momento em que o veículo parou 
de funcionar, tornando-se imprestável para o 
uso. 
 d) o consumidor Franco tinha o prazo de sete 
dias para desistir do contrato e, tendo deixado 
de exercê-lo, operou-se a decadência. 
 
16 
 
23) I EXAME- O prazo para reclamar sobre vício 
oculto de produto durável é de 
 a) 90 (noventa) dias a contar da aquisição do 
produto. 
 b) 90 (noventa) dias a contar da entrega do 
produto. 
 c) 30 (trinta) dias a contar da entrega do 
produto. 
 d) 90 (noventa) dias a contar de quando ficar 
evidenciado o vício. 
 
PRÁTICAS ABUSIVAS 
 
24) XXI EXAME- A Pizzaria X fez publicidade 
comparando a qualidade da sua pizza de 
mozarela com a da Pizzaria Y, descrevendo a 
quantidade de queijo e o crocante das bordas, 
detalhes que a tornariam mais saborosa do que 
a oferecida pela concorrente. Além disso, 
disponibiliza para os consumidores o bônus da 
entrega de pizza pelo motociclista, em até 30 
minutos, ou a dispensa do pagamento pelo 
produto. 
A respeito do narrado, assinale a afirmativa 
correta. 
 a) A publicidade comparativa é expressamente 
vedada pelo Código de Defesa do Consumidor, 
que, entretanto, nada disciplina a respeito da 
entrega do produto por motociclista em período 
de tempo ou dispensa do pagamento. 
 b) A promessa de dispensa do pagamento pelo 
consumidor como forma de estímulo à prática 
de aumento da velocidade pelo motociclista é 
vedada por lei especial, enquanto a publicidade 
comparativa é admitida, respeitados os critérios 
do CDC e as proteções dispostas em normas 
especiais que tutelam marca e concorrência. 
 c) A dispensa de pagamento, em caso de 
atraso na entrega do produtopor motociclista, é 
lícita, mas a publicidade comparativa é 
expressamente vedada pelo Código de Defesa 
do Consumidor e pela legislação especial. 
 d) A publicidade comparativa e a entrega de 
produto por motociclista em determinado prazo 
ou a dispensa de pagamento, por serem em 
benefício do consumidor, embora não previstos 
em lei, são atos lícitos, conforme entendimento 
pacífico da jurisprudência. 
 
25) XXI EXAME- O Banco X enviou um cartão 
de crédito para Jeremias, com limite de R$ 
10.000,00 (dez mil reais), para uso em território 
nacional e no exterior, incluindo seguro de vida 
e acidentes pessoais, bem como seguro contra 
roubo e furto, no importe total de R$ 5,00 (cinco 
reais) na fatura mensal, além da anuidade de 
R$ 400,00 (quatrocentos reais), parcelada em 
cinco vezes. 
Jeremias recebeu a correspondência contendo 
um cartão bloqueado, o contrato e o informativo 
de benefícios e ônus. Ocorre que Jeremias não 
é cliente do Banco X e sequer solicitou o cartão 
de crédito. 
Sobre a conduta da instituição bancária, 
considerando a situação narrada e o 
entendimento do STJ expresso em Súmula, 
assinale a afirmativa correta. 
 a) Foi abusiva, sujeitando-se à aplicação de 
multa administrativa, que não se destina ao 
consunidor, mas não há ilícito civil indenizável, 
tratando-se de mero aborrecimento, sob pena 
de se permitir o enriquecimento ilícito de 
Jeremias. 
 b) Foi abusiva, sujeita à advertência e não à 
multa administrativa, salvo caso de reincidência, 
bem como não gera ilícito indenizável, por não 
ter havido dano moral in re ipsa na hipótese, 
salvo se houvesse extravio do cartão antes de 
ser entregue a Jeremias. 
 c) Foi abusiva e constitui ilícito indenizável em 
favor de Jeremias, mesmo sem prejuízo 
comprovado, em razão da configuração de dano 
moral in re ipsa na hipótese, que pode ser 
cumulada com a aplicação de multa 
administrativa, que não será fixada em favor do 
consumidor. 
 d) Não foi abusiva, pois não houve prejuízo ao 
consumidor a justificar multa administrativa e 
nem constitui ilícito indenizável, na medida em 
que o destinatário pode desconsiderar a 
correspondência, não desbloquear o cartão e 
não aderir ao contrato. 
 
 
 
17 
 
26) XV EXAME- Roberto, atraído pela 
propaganda de veículos zero quilômetro, 
compareceu até uma concessionária a fim de 
conhecer as condições de financiamento. 
Verificando que o valor das prestações cabia no 
seu orçamento mensal e que as taxas e os 
custos lhe pareciam justos, Roberto iniciou junto 
ao vendedor os procedimentos para a compra 
do veículo. Para sua surpresa, entretanto, a 
financeira negou--lhe o crédito, ao argumento de 
que havia negativação do nome de Roberto nos 
cadastros de proteção ao crédito. Indignado e 
buscando esclarecimentos, Roberto procurou o 
Banco de Dados e Cadastro que havia 
informado à concessionária acerca da suposta 
existência de negativação, sendo informado por 
um dos empregados que as informações que 
Roberto buscava somente poderiam ser dadas 
mediante ordem judicial. 
Sobre o procedimento do empregado do Banco, 
assinale a afirmativa correta. 
 a) O empregado do Banco de Dados e 
Cadastros agiu no legítimo exercício de direito 
ao negar a prestação das informações, já que o 
solicitado pelo consumidor somente deve ser 
dado pelo fornecedor que solicitou a 
negativação, cabendo a Roberto buscar uma 
ordem judicial mandamental, autorizando a 
divulgação dos dados para ele diretamente. 
 b) O procedimento do empregado, ao negar as 
informações que constam no Banco de Dados e 
Cadastros sobre o consumidor, configura 
infração penal punível com pena de detenção ou 
multa, nos termos tipificados no Código de 
Defesa do Consumidor. 
 c) A negativa no fornecimento das informações 
foi indevida, mas configura mera infração 
administrativa punível com advertência e, em 
caso de reincidência, pena de multa a ser 
aplicada ao órgão, não ao empregado que 
negou a prestação de informações 
 d) Cuida-se de infração administrativa e, 
somente se cometido em operações que 
envolvessem alimentos,medicamentos ou 
serviços essenciais,configuraria infração penal, 
para fins de incidência da norma consumerista 
em seu aspecto penal. 
 
27) XIII EXAME- Eliane trabalha em 
determinada empresa para a qual uma 
seguradora apresentou proposta de seguro de 
vida e acidentes pessoais aos empregados. 
Eliane preencheu o formulário entregue pela 
seguradora e, dias depois, recebeu comunicado 
escrito informando, sem motivo justificado, a 
recusa da seguradora para a contratação por 
Eliane. 
Partindo da situação fática narrada, à luz da 
legislação vigente, assinale a afirmativa correta. 
 a) Eliane pode exigir o cumprimento forçado da 
obrigação nos termos do serviço apresentado, já 
que a oferta obriga a seguradora e a negativa 
constituiu prática abusiva pela recusa infundada 
de prestação de serviço. 
 b) Trata-se de hipótese de aplicação da 
legislação consumerista, mas, a despeito das 
garantias conferidas ao consumidor, em 
hipóteses como a narrada no caso, é facultado à 
seguradora recusar a contratação antes da 
assinatura do contrato. 
 c) Por se tratar de contrato bilateral, a 
seguradora poderia ter se recusado a ser 
contratada por Eliane nos termos do Código 
Civil, norma aplicável ao caso, que assegura 
que a proposta não obriga o proponente 
 d) A seguradora não está obrigada a se 
vincular a Eliane, já que a proposta de seguro e 
acidentes pessoais dos empregados não 
configura oferta, nos termos do Código do 
Consumidor. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
18 
 
28) XII EXAME- O Banco XYZ, com objetivo de 
aumentar sua clientela, enviou proposta de 
abertura de conta corrente com cartão de 
crédito para diversos estudantes universitários. 
Ocorre que, por desatenção de um dos 
encarregados pela instituição financeira da 
entrega das propostas, o conteúdo da proposta 
encaminhada para a estudante Bruna, de 
dezoito anos, foi furtado. O cartão de crédito foi 
utilizado indevidamente por terceiro, sendo 
Bruna surpreendida com boletos e ligações de 
cobrança por compras que não realizou. O 
episódio culminou com posterior inclusão do seu 
nome em um cadastro negativo de restrições ao 
crédito. Bruna nunca solicitou o envio do cartão 
ou da proposta de abertura de conta, e sequer 
celebrou contrato com o Banco XYZ, mas tem 
dúvidas acerca de eventual direito à 
indenização. 
Na qualidade de Advogado, diante do caso 
concreto, assinale a afirmativa correta. 
 a) A conduta adotada pelo Banco XYZ é 
prática abusiva à luz do Código do Consumidor, 
mas como Bruna não é consumidora, haja vista 
a ausência de vínculo contratual, deverá se 
utilizar das regras do Código Civil para fins de 
eventual indenização. 
 b) A pessoa exposta a uma prática abusiva, 
como na hipótese do envio de produto não 
solicitado, é equiparada a consumidor, logo 
Bruna pode postular indenização com base no 
Código do Consumidor. 
 c) A prática bancária em questão é abusiva 
segundo o Código do Consumidor, mas o furto 
sofrido pelo preposto do Banco XYZ configura 
culpa exclusiva de terceiro, excludente da 
obrigação da instituição financeira de indenizar 
Bruna. 
 d) O envio de produto sem solicitação do 
consumidor não é expressamente vedado pela 
lei consumerista, que apenas considera o 
produto como mera amostra grátis, afastando 
eventual obrigação do Banco XYZ de indenizar 
Bruna. 
 
29) VI EXAME- A empresa Cristal Ltda., 
atendendo à solicitação da cliente Ruth, realizou 
orçamento para prestação de serviço, 
discriminando material, equipamentos, mão de 
obra, condições de pagamento e datas para 
início e término do serviço de instalação de oito 
janelas e quatro portas em alumínio na 
residência da consumidora. 
Com base no narrado acima, é correto afirmar 
que 
 a) o orçamento terávalidade de trinta dias, 
independentemente da data do recebimento e 
aprovação pela consumidora Ruth. 
 b) Ruth não responderá por eventuais 
acréscimos não previstos no orçamento prévio, 
exceto se decorrente da contratação de serviço 
de terceiro. 
 c) o valor orçado terá validade de dez dias, 
contados do recebimento pela consumidora; 
aprovado, obriga os contraentes, que poderão 
alterá-lo mediante livre negociação. 
 d) uma vez aprovado, o orçamento obriga os 
contraentes e não poderá alterado ou negociado 
pelas partes, que, buscando mudar os termos, 
deverão fazer novo orçamento 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
19 
 
PROTEÇÃO CONTRATUAL 
 
30) XXIII EXAME- Vera sofreu acidente 
doméstico e, sentindo fortes dores nas costas e 
redução da força dos membros inferiores, 
procurou atendimento médico-hospitalar. A 
equipe médica prescreveu uma análise 
neurológica que, a partir dos exames de 
imagem, evidenciaram uma lesão na coluna. O 
plano de saúde, entretanto, negou o 
procedimento e o material, aduzindo negativa de 
cobertura, embora a moléstia estivesse prevista 
em contrato. 
Vera o(a) procura como advogado(a) a fim de 
saber se o plano de saúde poderia negar, sob a 
justificativa de falta de cobertura contratual, algo 
que os médicos informaram ser essencial para a 
diagnose correta da extensão da lesão da 
coluna. 
Neste caso, à luz da norma consumerista e do 
entendimento do STJ, assinale a afirmativa 
correta. 
 a)O contrato de plano de saúde não é regido 
pelo Código do Consumidor e sim, 
exclusivamente, pelas normas da Agência 
Nacional de Saúde, o que impede a 
interpretação ampliativa, sob pena de 
comprometer a higidez econômica dos planos 
de saúde, respaldada no princípio da 
solidariedade. 
 b)O plano de saúde pode se negar a cobrir o 
procedimento médico-hospitalar, desde que 
possibilite o reembolso de material indicado 
pelos profissionais de medicina, ainda que 
imponha limitação de valores e o reembolso se 
dê de forma parcial. 
 c)O contrato de plano de saúde é regido pelo 
Código do Consumidor e os planos de saúde 
apenas podem estabelecer para quais moléstias 
oferecerão cobertura, não lhes cabendo limitar o 
tipo de tratamento que será prescrito, 
incumbência essa que pertence ao profissional 
da medicina que assiste ao paciente. 
 d)O contrato de plano de saúde é regido pelo 
Código do Consumidor e, resguardados os 
direitos básicos do consumidor, os planos de 
saúde podem estabelecer para quais moléstias 
e para que tipo de tratamento oferecerão 
cobertura, de acordo com a categoria de cada 
nível contratado, sem que isso viole o CDC. 
 
31) XVIII EXAME- Dulce, cinquenta e oito anos 
de idade, fumante há três décadas, foi 
diagnosticada como portadora de enfisema 
pulmonar. Trata-se de uma doença pulmonar 
obstrutiva crônica caracterizada pela dilatação 
excessiva dos alvéolos pulmonares, que causa 
a perda da capacidade respiratória e uma 
consequente oxigenação insuficiente. Em razão 
do avançado estágio da doença, foi prescrito 
como essencial o tratamento de suplementação 
de oxigênio. Para tanto, Joana, filha de Dulce, 
adquiriu para sua mãe um aparelho respiratório 
na loja Saúde e Bem-Estar. Porém, com uma 
semana de uso, o produto parou de funcionar. 
Joana procurou imediatamente a loja para 
substituição do aparelho, oportunidade na qual 
foi informada pela gerente que deveria aguardar 
o prazo legal de trinta dias para conserto do 
produto pelo fabricante. 
Com base no caso narrado, em relação ao 
Código de Proteção e Defesa do Consumidor, 
assinale a afirmativa correta. 
 a) Está correta a orientação da vendedora. 
Joana deverá aguardar o prazo legal de trinta 
dias para conserto e, caso não seja sanado o 
vício, exigir a substituição do produto, a 
devolução do dinheiro corrigido monetariamente 
ou o abatimento proporcional do preço. 
 b) Joana não é consumidora destinatária final 
do produto, logo tem apenas direito ao conserto 
do produto durável no prazo de noventa dias, 
mas não à devolução da quantia paga. 
 c) Joana não precisa aguardar o prazo legal de 
trinta dias para conserto, pois tem direito de 
exigir a substituição imediata do produto, em 
razão de sua essencialidade. 
 d) Na impossibilidade de substituição do 
produto por outro da mesma espécie, Joana 
poderá optar por um modelo diverso, sem direito 
à restituição de eventual diferença de preço, e, 
se este for de valor maior, não será devida por 
Joana qualquer complementação. 
 
 
 
 
 
 
20 
 
32) XVIII EXAME- Hugo colidiu com seu veículo 
e necessitou de reparos na lataria e na pintura. 
Para tanto, procurou, por indicação de um 
amigo, os serviços da Oficina Mecânica M, 
oportunidade na qual lhe foi ofertado orçamento 
escrito, válido por 15 (quinze) dias, com o valor 
da mão de obra e dos materiais a serem 
utilizados na realização do conserto do 
automóvel. Hugo, na certeza da boa indicação, 
contratou pela primeira vez com a Oficina. 
Considerando as regras do Código de Proteção 
e Defesa do Consumidor, assinale a afirmativa 
correta. 
 a)Segundo a lei do consumidor, o orçamento 
tem prazo de validade obrigatório de 10 (dez) 
dias, contados do seu recebimento pelo 
consumidor Hugo. Logo, no caso, somente 
durante esse período a Oficina Mecânica M 
estará vinculada ao valor orçado. 
 b)Uma vez aprovado o orçamento pelo 
consumidor, os contraentes estarão vinculados, 
sendo correto afirmar que Hugo não responderá 
por quaisquer ônus ou acréscimos no valor dos 
materiais orçados; contudo, ele poderá vir a 
responder pela necessidade de contratação de 
terceiros não previstos no orçamento prévio. 
 c)Se o serviço de pintura contratado por Hugo 
apresentar vícios de qualidade, é correto afirmar 
que ele terá tríplice opção, à sua escolha, de 
exigir da oficina mecânica: a reexecução do 
serviço sem custo adicional; a devolução de 
eventual quantia já paga, corrigida 
monetariamente, ou o abatimento do preço de 
forma proporcional. 
 d) A lei consumerista considera prática abusiva 
a execução de serviços sem a prévia 
elaboração de orçamento, o que pode ser feito 
por qualquer meio, oral ou escrito, exigindo-se, 
para sua validade, o consentimento expresso ou 
tácito do consumidor. 
 
33) VIII EXAME- João celebrou contrato de 
seguro de vida e invalidez, aderindo a plano 
oferecido por conhecida rede particular. O 
contrato de adesão, válido por cinco anos, 
prevê a possibilidade de cancelamento, em 
favor da seguradora, antes de ocorrer o 
sinistro, por alegação de desequilíbrio 
econômico-financeiro. 
A esse respeito, assinale a afirmativa correta. 
 a) Os contratos de seguro ofertados no 
mercado de consumo, apesar de serem de 
adesão, são regidos pelo Código Civil, e a 
eles se aplica o Código de Defesa do 
Consumidor apenas subsidiariamente e em 
casos estritos. 
 b) A cláusula prevista, que estipula a 
possibilidade de cancelamento unilateral do 
contrato em caso de desequilíbrio econômico, 
seria viável desde que exercida na primeira 
metade do contrato. 
 c) O Ministério Público tem legitimidade 
para ajuizar demanda contra a seguradora, 
buscando ser declarada a nulidade da 
cláusula contratual celebrada com os 
consumidores, e que seja proibido à seguradora 
continuar a ofertá-la no mercado de consumo. 
 d) A cláusula prevista no contrato celebrado 
por João não é abusiva, pois o seguro deve 
atentar para a equação financeira atuarial, 
necessária ao equilíbrio econômico da avença 
e à própria higidez e continuidade do contrato. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
21 
 
34) VII EXAME- Martins celebrou negócio 
jurídico com a empresa Zoop Z para o 
fornecimento de dez volumes de 
determinadamercadoria para entretenimento 
infantil. No contrato restava estabelecido que 
Martins vistoriara toda mercadoria antes da 
aquisição e que o consumidor retiraria os 
produtos no depósito da empresa. 
Considerando tal situação fictícia, assinale a 
alternativa correta à luz do disposto na Lei 
nº. 8.078/90, de acordo com cada hipótese 
abaixo apresentada: 
 a) A garantia legal do produto independe 
de termo expresso no contrato, bem como é 
lícito ao fornecedor estipular que se exime de 
responsabilidade na hipótese de vício de 
qualidade por inadequação do produto, desde 
que fundada em ignorância sobre o vício. 
 b) É nula de pleno direito a cláusula contratual 
que exonere a contratada de qualquer 
obrigação de indenizar por vício do produto 
em razão de ter sido a mercadoria 
vistoriada previamente pelo consumidor. 
 c) O contrato poderia prever a 
impossibilidade de reembolso da quantia por 
Martins, bem como ter transferido 
previamente a responsabilidade por eventual 
vício do produto, com exclusividade, ao 
fabricante. 
 d) A Zoop Z tem liberdade para estabelecer 
compulsoriamente a utilização de arbitragem, 
bem como exigir o ressarcimento dos custos 
de cobrança da obrigação de Martins, sem 
que o mesmo seja conferido contra o 
fornecedor. 
 
35) VII EXAME- A telespectadora Maria, após 
assistir ao anúncio de certa máquina 
fotográfica, ligou e comprou o produto via 
telefone. No dia 19 de março, a câmera chegou 
ao seu endereço. Acerca dessa situação, 
assinale a alternativa correta. 
 a) A contar do recebimento do produto, a 
consumidora pode exercer o direito de 
arrependimento no prazo prescricional de 
quinze dias. 
 b) Mesmo que o produto não tenha defeito, 
se Maria se arrepender da aquisição e desistir 
do contrato no dia 25 de março do mesmo 
ano, os valores eventualmente pagos, a 
qualquer título, deverão ser devolvidos, 
monetariamente atualizados. 
 c) Se, no dia 26 de março do mesmo ano, 
a consumidora pretender desistir do contrato, 
não poderá fazê-lo, pois, além de o prazo 
decadencial já ter fluído, os contratos são 
regidos pelo brocardo pacta sunt servanda. 
 d) Após o prazo de desistência, que é 
decadencial, Maria não poderá reclamar de 
vícios do produto ou de desconformidades 
entre a oferta apresentada e as 
características do bem adquirido, a não ser 
que exista garantia contratual. 
 
36) VI EXAME REAP. - Josefa celebrou contrato 
de prestação de serviço com a transportadora X, 
cujo teor do documento assinado seguia o 
formato “de adesão”. Considerando tal 
instrumento de negócio jurídico nas relações de 
consumo, é correto afirmar que 
 a) tal modalidade contratual, por ter sido 
deliberada de forma unilateral, é considerada 
prática abusiva, devendo ser imposta pena 
pecuniária ao fornecedor do serviço. 
 b) Josefa poderá inserir cláusulas no formulário 
apresentado pela Transportadora X, o que 
desfigurará a natureza de adesão do referido 
contrato. 
 c) o contrato de adesão é permitido nos termos 
da norma consumerista, mas desde que não 
disponha de cláusula resolutória, 
expressamente inadmitida. 
 d) serão redigidos com caracteres ostensivos, 
cujo tamanho da fonte não seja inferior ao corpo 
doze, e as cláusulas que limitem direito do 
consumidor deverão ser redigidas com 
destaque. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
22 
 
37) V EXAME- Quando a contratação ocorre por 
site da internet, o consumidor pode desistir da 
compra? 
 a) Sim. Quando a compra é feita pela internet, 
o consumidor pode desistir da compra em até 
30 dias depois que recebe o produto. 
 b) Não. Quando a compra é feita pela internet, 
o consumidor é obrigado a ficar com o produto, 
a menos que ele apresente vício. Só nessa 
hipótese o consumidor pode desistir. 
 c) Não. O direito de arrependimento só existe 
para as compras feitas na própria loja, e não 
pela internet. 
 d) Sim. Quando a compra é feita fora do 
estabelecimento comercial, o consumidor pode 
desistir do contrato no prazo de sete dias, 
mesmo sem apresentar seus motivos para a 
desistência. 
 
38) XXVII EXAME - Dias atrás, Elisa, portadora 
de doença grave e sob risco imediato de morte, 
foi levada para atendimento na emergência do 
hospital X, onde necessitou realizar exame de 
imagem e fazer uso de medicamentos. Ocorre 
que o seu plano de saúde, contratado dois 
meses antes, negou a cobertura de alguns 
desses fármacos e do exame de imagem, pelo 
fato de o plano de Elisa ainda estar no período 
de carência, obrigando a consumidora a custear 
parcela dos medicamentos e o valor integral do 
exame de imagem. Nesse caso, à luz do Código 
de Defesa do Consumidor (CDC) e da Lei nº 
9.656/98, que dispõe sobre os planos e seguros 
privados de assistência à saúde, assinale a 
afirmativa correta. 
A) As cláusulas que limitam os direitos da 
consumidora são nulas de pleno direito, sendo 
qualquer período de carência imposto por 
contrato de adesão reversível pela via judiciária, 
por caracterizar-se como cláusula abusiva. 
B) As cláusulas que limitam os direitos da 
consumidora, como a que fixou a carência do 
plano de saúde em relação ao uso de 
medicamentos e exame de imagem, são lícitas, 
e devem ser observadas no caso de Elisa, em 
respeito ao equilíbrio da relação contratual. 
C) As cláusulas que preveem o período de 
carência estão previstas em norma especial que 
contradiz o disposto no CDC, uma vez que não 
podem excetuar a proteção integral e presunção 
de vulnerabilidade existente na relação jurídica 
de consumo. 
D) O plano de saúde deve cobrir integralmente o 
atendimento de Elisa, por se tratar de situação 
de emergência e por, pelo tempo de contratação 
do plano, não poder haver carência para esse 
tipo de atendimento, ainda que lícitas as 
cláusulas que limitem o direito da consumidora. 
 
AÇÃO COLETIVA 
 
39) I EXAME- Assinale a opção correta a 
respeito da disciplina normativa da defesa, em 
juízo, do consumidor. 
 a) É lícita às associações legalmente 
constituídas há mais de um ano a propositura de 
ação coletiva para a defesa dos direitos de seus 
associados, desde que haja prévia autorização 
em assembleia. 
 b) Na hipótese de ação coletiva para a defesa 
de interesses individuais homogêneos, é 
exclusivamente competente para a execução 
coletiva o juízo da liquidação da sentença ou o 
da ação condenatória. 
 c) Tratando-se de ações coletivas para a 
defesa de direitos individuais homogêneos, a 
sentença fará coisa julgada erga omnes, no 
caso de procedência ou improcedência do 
pedido, para beneficiar todas as vítimas. 
 d) De acordo com o Código de Defesa do 
Consumidor, as ações coletivas para a defesa 
de interesses ou de direitos coletivos não 
induzem litispendência para as ações 
individuais. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
23 
 
RELAÇÃO DE CONSUMO 
 
40) XIII EXAME- Mauro adquiriu um veículo zero 
quilômetro da fabricante brasileira Surreal, na 
concessionária Possante Ltda., revendedora de 
automóveis que comercializa habitualmente 
diversas marcas nacionais e estrangeiras. Na 
época em que Mauro efetuou a compra, o 
modelo adquirido ainda não era produzido com 
o opcional de freio ABS, o que só veio a ocorrer 
seis meses após a aquisição feita por Mauro. 
Tal sistema de frenagem (travagem) evita que a 
roda do veículo bloqueie quando o pedal do 
freio é pisado fortemente, impedindo com isso o 
descontrole e a derrapagem do veículo. Mauro, 
inconformado, aciona a concessionária 
postulando a substituição do seu veículo, pelo 
novo modelo com freio ABS. 
Diante do caso narrado e das regras atinentes 
ao Direito do Consumidor, assinale a afirmativa 
correta.a) Mauro tem direito à substituição, pois o fato 
de o novo modelo ter sido oferecido com o 
opcional do freio ABS, de melhor qualidade, 
configura defeito do modelo anterior por ele 
adquirido. 
 b) Se o veículo adquirido por Mauro apresentar 
futuro defeito no freio dentro do prazo de 
garantia, a concessionária Possante Ltda. é 
obrigada a assegurar a oferta de peças de 
reposição originais enquanto não cessar a 
fabricação do veículo. 
 c) Somente quando cessada a produção no 
país do veículo adquirido por Mauro, a 
fabricante Surreal ficará exonerada do dever 
legal de assegurar o oferecimento de 
componentes e peças de reposição para o 
automóvel. 
 d) Havendo necessidade de reposição de 
peças ou componentes no veículo de Mauro, a 
fabricante Surreal deverá, ainda que cessada a 
fabricação no país, efetuar o reparo com peças 
originais por um período razoável de tempo, 
fixado por lei. A reposição com peças usadas só 
é admitida pelo Código do Consumidor quando 
houver autorização do consumidor 
 
 
 
41) XI EXAME- O Mercado A comercializa o 
produto desinfetante W, fabricado por 
“W.Industrial”. O proprietário do Mercado B, que 
adquiriu tal produto para uso na higienização 
das partes comuns das suas instalaçãoes, 
verifica que o volume contido no frasco está em 
desacordo com as informações do rótulo do 
produto. Em razão disso, o Mercado B propõe 
ação judicial em face do Mercado A, invocando 
a Lei n. 8.078/90 (CDC), arguindo vícios 
decorrentes de tal disparidade. O Mercado A, 
em defesa, apontou que se tratava de 
responsabilidade do fabricante e requereu a 
extinção do processo. 
A respeito do caso sugerido, assinale a 
alternativa correta. 
 a) O processo merece ser extinto por 
ilegitimidade passiva. 
 b) O caso versa sobre fato do produto, logo a 
responsabilidade do réu é subsidiária. 
 c) O processo deve ser extinto, pois o autor 
não se enquadra na condição de consumidor. 
 d) Trata-se de vício do produto, logo o réu e o 
fabricante são solidariamente responsáveis. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
24 
 
42) X EXAME- Aurora contratou com 
determinada empresa de telefonia fixa um 
pacote de serviços de valor preestabelecido que 
incluía ligações locais de até 100 minutos e 
isenção total dos valores pelo período de três 
meses, exceto os minutos que ultrapassassem 
os contratados, ligações interurbanas e para 
telefone móvel. Para sua surpresa, logo no 
primeiro mês recebeu cobrança pelo pacote de 
serviços no importe três vezes superior ao 
contratado, mesmo que tivesse utilizado apenas 
32 minutos em ligações locais. 
A consumidora fez diversos contatos com a 
fornecedora do serviço para reclamar o ocorrido, 
mas não obteve solução. De posse dos 
números dos protocolos de reclamações, 
ingressou com medida judicial, obtendo liminar 
favorável para abstenção de cobrança e de 
negativação do nome. 
Considerando o caso acima descrito, assinale a 
afirmativa correta. 
 a) A conversão da obrigação em perdas e 
danos faz-se independentemente de eventual 
aplicação de multa. 
 b) A multa diária ao réu pode ser fixada na 
sentença, mas desde que o autor tenha 
requerido expressamente. 
 c) A conversão da obrigação em perdas e 
danos independe de pedido do autor, em 
qualquer hipótese. 
 d) A tutela liminar será concedida, desde que 
não implique em ordem de busca e apreensão, 
que requer medida cautelar própria e 
justificação prévia. 
43) XXVII EXAME - O posto de gasolina X foi 
demandado pelo Ministério Público devido à 
venda de óleo diesel com adulterações em sua 
fórmula, em desacordo com as especificações 
da Agência Nacional de Petróleo (ANP). Trata-
se de relação de consumo e de dano coletivo, 
que gerou sentença condenatória. Você foi 
procurado(a), como advogado(a), por um 
consumidor que adquiriu óleo diesel adulterado 
no posto de gasolina X, para orientá-lo. Assinale 
a opção que contém a correta orientação a ser 
prestada ao cliente. 
A) Cuida-se de interesse individual homogêneo, 
bastando que, diante da sentença condenatória 
genérica, o consumidor liquide e execute 
individualmente, ou, ainda, habilite-se em 
execução coletiva, para definir o quantum 
debeatur. 
B) Deverá o consumidor se habilitar no processo 
de conhecimento nessa qualidade, sendo esse 
requisito indispensável para fazer jus ao 
recebimento de indenização, de caráter 
condenatória a decisão judicial. 
C) Cuida-se de interesse difuso, afastando a 
possibilidade de o consumidor ter atuado como 
litisconsorte e sendo permitida apenas a 
execução coletiva. 
D) Deverão os consumidores individuais 
ingressar com medidas autônomas, distribuídas 
por conexão à ação civil pública originária, na 
medida em que o montante indenizatório da 
sentença condenatória da ação coletiva será 
integralmente revertido em favor do Fundo de 
Reconstituição de Bens Lesados. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
25 
 
RESPONSABILIDADE CIVIL NO DIREITO DO 
CONSUMIDOR 
 
44) XIX EXAME- Antônio desenvolve há mais de 
40 anos atividade de comércio no ramo de 
hortifrúti. Seus clientes chegam cedo para 
adquirir verduras frescas entregues pelos 
produtores rurais da região. Antônio também 
vende no varejo, com pesagem na hora, grãos e 
cereais adquiridos em sacas de 30 quilos, de 
uma marca muito conhecida e respeitada no 
mercado. Determinado dia, a cliente Maria 
desconfiou da pesagem e fez a conferência na 
sua balança caseira, que apontou suposta 
divergência de peso. Procedeu com a imediata 
denúncia junto ao Órgão Oficial de Fiscalização, 
que confirmou que o instrumento de medição do 
comerciante estava com problemas de 
calibragem e que não estava aferido segundo 
padrões oficiais, gerando prejuízo aos 
consumidores. A cliente denunciante buscou ser 
ressarcida pelo vício de quantidade dos 
produtos. 
Com base na hipótese sugerida, assinale a 
afirmativa correta. 
 a) Trata-se de responsabilidade civil solidária, 
podendo Maria acionar tanto o comerciante 
quanto os produtores. 
 b) Trata-se de responsabilidade civil 
subsidiária, pois o comerciante só responde se 
os demais fornecedores não forem identificados. 
 c) Trata-se de responsabilidade civil exclusiva 
do comerciante, na qualidade de fornecedor 
imediato. 
 d) Trata-se de responsabilidade civil objetiva, 
motivo pelo qual inexistem excludentes de 
responsabilidade. 
 
45) XIV EXAME- Um homem foi submetido a 
cirurgia para remoção de cálculos renais em 
hospital privado. A intervenção foi realizada por 
equipe médica não integrante dos quadros de 
funcionários do referido hospital, apesar de ter 
sido indicada por esse mesmo hospital. 
Durante o procedimento, houve perfuração do 
fígado do paciente, verificada somente três dias 
após a cirurgia, motivo pelo qual o homem teve 
que se submeter a novo procedimento cirúrgico, 
que lhe deixou uma grande cicatriz na região 
abdominal. O paciente ingressou com ação 
judicial em face do hospital, visando a 
indenização por danos morais e estéticos. 
Partindo dessa narrativa, assinale a opção 
correta. 
 a) O hospital responde objetivamente pelos 
danos morais e estéticos decorrentes do erro 
médico, tendo em vista que ele indicou a equipe 
médica. 
 b) O hospital responderá pelos danos, mas de 
forma alternativa, não se acumulando os danos 
morais e estéticos, sob pena de enriquecimento 
ilícito do autor. 
 c) O hospital não responderá pelos danos, uma 
vez que se trata de responsabilidade objetiva da 
equipe médica, sendo o hospital parte ilegítima 
na ação porque apenas prestou serviço de 
instalações e hospedagem do paciente. 
 d) O hospital não responderá pelos danos, 
tendo em vista que não se aplica a norma 
consumerista à relação entre médico e paciente, 
mas, sim, o Código Civil, embora a 
responsabilidade civil dos profissionais liberaisseja objetiva. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
26 
 
46) XI EXAME- Carla ajuizou ação de 
indenização por danos materiais, morais e 
estéticos em face do dentista Pedro, lastreada 
em prova pericial que constatou falha, durante 
um tratamento de canal, na prestação do 
serviço odontológico. O referido laudo 
comprovou a inadequação da terapia dentária 
adotada, o que resultou na necessidade de 
extração de três dentes da paciente, sendo que 
na execução da extração ocorreu fratura da 
mandíbula de Carla, o que gerou redução óssea 
e sequelas permanentes, que incluíram 
assimetria facial. 
Com base no caso concreto, à luz do Código de 
Defesa do Consumidor, assinale a afirmativa 
correta. 
 a) O dentista Pedro responderá objetivamente 
pelos danos causados à paciente Carla, em 
razão do comprovado fato do serviço, no prazo 
prescricional de cinco anos. 
 b) Haverá responsabilidade de Pedro, 
independentemente de dolo ou culpa, diante da 
constatação do vício do serviço, no prazo 
decadencial de noventa dias. 
 c) A obrigação de indenizar por parte de Pedro 
é subjetiva e fica condicionada à comprovação 
de dolo ou culpa. 
 d) Inexiste relação de consumo no caso em 
questão, pois é uma relação privada, que 
encerra obrigação de meio pelo profissional 
liberal, aplicando-se o Código Civil. 
47) XXV EXAME - Eloá procurou o renomado 
Estúdio Max para tratamento de restauração 
dos fios do cabelo, que entendia muito 
danificados pelo uso de químicas capilares. A 
proposta do profissional empregado do 
estabelecimento foi a aplicação de determinado 
produto que acabara de chegar ao mercado, da 
marca mundialmente conhecida Ops, que 
promovia uma amostragem inaugural do produto 
em questão no próprio Estúdio Max. Eloá ficou 
satisfeita com o resultado da aplicação pelo 
profissional no estabelecimento, mas, nos dias 
que se seguiram, observou a queda e a quebra 
de muitos fios de cabelo, o que foi aumentando 
progressivamente. Retornando ao Estúdio, o 
funcionário que a havia atendido informou-lhe 
que poderia ter ocorrido reação química com 
outro produto utilizado por Eloá anteriormente 
ao tratamento, levando aos efeitos descritos 
pela consumidora, embora o produto da marca 
Ops não apontasse contraindicações. Eloá 
procurou você como advogado(a), narrando 
essa situação. Neste caso, assinale a opção 
que apresenta sua orientação. 
A) Há evidente fato do serviço executado pelo 
profissional, cabendo ao Estúdio Max e ao 
fabricante do produto da marca Ops, em 
responsabilidade solidária, responderem pelos 
danos suportados pela consumidora. 
B) Há evidente fato do produto; por esse motivo, 
a ação judicial poderá ser proposta apenas em 
face da fabricante do produto da marca Ops, 
não havendo responsabilidade solidária do 
comerciante Estúdio Max. 
C) Há evidente fato do serviço, o que vincula a 
responsabilidade civil subjetiva exclusiva do 
profissional que sugeriu e aplicou o produto, 
com base na teoria do risco da atividade, 
excluindo-se a responsabilidade do Estúdio 
Max. 
D) Há evidente vício do produto, sendo a 
responsabilidade objetiva decorrente do 
acidente de consumo atribuída ao fabricante do 
produto da marca Ops e, em caráter subsidiário, 
ao Estúdio Max e ao profissional , e não do 
profissional que aplicou o produto. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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48) X EXAME- Elisabeth e Marcos, desejando 
passar a lua-de-mel em Paris, adquiriram junto à 
Operadora de Viagens e Turismo “X” um pacote 
de viagem, composto de passagens aéreas de 
ida e volta, hospedagem por sete noites, e 
seguro saúde e acidentes pessoais, este último 
prestado pela seguradora “Y”. Após chegar à 
cidade, Elisabeth sofreu os efeitos de uma 
gastrite severa e Marcos entrou em contato com 
a operadora de viagens a fim de que o seguro 
fosse acionado, sendo informado que não havia 
médico credenciado naquela localidade. O casal 
procurou um hospital, que manteve Elisabeth 
internada por 24 horas, e retornou ao Brasil no 
terceiro dia de estada em Paris, tudo às suas 
expensas. 
Partindo da hipótese apresentada, assinale a 
afirmativa correta. 
 a) O casal poderá acionar judicialmente a 
operadora de turismo, mesmo que a falha do 
serviço tenha sido da seguradora, em razão da 
responsabilidade solidária aplicável ao caso. 
 b) O casal somente poderá acionar 
judicialmente a seguradora Y, já que a 
operadora de turismo responderia por falhas na 
organização da viagem, e não pelo seguro 
porque esse foi realizado por outra empresa. 
 c) O casal terá que acionar judicialmente a 
operadora de turismo e a seguradora 
simultaneamente por se tratar da hipótese de 
litisconsórcio necessário e unitário, sob pena de 
insurgir em carência da ação. 
 d) O casal não poderá acionar judicialmente a 
operadora de turismo já que havia liberdade de 
contratar o seguro saúde viagem com outra 
seguradora e, portanto, não se tratando de 
venda casada, não há responsabilidade 
solidária na hipótese. 
 
49) VIII EXAME- Determinado consumidor, ao 
mastigar uma fatia de pão com geleia, 
encontrou um elemento rígido, o que lhe 
causou intenso desconforto e a quebra parcial 
de um dos dentes. Em razão do fato, 
ingressou com medida judicial em face do 
mercado que vendeu a geleia, a fim de ser 
reparado. No curso do processo, a perícia 
constatou que o elemento encontrado era uma 
pequena porção de açúcar cristalizado, não 
oferecendo risco à saúde do autor. 
Diante desta narrativa, assinale a afirmativa 
correta. 
 a) O fabricante e o fornecedor do serviço 
devem ser excluídos de responsabilidade, 
visto que o material não ofereceu qualquer 
risco à integridade física do consumidor, não 
merecendo reparação. 
 b) O elemento rígido não característico do 
produto, ainda que não o tornasse impróprio 
para o consumo, violou padrões de 
segurança, já que houve dano comprovado 
pelo consumidor. 
 c) A responsabilidade do fornecedor depende 
de apuração de culpa e, portanto, não tendo o 
comerciante agido de modo a causar 
voluntariamente o evento, não deve 
responder pelo resultado. 
 d) O comerciante não deve ser condenado e 
sequer caberia qualquer medida contra o 
fabricante, posto que não há fato ou vício do 
produto, motivo pelo qual não deve ser 
responsabilizado pelo alegado defeito. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
28 
 
50) XXVI EXAME - Dora levou seu cavalo de 
raça para banho, escovação e cuidados 
específicos nos cascos, a ser realizado pelos 
profissionais da Hípica X. Algumas horas depois 
de o animal ter sido deixado no local, a 
fornecedora do serviço entrou em contato com 
Dora para informar-lhe que, durante o 
tratamento, o cavalo apresentou sinais de 
doença cardíaca. Já era sabido por Dora que os 
equipamentos utilizados poderiam causar 
estresse no animal. Foi chamado o médico 
veterinário da própria Hípica X, mas o cavalo 
faleceu no dia seguinte. Dora, que conhecia a 
pré-existência da doença do animal, ingressou 
com ação judicial em face da Hípica X 
pleiteando reparação pelos danos morais 
suportados, em decorrência do ocorrido durante 
o tratamento de higiene. Nesse caso, à luz do 
Código de Defesa do Consumidor (CDC), é 
correto afirmar que a Hípica X 
A) não poderá ser responsabilizada se provar 
que a conduta no procedimento de higiene foi 
adequada, seguindo padrões fixados pelos 
órgão competentes, e que a doença do animal 
que o levou a óbito era pré-existente ao 
procedimento de higienização do animal. 
B) poderá ser responsabilizada em razão de o 
evento deflagrador da identificação da doença 
do animal ter ocorrido durante a sua 
higienização, ainda que se comprove ser pré-
existente a doença e que tenham sido seguidos

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