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UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA “JÚLIO MESQUITA FILHO” CAMPUS PRESIDENTE PRUDENTE DEPARTAMENTO DE QUÍMICA FÍSICA - MECÂNICA CLÁSSICA LABORATÓRIO DE FÍSICA I (MEDIDAS E ERROS; QUEDA LIVRE E COLCHÃO DE AR) Figura 1 - Fachada da FCT/UNESP Presidente Prudente. PRESIDENTE PRUDENTE (15/04/2019) SUMÁRIO 1.1 INTRODUÇÃO................................................................................................................02 1.2 OBJETIVOS.....................................................................................................................04 1.3 MATERIAIS E MÉTODOS............................................................................................05 1.4 RESULTADOS E DISCUSSÕES...................................................................................07 1.5 CONCLUSÃO..................................................................................................................22 1.6 REFERENCIAL BIBLIOGRÁFICO............................................................................23 1 1.1 INTRODUÇÃO Proveniente do termo phisis, de origem grega, com duplo significado “natureza” e “realidade”, a física é a ciência responsável por estudar as propriedades da natureza somada ao auxílio da matemática 1. Por sua vez, um dos seus objetivos é estudar os movimentos dos objetos, ou seja, a rapidez com que se movem ou a distância que percorrem num devido intervalo de tempo 2. Tal estudo aprofundado dos movimentos recebe o nome de cinemática. Classificados por suas dimensões, os movimentos recebem diferentes nomes. Sendo o centro de nossos estudos, realizamos experimentos que envolvem o movimento unidimensional, denominado Movimento Retilíneo Uniformemente Variado, quando a trajetória é uma reta e a velocidade varia linearmente com o tempo, isto é, tem-se aceleração constante 3. Dependente de outros termos para ser entendido, o Movimento Retilíneo Uniformemente Variado engloba velocidade e aceleração. Por sua vez, define-se velocidade como sendo a relação direta entre distância percorrida e tempo gasto no percurso, aderindo ao conceito de grandeza vetorial, por possuir módulo, direção e sentido. Já a aceleração é denotada pela variação desta velocidade em um determinado tempo, ou seja, é a rapidez com que a velocidade do corpo varia, sendo também uma grandeza vetorial por possuir as mesmas características da velocidade. 𝑉𝑚𝑥 = 𝑥2 − 𝑥1𝑡2 − 𝑡1 = ∆𝑥 ∆𝑡 Equação 1 - Fórmula Velocidade média. 𝑎 𝑚𝑥 = 𝑉2𝑥 − 𝑉1𝑥𝑡2 − 𝑡1 = ∆𝑉𝑥 ∆𝑡 Equação 2 - Fórmula Aceleração Média Precisas e usuais nas maiorias das vezes, a velocidade e aceleração média se encarregam em cumprir com suas devidas funções. Todavia para informar o módulo e o sentido do movimento, e a velocidade de um partícula em cada intervalo de tempo, usa-se a velocidade e aceleração instantânea. Denota-se velocidade instantânea como sendo o limite da 2 velocidade média quando o intervalo de tempo tende a zero e aceleração instantânea como sendo o limite da aceleração média quando o intervalo de tempo tende a zero 4. 𝑉𝑚𝑥 = ∆𝑡 0 lim → ∆𝑥 ∆𝑡 = 𝑑𝑥 𝑑𝑡 Equação 3 - Fórmula velocidade instantânea. 𝑎 𝑥 = ∆𝑡 0 lim → ∆𝑉𝑥 ∆𝑡 = 𝑑𝑉𝑥 𝑑𝑡 Equação 4 - Fórmula aceleração instantânea Baseada em medições e comparações, a ciência, por sua vez, busca estabelecer regras que determinam de que forma as grandezas devem ser medidas e comparadas com precisão. Por sua vez, a física, como sendo uma ciência experimental 4, deve-se ter especialistas da área que buscam por resultados precisos e que saibam identificar e diferenciar os tipos de erros, a fim de encontrar padrões e princípios, que podem se tornar leis físicas, dos experimentos que estão realizando. para isto, utiliza-se as seguintes equações, a fim de buscarem a medida exata: Tabela 1 - Parâmetros estatísticos de um conjunto de dados obtidos com uma determinada medição. Parâmetro Definição Valor médio 𝑥 = 1𝑁 𝑖=1 𝑁 ∑ 𝑥𝑖 Desvio absoluto 𝑑 𝑎𝑏𝑠 = 1𝑁 𝑖=1 𝑁 ∑ 𝑥𝑖 − 𝑥| | Desvio relativo 𝑑 𝑟𝑒𝑙 = 𝑑 𝑎𝑏𝑠 𝑥 Desvio percentual 𝑑 % = 100𝑑 𝑟𝑒𝑙 Desvio padrão 𝑆 = 𝑖=1 𝑁 ∑ (𝑥𝑖 − 𝑥)² 𝑁 − 1 3 1.2 OBJETIVOS 1.2.1 MEDIDAS E ERROS ● Aprender os padrões de medidas; ● Identificar e diferenciar os tipos de erros (grosseiro, sistemático e acidental); ● Conceituar sensibilidade de um instrumento de medida (precisão); ● Diferenciar erro de desvio; ● Determinar o valor mais provável na mensuração de uma grandeza. 1.2.2 QUEDA LIVRE ● Reconhecer e caracterizar o MRUV (Movimento Retilíneo Uniformemente Variado); ● Concluir que a queda livre é um caso particular do MRUV; ● Determinar o valor da aceleração da gravidade. 1.2.3 COLCHÃO DE AR ● Reconhecer Movimentos Retilíneos Uniformes (MRU); ● Determinar a velocidade média do móvel; ● Construir o gráfico da variação de posição em função do tempo transcorrido; ● Determinar a velocidade média do móvel a partir do gráfico X versus t; ● Identificar a partir do gráfico X versus t o MRU; ● Interpretar a grandeza Xo; ● Fornecer a equação horária da posição de um móvel a partir das observações e medições. 4 1.3 MATERIAIS E MÉTODOS/PROCEDIMENTOS 1.3.1 MEDIDAS E ERROS ● 01 régua decimetrada; ● 01 régua centimetrada; ● 01 régua milimetrada; ● 01 paquímetro; ● 01 corpo de prova retangular; ● 01 corpo de prova com curvas. Com o auxílio de réguas decimetrada, centimetrada e milimetrada e de um paquímetro devia-se medir um corpo de prova retangular a fim de determinar sua medida com as diferentes ferramentas métricas. Após realizar o processo, foi necessário determinar os erros da medida que obteve-se, baseado no princípio da física de que “não se pode medir uma grandeza física com precisão absoluta”. 1.3.2 QUEDA LIVRE ● Cronômetro digital; ● Suporte universal; ● Sensor de fim de curso; ● Solenóide; ● Esfera de aço; ● Régua; ● Papel milimetrado. Em um suporte universal foi montado um eletroímã que segura a esfera metálica. Na base do suporte, há um sensor de fim de curso. Quando a esfera deixa o eletroímã, inicia-se a 5 contagem do tempo que será interrompida quando a esfera passar pelo sensor de fim de curso, sendo indicado no display, o tempo transcorrido. O sensor de fim de curso foi movimentado de 10 em 10 centímetros com o auxílio de uma régua, para determinar os tempos em diferentes percursos da queda livre da esfera. 1.3.3 COLCHÃO DE AR ● 01 colchão de Ar Linear Hentschel 8203/MMECL; ● 01 carrinho para trilho com pino para interrupção de sensor; ● 01 bobina com cabos e pinos de pressão; ● 01 chave liga e cabos; ● 01 unidade Geradora de Fluxo de Ar Delapieve 8203-B/MMECL; ● 01 mangueira aspiradora 1,5”; ● 01 cronômetro digital multifunções com fonte DC12V; ● 01 fote 6/12V - cc 5 A; ● 05 sensores fotoelétricos com suporte fixador (S1 e S2). Montado o equipamento conforme a imagem a seguir, manteve-se o trilho de ar para que não existisse nenhuma aceleração na direção da trajetória descrita, assim quando o carrinho passar pelo primeiro sensor (S0), disparará o cronômetro, realizando posteriormente os registros nos sensores S1, S2, S3 e S4, dessa forma, obtém-se os intervalos de tempo entre cada sensor (t0,1; t1,2; t2,3 e t3,4), além dos intervalos entre o primeiro e o terceiro sensor (t0,2), entre o primeiro e o quarto sensor (t0,3) e por fim, entre o primeiro e o quinto sensor (t0,4). O carrinho deve ser posicionado junto a bobina, pois tem a função de ser o agente que aplicará a força para tirá-lo do repouso, isso quando acionada a chave liga (Ch Liga). Os espaçamentos entre os sensores devem ser seguidos como solicitado em cada atividade, no caso, 10 centímetros. No cronômetro digital utilizamos a função F1. 6 Figura 2 - Sistema de montagem do equipamento. 1.4 RESULTADOS E DISCUSSÕES Monitorados pelo docente responsável pela matéria e pelo técnico do laboratório da FCT - UNESP Presidente Prudente, obtivemos resultados plausíveis ao esperado. 1.4.1 MEDIDASE ERROS Como descrito no procedimento, foi medido o objeto retangular da banca com cada uma das réguas e foi possível completar as seguintes tabelas: Tabela 2 - Régua decimetrada. Medida Comprimento (dm) Largura (dm) Espessura (dm) Área (dm²) Volume (dm³) 1 1 0,5 0 0,5 0 2 1,5 1 0,5 1,5 0,75 3 1 0,5 0,5 0,5 0,25 4 1,5 1 0,5 1,5 0,75 5 1 0,5 0,5 0,5 0,25 valor médio 1,2 0,7 0,4 0,9 0,4 desvio absoluto 0,24 0,24 0,16 0,48 0,28 7 desvio relativo 0,2 0,34 0,40 0,53 0,7 desvio percentual 20% 34% 40% 53% 70% desvio padrão 0,27 0,27 0,22 0,56 0,33 incerteza ou erro 0,5 0,5 0,5 1 0,5 Tabela 3 - Régua centimetrada. Medida Comprimento (cm) Largura (cm) Espessura (cm) Área (cm²) Volume (cm³) 1 12 7 1 84 84 2 12 7,5 1,5 90 135 3 12 7 1 84 84 4 12 7,5 1,5 90 135 5 12 7 1 84 84 valor médio 12 7,2 1,2 86,4 104,4 desvio absoluto 0 0,24 0,24 2,88 24,48 desvio relativo 0 0,03 0,20 0,03 0,23 desvio percentual 0 3% 20% 3% 23% desvio padrão 0 0,27 0,27 3,28 27,93 incerteza ou erro 0 0,5 0,5 6 51 8 Tabela 4 - Régua milimetrada. Medida Comprimento (mm) Largura (mm) Espessura (mm) Área (mm²) Volume (mm³) 1 120 72 15 8.640 129.600 2 120 70 20 8.400 168.000 3 120 72 15 8.640 129.600 4 120 70 20 8.400 168.000 5 120 72 15 8.640 129.600 valor médio 120 71,2 17 8.544 144.960 desvio absoluto 0 0,96 2,4 115,2 18.432 desvio relativo 0 0,01 0,14 0,01 0,13 desvio percentual 0 1% 14% 1% 13% desvio padrão 0 1,09 2,40 131,45 21.032,5 incerteza ou erro 0 2 5 240 38.400 Tabela 5 - Paquímetro. Medida Comprimento (mm) Largura (mm) Espessura (mm) Área (mm²) Volume (mm³) 1 120,4 72,4 15,25 8.716,96 132.933,64 2 120,4 72,4 15,25 8.716,96 132.933,64 3 120,4 72,4 15,25 8.716,96 132.933,64 4 120,4 72,4 15,25 8.716,96 132.933,64 5 120,4 72,4 15,25 8.716,96 132.933,64 valor médio 120,4 72,4 15,25 8.716,96 132.933,64 9 desvio absoluto 0 0 0 0 0 desvio relativo 0 0 0 0 0 desvio percentual 0 0 0 0 0 desvio padrão 0 0 0 0 0 incerteza ou erro 0 0 0 0 0 Exemplos dos cálculos realizados para completar a tabela 2 (foram realizados os mesmos cálculos para as demais tabelas, todavia com valores diferentes): → Valor médio : 𝑥 = 1𝑁 𝑖=1 𝑁 ∑ 𝑥𝑖 𝑥 = 1 +1,5+1+1,5+15 = 6 5 = 1, 2 → Desvio absoluto: 𝑑 𝑎𝑏𝑠 = 1𝑁 𝑖=1 𝑁 ∑ 𝑥𝑖 − 𝑥| | 𝑑 𝑎𝑏𝑠 = 1−1,2| |+ 1,5−1,2| |+ 1−1,2| |+ 1,5−1,2| |+ 1−1,2| |5 = 1,2 5 = 0, 24 → Desvio relativo: 𝑑 𝑟𝑒𝑙 = 𝑑 𝑎𝑏𝑠 𝑥 𝑑 𝑟𝑒𝑙 = 0,241,2 = 0, 2 → Desvio percentual: 𝑑 % = 100𝑑 𝑟𝑒𝑙 𝑑 % = 100 𝑥 0, 2 = 20% → Desvio padrão 𝑆 = 𝑖=1 𝑁 ∑ (𝑥𝑖 − 𝑥)² 𝑁 − 1 10 𝑆 = (1−1,2)² + (1,5−1,2)² + (1−1,2)² + (1,5−1,2)² + (1−1,2)²5 − 1 = 0,3 4 = 0, 075 = 0, 27 Analisando os gráficos e medindo o objeto conforme os procedimentos descritos, foi observado que dificilmente será encontrado um instrumento de medição tão preciso e para isso deve-se buscar diminuir ao máximo esses erros encontrados, seja através da busca por instrumentos mais adequados, operação adequada de cada medição ou até mesmo se adequando ao ambiente com melhor temperatura, umidade ou qualquer situação que possa influenciar esses erros. Ao medir comprimento, largura e espessura com a régua decimetrada não havia números significativos o suficiente para sua medição, então o número encontrado estava entre duas medidas, como mostrado na Tabela 2 em que as medições são de 1 e 1,5 devido a incerteza desta medição ser de 0,5 e o número exato estar entre esses valores. Assim representado nas outras tabelas e cada régua melhorando sua incerteza. Na Tabela 5, foi utilizado como instrumento de medição o paquímetro, e foi observado que não houve desvios nem incertezas e erros, devido a sua precisão e número de significativos suficientes para a medida correta. 1.4.2 QUEDA LIVRE Seguindo o procedimento descrito no item 1.3.2 e o realizando por 5 vezes nos diferentes percursos, foi possível completar a seguinte tabela: Tabela 6 - Tempos de deslocamento. x (cm) 10 20 30 40 50 60 70 80 t1 (s) 0,18165 0,25535 0,26905 0,30385 0,34165 0,37875 0,40860 0,41015 t2 (s) 0,16720 0,22725 0,28630 0,31345 0,34400 0,38695 0,40045 0,40900 t3 (s) 0,17730 0,22500 0,27135 0,31410 0,35570 0,37315 0,42615 0,41325 t4 (s) 0,17675 0,23000 0,26850 0,31825 0,34490 0,37290 0,41230 0,41380 t5 (s) 0,17400 0,23505 0,27100 0,31650 0,34135 0,38505 0,46510 0,41050 <t> 0,17538 0,23453 0,27324 0,31323 0,34552 0,37936 0,42252 0,41134 11 A partir da tabela acima foi possível obter o gráfico deslocamento em função do tempo: Figura 3 - Gráfico do deslocamento em função do tempo (x versus t). Analisando o gráfico, foi possível classificar a curva como sendo exponencial, pois o deslocamento (eixo y) depende diretamente do tempo (eixo x), e o movimento como sendo progressivo acelerado, sendo progressivo pelo fato de a velocidade ser positiva quando determinamos que o sentido do movimento do corpo coincide com o sentido fixado como positivo para a trajetória, ou seja, será positivo à direita; e acelerado pelo fato de o valor da velocidade aumentar em função do tempo 5. Todavia, obtivemos um pequeno erro experimental no final da curva do gráfico quando ao considerarmos que a medida em que se aumentava a distância entre a plataforma de lançamento e o sensor de fim de curso, aumentaria o tempo. O erro consiste em ser: a média aritmética dos tempos grafados pelo sensor de fim de curso para o deslocamento de 80 centímetros foi numericamente menor do que a média aritmética dos tempos marcados para o deslocamento de 70 centímetros. Linearizando graficamente a curva obtida, foi possível encontrar a inclinação: 12 Figura 4 - Curva gráfica linearizada. 𝑉𝑚 = ∆𝑥∆𝑡 = 80 𝑐𝑚 − 10 𝑐𝑚 0,411 𝑠 − 0,175 𝑠 = 70 𝑐𝑚 0,236 𝑠 = 297 𝑐𝑚/𝑠 Tangenciando 5 retas em diferentes pontos da curva: Figura 5 - Gráfico tangenciado por retas em cinco pontos. O significado do valor físico da inclinação das retas tangentes apresentadas na figura acima é a Velocidade média que pode ser obtida através da tangente de θn, pois sabendo que tangente é a razão do cateto oposto pelo cateto adjacente, torna-se possível substituir 13 respectivamente os catetos por deslocamento e tempo, resultando então na fórmula de velocidade média. 𝑇𝑔 θ𝑛 = 𝐶𝑂𝐶𝐴 ⇒𝑇𝑔 θ𝑛 = ∆𝑥 ∆𝑡 = 𝑉𝑚 Com isso tornou-se possível obter o valor da velocidade instantânea da partícula (esfera de aço) em cada ponto: 𝑇𝑔 θ1 = 5 𝑐𝑚0,066𝑠 = 76 𝑐𝑚/𝑠 𝑇𝑔 θ2 = 7,5 𝑐𝑚 0,049𝑠 = 153 𝑐𝑚/𝑠 𝑇𝑔 θ3 = 10 𝑐𝑚0,044𝑠 = 227 𝑐𝑚/𝑠 𝑇𝑔 θ4 = 10 𝑐𝑚 0,038𝑠 = 263 𝑐𝑚/𝑠 𝑇𝑔 θ5 = 11,25 𝑐𝑚0,038𝑠 = 296 𝑐𝑚/𝑠 Com os valores em mãos, foi possível construir a seguinte tabela a fim de resultar no Gráfico Velocidade instantânea em razão do tempo: Tabela 7 - Tempos e suas respectivas velocidades instantâneas. Vinst (cm/s) 76 153 227 263 296 t (s) 0,066 0,049 0,044 0,038 0,038 14 Figura 6 - Gráfico velocidade instantânea em função do tempo. A partir do gráfico acima foi possível obter a aceleração: Figura 7 - Curva gŕafica linearizada. Tendo como base a equação da aceleração como sendo , foi possível𝐴 = ∆𝑉∆𝑡 calcular a aceleração da partícula: 𝐴 = 76 𝑐𝑚/𝑠 − 296 𝑐𝑚/𝑠0,038 𝑠 − 0,066𝑠 = −220 𝑐𝑚/𝑠 −0,028 𝑠 = 7. 857 𝑐𝑚/𝑠² = 7, 857 𝑚/𝑠² 1.4.3 COLCHÃO DE AR 15 Espaçando os sensores a cada 10 cm um do outro e usando o seu eixo como referência, acionamos a chave liga com o carrinho posicionado junto a bobina, sendo possível completar as seguintes tabelas realizando cinco repetições: Tabela 8 - Deslocamento realizado entre os sensores. Deslocamento Posição inicial (m) Posição final (m) ΔX=X-X0 ΔX(0,1) 0,00 0,01 0,01 ΔX(1,2) 0,01 0,02 0,01 ΔX(2,3) 0,02 0,03 0,01 ΔX(3,4) 0,03 0,04 0,01 Tabela 9 - Deslocamento realizado entre os sensores tomando o S0 como referência. Deslocamento Posição inicial (m) Posição final (m) ΔX=X-X0 ΔX(0,1) 0,00 0,01 0,01 ΔX(0,2) 0,00 0,02 0,02 ΔX(0,3) 0,00 0,03 0,03 ΔX(0,4) 0,00 0,04 0,04 Tabela 10- Intervalo de tempo entre os sensores. Repetições t(0,1) (s) t(1,2) (s) t(2,3) (s) t(3,4) (s) 1°lançamento 0,46215 0,45200 0,42870 0,44115 2°lançamento 0,47345 0,46370 0,43955 0,45285 3°lançamento 0,46355 0,45620 0,43525 0,44850 4°lançamento 0,48660 0,47310 0,44690 0,45785 5°lançamento 0,49445 0,48545 0,45935 0,47075 Cálculo valor médio 0,47604 0,46609 0,44195 0,45422 Tabela 11 - Intervalo de tempo entre os sensores tomando o S0 como referência. 16 Repetições t(0,1) (s) t(0,2) (s) t(0,3) (s) t(0,4) (s) 1°lançamento 0,46215 0,91415 1,34285 1,78400 2°lançamento 0,47345 0,93715 1,37670 1,82955 3°lançamento 0,46355 0,91975 1,35500 1,80350 4°lançamento 0,48660 0,95970 1,40660 1,86445 5°lançamento 0,49445 0,97990 1,43925 1,91000 Cálculo valor médio 0,47604 0,94213 1,38408 1,8383 Tabela 12 - Velocidade média Velocidade média Repetições Velocidade média pela tab. 1 e 3 Velocidade média pela tab. 2 e 4 V1 1°lançamento 0,02163 0,02163 2°lançamento 0,02112 0,02112 3°lançamento 0,02157 0,02157 4°lançamento 0,02055 0,02055 5°lançamento 0,02022 0,02022 Cálculo médio 0,021018 0,021018 V2 1°lançamento 0,02212 0,02187 2°lançamento 0,02156 0,02134 3°lançamento 0,02192 0,02174 4°lançamento 0,02113 0,02083 5°lançamento 0,02059 0,02041 Cálculo médio 0,021464 0,021238 V3 1°lançamento 0,02332 0,02234 2°lançamento 0,02275 0,02179 3°lançamento 0,02297 0,02214 4°lançamento 0,02237 0,02132 5°lançamento 0,02176 0,02084 Cálculo médio 0,022634 0,021686 V4 1°lançamento 0,02266 0,02242 17 2°lançamento 0,02208 0,02186 3°lançamento 0,02113 0,02217 4°lançamento 0,02184 0,02145 5°lançamento 0,02124 0,02094 Cálculo médio 0,02179 0,021768 Com as tabelas concluídas, coube-nos fazer os gráficos de deslocamento em função do tempo (X versus t), para os valores da tabela 1-3 e da tabela 2-4: Figura 8 - Deslocamento em função do tempo, para valores da tabela 1-3. 18 Figura 9 - Deslocamento em função do tempo, para valores da tabela 2-4. A relação entre os gráficos obtidos acima é que ambos representam o deslocamento em função do tempo, entretanto no gráfico 1, como pode-se observar o deslocamento é zero, ou seja, mantém-se constante. Já no gráfico 2 , podemos observar que o carrinho entrou em movimento, pois há uma angulação de 45° no gráfico e que sua curva linear representa a velocidade. Classificando os movimentos do móvel: - Gráfico 1: não há descolamento portanto, o carrinho está parado, em repouso, logo, não há movimento. - Gráfico 2: o movimento é progressivo e acelerado, uma vez que a velocidade é positiva e está na mesma direção que a aceleração. Encontrando a inclinação da reta, concluímos que a tangente do ângulo represente numericamente a velocidade média: 19 Figura 10 - Representação física da tangente de α. 𝑇𝑔 α = 𝐶𝑂𝐶𝐴 ⇒𝑇𝑔 α = ∆𝑥 ∆𝑡 = 𝑉𝑚 Portanto, calculamos a velocidade média utilizando a razão da variação do deslocamento pela variação do tempo: 𝑉𝑚 = ∆𝑥∆𝑡 = 0,040 − 0,010 1,8383 − 0,47604 𝑠 = 0,30 1,36226 = 0, 02202 𝑚/𝑠 Para encontrar a equação horária da posição levamos em consideração a equação: 𝑋 = 𝑋0 + 𝑉𝑚 . 𝑡 Ao relacionarmos com a equação da reta: 𝑌 = 𝑏 + 𝑎𝑥 Relacionando os termos, temos que: ● X0 e o b são os coeficientes lineares. ● Vm e o a os coeficientes angulares. 20 ● X e t são os termos independentes. Tem-se que a equação horária da posição é: 𝑋 = 0, 010 + 0, 02202. 𝑡 Ao fim, fizemos os gráficos de velocidade em função do tempo (V versus t) para os valores da tabela 5: Figura 11 - Velocidade em função do tempo (1-3) da tabela 5. Figura 12 - Velocidade em função do tempo (2-4) da tabela 5. 21 1.5 CONCLUSÃO 1.5.1 MEDIDAS E ERROS Comparando cada instrumento de medição foi concluído a relação entre sua sensibilidade com seu número de algarismos significativos, devido a cada um deles ter seu nível de incertezas; e que para sua propagação das incertezas não há aspectos estatísticos no caso de erros instrumentais, mas sim uma análise estatística de várias medidas, comparando seus desvios e erros e uma análise visual dos valores obtidos. 1.5.2 QUEDA LIVRE Com o experimento foi possível concluir que queda livre é um fenômeno particular, onde o movimento é resultante unicamente da aceleração da gravidade, encontrada na literatura como 9,81 m/s². Todavia, encontramos o valor de aproximadamente 7,9 m/s² representando a aceleração da gravidade. Este menor valor, deve-se a altitude em relação ao nível do mar do local onde estávamos, Presidente Prudente/SP (está 475 metros acima do nível do mar). Logo, conclui-se que quanto maior a altitude do local em relação ao nível do mar, menor será a aceleração da gravidade. 1.5.3 COLCHÃO DE AR Podemos concluir que um movimento uniforme acontece quando a velocidade é constante, ou seja, percorre distâncias iguais em intervalos de tempos iguais. Também podemos relacionar a equação horária da posição à fórmula do “sorvete”, e também definir quando o movimento é progressivo ou retrógrado, olhando os valores e a velocidade. Devemos levar em consideração também que quando um móvel/carrinho/partícula está em movimento e sua velocidade é constante, não quer dizer que será sempre a mesma durante todo o percurso, mas sim que a velocidade vai aumentar sempre na mesma proporção em intervalos de tempo iguais. É possível também relacionar a equação da velocidade média com a tangente formada na inclinação da reta, temos que numericamente os valores são os mesmos. 22 1.6 REFERENCIAL BIBLIOGRÁFICO [1] CONCEITO DE FÍSICA. Disponível em: <https://conceito.de/fisica> [2] HALLIDAY, David; RESNICK, Robert. Fundamentos da Física: Mecânica. 9. ed. Rio de Janeiro: Ltc, 2014. 339 p. (Volume 1). Tradução e Revisão Técnica: Ronaldo Sérgio de Biasi. [3] USP - CENTRO DE ENSINO E PESQUISA APLICADA. Movimento Retilíneo Uniformemente Variado. Disponível em: <http://efisica.if.usp.br/mecanica/basico/mruv/> [4] SEARS and ZAMANSKY’S university physics. Física I : Mecânica. 12. ed. Pearson, 2008. Tradução e Revisão Técnica : Addison Wesley. [5] CLASSIFICAÇÃO DOS MOVIMENTOS. Fundamentos da cinemática. Disponível em: <https://www.colegioweb.com.br/fundamentos-da-cinematica-escalar/classificacao-dos-movi mentos.html> 23 https://conceito.de/fisica http://efisica.if.usp.br/mecanica/basico/mruv/ https://www.colegioweb.com.br/fundamentos-da-cinematica-escalar/classificacao-dos-movimentos.html https://www.colegioweb.com.br/fundamentos-da-cinematica-escalar/classificacao-dos-movimentos.html
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