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Mecanismos de propagação de superbactérias

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Superbactérias – 05.04.21
Mecanismos de propagação de superbactérias:
Pressão seletiva causada pelo uso indiscriminado em diversas esferas.
Dependendo do princípio que determinada indústria esteja trabalhando, se ela não toma o devido cuidado de como fará o tratamento dos efluentes da produção daquele componente, serão lançados princípios ativos de antimicrobianos no meio ambiente. Então, ocorre pressão seletiva naquele ambiente.
Efluentes – produtos gerados na produção (no caso, do antimicrobiano).
Os antimicrobianos são utilizados em animais de produção como fator de crescimento, incremento da conversão alimentar (animal come e ganha mais peso num tempo menor), profilático de forma preventiva – subdoses da dose terapêutica. 
Cerca de 70% dos antimicrobianos são utilizados na produção animal.
Os antimicrobianos tem suas formas de atuação - síntese da parede celular, inibição de síntese proteica e ácidos nucleicos, inibição do metabolismo do ácido fólico, danos à membrana citoplasmática.
As bactérias selecionadas pela pressão de seleção positiva possuem mecanismos de resistência aos antimicrobianos – alteração da permeabilidade, alteração do sítio de ação, bomba de efluxo e mecanismo enzimático.
As bactérias podem, então, transferir esses genes de resistência através dos mecanismos de variabilidade genética – transformação, transdução e conjugação, que é o mais rápido e importante quando a resistência está na forma de plasmídeos.
Se a resistência for cromossomal, será transferida através da multiplicação e formação das células filhas.
A lista de prioridades das superbactérias, apresentada pela OMS, contem 12 famílias de bactérias que foram classificadas em 3 categorias por conta da sua resistência antimicrobiana: prioridade média, prioridade alta e prioridade crítica.
Conforme vai aumentando a prioridade, menores as opções terapêuticas disponíveis.
Na prioridade média ainda existem opções terapêuticas que podem ser utilizadas, no entanto, um dos principais antimicrobianos não é eficaz contra aquela bactéria.
Na prioridade alta, a resistência é maior.
Se a bactéria é resistente à meticilina (MRSA), ela é resistente a todos os beta-lactâmicos, que é a classe de antimicrobianos mais amplamente utilizada.
A vancomicina (glicopeptídeo) é escolhida como terapia em caso de resistência aos beta-lactâmicos.
Prioridade crítica:
ESBL - enzima capaz de degradar os beta-lactâmicos de amplo espectro – cefalosporinas de 4ª ou 5ª geração, que são a última escolha no tratamento que produzem beta-lactamase normal.
O carbapenem é um beta-lactâmico que é uma das últimas opções depois das cefalosporinas.
O problema de utilizar uma polimixina que atua sobre membrana é poder causar efeitos colaterais (neurotóxicos, nefrotóxicos...)
A resistência bacteriana é algo dinâmico que elas compartilham entre si.
Não podemos utilizar de forma indiscriminada as bases de última alternativa como primeira opção na escolha do antimicrobiano.
Acesse: lista de antimicrobianos acompanhada de porque e quando devem ser utilizados como primeira e segunda escolhas.
Observe: após de tentar uma primeira opção e não surtir efeito, pensar de forma embasada em antimicrobianos desse grupo.
Reserve: opção de escolha para superbactérias, último recurso.

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