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QUÍMICA F B O N L I N E . C O M . B R ////////////////// Professor(a): Antonino Fontenelle assunto: CinétiCA QuímiCA frente: QuímiCA ii 003.315 – 129516/18 AULAS 39 A 42 EAD – ITA/IME Leis de Velocidade e Ordens de Reação Foi estudado que para haver reação química é necessário que ocorra a colisão entre as partículas reagentes, ou seja, a velocidade de uma reação depende da frequência de colisões entre as moléculas. Quanto maior a frequência de choques maior a probabilidade de uma colisão ser efetiva. Esse efeito nos mostra que a velocidade depende da concentração das espécies reagentes. Pensando dessa forma, ainda no século passado, dois cientistas noruegueses, Guldberg e Waage, enunciaram a lei da ação das massas, que procura explicar o comportamento da velocidade de reações menos complexas em função da concentração dos reagentes a cada instante. Eles propuseram que, para cada temperatura dada, a velocidade de uma reação deveria ser proporcional ao produto das concentrações dos reagentes, estando cada um elevado a um expoente determinado a partir de dados experimentais. Matematicamente, a exposição acima fica mais clara. Observe a reação genérica a A + b B → produtos. Nessa situação, a lei de velocidade poderia ser escrita como: v = k · [A]α · [B]β Onde: • k: constante de velocidade que só depende da temperatura; • α e β: expoentes determinados experimentalmente. Os expoentes α e β serão denominados de ordem de reação em relação a cada reagente e a soma dos expoentes será chamada ordem global de reação. Assim, teremos reações de 1ª ordem (quando o expoente for igual a 1), de 2ª ordem (quando o expoente for igual a 2), de ordem zero etc. Resumindo, usando o mesmo exemplo anterior, temos: • α: ordem de reação em relação ao reagente A; • β: ordem de reação em relação ao reagente B; • (α+β): ordem global de reação. Observação: A ordem de reação pode ser um valor inteiro, fracionário, negativo ou, ainda, zero. Tudo depende dos dados experimentais. Mecanismos de reação Como já foi visto, a lei de velocidade é baseada em dados experimentais. Buscando uma explicação teórica para mostrar como determinada reação possui uma lei de velocidade em particular, são propostos os mecanismos de uma reação. Logicamente, não estudaremos os mecanismos um por um, e sim divididos em grupos com semelhanças em suas aplicações. Veja a seguir. Reação elementar (simples) É aquela que se processa em única etapa. Em uma reação elementar, os expoentes de lei de velocidade são iguais aos coeficientes da equação balanceada. Reação não elementar É aquela que se processa em mais de uma etapa. Não importa quantas etapas a reação tenha, a etapa determinante da velocidade é a etapa lenta do processo. Nesse caso, a lei de velocidade será dada pelos reagentes e pelos coeficientes da etapa lenta e não da reação global. Observações: Molecularidade é definida como o número de partículas reagentes (moléculas, íons etc) que colidem em uma reação elementar ou em uma etapa de uma reação não elementar. Caso a reação ocorra em mais de uma etapa, não se define a sua molecularidade. • Quando há um intermediário de reação como reagente da etapa lenta, ele deve ser eliminado da lei de velocidade com a utilização de artifícios matemáticos. Aqui utilizaremos a teoria do pré-equilíbrio ou a aproximação de estado estacionário, que estabelece que antes da etapa lenta há um equilíbrio rápido (onde a velocidade da reação direta é igual à da reação inversa). Utilizando esse equilíbrio rápido, é possível se eliminar o intermediário da lei de velocidade e obter-se a expressão algébrica final. Veja o exemplo: para a reação N 2(g) + 2 O 2(g) 2 NO 2(g) , o mecanismo proposto é: 1. N O N O k k2 2 2 2 1 1 + – (equil brio r pido) í á ; 2. N O NOk2 2 2 2 2+ → (etapa lenta). A lei de velocidade fica: v = k 2 · [N 2 O 2 ] · [O 2 ] Como N 2 O 2 é intermediário, então devemos usar o equílibrio rápido: v dir = v inv ⇒ k 1 · [N 2 ] · [O 2 ] = k –1 · [N 2 O 2 ] ⇒ [N 2 O 2 ] = k k 1 2 2 1 ⋅ ⋅ − [N ] [O ] . Daí: substituindo na primeira equação, a lei de velocidade fica: v k k k N O= ⋅ − ⋅[ ]⋅[ ]1 2 2 2 2 1 . • Chamamos de molecularidade de uma reação ao número mínimo de partículas reagentes que precisam colidir para que ocorra uma reação elementar ou uma etapa de uma reação não elementar. • Não se define molecularidade para uma reação global se esta for não elementar (mais de uma etapa). 2F B O N L I N E . C O M . B R ////////////////// Módulo de estudo 003.315 – 129516/18 Equações integradas para equações de 1ª e 2ª ordens Equação integrada de 1ª ordem Uma reação do tipo A → produtos, de 1ª ordem, tem a lei de velocidade dada por: v = k · [A] e a concentração do reagente A, calculada a qualquer instante, é dada matematicamente por: In A A k tt [ ] [ ] = ⋅ 0 – Observe ainda que o gráfico ln[A] versus t é uma reta de inclinação negativa, com coeficiente angular – k. Peça ao seu professor para realizar essa demonstração. Outro dado importante em relação às reações de 1ª ordem se refere ao seu tempo de meia-vida (t 1/2 ). O tempo de meia-vida é o tempo necessário para que a quantidade de reagente decresça pela metade. Em reações de 1ª ordem, o tempo de meia-vida é dado por: t k onden n1 2 2 2 0 693/ , ,= = Como o tempo de meia-vida de uma reação de 1ª ordem não depende da concentração inicial, o tempo necessário para que uma reação atinja valores insignificantes de reagente (ou seja, chega praticamente ao final) não depende da concentração inicial. Essa é uma característica peculiar das reações de 1ª ordem. Equação integrada de 2a ordem Uma reação do tipo A → produtos, de 2ª ordem, tem a lei de velocidade dada por: v = k · [A]2 E a concentração do reagente A, calculada a qualquer instante, é dada matematicamente por: 1 1 0[A] [A]t = + ⋅k t Observe ainda que o gráfico 1/[A] versus t é uma reta de inclinação positiva, com coeficiente angular k. Peça novamente ao seu professor para realizar essa demonstração. Para complementar nossos estudos em relação às reações de 2ª ordem, precisamos calcular seu tempo de meia-vida t1 2/( ) . Em reações de 2a ordem, o tempo de meia-vida é dado por: t k A 1/2 = ⋅[ ] 1 0 Veja que o tempo de meia-vida depende da concentração inicial a cada instante e o tempo que leva para chegar ao final depende da concentração inicial. Observe que o gráfico de Ink versus 1/T é uma reta de inclinação negativa, com coeficiente angular (– Ea/R). Essa é uma técnica experimental de determinação de valores de energias de ativação: encontram-se as constantes de velocidade k para um conjunto de temperaturas T, plota-se o gráfico e encontra-se o coeficiente angular da reta formada pelos pontos. Veja: � � � � � ����� ∆(Ink) ∆(I/T) In k Fatores que influenciam na velocidade Vários fatores podem exercer influência na velocidade das reações. Alguns, no entanto, são mais importantes, pois atuam em quase todos os tipos de reações. Esses serão analisados com maior riqueza de detalhes. Influência da concentração dos reagentes O aumento na concentração dos reagentes em reações que ocorram em solução líquida ou gasosa gera o aumento na possibilidade de colisões entre as partículas reagentes, aumentando, portanto, a frequência de colisões. Assim, a velocidade dessas reações também será aumentada. Na verdade, é uma conclusão natural: um pedaço de ferro metálico será consumido mais rapidamente se colocado em um ácido clorídrico 5 M do que se colocado no mesmo ácido em concentração 1 M. Influência da temperatura O aumento na temperatura de ocorrência de uma reação química aumenta a energia do sistema e provoca um aumento na frequência de colisões. Esse fato já seria suficiente para explicar por que o aumento da temperatura aumenta a velocidade de uma reação química. No entanto, uma explicação melhor pode ser colocada pelaanálise das curvas de distribuição de Maxwell-Boltzmann, cujo perfil é mostrado a seguir. T 1 N úm er o de p ar tíc ul as T 2 T 1 < T 2 Energia E at E at 3 F B O N L I N E . C O M . B R ////////////////// 003.315 – 129516/18 Módulo de estudo Primeiramente, perceba que a temperatura maior não é a que sugere uma curva mais alta, e sim a que sugere uma curva mais extensa, que cobre maior região ao longo do eixo x. Logo, T 2 > T 1 . Uma maior temperatura implica em maior agitação de partículas e, portanto, maior energia cinética. Uma maior energia cinética, por sua vez, implica em maior número de partículas com energia superior à energia de ativação, gerando mais colisões efetivas e, finalmente, possibilitando maior velocidade de reação. Observações: 1. Um aumento de 10 °C na temperatura geralmente duplica a velocidade das reações químicas. Isso é conhecido como Regra de Van’t Hoff; 2. Quando se comparam reações submetidas às mesmas condições operacionais (temperatura, pressão e concentração), a reação que mais é influenciada pela temperatura é a de maior energia de ativação. Esse fato pode ser comprovado ao se analisar o número de partículas com energia superior à energia de ativação no gráfico de Maxwell-Boltzmann. Influência da pressão (para reagentes em fase gasosa) O aumento da pressão, quando se trata de reagentes em fase gasosa, tem comportamento semelhante ao do aumento da concentração. Aumentar a pressão de um gás significa submetê-lo a um menor volume e, portanto, a uma maior possibilidade de colisões entre as partículas reagentes. Isso gera um aumento na frequência de colisões, sem alterar a energia envolvida nessas colisões. Mesmo assim, há um consequente aumento na velocidade das reações. Influência da superfície de contato (para reagentes em fase sólida) O aumento da área superficial de um sólido aumenta o número de partículas em condições de sofrerem colisões, possibilitando maior chance de ocorrência de colisões efetivas. Assim, teremos maior frequência de colisões ao se aumentar a superfície de contato de um sólido. Mais uma vez, tem-se uma conclusão bem cotidiana: um comprimido efervescente reage mais rapidamente quando pulverizado (em pó, com maior área superficial) do que inteiro. Influência do catalisador A presença de catalisadores aumenta a velocidade das reações, pois o catalisador é uma espécie química que cria um novo caminho reacional de mais baixa energia de ativação e, consequentemente, de maior velocidade nas mesmas condições operacionais. São características clássicas de um catalisador: 1. Apesar de criar um novo mecanismo reacional de mais baixa energia de ativação, o catalisador não é consumido no processo global. Nas catálises homogêneas, o catalisador é consumido em suas etapas iniciais e regenerado ao final; 2. As reações que ocorrem na presença de catalisadores não modificam os valores de seu DH, DS e DG, pois os mesmos são funções de estado; 3. O catalisador não modifica a posição de equilíbrio, pois acelera as reações direta e inversa com a mesma intensidade. Por isso, um catalisador eficiente para uma determinada reação direta também será eficiente em sua reação inversa. Veja o gráfico de uma reação exotérmica, que ocorre em uma única etapa, mostrando a influência do catalisador. H (entalpia) E at sem catalisador E at com catalisador reagentes produtos curva com catalisador caminho da reação ∆H < 0 curva sem catalisador Em relação aos tipos de catálise, as reações se dividem em: 1. Catálise homogênea: ocorre quando o catalisador e os reagentes estão na mesma fase. É comum para reações em fase gasosa e em solução aquosa: 2 22 2 2 2H O H O Oaq g I aq ( ) ( ) ( ) ( ) − → + 2. Catálise heterogênea: ocorre quando catalisador e reagentes estão em fases distintas. É o caso mais comum na indústria. Observe o exemplo: CO H CH + H O(g) 2(g) (g) 2 (g) Fe(s)+ →3 4 Observação: Reações de autocatálise são aquelas em que um de seus produtos atua como catalisador. A reação inicia lenta. À medida que os produtos vão aparecendo, ela vai tornando-se mais rápida. Exercícios 01. A equação 4 HBr + O 2 → 2 H 2 O + 2 Br 2 pode ser mostrada nas seguintes etapas I. HBr + O 2 → HOOBr (lenta) II. HOOBr + HBr → 2 HBrO (rápida) III. 2 HBrO + 2 HBr → 2 H 2 O + 2 Br 2 (rápida) A expressão que determina a velocidade da reação principal é a da alternativa A) v = k[HOOBr] [HBr] B) v = k[HBrO]2 [HBr]2 C) v = k[H 2 O]2 [Br 2 ]2 D) v = k[HBr]4 [Br 2 ]2 E) v = k[HBr] [O 2 ] 4F B O N L I N E . C O M . B R ////////////////// Módulo de estudo 003.315 – 129516/18 02. Para a reação CO (g) + C 2(g) → COC 2(g) , dois mecanismos são propostos: I. C 2 + CO → CC 2 + O (lento) O + C 2 → C 2 O (rápido) C 2 O + CC 2 → COC 2 + C 2 (rápido) II. C C C CO COC C COC COC C 2 2 2 2 + + → + (rápido) (rápido) (lento) Que mecanismo é coerente com a equação de velocidade observada v = k[CO] · [C 2 ]3/2? Justifique. 03. A reação entre os reagentes NO e O 2 para produzir NO 2 foi estudada em função da velocidade inicial de consumo de O 2 , de acordo com a tabela a seguir. Experimento [NO], mol/L [O2], mol/L Velocidade (mol/L·s) 1 0,10 0,20 2,0 · 10–4 2 0,10 0,40 4,0 · 10–4 3 0,30 0,20 1,8 · 10–3 A) Obtenha a lei de velocidade para a reação descrita. B) Um mecanismo proposto foi: 2 2 1 1 2 2 2 2 2 2 2 NO N O N O O NO k k k − + → Obtenha a lei de velocidade sugerida por esse mecanismo de acordo com a teoria de estado estacionário. C) Qual a simplificação necessária para que o mecanismo em (B) seja compatível com a lei de velocidade (A)? D) Dentre os gráficos a seguir, escolha, justificando, qual o que melhor representa comportamento de reação: en er gi a coordenada de reação en er gi a coordenada de reação en er gi a coordenada de reação en er gi a coordenada de reação en er gi a coordenada de reação en er gi a coordenada de reação A) B) C) D) E) F) 04. A reação expressa pela equação 2 PQ + 2 R 2 → P 2 + 2 R 2 Q, a 100 ºC, apresenta o seguinte mecanismo: I. 2 PQ + R 2 → P 2 Q + R 2 Q (etapa lenta) II. P 2 Q + R 2 → P 2 + R 2 Q (etapa rápida) De acordo com o enunciado, assinale o item falso. A) Dobrando a concentração do PQ, a velocidade da reação será quadruplicada. B) Dobrando a concentração do R 2 , a velocidade da reação também dobrará. C) Triplicando a concentração do PQ e do R 2 , a velocidade da reação ficará nove vezes maior. D) A equação da velocidade da reação é V = K · [PQ]2 · [R 2 ]. E) A ordem global da reação é de terceira ordem. 05. (UFPE) A cinética da reação entre o óxido nítrico e o oxigênio 2 NO + O 2 → 2 NO 2 (equilíbrio rápido) é compatível com o seguinte mecanismo: NO +O 2 → OONO (equilíbrio rápido) NO + OONO → 2 NO 2 (etapa lenta) A lei de velocidade para essa reação ( ) é de primeira ordem em relação ao NO. ( ) não depende da concentração do intermediário OONO. ( ) é de segunda ordem em relação ao NO 2 . ( ) é de segunda ordem em relação a ambos os reagentes. ( ) não apresenta constante de velocidade. 06. (UFPE) Um determinado defensivo agrícola, quando exposto ao meio ambiente, decompõe-se através de uma reação química. Considerando que a velocidade de decomposição, medida em laboratório, apresentou os resultados a seguir: Concentração inicial (g/L) Velocidade inicial de decomposição (g/L · mês) 0,1 0,002 0,2 0,004 0,6 0,012 Analise as afirmativas a seguir e assinale o item incorreto. A) A decomposição desse defensivo segue uma cinética de primeira ordem. B) O tempo para que a concentração do defensivo se reduza a valores desprezíveis independe da sua concentração inicial. C) A constante de decomposição do defensivo é de 0,02 mês–1. D) O tempo de meia vida do defensivo é de [0,02/ln(2)] mês. E) A velocidade inicial de decomposição do defensivo é de0,006 g/L.mês para uma concentração inicial de 0,3 g/L. 07. (ITA) Considere as seguintes equações que representam reações químicas genéricas e suas respectivas equações de velocidade: I. A → produtos; v I = k I [A] II. 2 B → produtos; v II = k II [B]2 Considerando que, nos gráficos, [X] representa a concentração de A e de B para as reações I e II, respectivamente, assinale a opção que contém o gráfico que melhor representa a lei de velocidade das reações I e II. A) 1 [x] II I tempo 1 [x] II I tempo II I tempo II I tempo [x] [x] II I tempo �n[x] B) 1 [x] II I tempo 1 [x] II I tempo II I tempo II I tempo [x] [x] II I tempo �n[x] 5 F B O N L I N E . C O M . B R ////////////////// 003.315 – 129516/18 Módulo de estudo C) 1 [x] II I tempo 1 [x] II I tempo II I tempo II I tempo [x] [x] II I tempo �n[x] D) 1 [x] II I tempo 1 [x] II I tempo II I tempo II I tempo [x] [x] II I tempo �n[x]E) 1 [x] II I tempo 1 [x] II I tempo II I tempo II I tempo [x] [x] II I tempo �n[x] • Texto para as questões 08 e 09. As questões a seguir se referem aos dados experimentais abaixo para a reação em fase gasosa 2A + B → C: Experimento [A]0 (mol/L) [B]0 (mol/L) Velocidade inicial (mol/L.s) 1 2,0 3,0 9,0 · 101 2 3,0 4,0 2,4 · 102 3 4,0 5,0 5,0 · 102 08. O valor numérico da constante de velocidade para a reação anterior, utilizando as unidades expostas na tabela, é de A) 2,0 B) 2,5 C) 3,0 D) 4,0 E) 5,0 09. Em qual alternativa está expresso um mecanismo coerente com a lei de velocidade da reação anterior. A) A + B → I (etapa lenta) A + I → C (etapa rápida) B) A + B I (equilíbrio rápido) A + I → C (etapa lenta) C) 2 B I (equilíbrio rápido) A + I → X + B (lenta) A + X → C (muito rápida) D) 2 A I (equilíbrio rápido) I + B → C (lenta) E) reação elementar: 2 A + B → C 10. Considere a reação de 2ª ordem com lei de velocidade v = k · [A]2, onde A é o reagente. A variação na concentração de A com o tempo é dada na tabela abaixo: tempo (s) 0 400 [A] (mol/L) 0,5 0,1 Diante dos dados fornecidos, assinale a única alternativa falsa. A) A constante de velocidade é 2 · 10–2 L · mol–1 · s–1. B) O tempo de meia-vida para o reagente A, a partir do momento inicial, é 100 s. C) A concentração de A, no tempo 900 s, será 0,05 mol/L. D) A meia-vida da reação diminui com o consumo do reagente, indicando maior velocidade de reação com a evolução da reação. E) Se a reação corresponder a um processo elementar, pode-se afirmar que se trata de uma reação bimolecular. 11. Para a reação A → produtos, com concentração inicial [A] 0 = 0,6 mol · L–1, são tabelados os valores de ([A]/[A] 0 ) ao longo do tempo. Veja: tempo (s) [A]/[A]0 0 1 100 0,8290 200 0,6872 300 0,5697 400 0,4723 600 0,3246 1000 0,1533 De posse desses dados, determine, justificando A) a ordem de reação; B) a expressão matemática numérica (não é necessário calcular) que fornece o valor da constante de velocidade, com sua unidade. 12. A reação de decomposição do peróxido de hidrogênio, em solução aquosa, pode ocorrer de acordo com o seguinte diagrama energético e com o mecanismo: 1a etapa: H 2 O 2(aq) + I– (aq) → H 2 O () + IO – (aq) 2a etapa: H 2 O 2(aq) + IO– (aq) → H 2 O () + O2(g) + I – (aq) H (kJ) A B C coordenada de reação Sobre o gráfico e o mecanismo anteriores, assinale a afirmação correta. A) A se refere ao reagente H 2 O 2(aq) . B) A espécie I–, por ser catalisadora, não deve aparecer na lei de velocidade. C) B se refere às espécies H 2 O () e IO – (aq) . D) A espécie IO– (aq) , que atua como catalisador, não é consumida no processo global. E) A lei de velocidade pode ser expressa por v = k·[H 2 O 2 ]·[I–]. 13. (ITA) Considere quatro séries de experimentos em que quatro espécies químicas (X, Y, Z e W) reagem entre si, à pressão e temperatura constantes. Em cada série, fixam-se as concentrações de três espécies e varia-se a concentração (C 0 ) da quarta. Para cada série, determina-se a velocidade inicial da reação (v 0 ) em cada experimento. Os resultados de cada série são apresentados na figura, indicados pelas curvas x, y, z e w, respectivamente. 6F B O N L I N E . C O M . B R ////////////////// Módulo de estudo 003.315 – 129516/18 Com base nas informações fornecidas, assinale a opção que apresenta o valor correto da ordem global da reação química. A) 3 B) 4 C) 5 D) 6 E) 7 14. A reação entre os reagentes A e B é regida pela lei de velocidade v = k · [A]2 · [B]. De acordo com a tabela a seguir, a velocidade do experimento 2 deve ser: Experimento [A], mol/L [B], mol/L Velocidade (mol/L · s) 1 0,10 0,20 R 2 0,30 0,40 ???? A) 3R B) 6R C) 12R D) 18R E) 24R 15. (ITA) A figura apresenta cinco curvas (I, II, III, IV e V) da concentração de uma espécie X em função do tempo. Considerando uma reação química hipotética representada pela equação X (g) → Y (g), assinale a opção correta, que indica a curva correspondente a uma reação química que obedece a uma lei de velocidade de segunda ordem em relação à espécie X. Tempo (s) 12 10 8 6 4 2 0 0 2 4 6 8 10 C on ce nt ra çã o de x (m m ol L– 1 ) III IV V II I A) Curva I B) Curva II C) Curva III D) Curva IV E) Curva V 16. A primeira explicação bem-sucedida das reações unimoleculares foi a oferecida por Frederick Lindemann, em 1921, e aperfeiçoada por Cyril Hinshelwood. No mecanismo de Lindemann-Hinshelwood, admite-se que a molécula do reagente A fica inicialmente ativada, formando a espécie A*, antes de se formar o produto final P. Observe o mecanismo completo: A A A A A P k k k a a b + + → − ∗ ∗ A respeito da velocidade de formação de produtos, são feitas as seguintes afirmações: I. A velocidade de formação do produto P é dada por V k k k k P a b b a = ⋅ ⋅ + ⋅− [A] [A] . 2 ; II. Se a 2a etapa é lenta, a reação pode ser descrita como 1a ordem em A; III. Se a [A] se torna muito baixa, a reação assume uma cinética de 2a ordem. São corretas, apenas, A) I B) II C) II e III D) I e II E) I, II e III –0,2 –0,4 –0,6 –0,8 –1,0 –1,0 –0,9 –0,8 –0,7 w z y x log C 0 lo g v 0 17. Um mecanismo proposto para a reação CHC 3(g) + C 2(g) → CC 4(g) + HC (g) é dado por: C 2(g) 2 C (g) C (g) + CHC 3(g) → CC 3(g) + HC (g) C 2(g) + CC 3(g) → CC 4(g) + C (g) A lei de velocidade associada ao consumo de CHC 3 é A) v = k.[C 2 ] B) v = k.[C].[CHC 3 ] C) v = k.[C 2 ].[CHC 3 ] D) v = k.[C 2 ]1/2.[CHC 3 ] E) v = k.[C 2 ]3/2.[CHC 3 ] 18. Em relação aos conceitos sobre cinética química e equilíbrio químico, assinale a única alternativa falsa. A) Se a curva log[A] versus tempo é uma reta de inclinação negativa, a reação A → produtos é de 1ª ordem. B) Em uma reação elementar e em fase gasosa do tipo A + B → produtos, se a lei de velocidade pode ser escrita por v = k.[A], significa que a reação se comporta como reação de pseudo 1ª ordem. C) Em uma reação de ordem zero do tipo A → produtos, a velocidade se mantém constante em relação a [A] e, portanto, o tempo de meia vida diminui com a evolução da reação. D) Em reações de 2ª ordem do tipo A → produtos, o gráfico [A] versus tempo é uma parábola com concavidade voltada para cima. E) Em reações de 1ª ordem do tipo A → produtos, o gráfico [A] versus tempo possui perfil exponencial. 19. Uma amostra contendo, inicialmente, apenas a espécie A, sofre a sequência de reações a seguir, todas de 1ª ordem, semelhantes a decaimentos radioativos: A k 1 B k 2 C A reação é realizada, sob temperatura constante, em reator de volume fixo. Os valores de k 1 e k 2 são tais que as porcentagens de cada espécie, em mol, são fornecidas no gráfico a seguir. 0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50 55 60 65 70 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 megatnecrop tempo (minutos) A B C Sabendo que ln2 = 0,7,assinale a única alternativa incorreta em relação às reações anteriores. A O tempo de meia-vida para o consumo de A é de aproximadamente 23 minutos. B) A constante de velocidade para a transformação de A em B é de 0,03 min–1, aproximadamente. C) A velocidade de formação de C é a mesma que a de consumo de B. D) O tempo de meia-vida para o consumo de B é menor que o de consumo de A. E) A constante k 1 é maior que a constante k 2 . 7 F B O N L I N E . C O M . B R ////////////////// 003.315 – 129516/18 Módulo de estudo 20. A reação do ozônio com átomos de oxigênio na presença de átomos de cloro pode ocorrer mediante o mecanismo de duas etapas elementares mostrado abaixo, junto com suas respectivas constantes de velocidade: O 3(g) + C (g) → O 2(g) + CO (g) k 1 = 5,2.109 L · mol–1 · s–1. O (g) + CO (g) → O 2(g) + C (g) k 2 = 2,6.1010 L · mol–1 · s–1. O valor mais próximo para a constante de velocidade (k) para a reação global, expresso em L.mol–1.s–1, é A) 5,2 · 109 B) 2,6 · 1010 C) 1,4 · 1020 D) 2,1 · 108 E) 3,1 · 1010 21. (Fuvest) Foram realizados quatro experimentos. Cada um deles consistiu na adição de solução aquosa de ácido sulfúrico, de concentração 1 mol/L, a certa massa de ferro. A 25 °C e 1 atm, mediram-se os volumes de hidrogênio desprendido em função do tempo. No final de cada experimento, sempre sobrou ferro que não reagiu. A tabela a seguir mostra o tipo de ferro usado em cada experimento e a temperatura e o volume da solução de ácido sulfúrico usado. O gráfico mostra os resultados. As curvas de 1 a 4 correspondem, respectivamente, aos experimentos. Tempo Vo lu m e de h id ro gê ni o 2 3 4 1 Experimento Material Temperatura/ ºC Volume da solução de H2SO4/mL A pregos 60 50 B limalha 60 50 C limalha 60 80 D limalha 40 80 A) 1-D; 2-C; 3-A; 4-B B) 1-D; 2-C; 3-B; 4-A C) 1-B; 2-A; 3-C; 4-D D) 1-C; 2-D; 3-A; 4-B E) 1-C; 2-D; 3-B; 4-A 22. (UFC) Uma das etapas da produção industrial de ácido nítrico envolve a reação de combustão da amônia (T = 1123 K) que, dependendo das condições, pode originar, além de água, NO ou N 2 como produto principal, conforme representado no gráfico de energia versus caminho da reação, ilustrado abaixo. En er gi a Po te nc ia l Caminho de Reação ∆H = –958kjmol–1 ∆H = –1306 kjmol–1 4N 2 4NH 2 4NH 2 4NO (I) (II) Sabendo-se que todas as espécies encontram-se no estado gasoso, a partir das informações contidas no gráfico e no enunciado da questão A) a equação termoquímica do caminho reacional cuja velocidade é mais afetada pelo aumento de temperatura; B) a velocidade de consumo de oxigênio em relação à velocidade de formação do produto principal da reação de maior energia de ativação, sabendo-se que a variação da concentração desse é de 10,0 mol · L–1, a cada cinco (05) minutos. Justificar através de cálculos numéricos. 23. (Fac. Albert Einstein - Medicin) Um comprimido efervescente, de 4,0 g de massa, contém bicarbonato de sódio, carbonato de sódio, ácido cítrico e ácido acetilsalicílico, todos sólidos, brancos, solúveis em água. Ao adicionar o comprimido à água, o ácido cítrico reage com o carbonato e o bicarbonato de sódio, gerando gás carbônico. Foram realizados 4 experimentos para estudar a cinética da reação envolvendo os reagentes presentes no comprimido efervescente, sendo que a condição de cada experimento encontra-se descrita seguir. Experimento 1. O comprimido inteiro foi dissolvido em 200 mL de água a 25 ºC. Experimento 2. Dois comprimidos inteiros foram dissolvidos em 200 mL de água a 25 C. Experimento 3. O comprimido triturado (4,0 g) foi dissolvido em 200 mL de água a 25 ºC. Experimento 4. O comprimido inteiro foi dissolvido em 200 mL de água a 50º C. Em cada experimento, recolheu-se gás carbônico, produzido nas mesmas condições de temperatura e pressão, até se obter 100 mL de gás, registrando-se o tempo decorrido (t). A alternativa que apresenta adequadamente a comparação entre esses tempos é A) t 1 < t 2 t 1 = t 3 t 1 > t 4 B) t 1 = t 2 t 1 > t 3 t 1 < t 4 C) t 1 < t 2 t 1 > t 3 t 1 > t 4 D) t 1 > t 2 t 1 < t 3 t 1 = t 4 24. (UFPE) Você está cozinhando batatas e fazendo carne grelhada, tudo em fogo baixo, em um fogão a gás. Se você passar as duas bocas do fogão para o fogo alto, o que acontecerá com o tempo de preparo? A) Diminuirá para os dois alimentos. B) Diminuirá para a carne e aumentará para as batatas. C) Não será afetado. D) Diminuirá para as batatas e não será afetado para a carne. E) Diminuirá para a carne e permanecerá o mesmo para as batatas. 8F B O N L I N E . C O M . B R ////////////////// Módulo de estudo 003.315 – 129516/18 25. (ITA) A figura a seguir representa o resultado de dois experimentos diferentes (I) e (II) realizados para uma mesma reação química genérica (reagentes → produtos). As áreas hachuradas sob as curvas representam o número de partículas reagentes com energia cinética igual ou maior que a energia de ativação da reação (E at ). Baseado nas informações apresentadas nessa figura, é correto afirmar que I II N úm er o de p ar tíc ul as Energia cinética das partículas E at A) a constante de equilíbrio da reação, nas condições do experimento I , é igual à da reação nas condições do experimento II. B) a velocidade medida para a reação, nas condições do experimento I, é maior que a medida nas condições do experimento II. C) a temperatura do experimento I é menor que a temperatura do experimento II. D) a constante de velocidade medida nas condições do experimento I é igual à medida nas condições do experimento II. E) a energia cinética média das partículas, medida nas condições do experimento I, é maior que a medida nas condições do experimento II. 26. (Fatec) Magnésio interage com ácidos, segundo a equação Mg (s) + 2 H+ (aq) → Mg2+ (aq) + H 2(g) Para o estudo da reação, duas experiências foram realizadas, tendo-se usado massas iguais de magnésio e volumes iguais de HC 1 mol/L e CH 3 COOH 1 mol/L. Os volumes de hidrogênio liberado foram medidos a cada 30 s. Os resultados foram projetados em gráfico, como se mostra a seguir. Vo lu m e de h id ro gê ni o (c m 2 ) 180 150 120 90 60 30 30 40 60 80 100 1200 Exp. 1 Exp. 2 Tempo (s) Das afirmações feitas sobre esse estudo, todas estão corretas, exceto uma. Assinale-a. A) A rapidez de liberação de H 2 foi maior na exp. 1 do que na 2. B) Na solução ácida usada na exp. 1, havia maior concentração de íons H+. C) O ácido utilizado na exp. 1 foi CH 3 COOH 1 mol/. D) Pode-se estimar que, na exp. 1, todo o magnésio foi consumido ao fim de 55 s, aproximadamente. E) Pode-se estimar que, em ambas as experiências, o volume total de H 2 liberado foi 150 cm3, embora em tempos diferentes. 27. Em duas condições distintas, a decomposição do NH 4 NO 3 , por aquecimento, conduz a diferentes produtos. (1) Com NH 4 NO 3 puro: NH 4 NO 3(s) aquecimento → N2O(g) + 2 H2O(g) + 169 kJ. (2) NH 4 NO 3 em presença de impurezas de cloreto: NH 4 NO 3(s) aquecimento → N2(g) + 2 H2O(g) + 1/2 O2(g) + 273 kJ. As seguintes afirmações são feitas: I. O caminho reacional (2), por ser mais exotérmico, deve ser o de menor energia de ativação; II. O caminho reacional mais favorecido pelo aumento de temperatura é o caminho (2), por possuir maior energia de ativação; III. As impurezas de cloreto atuam como catalisadores da reação da decomposição do NH 4 NO 3(s) , segundo o caminho reacional (2); IV. Sem as impurezas de cloreto, o caminho reacional (2) assume caráter não espontâneo; V. Sem as impurezas de cloreto, a formação de N 2 é menos favorecida, apesar de mais exotérmica. São corretas A) I, II, III e IV, apenas. B) II, III, IV e V, apenas C) II, III e V, apenas. D) I, II, IV e V, apenas. E) III, IV e V, apenas. 28. (ITA) Considere as seguintes afirmações relativas a reações químicas ocorrendo sob as mesmastemperatura e pressão e mantidas constantes. I. Uma reação química, realizada com a adição de um catalisador, é denominada heterogênea se existir uma superfície de contato visível entre os reagentes e o catalisador; II. A ordem de qualquer reação química, em relação à concentração do catalisador, é igual a zero; III. A constante de equilíbrio de uma reação química realizada com a adição de um catalisador tem valor numérico maior do que o da reação não catalisada; IV. A lei de velocidade de uma reação química realizada com a adição de um catalisador, mantidas constantes as concentrações dos demais reagentes, é igual àquela da mesma reação não catalisada; V. Um dos produtos de uma reação química pode ser o catalisador dessa mesma reação. Das afirmações feitas, estão corretas A) apenas I e III. B) apenas I e V. C) apenas I, II e IV. D) apenas II, IV e V. E) apenas III, IV e V. 29. (Uerj) No preparo de pães e bolos, é comum o emprego de fermentos químicos, que agem liberando gás carbônico, responsável pelo crescimento da massa. Um dos principais compostos desses fermentos é o bicarbonato de sódio, que se decompõe sob a ação do calor, de acordo com a seguinte equação química: 2 NaHCO 3(s) → Na 2 CO 3(s) + H 2 O (g) + CO 2(g) 9 F B O N L I N E . C O M . B R ////////////////// 003.315 – 129516/18 Módulo de estudo Considere o preparo de dois bolos com as mesmas quantidades de ingredientes e sob as mesmas condições, diferindo, apenas, na temperatura do forno: um foi cozido a 160 ºC e o outro, a 220 ºC. Em ambos, todo o fermento foi consumido. O gráfico que relaciona a massa de CO 2 formada em função do tempo de cozimento, em cada uma dessas temperaturas de preparo, está apresentado em A) a) B) b) C) c) D) d) 30. (Unesp) Em um laboratório de química, dois estudantes realizam um experimento com o objetivo de determinar a velocidade da reação apresentada a seguir. MgCO 3(s) + 2 HC (aq) → MgC 2(aq) + H 2 O () +CO2(g) Sabendo que a reação ocorre em um sistema aberto, o parâmetro do meio reacional que deverá ser considerado para a determinação da velocidade dessa reação é A) a diminuição da concentração de íons Mg2+. B) o teor de umidade no interior do sistema. C) a diminuição da massa total do sistema. D) a variação da concentração de íons C–. E) a elevação da pressão do sistema. Gabarito 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 E – – 4 – D A E C D 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 – E C D E E D D D A 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 E – C E C C C B D C – Demonstração. Anotações SUPERVISOR/DIRETOR: MARCELO PENA – AUTOR: ANTONINO FONTENELLE DIG.: Zilmar – REV.: SARAH
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