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Métodos de diagnóstico (resumo)

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– ODONTOLOGIA UNINASSAU RN - @respirando_odonto 
 
 
 
 
 
 
 
Diagnóstico completo: 
• Anamnese; 
• Exame físico; 
• Exames complementares. 
A DTM envolve uma série de fatores, por isso é necessário unir 
todos os dados possíveis, para que se possa chegar a um 
diagnóstico. A anamnese e o exame físico são imprescindíveis para 
estabelecer um diagnóstico. 
Sinais e sintomas: 
• Sinais: alteração clínica visível, que pode ser inspecionada 
visualmente de maneira objetiva; 
• Sintomas: condição relatada pelo paciente, subjetiva, não 
visível. O diagnóstico da DTM é fundamentalmente 
baseado nos sintomas. 
O diagnóstico pode ser dificultado porque nem toda disfunção gera 
dor e a dor é subjetiva, depende de diversos fatores e etiologia 
variável. 
• Nem todo paciente com DTM procura ou precisa de 
tratamento. Exemplo: pacientes que sofreram 
deslocamento do disco, mas se adaptaram e continuam 
vivendo com o disco dessa forma, sem sentir dor. 
Ordem de importância: 
Existe uma ordem de importância no processo de diagnóstico, e é 
necessário organizar as ideias e registros. Será muito importante 
para definir o diagnóstico do paciente e decisão de tratamento 
adequeado. Também será importante para manter o 
acompanhamento do tratamento do paciente. 
1. Anamnese; 
2. Exame físico; 
3. Exames complementares. 
Os exames complementares não são tão fundamentais quanto a 
anamnese e exame físico, pois a partir dele podem ser 
constestado falsos positivos/ falsos negativos. É necessário 
averiguar detalhadamente os pacientes, individualmente. 
 
 
 
 
 
 
 
Anamnese: 
• História médica geral – saúde geral; 
• Queixa principal: 
▪ Início; 
▪ Localização da dor; 
▪ Horário de apresentação da dor; 
▪ Qualidade da dor; 
▪ Intensidade/frequência/duração da dor; 
▪ Fatores agravantes e atenuantes; 
▪ Tratamentos passados; 
▪ Relação com outras queixas. 
• Fatores contribuintes. 
• Informar sobre doenças sistêmicas que possam estar 
(relacionadas à DTM (artrite sistêmica); 
• Medicamentos de uso contínuo (posologia, tempo de 
administrção, princípio químico e efeitos colaterais) que 
podem ser antagônicos aos medicamentos a serem 
ministrados ou que exacerbem os sinais e sintomas de 
DTM; 
• Alergias a medicamentos também deve ser verificado. 
O que mais importa não é perguntar, mas como perguntar! É 
necessário colher informações que caracterizem a queixa principal 
do paciente, através da anamnese. 
Conhecendo a dor do paciente: 
• Início da dor: 
▪ Mais de 3 meses: dor crônica – já deve haver 
uma alteração nos fatores químicos que 
induzem a percepção de dor; 
▪ Menos de 3 meses: investigar causas locais. 
 
Métodos de diagnóstico: 
 – ODONTOLOGIA UNINASSAU RN - @respirando_odonto 
 
• Localização: nem sempre é fácil identificar. O paciente 
pode achar que a dor está em local, quando na verdade 
está em outro. 
• Horário: indicam fatores contribuintes. Exemplo: ao 
acordar (apertamento norturno). Final do dia (estresse, 
baixa ingestão de água, postura de trabalho, etc). 
• Qualidade: 
▪ Pulsátil e estimulante; 
▪ Pressão e depressiva; 
▪ Choque, 
▪ Queimação. 
Escala visual analógica: 
1. Intensidade (0 a 10), 
3 momentos devem ser marcados nesse escala: 
• A intensidade da dor no presente momento; 
• A intensidade da dor no pior dia do último mês; 
• A média da intensidade das dores sentidas no último mês. 
 
 
 
 
 
2. Frequência (quantas vezes por semana); 
3. Duração (quantas horas). 
Esses dados ajudarão a descobrir o tipo de dor e a sua origem. 
• Fatores agravantes/atenuantes (o que atenua ou agrava 
a dor – luz, mascar chicletes, som, odores.....). Quando a 
dor piora com a função, geralmente é 
músculoesquelética, quando piora com a luz/som/odor, 
geralmente é neurovascular. 
• Tratamentos passados: conhecer sobre terapias já 
empregadas e seu sucesso/insucesso. 
• Também é importante conhecer os hábitos do paciente 
que podem interferir na dor e aconselhá-lo, 
determinando o que pode ser mantido e o que não pode. 
• Outras queixas: referência a dores em outros locais que 
podem estar associados ou não. 
Fatores contribuintes: 
• Qualidade do sono; 
• Ingestão de água; 
• Consumo de cafeína; 
• Prática de exercício físico; 
 
• Posturas de trabalho; 
• Estresse profissional; 
• Ansiedade/depressão; 
• Quantidade de refeições; 
Exame físico: 
Segunda parte mais importante. 
• Exame muscular; 
• Avaliação das ATM e movimentos mandibulares; 
• Exame intraoral. 
É muito importante e precisa ser padronizada (seguindo sempre a 
mesma sequência, da mesma forma, na mesma posição e com a 
mesma pressão). Pois, depois de algum tempo de tratamento, será 
necessário fazer um comparativo e apalpar o paciente novamente. 
• Algômetro de pressão: aparelho para medir a pressão. A 
pressão deve ser de aproximadamente 1,5 kg (músculos 
da mastigação). 
• Essa pressão deve ser exercida bilateralmente de 1 a 2 
segundos. 
• Alguns músculos são apalpados diretamente, outros são 
testados através da função. 
▪ Temporal e Masseter – palpação direta. 
Durante a palpação: 
1. A dor está sendo sentida apenas no local palpado ou em 
outro local também ? (se sentir em outro local também, 
pode ser dor referida); 
2. Essa dor reproduz a da queixa relatada? 
Teste de palpação: 
• Escore 0 – ausência de sintomatologia. 
• Escore 1 – Relato de desconforto, sensibilidade, sem 
reação comportamental. 
• Escore 2 – Manifestação de comportamento de dor, 
com uso de expressões faciais, franzimento da testa ou 
compressão dos olhos. 
• Escore 3 – Manifestação de comportamento de dor, 
com esquiva do paciente e muitas vezes, lacrimejamento 
dos olhos. 
 
 
 
 – ODONTOLOGIA UNINASSAU RN - @respirando_odonto 
 
Sequência de palpação: 
Esses com palpação direta: 
1. Temporal; 
2. Masseter; 
Esses com estimulação (palpação indireta): 
3. Pterigoideo medial; 
4. Pterigoideo Lateral; 
5. Músculo digástrico; 
6. Músculo esternocleidomastoideo; 
7. Músculo trapézio; 
8. Músculos cervicais posteriores; 
9. Músculo occiptofrontal. 
Todos os músculos da porção cervical, é palpação direta. 
O exame consiste em 3 partes: 
• Avaliação da amplitude do movimento de abertura bucal; 
• Trajeto mandibular durante a abertura; 
• Avaliação das ATM. 
Amplitude: 
1. Medida realizada entre as bordas incisais dos incisivos + 
o trespasse vertical (normal: > 40 mm). Pedir para o 
paciente abrir a boca ao máximo. 
▪ Medidas inferiores a 40 mm podem indicar 
disfunção muscular ou articular; 
▪ Valores exagerados também são indicativos de 
desordens articulares. 
 
 
 
 
 
 
 
2. Quando o paciente tem dificuldade de abertura (limitação 
de abertura bucal ativa) – realizar amplitude do 
movimento (abertura passiva). 
▪ Aumento da abertura em mais de 3 mm – 
origem muscular; 
▪ Restrição rígida, sem aumento de abertura – 
origem articular. 
Uma das principais razões dessa limitação de 
abertura, é o deslocamento anterior de disco sem 
redução – sem a recaptura do disco na abertura. 
(nesses casos, o paciente não consegue realizar 
nem a abertura passiva). 
 
 
 
 
 
 
3. Medida realizada entre as linhas medias ou linha media 
superior e a sua projeção no arco inferior (normal: > 7 
mm) -> amplitude do movimento (lateralidade). 
▪ Valores inferiores a 7 mm podem indicar 
disfunção muscular ou articular. 
 
 
 
 
 
4. Medida realizada entre as incisais dos incisivos superior 
e inferior + “overjet” (normal: > 8mm) -> amplitude do 
movimento (protrusiva). 
▪ Valores inferiores a 8 mm podem indicar 
disfunção muscular ou articular. 
 
 
 
 
 
 
Trajetória: 
• Deflexão: incoordenação côndilo/disco: deslocamento 
sem redução (um dos discos está deslocado e o outro 
está normal). Termina a abertura desalinhado. 
 
 
 – ODONTOLOGIA UNINASSAU RN - @respirando_odonto 
 
 
 
 
 
 
 
• Desvio: Incoordenação côndilo/disco: deslocamento com 
redução (deslocamento de disco) – terminaa abertura 
alinhado. 
 
 
 
 
 
 
Avaliação das ATM: 
1. Palpação: com uma pressão menor, mais ou menos 1 kg. 
▪ Localizar o côndilo e pressionar – presença de 
dor: inflamação intra-articular (capsulite; 
sinovite). 
▪ Pressionar região atrás do côndilo – palpação 
retrodiscal – avaliação da inflamação dos 
tecidos retrodiscais. 
2. Auscultação: 
 
 
 
 
 
Estalido não necessariamente precisa de tratamento. 
Antigamente, havia a indicação para colocação de um aparelho 
que avançava a mandíbula, na tentativa de recapturar o disco. 
Acreditava-se que era possível recuperar o disco com até 6 
meses. Atualmente, isso não é efetivo. No momento de uso do 
aparelho, até recupera, mas depois o disco retorna, por conta 
do afrouxamento dos tecidos retrodiscais. Então, uma hora ou 
outra esse disco irá descolar novamente. 
 
 
 
Esse estalido tende a melhorar com o tempo, conforme a 
articulação envelhece, o estalido vai diminuindo. 
Teste de carga e bloqueio diagnóstico: 
▪ O bloqueio diagnóstico pode ser feito quando ainda 
há dúvidas quanto a origem da dor. Pode ser aplicada 
uma anestesia (anestésico sem vasoconstritor) em 
pequena quantidade, só para perceber se aquela 
dor aliviou ou não. 
 
 
 
 
 
 
 
 
▪ Teste de carga: com um palito de sorvete, pedir 
para o paciente morder bem forte de apenas um 
lado e observar se sente dor na articulação do outro 
lado. 
 
 
 
 
 
• Exame dentário (cárie, periodontites, restaurações 
fraturadas, facetas de desgastes etc.). 
• Exame oclusal (más oclusões, interferências oclusais, 
excursões mandibulares). 
• Exames complementares: radiografias comuns, 
tomografia computadorizada de feixe cônico e 
ressonância magnética (são pedidos quando é necessário 
fazer algum diagnóstico diferencial). 
Antes da solicitação de um exame complementar deve-se analisar 
qual a real necessidade e o que exatamente se pretende verificar. 
A anamnese e o exame físico devem ser soberanos! 
 
 – ODONTOLOGIA UNINASSAU RN - @respirando_odonto 
 
Exames complementares: 
• Radiografia panorâmica; 
Um achado radiográfico sozinho, sem sintomatologia e achados no 
exame físico pode ter pouco significado. Entretanto, pode sugerir 
uma investigação direcionada. 
• Planigrafia – exame mais específico para a ATM. A 
avaliação em abertura máxima elimina sobreposições 
quando comparada com a panorâmica. Informações úteis: 
alteração morfológica, espaços articulares, 
fraturas/anquilose. 
• Tomografia computadorizada de feixe cônico: útil para 
avaliar processos degenerativos sutis, não observáveis 
nas radiografias panorâmica e planigrafia. Vantagem de 
ter uma imagem mais fidedigna e nítida da articulação e 
cabeça da mandíbula (falsos negativos). Tornou-se padrão 
ouro para detectar alterações iniciais de processos 
degenerativos, fraturas, anquilose e condições 
morfológicas como hiperplasia condilar além de tumores. 
• Ressonância magnética: mostra melhor os tecidos moles, 
mais utilizado para avaliar o disco articular 
(principalmente) e os tecidos retrodiscais – como exame 
complementar no diagnóstico de DTM. Tornou-se padrão 
ouro para visualização de tecidos moles e infiltrado 
inflamatório da ATM. Através de cortes sagitais e 
coronais, tem-se a possibilidade de evidenciar o 
deslocamento do disco articular e para onde se deslocou. 
Perfis psicológicos dos pacientes: 
Além de todo fator biológico, os fatores psicológicos 
(comportamentos, cognições, emoções) influenciam, interferem e 
até alteram a percepção e a vulnerabilidade em vivenciar a dor. 
▪ Hipervigilância – paciente em estado de atenção, 
sensibilidade e alerta do seu ambiente. Estado alerta 
a qualquer perigo oculto. No entanto, muitas vezes 
esses perigos não são reais; 
▪ Catastrofização – distorção da realidade, 
pensamento pessimista e negativo em relação a 
uma situação que aconteceu ou vai acontecer, sem 
considerar outros possíveis desfechos. 
 
Referências: 
Aula teórica de Dor Orofacial. Faculdade Maurício de 
Nassau, Odontologia, 2021.

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