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Instruções Continuadas de Comando - ICC

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POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO
CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS
INSTRUÇÕES CONTINUADAS DE COMANDO (ICC): Nº 191, 193, 197, 201, 
203, 209, 218, 220, 222, 225, 226, 227, 230, 234, 239 240, 244, 247, 248, 
250, 254. 
PROFESSOR EDUARDO GALANTE
AULA I
NÃO VÁ PARA A PROVA SEM SABER: DICAS TOPS!
INSTRUÇÕES CONTINUADAS DE COMANDO (ICC): Nº 191, 193, 197, 201, 203,
209, 218, 220, 222, 225, 226, 227, 230, 234, 239 240, 244, 247, 248, 250, 254. 
INSTRUÇÃO CONTINUADA DO COMANDO ICC Nº 191
ASSUNTO A SER LIDO:
- Esta instrução tem a intenção de ampliar o sentimento e tato para o delicado momento em
que o policial que se deparar com uma vítima de violência sexual.
- Estupro, é crime previsto no Art. 213 do Código Penal
- Constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, a ter conjunção carnal
ou a praticar ou permitir que com ele se pratique outro ato libidinoso:
Até 2009, o crime era constranger mulher, entendendo que o homem figurava
como sujeito ativo da relação.
Agora, com a atual legislação, quando traz a expressão constranger alguém,
entendemos que tanto homem como mulher pode figurar como sujeito ativo e
passivo na relação.
- Lembre-se de alguns Pontos importantes a fim de preservar a dignidade da vítima
como:
- atender a vítima sem posicionamentos pessoais;
- compreender que esse crime abrange pessoas que exercem a prostituição
masculina e feminina;
- evitar constrangimentos à vitima com olhares, gestos e até mesmo o tom de voz.
Evitar inclusive que outras pessoas o façam;
- perceber que a comunicação e o diálogo poderão ficar comprometidos, caso a
vítima esteja em estado de choque;
- Entender que a vítima poderá, por vergonha, não querer expor detalhes da
situação vivenciada, tampouco registrar a ocorrência. Neste caso informar sobre a
importância do registro e do curto período de tempo para a coleta de provas.
- Preservar eventuais provas do crime como local, roupas e pertences pessoais da
vítima;
- Esclarecer à vítima que ela poderá ser conduzida para elaboração do Exame de
Corpo de Delito;
- Orientar a vítima que o atendimento médico, psicológico e social são gratuitos em
toda rede do SUS, onde um profissional de saúde lhe ministrará medidas
profiláticas contra a gravidez e Doenças Sexualmente Transmissíveis – DST Caso da
vítima não desejar prosseguir com a ocorrência.
- Se não envolver menores e vulneráveis, registrar os dados em BO/PM, incluindo
todas as orientações fornecidas.
- A recusa da vítima se dirigir ao DP e outros dados que possam subsidiar futuros
questionamentos.
INSTRUÇÃO CONTINUADA DO COMANDO ICC Nº 193
TEMA: “OCORRÊNCIA POLICIAL COM A PARTICIPAÇÃO DE ADVOGADO.”
- 01) ASSUNTO A SER LIDO
▪ Orientação ao policial a pautar suas ações no estrito cumprimento das leis,
normas e regulamentos.
▪ Para minimizar inconformidades nas intervenções policiais, ficar atento às
medidas a serem adotadas quando houver a participação de advogados em
ocorrências.
▪ A Constituição Federal prevê o advogado como indispensável à administração da
justiça, sendo inviolável por seus atos e manifestações no exercício de sua
profissão, no limite da lei.
- Art. 133 da Constituição Federal: O advogado é indispensável à administração da
justiça, sendo inviolável por seus atos e manifestações no exercício da profissão,
nos limites da lei.
- Estatuto da OAB – Lei 8906/94 - Art. 7º São direitos do advogado: III -
comunicar-se com seus clientes, pessoal e reservadamente, mesmo sem
procuração, quando estes se acharem presos, detidos ou recolhidos em
estabelecimentos civis ou militares, ainda que considerados incomunicáveis.
- 02) LEMBRE-SE
▪ Sempre exigir a apresentação da OAB quando alguém se apresentar como
advogado;
▪ O detido deverá constituir o advogado como seu defensor;
▪ O advogado não tem prerrogativa para adentrar ao local de crime que esteja
sendo preservado;
▪ O advogado tem o direito de se comunicar com seu cliente em viatura policial;
▪ Em estabelecimentos civis ou militares, o advogado goza de plenos direitos de
comunicação com seus clientes;
DELITOS OU CRIMES PRATICADOS POR ADVOGADOS
▪ No exercício da profissão – o advogado tem o direito a um representante da
OAB, quando preso em flagrante por motivo ligado a advocacia;
▪ Fora do exercício da profissão – neste caso responde pelos seus atos como
qualquer pessoa, porém a OAB ou sua seccional deverá ser comunicada
expressamente através do envio do APFD pela autoridade policial.
▪ Excesso na conduta do advogado – Deverão ser comunicados à seção de ética
profissional da OAB.
- 03) IMPORTANTE
▪ Sempre dispensar tratamento formal, educado e respeitoso quando estiverem
no exercício de suas funções;
▪ O advogado, no exercício da função pode cometer o crime de desacato, mas não
injuria ou difamação, pois possui imunidade profissional para o caso específico
em que esteja advogando, podendo responder por excessos perante a OAB.
INSTRUÇÃO CONTINUADA DO COMANDO ICC Nº 197
TEMA: “GRUPOS VULNERÁVEIS : MORADORES DE RUA.”
- 01) ASSUNTO A SER LIDO
▪ Policial Militar! Alguns grupos sociais são classificados como “grupos
vulneráveis”, que por questões ligadas a gênero, idade, condição social,
deficiência e orientação sexual, tornam-se mais suscetíveis à violação de seus
direitos, e que por serem tratados como diferentes da população em geral, são
considerados como minorias.
▪ No âmbito da segurança pública, é importante ter o conhecimento de que todos
os grupos socialmente vulneráveis devem ser protegidos e nós, Policiais
Militares, devemos conquistar seu reconhecimento, respeito e confiança.
▪ A formulação de princípios ou padrões de conduta diante da condição social do
homem são elementos norteadores da convivência social.
▪ No decurso da história da humanidade e do amadurecimento das relações
sociais, as civilizações construíram diferentes sistemas e normas, objetivando
estabelecer limites aceitáveis para as relações humanas e comportamentos
sociais.
▪ Neste contexto, a Declaração Universal dos Direitos Humanos, de 10 de
dezembro de 1948, aborda em seus 30 artigos, os valores éticos básicos
norteadores para a Proteção dos Direitos Humanos.
▪ Os indivíduos desprovidos de família, emprego, residência e bens materiais
passam a ser vistos como não cidadãos e que são chamados por pessoas não
familiarizadas com a expressão de mendigos, indigentes, desocupados,
vagabundos e uma série de adjetivos pejorativos que contribuem para um papel
coadjuvante desses cidadãos.
▪ Desde o final da década de oitenta, estudiosos e pessoas envolvidas com o
assunto vêm aprimorando o complexo processo de conceituar e classificar os
diversos perfis associados ao tema.
▪ Na Capital Paulista, a Coordenadoria de Proteção Social Especial possui uma
rede de atendimento sócio assistencial voltado à população adulta em situação
de rua, atuando no âmbito da criação de políticas públicas em consonância ao
Sistema Único de Assistência Social - SUAS.
▪ Na área Estadual existe o Centro de Referência Especializado para pessoas em
Situação de Rua – Centro POP - voltado para o atendimento especializado à
população em situação de rua. Trabalham com atendimentos individuais e
coletivos, oficinas e atividades de convívio e socialização, além de ações que
incentivam o protagonismo e a participação social das pessoas em situação de
rua.
▪ Procure informar-se de quais serviços assistenciais o Poder Público da sua região
de atuação disponibiliza, para o acionamento ou orientação da população sobre
este tipo de atendimento.
- 02) LEMBRE-SE
▪ A Constituição Federal em seu art. 3°, inciso IV promove o bem sem preconceito
de origem, raça, sexo, cor, idade ou qualquer outra forma de discriminação;
▪ Em seu art. 5°, garante a igualdade de todos perante a lei, sem distinção de
qualquer natureza;
▪ Nos princípios fundamentais garante:
- Princípio da Dignidade da pessoa humana e da vedação à discriminação;
- Princípio da Justiça Social;
- Princípio da Igualdade;
- Princípio da Legalidade;
- Princípio da Vedação à Tortura e TratamentosDesumanos ou Degradantes;
- Princípio da Inviolabilidade do Direito à Intimidade, à Privacidade, à Honra, à Imagem.
▪ Policial, a doutrina de emprego policial deve ser amparada na boa conduta,
legalidade, cidadania, bom senso e moderação. Você é um exemplo para a
sociedade, mesmo não se atentando para isso.
“O VERDADEIRO HERÓI É
AQUELE QUE FAZ O QUE
PODE. OS OUTROS NÃO
O FAZEM”.
ROMAIN ROLLAND
POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO
CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS
INSTRUÇÕES CONTINUADAS DE COMANDO (ICC): Nº 191, 193, 197, 201, 
203, 209, 218, 220, 222, 225, 226, 227, 230, 234, 239 240, 244, 247, 248, 
250, 254. 
PROFESSOR EDUARDO GALANTE
AULA II
NÃO VÁ PARA A PROVA SEM SABER: DICAS TOPS!
INSTRUÇÕES CONTINUADAS DE COMANDO (ICC): Nº 191, 193, 197, 201, 203,
209, 218, 220, 222, 225, 226, 227, 230, 234, 239 240, 244, 247, 248, 250, 254. 
INSTRUÇÃO CONTINUADA DO COMANDO ICC Nº 201
“ATENDIMENTO DE OCORRÊNCIAS ENVOLVENDO BALÕES - REEDIÇÃO.”
- 01) ASSUNTO A SER LIDO
- Policial Militar! Soltar balão é proibido pela Lei de Crimes Ambientais desde 1998. Mesmo
assim, percebe-se a ocorrência desta prática, principalmente na Capital, Região
Metropolitana de São Paulo e outros grandes centros urbanos, como a região da grande
Campinas, alvo momentâneo dos baloeiros, após as intensas apreensões da PMESP e ações
de repressão na capital.
▪ Esta ação ilegal intensifica-se neste período de festividades juninas, estendendo-
se até o mês de outubro.
▪ Nesta época do ano, com ventos frios durante a noite e o tempo seco provocado
pela baixa umidade relativa do ar, as condições climáticas tronam-se propícias
para soltura, colocando em risco residências, fábricas, aviação civil e os nossos
remanescentes florestais, levando perigo à integridade física de pessoas e de
seu patrimônio.
▪ Aliado a isso, o CENIPA - Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes
Aeronáuticos afirma que: ...balões de ar quente, que invadem o espaço
aéreo[..}, nem há autorização para a soltura. Eles são lançados [ ..} sem nenhum
controle. [ ..} significam risco para a navegação aérea civil e militar, porque
aeronaves e radares não são capazes de detectá-los.
▪ Além disso, a tecnologia empregada para conferir maior autonomia de voo,
como botijão de gás baterias de carro, agrava o perigo.”
▪ Policial! O balão, propelido por mecha incandescente, possui em seu interior ar
aquecido (balão normal) e poderá ser objeto da prática de crime ambiental
conforme as condutas típicas previstas no artigo 42 da Lei Federal 9.605/981, a
fabricação, venda, transporte ou soltura de balões.
▪ Existem artefatos que não possuem mecha incandescente, os chamados balões
ecológicos sem tocha, que também são proibidos, portanto, passíveis de
condutas típicas do crime, quando expõem a perigo a navegação aérea, previsto
no artigo 261 caput e seus parágrafos 1° e 2°, do Código Penal Brasileiro, e a
soltura de balões propelidos ou não por mecha incandescente e que possam
expor a perigo aeronaves, ou mesmo a tentativa de soltar com o objetivo de
impedir ou dificultar a navegação aérea.
▪ Além do crime ambiental e/ou crime de perigo, soltar balões que possam
provocar incêndios nas florestas e demais formas de vegetação, áreas urbanas
ou em qualquer tipo de assentamento humano será objeto de infração
ambiental, ou seja, seu autor estará sujeito à multa administrativa no valor R$ 5
.000,00 (cinco mil reais) por balão apreendido, ou parte dele (boça, mecha,
cangalha, bandeira) com base na Resolução SMA nº 48/142, podendo ser
aplicada em dobro se a infração for praticada para obter vantagem pecuniária
e/ou ocorrer no interior do espaço territorial, especialmente protegido, quando
afetar unidade de conservação ou sua zona de amortecimento e, ainda,
aumentada pela metade, quando a infração provocar incêndio e/ou atingir
vegetação que contenha espécies ameaçadas de extinção.
▪ Por se tratar de um crime ambiental e/ou de perigo à navegação aeronáutica,
diante do princípio da universalidade da nossa atividade, deve ser prevenido e
reprimido por todos, independentemente de estar prestando serviços no
policiamento ambiental ou não.
▪ O atendimento dessa ocorrência demanda que o Policial Militar reconheça os
elementos que constituem o balão - papel de seda já montado ou não, mechas,
cangalhas, varetas, bandeirolas, lâmpadas, entre outros – e que deverão ser
recolhidos como prova material do crime.
▪ Todas as pessoas que concorreram para a prática do crime (autor, coautor e
partícipe), seja durante a fabricação, comercialização, transporte ou soltura,
deverão ser conduzidas ao DP, juntamente com os materiais e veículos
envolvidos, salvo quando, por orientação da autoridade competente, a
ocorrência deva ser encaminhada para a Delegacia de Polícia Federal em razão
de sua competência, para a lavratura do competente procedimento de polícia
judiciária.
▪ Os policiais devem ter bastante atenção com as cangalhas que levam centenas
de materiais explosivos, como bombas, rojões ou morteiros e que podem, no
momento da ocorrência, causar explosões com possibilidade de ferimentos
graves.
▪ Ao atender a ocorrência, o Policial Militar deverá solicitar a presença de
guarnição do Policiamento Ambiental para a lavratura de multa administrativa.
▪ Caso não seja possível o pronto atendimento do Policiamento Ambiental,
principalmente em razão de não haver OPM ambiental em todos os municípios
do Estado de São Paulo, deverá ser encaminhada ao Policiamento Ambiental do
local da ocorrência a cópia do procedimento realizado no Distrito de Polícia,
bem como o Boletim de Ocorrência Policial Militar, caso haja, que contenha o
nome dos envolvidos para lavratura da respectiva multa administrativa, com
base na peça policial apresentada.
▪ O Policial Militar deve estar atento, também, para as fases que se seguem após a
soltura dos balões. Em alguns casos, grupos de pessoas saem ao seu encalço e
disputam, entre si, a posse do artefato. É comum ocorrer danos ao patrimônio
das pessoas como: quebra de telhados, cercas, danos em veículos, etc. A
intervenção policial é importante para a manutenção da ordem.
▪ A captura de balões poderá ensejar a tipificação do crime ambiental, caso ocorra
o transporte do local de captura, nova soltura ou tentativa de nova soltura e
crime de perigo, caso ocorra a soltura ou tentativa de nova soltura do artefato.
▪ Observa-se claramente que as condutas praticadas pelos chamados “baleeiros”
ultrapassam o limite de apenas uma tradição folclórica ou cultural, tornando-se
uma associação criminosa que lesiona bens jurídicos de difícil reparação, ou até
mesmo, irreparáveis, como acontece com a morte de pessoas e determinados
desastres ambientais.
▪ Importante salientar que tramita pela Câmara dos Deputados, o Projeto de Lei
nº 3693/2012, propondo a alteração da pena de “detenção de um a três anos ou
multa” para “reclusão de dois a cinco anos e multa’’, para quem praticar a
conduta criminosa.
▪ Nesse contexto, foi proposto pelo Comando de Policia Ambiental, via
Subcomandante PM, o encaminhamento de estudo para juntada ao projeto,
propondo a alteração do art. 42 da Lei 9.605/98, com a inclusão de novas
condutas e consequentemente, aumento de pena, como forma de evidenciar
uma eficaz prevenção, repressão aos criminosos.
INSTRUÇÃO CONTINUADA DO COMANDO ICC Nº 203
“TEMA –INSTRUÇÕES SOBRE O EXPLOSIVO TATP. (triperóxido de triacetona)”
- 01) ASSUNTO A SER LIDO
▪ Policial Militar! O setor de perícias do Esquadrão de Bombas do GATE recebeu,
em janeiro de 2017, material proveniente de ocorrência policial na cidade de
São Carlos/SP e que após análise, constatou-se tratar de um explosivo
improvisado, altamente sensível a estímulos (choque, atrito e calor) conhecido
mundialmente como TATP (triperóxido de triacetona).
▪ No caso em questão, seria empregado para o arrombamento de caixa eletrônico
em crime de roubo/furto, possivelmente naquela região.
- O TATP vem sendo amplamente empregado em ações terroristas em diversos
países, tendo seu uso comprovado em ataquescomo os ocorridos em Madrid
(março de 2004), Londres (julho de 2005), Paris (novembro de 2015) e
Aeroporto de Bruxelas (março de 16).
- Pela facilidade na aquisição dos componentes, aliado ao baixo custo e facilidade
na sintetização do explosivo, foi escolhido por diversos grupos terroristas a
exemplo do Estado Islâmico, como principal explosivo a ser empregado em seus
ataques.
- Por ser extremamente sensível ao choque, não se deve manipular o TATP sob
NENHUMA HIPÓTESE e, em se deparando com seus componentes (peróxido de
hidrogênio, acetona e ácidos) redobrar a atenção.
Como identificar o TATP?
- Trata-se de um pó branco cristalino, similar ao sal ou açúcar, podendo facilmente
ser confundido com cocaína durante uma abordagem ou intervenção policial;
- Tem como precursores (matéria-prima) na sua fabricação os componentes
químicos: acetperóxido de hidrogênio (água oxigenada) e ácidos;
- Os componentes utilizados na fabricação do explosivo são de livre
comercialização e fácil acesso;
- Extremamente sensível ao toque, batidas e variação de temperatura.
Dicas importantes para o policial-militar ao se deparar com objeto suspeito:
- Jamais tente manipular ou tentar fabricar em casa;
- Em hipótese alguma tocar, mexer ou remover o objeto suspeito;
- Não cheire o produto a fim de identificá-lo pelo odor;
- Orientar as pessoas que se encontram pelo local sobre objeto suspeito
encontrado;
- Proceder à desocupação da área de risco, de forma ordenada, calma e tranquila,
sem provocar maiores alardes;
- Isolar o local (ponto crítico) onde o objeto foi encontrado;
- Acionar o GATE, fornecendo o máximo de informações possíveis;
- A extrema sensibilidade deste explosivo é motivo de preocupação para o GATE,
por isso recomenda-se cautela;
- A maior causa de lesões e mortes decorrentes de uma explosão é a
fragmentação (pedaços de materiais provenientes do artefato explosivo -
fragmentação primária ou proveniente de materiais existentes no ambiente da
explosão - fragmentação secundária), tais como vidro, pedaços de madeira,
metais, etc.
- A distância é o fator de segurança de maior relevância em uma ocorrência
envolvendo bombas/explosivos. Leve em consideração um alerta dos
esquadrão-bombas a respeito do assunto: “se você está vendo a bomba, ela
também está te vendo!” Vale dizer: “Procure abrigo e permaneça abrigado.
- 02) LEMBRE-SE
▪ Policial Militar, ao se deparar com ocorrências envolvendo artefatos explosivos
ou objetos suspeitos, não deixe de observar os procedimentos elencados no
POP 3.06.01- ATUAÇÃO NO LOCAL DE OCORRÊNCIA COM BOMBA/EXPLOSIVO.
▪ Não deixe se levar pela aparência! Por menor que seja tamanho do artefato,
uma quantidade muito pequena de explosivos pode causar morte ou graves
lesões.
▪ Isole o local, mantenha a maior distância possível do objeto e acione o GATE.
“O VERDADEIRO HERÓI É
AQUELE QUE FAZ O QUE
PODE. OS OUTROS NÃO
O FAZEM”.
ROMAIN ROLLAND
POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO
CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS
INSTRUÇÕES CONTINUADAS DE COMANDO (ICC): Nº 191, 193, 197, 201, 
203, 209, 218, 220, 222, 225, 226, 227, 230, 234, 239 240, 244, 247, 248, 
250, 254. 
PROFESSOR EDUARDO GALANTE
AULA III
NÃO VÁ PARA A PROVA SEM SABER: DICAS TOPS!
INSTRUÇÕES CONTINUADAS DE COMANDO (ICC): Nº 191, 193, 197, 201, 203,
209, 218, 220, 222, 225, 226, 227, 230, 234, 239 240, 244, 247, 248, 250, 254. 
INSTRUÇÃO CONTINUADA DO COMANDO ICC Nº 209
TEMA: “A POLÍCIA MILITAR NAS AUDIÊNCIAS DE CUSTÓDIA.
- 01) ASSUNTO A SER LIDO
▪ POLICIAL MILITAR! O Pacto de São José da Costa Rica é um tratado celebrado pelos
integrantes da Organização de Estados Americanos (OEA), datado de 22 de novembro de
1969 e entrou em nosso ordenamento jurídico em 25 de setembro de 1992, através do
Decreto nº 678, de 6 de setembro de 1992, o qual estabelece que “toda pessoa presa, detida
ou retida deve ser conduzida, sem demora, à presença de um juiz( ...)”.
▪ Diante disso, o Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo editou o Provimento
Conjunto nº 03/2015, de 27 de janeiro de 2015, combinado com normas
nacionais que regulam o assunto, para que toda Prisão em Flagrante Delito fosse
avaliada, pela autoridade judiciária, acerca das circunstâncias da prisão, a
formalidade do Registro da Ocorrência, sua legalidade e bem como algum tipo
de abuso ou agressão no ato da prisão por parte dos agentes que representam o
Estado.
▪ Durante a realização da Audiência de Custódia, o magistrado pergunta ao
“custodiado” sobre diversas informações pessoais (nome, idade, profissão,
número de filhos, endereço fixo, antecedentes criminais, doença grave, uso
medicação controlada, se possui dependência química ou alguma deficiência
física), sendo informado que não será julgado, naquela ocasião quanto ao
mérito, mas apenas quanto à legalidade da prisão.
▪ Neste momento se verifica a importância dos dados coletados pelo policial
militar no ato da prisão e devidamente registrados no BOIPC, propiciando ao Juiz
de Direito a condição de comparação das versões apresentadas pelo custodiado.
▪ Cabe salientar que na AUDIÊNCIA DE CUSTÓDIA, o BOIPC é o documento que
servirá de base para que o Juiz de Direito tome ciência dos fatos, juntamente
com representantes do Ministério Público e da Defensoria Pública.
▪ Entende-se, em razão disso, que o preenchimento do BO/PM - TC possui papel
fundamental quanto ao desfecho da ação do policial militar, anotando-se dados,
minuciosamente, relacionados à ocorrência - local exato da prisão, vítima(s) e
autor(es), testemunha(s), circunstâncias da prisão e a individualização das
condutas.
▪ Dados estes que devem, preferencialmente, constar com a mesma exatidão no
registro da Polícia Judiciária (Civil), devido Registro de Ocorrência (RDO ou
BO/PC).
▪ De posse das informações contidas na documentação entregue ao Poder
Judiciário, após ouvidos o Ministério Público e a Defesa do preso, o Juiz de
Direito decidirá pelo(a):
- Relaxamento da Prisão ilegal;
- Conversão da Prisão em Flagrante em Prisão Preventiva;
- Concessão de Liberdade Provisória com ou sem fiança - o preso é
colocado em liberdade após recolhimento da fiança (quando arbitrada
pelo juiz).
▪ Além da concessão da liberdade provisória, o juiz poderá determinar o
cumprimento de medidas cautelares (Exemplo: não se ausentar da comarca,
comparecimento regular no fórum etc.), sendo estas constantes no Alvará de
Soltura.
▪ A finalidade da Audiência de Custódia é a análise da formalidade e não do
mérito da conduta, com isso, todos os dados referentes ao preso e a ocorrência
são de extrema importância. Exemplo: pode-se citar o endereço residencial,
profissão, filiação, dados que por vezes podem não parecer tão importantes em
relação ao fato propriamente dito, mas são de extrema relevância para o
contexto da decisão a ser proferida.
▪ Para o Policial Militar, o mais importante é assegurar-se que tanto os fatos
quanto a ação policial, durante a ocorrência, sejam claramente descritos no
Boletim de Ocorrência (Militar e Civil.
▪ Portanto, o policial militar ao efetuar uma prisão em flagrante delito deve atuar
corretamente e conforme os protocolos em vigor, utilizar o conhecimento
técnico adquirido em sua formação profissional, dentro da legalidade e,
principalmente, efetuar o correto e amplo registro, primando pela precisão e
clareza das informações inseridas no BO/PM ou BO/PM-TC, constar, no
momento do registro no Distrito Policial, as informações, de maneira detalhada
no Auto de Prisão em Flagrante Delito, uma vez que são esses os documentos
que resguardam a ação policial.
▪ Tais medidas visam dar suporte fático ao juiz que decidirá o destino do preso em
flagrante delito por você Policial Militar, evitando-se, assim, quaisquer dúvidas
quanto à idoneidade e legitimidade da sua atuação.
▪ Policial Militar, não se esqueça de preservar o documento de suma importância
para o condutor do Flagrante, o “Recibo de Entrega Preso’’, nos termos do Art.
304 do CPP.
▪ Policial Militar! Você é parte essencial para o exercício pleno da Justiça!O divisor
de águas entre a cidadania e a barbárie.
INSTRUÇÃO CONTINUADA DO COMANDO ICC Nº 218
TEMA: “TRATAMENTO NOMINAL DAS PESSOAS 
TRANSEXUAIS E TRAVESTIS – ATUALIZAÇÃO NORMATIVA.”
- 01) ASSUNTO A SER LIDO
▪ Policial Militar, será abordado nessa instrução importante tema que agrega
conhecimento na área dos direitos humanos, reforçando o profissionalismo e a
responsabilidade da Polícia Militar do Estado de São Paulo, bem como contribuindo
para formar uma boa imagem da nossa Instituição.
▪ Sobre o tratamento nominal das pessoas transexuais e travestis, convém salientar que,
visando garantir a identidade de gênero, o Decreto nº 55.588, de 17 de março de 2010,
assegura às travestis, mulheres e homens transexuais, o direito à escolha de tratamento
nominal nos atos e procedimentos promovidos no âmbito da Administração Direta e
Indireta do Estado de São Paulo.
▪ A norma, em seu artigo 2°, garante:
Artigo 2° - A pessoa interessada indicará, no momento do preenchimento do
cadastro ou ao se apresentar para o atendimento, o prenome que corresponda à
forma pela qual se reconheça, é identificada, reconhecida e denominada por sua
comunidade e em sua inserção social.
1° - Os servidores públicos deverão tratar a pessoa pelo prenome indicado, que
constará dos atos escritos.
2° - O prenome anotado no registro civil deve ser utilizado para os atos que
ensejarão a emissão de documentos oficiais, acompanhado do prenome escolhido.
3° - Os documentos obrigatórios de identificação e de registro civil serão emitidos
nos termos da legislação própria.
▪ Prevê ainda, em seu artigo 4°, que “o descumprimento do disposto nos artigos
1° e 2° deste decreto ensejará processo administrativo para apurar violação à Lei
nº 10.948, de 5 de novembro de 2001, sem prejuízo de infração funcional a ser
apurada nos termos do Estatuto dos Funcionários Públicos Civis do Estado”.
▪ Entende-se como Identidade de Gênero, a percepção que uma pessoa tem de si,
como sendo do gênero masculino, feminino, ou de alguma combinação dos dois,
independente do sexo biológico. Trata-se, portanto, de uma convicção íntima da
pessoa em ser do gênero masculino (homem) ou do gênero feminino (mulher).
▪ É importante frisar que a identidade de gênero traduz o entendimento que a
pessoa tem sobre ela mesma, como ela se descreve e, acima de tudo, como ela
deseja ser reconhecida.
▪ O Decreto 55.588 expandiu-se para outras áreas como a Administração
Penitenciária, a Educação e a própria Segurança Pública.
▪ Como fruto da norma acima referenciada temos:
Resolução SAP nº 11, de 30 de janeiro de 2014, que dispõe sobre a atenção às
travestis e transexuais no âmbito do Sistema Penitenciário.
Artigo 1° - As pessoas privadas de liberdade ou que integram o rol de visitas das
pessoas presas devem ter preservado o direito à sua orientação sexual e a
identidade de gênero.
▪ 1° - Fica assegurado às travestis e transexuais o uso de peças íntimas, feminina
ou masculina, conforme seu gênero;
▪ 2º - Às travestis e transexuais femininas é facultada a manutenção do cabelo na
altura dos ombros; Deliberação CEE nº 125, de 30 de abril de 2014, que dispõe
sobre a inclusão de nome social nos registros escolares das instituições públicas
e privadas no Sistema de Ensino do Estado de São Paulo e dá outras
providências.
▪ Art. 1° - As instituições vinculadas ao Sistema de Ensino do Estado de São Paulo,
em respeito à cidadania, aos direitos humanos, à diversidade, ao pluralismo e à
dignidade humana, incluirão, a pedido dos interessados, além do nome civil, o
nome social de travestis e transexuais nos registros escolares internos.
▪ 1° - Entende-se por nome civil aquele registrado na certidão de nascimento.
▪ 2° - Entende-se por nome social aquele adotado pela pessoa e conhecido e
identificado na comunidade.
▪ Art. 3° - O nome social deverá ser usual na forma de tratamento, e acompanhar
o nome civil nos registros e documentos escolares internos.
▪ Na área da Segurança Pública, a partir de novembro de 2015, foi inserido um
novo campo no RDO – Registro Digital de Ocorrências, específico para a inserção
de nome social, conforme previsto no Decreto nº 55.588/10, portanto específico
para travestis, mulheres e homens transexuais.
▪ Foi inserido no campo “Provável Motivação do Crime” as palavras “Homofobia”
e “Transfobia”, como forma do Estado de São Paulo passar a ter estatísticas
oficiais sobre violência contra a população LGBT.
▪ Na Polícia Militar do Estado de São Paulo ocorreu a alteração do Formulário PM
0-58, Boletim de Ocorrência, através do item 41 do Bol G PM 103, de 1° de
junho de 2017, acrescentando o campo identidade de gênero, devendo ser
observado como o indivíduo se identifica.
▪ Esta alteração também já se encontra no Boletim de Ocorrência Eletrônico (BO-
e).
▪ Não se aplica nome social para apelidos ou alcunhas.
▪ Temos, ainda, a Instrução UCRH nº 10, de 1° de setembro de 2014 - A Unidade
Central de Recursos Humanos (UCRH), da Secretaria de Gestão Pública.
▪ Por fim, a Lei estadual nº 10.948/01 proíbe a discriminação em razão da
orientação sexual e da identidade de gênero e pune toda manifestação
atentatória ou discriminatória praticada contra cidadão LGBT no Estado de São
Paulo.
▪ Ainda segundo a Lei acima, através de processo administrativo, pode ser punido
todo cidadão, inclusive detentor de função pública, civil ou militar, e toda
organização social ou empresa, pública ou privada, por prática de discriminação
em razão de orientação sexual.
▪ As penas são de advertência e multa, até suspensão e cassação do alvará
estadual de funcionamento.
▪ Assim:
- Os servidores públicos deverão tratar a pessoa pelo prenome indicado, que
constará dos atos escritos;
- O prenome anotado no registro civil deve ser utilizado para os atos que ensejarão
a emissão de documentos oficiais, acompanhado do prenome escolhido;
- Os documentos obrigatórios de identificação e de registro civil serão emitidos nos
termos da legislação própria.
▪ Quanto da abordagem, a intimidade e a imagem da pessoa deve ser preservada,
evitando exposições desnecessárias, atuando com respeito aos seus direitos
fundamentais, agindo com imparcialidade, primando pela eficácia no que se
refere à observância do valor existencial intrínseco a cada ser.
▪ Quando solicitado, o policial militar deverá observar o tratamento nominal das
pessoas travestis e transexuais, observando que tal situação não obsta a pessoa,
quando solicitada pela autoridade, de efetuar a sua identificação civil, constante
de documento obrigatório e de registro civil, conforme a Lei Federal nº 7.116, de
29 de agosto de 1983 e o próprio Decreto Estadual nº 55.588, de 17 de março de
2010, em seu parágrafo 3°.
▪ Ressalta-se que a Lei nº 12.037, de 01 de outubro de 2009, em seu artigo 2°,
define identificação civil, como segue:
Art. 2° A identificação civil é atestada por qualquer dos seguintes
documentos:
I - carteira de identidade;
II - carteira de trabalho;
III - carteira profissional;
IV - passaporte;
V - carteira de identificação funcional;
VI - outro documento público que permita a identificação do indiciado.
Parágrafo único. Para as finalidades desta Lei, equiparam-se aos documentos
de identificação civis os documentos de identificação militares.
ATENDIMENTO POLICIAL-MILITAR À POPULAÇÃO LGBT
▪ Levando-se em conta a função policial-militar, complexa em sua origem,
principalmente quanto à atuação em um Estado democrático de direito,
necessária à análise objetiva de competências, com a ausência de ações eivadas
de qualquer discriminação ou preconceito, neste caso estudado, por questões
de sexo ou orientação sexual.
▪ Quando do atendimento por parte do Policial Militar a transexuais ou travestis,
deve observar o absoluto respeito à dignidade humana destas pessoas,
buscando promover o bem de todos, sem qualquer preconceito, isto conforme o
Inciso IV do artigo 3° da Constituição Federal.
POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO
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INSTRUÇÃO CONTINUADA DO COMANDO ICC Nº 220
TEMA: “PROCEDIMENTOS EM OCORRÊNCIAS ENVOLVENDO DISPARO DE ARMA DE FOGO EM 
COLETE BALÍSTICO E EM VIATURA POLICIAL-MILITAR.”
- 01) ASSUNTO A SER LIDO
▪ Policial Militar!! Será abordada nessa instrução a sistemática de procedimentos em
ocorrências envolvendo disparo de arma de fogo em colete balístico pertencente à PMESP e
em viatura policial-militar, assunto este preconizado pela Nota de Instrução nº PM4-
001/1.2/17, de 06SET17.
▪ A Nota de Instrução mencionada foi elaborada com a finalidade de estabelecer
procedimentos, visando aumentar a proteção do policial militar contra disparos
de arma de fogo, por meio do aprimoramento da especificação técnica dos
coletes de proteção balística, buscar soluções logísticas e padronizar os
procedimentos operacionais no interior das viaturas.
▪ Desse modo foram disciplinados procedimentos e atribuições para a coleta,
catalogação e consolidação de informações, técnicas e médicas, acerca de
ocorrência envolvendo o disparo de arma de fogo em colete balístico e em
viatura, além de análises no que tange à frequência e as superfícies atingidas
por disparos de arma de fogo.
▪ Nesse contexto, consagra-se a importante que os policiais militares tenham
conhecimento do processo e possam contribuir para sua plena eficácia.
▪ Vejamos, então, quais são procedimento em ocorrências em que houve disparo
de arma de fogo em COLETE de proteção balística:
Dados MÉDICOS do policial militar:
- O Policial Militar atingido deverá ser socorrido a um hospital para avaliação
clínica;
- O Policial Militar atendido e liberado, sem necessidade de internação, deverá ser
apresentado na UIS que detém o seu prontuário médico, no 2° dia útil após o
encerramento da ocorrência, para reavaliação médica e preenchimento do
formulário “Ferimento por projétil disparado de arma de fogo sobre balístico e
lesões associadas”, que se encontra anexo à NI nº PM4-001/1.2/17, de 06SET17.
Este formulário será remetido ao Centro Médico que consolidará as informações
para subsidiar estudos em conjunto com o CSM/ AM;
- Caso o Policial Militar permaneça por qualquer motivo internado em hospital
diverso do HPM, as providências previstas no item anterior deverão ser
adotadas pelo médico da UIS detentora do prontuário médico no próprio local
da internação;
- Casos excepcionais deverão ser realizados por junta designada pelo Centro
Médico, por meio do Ch Dep Per Med;
- Na hipótese do Policial Militar ser socorrido ao HPM, o preenchimento do
formulário “Ferimento por projétil disparado de arma de fogo sobre colete
balístico e lesões associadas” será realizado pela equipe médica que o atender.
Dados TÉCNICOS referentes à proteção balística do colete:
- O Policial Militar da Agência de Área da ocorrência deverá dirigir-se ao local dos
fatos para coletar os dados e tirar as fotos das placas do colete de proteção
balística, conforme o “Formulário de Impacto de Tiro Contra Colete”, que se
encontra anexo à NI nº PM4-001/l.2/17, de 06SET17. Após a coleta, os dados e
fotos serão encaminhados à Agência Regional e Sala de Situação, a qual dará
ciência ao Chefe do CIPM e remeterá cópia, via notes, à Seção de Materiais do
CSM/AM para análise de desempenho do material;
- No caso de não haver Policial Militar da Agência de Área de serviço no
momento, excepcionalmente, uma Unidade de Serviço, designada pelo Cmdo
Fça Ptr, adotará as providências descritas no item anterior;
- O Oficial sindicante que instruir o feito em que apura o dano em material do
Estado (colete) deverá ser diligentes quanto à restituição do patrimônio do
Estado, após realizada a perícia pelo Instituto de Criminalística, encaminhando o
colete e cópia do laudo de perícia ao CSM/ AM, acompanhado do devido FMM,
elaborado pelo Oficial P/4 da OPM;
- O CSM/AM e CMed deverão, por convocação do Diretor de Logística, reunir-se
trimestralmente para discussão de aspectos médicos e técnicos relacionados ao
grau de proteção balística, remetendo semestralmente o relatório, contendo os
dados consolidados e propostas de aperfeiçoamento, ao Subcmt PM.
Vejamos agora os procedimentos em ocorrências em que a VIATURA policial-for
atingida por disparo de arma de fogo:
Dados TÉCNICOS referentes à viatura alvejada:
- O detentor executivo, findada a ocorrência e/ou a perícia técnico-científica,
deverá apresentar a viatura na subfrota, ou seção equivalente, em até 2 (dois)
dias úteis;
- A subfrota deverá realizar a vistoria, registrando a localização, trajetória e
quantidade de disparos, no “Formulário de Impacto de Tiro Contra Viatura”, que
se encontra anexo à NI nº PM4-001/l.2/17;
Vejamos agora os procedimentos em ocorrências em que a VIATURA policial-for
atingida por disparo de arma de fogo:
Dados TÉCNICOS referentes à viatura alvejada:
- O detentor executivo, findada a ocorrência e/ou a perícia técnico-científica,
deverá apresentar a viatura na subfrota, ou seção equivalente, em até 2 (dois)
dias úteis;
- A subfrota deverá realizar a vistoria, registrando a localização, trajetória e
quantidade de disparos, no “Formulário de Impacto de Tiro Contra Viatura”, que
se encontra anexo à NI nº PM4-001/l.2/17;
- O Oficial sindicante que instruir o feito em que apura o dano em material do
Estado (viatura), só poderá autorizar o reparo dos danos causados pelos
disparos de arma de fogo, após ter sido cientificado de que a subfrota realizou a
vistoria e preencheu o “Formulário de Impacto de Tiro Contra Viatura”;
- A subfrota encaminhará cópia do formulário preenchido à Agência Regional e
Sala de Situação, a qual remeterá cópia, via notes, ao CSM/MM;
- O CSM/MM receberá cópia do formulário preenchido para análise e catalogação
dos dados colhidos, a fim de subsidiar estudo técnico para aperfeiçoamento da
proteção policial-militar no interior de viaturas, encaminhando, semestralmente,
relatório com dados consolidados e as propostas ao Subcmt PM.
“O VERDADEIRO HERÓI É
AQUELE QUE FAZ O QUE
PODE. OS OUTROS NÃO
O FAZEM”.
ROMAIN ROLLAND
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TEMA: “PROGRAMA VIZINHANÇA SOLIDÁRIA”
- 01) ASSUNTO A SER LIDO
▪ Será abordada nessa instrução a sistemática do Programa Vizinhança Solidária (PVS),
desenvolvido pelas OPM territoriais em todo Estado de São Paulo, assunto este preconizado
pela Diretriz Nº PM3-002/02/13, de 13JUN13.
▪ A Diretriz mencionada foi elaborada com a finalidade de regular o
desenvolvimento do Programa Vizinhança Solidária (PVS), com objetivo de
fornecer aos Comandantes de OPM territoriais subsídios que lhes permitam a
aproximação com integrantes de determinada comunidade para que possam
conscientizá-los sobre a importância da realização conjunta de ações de
prevenção primária, além da realização de instruções acerca das medidas
básicas de segurança pessoal e comunitária, para que a comunidade em testilha
seja mobilizada a adotar posturas e realizar ações de segurança que favoreçam a
integração de vizinhos e desenvolvam o sentimento de pertencimento social e,
ainda, intensificar a integração do policiamento ostensivo com a comunidade,
objetivo intrínseco da Polícia Comunitária, tudo em benefício da segurança
pública local.
▪ Nesse contexto, consagra-se importante que os policiaismilitares tenham
conhecimento do desenvolvimento do programa e possam contribuir para sua
plena eficácia.
▪ Vejamos, então, alguns princípios gerais de execução para melhor entender o
desenvolvimento do PVS:
- o PVS pode ser implantado em qualquer comunidade, independente das
peculiaridades socioeconômicas que a caracteriza, (bairro ou rua residencial,
condominial, comercial, bancária, industrial, rural, etc), sendo necessária,
dentre outros fatores, a predisposição das pessoas que lá vivem/frequentam
em realizar ações conjuntas e organizadas de prevenção primária naquela
localidade.
- É importante destacar que nas localidades onde é desenvolvido o PVS, o policial
militar no exercício das atividades de polícia ostensiva e de preservação da ordem
pública, realize Visita Comunitária, a qual consiste no contato periódico por policial
militar de qualquer programa de policiamento com os integrantes da comunidade,
com a finalidade de estreitar relações e criar vínculos de confiança mútua,
permitindo que a Instituição Policial-Militar conheça os reais problemas de
segurança pública que os afligem e adote as providências cabíveis visando
solucioná-los.
- Ainda sobre o estreitamento de relações e criação de vínculos com a comunidade,
é importante ressaltar a Visita Solidária, a qual consiste no contato de policial
militar com vítima de ocorrência policial, previamente analisada pelo Comandante
de OPM, visando demonstrar conhecimento do fato e solidariedade frente ao
ocorrido, esclarecendo os esforços que a Polícia Militar envidará para manter a
segurança pública na região onde o delito ocorreu e orientando acerca das medias
de prevenção primária que poderão ser adotadas a partir de então.
- As medidas de prevenção primária consistem em um conjunto de ações
destinadas a evitar ou reduzir a ocorrência e a intensidade de infrações penais e
perturbações da ordem, por meio da identificação, avaliação, remoção ou redução
das condições propícias ou fatores precursores, visando minimizar o dano à vida e
à integridade física da pessoa humana, à propriedade e ao ambiente .
MEDIDAS IMPORTANTES PARA O SUCESSO DO PVS
- Com a implantação e desenvolvimento do PVS, o Comando-Geral se preocupou
em adotar medidas que visam demonstrar o comprometimento da Polícia
Militar com os princípios da filosofia de Polícia Comunitária, por meio do pronto-
atendimento às solicitações emanadas pela comunidade, visitas periódicas e
sistematizadas aos moradores e comerciantes, especialmente aquelas que
foram vítimas de ações criminosas, divulgações na mídia local acerca das ações
contempladas pelo PVS, bem como desenvolvimento de campanhas preventivas
e educativas que busquem o engajamento da comunidade na realização das
ações de prevenção primária.
- Diversos gestores policial-militares tem mobilizado esforços em conjunto com
determinados setores da comunidade para otimizar condutas e procedimentos
referentes à segurança individual e coletiva. Dentre essas medidas de
prevenção, destaca-se o monitoramento de pessoas estranhas ao ambiente com
vistas a dissuadir ações que possam atentar contra a ordem pública local.
- Nesse contexto, é preciso esclarecer à comunidade, quem são os profissionais
de polícia e as respectivas competências legais, contextualizando o papel da
Polícia Militar nessa seara, ressaltando ainda que a segurança pública, dever do
Estado, direito e responsabilidade de todos, ou seja, é um sistema que tende a
ser mais eficiente quando passa a dispor da efetiva colaboração da sociedade,
sobretudo no processo de formação de ideias e propostas para propiciar
mecanismos voltados ao controle e ou redução dos indicadores criminais,
melhorando assim os níveis de preservação da ordem pública e,
consequentemente, estimulando níveis de excelência de qualidade de vida.
- Assim sendo, é preciso motivar a comunidade, inserida no PVS, a desenvolver o
sentimento de pertencimento social, dissipando a indiferença com o próximo,
incentivando-os a acionar a Polícia Militar, por meio do telefone de emergência
“190”, sempre que notar a presença de pessoas em atitudes suspeitas em suas
localidades, pois o morador é a pessoa mais apropriada para relatar fatos com
maior convicção sobre o que é suspeito ou não naquela via pública.
- O PVS é identificado por meio de uma placa em acrílico, ou material similar,
custeada pela iniciativa privada, refletindo a parceria entre a OPM local e
entidades comunitárias, ressaltando que a placa do PVS constitui uma
ferramenta inibidora para que as quadrilhas, no momento da realização de
levantamento de informações no local onde exista o PVS, sintam-se inibidas à
medida que consta em tais placas os dizeres: “Área vigiada pela comunidade -
comunicamos toda atitude suspeita imediatamente para a PolíciaMilitar”.
- Cabe ressaltar que a placa do PVS, além de ferramenta inibidora, também deve
servir de incentivo aos moradores e comerciantes, que conhecendo a rotina da
normalidade no local onde estão inseridos, que denunciem atitudes suspeitas
para que possam ser averiguadas pela Polícia Militar, fator este importante na
redução de indicadores criminais e prevenção de delitos.
- Policial Militar!! Durante o patrulhamento preventivo, ao se deparar com algum
integrante da comunidade, e este apresentar interesse em participar ou propor
a implantação do Programa Vizinhança Solidaria, você deve orientá-lo a contatar
os representantes das entidades comunitárias (CONSEG, associações de bairros,
etc.), os quais realizarão uma parceria com a Polícia Militar e, juntos, passarão a
adotar um conjunto de ações de prevenção primária em benefício da segurança
local, lembrando que o PVS é de adesão voluntária, podendo qualquer pessoa
dele participar.
- Por estas considerações, as instruções acima elencadas corroboram com o
propósito contínuo por parte do Comando-Geral e, acima de tudo, a
preocupação em proporcionar aos efetivos um alto nível de excelência na
prestação de serviços à sociedade paulista.
- Atue sempre com base nos princípios e filosofia de Polícia Comunitária,
respeitando o cidadão, iniciando e buscando sempre a parceria entre Polícia e
Sociedade, mantendo firme seu desempenho, profissionalismo e
responsabilidade, pois as suas atitudes refletem a imagem de toda a Instituição.
INSTRUÇÃO CONTINUADA DO COMANDO ICC Nº 225
TEMA: “RELATÓRIO SOBRE AVERIGUAÇÃO DE INCIDENTE ADMINISTRATIVO- RAIA.”
- 01) ASSUNTO A SER LIDO
▪ O Relatório sobre Averiguação de Incidente Administrativo (RAIA) destina-se ao
registro da constatação de incidente(s) administrativo(s) relacionado à violação
de normas administrativas, sanitárias, fiscais, trabalhistas, civis, etc.
▪ Além das atividades próprias de segurança pública, com ações preventivas e
repressivas imediatas, encontram-se também aquelas relacionadas à contenção
de toda e qualquer violação aos direitos das pessoas, sobretudo na busca por
melhor qualidade de vida.
▪ Segundo a filosofia do Policiamento Comunitário devem ser adotadas ações
proativas no que concernem à preservação da ordem pública em seus três
aspectos - segurança pública, salubridade pública e tranquilidade pública;
▪ O policial militar, quando no exercício de suas atividades de polícia ostensiva e
de preservação da ordem pública, de bombeiro e de defesa civil, ao ser
comunicado ou constatar a existência de incidente administrativo que, de
alguma forma, possa afetar a ordem pública em qualquer dos seus aspectos
(segurança pública, salubridade pública e ou tranquilidade pública), deverá
elaborar o RAIA, sem prejuízo das medidas de caráter operacional que,
eventualmente, couberem.
Lembre-se!
▪ Assim, é possível gerar o RAIA de duas formas:
1. No SIOPMWeb: gera ocorrências do tipo RAIA;
2. No TMD: permite que a Unidade de Serviço (US) gere a ocorrência de RAIA no
local do incidente.
“O VERDADEIRO HERÓI É
AQUELE QUE FAZ O QUE
PODE. OS OUTROS NÃO
O FAZEM”.
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INSTRUÇÃO CONTINUADA DO COMANDO ICC Nº 226
TEMA: “PORTE E POSSE LEGAL DE ARMAS DE FOGO”
- 01) ASSUNTO A SER LIDO
▪ A Lei federal nº 10.826, de 22DEZ03, dispõe sobre registro, posse e comercialização de armas
de fogo e munição, sobre o Sistema Nacional de Armas – SINARM e define crimes.
▪ É conhecida como “Estatuto do Desarmamento” e traz informações importantes acerca do
porte, posse e transporte de armas.
Vamos aos pontos principais!
1º) Diferença entre posse e porte de arma:
a) A posse de arma significa possuir, sob sua guarda, em sua residência ou local
trabalho, arma de fogo;
b) O porte entende-se como trazer consigo, pronta para o uso, arma de fogo;
c) Porte de trânsito de arma de fogo é a designação dada para atividades
desportivas e competidores, onde fica autorizado o transporte de arma de porte
municiada, com o intuito de conduzi-la para os locais de treinamento.
2º) A posse de armas é autorizada na legislação brasileira a todo brasileiro com
mais de 25 (vinte e cinco) anos de idade, sem antecedentes criminais, que
comprove necessidade de manter sob sua guarda uma arma de fogo, capacidade
psicológica e técnica para manuseio. Esta arma deve ser registrada no SINARM
(Sistema Nacional de Armas), sob competência da Polícia Federal.
3º) O porte de armas é proibido em todo o território nacional, salvo nos casos onde
o porte é inerente à função, nos seguintes casos:
- Integrantes das Forças Armadas:
Exército Brasileiro: - Oficiais (ativos e inativos): porte autorizado; - Praças: de
carreira (Subtenentes e Sargentos), porte autorizado; - Conscritos/Temporários:
(Sargentos, Cabos e Soldados), porte não autorizado.
Marinha do Brasil e Força Aérea Brasileira
PORTE DE ARMA EM LOCAIS DE AGLOMERAÇÃO DE PESSOAS
- O porte de arma de fogo em locais de aglomeração de pessoas é regulado por
normas internas das Instituições, conforme Art. 34 do Decreto nº 6.146 de
03JUL07.
- Em locais de aglomeração de pessoas e eventos, as Instituições regulamentaram
da seguinte forma o porte de arma de fogo:
▪ Exército Brasileiro: NÃO AUTORIZADO
▪ Marinha do Brasil: NÃO
▪ Força Aérea do Brasil: NÃO AUTORIZADO
▪ Polícia Federal: AUTORIZADO
▪ Polícia Rodoviária Federal: AUTORIZADO
▪ Polícia Ferroviária Federal: NÃO AUTORIZADO
▪ Polícia Civil – AUTORIZADO –
▪ Guarda Civil Municipal de São Paulo: NÃO AUTORIZADO
▪ Agentes Prisionais: NÃO AUTORIZADO
- A Polícia Militar do Estado de São Paulo AUTORIZA o porte de armas em
ambientes com aglomeração de pessoas e eventos conforme preconizado na
Portaria nº PM4-001/1.2/16, no Artigo 33, de 16 de junho de 2016, com as
seguintes condições:
- Não conduzir a arma ostensivamente;
- Cientificar o policiamento no local, se houver, fornecendo nome, posto
ou graduação, unidade e a identificação da arma;
- Parágrafo Único - O policial militar que desejar ingressar em estabelecimentos
privados, desde que não seja para o atendimento de ocorrência policial, e caso
seja solicitado pela segurança local, deverá fornecer seu nome, posto ou
graduação, unidade e a identificação da arma.
- Se autoridade não possui autorização para ingressar armado no local e mesmo
assim o faz:
Ao policial militar de serviço que não impede a entrada: poderá ser
responsabilizado disciplinarmente ou, conforme o caso, civil e criminalmente.
Ao possuir sob sua guarda arma de fogo, a pessoa autorizada deve portar
documentos que comprovem sua identidade e cargo na Instituição declarada
para informar ao policial militar, que deverá consultar via COPOM o
documento respectivo.
INSTRUÇÃO CONTINUADA DO COMANDO ICC Nº 227
TEMA: “AÇÃO DO POLICIAL MILITAR PARA PRESERVAR O LOCAL DE CRIME – ATUALIZAÇÃO
- 01) ASSUNTO A SER LIDO
▪ Policial Militar! O descumprimento de procedimentos relativos ao isolamento e
à preservação de locais de crime durante o atendimento de ocorrência geram
impactos significativos na elucidação dos delitos e prejudicam a identificação de
infratores da lei, que deixam vestígios no local delitivo.
▪ Então, hoje vamos tratar sobre as atividades críticas na ação do policial militar
para preservar o local de crime (Procedimento Operacional Padrão: 2.05.01),
elencando os passos a serem seguidos:
- Isolar e preservar o local de crime.
- Evitar que pessoas não autorizadas entrem ou permaneçam no local de
crime.
- Registrar as pessoas que realizaram o levantamento do local de crime e
daqueles que ficaram responsáveis pelas coisas, objetos do crime
(cadáver, armas, instrumentos, veículos etc.).
Ainda, temos a sequência de ações abaixo:
- Verificar se há necessidade de apoio para aproximar-se do local de crime.
- Aproximar-se do local de crime com cautela, sem que seja alterado seu estado e
disposição do corpo de delito.
- Contatar o solicitante e buscar informações que possam contribuir para o
esclarecimento dos fatos.
- Identificar se há vítimas feridas e providenciar, por meio do acionamento
imediato do SAMU, serviço local de emergência ou Unidade de Resgate (UR) do
Corpo de Bombeiros, o pronto e imediato socorro das vítimas: o policial militar
deverá proceder ao transporte imediato da vítima para pronto socorro ou
unidade hospitalar, sempre que: não existir na localidade Unidade de Resgate,
SAMU ou outro serviço de emergência;
-
- autorizado pelo COPOM/CAD, quando o tempo previsto de resposta da Unidade
de Resgate, SAMU ou serviço de emergência não for adequado para a situação.
- Informar ao COPOM o número de feridos para o encaminhamento.
- Se houver sinais de morte evidente, não remover o corpo do local e providenciar
o acionamento da perícia e das autoridades competentes, via COPOM/CAD.
- Avaliar o local em que o corpo de delito se encontra e dimensionar as
proporções do campo pericial que deverá ser preservado.
- Transmitir ao COPOM/CAD as informações necessárias para que seja
providenciado o acionamento da perícia e das autoridades competentes.
- Isolar o local de crime (de preferência utilizando fita apropriada), cuidando para
que não ocorram, salvo nos casos previstos em lei, modificações por sua própria
iniciativa ou por terceiros, impedindo o acesso ou permanência de qualquer
pessoa, mesmo familiar da vítima ou de outros policiais que não façam parte da
equipe especializada, exceto o delegado do Distrito Policial e ou da Divisão de
Homicídio do DHPP, peritos do Instituto de Criminalística e ou Instituto Médico-
Legal.
- Para sair da cena de crime, adotar o mesmo trajeto da entrada, observando sua
trajetória.
- Preservar a área imediata e, se possível, também a área mediata, não lhe
alterando a forma em nenhuma hipótese, salvo quando absolutamente
necessário para preservar outras provas, para tanto o policial militar deverá: não
tentar localizar objetos (do crime ou ilícitos) na cena do crime; em nenhuma
hipótese, mexer em qualquer objeto que componha a cena de crime; não revirar
os bolsos das vestes do cadáver, não recolher pertences, não mexer nos
instrumentos do crime, principalmente armas, não tocar no cadáver,
principalmente não movê-lo de sua posição original; não tocar nos objetos que
estão sob guarda, não fumar, não beber e nem comer no local, não utilizar
telefone nem sanitário da cena de crime ou qualquer objeto existente no local
de crime;
- manter portas, janelas, mobiliários, eletrodomésticos, utensílios, tais como
foram encontrados, não abrindo ou fechando, ligando ou desligando, salvo o
estritamente necessário para conter risco eventualmente existente.
- Verificar se há testemunhas que possam ajudar na elucidação dos fatos e
qualificá-las.
- Permanecer no local até a chegada da perícia ou da autoridade competente.
- Passar todos os dados do local de crime para as autoridades competenteque
comparecerem no local.
- Aguardar a conclusão dos trabalhos da Polícia Técnico-Científica (IC, IML) e a
liberação do local por parte da autoridade competente.
- Registrar as pessoas que realizaram a perícia do local de crime e aqueles que
ficaram com a responsabilidade pelas coisas ou objetos relacionados ao crime
(cadáver, armas, objetos etc).
- Informar ao COPOM/CAD que o local foi liberado.
- Relacionar corretamente os objetos envolvidos na preservação do campo
pericial.
- Providenciar o registro no respectivo Distrito Policial.
- Elaborar o BOPM e registro no RSO.
Desse modo os resultados esperados são:
- Isolamento correto do local, sem tocar ou alterar o estado das coisas e
disposição do corpo de delito.
- Preservação do local até a chegada dos peritos ou das autoridades competentes.
- Mas também temos que tratar das possibilidades de erro, conforme abaixo:
- Alterar, sem necessidade, a posição da(s) pessoa(s), (cadáver) ou objeto(s).
- Revistar os bolsos das vestes da vítima.
- Deixar resíduos pessoais durante e após a preservação, como: papéis de bala,
cigarro etc.
- Mexer nos instrumentos e ou objetos do crime (armas principalmente)
- Não proteger o local de crime de intempéries.
- Deixar parentes ou outras pessoas entrarem no local de crime.
- Não isolar corretamente o local de crime.
- Não solicitar apoio quando necessário.
- Considerar morte da vítima a ausência de pulso ou respiração.
- Não registrar os apoios e as identidades dos responsáveis por coisas, objetos do
crime.
- Lembrando que um local de crime bem preservado que possibilite a coleta de
provas materiais é o início e a diretriz segura para uma investigação de sucesso,
uma vez que o policial deve se ater aos possíveis materiais genéticos deixados
pelos criminosos, principalmente suas impressões digitais.
- Portanto, a ausência do uso de luvas descartáveis por Policiais Militares em
locais de crime traz a possibilidade da impressão de suas digitais no local,
dificultando a ação de perícia, que coleta impressões digitais com objetivo de
pesquisa no Sistema Automatizado de Identificação de Impressões Digitais, o
qual detém banco de dados de papiloscopia de infratores da lei.
- É de extrema relevância destacar que, por vezes, a patrulha responsável pelo
atendimento da ocorrência necessita encerrar o Boletim de Ocorrência
Eletrônico - BOe para retornar ao patrulhamento, mas não possui as
informações dos responsáveis pela perícia do local. Neste caso, os policiais
militares deverão encerrar o BOe e informar, de imediato, o Comandante de Cia,
para que este possa inserir os dados da aludida perícia antes de sua validação.
- Policial Militar, vamos atentar para a correta execução dos Procedimentos
Operacionais Padrão!!
- VOCÊ É O QUE A POLÍCIA MILITAR POSSUI DE MAIS VALIOSO!
“O VERDADEIRO HERÓI É
AQUELE QUE FAZ O QUE
PODE. OS OUTROS NÃO
O FAZEM”.
ROMAIN ROLLAND
POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO
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203, 209, 218, 220, 222, 225, 226, 227, 230, 234, 239 240, 244, 247, 248, 
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INSTRUÇÃO CONTINUADA DO COMANDO ICC Nº 230
TEMA: “ÁREA DE SEGURANÇA E ÁREA DE PERIGO.”
- 01) ASSUNTO A SER LIDO
▪ Hoje falaremos sobre conceitos e diferenças existentes entre área de segurança e
área de perigo, de acordo com fundamentos da doutrina técnica e tática policial
militar.
▪ A atividade policial, por si só, é bastante complexa e deve ser idealizada para
proporcionar à população e à própria Instituição relações pautadas na
segurança, confiança, transparência e legitimidade. Nesse sentido, todas as
atividades devem ser rigorosamente desencadeadas de acordo com as
premissas contidas nos Procedimentos Operacionais Padrão, com especial
atenção àquelas que envolvem risco ao policial por conta da abordagem e
detenção de criminosos em potencial.
▪ ÁREA DE PERIGO é considerada como o local em que o suposto agressor está
localizado ou confinado. Dada a iminência de confronto, o policial militar nunca
deve adentrá-la, indicando-se a verbalização como o recurso mais adequado até
que o criminoso abandone essa área e eventual arma que esteja em seu poder,
colocando-se em condições visuais para a abordagem e detenção seguras.
▪ Na identificação da área de perigo, considerando os procedimentos corretos de
busca e varredura, os policiais militares deverão realizar tomadas de ângulo,
olhadas rápidas, sempre abrigados, utilizando-se, caso disponham, de espelhos
para certificar-se de que não há pessoas nos ambientes a serem tomados. Só se
adentra em um recinto se houver certeza de que nele não existe ameaça.
▪ São consideradas áreas de perigo: o local onde o criminoso está confinado no
interior de residência ou edificação; lateral ou traseira de veículo irradiado como
caráter geral, que, por condições diversas, durante o acompanhamento, pare na
via de tráfego; corredor estreito onde o criminoso está confinado; área de
alcance de agressor portando arma branca ainda que os policiais militares
estejam em superioridade numérica e de meios.
▪ Nessas circunstâncias, os policiais militares devem informar o CGP e o CFP para
apoiá-los e, se não conseguirem sucesso em convencer o criminoso a se render,
deverão, via Centro de Operações (COPOM/CAD), solicitar apoio,
desencadeando o acionamento de tropas especializadas em situações adversas,
com treinamento apurado e equipamentos adequados para atuações dessa
natureza, como o GATE e o COE.
▪ Por sua vez, ÁREA DE SEGURANÇA é o local mediato onde os policiais militares
estão abrigados e posicionados a uma distância segura em relação ao suposto
agressor, com ampla visibilidade, de modo a possibilitar intervenções, se forem
necessárias, sem maiores exposições à Unidade de Serviço.
▪ A área de segurança, portanto, possui algumas características essenciais:
isolada, afastada, segura e própria para a verbalização, até que o criminoso se
entregue.
▪ Os princípios da verbalização seguem protocolos bastante conhecidos do nosso
público policial-militar, tais como as práticas de Tiro Defensivo de Preservação
da Vida - Método Giraldi®, cujas simulações de ocorrência com desfechos de
rendição do criminoso possuem a clássica expressão: “Caminhe em minha
direção com as mãos para cima!’’.
▪ Esta frase caracteriza o conceito de área de segurança e área de perigo.
▪ Nas vias públicas devem ser interpostos obstáculos entre o perigo, representado
pelo criminoso, e a equipe policial-militar. Por exemplo, por intermédio da
própria viatura posicionada a uma distância segura, com os policiais militares
deslocados a sua retaguarda, para dar início ao procedimento de verbalização.
▪ Se a abordagem for à pessoa no interior de automóvel, a verbalização correta é
a seguinte: “Cidadão! É a Polícia ! Desligue o veículo!
▪ Desça(m) do veículo!”.
▪ É importante não ter pressa em resolver a ocorrência.
▪ O tempo sempre está a favor da Unidade de Serviço.
▪ Além da verbalização em si, a equipe dispõe de outras alternativas táticas,
diferentes do confronto direto, a serem utilizadas de acordo com os princípios
de uso progressivo (escalonado ou diferenciado) da força, como: espargidores
de gás pimenta, munição de impacto controlado, bastão tonfa, escudo balístico,
armas de eletrochoque (incapacitação neuromuscular).
▪ Policial Militar! Tenha sempre em mente que as técnicas e táticas policiais foram
construídas, infelizmente, à custa de muitas vidas, como resultado da
observância a estudos de caso baseados em ocorrências com não
conformidades.
▪ Daí a importância de conhecermos e treinarmos constantemente os
Procedimentos Operacionais Padrão, particularmente, no que se refere às áreas
de perigo e áreas de segurança, os relativos à “Abordagem de pessoa(s) a pé,“Abordagem policial com viatura quatro rodas”, “Policiamento com motocicletas,
e “Progressão, transposição de obstáculos, entrada em ambientes fechados e
varreduras’’, todos disponíveis na página eletrônica da 6ª EM/PM.
▪ A título de comparação com os nossos Procedimentos Operacionais, nota-se que
a Aviação Civil é submetida a rígidas normas de segurança de voo, fruto de
investigações minuciosas de acidentes, objetivando que as falhas humanas e
materiais não se repitam, tudo com vistas a garantir o transporte seguro de
milhares de passageiros todos os dias.
▪ Policial Militar! Conhecer e treinar técnicas e táticas é uma questão de
inteligência e não uma mera obrigação!
INSTRUÇÃO CONTINUADA DO COMANDO ICC Nº 234
TEMA: “ATUAÇÃO POLICIAL MILITAR PAUTADA NO PRINCÍPIO DA PROTEÇÃO INTEGRAL DA 
PESSOA EM DESENVOLVIMENTO - CRIANÇA E ADOLESCENTE”.
- 01) ASSUNTO A SER LIDO
▪ O tema a ser tratado nesta instrução agrega conhecimento na área dos direitos
da criança e do adolescente, reforçando o profissionalismo e a responsabilidade
da Polícia Militar do Estado de São Paulo, com intuito de aumentar a sensação
de segurança, e contribuindo para formar uma boa imagem da nossa Instituição.
▪ A atuação policial militar quando envolver menores, sob a ótica do princípio da
proteção integral a pessoa em desenvolvimento, previsto no Estatuto da Criança
e do Adolescente, precisa de uma apurada reflexão sobre os fatos.
▪ Historicamente diversos institutos legais abordam a proteção à criança e ao
adolescente, dentre eles, podemos citar: Declaração Universal de Direitos
Humanos, de 1.948; Declaração dos Direitos das Crianças, de 1.959; Pacto de
Direitos Econômicos, Sociais e Culturais, de 1.966; Convenção sobre os Direitos
da Criança, da ONU, de 1.989; Convenção sobre os Direitos da Criança e
Constituição Federal de 1.988.
▪ As normas legais citadas transformaram a doutrina de situação irregular do
menor, predominante no Brasil, até então, para o princípio da proteção integral,
solidificando o entendimento de que a criança e o adolescente são pessoas em
situação peculiar de desenvolvimento, precisando ser protegidos pela
sociedade, pela família e pelo Estado, conforme o artigo 227 da CF.
3.1. Lei 8.069/90 (Estatuto da Criança e do Adolescente - ECA).
▪ O Estatuto da Criança e do Adolescente prevê direitos fundamentais oponíveis,
ou seja, podem ser opostos ao Estado, à pessoa jurídica ou física, a particular ou
não, enfim, a todos, sendo eles, o direito à vida e a saúde, direito à liberdade, ao
respeito e à dignidade, direto à convivência familiar e comunitária, direito de
personalidade, direito à educação, direito à cultura, esporte e lazer, direito à
profissionalização e à proteção no trabalho.
▪ Policial Militar, todos estes direitos são importantíssimos e devem ser
protegidos, porém cabe ressaltar dois deles para que se observe a devida
proteção do Estado, quando em situação de ocorrências que tenham a presença
▪ de crianças e adolescentes.
▪ São eles:
- Direito à liberdade, ao respeito e à dignidade- haverá restrição da liberdade
apenas se o menor for submetido a situação de risco.
- A dignidade é bem indisponível, não se podendo dela despojar o menor sob
qualquer pretexto; a proteção à dignidade abrange a imagem, o nome, a
filiação, os valores, os espaços próprios e os objetos pessoais;
- Direito à convivência familiar e comunitária - a permanência da criança e do
adolescente com a sua família natural constitui regra (artigo 19 do ECA), sendo
medida de exceção a sua retirada, e de forma legal, prevista em lei.
OCORRÊNCIAS ENVOLVENDO CRIANÇA E ADOLESCENTES AÇÕES POLICIAIS
- Em ocorrências envolvendo crianças ou adolescentes, o policial deverá sempre
observar que se trata de pessoa em desenvolvimento, legalmente protegido e
detentor de respeito a sua dignidade, não podendo haver qualquer espécie de
discriminação.
- Deverá sim, empreender esforços para atingir a proteção integral devida pelo
Estado.
- Serão abordadas três situações que constituem atuações em casos de criança
em situação de abandono ou risco, de cometimento de ato infracional por
adolescente e cometimento de ato infracional por criança.
CRIANÇA EM ESTADO DE ABANDONO ATUAÇÃO POLICIAL.
- Quando o policial se deparar com criança ou adolescente em situação de
abandono ou de risco, deverá providenciar o devido amparo e encaminhá-la,
conforme a situação:
- Residência da criança ou adolescente, desde que não necessite de atendimento
emergencial, sendo encaminhada então ao Pronto Socorro ou Hospital, com
prioridade de atendimento;
- Conselho Tutelar ou à Autoridade Judiciária, nos casos de ação ou omissão, da
sociedade ou do Estado, por falta, omissão ou abuso dos pais/responsáveis ou
ainda, em razão da conduta da criança ou do adolescente, conforme artigo 98
do ECA;
- Conselho Tutelar ou à Autoridade Judiciária, nos casos de prática de ato
infracional cometido por criança, conforme artigo 105 do ECA;
- Conselho Tutelar ou à Autoridade Judiciária em casos de negligência,
exploração, abuso, crueldade e opressão praticados contra crianças ou
adolescentes, conforme artigo 5° e 130 do ECA, e 136 do Código Penal.
- Deve-se ainda efetuar os devidos registros policiais de cada caso atendido,
pautando-se sempre pela premissa de que a criança e o adolescente tem o
direito à liberdade, não podendo simplesmente ser violado tal direito, desde
que ela não queira, não estando inserida nos casos previstos que permitem o
encaminhamento.
Ato Infracional e a ação policial.
- Conforme o artigo 228 da Constituição Federal, os menores de dezoito anos são
penalmente inimputáveis, sujeitos à legislação especial.
- O artigo 103 do ECA estabelece que as condutas descritas como crime ou
contravenção penal são consideradas como ato infracional, quando cometidas
por menores de dezoito anos.
- Diante de tais condutas, conforme as medidas sócio--educativas, especificadas
no artigo 112 do ECA, os adolescentes poderão ser apreendidos quando em
flagrante de ato infracional ou por ordem escrita e fundamentada da autoridade
judiciária.
- Em situação de flagrância (quando o adolescente está cometendo a infração;
acaba de cometê-la; é perseguido, logo após, pela autoridade, pelo ofendido ou
por qualquer pessoa, em situação que faça presumir ser autor de infração) o
policial deverá:
- Conduzir o adolescente, de imediato, à Delegacia de Polícia a quem incumbe a
formalização do flagrante de ato infracional, não sendo permitida, sob hipótese
alguma, a realização de outras incursões ou investigações;
- Solicitar o acompanhamento da vítima(s) e testemunha(s) até a Delegacia de
Polícia, bem como providenciar a apreensão do produto e instrumentos de
infração, já que a aplicação das medidas socioeducativas depende da existência
de provas suficientes da autoria e da materialidade da infração;
- Permitir que o adolescente tenha o direito de conhecer a identidade de seus
condutores;
- Não conduzir crianças e adolescentes no compartimento fechado da viatura
policial. Se for o caso, colocá-los no banco traseiro da viatura;
- Não utilizar de algemas, somente sendo admitido em casos de extrema
necessidade, quando colocada em risco à integridade física do Policial Militar de
terceiro ou do próprio adolescente.
ATO INFRACIONAL PRATICADO POR CRIANÇA.
- Quando houver o cometimento de ato infracional por criança, deverá ser
conduzida pelo policial ao Conselho Tutelar do Município, elaborando-se o
respectivo registro policial.
- Na impossibilidade de contato com o Conselho Tutelar, deverá encaminhá-la à
autoridade Judiciária competente.
- Como já abordado anteriormente, o policial deverá elaborar documentação
policial minuciosa sobre o atendimento dado à criança e adolescente, visando
proteger os direitos fundamentais previstos ao ser em desenvolvimento,
detentor de proteção integral, bem como para a segurança do próprio policial,
comprovando o atendimento pautado pela imparcialidade, legalidade,
moralidade e outros princípios essenciais ao aplicador dalei.
- Criança submetida à medida protetiva ou o adolescente submetido à medida
protetiva ou/e medida socioeducativa.
- Outro ponto importante é que, estando a criança ou o adolescente submetido à
medida protetiva e/ou medida socioeducativa, deverá sempre ser observado os
princípios contidos nos artigos 99 e 100, em seus XII incisos do parágrafo único,
do ECA, com respeito a sua condição como sujeitos de direito a proteção integral
e prioritária, responsabilidade primária e solidária do poder público, interesse
superior da criança e do adolescente, privacidade, intervenção mínima,
prevalência da família, entre outras.
- Mesmo cumprindo medida socioeducativa, há a prevalência do respeito aos
direitos do adolescente, sob o fundamento da proteção integral do ser em
desenvolvimento, isto amparado ainda pelo artigo 5º do Estatuto, no qual
nenhuma criança ou adolescente será objeto de qualquer forma de negligência,
discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão, punindo, na forma
da lei, qualquer atentado, por ação ou omissão, aos seus direitos fundamentais.
OBSERVAÇÕES FINAIS
- Em observância ao parágrafo 4°, do artigo 227, da Constituição Federal, haverá
punição severa quando houver abuso, a violência e a exploração sexual da
criança e do adolescente.
- O favorecimento da prostituição ou de outra forma de exploração sexual de
criança ou adolescente ou de vulnerável tomou-se crime hediondo.
- Foi instituído o Estatuto da Juventude, por meio da Lei nº 12.852, de 05 de
agosto de 2013, considerando jovens aqueles entre 15 (quinze) e 29 (vinte e
nove) anos de idade.
- Aplica-se ao adolescente entre 15 (quinze) e 18 (dezoito) anos, além do Estatuto
da Criança e do Adolescente, o Estatuto da Juventude, no que não conflitar.
“O VERDADEIRO HERÓI É
AQUELE QUE FAZ O QUE
PODE. OS OUTROS NÃO
O FAZEM”.
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INSTRUÇÃO CONTINUADA DO COMANDO ICC Nº 239
TEMA: “RESGATE TÁTICO AO POLICIAL MILITAR FERIDO.”
- 01) ASSUNTO A SER LIDO
▪ Falaremos sobre conceitos e condutas destinados ao Resgate Tático do Policial
Militar ferido, conforme o Procedimento Operacional Padrão número 5.19.00.
▪ As atividades devem ser rigorosamente executadas, conforme preconizadas nos
POP, inclusive aquelas que envolvam o atendimento ao policial militar ferido.
Naturalmente esse cenário gera estresse nos PM que estão ali presentes.
▪ O POP 5.19.00 transmite ao policial militar as técnicas básicas para o seu próprio
socorro ou para utilização em outro policial militar nas situações de emergência,
quando estiverem em locais de alto risco, em que o suporte de atendimento pré
hospitalar seja inviável naquele momento.
▪ Lembrem-se: o objetivo principal é o suporte básico à vida.
Considere 03 etapas:
▪ Aproximação ao PM ferido, utilizando técnicas para a aproximação do local de
alto risco para o socorro ao PM;
▪ Atendimento ao PM ferido, com a utilização das técnicas básicas de suporte à
vida e, em casos graves, a colocação do torniquete (último recurso) e bandagem
do tipo israelense; e
▪ Retirada do local de risco ou da zona quente e socorro do PM ferido, com a
utilização de técnicas de arrasto.
A APROXIMAÇÃO AO PM FERIDO
▪ Deve seguir um plano de gerenciamento básico para alcançar adequadamente o
ferido, siga a sequência abaixo:
▪ Responder à injusta agressão e providenciar a necessária sustentação do fogo
pelo tempo necessário para neutralização da ação do agressor, que deve
permanecer sempre abrigado;
▪ Os policiais militares deverão observar o cenário e o poderio bélico dos
agressores e assim, verificar qual a melhor forma de progressão e quais os
equipamentos serão utilizados, visando aumentar a capacidade de segurança de
todos os policiais militares durante os procedimentos;
▪ Orientar o policial militar ferido, caso reúna condições, a se mover para uma
área protegida e abrigada e a aplicar em si o torniquete, caso seja necessário,
para evitar que o policial militar ferido sofra novas lesões;
▪ Todo deslocamento em um ambiente hostil, onde já houve disparos contra os
policiais militares, será realizado dentro do princípio da superioridade numérica,
atentando para os pontos de perigo e não perdendo o contato visual com sua
equipe e com o policial ferido;
▪ Neste cenário, o único auxílio que pode ser empregado é o deslocamento ou
arrasto do policial militar até a área abrigada mais próxima e a colocação de
torniquete nos casos de ferimento grave nos membros, com grande perda de
sangue.
O ATENDIMENTO AO PM FERIDO
▪ Será realizado através da AÇÃO imediata, em ambiente relativamente seguro,
onde após uma rápida inspeção visual e contato com a vítima será identificado
suas prioridades de atendimento;
▪ No caso de constatação de ferimento grave localizado nos membros superiores
e inferiores e com alto fluxo de perda de sangue, a colocação correta do
Torniquete de Aplicação em Combate (CAT), na raiz do membro atingido, sobre o
uniforme, conforme preconizado no POP, visa conter o sangramento, que
dependendo do local atingido, pode levar o policial militar a óbito em minutos.
▪ Para a correta e rápida utilização do equipamento, o policial militar deverá
acondicioná-lo de forma adequada e treinar sistematicamente sua colocação,
considerando que quanto mais rápida e obrigatoriamente correta seja a sua
aplicação, mais efetivo ele será na contenção do sangramento.
▪ Após alcançar área segura, o policial envolvido no atendimento poderá
continuar os procedimentos, propiciando maior proteção ao ferimento, com a
correta utilização de bandagem e/ou gazes, se possível, utilize a bandagem do
tipo israelense, conforme demonstrado no POP 5.19.03, que pode ser usada em
diversas partes do corpo.
A RETIRADA DO LOCAL DE RISCO E SOCORRO AO PM FERIDO
▪ Para a condução do policial militar ferido até a área segura, a equipe deverá
estar atenta aos riscos envolvidos, como a distância a ser coberta, o peso do
policial militar ferido e a capacidade de arrasto da equipe, além das
possibilidades de cobertura ao longo do trajeto;
▪ Para facilitar e acelerar o processo de extração, técnicas auxiliares de arrasto e
condução poderão ser eventualmente empregadas com a utilização ou não de
materiais próprios ou adaptados.
▪ Nos casos de extrema urgência, quando não estiver disponível o transporte de
socorro adequado e imediato (Unidade de Resgate ou SAMU) a viatura policial-
militar poderá também ser utilizada para o transporte do policial militar ferido,
desde que não comprometa a integridade física do PM, observando os tipos de
lesões às quais levaram o PM aos ferimentos;
▪ Em todo o momento, o socorrido deverá permanecer com os braços e pernas
para dentro do veículo a fim de que se evitem novas lesões decorrentes de
acidentes de trânsito no deslocamento até o hospital mais apropriado para o
atendimento;
▪ O policial militar ferido deverá ser conduzido no banco traseiro da viatura,
quando esse tipo de transporte for indicado, evitando a utilização do guarda
preso e, por consequência ficar exposto a algum tipo de contaminação
eventualmente infecciosa.
▪ Durante o trajeto a equipe que conduz o PM ferido, poderá encontrar um
socorro especializado, caso entendam oportuno, é possível que o PM seja
transportado na ambulância. Os dados sobre o PM e o evento que levou ao
ferimento deverão ser repassados para a equipe que fará a condução.
▪ A equipe deverá, no deslocamento de socorro, atentar para as orientações
contidas na ICC 233 “Providências em ocorrências com PM ferido’’, transmitindo
ao COPOM as informações sobre o quadro clínico emergencial do policial

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