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POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS PROCESSO 2.09.00 OCORRÊNCIA DE VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E/OU DESCUMPRIMENTO DE MEDIDAS PROTETIVAS PROFESSOR EDUARDO GALANTE AULA I NÃO VÁ PARA A PROVA SEM SABER: DICAS TOPS! PROCESSO 2.09.00 OCORRÊNCIA DE VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E/OU DESCUMPRIMENTO DE MEDIDAS PROTETIVAS ETAPAS - Atendimento de ocorrência de violência doméstica e / ou descumprimento de medidas protetivas. 1. AÇÃO DO POLICIAL MILITAR PARA PRESERVAR O LOCAL DE CRIME - 01) ATIVIDADES CRÍTICAS ▪ Identificação de que se trata realmente de descumprimento de Medida Protetiva. - 02) SEQUÊNCIA DE AÇÕES ▪ Identificar se a ocorrência foi gerada por meio de Aplicativo de Emergência Medidas Protetivas ou por intermédio de contato telefônico (190). ▪ Localizar o solicitante, a fim de prioritariamente resguardar a integridade física dele. ▪ Se houver necessidade, socorrer imediatamente a vítima a um estabelecimento de saúde ou acionar uma Unidade de Resgate (UR), para cuidados médicos, conforme o caso. ▪ Em contato com o solicitante, buscar informações que possam contribuir para o esclarecimento dos fatos e, se for o caso, transmitir os dados obtidos por meio da rede de rádio. ▪ Localizar o suspeito, realizar abordagem e busca pessoal, conforme previsto no POP 1.01.05 - Abordagem de pessoa(s) a pé e POP 1.01.06 - Busca Pessoal. ▪ Posicionar-se de modo a não perder vigilância sobre as mãos e cintura do(s) abordado(s), bem como imediações do local. ▪ Confirmar se é caso de descumprimento de medida protetiva, pedindo ao solicitante o documento comprobatório da existência da determinação judicial. ▪ Constatado o cometimento de alguma infração penal, conduzir infrator(es) para a Área de Segurança, preferencialmente fora do local onde se encontra(m), para minimizar eventual reação ofensiva; ▪ Havendo necessidade de utilizar algemas, adotar as ações previstas no POP - Ato de algemamento; ▪ Qualificar infrator(es) e vítima(s), arrolar testemunha(s) e, em seguida, pesquisar antecedente(s) criminal(is); ▪ Conduzir as partes à Delegacia da Polícia Civil, para o respectivo registro. ▪ Elaborar o registro por meio do Boletim de Ocorrência Eletrônico (BOe) ou, na ausência de funcionamento deste último, confeccionar o Formulário PM O-58. ▪ Se o solicitante não possuir o Aplicativo, orientá-lo a instalar (baixar) no aparelho de telefonia celular (smartphone), caso tenha a referida ordem judicial decretada. ▪ Se o suspeito/infrator não for localizado, proceder conforme previsto nos itens “12” e “13” deste POP e orientar o solicitante quanto à possibilidade também de acionamento da Polícia Militar por telefone (190). ▪ Sempre orientar o solicitante no tocante aos direitos conferidos pela Lei N.º 11.340, de 07AGO06 (Lei Maria da Penha). - 03) RESULTADOS ESPERADOS ▪ Que a integridade física e psicológica da(s) vítima(s) seja(m) preservada(s). ▪ Que o autor do crime de descumprimento de medida protetiva seja conduzido à Delegacia de Polícia (DP). ▪ Que os fatos sejam devidamente registrados pelas autoridades competentes, principalmente, os pertinentes à Polícia Militar (BO e/ou Formulário PM O-58). - 04) AÇÕES CORRETIVAS ▪ Nos casos de acionamento da Polícia Militar, por meio do telefone (190), consultar o COPOM, a fim de que seja verificada a existência e/ou validade da ordem judicial concessiva de medida protetiva, invocada pela solicitante/vítima. - 05) POSSIBILIDADES DE ERRO ▪ Deixar de socorrer a vítima para um estabelecimento de saúde ou deixar de acionar a Unidade de Resgate. ▪ Deixar de conduzir as partes à DP, se for caso de descumprimento de medida protetiva. ▪ Conduzir o suspeito à DP, em razão de descumprimento de medida protetiva expirada ou revogada. - 06) ESCLARECIMENTOS 1. Medidas Protetivas: são medidas de assistência e proteção às pessoas em situação de violência doméstica. 2. Aplicativo de Emergência Medidas Protetivas: aplicativo desenvolvido pela Polícia Militar do Estado de São Paulo para o atendimento de emergência das pessoas que possuem Medidas Protetivas concedidas pelo Poder Judiciário do Estado de São Paulo. 3. Área de Segurança: é o local mediato onde os policiais militares estão mais protegidos de riscos e posicionados a uma distância segura em relação ao suposto agressor, com ampla visibilidade, de modo a possibilitar intervenções coordenadas, nas situações de não-conformidade operacional. 4. Crime de Descumprimento de Medidas Protetivas de Urgência: é a conduta prevista na Lei N.º 13.641, de 03ABR18, que torna crime o descumprimento de decisão judicial que defere medidas protetivas de urgência previstas na Lei N.º 11.340, de 07AGO06 (Lei Maria da Penha). NÃO VÁ PARA A PROVA SEM SABER: DICAS TOPS! PROCESSO 3.02.00 OCORRÊNCIA ENVOLVENDO AUTORIDADES ETAPAS - Atendimento de ocorrência envolvendo autoridades com imunidade diplomática ou parlamentar. - Atendimento de ocorrência envolvendo Magistrados e Membros do Ministério Público. 1. ATENDIMENTO DE OCORRÊNCIA ENVOLVENDO AUTORIDADES COM IMUNIDADE DIPLOMÁTICA OU PARLAMENTAR - 01) ATIVIDADES CRÍTICAS ▪ Determinação do nível funcional da autoridade envolvida na ocorrência. ▪ Adequação do procedimento ao nível funcional da autoridade. ▪ Fornecer informação jornalística devidamente autorizada, preservando, porém a imagem institucional, sem exteriorizar juízo de valor sobre os atos da autoridade. - 02) SEQUÊNCIA DE AÇÕES ▪ Conhecer a natureza da ocorrência. ▪ Impedir a continuação do cometimento do crime. ▪ Identificar se há vítimas e providenciar, por meio do acionamento imediato do SAMU, serviço local de emergência ou Unidade de Resgate (UR) do Corpo de Bombeiros, o pronto e imediato socorro das vítimas; na ausência dos meios indicados, o socorro poderá ser providenciado pelos policiais militares. ▪ Solicitar que a autoridade se identifique, preferencialmente, por documento de conhecimento público, como passaporte, RG, CPF, CNH. ▪ Constatar o nível funcional da autoridade e agir de acordo com o previsto para os diferentes graus de imunidade e prerrogativas funcionais. ▪ Avaliar a condição da autoridade na ocorrência, ou seja, se vítima, testemunha ou autora do fato motivador da ação policial. ▪ Se a autoridade configurar como AUTOR do delito, os policiais deverão: - cientificar o COPOM/CAD e transmitir as informações referentes ao envolvimento da autoridade na ocorrência. - solicitar a presença do Oficial de serviço, informando-o a respeito da situação da autoridade. ▪ para autoridades com imunidade diplomática, também chamada de imunidade absoluta (ver campo esclarecimentos): - qualificar a autoridade, anotando inclusive, função e país que representa; - liberar a autoridade, pois estas autoridades não podem ser detidas ou presas, nemmesmo em flagrante delito; ▪ apreender objeto(s) relacionado(s) ao corpo de delito, quando houver; ▪ qualificar vítima(s) e testemunha(s), quando houver; ▪ conduzir testemunha(s), eventuais objetos apreendidos e a(s) vítima(s) à Delegacia de Polícia, Civil ou Federal, dependendo da natureza da infração penal, para o registro dos fatos. para autoridades com imunidade parlamentar, também chamada de imunidade relativa. ▪ COPOM/CAD: se crime afiançável: liberar a autoridade; - se crime inafiançável: conduzir a autoridade parlamentar à Delegacia de Polícia, Civil ou Federal, dependendo da natureza da infração penal, para o registro dos fatos. apreender objeto(s) relacionado(s) ao corpo de delito, quando houver; - qualificar vítima(s) e testemunha(s), quando houver; ▪ Encerrar a ocorrência junto ao COPOM/CAD. ▪ Elaborar BOPM. ▪ Nos casos em que houver cometimento de infração de trânsito envolvendo veículo oficial de autoridade com imunidade diplomática, o policial não poderá aplicar as medidas administrativas e penalidades previstas no CTB. ▪ Providenciar documentação apartada relatando o ocorrido, que será encaminhada pelo Oficial de serviço, via administração, aos órgãos pertinentes. ▪ Todo profissionalde mídia que solicitar informações sobre os fatos, deverá ser orientado a buscar informações diretamente com a Sala de Imprensa da PMESP. - 03) RESULTADOS ESPERADOS ▪ Atendimento compatível com as prerrogativas funcionais da autoridade, de acordo com a lei. ▪ Atendimento da ocorrência pautado pelo respeito e isenção de ânimo. ▪ Ciência ao Oficial de serviço, para que saiba, o mais breve possível, do envolvimento das autoridades descritas, na ocorrência. ▪ Que a imprensa tome conhecimento da ocorrência, oficialmente, por meio da Sala de Imprensa. - 04) AÇÕES CORRETIVAS ▪ Se a autoridade apresentar documento que não seja de conhecimento público ou não portar documento no momento da abordagem, solicitar ao COPOM/CAD que auxilie na constatação da identidade. ▪ Se a autoridade investida de imunidade diplomática, em situação de testemunha ou vítima, se recusar prestar depoimento, o policial militar deverá somente constar o fato em documento apartado. ▪ Se a autoridade estiver agressiva (causando perigo iminente a sua própria integridade física ou de outrem), o policial deverá utilizar meios e métodos de contenção. ▪ Caso a ocorrência, por sua natureza, tenha sido apresentada na Delegacia de Polícia Federal, cientificar o fato à delegacia de Polícia Civil da jurisdição. ▪ As causas, circunstâncias, efeitos, consequências, detalhes ou mesmo divulgação de fatos de qualquer natureza, face à necessidade de intervenção da Polícia Militar, envolvendo autoridades com imunidade diplomática ou parlamentar, objeto de pedido de informação por profissional da mídia, deverá ser divulgado apenas pela Sala de Imprensa da PMESP, que funciona 24hs ininterruptas. - 05) POSSIBILIDADES DE ERRO ▪ Não determinar o nível funcional da autoridade envolvida na ocorrência. ▪ A autoridade investida de imunidade diplomática, ser obrigada pelo policial militar a prestar depoimento como testemunha. ▪ Comportamento do policial militar incompatível com as normas referentes ao tipo de imunidade que a autoridade é investida. ▪ Desconsiderar a imunidade que a autoridade está sujeita. ▪ Falta de atitude respeitosa e isenta de ânimo no atendimento da ocorrência. ▪ O policial militar prestar informações sobre a ocorrência, ao profissional da mídia, declarando detalhes sobre do fato e opinião pessoal. - 06) ESCLARECIMENTOS Graus de imunidades e prerrogativas funcionais de autoridades: Imunidade funcional significa inviolabilidade, isenção de certas pessoas em vista do cargo ou função que ocupam ou exercem. Há dois tipos de imunidades: - Imunidade diplomática (absoluta): não podem ser presas, nem mesmo em flagrante delito de crimes inafiançáveis. “O VERDADEIRO HERÓI É AQUELE QUE FAZ O QUE PODE. OS OUTROS NÃO O FAZEM”. ROMAIN ROLLAND
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