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UNIFACS - SALVADOR - CURSO: ENFERMAGEM DISCENTE: CELSIUS PALMEIRA TEMA: ENCÉFALO ENCÉFALO Como o encéfalo geralmente é estudado em detalhes em um curso separado de neuroanatomia, faremos apenas um estudo superficial de sua anatomia, com a atenção voltada principalmente para a relação entre o encéfalo e seu ambiente — isto é, os revestimentos meníngeos, o espaço subaracnóideo preenchido por LCS e as características internas de seu revestimento ósseo (o neurocrânio). Em vista de seu papel na produção de LCS (líquido cerebrospinal), também são abordados os ventrículos do encéfalo e os plexos corióideos produtores de LCS. Além disso, 11 dos 12 nervos cranianos originam-se do encéfalo. Partes do encéfalo O encéfalo é formado pelo telencéfalo (cérebro), cerebelo e tronco encefálico. Depois da remoção da calvária e da dura-máter, podem-se ver giros, sulcos e fissuras do córtex cerebral através da delicada lâmina aracnoide–pia. Enquanto os giros e sulcos variam muito, as outras características do encéfalo, inclusive o seu tamanho geral, são bastante regulares entre os indivíduos. O telencéfalo ou cérebro inclui os hemisférios cerebrais e os núcleos da base. Os hemisférios cerebrais, separados pela foice do cérebro na fissura longitudinal do cérebro, são as características dominantes do encéfalo. Para fins descritivos, cada hemisfério cerebral é dividido em quatro lobos; cada um deles está relacionado com os ossos sobrejacentes de mesmo nome, mas seus limites não correspondem a esses ossos. De uma vista superior, o cérebro é praticamente dividido em quartos pela fissura longitudinal do cérebro, em posição mediana, e pelo sulco central, coronal. O sulco central separa os lobos frontais (anteriormente) dos lobos parietais (posteriormente). Em vista lateral, esses lobos situam-se superiormente ao sulco lateral transverso e ao lobo temporal inferior a ele. Os lobos occipitais posicionados posteriormente são separados dos lobos parietal e temporal pelo plano do sulco parietoccipital, visível na face medial do cérebro em uma hemissecção do encéfalo. Os pontos mais anteriores dos lobos frontal e temporal, projetados anteriormente, são os polos frontal e temporal. O ponto posterior extremo do lobo occipital, que se projeta posteriormente, é o polo occipital. Os hemisférios ocupam toda a cavidade do crânio supratentorial. Os lobos frontais ocupam as fossas anteriores do crânio, os lobos temporais ocupam as partes laterais das fossas médias do crânio, e os lobos occipitais estendem-se posteriormente sobre o tentório do cerebelo. O diencéfalo é formado pelo epitálamo, pelo tálamo e pelo hipotálamo e forma o núcleo central do encéfalo. O mesencéfalo, a parte anterior do tronco encefálico, situa-se na junção das fossas média e posterior do crânio. Os NC III e IV estão associados ao mesencéfalo. A ponte é a parte do tronco encefálico situada entre o mesencéfalo rostralmente e o bulbo caudalmente; situa-se na parte anterior da fossa posterior do crânio. O NC V está associado à ponte. O bulbo (medula oblonga) é a subdivisão mais caudal do tronco encefálico, contínua com a medula espinal; situa-se na fossa posterior do crânio. Os NC IX, X e XII estão associados ao bulbo, ao passo que os NC VI–VIII estão associados à junção da ponte e do bulbo. O cerebelo é a grande massa encefálica situada posteriormente à ponte e ao bulbo e inferiormente à parte posterior do cérebro. Situa-se sob o tentório do cerebelo na fossa posterior do crânio. Consiste em dois hemisférios laterais unidos por uma parte intermediária estreita, o verme do cerebelo. Estrutura do encéfalo. A. A superfície cerebral contém giros (pregas) e sulcos do córtex cerebral. B. Os lobos do cérebro são identificados por cores. Enquanto sulcos central e lateral distintos demarcam o lobo frontal e os limites anteriores doslobos parietal e temporal do cérebro, a demarcação dos limites posteriores entre o último e o lobo occipital é menos distinta externamente. C. A face medial do cérebro e as partes mais profundas do encéfalo (diencéfalo e tronco encefálico) mostradas após a bissecção do encéfalo. O sulco parietoccipital que demarca os lobos parietal e occipital pode ser visto na face medial do cérebro. D. As partes do tronco encefálico são identificadas. Ventrículos, espaços subaracnóideos e cisternas. A. O sistema ventricular e a circulação do LCS. A produção de LCS ocorre principalmente nos plexos corióideos dos ventrículos laterais e do terceiro e quarto ventrículos. Os plexos dos ventrículos laterais são os maiores e mais importantes. B. Cisternas subaracnóideas, regiões expandidas do espaço subaracnóideo, contêm maiores volumes de LCS. Sistema ventricular do encéfalo O sistema ventricular do encéfalo consiste em dois ventrículos laterais e os terceiro e quarto ventrículos medianos unidos pelo aqueduto do mesencéfalo. O LCS, secretado principalmente pelos plexos corióideos dos ventrículos,preenche essas cavidades encefálicas e o espaço subaracnóideo do encéfalo e da medula espinal. VENTRÍCULOS DO ENCÉFALO Os ventrículos laterais, o primeiro e o segundo ventrículos, são as maiores cavidades do sistema ventricular e ocupam grandes áreas dos hemisférios cerebrais. Cada ventrículo lateral abre-se, através de um forame interventricular, para o terceiro ventrículo. O terceiro ventrículo, uma cavidade em forma de fenda entre as metades direita e esquerda do diencéfalo, é contínuo em sentido posteroinferior com o aqueduto do mesencéfalo, que une o terceiro e o quarto ventrículos. O quarto ventrículo, piramidal, na parte posterior da ponte e bulbo, estende-se em sentido inferoposterior. Inferiormente, afila-se até formar um canal estreito que continua até a região cervical da medula espinal como o canal central. O LCS drena do quarto ventrículo para o espaço subaracnóideo através de uma abertura mediana única e um par de aberturas laterais. Essas aberturas são os únicos meios pelos quais o LCS entra no espaço subaracnóideo. Em caso de obstrução, o LCS se acumula e os ventrículos se distendem, comprimindo os hemisférios cerebrais. RM transversal do encéfalo. O LCS que circunda o encéfalo, estendendo-se até os sulcos e fissuras, e que ocupa os ventrículos, mostra-se branco brilhante. CISTERNAS SUBARACNÓIDEAS Embora não seja correto dizer que o encéfalo “flutue” no LCS, na verdade, a fixação do encéfalo ao neurocrânio é mínima. Em algumas áreas na base do encéfalo, a aracnoide e a pia estão bem separadas pelas cisternas subaracnóideas, que contêm LCS, e estruturas dos tecidos moles que “ancoram” o encéfalo, como as trabéculas aracnóideas, a rede vascular e, em alguns casos, as raízes dos nervos cranianos. As cisternas geralmente são nomeadas de acordo com as estruturas relacionadas com elas. As principais cisternas subaracnóideas intracranianas são: Cisterna cerebelobulbar: a maior das cisternas subaracnóideas, localizada entre o cerebelo e o bulbo; recebe LCS das aberturas do quarto ventrículo. É dividida em cisterna cerebelobulbar posterior e cisterna cerebelobulbar lateral. Cisterna pontocerebelar: um amplo espaço ventral à ponte, contínuo inferiormente com o espaço subaracnóideo espinal. Cisterna interpeduncular: localizada na fossa interpeduncular entre os pedúnculos cerebrais do mesencéfalo. Cisterna quiasmática: inferior e anterior ao quiasma óptico, o ponto de cruzamento ou decussação das fibras dos nervos ópticos. Cisterna colicular: localizada entre a parte posterior do corpo caloso e a face superior do cerebelo; contém partes da veia cerebral magna. Cisterna circundante: localizada na face lateral do mesencéfalo e contínua posteriormente com a cisterna colicular. SECREÇÃO DE LÍQUIDO CEREBROSPINAL O líquido cerebrospinal (LCS) é secretado (400 a 500 m l/dia) principalmente por células epiteliais coroidais (células ependimárias modificadas) dosplexos corióideos nos ventrículos laterais e no terceiro e no quarto ventrículos. Os plexos corióideos consistem em franjas vasculares de pia-máter (tela corióidea) cobertas por células epiteliais cúbicas. Invaginam-se para os tetos do terceiro e do quatro ventrículos e nos assoalhos dos corpos e cornos inferiores dos ventrículos laterais. CIRCULAÇÃO DE LÍQUIDO CEREBROSPINAL O LCS deixa os ventrículos laterais através dos forames interventriculares e entra no terceiro ventrículo. A partir daí, o LCS atravessa o aqueduto do mesencéfalo para o quarto ventrículo. Parte do LCS deixa esse ventrículo através de suas aberturas mediana e lateral e entra no espaço subaracnóideo, que é contínuo ao redor da medula espinal e na região posterossuperior sobre o cerebelo. Entretanto, a maior parte do LCS flui para as cisternas interpeduncular e colicular. O LCS das várias cisternas subaracnóideas flui superiormente pelos sulcos e fissuras nas faces medial e superolateral dos hemisférios cerebrais. O LCS também penetra nas extensões do espaço subaracnóideo ao redor dos nervos cranianos, sendo as maisimportantes aquelas que circundam os nervos ópticos (NC II). ABSORÇÃO DE LÍQUIDO CEREBROSPINAL Os principais locais de absorção de LCS para o sistema venoso são as granulações aracnóideas, principalmente aquelas que se projetam para o seio sagital superior e suas lacunas laterais. O espaço subaracnóideo contendo LCS estende-se para os centros das granulações aracnóideas. O LCS entra no sistema venoso por duas vias: (1) a maior parte do LCS entra no sistema venoso por transporte através das células das granulações aracnóideas para os seios venosos da dura-máter; (2) parte do LCS desloca-se entre as células que formam as granulações aracnóideas (Corbett et al., 2006). FUNÇÕES DO LÍQUIDO CEREBROSPINAL Juntamente com as meninges e a calvária, o LCS protege o encéfalo, proporcionando um amortecimento contragolpes na cabeça. O LCS no espaço subaracnóideo permite que o encéfalo flutue, o que impede que seu peso comprima as raízes dos nervos cranianos e os vasos sanguíneos contra a face interna do crânio. Como o encéfalo é um pouco mais pesado do que o LCS, os giros na face basal do encéfalo (Figura 7.42) ficam em contato com as fossas cranianas no assoalho da cavidade do crânio na posição ereta. Em muitos locais na base do encéfalo, apenas as meninges cranianas são interpostas entre o encéfalo e os ossos do crânio. Na posição ortostática, o LCS está nas cisternas subaracnóideas e sulcos nas partes superior e lateral do encéfalo; portanto, o LCS e a dura-máter normalmente separam a parte superior do encéfalo da calvária. Os batimentos cardíacos causam alterações pequenas e rapidamente recorrentes da pressão intracraniana; as alterações recorrentes lentas resultam de causas desconhecidas. A tosse, o esforço e as mudanças de posição (ortostática vs. decúbito) causam grandes alterações momentâneas da pressão. Qualquer modificação do volume do conteúdo intracraniano (p. ex., umtumor encefálico, acúmulo de líquido ventricular causado por bloqueio do aqueduto do mesencéfalo, ou sangue de um aneurisma roto) será refletida por alteração da pressão intracraniana. Essa regra é denominada doutrina de Monro-Kellie, que afirma que o volume do crânio é uma caixa fechada rígida e que o volume de sangue intracraniano só pode ser modificado se houver deslocamento ou substituição do LCS. Irrigação arterial do encéfalo Embora represente apenas cerca de 2,5% do peso do corpo, o encéfalo recebe aproximadamente um sexto do débito cardíaco e um quinto do oxigênio consumido pelo corpo em repouso. A vascularização encefálica provém das artérias carótida interna e vertebral, cujos ramos terminais estão situados no espaço subaracnóideo. A drenagem venosa encefálica ocorre pelas veias cerebrais e cerebelares que drenam para os seios venosos durais adjacentes. Veja também o item “Drenagem venosa do encéfalo”. Suprimento arterial do encéfalo. Os pares de artérias carótidas internas e vertebrais bilaterais transportam um suprimento abundante de sangue rico em oxigênio. ARTÉRIAS CARÓTIDAS INTERNAS As artérias carótidas internas originam-se no pescoço a partir das artérias carótidas comuns. A parte cervical de cada artéria ascende verticalmente através do pescoço, sem ramificações, até a base do crânio. Cada artéria carótida interna entra na cavidade do crânio através do canal carótico na parte petrosa do temporal. A ilustra e descreve o trajeto intracraniano da artéria carótida interna e a mostra a imagem radiológica. Além das artérias carótidas, os canais caróticos contêm plexos venosos e os plexos caróticos de nervos simpáticos. As artérias carótidas internas seguem anteriormente através dos seios cavernosos, com os nervos abducentes (NC VI) e muito próximas dos nervos oculomotor (NC III) e troclear (NC IV), passando no sulco carótico na lateral do corpo do esfenoide. Os ramos terminais das artérias carótidas internas são as artérias cerebrais anterior e média. Clinicamente, as artérias carótidas internas e seus ramos costumam ser chamados de circulação anterior do encéfalo. As artérias cerebrais anteriores são unidas pela artéria comunicante anterior. Perto de seu término, as artérias carótidas internas são unidas às artérias cerebrais posteriores pelas artérias comunicantes posteriores, completando o círculo arterial do cérebro ao redor da fossa interpeduncular, a depressão profunda na face inferior do mesencéfalo entre os pedúnculos cerebrais. ARTÉRIAS VERTEBRAIS As artérias vertebrais originam-se na raiz do pescoço (as partes pré-vertebrais das artérias vertebrais) como os primeiros ramos da primeira parte das artérias subclávias (Figura 7.39). As duas artérias vertebrais geralmente têm tamanhos diferentes, sendo a esquerda maior do que a direita. As partes transversárias das artérias vertebrais ascendem através dos forames transversários das seis primeiras vértebras cervicais. As partes atlânticas das artérias vertebrais (partes relacionadas com o atlas, vértebra C I) perfuram a dura-máter e a aracnoide-máter e atravessam o forame magno. As partes intracranianas das artérias vertebrais unem-se na margem caudal da ponte para formar a artéria basilar. O sistema arterial vertebrobasilar e seus ramos muitas vezes são denominados clinicamente circulação posterior do encéfalo. A artéria basilar, assim denominada em face de sua íntima relação com a base do crânio, ascende até o clivo, a face inclinada do dorso da sela até o forame magno, através da cisterna pontocerebelar até a margem superior da ponte. Termina dividindo- se em duas artérias cerebrais posteriores. ARTÉRIAS CEREBRAIS Além de enviar ramos para as partes mais profundas do encéfalo, os ramos corticais de cada artéria cerebral irrigam uma superfície e um polo do cérebro (Figuras 7.41 e 7.43A e B; Quadro 7.7). Os ramos corticais da: Artéria cerebral anterior irrigam a maior parte das faces medial e superior do encéfalo e o polo frontal Artéria cerebral média irrigam a face lateral do encéfalo e o polo temporal. Trajeto da artéria carótida interna. O desenho de orientação (esquerda) indica o plano do corte coronal que corta o canal carótico (direita). A parte cervical da artéria carótida interna ascende verticalmente no pescoço até a entrada do canal carótico na parte petrosa do temporal. A parte petrosa da artéria faz uma curva em direção horizontal e medial no canal carótico, em direção ao ápice da parte petrosa do temporal. Emerge do canal superior para o forame lacerado, fechado em vida por cartilagem, e entra na cavidade do crânio. A artéria segue anteriormente através da cartilagem; depois, a parte cavernosa da artéria segue ao longo dos sulcos caróticos sobre a face lateral do corpo do esfenoide, atravessando o seio cavernoso. Inferiormente ao processo clinoide anterior, a artéria faz uma volta de 180°, com sua parte cerebralseguindo em sentido posterior para se unir ao círculo arterial do cérebro Artéria cerebral posterior irrigam a face inferior do encéfalo e o polo occipital CÍRCULO ARTERIAL DO CÉREBRO O círculo arterial do cérebro (de Willis) é um arranjo quase pentagonal de vasos na face anterior do encéfalo. É uma anastomose importante na base do encéfalo entre as quatro artérias (duas artérias vertebrais e duas artérias carótidas internas) que irrigam o encéfalo. O círculo arterial é formado sequencialmente no sentido anteroposterior pela(s): Artéria comunicante anterior Artérias cerebrais anteriores Artérias carótidas internas Artérias comunicantes posteriores Artérias cerebrais posteriores. Os vários componentes do círculo arterial do cérebro dão origem a muitos ramos pequenos para o encéfalo. Drenagem venosa do encéfalo As veias de paredes finas, sem válvulas, que drenam o encéfalo perfuram a aracnoide e as lâminas meníngeas da dura-máter e terminam nos seios venosos da dura-máter mais próximos, que drenam, em sua maior parte, para as veias jugulares internas. As veias cerebrais superiores na face superolateral do encéfalo drenam para o seio sagital superior; as veias cerebrais inferiores e a veia cerebral superficial média, oriundas das faces inferior, posteroinferior e profunda dos hemisférios cerebrais, drenam para os seios reto, transverso e petroso superior. A veia cerebral magna (de Galeno) é uma veia única, mediana, que se forma no encéfalo pela união de duas veias cerebrais internas; termina fundindo-se ao seio sagital inferior para formar o seio reto. O cerebelo é drenado pelas veias cerebelares superiores e inferiores, que drenam a respectiva face do cerebelo para os seios transverso e sigmóideo Arteriografias da carótida. A e B. O contraste radiopaco injetado no sistema arterial carótico mostra distribuição unilateral da artéria carótida interna para o encéfalo. A = artéria cerebral anterior e seus ramos; I = as quatro partes da artéria carótida interna; M = artéria cerebral média e seus ramos; O = artéria oftálmica. (Cortesia do Dr. D. Armstrong, Associate Professor of Medical Imaging, University of Toronto, Toronto, Ontario, Canada.) Base do encéfalo com círculo arterial do cérebro. As artérias carótida interna e basilar convergem, dividem-se e anastomosam-se para formar o círculo arterial do cérebro (de Willis). O polo temporal esquerdo foi removido para mostrar a artéria cerebral média no sulco lateral do encéfalo. Os lobos frontais estão separados para expor as artérias cerebrais anteriores. Irrigação arterial do cérebro. Irrigação arterial dos hemisférios cerebrais. Artéria Origem Distribuição Carótida interna A. carótida comum na margem superior da cartilagem tireóidea Emite ramos para as paredes do seio cavernoso, hipófise e gânglio trigeminal; responsável pela vascularização primária do encéfalo Cerebral anterior A. carótida interna Hemisférios cerebrais, exceto para os lobos occipitais Comunicante anterior A. cerebral anterior Círculo arterial do cérebro (de Willis) Cerebral média Continuação da A. carótida interna distal à artéria cerebral anterior Maior parte da face lateral dos hemisférios cerebrais Vertebral A. subclávia Meninges cranianas e cerebelo Basilar Formada pela união de Aa. Vertebrais Tronco encefálico, cerebelo e cérebro Cerebral posterior Ramo terminal da A. basilar Face inferior do hemisfério cerebral e lobo occipital Comunicante posterior A. cerebral posterior Trato óptico, pedúnculo cerebral, cápsula interna e tálamo ENCÉFALO Partes do encéfalo: Os dois hemisférios do córtex cerebral, separados pela foice do cérebro, são os elementos dominantes do encéfalo humano. ♦ Embora o padrão de giros e sulcos varie muito, as outras características do encéfalo, inclusive seu tamanho geral, são bastante regulares de um indivíduo para outro. ♦ Para fins descritivos, cada hemisfério cerebral é dividido em quatro lobos que estão relacionados com os ossos sobrejacentes de mesmo nome, mas cujos limites não correspondem a esses ossos. ♦ O diencéfalo forma o núcleo central do encéfalo, com o mesencéfalo, a ponte e o bulbo formando o tronco encefálico; o bulbo é contínuo com a medula espinal. ♦ O cerebelo é a massa encefálica subtentorial que ocupa a fossa posterior do crânio. Ventrículos do encéfalo: Cada hemisfério cerebral tem um ventrículo lateral em seu centro; fora isso, o sistema ventricular do encéfalo é uma formação ímpar, mediana, que se comunica com o espaço subaracnóideo que circunda o encéfalo e a medula espinal. ♦ Os plexos corióideos secretam LCS para os ventrículos, que flui deles para o espaço subaracnóideo. ♦ O LCS é absorvido pelo sistema venoso, normalmente na mesma velocidade com que é produzido, pelas granulações aracnóideas relacionadas com o seio sagital superior. Irrigação arterial e drenagem venosa do encéfalo: Um suprimento contínuo de oxigênio e nutrientes é essencial para a função encefálica. ♦ O encéfalo recebe dupla vascularização dos ramos cerebrais do par bilateral de artérias carótidas internas e vertebrais. ♦ As anastomoses entre essas artérias formam o círculo arterial do cérebro. ♦ Também há anastomoses entre os ramos das três artérias cerebrais na superfície do encéfalo. ♦ Em adultos, se houver obstrução de uma das quatro artérias que levam sangue para o encéfalo, as outras três geralmente não conseguem proporcionar circulação colateral adequada; desse modo, há comprometimento do fluxo sanguíneo (isquemia) e um AVC isquêmico. ♦ A drenagem venosa do encéfalo é feita pelos seios venosos durais e pelas veias jugulares internas.
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