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1 ABORDAGENS TEÓRICAS DA CONTABILIDADE AULA 5 Prof. Ivanildo Viana Moura 2 CONVERSA INICIAL Seja bem-vindo(a) a esta aula! Agora chegou a hora de falarmos sobre a importância da informação no contexto empresarial, mais especificamente, para os usuários tomadores de decisão com base na informação contábil. Os seguintes tópicos serão tratados nesta aula: contabilidade e tomada de decisão; teoria da divulgação; desempenho da firma sob a perspectiva da informação; transparência; accountability. Pratique os conhecimentos adquiridos resolvendo os exercícios. E lembre-se, a melhor maneira de aprender é praticando. CONTEXTUALIZANDO A informação gerada pela contabilidade advém do patrimônio das entidades, sendo esse o objeto de estudo da ciência contábil. Essa informação, ao ser gerada, pode servir a dois tipos de usuários: internos e externos. O tomador de decisões internas pode ser representado pelos gestores e demais funcionários que usam as informações operacionais como base para a tomada de decisão na realização de suas funções. Os tomadores de decisões externas podem ser quaisquer usuários externos à empresa (inclusive os próprios funcionários) que tomam decisões com base em informações divulgadas por ela. A informação fornecida pela contabilidade tem impacto direto na tomada de decisões, seja dos usuários internos ou externos, mas principalmente nos externos, pois eles têm acesso somente ao que a empresa divulga, não podendo comprovar se a informação é verdadeira ou não. O principal usuário externo é o investidor, que usa as informações para decidir se é viável investir na entidade e quais riscos ele estará correndo com esse investimento. Nesse contexto, a informação torna-se um produto de extrema importância para seus usuários, e suas formas de produção e elaboração devem obedecer a normas e leis, visando dar mais credibilidade à entidade que reporta a informação, e maior proteção aos usuários externos. 3 TEMA 1 – CONTABILIDADE E TOMADA DE DECISÃO Conforme estudado anteriormente, a contabilidade é uma ciência social que tem como objeto o patrimônio das entidades. Dessa forma, “assim como as demais áreas do conhecimento, a Contabilidade desenvolveu-se buscando responder aos anseios da sociedade, tendo como objetivo gerar informações para o controle e tomada de decisões” (Favero et al., 2011, p. 3). Nesse contexto, a informação fornecida pela contabilidade assume papel de suma importância no que tange à sua aplicação prática, ou seja, o objetivo pelo qual foi gerada. Essa informação deve servir como base para os tomadores de decisão fornecendo subsídios para todas as suas deliberações. Esse contexto é afirmado por Hendriksen e Van Breda (2007, p. 135), ao citarem algumas definições sobre a contabilidade dadas por órgãos da classe: A tomada de decisões desempenha papel crucial na teoria da contabilidade. Sua importância tem sido ressaltada frequentemente nas definições da contabilidade. Por exemplo, a associação Americana de Contabilidade diz que a contabilidade é ‘...o processo de identificação, mensuração e comunicação de informação econômica para permitir a realização julgamentos bem informados e a tomada de decisões por usuários da informação’. O Conselho de Princípios Contábeis dizia que a função da contabilidade é ‘...fornecer informação quantitativa, principalmente de natureza financeira, sobre entidades econômicas, de utilidade para a tomada de decisões econômicas’. E o Fasb declarou que o papel da divulgação financeira na economia é ‘fornecer informação que seja útil para a tomada de decisões empresariais e econômicas’. Considerando que a informação contábil advém do patrimônio das entidades, a contabilidade identifica, mensura e registra os fatos contábeis e, com base nos dados, gera informações sobre as mutações que ocorrem no patrimônio dessas empresas. Diante desse aspecto, Favero et al. (2011) admitem que, pelo fato de serem informações específicas de determinada entidade, pode-se imaginar, de início, que se trata de um processo simples de ser realizado. Todavia, conforme os autores, “as características dos usuários aliadas aos diferentes propósitos para os quais a informação é direcionada tornam muito delicado o processo de geração de informações”. Ainda de acordo com Favero et al. (2011), alguns pontos devem ser considerados no processo de geração de informação, sendo eles: 1. Quem são os usuários da informação contábil? 2. Como gerar informações para esses usuários? 3. De que forma e em qual periodicidade gerar as informações? 4 Nesse contexto, surge a necessidade de diferenciação dos tomadores de decisão com base nas informações contábeis, pois, conforme estudado anteriormente, eles se dividem em dois grupos, os usuários internos e os externos – e mesmo dentro desses grupos temos usuários com propósitos diferentes. Diante disso, é necessário que se faça uma parametrização para que o sistema de informações contábeis possa atender aos dois grupos de usuários. O sistema de informações contábeis tem seus principais objetivos direcionados aos usuários internos e externos (Horngren, 2010). A Figura 1 mostra como ele atende esses usuários. Figura 1 – Sistemas de informações contábeis e os relatórios A figura mostra o sistema de informações contábeis, os tipos de relatórios fornecidos e seu objetivo no processo de tomada de decisões. Os relatórios internos são gerados para fins internos, ou seja, para fornecimento de informações gerenciais a gestores e demais tomadores de decisões internos à entidade. Em contrapartida, os relatórios externos são direcionados a outros tomadores de decisões, externos à entidade que reporta a informação. 1.1 Tomada de decisões internas Os usuários internos usam a informação contábil para fins de tomada de decisão interna, ou seja, fins gerenciais. De acordo com Favero et al. (2011, p. 2), “os usuários internos são aqueles que trabalham na empresa e ocupam cargos que requerem a tomada de decisões, para tanto, precisam de informações direcionadas de acordo com as suas necessidades”. SISTEMA DE INFORMAÇÕES CONTÁBEIS RELATÓRIOS INTERNOS INFORMAÇÕES OPERACIONAIS: PLANEJAMENTO E CONTROLE RELATÓRIOS EXTERNOS INFORMAÇÕES FINANCEIRAS: RENTABILIDADE, SOLVÊNCIA, LIQUIDEZ 5 As decisões internas são geralmente tomadas por gestores (gerentes, supervisores, coordenadores, encarregados, diretores etc.), mas também por funcionários de nível mais baixo na hierarquia organizacional, tais como estoquistas, operadores de máquinas, mecânicos etc. Conforme descrito anteriormente, a informação gerada para os tomadores de decisão interna é direcionada, o que significa dizer que essa informação é feita sob encomenda. Por exemplo: quando a empresa inicia o projeto de um novo produto, os gestores estarão interessados em saber o total de gastos necessários para a produção de cada unidade; qual a estrutura de gastos fixos necessários para a produção e venda de tal produto; o valor médio que cada produto deverá contribuir para pagamento dos gastos fixos totais da empresa; a quantidade de produtos necessários para pagamento dos gastos fixos totais da empresa; e assim por diante. Todas essas informações são internas, do interesse dos gestores da empresa. Elas não são divulgadas ao público externo, sendo produzidas por encomenda por algum gestor ou outro tomador de decisão interno. As informações produzidas para usuários internos são fruto de uma área específica, chamada de contabilidade gerencial. A contabilidade gerencial fornece informações de aspecto operacional. Alguns dos principais relatórios gerenciais são: análises de custos; margem de contribuição; ponto de equilíbrio; margem de segurança; alavancagem operacional; alavancagem financeira; mark-up; orçamentos; análises de investimentos; controles de despesas; controle de contas a pagar e contas a receber; análise do ambiente interno e externo; necessidade de capital de giro; indicadores de vendas. 6 Um ponto importante a ser considerado sobre as informações produzidas para os usuários internos é que elas não precisam seguir normas ou padrões para a elaboração dos relatórios. As informações gerenciais são disponibilizadas aos usuários sempre que solicitadas, não tendo um período fixo para a elaboração dos relatórios. Algumas dessas informações podem ser geradas automaticamente por meio de softwares parametrizados para essa função, ao passo que outras necessitam de profissionais que façam análises referentes a projeções, considerando, inclusive, informações relacionadas ao ambiente interno e externo à entidade. 1.2 Tomada de decisões externas Diferentemente da informação voltada ao usuário interno, a informação destinada aos usuários externos visa atender pessoas de fora da entidade, mas com algum interesse nela. De acordo com Frezatti et. al. (2009), os usuários externos são os credores, investidores, governos, fornecedores, concorrentes, a comunidade de modo geral, funcionários etc. A informação produzida para atender usuários externos é também chamada de informação financeira. Assim como os usuários internos, cada tipo de usuário externo possui algum tipo de interesse na entidade, sendo a informação utilizada para um fim específico. Alguns dos principais interessados nas informações contábeis e seus interesses são descritos por Marion e Iudícibus (2008, p. 2): Investidores: é através dos relatórios contábeis que se identifica a situação econômico-financeira da empresa; dessa forma, o investidor tem em mãos os elementos necessários para decidir sobre as melhores alternativas de investimentos. Os relatórios evidenciam a capacidade da empresa em gerar lucros e outras informações. Fornecedores de bens e serviços a crédito: usam os relatórios para analisar a capacidade de pagamento da empresa compradora. Bancos: utilizam os relatórios para aprovar empréstimos, limite de crédito etc. Governo: não só usa os relatórios como a finalidade de arrecadação de impostos, como também para dados estatísticos, no sentido de melhor redimensionar a economia (IBGE, por exemplo). Sindicatos: utilizam os relatórios para determinar a produtividade do setor, fator preponderante para reajuste de salários. Outros interessados: funcionário (quer saber se a empresa tem condições de pagar seu salário ou não), órgãos de classes, pessoas e diversos institutos, como a CVM (Comissão de Valores Mobiliários), o CRC (Conselho Regional de Contabilidade), concorrentes etc. Diferentemente dos relatórios gerenciais, a informação fornecida para os usuários externos da contabilidade é regulamentada. Dessa forma, pode-se dizer que a informação financeira não é feita sob encomenda, mas sim elaborada 7 segundo as normas, regulamentos, leis e pronunciamentos que regem a contabilidade, e é fornecida por uma área da contabilidade conhecida como contabilidade financeira. Como a responsabilidade em relação à divulgação de informações financeiras é muito grande, visto que os usuários externos podem influenciar significativamente na continuidade da entidade, essas informações devem seguir vários procedimentos para sua elaboração, os quais são dados pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis CPC 00 / Pronunciamento Conceitual Básico (R1) – Estrutura Conceitual para Elaboração e Divulgação de Relatório Contábil- Financeiro. O CPC é o órgão responsável no Brasil pela tradução das Normas Internacionais da Contabilidade (IFRS), às quais o país aderiu em 2010 e vem convergindo desde então. O comitê possui uma série de pronunciamentos sobre os mais diversos temas contábeis, visando instruir os contadores sobre a forma correta de realizar o reconhecimento, mensuração e registro dos fatos contábeis. Um dos fundamentos das IFRS é a padronização das demonstrações contábeis para divulgação. Dessa forma, o CPC 00 determina a forma como os demonstrativos devem ser elaborados, padronizando-os e facilitando o entendimento e comparação entre as contas por parte dos usuários da informação reportada, principalmente quando estes forem de outro país. Quanto ao prazo para a divulgação e quais demonstrações devem ser divulgadas, a Lei 6.404/76, em seu artigo 176, determina: Art. 176. Ao fim de cada exercício social, a diretoria fará elaborar, com base na escrituração mercantil da companhia, as seguintes demonstrações financeiras, que deverão exprimir com clareza a situação do patrimônio da companhia e as mutações ocorridas no exercício: I - balanço patrimonial; II - demonstração dos lucros ou prejuízos acumulados; III - demonstração do resultado do exercício; e IV – demonstração dos fluxos de caixa; e (Redação dada pela Lei nº 11.638,de 2007) V – se companhia aberta, demonstração do valor adicionado. (Incluído pela Lei nº 11.638,de 2007) Dessa forma, a lei determina não somente o período de divulgação, mas também os demonstrativos que devem ser divulgados pela entidade. Outro aspecto inerente ao assunto a ser salientado é que, antes de serem divulgadas, as demonstrações devem ser auditadas e atestadas por uma equipe de auditoria, visando garantir a veracidade das informações e aumentar a confiabilidade por parte dos usuários tomadores de decisão. 8 De todos os tomadores de decisão com base nas informações contábeis, os que mais podem causar impacto na continuidade da entidade são os investidores, pois, caso eles deixem de investir na empresa, automaticamente ela deixa de ter capital para dar continuidade às suas operações. Nesse contexto, na maioria das pesquisas em relação ao impacto da informação contábil sobre os tomadores de decisão, o investidor acaba sendo o principal ator, e, entre as mais diversas teorias existentes sobre o tema, uma delas tem destaque no mundo dos negócios, a chamada teoria da divulgação. TEMA 2 – TEORIA DA DIVULGAÇÃO Muitos aspectos são considerados pelos tomadores de decisão em suas deliberações, entre elas as informações divulgadas pela empresa. Para os investidores, principalmente, a informação divulgada pela entidade pode fazer toda a diferença na tomada de decisão, sendo que, quanto mais informações a empresa divulgar, maior o seu grau de confiabilidade, devido à transparência de suas operações. Assim, a divulgação de informações fornecidas pela contabilidade é a base para a tomada de decisões de um grande número de agentes. No entanto, muitas vezes o número de informações fornecidas pelas empresas é limitado, pois elas só divulgam o que lhes é imposto por lei. Dessa forma, surgem os conceitos de divulgação compulsória e voluntária. 2.1 Divulgação compulsória e voluntária Conforme Câmara et al. (2018), possui duas opções de divulgação (disclosure) de informações: Compulsória: envolve informações requeridas por lei para registro das companhias abertas e demais informações periódicas exigidas por órgãos reguladores. Voluntária: compreende as informações que não são obrigatórias por lei, mas fornece maior transparência à organização no âmbito corporativo. A opção compulsória diz respeito às informações que a empresa deve divulgar por força da lei e dos órgãos reguladores (do contrário, pode sofrer penalidades). Dessa forma, as informações compulsórias representam o mínimo de informações que empresas devem divulgar. 9 De acordo com Ângelo (2016, p. 4), as principais normas sobre divulgação no contexto brasileiro são: [...] a Lei 6.404/76 que dispõe sobre a Sociedade por Ações, a Lei 11.638/2007, que altera e revoga dispositivos da lei anterior, as normas estipuladas pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM), Banco Centraldo Brasil (BCB), Superintendência de Seguros Privados (SUSEP), Comitê de Pronunciamentos Contábeis, dentre outros. Essas normas tornam obrigatório, para as sociedades anônimas de capital aberto e fechado, o disclosure das seguintes demonstrações financeiras, conforme artigo 176 da Lei 6.404/76 no Diário Oficial e em jornal de grande circulação (artigo 289): Balanço Patrimonial, Demonstração do Resultado do Exercício, Demonstração do Fluxo de Caixa – DFC (Companhias abertas e para fechadas com patrimônio líquido, na data do balanço, maior ou igual a R$ 2 milhões), Demonstração do Valor Adicionado – DVA (Companhias abertas), Demonstrações das Mutações do Patrimônio Líquido (Companhia abertas, exigência CVM) e Notas explicativas (integrantes das demonstrações contábeis). Nesse contexto, torna-se claro que a lei e os órgãos reguladores focam principalmente nas sociedades anônimas, visando fornecer ao investidor as informações mínimas relevantes que podem impactar na tomada de decisão. As demonstrações elencadas são de caráter compulsório, não podendo ser negligenciada sua divulgação. A segunda opção que as empresas têm é que, além das demonstrações mencionadas, elas possam divulgar outras informações que não são de caráter compulsório, ou seja, elas podem fornecer as demonstrações obrigatórias e demonstrações voluntárias conforme suas deliberações. Mas, neste contexto, não sendo essas informações obrigatórias, e levando em conta que sua geração gera custos à empresa, por qual motivo ela estaria disposta a divulgá-las? Visando responder a esse tipo de questionamento, teóricos da área desenvolveram a teoria da divulgação, também conhecida como teoria da divulgação voluntária, a qual é amplamente utilizada em pesquisas contábeis no método positivista para o estudo de fenômenos relacionados ao disclosure voluntário. 2.2 Teoria da divulgação voluntária Além da divulgação compulsória, existem empresas que divulgam informações que serão úteis para a tomada de decisão dos usuários de forma voluntária, oferecendo maior transparência sobre suas operações. De acordo com Barbosa et al. (2015), isso acontece quando a empresa consegue se beneficiar de alguma forma com essa divulgação. 10 A teoria da divulgação voluntária considera a divulgação como um processo endógeno, ou seja, são considerados os incentivos que os gestores e/ou empresas têm para divulgar as informações (Salotti; Yamamoto, 2008). De forma concomitante, Conceição et al. (2011) explicam que, segundo essa teoria, ocorre a ampliação do processo de divulgação das informações conforme as empresas percebem incentivos pela disponibilização dessas informações, seja de natureza econômica (seletividade de investimentos) ou institucional (construção e valorização de marca e imagem institucional) junto ao mercado e stakeholders. Conforme já comentado, a legislação pertinente e os órgãos reguladores determinam quais informações devem ser divulgadas pelas empresas. No entanto, é possível verificar que, mesmo quando não existe a obrigatoriedade, algumas empresas divulgam suas demonstrações, incorrendo muitas vezes em gastos altos. Nesse contexto, Ângelo (2016, p. 2) aponta que: Em jornais de circulação nacional, é possível visualizar quase que diariamente a divulgação de diversas demonstrações financeiras. Entretanto, um fator que merece atenção é a divulgação das demonstrações contábeis de empresas em jornais locais: muitas dessas não são listadas na Bolsa de Valores, normalmente são desconhecidas por parte dos habitantes locais e algumas são do ordenamento jurídico que não possui o enforcement para divulgação, tais como as sociedades limitadas, associações Privadas, entre outros. Diante do exposto, surge novamente a questão: por qual motivo a empresa incorreria em gastos adicionais na divulgação de informações que não são obrigatórias? Para explicar esse fenômeno, os pesquisadores se utilizam da teoria da divulgação voluntária, pois, consoante com Araújo et al. (2010), essa linha de pesquisa tem como principal objetivo explicar o fenômeno da divulgação financeira com base em perspectivas para “determinar qual o efeito da divulgação das demonstrações contábeis no preço das ações, explicar quais as razões econômicas para que determinada informação seja divulgada voluntariamente”, entre outras. Nesse entendimento, pode-se especular sobre benefícios que a empresa venha a receber com a divulgação de tais informações. Percebe-se que, com os elevados custos para divulgar informações em páginas de jornais, principalmente os de grande circulação, seria inadmissível aceitar que determinada empresa estaria divulgando suas demonstrações sem receber algum benefício em troca. Dessa forma, os estudos acerca da teoria da divulgação vêm justamente investigar esse tipo de questionamento. 11 Para se ter uma ideia do impacto da divulgação de informações no mundo dos negócios, vejamos o exemplo dado por Salotti e Yamamoto (2008, p. 39): Se uma pessoa A está negociando a compra de um veículo da pessoa B e ela traz consigo um mecânico para atestar a qualidade do veículo, então, isso significa que B incorreu em um custo (de contratação do mecânico) para divulgar a A que o seu veículo está em ótimas condições. Isso fornece a A parâmetros para acreditar que o carro tem qualidade e, portanto, vale o preço oferecido. Porém, se B sabe que o carro não está em perfeitas condições (por exemplo, já foi batido três vezes), então, não adianta incorrer em custos com um mecânico pois a informação que ele irá fornecer a A não vai alterar a percepção da deficiência do veículo. Sendo assim, B não leva o mecânico para a negociação e A interpreta a ausência do especialista de forma adversa (ou seja, conclui que o veículo está em condições inadequadas, pois, se isso não fosse verdade, B argumentaria para convencê-lo do contrário) e reduz o preço oferecido pelo veículo. Do mesmo modo como no exemplo anterior, também acontece com o mercado de capitais, pois a divulgação de informações pode privilegiar ou não as empresas quando o fazem ou deixam de fazê-lo. Nesse contexto, Barbosa et al. (2015) expõem que no mercado de capitais, a relevância da contabilidade está no fato de que ela influencia as decisões de investimento. Segundo os autores, o analista de mercado utiliza-se da informação para fazer previsões e recomendações que demonstram as melhores oportunidades de investimentos. No entanto, as análises dependem de informação, e por esse motivo, os analistas tendem a cobrir empresas com maior nível de qualidade da informação. Nesse contexto, um dos principais motivos que levam as empresas a divulgar informações de forma voluntária pode ser o benefício esperado por ela com esse ato, visto que maior divulgação pode acarretar em aumento no valor das ações em consequência do maior número de investidores. Por outro lado, a não divulgação de informações pode acarretar em desconfiança por parte dos agentes do mercado, o que, por sua vez, pode levar ao descrédito na entidade e, consequentemente, à falta de investidores. De modo geral, a divulgação voluntária também pode demonstrar que a empresa não tem nada a esconder, que em suas operações ela está sempre agindo conforme a legislação, e que os seus investidores e demais usuários podem ter certeza da integridade de suas atividades. TEMA 3 – DESEMPENHO DA FIRMA SOB A PERSPECTIVA DA INFORMAÇÃO O contexto relacionado à importância da informação para a tomada de decisão aborda outro fator de extrema importância para o mercado de capitais: 12 o desempenho da firma. O desempenho diz respeito ao resultado alcançado por uma empresa em função de suas atividades operacionais, mais especificamente, o lucro ou prejuízo do período. Ao divulgar informações, uma empresa está fornecendo dados que podem fazer a diferença aos tomadores de decisão,uma vez que a análise desses dados pode evidenciar a situação econômica na qual essa empresa se encontra e o seu resultado dentro do período da informação que foi reportada. Nesse sentido, vale ressaltar que para evidenciar o desempenho da empresa, é necessário que as informações divulgadas sejam confiáveis, íntegras e completas, pois, caso não sejam, o analista provavelmente fará previsões errôneas sobre a entidade. Nesse sentido, Barbosa et al. (2015) destacam que para que o analista faça uma boa análise, existe a necessidade de fatores como disponibilidade, atualidade, formato, integridade e precisão da informação publicada. No entanto, é sabido que a informação divulgada nem sempre está íntegra e livre de vieses. Muitas vezes os gestores acabam por omitir informações ou alterar os critérios de reconhecimento de alguns itens visando aumentar ou diminuir o resultado de determinado período. A esse contexto damos o nome de gerenciamento de resultados. O gerenciamento de resultado pode ocorrer quando o agente (administrador) que está divulgando a informação possui interesse em algum resultado específico, que pode ser um lucro maior ou menor. Por exemplo: considere que o salário de determinado agente esteja vinculado a bonificações, ou seja, uma remuneração variável em decorrência de resultados alcançados. Nesse entendimento, quanto maior o lucro da empresa, maior o salário do administrador Se em determinado período esse agente percebe que o lucro será menor que o esperado, ele poderá reconhecer perdas menores que as estimadas para os ativos, ou provisionar valores menores que os previstos para que, assim, as despesas do período sejam menores e os resultados sejam maiores. Diante desse aspecto, quando a demonstração de resultado do exercício for divulgada, o lucro do período poderá ser ou não um valor satisfatório, mas a informação não será íntegra e precisa, pois existem dados que foram omitidos do público. Assim, a informação divulgada estará evidenciando um desempenho que na verdade a firma não obteve, visto que o resultado foi gerenciado pelo agente. 13 Segundo Lopes e Martins (2005), o desempenho da firma pode dar-se como sendo medíocre, estável ou superior. Essas três categorias estão relacionadas a valores considerados pela empresa em relação a possíveis projeções feitas pelos administradores. Dessa forma, se a empresa espera obter um valor X de lucro em determinado período, ela poderá determinar em qual categoria se encaixa o seu resultado naquele período. Assim, podemos considerar os conceitos de cada tipo de categoria de desempenho na qual o lucro da entidade no período venha a se encaixar: Medíocre: a empresa apresenta lucro baixo e resultados insatisfatórios. Estável: pode-se dizer que o lucro da empresa não varia em relação a períodos anteriores e encontra-se dentro do que foi previsto. Superior: o lucro revela resultado satisfatório, maior do que o previsto. Um ponto crucial é que, para a evidenciação do desempenho, deve-se considerar também como está a economia no período, portanto, a empresa deve fazer projeções de resultado observando o cenário econômico. De modo geral, é importante que se considere a qualidade da informação divulgada para a avaliação do desempenho da firma, pois na divulgação de informações, muitos fatores podem impactar no resultado da entidade, e o desempenho será medido com base nesse resultado. Observa-se, portanto, que o desempenho da empresa sob a perspectiva da informação divulgada nem sempre será o que demonstra ser. Existe a necessidade de informações mais detalhadas e precisas, principalmente sobre mudanças de estimativas contábeis, critérios de reconhecimento e mensuração de ativos e passivos, receitas e despesas. Nesse sentido, informações divulgadas de forma voluntárias podem ajudar, em alguns aspectos, se trouxerem detalhes tais como critérios utilizados para apropriação de custos, bases para reconhecimentos de ativos, passivos e despesas, e assim por diante. Acima de tudo, pode-se dizer que a divulgação voluntária é também uma forma de transparência. TEMA 4 – TRANSPARÊNCIA De acordo com Câmera et al. (2018), a relevância do disclosure vem se acentuando nos âmbitos acadêmico e corporativo, pois os investidores e o mercado financeiro olham de forma positiva e com maior destaque organizações 14 que divulgam de forma voluntária suas informações, e, assim, reduzem a assimetria da informação e maximizam a transparência corporativa. Segundo Lima (2007, p. 6), “assimetria da informação é quando, em um modelo de informação financeira ou econômica, algum agente possui informação sobre certa empresa ou ativo superior a outro agente”. A assimetria da informação ocorre mais amplamente entre agentes e principais. O agente é o administrador da empresa, pode ser o presidente, diretor, gerente ou outro cargo de confiança que foi dado pelo principal. O principal, por sua vez, é o proprietário da empresa, podendo ser uma única pessoa ou um grupo de acionistas, os quais determinam e delegam poderes para um agente representá-los na administração da empresa. Nesse contexto, a assimetria da informação vem a ser a informação que está de posse do agente, mas que ele não divulga para o principal e nem para os demais grupos de interesse na entidade, também chamados de stakeholders (investidores, comunidade, governo, sociedade etc.). Diante disso, não é fácil saber quando uma empresa está omitindo ou não informações, pois somente quem tem acesso interno à empresa poderia fazer a verificação de tais fatos. No entanto, uma forma de minimizar essa incerteza é a divulgação voluntária, ou seja, não obrigatória por lei ou pelos órgãos regulamentadores. Segundo Lima (2007), a divulgação voluntária oferece maior transparência para a empresa no âmbito corporativo, o que é de suma importância para os investidores. Num ambiente de incerteza, em que a informação sobre as operações da empresa não é bem clara, o custo do capital torna-se mais caro, ou seja, os investidores cobram juros mais altos sobre o capital investido na empresa porque o risco tende a ser maior. Isso acontece porque, geralmente, a empresa está sujeita a vários riscos no decorrer de suas atividades, sejam eles financeiros ou operacionais. Grande parte das empresas não divulga informações sobre esses riscos, justamente por temer o afastamento de investidores. Os investidores, por outro lado, desconfiam de empresas que só divulgam informações positivas sobre suas operações e, para se precaver, aumentam os juros sobre o retorno do capital investido. Se fizermos uma pesquisa, veremos que muitas empresas, inclusive brasileiras, tiveram problemas com investidores devido à não divulgação de informações sobre riscos operacionais. Como exemplo temos o recente acidente com o rompimento da barragem da empresa Vale S.A. em Brumadinho – MG. 15 Após a tragédia, os investidores americanos entraram com processo contra a empresa alegando que houve omissão de informações sobre riscos e danos em casos de catástrofes. Nesse contexto, é importante que a empresa seja transparente na divulgação de suas informações, visando não só maior credibilidade por parte dos usuários da informação contábil, mas também para evitar problemas futuros. Independentemente se a informação é boa ou ruim, a empresa deve divulgá-la caso seja de interesse dos stakeholders. Conforme Lima (2007), o disclosure não pode ser somente de informações positivas, pois a transparência envolve também informações negativas. Segundo o autor, a transparência possibilita que os usuários possam tomar decisões com base em julgamentos que considerem adequados. A definição de transparência deve, portanto, possibilitar que os usuários tenham informações que transmitam exatamente o que acontece na entidade ou com a entidade. Sobreesse aspecto, Aló (2009, p. 24) aponta algumas características encontradas em várias definições de transparência: Informações completas, informações objetivas, informações confiáveis, informação de qualidade, acesso fácil à informação, compreensão da informação, canais totalmente abertos de comunicação, algo através do qual se permite ver. Todas se mostram com potencial em auxiliar a caracterização da definição de transparência. A autora apresentou também as definições das características apontadas: Assim, para cada uma destas características encontradas foi identificada uma definição como apresentado a seguir: a) Informação completa: Todas as informações estão disponíveis sem restrição; b) Informação objetiva: A informação responde diretamente às perguntas feitas; c) Informação confiável: A informação é correta, consistente e precisa; d) Informação de qualidade: A informação é correta, íntegra, consistente e precisa; e) Acesso fácil à informação: O mecanismo usado para acessar tem tempo de resposta e funcionalidades adequadas; f) Compreensão da informação: A informação não causa dúvidas. Todos podem compreender; g) Canais totalmente abertos de comunicação: Acesso livre e fácil às informações. (Aló, 2009, p. 24) Podemos identificar, então, as características necessárias para poder dizer que a informação divulgada pela empresa é transparente, exatamente o que os stakeholders necessitam para tomar decisões mais acertadas, e o que impedirá que a empresa sofra punições futuras por conta da omissão de dados. 16 No entanto, somente quem tem o poder de garantir que todas essas características estejam presentes na informação divulgada é a própria empresa, mais precisamente, o agente contratado pelo(s) principal(is) para administrá-la. De modo geral, a transparência é uma obrigação que a empresa deveria cumprir, seja por questões legais ou éticas. A transparência também pode ser considerada uma forma de prestação de contas (accountability, em inglês). TEMA 5 – ACCOUNTABILITY Entre os termos utilizados em contabilidade para definir a responsabilidade da administração sobre a transparência nas atividades, o mais conhecido é o accountability. De acordo com Carneiro, Oliveira e Torres (2011, p. 94), “accountability é um termo da língua inglesa, sem tradução exata para o português, mas que pode ser entendido como o ato de prestação de contas de forma responsável”. O accountability é mais relacionado com o setor público, pois é o termo utilizado quando se fala em prestação de contas no setor. Contudo, também pode ser utilizado para os casos em que o agente tenha de prestar contas ao principal no setor privado. De acordo com Mendonça et al. (2013), responsabilização é o termo que mais se aproxima da ideia do conceito de accountability e remete ao “conjunto de mecanismos que forçam os gestores, servidores e agentes públicos a prestarem contas de suas ações”. Nesse sentido, o termo se relaciona principalmente à transparência, pois o gestor, diante da situação de prestar contas a alguém, tem de demonstrar de forma clara e transparente todas as suas atividades e a forma como os recursos foram consumidos no decorrer do período em que esteve no cargo ocupado. Nesse sentido, Santana Júnior et al. (2009) pontuam que, no contexto agente-principal, o accountability significa que os gestores precisam demonstrar que exercitaram corretamente os poderes que lhes foram concedidos, alcançando metas e objetivos conforme o acordado e usando eficazmente os recursos que lhes foram confiados. Conforme Pinho e Sacramento (2009, p. 1364), “o significado do conceito envolve responsabilidade (objetiva e subjetiva), controle, transparência, obrigação de prestação de contas, justificativas para as ações que foram ou deixaram de ser empreendidas, premiação e/ou castigo”. 17 TROCANDO IDEIAS A importância de informações íntegras e transparentes foi ressaltada na aula de hoje, pois vimos como a informação contábil pode impactar nas organizações, bem como na tomada de decisão dos usuários. Nesse contexto, a divulgação voluntária surge como forma de dar mais confiabilidade às operações da organização, mas, na maioria das vezes, só é realizada quando a empresa obtém algum benefício com isso. Em relação a esse contexto, você conhece alguma empresa que divulga informações de forma voluntária? Caso afirmativo, por qual motivo você acredita que ela faz isso? Entre no fórum e debata o assunto com seus colegas. NA PRÁTICA 1. De acordo com Favero et al. (2011), “as características dos usuários aliadas aos diferentes propósitos para os quais a informação é direcionada tornam muito delicado o processo de geração de informações”. Assim, assinale a opção correta sobre os usuários internos. a) São pessoas de fora da entidade que possuem algum interesse nela. b) Como exemplos de usuários internos temos os credores, investidores e governos. c) As informações geradas para os usuários internos são produzidas pela contabilidade gerencial. d) A informação fornecida para os usuários internos da contabilidade é regulamentada. e) Sindicatos são usuários internos que utilizam os relatórios para determinar a produtividade do setor, fator preponderante para reajuste de salários. 2. Assinale a alternativa que corresponde ao conceito de “divulgação compulsória”. a) Envolve informações requeridas por lei para registro das companhias abertas e demais informações periódicas exigidas. b) Em um modelo de informação financeira ou econômica, é quando algum agente possui informação sobre certa empresa ou ativo superior a outro agente. 18 c) Envolve responsabilidade (objetiva e subjetiva), controle, transparência, obrigação de prestação de contas, justificativas para as ações que foram empreendidas, premiação e/ou castigo. d) Grupo que possui interesse na entidade e usa as informações divulgadas em sua tomada de decisão. e) Compreende as informações que não são obrigatórias por lei, mas que fornecem maior transparência à organização no âmbito corporativo. 3. Para evidenciar o desempenho da empresa, é necessário que as informações divulgadas sejam confiáveis, íntegras e completas. Assinale a alternativa que corresponde ao tipo de desempenho cuja categoria enquadra o lucro da empresa, não varia em relação a períodos anteriores e encontra-se dentro do que foi previsto. a) Medíocre . b) Estável. c) Regular. d) Soberbo. e) Superior. 4. Sobre as caraterísticas apontadas como primordiais para a definição de transparência, assinale a alternativa falsa. a) Informação completa: informações disponíveis sem restrições. b) Informação objetiva: responde diretamente às perguntas feitas. c) Informação confiável: é correta, consistente e precisa. d) Informação de qualidade: não causa dúvidas; todos podem compreender. e) Acesso fácil à informação: o mecanismo usado para acessar tem tempo de resposta e funcionalidades adequadas. FINALIZANDO Nesta aula, aprendemos sobre o impacto da informação contábil na tomada de decisão dos usuários. Os temas estudados foram: contabilidade e tomada de decisão; teoria da divulgação; desempenho da firma sob a perspectiva da informação; 19 transparência; accountability. 20 REFERÊNCIAS ALÓ, C. C. Uma abordagem para transparência em processos organizacionais utilizando aspectos. Tese (Doutorado em Informática) – Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2009. ANGELO, R. A. de. Um estudo sobre a divulgação das demonstrações contábeis de organizações de direito privado do Espírito Santo: fatores que explicam a quantidade divulgada e a percepção do elaborador quanto sua importância. 20º Congresso Brasileiro de Contabilidade. Fortaleza, 29 set. 2010. ARAÚJO, M, B, V. et. al. Reapresentação voluntária de demonstrações contábeisde 2007 no Brasil de acordo com a Lei 11.638/07. XXXIV Encontro da ANPAD. Rio de Janeiro, 11-14 set. 2016. BARBOSA, J. S. et al. 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