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SAÚDE MENTAL NA PANDEMIA

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SAÚDE MENTAL NA PANDEMIA
Lucia Helena Fialho Pereira da Silveira
IFSUL – Instituto Federal Sul-rio-grandense luciafialho1972@gmail.com
 Pelotas, 10 de junho, de 2021.
Diante de todas as habilidades, competências, conteúdos conceituais e atitudinais que devemos trabalhar na sala de aula, os assuntos que mais os motivam e os provocam para às discussões e partilhas são aqueles que envolvem a saúde mental dos envolvidos no processo educativo. Estes, quando entram em sala de aula, tem um poder de envolver e tocar os alunos de um modo significativo, tornando, muitas vezes, os outros conteúdos escolares menos interessantes.
Presenciamos nos dias atuais os alunos querendo cada vez mais entender o mundo onde vive e sua função nele, questiona-se sobre tudo que o cerca, pois fica muitas vezes sem resposta diante de uma série de inquietações mundanas. Presencia-se a abordagem diária de mudanças ocorridas no campo científico, sendo assim vai ficando cada vez mais desassossegado, crescendo então as buscas por respostas. Em reportagens midiáticas aborda-se os termos ciência, pesquisas científicas, dados, escores, tabelas, gráficos a todo momento e causa impaciência tanto nos estudiosos como naqueles leitores leigos. Tendo em vista a apropriação da audição na live do 2º Seminário Acadêmico a Distância do Polo São Lourenço do Sul/RS, aflorou em mim ainda mais interrogações, pois, mesmo sabendo que saúde mental é um termo muito discutido e que continua trazendo grandes questionamentos aos envolvidos, motivou-me a aprofundar mais ainda meus conhecimentos. Ao longo dos tempos está sendo mostrado que é perceptível a relação entre ciência (aspectos mentais) e educação, e que não é apenas uma questão levantada pelas teorias científicas, mas sim uma questão alicerçada numa reflexão ética. Além disso, como um dos pré-requisitos tanto para o desenvolvimento da saúde mental, quanto do aperfeiçoamento humano, a escola e todo o processo educacional são necessários para que haja esse engajamento homem e sociedade. 
Muitos momentos, experiências, debates, palestras, dinâmicas e projetos foram criados com meus alunos durante a pandemia, usando como abordagens esses importantes saberes, a fim de auxiliá-los na harmonização mental e no declínio das angústias causadas pelo panorama pandêmico instaurado no cenário educacional. Penso que quando o educador traz para sua sala de aula assuntos dessa natureza ele acaba por introduzir a própria realidade do aluno no ambiente escolar. Proporciona-se assim o encontro de diferentes subjetividades, criando um espaço de diálogo, partilha e outras expressões. Outro fato também positivo que percebo é que esses temas com seus eixos de conhecimentos, muitas vezes, são pesquisados pelos educandos fora do ambiente escolar, atraídos pelo interesse particular, sem a exigência formal do professor. Entretanto, entendo que a busca pelo conhecimento não deve ser realizada de qualquer jeito, e que o professor, mesmo considerando e acolhendo os saberes que os alunos trazem para aula, deve ser, por excelência, o referencial de um saber mais crítico e aprofundado. O educador tem a obrigação de conhecer de maneira sólida o que vai abordar com os alunos em aula. 
Afinal, de nada adianta estudar a história da saúde mental, causas e consequências, se, através disso, o professor não promover um espaço de reflexão em que o aluno possa pensar na sua própria transformação. 
Posteriormente e neste viés que as preparações para às demandas do mercado de trabalho aumentam e a tecnologia está torna-se cada vez mais importante neste cenário. E, com a chegada da pandemia tudo isso aflorou ainda mais. Seguramente é também nesse momento que a educação científica deve fornecer, conhecer e desenvolver habilidades e atitudes essenciais para a vida diária do cidadão, que tornem o uso dessa da forma mais prática possível.
Sendo assim, defendo a ideia de que esse importante assunto precisa estar presente na sala de aula através de um movimento dialético, e através desta dinâmica de problematização, fazer com que o educando possa chegar à conhecimentos mais críticos, polidos e profundos.
Certo de que falta muito para mim, estou aberta às leituras recorrentes da área, e à toda construção a que julgar necessária, enquanto processo de crescimento e excelência no desenvolvimento de uma profissional mais comprometida com às questões de saúde emocional e mental e com os diferentes universos dos educandos.
Palavras-chave: saúde; mente; educação. 
Referências
FÜHR, Regina Candida. Educação 4.0 e seus impactos no Século XXI. Educação no Século XXI - Volume 36, Tecnologia, 2018. 
PIERRE LEVY. Cibercultura. Editora 34, 2010. PRENSKY, Marc. Nativos digitais, imigrantes digitais. On the horizon, v. 9, n. 5, 2001. 
SIMÕES, Isabella de Araújo Garcia. A Sociedade em Rede e a Cibercultura: dialogando com o pensamento de Manuel Castells e de Pierre Lévy na era das novas tecnologias de comunicação. Revista eletrônica temática. a. V, n. 5, 2009.

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