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APS02 de DIREITO TRIBUTARIO II

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CENTRO UNIVERSITÁRIO AUGUSTO MOTTA
PROFESSOR: GUILHERME DE LUCA
ALUNO: JOÃO VITOR DAS DORES MÁXIMO – MATRÍCULA 13201474
ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA 02 DE DIREITO TRIBUTÁRIO II
TEMA: PESQUISA ACERCA DA TRIBUTAÇÃO SOBRE AS GRANDES RIQUEZAS E BREVE FUNDAMENTAÇÃO E RAZÕES PELA QUAL ELA NÃO SE ENCONTRA EFETIVADA NO ORDENAMENTO JURIDICO E SOCIAL.
RIO DE JANEIRO
2020
A tributação de grandes riquezas (imposto sobre grandes fortunas ou simplesmente IGF) é uma espécie de tributação que recai sobre grandes patrimônios. Ainda que exista a sua previsão na Constituição Federal de 1988, mais precisamente no artigo 153, VII, este precisa ser regulamentado por lei complementar, como isso ainda não ocorreu, não podendo assim ser aplicado.
Este imposto seria uma espécie de instrumento para a promoção de uma melhor distribuição de renda e riqueza, bem como, seria uma maneira de ampliar a arrecadação do Estado e fomentar o superávit fiscal.
Porém, existe muita discussão caso ele fosse instituído como por exemplo: o que seria o conceito de grande fortuna, uma vez que não há um valor ou um método qualitativo disposto na Constituição. Além disso, a referida tributação poderia constituir uma dupla tributação no tocante a outros impostos que já são executados, principalmente o IR e o ITCMD. Aliás, tem a questão a respeito da possibilidade de ser aplicada a tributação de grandes riquezas, somente a pessoas físicas ou da mesma forma a pessoas jurídicas. Ademais, entre as pessoas jurídicas, discute-se também sobre a incidência do imposto para aquelas que, apesar de operarem no Brasil, são criadas no exterior. 
Cumpre ainda destacar que, se eventualmente a tributação de grandes riquezas de pessoas jurídicas fosse aprovada, há especialistas que afirmam que tal medida causaria uma enorme diminuição do interesse em empreender no Brasil, além disso incentivaria a evasão fiscal, por intermédio da não declaração (ou ocultação) de bens ou da declaração de valores inferiores aos reais, ou ainda, a elisão fiscal, através da transferência do patrimônio de pessoas físicas a pessoas jurídicas tanto do Brasil quanto de outros países.
Além dos apontamentos citados anteriormente o referido imposto poderia ser injusto, se tributasse da mesma maneira os bens de raiz e os bens financeiros, pelo fato de os primeiros podem ser avaliados bem abaixo do valor real para desarvorar de um imposto excessivo, enquanto que os segundos seriam tributados por seu valor de mercado, que pode ser visto de maneira bem rápida e fácil.
Por fim, ainda que não exista alguma lei para regulamentar o referido tributo, vários projetos foram apresentados durante os anos, destacando os seguintes: PLP 162/89, apresentado pelo senador Fernando Henrique Cardoso, o PLP 108/89, apresentado pelo deputado Juarez Marques Batista, o PLP 208/89, apresentado pelo deputado Antônio Mariz, PLP 218/90, apresentado pelo Presidente Fernando Collor e PLP 277/08, apresentado pelos deputados Luciana Genro, Chico Alencar e Ivan Valente.
Referencias:
https://ambitojuridico.com.br/cadernos/direito-tributario/o-imposto-sobre-grandes-fortunas-igf-como-alternativa-a-crise-financeira-brasileira/
https://maisretorno.com/blog/termos/i/igf-imposto-sobre-grandes-fortunas#:~:text=O%20que%20%C3%A9%20IGF,aprovada%2C%20ele%20n%C3%A3o%20%C3%A9%20aplicado.
https://www.brasildefato.com.br/2020/08/28/como-funciona-a-taxacao-de-grandes-fortunas-em-outros-paises

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