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AULA 03 ABORDAGENS TEÓRICAS DA CONTABILIDADE - Classificação de Contas de Resultado

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ABORDAGENS TEÓRICAS DA 
CONTABILIDADE 
AULA 3 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Prof. Ivanildo Viana Moura 
 
 
2 
CONVERSA INICIAL 
Olá, tudo bem? Seja bem-vindo(a) à nossa aula! Neste encontro vamos 
tratar dos seguintes temas: 
1. Classificação de Contas de Resultado; 
2. Regimes de escrituração: Competência; 
3. Regimes de escrituração: Caixa; 
4. Conteúdo informacional dos Accruals; 
5. Aspectos conceituais do Método de Partidas Dobradas. 
Aproveite a leitura e pratique os conhecimentos adquiridos resolvendo os 
exercícios. Lembre-se: a melhor maneira de aprender é praticando. Bons estudos! 
CONTEXTUALIZANDO 
Anteriormente conhecemos um pouco sobre as contas patrimoniais, o 
conjunto de bens, direitos e obrigações que formam o patrimônio da entidade. 
Essas contas representam a origem de recursos (passivo e patrimônio líquido) e a 
aplicação de recursos (ativo) e são reconhecidas no balanço patrimonial da 
entidade. 
No entanto, existe um grupo de contas que não são reconhecidas no 
balanço patrimonial, justamente por não fazer parte do patrimônio, mas, sim, 
contas que demonstram como a empresa chegou ao resultado de um período, ou 
seja, lucro ou prejuízo, fazendo a confrontação de receitas e despesas incorridas 
no período. A essas contas damos o nome de contas de resultado e serão 
estudadas nesta aula. 
Por estarmos falando das contas de resultado, importante também 
destacar sobre os regimes de escrituração, visto que estes podem ter impacto 
direto no resultado de um período, e veremos também que o regime de 
competência nos traz conceitos como accruals, que também serão estudados. 
Por fim, estudaremos o método das partidas dobradas, mais 
especificamente sua parte conceitual, visando a identificar cada grupo de contas e 
sua natureza para o correto lançamento dos fatos contábeis. 
 
 
 
3 
TEMA 1 – CLASSIFICAÇÃO DE CONTAS DE RESULTADO 
O conjunto de contas patrimoniais evidencia o patrimônio da entidade e é 
demonstrado pelo balanço patrimonial. Nesse grupo de contas, a empresa 
registra todos os seus bens, seus direitos e suas obrigações, e por meio de uma 
equação simples (equação patrimonial básica) pode-se evidenciar a situação 
líquida do patrimônio. 
Como vimos antes, quando a entidade se encontra em situação líquida 
negativa, o motivo de tal situação está principalmente relacionado a resultados 
negativos, ou seja, prejuízos acumulados no decorrer de exercícios anteriores. 
Nesse sentido, surge uma questão importante a ser considerada no contexto das 
atividades contábeis: de que forma é apurado o resultado do exercício? Quais 
contas são utilizadas para fazer essa apuração? 
Para responder a essa pergunta, vamos falar sobre os aspectos 
operacionais da entidade. Quando uma empresa se encontra em funcionamento, 
ela constantemente estará incorrendo em aquisições de bens e/ ou serviços 
necessários para a manutenção de suas atividades. Essas aquisições farão 
alterações no patrimônio, podendo incorrer em aumento ou diminuição do ativo 
(bens e direitos), assim como no passivo (obrigações), o que pode também afetar 
a situação líquida patrimonial (patrimônio líquido). 
Por exemplo: a empresa paga uma conta de energia elétrica. O valor 
mensal do uso desse recurso será registrado no patrimônio, mais especificamente 
no passivo, numa conta chamada de energia elétrica a pagar. Essa conta 
representa uma obrigação da entidade para com a empresa fornecedora de 
energia elétrica. 
Enquanto obrigação, ela é uma conta patrimonial, mas deverá ser paga em 
algum momento. Dessa forma, no momento em que a empresa incorrer no 
pagamento dessa obrigação, ela é baixada do grupo patrimonial e se transforma 
em uma conta de resultado, classificando-se como despesa. 
Do mesmo modo acontece com os produtos e/ ou serviços que a empresa 
vende. Ao fabricar um determinado produto, ele fica registrado no ativo da 
empresa pelo valor de todos os custos incorridos na sua produção. A empresa 
estabelece um preço de venda que deverá ser maior que o custo de fabricação 
desse item, e, ao vendê-lo, ele gera uma receita e também uma despesa (custo) 
que deverão ser lançadas na demonstração de resultado do exercício. 
 
 
4 
Nesse entendimento, algumas contas patrimoniais geram entradas de 
recursos, enquanto outras geram saídas de recursos. As entradas são 
classificadas como receitas e as saídas são classificadas como despesas ou 
custos. Nesse contexto, “as contas de resultado representam basicamente as 
receitas, custos e despesas incorridos num determinado período pela empresa. 
São contas oriundas da movimentação das origens e das aplicações de recursos 
que a empresa possui” (Araújo; Assaf Neto, 2010, p. 170). 
O resultado do período é evidenciado fazendo a confrontação das receitas 
e despesas/ custos auferidos pela entidade num determinado período. Segundo 
Ferrari (2013, p. 109), “o resultado (ou rédito) de uma entidade, num determinado 
período, poderá ser lucro ou prejuízo. Será lucro se o total de receitas auferidas 
pela entidade for maior que o total de despesas. Será prejuízo caso contrário, isto 
é, se as despesas ultrapassarem as receitas”. 
O esquema a seguir mostra a relação das contas patrimoniais com as 
contas de resultado. 
Quadro 1 – Relação das contas patrimoniais com as contas de resultado 
 
Nesse contexto, é importante saber distinguir as contas patrimoniais das de 
resultado, pois elas possuem classificação distinta, conforme a Figura 1: 
 
 
5 
Figura 1 – Classificação das contas 
 
As contas de resultado são importante medida de desempenho da 
entidade, pois evidenciam a quantidade de receitas auferidas e todos os custos e 
despesas incorridos na obtenção dessas receitas. No entanto, é importante 
ressaltar que existem princípios a serem observados para a apuração do 
resultado, e um deles é o da competência. 
TEMA 2 – REGIMES DE ESCRITURAÇÃO: COMPETÊNCIA 
A origem da contabilidade está relacionada ao controle patrimonial, e, 
desde seu surgimento até os dias atuais, a contabilidade preocupa-se com esse 
controle. Segundo Padoveze (2016), a metodologia contábil de controle 
patrimonial é a identificação, o registro, a classificação e a mensuração dos fatos 
contábeis. 
Os registros dos fatos administrativos ou contábeis são também chamados 
de escrituração contábil, cuja técnica foi divulgada pelo frei Luca Pacioli, em 
1.494, com o nome de método das partidas dobradas. De acordo com Crepaldi 
(2010, p. 107), “a escrituração é a técnica contábil para registro dos fatos 
administrativos ocorridos na entidade”. Segundo o autor, o registro de cada fato 
chama-se lançamento, e cada lançamento é efetuado nos livros contábeis. 
Os fatos contábeis podem ocorrer em momentos distintos, e, por conta 
disso, os registros também poderiam ser realizados na ocorrência desses 
momentos, mas a lei age no sentido de determinar qual regime de escrituração 
deve ser adotado pelas empresas. 
Classificação das 
Contas
Contas 
Patrimoniais
Ativo Passivo
Patrimônio 
Líquido
Contas de 
Resultado
Receitas
Despesas/ 
Custos
 
 
6 
2.1 Regimes de Escrituração Contábil 
Os fatos contábeis têm sempre dois momentos de ocorrência: 
 Momento econômico; 
 Momento financeiro. 
Denominamos momento econômico aquele em que o evento provoca 
alteração no patrimônio empresarial no momento de sua geração ou 
identificação da existência. Na terminologia jurídica, o momento 
econômico é denominado do fato gerador da ocorrência. Já o momento 
financeiro é aquele em que o evento econômico provoca alteração nos 
elementos de caixa ou equivalentes de caixa, ou seja, quando estes são 
convertidos em moeda. (Padoveze, 2016, p. 30) 
Dessa forma, momento econômico e momento financeiro se distinguem, 
pois enquanto o primeiro provoca alterações no patrimônio no momento em que 
ocorre (fato gerador), o segundo só modifica o patrimônio no momento em que há 
entradasou saídas de dinheiro (caixa e/ ou equivalentes de caixa). 
Alguns exemplos de momentos econômico e financeiro são dados por 
Padoveze (2016): 
Quadro 2 – Fatos contábeis e seus momentos econômicos e financeiros 
Fato Contábil Momento econômico Momento financeiro 
Venda a prazo Data da venda Data do recebimento 
Venda à vista Data da venda Data da venda 
Compra a prazo Data da compra Data do pagamento 
Compra à vista Data da compra Data da compra 
Folha de pagamento Fim do mês Data do pagamento 
Serviço recebido Data da prestação do serviço Data do pagamento 
Tributos sobre compra Data da nota fiscal Data do recolhimento 
Tributos sobre venda Data da nota fiscal Data do recolhimento 
Tributos sobre o lucro Fim do mês ou trimestre Data do recolhimento 
Capital social Data do contrato ou estatuto Data da integralização 
Auto de infração Data do recebimento do auto Data do pagamento 
Juros de empréstimos Fim do mês Data do pagamento 
Juros de aplicação financeira Fim do mês Data do resgate 
Fonte: Padoveze, 2016, p. 30 
Pode-se perceber que na maioria dos fatos contábeis os momentos 
econômico e financeiro divergem um do outro, enquanto em outros fatos eles 
ocorrem simultaneamente. Perceba que isso ocorre geralmente nas vendas ou 
compras à vista, pois nesses fatos as entradas (venda à vista) e as saídas 
(compra à vista) de dinheiro ocorrem no mesmo momento do fato gerador. Dessa 
 
 
7 
forma, momento econômico e momento financeiro ocorrem ao mesmo tempo. Nos 
demais fatos as datas são diferentes. 
Se os fatos contábeis ocorrem em momentos diferentes, em qual eles 
devem ser registrados? 
 
Uma vez que os fatos contábeis podem ocorrer em momentos distintos, os 
princípios e as normas que regem a contabilidade é que determinam de que 
forma eles serão registrados. Existem dois regimes de escrituração, sendo eles: 
 Regime de Competência; 
 Regime de Caixa. 
O regime de escrituração a ser utilizado pelas empresas é determinado 
pelas leis, normas e princípios que regem a contabilidade. 
2.2 Regime de Competência 
Lei n. 6.404, de 15 de dezembro de 1976, art. 177: 
A escrituração da companhia será mantida em registros permanentes, 
com obediência aos preceitos da legislação comercial e desta Lei e aos 
princípios de contabilidade geralmente aceitos, devendo observar 
métodos ou critérios contábeis uniformes no tempo e registrar as 
mutações patrimoniais segundo o regime de competência. (Brasil, 1976) 
Conforme contexto anterior, a lei determina que a escrituração deve estar 
de acordo com os princípios de contabilidade, e evidencia o regime de 
competência. Dessa forma, para entender o regime de competência, vamos 
analisar o que diz a Resolução CFC n. 750, de 29 de dezembro de 1993, em seu 
art. 9º: 
Momento 
Econômico 
Momento 
Financeiro 
 
 
8 
“Art. 9º. O Princípio da Competência determina que os efeitos das 
transações e outros eventos sejam reconhecidos nos períodos a que se referem, 
independentemente do recebimento ou pagamento”. 
Com base no princípio da competência, verifica-se que os fatos contábeis 
devem ser registrados no momento em que ocorre o fato gerador de sua 
ocorrência, e não no momento em que ocorrem as respectivas entradas e saídas 
de caixa relacionadas a esses fatos. Dessa forma, entende-se que o regime de 
competência deve escriturar os fatos pelo momento econômico e não pelo 
momento financeiro. 
Embora a lei das sociedades por ações seja antiga, sua determinação 
continua valendo até os dias atuais, pois o Brasil, ao aderir às normas 
internacionais de contabilidade, continua fazendo valer o regime de competência 
como sendo o permitido para a escrituração dos fatos contábeis, conforme o 
Comitê de Pronunciamentos Contábeis Pronunciamento Técnico CPC 26 (2011): 
A entidade deve elaborar as suas demonstrações contábeis, exceto para 
a demonstração dos fluxos de caixa, utilizando-se do regime de 
competência. Quando o regime de competência é utilizado, os itens são 
reconhecidos como ativos, passivos, patrimônio líquido, receitas e 
despesas (os elementos das demonstrações contábeis) quando 
satisfazem as definições e os critérios de reconhecimento para esses 
elementos contidos na Estrutura Conceitual para Elaboração e 
Divulgação de Relatório Contábil-Financeiro. 
Perceba que o CPC menciona tanto as contas patrimoniais quanto as 
contas de resultado para o reconhecimento pelo regime de competência. Dessa 
forma, sempre que ocorrem fatos que venham a alterar o patrimônio da entidade, 
os registros devem ser realizados conforme o momento econômico, ou seja, pelo 
regime de competência. 
Diante de todo o exposto, o regime de competência é o regime de 
escrituração que registra os fatos contábeis no momento em que ocorre o fato 
gerador da ocorrência, ou seja, no momento econômico. Diante disso, o regime 
de competência é o que deve ser utilizado pelas empresas na escrituração dos 
fatos contábeis, conforme determina a lei. 
TEMA 3 – REGIMES DE ESCRITURAÇÃO: CAIXA 
O regime de caixa é uma “sistemática de registro contábil que considera 
apenas os pagamentos e os recebimentos da empresa, de acordo com a data de 
 
 
9 
entrada e de saída dos recursos financeiros – ou seja, somente no ato da 
movimentação financeira” (Bazzi, 2014, p. 175). 
Dessa forma, pelo regime de caixa o reconhecimento de despesas e 
receitas é realizado somente na data do seu pagamento ou recebimento. Esse 
regime não é aceito pela legislação brasileira, pois, conforme comentado no tema 
anterior, ele não atende aos princípios contábeis e nem às normas internacionais 
de contabilidade. 
De acordo com Marion (2009), embora o regime de caixa não seja aceito 
oficialmente, pode ser utilizado pelas empresas para contabilidade auxiliar, como 
valioso instrumento de controle e decisão. Conforme o autor, esse regime 
consiste basicamente em considerar como receita do exercício aquela que 
efetivamente foi recebida dentro do período, assim como as despesas, somente 
aquelas que foram pagas dentro do exercício. 
Para ficar mais claro o entendimento, imagine que uma determinada 
empresa faça uma venda de R$ 1.000,00, recebendo R$ 200,00 à vista e o 
restante dividido em quatro parcelas iguais. Considerando o regime de 
competência, o registro do fato consideraria como receita o valor total da venda, 
ou seja, os R$ 1.000,00, mas considerando o regime de caixa, somente seria 
registrado o valor que efetivamente foi recebido no momento em que entrou 
dinheiro no caixa, ou seja, os R$ 200,00. O restante do valor somente seria 
reconhecido quando entrasse dinheiro no caixa, ou seja, quando o cliente fizesse 
o pagamento das parcelas. 
3.1 Motivos da escolha do Regime de Competência para a Escrituração 
De acordo com o contexto anterior, o regime de caixa não permite o 
registro de fatos que ainda não ocorreram, ou seja, o registro de entradas e 
saídas de recursos que ainda não foram efetivados, enquanto o regime de 
competência faz os registros independentemente de pagamentos e recebimentos. 
Considerando esse contexto, por qual motivo a legislação e as normas 
contábeis determinam o regime de competência e não de regime de caixa para a 
escrituração dos fatos contábeis? Conforme exposto por Padoveze (2016, p. 39): 
Fundamentalmente, por dois motivos: (1) só o regime de competência 
identifica o momento da geração do evento econômico; (2) o regime de 
competência, ao identificar o momento da geração do econômico, 
automaticamente identifica a geração de um direito ou de uma 
obrigação, permitindo o controle posterior desses direitos e dessas 
obrigações no Balanço Patrimonial. 
 
 
10 
Diante do exposto, percebe-se que o uso do regime de competência 
também visa a evidenciação de informações que são de suma importância para 
os usuários da informação contábil, pois o regime de caixa não demonstraria as 
contas relacionadas a pagamentos e recebimentos futuros da entidade, deixandode demonstrar direitos e obrigações da empresa, informações essas que podem 
impactar na tomada de decisão. 
Ainda de acordo com Padoveze (2016, p. 31), sobre o motivo da escolha 
do regime de competência para escrituração: 
Esse regime é de fundamental importância para o entendimento da 
apuração do lucro, como os eventos de Despesas e Receitas. Assim, as 
Despesas e as Receitas devem ser registradas como tais no momento 
econômico de sua ocorrência, independentemente da data de seu 
pagamento. Dessa maneira, fica claro que a contabilidade não trabalha 
com o regime de caixa – o regime financeiro – para a apuração do lucro 
do período. O lucro sempre será apurado pelo regime de competência. 
Dessa forma, têm-se também na escolha do regime de competência uma 
forma de medição de desempenho operacional da entidade, visto que ele 
possibilita a confrontação de todas as despesas e receitas de um mesmo 
exercício para a apuração do resultado do período. No entanto, um detalhe deve 
ser ressaltado nesse contexto: no resultado evidenciado pelo regime de 
competência, são considerados os valores não recebidos e os valores não pagos, 
bem como outros valores referentes às contas que não movimentam caixa, o que 
se pode chamar em contabilidade de accruals. 
TEMA 4 – CONTEÚDO INFORMACIONAL DOS ACCRUALS 
O Comitê de Pronunciamentos Contábeis, por meio de seu texto R1 
Estrutura Conceitual para Elaboração e Divulgação de Relatório Contábil-
Financeiro (2011) informa que 
o regime de competência retrata com propriedade os efeitos de 
transações e outros eventos e circunstâncias sobre os recursos 
econômicos e reivindicações da entidade que reporta a informação nos 
períodos em que ditos efeitos são produzidos, ainda que os 
recebimentos e pagamentos em caixa derivados ocorram em períodos 
distintos. 
Conforme estudado no Tema 3, o regime de caixa não considera valores 
ainda não pagos e não recebidos, pois o momento financeiro ainda não ocorreu. 
Por outro lado, o regime de competência considera esses valores, conforme 
determinado pela legislação. Dessa forma, percebe-se que o uso de um ou de 
 
 
11 
outro regime pode impactar no resultado da empresa. Diante disso, o que seria o 
lucro para a entidade que reporta essa informação? 
4.1 Conceito de lucro 
Se o regime de caixa reconhece somente recebimentos e pagamentos no 
momento em que ocorreram, significa dizer que ele não considera as vendas a 
prazo como receita, assim como não considera as compras a prazo como 
despesas antes que ocorra a movimentação no caixa. Diante disso, se a empresa 
faz a escrituração pelo regime de caixa, o que acontece com a conta clientes, 
com a conta de fornecedores, e com as demais contas que não movimentam 
recursos? Mais ainda, o que acontece com o resultado do período? 
Para explicar esse contexto, vamos analisar o trecho a seguir sobre o 
objetivo de se estabelecer o regime de competência para a escrituração dos fatos 
contábeis: 
O objetivo da contabilidade é claro: o que provoca o lucro é o momento 
econômico da transação, o momento de sua ocorrência. Assim, a 
questão do prazo para efetivação financeira da transação é vista apenas 
como um expediente natural em finanças e em economia, para dar maior 
flexibilidade para os negócios e permitir mais opções para realização das 
transações. (Padoveze, 2016, p. 31) 
O que o autor nos traz com esse contexto é que para a contabilidade, o 
conceito de lucro está relacionado aos fatos ocorridos no momento econômico, ou 
seja, não importa se a empresa já recebeu todos os valores referentes à venda de 
seus produtos, mercadorias ou serviços, nem se ela já pagou por todas as suas 
despesas; mas o que importa mesmo é saber o quanto ela vendeu e o quanto 
gastou dentro de um determinado período. A confrontação entre as contas de 
receitas e despesas evidenciam o resultado do exercício, ou, se a empresa tiver 
um bom desempenho, o lucro. 
Mas o que seria o lucro propriamente dito, considerando o regime de 
competência? De acordo com Coelho e Lins (2010, p. 208): 
A apuração do resultado não se resume a uma mera questão 
matemática, a uma simples diferença de valores. É fruto de uma série de 
decisões que implicaram em ações que fizeram o patrimônio variar em 
quantidade e/ou qualidade. Quando essa variação configura-se positiva, 
temos o lucro e, quando negativa, o prejuízo. Lucro, é o montante que 
pode ser consumido sem reduzir o capital. O lucro representa o 
rendimento atribuído especificamente ao capital investido diretamente 
por uma empresa. A lucratividade pode ser medida a partir de um 
conjunto de operações dentro de um prazo de tempo devidamente 
estabelecido, sendo o lucro o resultado de várias receitas cujo somatório 
 
 
12 
apresenta-se superior ao volume de custos e despesas do mesmo 
período. 
Assim, temos o conceito de lucro evidenciando uma questão muito 
importante dentro da contabilidade, que é a tomada de decisão. Quando os 
autores mencionam o fato de o lucro ser “uma série de decisões que implicaram 
em ações que fizeram o patrimônio variar em quantidade e/ou qualidade” está 
relacionando basicamente às técnicas de mensuração e reconhecimento de itens 
patrimoniais que devem ser estimados dentro do exercício. 
Nesse contexto, temos a evidenciação de itens derivados do regime de 
competência que têm impacto direto no resultado do exercício e, caso a empresa 
tenha obtido um bom desempenho, em seu lucro. Assim, Takamatsu (2011, p. 18) 
explica como é formado o lucro (ou resultado) do período. 
Os lucros são constituídos, basicamente, pelos fluxos de caixa e pelos 
accruals. Os componentes de fluxos de caixa englobam receitas e 
despesas que corresponderam a efetivas entradas ou saídas de 
recursos financeiros no período. Por outro lado, os accruals são ajustes 
temporários aos fluxos de caixa. 
No contexto apresentado pela autora supracitada, tem-se a configuração 
do lucro levando em conta, em primeiro lugar, os fatos evidenciados pelo 
momento financeiro, ou seja, as entradas e saídas de dinheiro (fluxos de caixa). 
Por outro lado, a autora menciona os accruals como fatores que também 
influenciam o resultado do exercício, os quais são conceituados a seguir. 
4.2 Conceito de accruals 
Um fato que deve ser levado em conta na divulgação de informações aos 
usuários tomadores de decisões é que em decorrência da utilização do regime de 
competência devemos considerar os accruals, os quais impactam 
significativamente na evidenciação do resultado. 
De acordo com Martinez (2008), os accruals representam a diferença entre 
o lucro líquido e o fluxo de caixa operacional líquido da entidade. Para o autor, o 
conceito representa todas as contas que entram na contabilização do resultado do 
período, mas que não implicam na movimentação de disponibilidades. A figura a 
seguir demonstra essa relação: 
 
 
13 
Figura 3 – Evidenciação do resultado pelo regime de competência 
 
Fonte: Adaptado de Martinez, 2008 
Dessa forma, pode-se considerar como accruals todos os valores 
referentes a itens que se formaram nas contas patrimoniais e que serão lançados 
na demonstração de resultados para a evidenciação do resultado do exercício. 
Nesse entendimento, Takamatsu (2011, p. 8) explica que 
quando remetente ao balanço patrimonial, os accruals dizem respeito a 
obrigações de pagamentos e direitos de recebimentos no futuro. Quando 
empregado à Demonstração de resultado, o mesmo refere-se à parcela 
do resultado não realizada financeiramente, consequência da adoção do 
regime de competência. 
Nesse contexto, os accruals podem ser caracterizados como as contas 
patrimoniais que dizem respeito a direitos e obrigações da entidade e que tendem 
a impactar no resultado do exercício em decorrência da escrituração dos fatos 
pelo regime de competência. 
Alguns exemplos de contas que podem ser classificadas como accruals em 
decorrência da apuração de resultado pelo regime de competência: Clientes a receber; 
 Depreciação; 
 Provisões do ativo; 
 Fornecedores; 
 Provisões do passivo. 
Todas essas contas serão lançadas na demonstração de resultados para a 
apuração do lucro/ prejuízo do período. No entanto, elas ainda não movimentaram 
caixa, sendo que contas como a depreciação nem ao menos possuem essa 
característica, mas devem ser contabilizadas como uma despesa. 
Dessa forma, devemos considerar que os valores da conta de clientes a 
receber serão reconhecidos como receita do período, mesmo não tendo 
movimentado caixa ainda. Do mesmo modo, as provisões, os fornecedores e a 
depreciação serão lançados como despesas do período, mesmo ainda não tendo 
Fluxo de Caixa Accruals 
Resultado 
Contábil 
Lucro/Prejuízo 
 
 
14 
sido pagas. Dessa forma, tem-se a configuração dessas contas em accruals 
quando da apuração do resultado do exercício pelo regime de competência. 
Pode-se perguntar, então, em relação à apuração do resultado 
considerando valores que ainda não se realizaram, tanto das despesas quanto 
das receitas, seria correto fazer essa apuração? A mensuração do resultado a 
partir dessas contas não fica enviesada? Sobre esse contexto, Martinez (2008) 
explica que: 
Nada de errado existe no registro de accruals; na verdade, o intuito é 
mensurar o lucro no seu sentido econômico, aquele que representa 
acréscimo efetivo na riqueza patrimonial da unidade econômica, 
independente da movimentação financeira. A diferença entre a 
contabilidade pelo regime de caixa e a contabilidade pelo regime de 
competência reside no aspecto temporal de reconhecimento de receitas 
e despesas. A longo prazo, os dois sistemas proporcionam o mesmo 
resultado. Entretanto, no curto prazo, o processo de reconhecimento de 
receitas e despesas cria diferenças. 
O regime de competência tende a evidenciar a performance da entidade ao 
considerar os accruals na mensuração do resultado de um determinado período. 
Dessa forma, esse regime de escrituração faz com que sejam reportadas 
informações aos usuários da contabilidade não somente de valores já realizados, 
tanto na forma de receitas quanto de despesas, mas também de direitos e 
obrigações que a entidade possui. 
TEMA 5 – ASPECTOS CONCEITUAIS DO MÉTODO DE PARTIDAS DOBRADAS 
Conforme visto anteriormente, os regimes de escrituração visam a registrar 
os fatos contábeis ou administrativos, que atualmente também podem ser 
conceituados como eventos econômicos. Segundo Padoveze (2016), o registro de 
eventos econômicos em contas contábeis dá-se por débitos e créditos, sendo que 
os primeiros aumentam um saldo devedor e diminuem um saldo credor. Por outro 
lado, segundo o autor, os registros a crédito aumentam um saldo credor e 
diminuem um saldo devedor. 
Os conceitos de débito e crédito adotados pela contabilidade tiveram seu 
início com a divulgação do livro do frei Luca Pacioli, em 1494. De acordo com 
Favero et al. (2011), a ideia central desse método consiste no fato de que em 
qualquer operação realizada haverá para cada débito um crédito de igual valor. 
De modo análogo, Crepaldi (2010, p. 109) explica o funcionamento do método: 
Em consequência, no método das partidas dobradas, o registro de um 
fato administrativo exige a movimentação de, no mínimo, duas contas. 
 
 
15 
Por esta razão o somatório dos valores creditados, em todas as contas, 
a qualquer época, será sempre igual aos valores debitados. O 
lançamento em duplicidade, de um débito e um crédito, sempre de 
mesmo valor, dá uma garantia relativa de que estes foram efetuados 
corretamente. No método das partidas dobradas, o lançamento a débito 
sempre corresponde à aplicação e o crédito à origem, considerando que 
o fato administrativo sempre apresenta esta situação. De forma 
simplificada, poderíamos dizer: o dinheiro sai de um lugar (origem) e vai 
para outro (aplicação). 
Nesse entendimento, tem-se a caraterização da origem e aplicação de 
recursos conforme visto no Tema 2. Assim, conforme o autor supracitado, as 
contas de origem de recursos são as contas do passivo e patrimônio líquido, e as 
contas de aplicação de recursos são as contas do ativo. 
A origem das palavras débito e crédito, conforme Hendriksen e Van Breda 
(2007), remontam à Renascença, assim como outros termos, como lançamentos 
de diário, razão, contas, balancetes, balanços e demonstrações de resultados. Foi 
nesse período da história da contabilidade que surgiu o método das partidas 
dobradas, tendo todos esses termos surgido basicamente em decorrência do 
método. 
Os termos débito e crédito nos remetem a deveres e credores, conforme 
explicam Hendriksen e Van Breda (2007, p. 41): 
Dívidas, devedores, debêntures e débitos, por exemplo, são palavras 
que resultada da base debere, ou dever, cuja contração é dr, nos 
lançamentos de diário. Créditos vêm da mesma raiz da palavra credo, ou 
seja, algo em que se acredita, como a profissão de fé cristã enunciada 
no Credo dos Apóstolos. Também pode referir-se a pessoas nas quais 
se acredita, como credores – depositamos nelas nossa confiança, 
emprestando-lhes dinheiro. A origem latina é credere, cuja concentração 
é cr, nos lançamentos de diário. 
Nesse contexto, os lançamentos a débito e crédito evidenciam, 
respectivamente, a origem de recursos, a qual é creditada nos lançamentos; e 
sua aplicação, na qual o lançamento é realizado a débito, seguindo a metodologia 
das partidas dobradas, a qual determina que, a cada débito em uma ou mais 
contas de determinado valor, corresponderá a um crédito de igual valor, em uma 
ou mais contas. 
Para realizar os lançamentos, é importante que se tenha conhecimento de 
cada grupo de contas e sua natureza, pois as contas do ativo possuem natureza 
distinta das contas do passivo, bem como as contas de resultado possuem suas 
particularidades em relação às demais contas. Dessa forma, a correta 
classificação dos itens patrimoniais fará com que o lançamento dos fatos 
contábeis seja realizado também de forma correta. 
 
 
16 
Conforme já comentado, as contas do ativo possuem natureza devedora, o 
que significa que o débito aumenta essas contas. Contas retificadoras do ativo 
possuem natureza credora, o que significa que essas contas diminuem ativo. Por 
exemplo: na aquisição de um imobilizado, um veículo por exemplo, o valor desse 
bem será debitado, aumentando a conta do ativo da empresa. Ne medida em que 
esse bem começar a ser depreciado, a sua depreciação deve ser lançada a 
crédito, diminuindo o valor da conta do ativo imobilizado, pois é uma conta 
retificadora. 
Do mesmo modo são feitos os lançamentos de contas do passivo e 
patrimônio líquido. As contas do lado direito (passivo e PL) possuem natureza 
credora, o que significa que para aumentá-las elas devem ser creditadas e para 
diminuí-las, deve-se debitá-las. As contas retificadoras devem ser debitadas, e, 
para diminuí-las, deve-se fazer o lançamento a crédito. 
Para lançamento das contas de resultado, é importante que se saiba: as 
contas de despesas possuem natureza devedora, ou seja, o débito aumenta 
essas contas, enquanto as contas de receita possuem natureza credora, ou seja, 
são aumentadas por meio do crédito. 
Para ficar mais fácil o entendimento, o quadro a seguir apresenta as contas 
patrimoniais e de resultado, suas naturezas e o efeito do débito e do crédito sobre 
elas: 
Quadro 3 – Contas patrimoniais e de resultado, suas naturezas e o efeito do 
débito e do crédito sobre elas 
Grupo de Contas Natureza Débito Crédito 
Ativo Devedora Aumenta o saldo Diminui o saldo 
Retificadoras do Ativo Credora Diminui o saldo Aumenta o saldo 
Passivo Credora Diminui o saldo Aumenta o saldo 
Patrimônio Líquido Credora Diminui o saldo Aumenta o saldo 
Retificadoras do Passivo Devedora Aumenta o saldo Diminui o saldo 
Retificadoras do PL Devedora Aumenta o saldo Diminui o saldo 
Despesas Devedora Aumenta o saldo Diminui o saldo (estorno) 
Receita CredoraDiminui o saldo (estorno) Aumenta o saldo 
Conforme exposto no quadro, quando uma conta possui natureza devedora 
o lançamento a débito tem como efeito o aumento do saldo dessa conta, e o 
crédito a diminuição do saldo. Do mesmo modo ocorre com contas que possuem 
natureza credora, na qual o crédito aumenta o saldo e o débito diminui o saldo. 
De forma resumida, Padoveze (2016, p. 44) explica que: 
 
 
17 
 Saldo devedor é matematicamente inverso a saldo credor; 
 Um lançamento a débito aumenta um saldo devedor; 
 Um lançamento a débito diminui um saldo credor; 
 Um lançamento a crédito aumenta um saldo credor; 
 Um lançamento a crédito diminui um saldo devedor; 
 Um débito é inverso a um crédito. 
De um modo geral, essa é a lógica do método das partidas dobradas: “no 
mínimo duas contas são alteradas por um fato contábil. Dessa maneira, 
desenvolveu-se o hábito de chamar de partida o registro contábil na primeira 
conta alterada e de contrapartida o registro da segunda conta alterada” 
(Padoveze, 2016, p. 45). 
Nesse contexto, tem-se então a lógica das partidas dobradas, na qual a 
obrigatoriedade das partidas e da contrapartida dão origem ao método. 
TROCANDO IDEIAS 
Os registros dos fatos administrativos ou contábeis são também chamados 
de escrituração contábil, cuja técnica foi divulgada pelo frei Luca Pacioli, em 
1.494, com o nome de método das partidas dobradas. Atualmente, o registro 
desses fatos é realizado utilizando-se o regime de competência, conforme 
determinado pela n. 6.404, de 15 de dezembro de 1976. 
Com base no que você aprendeu nesta aula, você acha correto que a 
escrituração contábil seja realizada pelo regime de competência? O que poderia 
ocorrer se a escrituração fosse feita pelo regime de caixa? Entre no fórum e 
exponha sua opinião debatendo o assunto com seus colegas. 
NA PRÁTICA 
Responda às questões a seguir. (As respostas encontram-se ao final deste 
documento). 
1. Assinale a alternativa que corresponde ao conceito de contas de 
resultado: 
a. Evidencia o patrimônio da entidade e é demonstrado pelo balanço patrimonial. 
b. Representa o conjunto de bens, direitos e obrigações de uma entidade. 
c. Representam basicamente as receitas, custos e despesas incorridos num 
determinado período pela empresa. 
 
 
18 
d. São a origem de recursos de uma entidade, cujas contas possuem natureza 
credora. 
e. São a aplicação de recursos de uma entidade, cujas contas possuem natureza 
devedora. 
2. Considerando que os fatos contábeis têm sempre dois momentos de 
ocorrência, assinale a alternativa correta: 
a. Numa venda a prazo, o momento econômico é a data do recebimento. 
b. Numa venda à vista, o momento econômico e o momento financeiro ocorrem 
ao mesmo tempo. 
c. Numa compra a prazo, a data da compra representa o momento financeiro. 
d. Numa compra à vista, o momento financeiro não ocorre na data da compra. 
e. Numa venda a prazo, o momento financeiro é a data da venda. 
3. Sobre o regime de caixa, analise as assertivas a seguir: 
I. O reconhecimento de despesas e receitas é realizado somente na data do 
seu pagamento ou recebimento. 
II. Considera como despesa do exercício aquela que efetivamente foi paga 
dentro do período. 
III. No resultado evidenciado pelo regime de caixa, tem-se a incidência de 
accruals. 
IV. Considera como receita do exercício aquela que efetivamente foi recebida 
dentro do período. 
V. Esse regime não é aceito pela legislação brasileira. 
Assinale a alternativa correta: 
a. Está correto somente o que se afirma em I, II e V apenas 
b. Está correto somente o que se afirma em I, II, IV e V apenas 
c. Está correto somente o que se afirma em I, III, IV e V apenas 
d. Está correto somente o que se afirma em II, III e IV apenas 
e. Todas as assertivas estão corretas 
4. De acordo com o CPC_00_R1 o regime de competência retrata com 
propriedade os efeitos de transações e outros eventos e circunstâncias 
sobre os recursos econômicos e reivindicações da entidade que reporta a 
informação nos períodos em que ditos efeitos são produzidos, ainda que os 
recebimentos e pagamentos em caixa derivados ocorram em períodos 
distintos. 
Assinale a alternativa que apresenta o item ao qual nos remete o contexto dado 
pelo CPC: 
a. Escrituração contábil. 
b. Contas de resultado. 
c. Contas patrimoniais. 
d. Método das partidas dobradas. 
 
 
19 
e. Accruals. 
5. Considerando o método das partidas dobradas, assinale a alternativa 
falsa: 
a. As contas do ativo são aumentadas pelo débito. 
b. As contas do passivo são de natureza credora. 
c. O crédito aumenta o saldo das contas do patrimônio líquido. 
d. Contas de despesas possuem natureza credora. 
e. Contas retificadoras do ativo têm seu saldo diminuído por meio do débito. 
FINALIZANDO 
 Nesta aula estudamos sobre as contas de resultado e sobre os regimes de 
escrituração. Vimos que o regime de competência é aceito pela legislação e por 
qual motivo o regime de caixa não o é. Também estudamos sobre os accruals e 
sobre o método das partidas dobradas. 
Os temas tratados foram: 
1. Classificação de Contas de Resultado; 
2. Regimes de escrituração: Competência; 
3. Regimes de escrituração: Caixa; 
4. Conteúdo informacional dos Accruals; 
5. Aspectos conceituais do Método de Partidas Dobradas. 
 
 
 
20 
REFERÊNCIAS 
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Preto, SP: Inside Books, 2010. 
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COELHO, C. U. F.; LINS, L. dos S. Teoria da contabilidade: abordagem 
contextual, histórica e gerencial. São Paulo: Atlas, 2010. 
CPC – Comitê de Pronunciamentos Contábeis. CPC 00 (R1) - Estrutura 
Conceitual para Elaboração e Divulgação de Relatório Contábil-Financeiro. 
Comitê de Pronunciamentos Contábeis, 15 dez. 2011. Disponível em: 
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CREPALDI, S. A. Curso básico de contabilidade: resumo da teoria, atendendo 
às novas demandas da gestão empresarial, exercícios e questões com 
resposta. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2010. 
FAVERO, H. L. et al. Contabilidade: teoria e prática. 6. ed. São Paulo: Atlas, 
2011. 
FERRARI, E. L. Contabilidade geral: teoria e mais de 1.000 questões. 13. ed. 
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HENDRIKSEN, E. S.; BREDA, M. F. V. Teoria da contabilidade. 1. ed. São 
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MARION, J. C. Introdução à contabilidade: com ênfase em teoria. Campinas, 
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MARTINEZ, A. L. Detectando earnings management no Brasil: estimando os 
accruals discricionários. R. Cont. Fin., USP, São Paulo, v. 19, n. 46, p. 7–17. 
Janeiro/abril 2008. 
 
 
21 
PADOVEZE, C. L. Contabilidade geral. 1. ed. Curitiba: InterSaberes, 2016. 
TAKAMATSU, R. T. Accruals contábeis, persistência dos lucros e retorno das 
ações. 106 p. Dissertação (Mestrado em Controladoria e Contabilidade) – 
Programa de Pós-Graduação em Controladoria e Contabilidade, Faculdade de 
Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo, São 
Paulo, 2011. 
 
 
 
22 
RESPOSTAS 
1. c. 
2. b. 
3. b. 
4. e. 
5. d.

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