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FACULDADE ÚNICA 
DE IPATINGA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Henrique Dias Sobral Silva 
 
Doutorando em História pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), mestre em 
História pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ) (2017) e graduado em 
História pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) (2015). Atuou como mediador 
na seção de Assistência ao Ensino no Museu Nacional (2014), tutor da disciplina de História 
no pré-vestibular social da Fundação Centro de Ciências e Educação Superior à Distância 
do Estado do RJ (2015) e em outras iniciativas populares. Tem experiência na área de 
História e Educação, especialmente nos temas: Colonização agrícola, Governo Vargas e 
História Social, Educação de Jovens e Adultos, Educação a Distância, Juventudes e Cultura 
Escolar. 
METODOLOGIA CIENTÍFICA 
 
1ª edição 
Ipatinga – MG 
2021 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 
 
 
FACULDADE ÚNICA EDITORIAL 
 
Diretor Geral: Valdir Henrique Valério 
Diretor Executivo: William José Ferreira 
Ger. do Núcleo de Educação a Distância: Cristiane Lelis dos Santos 
Coord. Pedag. da Equipe Multidisciplinar: Gilvânia Barcelos Dias Teixeira 
Revisão Gramatical e Ortográfica: Izabel Cristina da Costa 
Revisão/Diagramação/Estruturação: Bárbara Carla Amorim O. Silva 
 Carla Jordânia G. de Souza 
 Rubens Henrique L. de Oliveira 
Design: Brayan Lazarino Santos 
 Élen Cristina Teixeira Oliveira 
 Maria Luiza Filgueiras 
 
 
 
 
 
 
 
© 2021, Faculdade Única. 
 
Este livro ou parte dele não podem ser reproduzidos por qualquer meio sem 
Autorização escrita do Editor. 
 
‘ 
 
 
Teodoro, Jorge Benedito de Freitas, 1986 . 
Introdução à filosofia / Jorge Benedito de Freitas Teodoro. – 1. ed. Ipatinga, 
MG: Editora Única, 2020. 
113 p. il. 
 
Inclui referências. 
 
ISBN: 9786599078606 
 
1. Filosofia. 2. Racionalidade. I. Teodoro, Jorge Benedito de Freitas. II. Título. 
 
CDD: 100 
CDU: 101 
Ficha catalográfica elaborada pela bibliotecária Melina Lacerda Vaz CRB – 6/2920. 
 
 
 
 
 
 
NEaD – Núcleo de Educação a Distância FACULDADE ÚNICA 
Rua Salermo, 299 
Anexo 03 – Bairro Bethânia – CEP: 35164779 – Ipatinga/MG 
Tel (31) 2109 2300 – 0800 724 2300 
www.faculdadeunica.com.br
http://www.faculdadeunica.com.br/
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
 
 
Menu de Ícones 
Com o intuito de facilitar o seu estudo e uma melhor compreensão do conteúdo 
aplicado ao longo do livro didático, você irá encontrar ícones ao lado dos textos. 
Eles são para chamar a sua atenção para determinado trecho do conteúdo, cada um 
com uma função específica, mostradas a seguir: 
 
 
 
São sugestões de links para vídeos, documentos científi-
co (artigos, monografias, dissertações e teses), sites ou 
links das Bibliotecas Virtuais (Minha Biblioteca e 
Biblioteca Pearson) relacionados com o conteúdo 
abordado. 
 
Trata-se dos conceitos, definições ou afirmações 
importantes nas quais você deve ter um maior grau de 
atenção! 
 
São exercícios de fixação do conteúdo abordado em 
cada unidade do livro. 
 
São para o esclarecimento do significado de 
determinados termos/palavras mostradas ao longo do 
livro. 
 
Este espaço é destinado para a reflexão sobre questões 
citadas em cada unidade, associandoo a suas ações, 
seja no ambiente profissional ou em seu cotidiano. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 
 
 
SUMÁRIO 
METODOLOGIA CIENTÍFICA ..................................................................... 7 
1.1 UM CONCEITO DO LETRAMENTO CIENTÍFICO ...................................................... 7 
1.2 USOS NO MEIO ACADÊMICO ............................................................................... 8 
1.3 USOS SOCIAIS E ÉTICA NA PESQUISA ................................................................. 10 
FIXANDO O CONTEÚDO ...................................................................................... 13 
MÉTODOS E TÉCNICAS DE ESTUDO E PESQUISA ................................. 20 
2.1 ORGANIZAÇÃO ACADÊMICA E PESSOAL DO TEMPO ...................................... 20 
2.2 ABORDAGENS DA PESQUISA CIENTÍFICA ........................................................... 23 
2.3 NATUREZA DA PESQUISA CIENTÍFICA ................................................................. 24 
2.4 TIPOS DE PESQUISA CIENTÍFICA .......................................................................... 25 
2.5 AS CLASSIFICAÇÕES TÉCNICAS DA PESQUISA CIENTÍFICA .............................. 26 
2.6 MÉTODOS DE PESQUISA CIENTÍFICA ................................................................... 29 
FIXANDO O CONTÉUDO ...................................................................................... 32 
TIPOS DE COMUNICAÇÃO ACADÊMICA .......................................... 39 
3.1 RESUMO ................................................................................................................ 39 
3.2 FICHAMENTO ........................................................................................................ 43 
3.3 RESENHA ............................................................................................................... 48 
3.4 COMUNICAÇÃO CIENTÍFICA ORAL ................................................................... 51 
FIXANDO CONTEÚDO .......................................................................................... 54 
PLANEJAMENTO DA PESQUISA CIENTÍFICA ...................................... 63 
4.1 FORMULAÇÃO E IDENTIFICAÇÃO DO PROBLEMA DE PESQUISA ...................... 63 
4.2 CONSTRUÇÃO DA BIBLIOGRAFIA ....................................................................... 65 
4.3 OBJETIVO(S) DA PESQUISA.................................................................................. 69 
FIXANDO O CONTEÚDO ...................................................................................... 71 
PLANEJAMENTO DA PESQUISA CIENTÍFICA II ................................... 77 
5.1 INTRODUÇÃO DO TRABALHO ACADÊMICO ...................................................... 77 
5.2 REFERENCIAL TEÓRICO OU REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ...................................... 79 
5.4 DESENVOLVIMENTO E CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................... 84 
5.5 CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO DA PESQUISA .................................................. 85 
FIXANDO O CONTEÚDO ...................................................................................... 87 
NORMAS DA ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS 
(ABNT) ................................................................................................. 92 
6.1 FORMATAÇÃO DE TEXTOS ................................................................................... 92 
6.2 TIPOS DE CITAÇÕES NO TEXTO ACADÊMICO .................................................... 97 
5.6 FORMATAÇÃO DE GRÁFICOS, FIGURAS E TABELAS ........................................ 100 
FIXANDO O CONTEÚDO.....................................................................................103 
RESPOSTAS DO FIXANDO O CONTEÚDO......................................... 108 
REFERÊNCIAS ..................................................................................... 109 
 
UNIDADE 
01 
UNIDADE 
02 
UNIDADE 
03 
UNIDADE 
04 
UNIDADE 
05 
UNIDADE 
06 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6 
 
 
CONFIRA NO LIVRO 
 
A unidade I apresenta a metodologia científica como parte de um 
exercício de letramento acadêmico, explorando seus usos e po-
tencialidades dentro e fora da universidade. Destaca-se também 
nessa unidade alguns compromissos éticos na construção da 
ciência no mundo contemporâneo. 
A unidade II trata dos métodos e técnicas de estudo e pesquisa. 
Considerando a organização, abordagens, natureza, objetivos e 
procedimentostécnicos para realização da investigação 
acadêmica. Além disso, debate a organização acadêmica e 
pessoal do tempo como peça fundamental do ofício do 
pesquisador. 
 
 
A unidade III discute os tipos de comunicação acadêmica, 
destacando os modos de fazer resumo, fichamento, resenha e 
comunicações científicas orais e a importância de cada um deles 
para a formação do pesquisador. 
Na unidade IV os leitores são convidados a pensar a primeira parte 
do planejamento da pesquisa, com destaque para a escolha do 
tema, a construção do problema, da bibliografia e dos objetivos 
da investigação. 
 
 
Na unidade IV os leitores são aproximados da segunda parte do 
planejamento da pesquisa. Nela discute-se a importância do 
referencial teórico, as fontes e a metodologia e as formas de 
construção de um cronograma de execução de seu exercício 
científico. 
 
 
 
 
 
Na unidade VI são apresentadas as normas da ABNT sua 
importância e seus usos na construção de trabalhos acadêmicos, 
em especial para a construção de artigos acadêmicos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
7 
 
 
METODOLOGIA CIENTÍFICA 
 
 
 
1.1 UM CONCEITO DO LETRAMENTO CIENTÍFICO 
Letramento científico é um conjunto de orientações que definem os modos 
de escrever, ler e pesquisar que devem ser ensinadas aos graduandos para o seu 
melhor relacionamento com a ciência no ambiente universitário (MOTTA-ROTH, 
2011). Nesse contexto, deve-se considerar a realidade do aluno, seus modos de en-
sinoaprendizagem associados às questões sócioculturais do fazer científico, sua 
relação com a tecnologia e com o meio intelectual. 
Em outros termos, letramento científico é o modo pelo qual a universidade 
pode ensinar aos seus alunos, novos modos de escrita, leitura e escrita no ambiente 
acadêmico. Para que isso ocorra, deve-se ensinar metodologia científica, um 
subconjunto de ferramentas do letramento científico, mobilizadas pelos graduandos 
ao longo de sua formação acadêmica para aperfeiçoamento de métodos e 
técnicas de leitura, escrita e pesquisa. 
Pode-se dizer que a metodologia científica pavimenta todas as iniciativas do 
letramento científico. Se pensarmos no sentido das palavras, teremos que 
metodologia trata-se segundo o Dicionário Michaelis Online (2021) de um “conjunto 
de regras e procedimentos para a realização de uma pesquisa”. É um conjunto de 
etapas a serem cumpridas de modo a solucionar uma determinada questão ou 
problema. Por outra parte, a palavra científica refere-se a ciência, a condução ou 
estruturação a partir de princípios e práticas de uma determinada ciência. 
Desse modo, estamos diante de um método para a exposição de problemas 
científicos da área do saber a qual o graduando encontra-se em formação. Pode-
se dizer que a metodologia científica é uma espécie de língua franca no fazer 
acadêmico, uma vez que suas considerações podem ser acolhidas por todas as 
áreas, logicamente, guardadas as devidas especificidades de cada curso. Sobre o 
tema, Marconi e Lakatos (2021b) afirmam que a metodologia científica trata-se de 
uma operação de introdução: 
 
[...] do discente no mundo dos procedimentos sistemáticos e 
racionais, base da formação tanto do estudioso quanto do 
UNIDADE 
02
1 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
8 
 
 
profissional, pois ambos atuam, além da prática, no mundo das idei-
as. Podemos afirmar até: a prática nasce da concepção sobre o 
que deve ser realizado e qualquer tomada de decisão fundamenta-
se naquilo que se afigura como o mais lógico, racional, eficiente e 
eficaz (MARCONI; LAKATOS, 2021a, p. 15). 
 
Destacamos aqui que a metodologia científica age sobre uma ciência que, 
em termos gerais, trata-se de um conjunto de “[...] conhecimentos com técnicas 
especializadas de verificação, interpretação e inferência da realidade” (MEDEIROS, 
2006, p. 41). 
Há que se destacar que esse processo de aprendizagem é técnico e 
também reflexivo e crítico. Afinal a escolha de um tema, um problema de pesquisa 
e questões análogas à estes envolvem o diálogo, a reflexão e o pensamento 
investigativo que, por definição, demanda crítica. Porém, para que esse processo 
seja realizado com qualidade, é necessário conhecer a metodologia científica. 
 
 
 
Assim sendo, nosso capítulo tratará de expressar as características e 
protocolos da metodologia científica, sempre com o compromisso de trazer uma 
análise crítica e propositiva sobre o tema. O interesse maior desse exercício é 
animar os graduandos à pesquisa, de modo atento, crítico e acima de tudo cientes 
da aprendizagem em metodologia científica. 
 
1.2 USOS NO MEIO ACADÊMICO 
Os usos da metodologia científica estrutura e normatiza a comunicação 
escrita e oral produzida na universidade, por graduandos e professores. Segundo 
Demo (1995), quando pensamos na metodologia científica na universidade, 
estamos diante de “[...] instrumentos usados para se fazer ciência” (DEMO, 1995, p. 
11). Esses instrumentos não precisam ser dificultadores no processo de 
aprendizagem, ao contrário, como língua franca que são, pretendem aproximar 
pesquisadores, ideias e reflexões. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
9 
 
 
As ferramentas iniciais que mobilizamos para esse fazer da ciência são os 
métodos de observação, escuta, leitura e experimentação. Quando mediados pela 
metodologia científica, a partir de suas ferramentas, a compreensão sobre os 
fenômenos analisados tende a ser mais aceita (AZEVEDO, 2013). Em linhas gerais, o 
que conseguimos construir, nessas condições, foi o conhecimento científico. 
Não podemos deixar de citar que esse processo é feito também com 
consultas intensas à bibliotecas (físicas ou virtuais), sites de pesquisa de conteúdo 
acadêmico e demais materiais formativos. Além deles, o relacionamento profissio-
nal com professores, tutores da universidade, fóruns de debate, espaços de tiragem 
de dúvidas e diálogos com os colegas colaboram de maneira potente com uma 
aproximação qualitativa com a metodologia científica. 
 
 
 
Pode-se dizer que a etapa seguinte desse processo trata-se da comunicação 
desses avanços de pesquisa. Toda e qualquer investigação envolve atividades 
comunicativas que, realizadas em distintos suportes formais, como a fala e a escrita, 
conformam mais uma etapa do fazer científico. Nesse processo são gerados 
produtos como resenhas, relatórios, artigos, painéis, monografias e outros 
construídos durante ou após a conclusão da pesquisa acadêmica. 
 Acerca do processo comunicativo, é preciso informar e divulgar o 
andamento de uma dada investigação, de modo que seja possível reunir 
comentários, sugestões e críticas acerca da pesquisa. Segundo Ziman (1968), o 
conhecimento científico terá validade e será entendido como tal, quando exposto 
ao parecer da comunidade acadêmica. Desse modo se consolidam espaços 
como simpósios, congressos, fóruns, semanas acadêmicas e bancas de avaliação 
dentre outros, que se tornam espaços privilegiados para se divulgar a construção 
de pesquisas acadêmicas. 
Vale dizer que em cada uma das etapas citadas neste tópico contam com 
Ciência é uma preocupação teórica acerca de determinados fenômenos naturais e 
sociais para explicar o mundo em que vivemos. Quer saber mais sobre o conceito? 
Pesquise no livro “Metodologia Científica" (LOZADA; NUNES, 2018) em especial o primeiro 
capítulo “Processo técnico-científico” (p. 13-34). Disponível em: https://bit.ly/3rUWYOG. 
Acesso em: 20 mar. 2021. 
https://bit.ly/3rUWYOG
 
 
 
 
 
 
 
 
 
10 
 
 
características específicas que serão dadas pela metodologia científica e 
conhecidas por nós nos capítulos a seguir. Sendo nossa tentativa aqui a de 
apresentar um panorama sobre diferentes áreas do universo acadêmico que são 
afetadas pela metodologia científica. 
 
 
 
1.3 USOS SOCIAIS E ÉTICA NA PESQUISA 
A metodologia científica é um universo vasto como vimos, sendo uma de 
suas faces a ética.Em termos sociais é sempre importante que o pesquisador pense 
na função social de sua pesquisa para a sociedade. Deve-se ter cuidadoter cui-
dado e atenção ao compreender a realidade que visita o pesquisador e o meio 
em que vive/que estuda. Espera-se que, a partir dessa compreensão, se construa 
uma produção científica alinhada com tais questões. 
Os modos de fazer este exercício se dá os modos de fazer este exercício se 
dão por meio de uma humanização da pesquisa e da ciência. Essa humanização 
se constrói quando quem pesquisa entende que seu fazer, crítico e reflexivo está 
repleto informações sobre comunidades ou indivíduos citados e suas práticas 
estudadas (TOMANIK, 2004). Ou seja, a pesquisa é antes de tudo um exercício 
coletivo do pesquisador com seus colegas, com seus objetivos, fontes e uma teia de 
relações que atravessam ele e sua pesquisa. 
Essa recomendação pode ser realizada a qualquer tempo da pesquisa e 
pode ser registrada na construção de investigações em quaisquer áreas do saber, o 
que mais importa é que esse eixo seja lembrado e considerado pelo pesquisador. 
Afinal, estamos em um momento histórico de ascensão do anti cientificismo e, por 
isso, é sempre tempo de reforçarmos nosso compromisso com a construção de uma 
ciência que seja democrática. 
 
https://bit.ly/2P1FCCd
 
 
 
 
 
 
 
 
 
11 
 
 
 
 
Pensando em ética e democracia é necessário que façamos uma discussão 
acerca do respeito com as pessoas, à autoria e as ideias. Quando expomos o res-
peito às pessoas, queremos dizer que pesquisas com seres humanos, mas mais 
distintas áreas do saber, demandam protocolos; de modo que esses indivíduos 
sejam respeitados em suas vontades, desejos e suas limitações. Aqui a escuta 
sensível e a ética são essenciais para uma pesquisa executada em termos 
profissionais, idôneos e que preserve os sujeitos pesquisados. 
Acerca disso, recomenda-se que o pesquisador conheça e elabore um 
Termo de Livre Consentimento Esclarecido (TCLE), cabendo a ele apresenta-lo para 
que os indivíduos pesquisados sejam adequadamente esclarecidos e, mediante o 
aceite e assinatura destes ou de seus responsáveis legais, possa se dar o início de 
qualquer pesquisa com seres humanos. Sua adoção dá segurança ao pesquisador 
e ao sujeito pesquisado, assegurando sua preservação física e mental. No Brasil, 
pesquisas que se debruçam sobre o estudo de seres humanos devem ser 
submetidas a um Comitê de Ética e Pesquisa (CEP) instância universitária de 
avaliação da idoneidade e dos princípios éticos em uma dada pesquisa 
acadêmica (BARBOSA; BOERY; FERRARI, 2012). 
Quando falamos sobre respeito a autoria e as ideias estamos falando do 
cuidado para a não realização do plágio acadêmico. Ele nada mais é do que a 
cópia sem autorização de um trecho, obra ou conceito construído por outra 
pessoa. Fenômeno considerado como crime em nosso país, trata-se de uma forma 
de apropriação desleal no mundo acadêmico (SILVA, 2008). Segundo os estudos de 
Sanchez e Innarelli (2012) existem quatro tipos de plágio: 
 
(1) o autoplágio, em que um indivíduo utiliza um trabalho próprio já 
publicado anteriormente, mas apresentado de maneira diversa; 
(2) a autoria fantasma, onde há a inserção de supostos autores que 
efetivamente não participaram de modo significativo, levando 
indivíduos à apropriação dos benefícios de conteúdos que os 
recompensa indevidamente; combinações, em variados graus, de 
https://bit.ly/3f9YSId
 
 
 
 
 
 
 
 
 
12 
 
 
(3) plágios literários (cópias de textos, integrais ou em partes, 
substituindolhes algumas palavras) e 
(4) plágios de conteúdo (em que as ideias de autores originais são 
reapresentadas sem que lhes seja reconhecida a origem). (SANCHEZ; 
INNARELLI, 2012, p. 47). 
 
Essas múltiplas formas de plágio precisam ser encaradas como um problema 
no processo formativo desse pesquisador, questão que pode ser solucionada por 
meio de um processo de ensinoaprendizagem pautado no incentivo ao letramento 
acadêmico. Assim, avaliamos que o melhor modo de diminuir a ocorrência desse 
fenômeno é por meio de uma postura atenta de professores e graduandos no pro-
cesso de escrita acadêmica. Uma das formas de se superar o plágio é com o 
incentivo à escrita autoral do graduando, escutando suas limitações e 
potencialidades e por meio da proposição de exercícios de escrita que sejam 
realizados de modo gradual, com vista a uma aprendizagem paulatina e mediada 
por uma prática reflexiva (SILVA, 2008). 
Ao final deste capítulo, avaliamos que foi possível aproximar você graduando 
e pesquisador em formação de temas gerais com os quais terá contato ao longo 
desse material e de toda sua vida acadêmica. Sendo assim, com conhecimento, 
respeito, ética e metodologia científica é possível construir uma ciência que 
aproxime pessoas, ideias e que construa soluções para os desafios de nossa 
sociedade. 
 
 
 
https://bit.ly/3rT5DRp
 
 
 
 
 
 
 
 
 
13 
 
 
FIXANDO O CONTEÚDO 
1. Metodologia científica pode ser definida como 
 
a) um conjunto de iniciativas que visam construir o anticientificismo, descre-
denciando a ciência nos meios de comunicação. 
b) uma forma de trabalhar a leitura e a interpretação na formação universitária, 
sem diálogo com a escrita, afinal, ela é desenvolvida na educação básica. 
c) um conjunto de diretrizes para a construção interdisciplinar entre as ciências 
humanas e biológicas, a partir dos métodos de ambas. 
d) um conjunto de etapas ordenadas, com a finalidade de estruturar uma dada 
pesquisa acadêmica. 
e) uma organização para construção de trabalhos escolares em geral. 
 
2. Como pode ser descrita a relação entre letramento acadêmico e metodologia 
científica? 
 
a) Como uma relação de disputa, afinal, são concepções distintas nos estudos 
metodológicos. 
b) Como uma relação transdisciplinar, pois a metodologia científica pensa o 
processo de aprendizagem da leitura. 
c) Como uma relação complementar, dado que a metodologia científica é um 
tópico do processo de letramento acadêmico. 
d) Como uma relação opcional, dado que a leitura e alfabetização são elementos 
opcionais para a metodologia e para o universo acadêmico. 
e) Como uma relação conflitante, dado que são correntes científicas distintas e que 
discordam na formação dos graduandos. 
 
3. “[...] O ato de plagiar teses acadêmicas já custou o emprego de diversas 
autoridades europeias, incluindo o de um presidente húngaro, dois ministros 
alemães e uma ministra espanhola. 
 
Na Alemanha, dois ministros da chanceler alemã, Angela Merkel, pediram demissão após 
serem acusados de plágio e terem seus títulos cancelados pelas universidades em que 
estudaram. Em 2011, jornalistas divulgaram vários trechos plagiados na tese de doutorado 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
14 
 
 
do ministro da Defesa, KarlTheodor Guttenberg. Ele teve o título de doutor em direito 
cancelado pela universidade e virou motivo de chacota. Os alemães passaram a brincar 
que seu sobrenome era Googleberg, uma referência ao uso de textos copiados da inter-
net. Dois anos depois, foi a vez da ministra da Educação, Annette Schavan, pedir 
demissão após denúncias de plágio em sua tese de filosofia. 
Na Hungria, o presidente Pál Schmitt (foto) renunciou em 2012 após uma revista divulgar 
os trechos plagiados da tese de doutorado que ele apresentou em 1992 na Universidade 
de Medicina Semmelweis, em Budapeste. O trabalho, sobre os jogos olímpicos modernos, 
era praticamente a tradução de um texto búlgaro. [...] 
Em 2018, a ministra de Saúde da Espanha, Carmen Montón, foi forçada a renunciar após 
acusações de plágio em sua tese de mestrado na Universidade Rei Juan Carlos, em 
Madrid. Em seu trabalho sobre reprodução assistida, ela copiou parágrafos e páginas 
inteiras de textos encontrados na internet, incluindo alguns verbetes da Wikipedia. 
Carmen também teve contestado seu título,pois não tinha completado todas as aulas 
para apresentar sua tese. [...]” 
(Plágio já derrubou um presidente e vários ministros na Europa. Portal Ig Crusoé Antagonista. São Paulo, 08 de out. de 2020. 
Disponível em: 
https://ultimosegundo.ig.com.br/colunas/crusoe/20201008/plagiojaderrubouumpresidenteevariosministrosnaeuropa.html. 
Acesso em: 31 de out. 2020). 
 
Diante do exposto, responda com V ou F as seguintes alternativas: 
 
( ) A matéria sobre o plágio entre políticos nos mostra como o ambiente político 
é truculento, haja vista que o plágio pode ser harmonizado no ambiente 
político e acadêmico, pois não se trata de um crime, mas sim, um pequeno 
desvio. Para sua solução basta que o acadêmico e/ou político peça 
desculpas aos autores que plagiou por meio de uma nota de retratação e a 
sua universidade. 
( ) O plágio entre políticos e suas demissões é um claro sinal da necessidade de 
se colocar o tema do plágio em perspectiva, como um problema a ser 
enfrentado pelas democracias, somente em países europeus. 
( ) O plágio precisa ser entendido como uma forma de roubo intelectual, em 
que se usurpam ideias, conceitos e com isso se fragiliza a construção do 
saber científico. Trata-se de um crime que afeta todo o campo científico e, 
por isso, precisa ser combatido. 
( ) Cabe aos professores o oferecimento de uma formação cuidadosa e 
sistemática para que seus alunos não cometam plágio. Para isso, deve-se 
https://ultimosegundo.ig.com.br/colunas/crusoe/20201008/plagiojaderrubouumpresidenteevariosministrosnaeuropa.html
 
 
 
 
 
 
 
 
 
15 
 
 
incentivar a leitura, crítica e a construção da produção acadêmica de forma 
cuidadosa, sem opressões, mas com escuta sensível e estudos sistemáticos no 
campo da metodologia científica. 
( ) Não há qualquer relação entre o plágio anunciado na matéria com o plágio 
acadêmico, o plágio só tem validade enquanto o indivíduo encontra-se em 
seu período de formação, não podendo ser considerado um crime. 
 
Assinale a sequência correta. 
 
a) F, F, V, V, V. 
b) V, F, F, F, V. 
c) V, F, V, F ,V. 
d) F, F, F, V, V. 
e) F, F, V, V, F. 
 
4. Angela está produzindo um trabalho final para uma disciplina da faculdade que 
cursa e encontrou o seguinte trecho: 
 
Este texto apresenta reflexões sobre questões éticas na pesquisa em Lingüística 
Aplicada e constata que é surpreendente verificar que, até recentemente, a 
questão da ética tenha recebido muito pouco espaço na literatura da área. Este 
estudo, depois de traçar alguns paralelos entre a pesquisa médica e a pesquisa 
em Lingüística Aplicada, discute alguns problemas, tendo como ponto de parti-
da dois aspectos principais: (1) relações entre pesquisadores e (2) relações entre 
pesquisadores e colaboradores. (p.43) 
PAIVA, Vera Lúcia Menezes de Oliveira e. Reflexões sobre ética e pesquisa. Rev. bras. linguist. apl., Belo Horizonte, v. 5, n. 1, p. 
4561, 2005. 
Disponível em: http://www.SciELO.br/SciELO.php?script=sci_arttext&pid=S198463982005000100003&lng=en&nrm=iso. 
Acesso em 31 Out. 2020). 
 
Angela leu todo o artigo, fez suas anotações e escreveu: 
 
Este artigo registra reflexões acerca de questões da Lingüística Aplicada, 
notadamente do campo da ética na pesquisa e constata que a ética foi pouco 
debatida na literatura da área. Isto posto, após uma análise comparada entre a 
Lingüística Aplicada e a pesquisa em saúde, nossa intenção é pensar a relação 
http://www.scielo.br/SciELO.php?script=sci_arttext&pid=S198463982005000100003&lng=en&nrm=iso
 
 
 
 
 
 
 
 
 
16 
 
 
entre investigadores e em um segundo momento, a relação destes com seus 
colaboradores. 
Diante do exposto qual procedimento exposto estudado em nosso capítulo 
Ângela está realizando e qual deve ser sua atitude. 
 
a) Ângela não cometeu qualquer erro, leu e está escrevendo um artigo e, por 
isso, ao final de sua escrita deve entregar seu trabalho final sem qualquer 
problema. 
b) Ângela está agindo de modo equivocado, pois está incorrendo em um caso 
de autoplágio, que poderá trazer maiores problemas para ela. 
c) Ângela está correta, leu e está produzindo um texto suas palavras, de modo 
autoral e original. 
d) Ângela está agindo de modo equivocado, pois seu trabalho parece ter um 
autor fantasma que não está sendo anunciado. 
e) Ângela está agindo de modo equivocado, pois está cometendo plágio na 
modalidade de plágio de conteúdo, uma vez que a pesquisadora está 
reapresentando ideias sem que a origem seja reconhecida. 
 
5. Leia os trechos a seguir: 
 
[...] Eu sou sincero. Plagiei semestre passado [...] eu sei que não é o caminho correto, mas 
desde q não seja prejudicial na minha construção do conhecimento. Aconteceu em 
uma disciplina que não considerava importante para mim, já que o curso de letras é 
muito abrangente e então sei o q é de meu interesse, o que acredito que seja de 
importância para mim e devo tentar aperfeiçoarme; o que não era a disciplina na qual 
plagiei da net. (JL) (p. 359) 
 
“Uma coisa realmente deve ficar claro, os estudantes da universidade fazem o plágio 
conscientemente. Sabem que não devem, mas são seduzidos pela facilidade em 
conseguir um bom trabalho com o menor esforço. Porém, nada se compara ao prazer de 
se produzir um trabalho e ser reconhecido por aquilo que você foi capaz de fazer. Isso 
não tem preço!!! (CS)” (p. 367) 
SILVA, O. S. F. Entre o plágio e a autoria: qual o papel da universidade?. Rev. Bras. Educ., Rio de Janeiro, v. 13, n. 38, p. 357368, 
Aug. 2008 . Disponível em: http://www.SciELO.br/SciELO.php?script=sci_arttext&pid=S141324782008000200012&lng=en&nrm=iso. 
Acesso em 31 Out. 2020. 
 
http://www.scielo.br/SciELO.php?script=sci_arttext&pid=S141324782008000200012&lng=en&nrm=iso
 
 
 
 
 
 
 
 
 
17 
 
 
Os entrevistados pela autora do texto, ambos universitários, nos oferecem depo-
imentos sobre a questão do plágio na universidade. Sobre o tema tratado, em 
articulação com a análise sobre o plágio escolha a alternativa correta. 
 
a) O segundo relato demonstra um desconhecimento sobre o tema, afinal, a 
produção acadêmica não deve envolver nenhum traço de prazer ou 
subjetividade para sua boa execução. 
b) O primeiro relato é uma prova concreta do modo como graduandos/as 
cometem o plágio, um pequeno desvio sem maiores consequências para a 
formação do acadêmico. 
c) Os dois casos são fictícios, pois não expõe situações vividas em ambientes 
universitários. 
d) No primeiro caso estamos diante de um equívoco do depoente, pois o plágio 
não deve ser enxergado como um pequeno desvio ou uma forma de sanar um 
trabalho de uma disciplina que se gosta menos, mas precisa ser entendido como 
um crime. 
e) Os depoimentos precisam ser encarados como importantes chaves de leitura 
sobre o plágio no ambiente acadêmico. Enquanto o primeiro mostra que é uma 
prática aceitável, o segundo relato reforça que é permitido cometer o plágio em 
alguns momentos. 
 
6. Luiza é graduanda em História e fará uma pesquisa com profissionais da área 
que atuam em escolas do segundo distrito de Contagem (MG). Enquanto isso, 
Pietro, que é graduando em Medicina, fará uma pesquisa com pacientes 
homens entre 50 e 55 anos na cidade de Belo Horizonte (MG). 
 
Acerca da ética na pesquisa, aponte a alternativa correta. 
 
a) Somente na pesquisa de Pietro será necessária a apresentação do termo de livre 
consentimento esclarecido (TCLE), afinal ele trabalha com uma questão mais 
importante do ponto de vista científico. 
b) Luiza e Pietro não precisam do termo de livre consentimento esclarecido (TCLE) e 
nem da submissão de seu projeto ao comitê de ética e pesquisa (CEP), pois eles 
acreditam que não é preciso, afinal, são graduandos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
18 
 
 
c) Luiza executa suas entrevistas sem qualquer termo de consentimento, pois acre-
dita que o entendimento pela conversa é suficiente.d) Luiza e Pietro apresentaram os respectivos termos de livre consentimento 
esclarecido (TCLE) e avaliam que é o bastante para o início de uma pesquisa. 
e) Luiza e Pietro apresentaram seu projeto aos respectivos comitês de ética e 
pesquisa (CEP) e após o aceite destes, apresentaram o termo de livre 
consentimento esclarecido (TCLE) para seus entrevistados. 
 
7. Sobre metodologia científica e plágio, assinale a alternativa correta. 
I. Metodologia científica e plágio são assuntos distantes e sem qualquer 
diálogo, enquanto o primeiro fala de métodos e técnica da pesquisa na 
universidade, o segundo trata de um crime sem relações com a escrita 
acadêmica. 
II. Metodologia científica e plágio são sinônimos, sendo que a primeira 
expressão é encontrada na graduação, enquanto a segunda é o crime 
cometido em cópias de trabalhos acadêmicos na pós-graduação. 
III. Cabe ao professor de metodologia científica orientar seus alunos para que 
o cuidado com o plágio seja parte de um programa de escrita científica, 
de modo a instruir seus alunos sobre esse grave problema. 
IV. Cabe ao aluno atentar para a metodologia científica e o plágio em sua 
formação universitária, aprofundando-se na primeira e evitando a prática 
do segundo. 
V. O plágio é crime e deve ser discutido ao longo das disciplinas dos cursos de 
graduação. 
 
a) III, IV, V. 
b) I, II, V. 
c) III, IV. 
d) I, II, V. 
e) II, V. 
 
8. Qual é o papel da metodologia científica no meio acadêmico? 
a) Instrumentalizar os alunos em processos como a seleção, leitura e análise, ligados 
à investigação dos fatos ou na procura de respostas em suas pesquisas acadê-
 
 
 
 
 
 
 
 
 
19 
 
 
micas. 
b) Instruir os alunos dos procedimentos burocráticos ligados a matrícula e 
rematrícula ao longo da graduação, sendo fundamental para a manutenção do 
aluno no curso. 
c) Apresentar formas de relação interpessoal na universidade, destacando a 
escolha do orientador e dos colegas de grupo em eventuais trabalhos. 
d) Instrumentalizar os alunos exclusivamente na confecção de suas apresentações 
orais ao longo da graduação. 
e) Colaborar com a inserção dos alunos nas tecnologias voltadas para a 
comunicação virtual, sendo essa a verdadeira metodologia científica. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
20 
 
 
MÉTODOS E TÉCNICAS DE ESTUDO 
E PESQUISA 
 
 
 
2.1 ORGANIZAÇÃO ACADÊMICA E PESSOAL DO TEMPO 
Organização é uma peça chave para o processo de construção da meto-
dologia científica e da vida na universidade. Por isso, recomenda-se que o 
graduando entenda seu cotidiano e se organize nos mínimos detalhes para iniciar 
sua pesquisa de modo que ela se torne um momento de construção prazerosa e 
não um problema (LEITE; TAMAYO; GÜNTHER, 2003). 
Sabe-se que não é fácil realizar pesquisas e um dos motivos é a falta de 
conhecimento sobre a organização. Avaliamos que com a formação necessária o 
graduando pode construir sua autonomia, para isso, é necessário aprender com 
autonomia. No fazer universitário e da ciência é necessário, portanto, ensinar e 
saber de algumas orientações de organização. 
Sendo assim recomendamos um suporte indispensável que é a agenda ou 
planner, suportes que funcionam como facilitadores na esquematização de datas e 
compromissos acadêmicos do graduando. Desde a data da prova, a aula 
onlineonline, o momento de pesquisa na biblioteca virtual, a reunião com um 
professor, tudo pode e deve ser registrado para aperfeiçoar sua organização. 
 
 
 
Sugerimos também o uso de um bloco de notas (digital ou em papel) para 
escrita e apontamentos, seja no celular, no computador ou em suporte físico, é 
UNIDADE 
02 
https://bit.ly/3sXZ9C7
 
 
 
 
 
 
 
 
 
21 
 
 
necessário que o graduando tenha um espaço para sistematização de suas ideias. 
Conforme a dinâmica de vida e trabalho, recomendase que esse suporte seja 
móvel (como celulares e blocos de anotações) por conta da mobilidade que 
muitas vezes os deslocamentos sucessivos exigem. Afinal, ninguém sabe quando 
uma ideia de pesquisa pode surgir, por isso, é importante estar preparado. 
Nesse espaço de escrita será possível registrar dúvidas, ideias, palavraschave, 
comentários sobre livros e textos lidos, anotações de reuniões, por exemplo. Esse 
espaço de registro, posteriormente, servirá de base para a escrita do futuro 
trabalho, seja ele qual for, pois neste bloco de notas estarão contidas ideiasforças 
para a investigação. 
Em um terceiro momento recomenda-se a criação de uma pasta digital, 
construída em plataformas gratuitas como o Google Drive, One Drive ou iCloud e 
outros. Nele o graduando poderá reunir seus livros, textos, apostilas e materiais 
complementares em formato digital, com a segurança de não os perder. Sugerimos 
a criação de pastas e subpastas, com a finalidade de organizar seus conteúdos de 
pesquisa por tipologias como: textos lidos por disciplina, textos para ler, fichamentos, 
resenhas, resumos, textos em processo de elaboração, podem ser alguns nomes de 
referência. 
Essas categorias são apenas orientadoras para uma possível pasta virtual, 
podendo ser preenchidas com outras categorias. Uma pasta como essa é 
fundamental para o graduando que deseja organizar sua relação com a pesquisa 
acadêmica e com a metodologia, afinal, ele terá a oportunidade de centralizar em 
formato digital e onlineonline textos e outros materiais de relevância para sua 
pesquisa. 
Quando estiver lendo textos impressos ou online realize comentários em um 
caderno ou documento online à parte, como forma de síntese e registro de pontos 
importantes da leitura. Assim, você poderá retornar futuramente em seu resumo e 
encontrar ideias principais, se necessário coloque etiquetas nos cadernos para se 
lembrar no futuro (CARELLI; SANTOS, 1998). No caso de textos e/ou livros impressos, o 
uso de papéis adesivos em formato de bloco de notas, que marcam sem danificar 
os textos ou livros podem ser acompanhados de breves anotações para consultas 
futuras. 
Todo o material listado tem por principal função tornar o processo de 
pesquisa científica mais autônomo e independente, fazendo com que o graduando 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
22 
 
 
seja o responsável por construir sua rotina de registro, planejamento e consulta. A 
organização é um trunfo em qualquer pesquisa acadêmica, quanto melhor ela for 
mais bem feitabemfeita será a pesquisa acadêmica, pois, a construção da ciência 
não se dá de forma improvisada, mas de forma sistemática e atenta (CARELLI; 
SANTOS, 1998). 
Quando falamos em organização pessoal estamos pensando na execução 
de uma análise atenta do tempo disponível para todas as atividades do cotidiano e 
universitárias. O acesso e a permanência no ensino superior demanda uma série de 
ajustamentos sociais, pessoais, financeiros e de ordem profissional por parte dos 
alunos, sendo necessário que o aluno dedique-se a alterações com vistas a 
fortalecer sua formação e sua organização do tempo (BASSO et al., 2013). 
 
 
 
Existem formas distintas de organização do tempo, mas, em qualquer delas, o 
aluno deve ter em mente e no papel sua agenda semanal (SOARES, 2002). 
Realizada na forma do preenchimento de um levantamento semanal deve elencar 
seus turnos, com dias e horários, disponíveis para cada atividade. Importante notar 
que é necessário ter clareza da divisão de turnos para os estudos, trabalho, relações 
interpessoais, lazer e descanso. Logicamente tem que ser considerado nesse 
cronograma o tempo de deslocamentos, o tempo de leitura e outras formas de 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
23 
 
 
emprego das horas ao longo do dia. 
 
 
 
Apesar de ser uma meta desafiadora, ela deve ser tentada, pois, a 
distribuição assimétrica do tempo, poderá acarretar a fragilidade do processo 
formativo e da vida do aluno. Por isso, é sempre tempo de dedicar-se à 
organização do tempo com o fito de encontrar formasde gestão das distintas 
demandas do aluno. 
Diante do exposto, segundo Carelli e Santos (1998), somente alicerçado em 
bases de organização claras e definidas o graduando poderá avançar em 
circunstâncias favoráveis em seus estudos, para conquistar um bom desempenho 
no seu processo de ensinoaprendizagem. Com organização e de modo que ela 
seja incentivada na universidade e pelos professores, os graduandos terão 
condições mínimas necessárias para a gestão e balanceamento de suas atividades 
no cotidiano. 
 
2.2 ABORDAGENS DA PESQUISA CIENTÍFICA 
Abordagem é um modo de tratar de um determinado tema ou problema, 
conforme forem suas escolhas de pesquisa, sendo assim, é importante conhecer 
para executar uma escolha assertiva. Dentre os tipos de abordagem temos a quali-
tativa, a quantitativa e a quali-quantitativa. Cada uma delas trará contribuições e 
implicações para o processo de pesquisa. 
A primeira privilegia a análise com destaque para aspectos de ordem 
subjetiva, que podem ser identificados como modos de fazer, de pensar, de 
significar, práticas e saberes, por exemplo. Sob essa perspectiva, a compreensão de 
ideias, grupos sociais, sujeitos individualizados e narrativas são importantes eixos 
dessa abordagem (CRESWELL, 2014; GODOY, 1995). 
Os pesquisadores que optam por uma abordagem qualitativa compartilham 
a ideia de uma investigação aberta, com múltiplas formas de leitura, podendo 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
24 
 
 
inclusive conter traços do envolvimento pessoal/afetivo com o tema e a questão 
tratada. O manejo dos métodos qualitativos “[...] passa por uma pesquisa dedicada 
aos porquês, símbolos e representações de dados não numéricos” (SILVEIRA; 
CÓRDOVA, 2009, p. 32). 
A quantitativa se realiza por meio do uso de dados quantificáveis. Com 
escalas variáveis, conforme a escolha do pesquisador, nesta abordagem os 
resultados obtidos são avaliados como um quadro objetivo. Os dados numéricos 
podem ser trabalhados por meio de questionários, gráficos e outros modos de 
exposição. Na pesquisa quantitativa nota-se uma “[...] atenção alargada aos 
métodos e a linguagem matemática, com o objetivo de descrever e explicar os 
fenômenos em estudo” (FONSECA, 2002, p. 20). 
Sua realização se dá com fortes traços do pensamento lógico, do raciocínio 
dedutivo e da estatística, com isso, busca-se um entendimento de uma totalidade, 
por meio de elementos quantificáveis (GÜNTHER, 2006). Seu uso costuma ser 
encontrado em pesquisas nas Ciências da Natureza e em Matemática. 
A terceira abordagem é a qualiquantitativa que se apresenta como uma 
associação entre as perspectivas acima citadas. Ela tem um papel integrador, 
mobilizando características de cada abordagem de modo complementar. 
Segundo Flick (2002), é possível dizer que elaque ela possibilita a construção de 
uma pesquisa mais ampla no que compete aos resultados encontrados. 
Se comparadas as três abordagens citadas, há que se dizer que foram 
enunciadas suas vocações e prédisposições, sem qualquer hierarquização delas 
(SANTOS FILHO, 1995). Afinal, a pesquisa qualitativa, quantitativa e qualiquantitativa 
não tratam-se tratam de abordagens opostas ou não conciliáveis, ao contrário, de-
vem dialogar para uma escolha consciente para se alcançar os resultados 
desejados em uma investigação. Diante do exposto, sugere-se ao pesquisador 
atenção para a mobilização dessas abordagens, de modo que seja possível reunir 
de forma harmônica e integrada elementos delas para a construção de sua 
pesquisa. 
 
2.3 NATUREZA DA PESQUISA CIENTÍFICA 
Se considerarmos a natureza/questões didáticas, podemos citar a pesquisa 
básica ou pura, que tem por objetivo a geração de novos saberes e 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
25 
 
 
conhecimentos, pertinentes à área de estudos em que se desenvolve. Não há nela 
compromisso com aplicação de ordem prática ao menos não imediatamente 
(GRAY, 2012). Outra natureza é a pesquisa aplicada, baseada em interesses mais 
imediatos, em especial de emprego a médio e curto prazo, muitas vezes sendo 
estruturada por questões sócioeconômicas (GRAY, 2012; LAFER, 2007). 
Tal como no tópico anterior, há uma série de estudos que transitam pelas 
duas esferas, sem qualquer problema teórico ou metodológico, afinal, elas não se 
excluem. Sobre essa integração entre as duas naturezas, relembramos as 
considerações de Gil quando este infere que é inadequado dissociar esses dois 
eixos, pois, “[...] a ciência objetiva tanto o conhecimento em si mesmo quanto às 
contribuições práticas decorrentes desse conhecimento” (GIL, 2018, p. 01). Portanto, 
pode-se pensar na integração dessas naturezas como forma de potencializar a 
investigação em execução. 
 
2.4 TIPOS DE PESQUISA CIENTÍFICA 
Quanto aos objetivos, podemos dividilos em três esferas. Sendo a primeira a 
pesquisa exploratória, que encontra-se encontra estruturada em procedimentos 
como a construção bibliográfica, entrevistas com sujeitos que vivenciaram o tema 
em análise, imersão e contato com os sujeitos da pesquisa, por exemplo. Essa 
modalidade, por vezes, se estrutura no formato de estudos de caso e de pesquisa 
bibliográfica (GIL, 2018). 
Uma segunda seria a pesquisa explicativa sendo sua matriz pautada na iden-
tificação/explicação por meio dos resultados encontrados. Essa modalidade tende 
a colaborar com o aprofundamento do entendimento da realidade. Segundo Gil 
(2018), essa pesquisa pode estar associada a pesquisa descritiva, haja vista que o 
entendimento de um tema demanda uma análise mais detalhada. 
Sendo assim, chegamos ao terceiro tipo, a pesquisa descritiva. Baseada no 
princípio da descrição de grupos, sujeitos e/ou fenômenos. Ela demanda uma 
observação atenta e cuidadosa na exposição do objeto da pesquisa. Sua estrutura 
tem por base instrumentos de coleta de dados qualitativos (TRIVIÑOS, 1987) 
Importante citar que, em muitos casos, características de uma pesquisa 
exploratória podem conter traços da explicativa ou da descritiva e isso não é um 
erro. Ao contrário, trata-se de um movimento comum na pesquisa acadêmica e 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
26 
 
 
tende a valorizar o tema e o objeto em estudo, mas, apesar disso, é sempre bom 
sabermos os detalhes de cada um desses tipos para uma análise mais ampla. 
 
2.5 AS CLASSIFICAÇÕES TÉCNICAS DA PESQUISA CIENTÍFICA 
No que se refere às classificações técnicas, podemos citar 11 tipologias. 
Cada qual com suas especificidades, elas colaboram com a possibilidade de extrair 
informações das fontes mobilizadas. Tais fontes, que serão estudadas 
posteriormente, são suportes escritos e/ou visuais, que colaboram com a solução de 
um determinado problema de pesquisa. Assim, há que se pensar, qual 
procedimento adotar? Vejamos na sequência. 
Iniciamos com a pesquisa experimental, ação científica pautada na escolha 
de um determinado objeto de estudo para, em seguida, realizar-se a seleção das 
variáveis que influenciam o objeto, considerando sua definição e observação. Para 
Fonseca (2002) essa pesquisa pode ser desenvolvida em centros de pesquisa e em 
“[...] laboratórios, ou no campo (onde são criadas as condições de manipulação 
dos sujeitos nas próprias organizações, comunidades ou grupos)” (FONSECA, 2002, 
p. 38). Nessa modalidade alguns exemplos podem ser: os testes para elaboração 
de vacinas, a elaboração de cosméticos entre outros. 
A pesquisa bibliográfica se realiza quando o pesquisador dedica-se dedica a 
uma leitura sistemática de um determinado conteúdo já publicado. A depender da 
extensão do tema, recomendam-se recortes temporais que auxiliem a execução 
de uma pesquisa bibliográfica exequível em tempo hábil, o mesmo vale para 
pesquisadores que têm pouco tempo disponível para executar sua investigação. 
Esse é um procedimento recomendado em especial para trabalhos de conclusão 
de cursos de graduação. Essa modalidade de pesquisa costuma ser mobilizada em 
associação comoutros procedimentos técnicos. 
Quanto à pesquisa documental, pode-se dizer que ela debruça-se, tal como 
a anterior, sob um determinado conjunto de informações já produzidas. Todavia, 
diferente da anterior, estaestá baseia-se em fontes documentais (escritas, 
audiovisuais, imagéticas, por exemplo) que carregam interesse para o pesquisador, 
conforme o problema de pesquisa. Podemos ilustrar essa tipologia com estudos 
como o levantamento dos relatórios sobre o solo do cerrado, estudos sobre o preço 
do pão em Paris no século XVIII, dentre outros. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
27 
 
 
Na sequência temos a pesquisa de campo, que se realiza mediante a 
inserção do pesquisador como observador de ações e interações de uma 
determinada população em análise. Pode-se encontrar nesse processo o uso de 
metodologias de entrevistas para aprofundamento daquela determinada realidade 
(KAUFMANN, 2013). Como exemplo, temos o estudo do comportamento infantil no 
recreio escolar, estudos sobre as interações de trabalhadores em sindicatos. 
Em seguida, é importante citarmos a pesquisa expostfacto (em português, 
depois do fato), em sua estrutura encontra-se a noção de causa e efeito, tendo 
como base um determinado fenômeno (FANTINATO, 2015). Em geral, o modo de 
coleta de dados se dá após a ocorrência do fenômeno. Como exemplo desse tipo 
de pesquisa, pode-se citar pesquisas que avaliam a inserção de alunos do Ensino 
Médio de escolas públicas no Ensino Superior, índices de precipitações de chuva 
em uma data cidade em um determinado período. 
Em seguida podemos citar a pesquisa de levantamento ou survey, assentada 
sobre a ideia de realização da análise de uma amostra ou de uma determinada 
população (FONSECA, 2002). Segundo Fonseca (2002, p. 33) “[...] a coleta de dados 
realiza-se em ambos os casos através de questionários [survey] ou entrevistas”. 
Segundo Silveira e Córdova (2009), essa modalidade de pesquisa aproxima o 
investigador da possibilidade de um contato mais alargado com as possibilidades 
estatísticas. A título de exemplo, estudos de opinião sobre modos de compra, 
pesquisas de perfil de eleitores de um determinado partido político podem ser 
entendidas como formas de ilustrar esse tema. 
 
 
 
Outra classificação que podemos citar é o estudo de caso. Mobilizado para 
favorecer a análise de temas e tópicos conforme seu contexto, esse processo se dá 
por meio da utilização de dados qualitativos. Normalmente se dá sob um objeto 
definido, seja ele um sujeito, um grupo ou um determinado espaço. A partir de uma 
análise exploratória, descritiva e analítica, é possível realizar uma análise mais 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
28 
 
 
profunda (VENTURA, 2007). Como exemplo, podemos citar o modo como alunos do 
Ensino Médio entendem o conceito de ética e estética em uma determinada insti-
tuição, como alunos surdos convivem com novos métodos de aprendizagem em 
libras. 
Outra modalidade a ser anunciada é a pesquisa participante, que se trata 
de um processo de envolvimento do investigador com a pessoa ou grupo em 
estudo. A relação de interação que o pesquisador estabelece, além de finalidades 
acadêmicas, tende a colaborar para que a comunidade em apreciação encontre 
caminhos para eventuais desafios com os quais conviva (BRANDÃO, 1984). Pode-se 
citar como exemplo o estudo das formas de ensino da Física em uma escola 
indígena no Norte do país, o acompanhamento dos métodos de ensino oral para 
alunos surdosmudos no sul do Brasil. 
Associada à anterior, temos a pesquisa-ação, amplamente utilizada em 
estudos nas áreas das ciências humanas e sociais, ela identifica um procedimento 
de desenvolvimento do investigador em relação ao tema tratado. Conforme 
aponta Elliot (1991, p. 69) “[...] o estudo de uma situação social com vistas a 
melhorar a qualidade da ação dentro dela”. 
Em perspectiva também advinda da Antropologia, temos a pesquisa 
etnográfica, advinda de estudos antropológicos do século XIX e do início do século 
XX. Tal como a anterior, esta colabora com um entendimento mais profundo de um 
determinado tema, dedicando-se a executar um contato mais estreito entre 
pesquisador e o grupo social sob o qual o recorte da pesquisa será feito. Há um 
processo de tornar o objeto familiar e aquilo que era familiar aos olhos do 
pesquisador estranho (FONSECA, 2002). 
 Há um compromisso com a noção de “ver mais de perto”, acompanhando 
mais estreitamente o modo como determinado grupo lida com suas mais diversas 
questões. 
Ainda em diálogo com os dois procedimentos anteriores, relembramos aqui a 
pesquisa etnometodológica que se conforma como uma metodologia na qual os 
sujeitos investigados têm suas ações acompanhadas pelo pesquisador. Aqui 
encontram-se “[...] práticas como a interação, a experiência da perda, da 
comemoração, do insucesso” (COULON, 1995, p. 30). Elencamos como temas de 
pesquisa possível a análise do insucesso escolar para alunos do 8º ano do ensino 
fundamental, as formas de ensino de etnomatemática para alunos da Educação 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
29 
 
 
de Jovens e Adultos, por exemplo. 
Ao final desse levantamento, informamos que cada uma dessas variantes 
analisadas não precisam ser gravadas, mas sim, interpretadas de modo crítico com 
o compromisso de que o aluno sintase confortável e amparado no ato de sua 
escolha quando realizar seus estudos acadêmicos. Assim, é importante salientar que 
o pesquisador tem a liberdade de escolha das classificações e da teoria para 
realizar seu trabalho, desde que realize esse exercício de modo organizado, 
coerente e baseado em uma pesquisa bem estruturada. 
 
2.6 MÉTODOS DE PESQUISA CIENTÍFICA 
Passadas as características de pesquisa anteriores, quando discutimos os 
métodos, estamos tratando da forma como os pesquisadores mobilizam aspectos 
da relação do homem com o saber. Uma vez que existem distintos métodos, é 
necessário apresentarmos seus gradientes e expormos exemplos sobre o seu 
funcionamento. 
Começamos pelo método indutivo que é antes de tudo embasado na ideia 
de experiência. Por meio da experimentação o pesquisador alcança 
considerações mais amplas acerca de seu tema de pesquisa (PRODANOV; FREITAS, 
2013). Percorrendo assim um caminho do particular para o geral, podemos utilizar 
como exemplo, estudos de opinião sobre cosméticos, pois, a partir dos 
entrevistados, chega-se a um resultado geral. 
Uma vez que o método indutivo pretende alcançar generalizações, por ve-
zes seu uso pode ser limitado nas áreas de ciências humanas e sociais. Essa 
dificuldade se dá, pois, parte dos fenômenos sociais muitas vezes não podem ser 
generalizados, configurando-se como casos particulares. 
Em outra esfera, partimos para o método dedutivo, que trata-se de um 
momento de análise de dados que levam o pesquisador a uma determinada 
conclusão (PRODANOV; FREITAS, 2013). Seu procedimento se dá por meio de uma 
proposição ampla que, mobilizada pelo exercício analítico, alcança uma 
conclusão. Vejamos um exemplo: As disciplinas de língua portuguesa e matemática 
recebem um peso mais alargado nas políticas públicas para toda a Educação 
Básica. A disciplina de sociologia é oferecida somente no ensino médio. Logo, a 
sociologia não recebe um peso mais alargado nas políticas públicas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
30 
 
 
Diante do exemplo, notase que esse método de pesquisa e de raciocínio, se 
dá a partir das premissas expostas em cada uma das frases do exemplo. É possível 
perceber que a conclusão deu-se deu por meio do que encontrava-se registrado 
nas premissas. 
Ademais, destacamos o método hipotético-dedutivo que, nascido da crítica 
ao método indutivo, parte da ideia do problema de pesquisa como chave analítica 
para a construção científica. Segundo Poper (1975, p. 14), “[...] o método científico 
consiste na escolha de problemas interessantes e na crítica de nossas permanentes 
tentativas experimentaise provisórias de solucionálos”. 
Na tentativa de solucionar o problema, formulam-se questões provisórias; a 
partir das considerações suscitadas por ela, estas devem ser testadas na intenção 
de provar sua veracidade. Neste raciocínio buscam-se evidências nas fontes e na 
bibliografia para negar ou reforçar uma determinada questãodeterminada 
questão que, ainda que seja avaliada como verdadeira por um pesquisador, pode 
ser superada por outro, em outra pesquisa (MARCONI; LAKATOS, 2021a). Utiliza-se 
esse método, sobretudo, em testes para fabricação de vacinas e medicamentos 
em geral; mas há também exemplos nas ciências humanas, por exemplo, no que se 
refere à suposta superioridade de alguns povos sob outros, hipótese descartada por 
pesquisas ao longo de todo o século XX. 
Outro elemento no campo dos métodos de pesquisa é o método histórico 
que é baseado no incentivo e promoção de uma recuperação de aspectos da 
trajetória sobre um dado tema (MARCONI; LAKATOS, 2021a). Trata-se de uma 
resposta ao movimento de nosso tempo que insiste em diminuir a participação da 
história nas discussões acadêmicas e públicas, sendo ele ainda necessário e útil a 
construção da investigação científica. 
Como exemplo podemos citar o movimento realizado por muitos autores 
quando buscam, a origem das palavras ou conceitos ao longo da história, a 
trajetória de instituições no tempo, são alguns exercícios que estão contidos nesse 
método. Vale dizer que não trata-se de uma apresentação do passado pelo 
passado, mas sim um exercício de aproximação com questões históricas para se 
entender o tempo presente. 
Em seguida é necessário citarmos o método comparativo que, amplamente 
mobilizado na construção do saber científico, colabora com a possibilidade de 
aproximação entre temas, grupos, objetos de pesquisa e fenômenos. Ele pode ser 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
31 
 
 
exemplificado como em pesquisas em que se alisam os métodos de aprendizagem 
do letramento da língua portuguesa, ou a molaridade de dois elementos químicos. 
Por último, destacamos o método tipológico, estrutura de raciocínio criada 
pelo sociólogo alemão Max Weber (1864-1920) que parte da noção de que 
tiposideais e modelos são úteis para se discutir e pensar fenômenos complexos de 
ordem social. Normalmente apresentado junto ao método comparativo, o 
tipológico trata de um arquétipo que, não existindo na materialidade, ajuda a 
interpretála (MARCONI; LAKATOS, 2021a). Podemos citar o arquétipo do “malandro 
carioca” que, não existindo na materialidade, trata-se de um modelo para se 
pensar os modos de sociabilidade e interação dos cariocas, em especial ao longo 
do século XX. 
Ao final desse extenso exercício de exposição de métodos, abordagens, 
natureza, objetivos e classificações e da metodologia científica, é importante dizer 
que esses perfis não precisam ser gravados ou memorizados. O que sugerimos é 
que a escolha deles seja feita conforme seu problema de pesquisa, de modo 
atento, independente e autônomo. Reforçamos que essa preparação demanda 
leitura tanto sobre o tema escolhido quanto sobre a metodologia a ser empregada 
e é sobre leitura e modos de escrita que trabalharemos no próximo capítulo. 
 
 
 
 
https://bit.ly/3sYmbZM1
 
 
 
 
 
 
 
 
 
32 
 
 
FIXANDO O CONTÉUDO 
1. Cláudia fez uma breve anotação a lápis sobre o tópico “Organização acadêmi-
ca e pessoal do tempo”, mas está com dificuldades para identificar os termos 
que colocou no trecho, leiamos o que ela escreveu: 
 
Organização acadêmica e pessoal do tempo passa pela estruturação de uma 
agenda ou planner, acompanhada de um _____________, no computador uma 
pasta _____________, além disso, recomenda-se quando da leitura de impressos 
ou online se realize comentários em um _____________ a parte. 
 
Diante das lacunas, qual alternativa identifica as palavras que Cláudia está com 
dificuldade de reconhecer na sua escrita a lápis. 
 
a) bloco de notas, digital, caderno ou documento online. 
b) bloco de cartas, catálogo, relatório. 
c) bloco de provas, apostila, fichamento. 
d) bloco de notas, americana, documento online. 
e) pasta catálogo, de apoio, caderneta. 
 
2. Max faz graduação em Geografia, no polo de Campina Grande (PB), tendo 
aulas pelas manhãs (8:30 até as 12:00), morando com sua família próximo a 
faculdade não gasta tempo de transporte e a tarde trabalha em formato home 
office entre as 14:00 e as 18:00. Diante disso, Max está tendo dificuldade de 
organizar seu tempo, como Max pode proceder, com base nos estudos deste 
capítulo: 
 
I. O graduando deve organizar seus dias e horários de estudo e trabalho, de 
modo a superar suas dificuldades e melhor balancear seu tempo. 
II. O graduando deve esperar uma orientação dos professores e tutores, afinal, 
qualquer tentativa de mudança pode ser um ato descuidado de sua parte. 
III. O graduando não tem condições de trabalhar e estudar ao mesmo tempo, 
sendo necessário deixar alguma dessas atividades. 
IV. A independência e a autonomia devem ser incentivadas no espaço 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
33 
 
 
universitário por meio da organização do tempo do graduando. 
V. A organização é algo inato caso o aluno não tenha, ele terá dificuldades por 
toda a organização. 
 
a) I, IV, V. 
b) I, II, III. 
c) I, IV. 
d) I, III. 
e) I, II, V. 
 
3. Avalie os recortes abaixo conforme a abordagem de pesquisa científica 
realizada: 
 
“Mundo ultrapassa 50 milhões de casos de Covid; EUA se aproximam de 10 milhões de 
infectados. São mais de 50,4 milhões de infectados e 1,2 milhão de mortos pelo vírus, 
aponta levantamento da Universidade Johns Hopkins.” 
Mundo ultrapassa 50 milhões de casos de Covid; EUA se aproximam de 10 milhões de infectados. Bem Estar Coronavírus, G1. 09 de 
novembro de 2020. 
 
"O vírus não cria nada, mas revela tudo", diz historiadora que escreveu livro sobre a gripe 
espanhola no Brasil. A historiadora Heloisa Starling faz relação entre as pandemias de 
1918 e a atual do coronavírus. 
SIEMANN, Everton. “O vírus não cria nada, mas revela tudo", diz historiadora que escreveu livro sobre a gripe espanhola no 
Brasil.” NSC Total. 08 de novembro de 2020. 
 
“A Gripe Espanhola que varreu o mundo em 1.918, causando mais de 50 milhões de 
mortes e a pandemia do Coronavírus de 2.020, guardam incríveis semelhanças, apesar 
da distância temporal de 102 anos. 
As duas doenças, aqui como na Europa, inicialmente não foram levadas a sério, tidas 
como uma simples gripe, que pelo descaso das autoridades e dos políticos, matou 30 mil 
brasileiros, sendo que no Rio de Janeiro, foram a óbito 12 mil pessoas em dois meses. O 
então presidente da República Rodrigues Alves faleceu antes de tomar posse para seu 
segundo mandato. 
E mais. Assim como hoje muitos apontam para a China como sendo a responsável pela 
criação do novo coronavírus em laboratório, em 1.918 a gripe espanhola teria sido uma 
traiçoeira criação bacteriológica dos alemães.” 
Semelhanças entre a Gripe Espanhola e o Coronavírus no Brasil. Jornal Atibaia Hoje. 26 de abril de 2020. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
34 
 
 
 
Diante do exposto e considerando as abordagens, marque a alternativa correta. 
 
a) Tratam-se de três trechos de artigos sobre a pandemia do novo coronavírus com 
abordagens interessantes e criativas, elementos que apesar de não ajudarem na 
metodologia científica, estão presentes nos trechos. 
b) Os recortes apresentam três abordagens distintas, sendo a primeira uma 
demonstração de pesquisa quantitativa, a segunda uma pesquisa qualitativa e a 
terceira demonstrativa, quando se fala de muitos temas em um mesmo texto. 
c) Os recortes apresentam somente a abordagem quantitativa, pois não é necessá-
ria outra abordagem quando se fala em questões e estudos na área de saúde. 
d) Os recortes apresentam três abordagens distintas, sendo a primeira uma 
demonstração de umaopinião sem embasamento teórico, a segunda uma 
pesquisa qualitativa e a terceira qualiquantitativa, pois agrega elementos 
qualitativos e quantitativos na execução da análise. 
e) Os recortes apresentam três abordagens distintas, sendo a primeira quantitativa, 
a segunda qualitativa e a terceira qualiquantitativa, abordagem que associa 
aspectos das duas primeiras, compondo um quadro balanceado para a 
execução da pesquisa científica. 
 
4. Ana, do polo de Brejo Santo (CE), está escrevendo um resumo sobre o que 
aprendeu no capítulo 2 deste material didático, mas ficou com dúvidas em 
como pode registrar com suas palavras a noção de natureza da pesquisa. Ana 
escreveu cinco pequenos trechos e pede a você que escolha aquele que 
melhor apresenta a natureza da pesquisa. 
 
a) A pesquisa básica, é uma modalidade focada na graduação, pois é uma 
pesquisa simples e sem grandes implicações, enquanto a pesquisa aplicada é 
realizada na pós-graduação e exige um maior investimento de tempo. 
b) A pesquisa básica gera novos conhecimentos nas ciências em que se 
desenvolve a investigação, sendo a aplicação desse saber não empregada 
imediatamente. Enquanto isso, a pesquisa aplicada, tem aplicação a médio e 
curto prazo. 
c) A pesquisa básica mobiliza saberes somente nas licenciaturas e, como o nome 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
35 
 
 
diz, está voltada para a educação básica. Por outra parte, a pesquisa aplicada 
não encontra limites, podendo ser mobilizada por todas as áreas do conheci-
mento. 
d) A pesquisa básica e a pesquisa aplicada são sinônimos da construção científica 
na universidade, não existindo qualquer diferenciação. 
e) A pesquisa aplicada é mais relevante, pois tem impacto na sociedade, 
enquanto a pesquisa básica é irrelevante, não produzindo qualquer 
conhecimento científico. 
 
5. Leia os trechos a seguir que apresentam definições quanto aos objetivos de uma 
pesquisa acadêmica: 
 
“[...] a pesquisa [...], ou estudo exploratório, tem por objetivo conhecer a variável de 
estudo tal como se apresenta, seu significado e o contexto onde ela se insere. [...] se 
destina a obter informação do Universo de Respostas de modo a refletir verdadeiramente 
as características da realidade.” 
PIOVESAN, Armando; TEMPORINI, Edméa Rita. Pesquisa exploratória: procedimento metodológico para o estudo de fatores humanos no 
campo da saúde pública. Rev. Saúde Pública, São Paulo, v. 29, n. 4, p. 318325, Aug. 1995. p.321. 
 
“Quando se diz que uma pesquisa é [...], se está querendo dizer que se limita a uma 
descrição pura e simples de cada uma das variáveis, isoladamente, sem que sua 
associação ou interação com as demais sejam examinadas”. 
CASTRO, Cláudio de Moura. Estrutura e apresentação de publicações científicas. São Paulo: McGrawHill, 1976, p. 66. 
 
“A pesquisa [...] visa [...] as características de determinada população ou fenômeno ou o 
estabelecimento de relações entre variáveis. Envolve o uso de técnicas padronizadas de 
coleta de dados: questionário e observação sistemática. Assume, em geral, a forma de 
levantamento” 
SILVA, Edna Lúcia da; MENEZES, Estera Muszkat. Metodologia da pesquisa e elaboração de dissertação. Programa de Pós Graduação em 
Engenharia de Produção, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2000. p.21. 
 
Conforme as ausências nas citações marque a alternativa correta, respeitando a 
ordem em que foram apresentadas 
 
a) pesquisa exploratória pesquisa explicativa pesquisa permanente. 
b) pesquisa explicativa pesquisa exploratória pesquisa descritiva. 
c) pesquisa exploratória pesquisa descritiva pesquisa explicativa. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
36 
 
 
d) pesquisa descritiva pesquisa explicativa pesquisa exploratória. 
e) pesquisa permanente pesquisa ascendente pesquisa exploratória. 
 
6. Com base em nossos estudos acerca dos procedimentos técnicos da metodolo-
gia científica leia os trechos abaixo: 
 
I. A pesquisa bibliográfica e documental dialogam na medida em que podem 
ser encontradas associadas, uma vez que ambas demandam um 
determinado acervo seja ele bibliográfico ou na forma de fontes diversas 
(escritas, audiovisuais, imagética, por exemplo). 
II. Uma pesquisa que se dedica a conhecer o comportamento dos alunos da 
educação infantil no recreio escolar pode ser denominada como uma 
pesquisa de campo. 
III. Uma pesquisa expostfacto é uma pesquisa que demanda formação em língua 
estrangeira, não sendo possível realizála sem esse tipo de suporte. 
IV. Uma pesquisa expostfacto mobiliza noções de causa e efeito, sendo o modo 
de coleta de fontes de pesquisa, após o acontecimento. Podendo ser um 
exemplo a investigação sobre o papel da instalação de uma escola em uma 
comunidade de ribeirinhos. 
V. A pesquisa de levantamento ou surveySurvey se realiza por meio de suporte 
estatístico e pode ser notada em pesquisas de estudo de público em museus e 
centros de divulgação científica. 
 
É correto o que se afirma somente em: 
 
a) I e II. 
b) I, II, III, IV e V. 
c) I, III, IV e V. 
d) I, II, IV e V. 
e) III, IV e V. 
 
7. Classifique as afirmações sobre os procedimentos técnicos de pesquisa com V 
(verdadeiro) ou F (falso): 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
37 
 
 
( ) Uma pesquisa de estudo de caso pode ser exemplificada por meio de um estu-
do sobre escolas da educação de jovens e adultos da região norte de Bom 
Jesus das Selvas (MA) ou por uma pesquisa de avalie a trajetória de professores 
de matemática na escola normal de GuajaráMirim (RO). 
( ) Uma pesquisa participante não demanda métodos específicos, contando 
somente com a empatia e capacidade de extroversão do pesquisador. 
( ) A pesquisa ação pode ser implementada com visitantes de um museu, com a 
finalidade de que esses possam expor suas impressões sobre o espaço e, com 
isso, será possível aperfeiçoar as atividades desenvolvidas neste espaço. 
( ) A pesquisa etnográfica colabora com a ideia de “ver mais de perto” o objeto, 
sendo possível nessa metodologia um processo de aproximação mais 
aprofundado do pesquisador que terá que dialogar com a Antropologia para a 
execução mais qualitativa de seu trabalho. 
( ) A pesquisa etnometodológica é “uma análise interpretativa desse processo e 
das propriedades pertinentes a este, contudo sem pretender compor 
prescrições de ação laboral e comunicativa para os fenômenos estudados” 
(MENNELL, 1975). 
 
a) F, F, V, V, V. 
b) V, V, F, F, V. 
c) V, F, V, F, V. 
d) F, V, V, V, F. 
e) V, F, V, V, V. 
 
8. Enumere a segunda coluna a partir dos que você aprendeu sobre 
procedimentos na pesquisa científica. Posteriormente, marque a sequência 
correta 
 
1. método indutivo 
2. método dedutivo 
3. método hipotético-dedutivo 
4. método histórico 
5. método comparativo 
6. método tipológico 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
38 
 
 
 
( ) Para se sustentar que todos os alunos de escolas públicas de Uruçuí (PI) são des-
cendentes de indígenas, é necessário verificar as árvores genealógicas de cada 
um desses alunos, pois, a soma dos casos oferecerá um determinado número, 
enquanto a afirmação tende a totalidade. 
( ) Se Fernando completar menos de 100 pontos ao final do bimestre, ele será 
reprovado. Beatriz tirou nota inferior a 100 pontos no bimestre. Beatriz será 
reprovada. 
( ) Felipe estuda a história do ensino público em Santana do Paraíso (MG) para isso 
mobiliza referências da história da cidade, da formação de professores e 
documentos da secretaria de educação municipal. 
( ) Mariana executa um exercício de pesquisa em que analisa os pólos universitários 
da Faculdade Única de Magé (RJ) e Rio Sono (TO), em uma pesquisa sobre 
desempenho dos alunos. 
( ) No polo de Porecatu (PR), Luiz analisa o arquétipo do gaúcho, para debate em 
suas aulas para o ensino fundamental. 
( ) A professora Joana perguntou para 25 alunos do quarto ano se eles queriam a 
corazul no mural e eles aceitaram. Com isso, Joana concluiu que os 10 alunos 
restantes também escolheriam a cor azul. 
 
a) 1 2 3 5 4 6 
b) 3 2 4 5 6 1 
c) 2 3 6 1 4 5 
d) 5 2 1 3 6 4 
e) 4 3 2 1 6 5 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
39 
 
 
TIPOS DE COMUNICAÇÃO 
ACADÊMICA 
 
 
 
3.1 RESUMO 
Segundo a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) em sua norma 
técnica (NBR) 6028 o resumo trata-se de uma exposição escrita concisa que tem 
por finalidade a apresentação de aspectos gerais de um determinado texto e/ou 
material audiovisual. Espera-se que esse tipo de registro traga consigo elementos 
como os objetivos do autor do material original, seus métodos e alguns aspectos 
das considerações finais deste (MACHADO; LOUSADA; ABREU-TARDELLI, 2004). 
 
 
 
O resumo pode ser de dois tipos: simples ou expandido. O resumo simples 
contém tema, objetivo, breve descrição da metodologia, resultados e considera-
ções do documento ou pesquisa analisada. Ademais, conta com número de 
palavras e/ou caracteres pré-estabelecido, comumente é encontrado como parte 
inicial de um artigo acadêmico, mas também pode ser um exercício de escrita livre, 
com finalidades de organização individual do pesquisador (RIBEIRO, 2016). Ele não 
tem citações, quadros, imagens e demais elementos extratextuais. Espera-se que 
esse tipo esteja presente em artigos acadêmicos, por exemplo: 
 
Exemplo 1 
 
O artigo aborda a educação rural/do campo gestada nos movimentos sociais populares. 
Focaliza as experiências das Casas Familiares Rurais (CFRs) e das Escolas Famílias Agrícolas 
(EFAs), vinculadas aos sindicatos de trabalhadores rurais, Organizações Não 
UNIDADE 
03 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
40 
 
 
Governamentais (ONGs) e associações comunitárias, e as experiências da Fundação de 
Desenvolvimento, Educação e Pesquisa da Região Celeiro (FUNDEP) e do Instituto de 
Capacitação e Pesquisa da Reforma Agrária (ITERRA), vinculadas à Via CampesinaBrasil. O 
objetivo é captar, nas experiências de formação que articulam trabalhoeducação feitas 
por esses movimentos e organizações, as contradições expressas nas práticas/concepções 
de Pedagogia da Alternância. Tais contradições têm o potencial de iluminar os projetos de 
sociedade perspectivados pelos sujeitos coletivos que constroem suas propostas 
pedagógicas assentadas sobre a relação trabalho produtivo e educação escolar. Nesse 
sentido, a Pedagogia da Alternância pode apontar para uma relação trabalhoeducação 
de novo tipo, tendo por base a cooperação e a autogestão. No entanto, pode também 
significar formas de controle das tensões sociais, acenando para a possibilidade de o 
agricultor permanecer na terra, bem como mascarar o desemprego, alternando educação 
profissional e estágio remunerado por meio de políticas de parceria com empresas que se 
tornam agentes de formação (RIBEIRO, 2008, p. 27, grifo nosso)(RIBEIRO, 2008 p. 27 grifo 
nosso) . 
 
As partes com grifo nosso, em sequência, identificam respectivamente o 
tema, objetivo, metodologia e resultados. Cada qual participou da construção 
desse resumo acadêmico simples, demonstrando os elementos principais do artigo 
acadêmico. Nesse sentido, o estilo de resumo simples apresentado é parte da 
construção de um artigo acadêmico. 
Um segundo modelo é o resumo expandido que, além da diferença de 
tamanho, comporta a possibilidade de diálogo do texto base com outras obras. Ele 
mantém os mesmos elementos como tema, objetivo, metodologia, resultados e 
conclusões, mas aqui podem ser expandidos e descritos com mais profundidade 
(RIBEIRO, 2016). 
Nessa modalidade o autor poderá elaborar mais sua escrita, suas ideias e 
ainda dialogar com outros autores e seus trabalhos. Nesse tipo de resumo são 
bemvindas citações, imagens e outros elementos extratextuais que possam 
colaborar com o entendimento sobre o tema (MELLO, 2018). No geral, resumos 
expandidos contam com um número de páginas que varia de 2 a 6 páginas, 
dependendo das orientações de escrita sugeridas. 
Seja qual for o tipo escolhido, sugere-se a escolha de um tempo verbal para 
estruturar a escrita, sendo comumente empregado o pretérito do indicativo (eu 
visitei, eles aprenderam, ele nasceu), mas outros tempos podem ser utilizados, desde 
que sejam mantidos até o fim da escrita. Cabe ao pesquisador que escreve um 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
41 
 
 
resumo o cuidado e a responsabilidade em tornar seu resumo um artefato breve e 
claro sobre uma obra maior (RIBEIRO, 2016). Pode-se dizer que o resumo é um flash 
do material completo e, um bom resumo, pode ser um convite à leitura do trabalho 
original. 
 
 
 
Vale destacar que o resumo não é um texto frio, uma cópia de ideias do tex-
to original, ele é na realidade a oportunidade de se exercitar a síntese a partir de 
uma determinada leitura. Resumir demanda leitura atenta e cuidado com as ideias 
contidas no material original, a capacidade de transpor para poucas linhas o 
exercício de uma pesquisa mais alargada com destaque para os pontos já 
anunciados anteriormente. 
Ao longo da escrita do resumo deve-se pensar sempre em quem será o leitor, 
que pode ser o próprio pesquisador, um professor ou um leitor desconhecido. Se for 
para você, atente-se em deixar o resumo de modo mais familiar com seu estilo 
próprio de leitura e escrita, de modo que, em consultas futuras, você tenha a 
possibilidade de economizar tempo evitando sucessivas releituras do texto base. 
Caso seja para um professor ou para o público em geral, a orientação é 
respeitar as normas de escrita, da gramática e da ortografia, trazendo as 
impressões do autor do resumo como forma de levar seus leitores a conhecer o 
texto original. Lembre-se que o resumo será, talvez, a primeira forma de acesso ao 
conteúdo de um determinado texto, por isso, o apresente com qualidade. 
A seguir propomos aqui um exemplo sobre a construção de um resumo, a 
partir da letra do samba “Notícia de Jornal” (1961), de Luís Reis e Haroldo Barbosa: 
 
Exemplo 2 
 
Tentou contra a existência 
Num humilde barracão Joana de tal, 
por causa de um tal João 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
42 
 
 
 
Depois de medicada 
Retirouse pro seu lar 
Aí a notícia carece de exatidão 
 
O lar não mais existe 
Ninguém volta ao que acabou 
Joana é mais uma mulata triste que errou 
Errou na dose 
Errou no amor 
Joana errou de João 
 
Ninguém notou 
Ninguém morou na dor que era o seu mal 
A dor da gente não sai no jornal 
 
REIS, Luís; BARBOSA, Haroldo. Notícia de jornal. In: HOLLANDA, Chico Buarque; BETHÂNIA, Maria. Chico Buarque e Maria Bethânia (ao vivo) 
[CD]. São Paulo: Gravadora Philips/Polygram, 1975. 
 
Diante do documento exposto, um resumo possível da música pode ser en-
contrado a seguir, note que o resumo começa com a referência bibliográfica do 
material de base, ou seja, a referência bibliográfica da canção. Vejamos: 
A música “Notícia de jornal” pertence ao gênero musical do samba e foi 
escrita pelos músicos Luís Reis e Haroldo Barbosa no ano de 1961, sendo 
posteriormente gravada por Chico Buarque e Maria Bethânia em álbum de 1975. 
Em sua letra somos apresentados à João e Joana de tal, uma mulher mulata. Ao 
que narram os compositores trata-se de um casal que vivia em um barracão. 
Na história da música, Joana é a protagonista de uma tentativa de suicídio 
por conta de João. Joana recebe os primeiros socorros, é medicada e segue sua 
vida, desaparecendo das páginas de jornal, o que faz supor que a história que 
inspirou o samba pode ter sido oriunda de uma matéria de folhetim. Ao final da 
música mostra-se a desintegração da dor da personagem junto com o sumiço de 
sua história, o que marca a frase “a dor da gente não sai no jornal”. 
Diante do exposto, temos aqui um exemplo de um resumo em que 
apresentou-se a ideia dos autores, alguns dados sobre eles, conteúdo e objetivos. 
Se comparado com a música, é possível

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