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dimas rodrigues sem se amar, não dá 1
Licenciado para - Ana Paula Amorim - 00769504418 - Protegido por Eduzz.com
Copyright ©️ 2020 de Dimas Rodrigues 
Todos os direitos reservados. 
Nenhuma parte desta publicação pode ser 
reproduzida, distribuída ou transmitida por 
qualquer forma ou por qualquer meio, incluindo 
fotocópia, gravação ou outros métodos eletrônicos 
ou mecânicos, sem a prévia autorização por escrito 
do editor, exceto no caso de breves citações incluídas 
em revisões críticas e alguns outros usos não-
comerciais permitidos pela lei de direitos autorais. 
www.dimasrodrigues.com.br
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dimas rodrigues sem se amar, não dá 3
introdução
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dimas rodrigues sem se amar, não dá 4
Introdução
Olá! 
Aqui é o Dimas! 
S
eja muito bem-vinda à continuação do meu li-
vro “Você Quer Amor Ou Esmola?” Mas cal-
ma! Se você não leu o meu primeiro livro, tam-
bém pode continuar a leitura sem medo! Mesmo 
que você não tenha lido nada meu anteriormente, 
não terá dificuldade para entender os tópicos que 
abordaremos, e que sem dúvida farão uma grande 
diferença na sua vida!
Quem me acompanha nas redes sociais sabe: quan-
do me aventurei a falar sobre relacionamentos, 
adotando uma abordagem crítica sobre o compor-
tamento masculino, assumi o risco de ser detonado 
por muitos homens (e por algumas mulheres tam-
bém — infelizmente, mulheres machistas). Isso de 
fato aconteceu, fui até ameaçado por namorados, 
maridos e amantes inconformados. Mas quer sa-
ber? Ótimo! Significa que estou no caminho certo.
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dimas rodrigues sem se amar, não dá 5
Eu já disse várias vezes e repito: meu papel junto à 
luta das mulheres é o de coadjuvante, auxiliar, in-
centivador: jamais o de protagonista. Eu sei qual é 
o meu lugar de fala. Não sou o empoderador de mu-
lher nenhuma. Mas algumas coisas eu posso fazer 
no sentido de colaborar; e apresentar minha visão 
como homem — eu, um machista em desconstru-
ção — é uma delas. É o que fiz e o que vou continuar 
fazendo. 
Desde que lancei meu primeiro livro, recebi deze-
nas de pedidos no meu direct para escrever uma 
continuação. Eu também queria uma continuação, 
então resolvi unir o útil ao agradável e aqui estamos 
juntos novamente para mais uma conversa. Só que 
dessa vez o foco vai ser diferente, não vamos focar 
tanto na identificação dos homens babacas e suas 
atitudes (embora isso vá aparecer naturalmente no 
texto), mas eu quero dedicar uma atenção especial 
ao que está por trás de inúmeras reclamações vin-
das das mulheres, tanto em relação a si mesmas 
quanto envolvendo seus relacionamentos.
“Por que eu não me valorizo?”, “Por que me preocu-
po tanto com a opinião dos outros e nunca sei di-
zer não?” “Por que ele me trai, me faz de trouxa e eu 
aceito numa boa?”, “Por que eu aceito migalhas?” — 
Como você pode imaginar, o pano de fundo aqui 
— e de muitos outros exemplos que abordaremos 
ao longo deste livro, é a falta gritante de amor-pró-
prio. É sobre ele que vamos falar, mas não de uma 
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dimas rodrigues sem se amar, não dá 6
perspectiva melosa-motivacional; analisaremos a 
importância do amor-próprio na prática, incluindo 
vários exemplos da vida real, especialmente na es-
fera amorosa. 
Com o meu primeiro livro você aprendeu a detectar 
o que havia de errado com os homens que você se 
envolvia — em alguns casos a explicação era por-
que eram babacas mesmo. Mas acredito que seu 
processo de reavaliação foi além disso e você está 
ansiosa para evoluir ainda mais. É por isso que esta-
mos aqui. Chegou a hora de se reconectar, de entrar 
em contato com seu eu mais autêntico — pois é só 
isso que falta para você se tornar uma mulher foda! 
Porque quem gosta de migalha é pombo,
você nasceu pra ser águia!
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Não é o seu dedo que é podre, não é o seu cupido 
que é cego, nem é o seu signo que é difícil. 
 
É a escassez de amor-próprio que te faz confundir la-
tão de lixo com obra de arte. 
 
Quantas vezes você aceitou um cara super nada a ver 
na sua vida só porque pensou “Não posso escolher 
muito, sou uma pessoa difícil”? 
 
TÁ ERRADO! 
 
Você pode, você deve e MERECE escolher muito, ser 
exigente, ser cautelosa e o que for quando se tra-
tar de permitir a entrada de alguém no seu precioso 
mundo. 
 
A regra é: fique sozinha o tempo que for, mas jamais 
se permita estar acompanhada por um segundo se-
quer de alguém que ofusca o seu brilho. Sabe quando 
você compara as fotos de antes x durante o namoro e 
percebe que a sua feição ficou mais entristecida com 
o tempo? 
 
É disso que eu estou falando! 
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dimas rodrigues sem se amar, não dá 8
Se você não está irradiando felicidade, tem algo erra-
do, desconectado dentro de você! Seu status de rela-
cionamento está ok, mas o seu emocional foi deixado 
num vale vazio e solitário. 
 
E muitas vezes você nem percebe isso porque acredi-
tou na frase “Dê graças a Deus por ter alguém que te 
queira.” 
 
ERRADO DE NOVO! 
 
Você não é peça de bazar de caridade, onde alguém 
aceita te levar pra casa só pra ajudar a instituição. 
 
Estar sozinha não é sinônimo de ser a “Maria sofredora”. 
 
Ouse investir mais em você mesma. Se preencha, se 
queira, se ame, se curta ao máximo, se conheça, con-
verse com os seus medos, desfrute do seu tempo... 
exale autoconfiança... 
 
Ao fazer isso o seu dedo (que de podre não tem nada) 
vai saber direitinho pra quem apontar!
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o que é 
amor-
próprio?
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O Que É Amor-Próprio?
A
mor-próprio pode ser o que você quiser, des-
de que tenha a ver com a sua felicidade. E feli-
cidade é algo que vem de dentro pra fora. 
Se envolve amor com certeza deve ser algo muito 
bom e positivo, certo, Dimas? Certíssimo. Amor-pró-
prio é isso e muito mais!
Existem muitas definições de amor-próprio por aí, 
algumas bem simples, outras mais complexas. De 
forma simples, podemos entender o termo como 
um sentimento positivo e construtivo que uma 
pessoa alimenta em relação a si mesma. É tudo de 
bom. É amor, respeito, admiração, autenticidade, é 
AUTOVALORIZAÇÃO acima de tudo — e ao mesmo 
tempo não significa passar por cima de nada nem 
de ninguém. 
Eis a minha definição pessoal: amor-próprio é quan-
do você tem o discernimento de que nada externo pode 
mudar quem você é internamente. 
Simples assim. Quando você tem um forte senso so-
bre quem você é de verdade, a ponto de nada ex-
terno ser capaz de mudar sua essência, então você 
tem amor-próprio.
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Significa que você se trata bem, que corre atrás do 
que é melhor pra você, do que melhor se encaixa 
nos seus objetivos de vida. Significa que você tem 
consciência do seu espaço e dos seus direitos e luta 
por eles de forma corajosa, jamais agressiva. Você 
sabe dialogar, se colocar, dizer não. 
Quem tem amor-próprio sabe aonde quer chegar e 
o que espera das pessoas que entram em sua vida. 
Ou soma ou some. Tudo o que vier deve acrescentar, 
não diminuir. A pessoa que possui amor-próprio de-
monstra uma boa matemática emocional: ela busca 
multiplicar tudo que é positivo e eliminar o que for 
negativo. Ela é radical? Não, ela é feliz!
O AMOR-PRÓPRIO COMEÇA COM O 
AUTOCONHECIMENTOVocê se conhece? Eu, Dimas, acho que me conheço 
bastante, mas estou sempre em busca de me conhe-
cer ainda mais. E uma coisa que noto é que quanto 
mais eu me conheço, mais eu me amo. Sempre que 
converso com qualquer pessoa sobre o assunto, es-
cuto algo parecido.
“Quando me conheço, consigo me perdoar por não ser 
perfeita, assim fica mais fácil me aceitar e me amar. 
Parece que as coisas ficam menos complicadas.”
É exatamente isso! Uma coisa leva a outra. Quando nos 
dedicamos a saber quem realmente somos, reunimos 
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o que é necessário para ter amor-próprio. 
É impossível nos amar quando não nos conhece-
mos, grave bem isso.
Quem é você? Como você se vê? O que te deixa fe-
liz? Qual o seu propósito na vida? O que significa ter 
sucesso pra você? O que te deixa apavorada? Qual o 
seu maior defeito? Qual sua maior qualidade?
Veja que são questões simples, mas cada respos-
ta pode revelar muito mais sobre você do que você 
imagina...
Há pessoas que se veem de forma profundamen-
te negativa, mesmo se ter motivos para isso; outras 
sentem um medo intenso de algo e nem sabem por 
quê — seria interessante descobrir, não? Outras, 
por sua vez, simplesmente não conseguem apontar 
suas próprias qualidades, em vez disso só sabem 
enxergar defeito em cima de defeito.
‘Ah, Dimas, prefiro não responder, é o meu jeitinho, 
sabe? Não sou muito de falar sobre mim...’ Jeitinho 
nada. Quem foge de falar sobre si mesmo é porque 
está com medo do que pode acabar descobrindo...
É IMPOSSÍVEL AMAR QUEM NÃO CONHECEMOS
Ninguém é perfeito. Somos cheios de defeitos e tudo 
bem. A vida é isso. Ser humano é exatamente isso. 
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Mas a parte boa é que fomos abençoados com qua-
lidades que fazem a vida valer a pena!
Quando você se dedica a se autoconhecer, você 
aceita de antemão que não é uma pessoa perfeita, 
que dentro de você há fatores positivo e negativos, 
e que é importante conhecer cada um deles em prol 
de uma vida mais autêntica. 
Sem o peso da perfeição nas costas, viver se torna mui-
to mais leve! 
Todos temos nossos pontos fracos e fortes, nossas 
habilidades, nossas limitações, nossas forças e fra-
quezas — além, é claro, do nosso temperamento 
— aquele tempero especial: tudo isso forma a nossa 
personalidade.
O autoconhecimento é basicamente conhecer a fun-
do nossa personalidade e assim entender por que 
agimos da forma como agimos. “Por que eu sempre 
perdoo quando ele me trai?” “Por que é tão difícil pra 
mim falar sobre os meus sentimentos?” Por que eu não 
consigo me ver solteira e feliz?” “Por que continuo em 
um casamento que só existe no porta-retratos?” 
Acredite, existe uma explicação para cada um des-
ses questionamentos e para qualquer outro que 
envolva as coisas que você não consegue entender, 
especialmente aquelas mais dolorosas. Entrar em 
contato com esses conteúdos emocionais não é algo 
fácil, mas eu te pergunto: você consegue perceber o 
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poder que isso representaria na sua vida?
No dia em que você levantar da cama e dizer “hoje 
eu vou enfrentar o espelho e ouvir o que ele tem pra 
me dizer, mesmo que doa”. Quando você se despir do 
medo de se conhecer de verdade, você dará o pri-
meiro passo para se reconectar com sua essência e 
depois de um tempo, eu te garanto: você vai se amar 
pra caramba!
DEIXE QUE FALEM DE VOCÊ. NINGUÉM PODE 
SENTIR O MUNDO COMO VO CÊ O SENTE
As pessoas estão o tempo todo te bombardeando 
com opiniões, com sugestões, com conselhos — 
muitas vezes você nem pediu, mas mesmo assim 
elas se consideram no dever de chegar em você e 
dizer: “Eu acho que isso aí não tá legal.” “De onde você 
tirou que esse biquíni fica bem em você?” “Por que você 
está saindo com aquele cara? Acho que você merece 
coisa melhor.”
É difícil lidar com o julgamento das pessoas. Sabe-
mos bem que uma crítica pesa uma tonelada, en-
quanto um elogio pesa uma grama. Sim, minhas ca-
ras, a maior angústia do ser humano é justamente 
lidar com a opinião dos outros. Não é diferente co-
migo nem com você.
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Diante disso, cria-se um personagem artificial para 
agradar, e no fim acabamos mais preocupados com 
o que pensam de nós do que com quem realmente so-
mos. Isso acontece desde que o mundo é mundo. 
Existe uma explicação psicológica para isso: como 
seres humanos, somos propensos a buscar feedback, 
a ouvir o que os outros tem a dizer — damos muito 
valor às opiniões alheias, mais do que imaginamos. 
Por um lado isso é bom, pois é muito válido saber 
ouvir: às vezes o que nos dizem é a mais pura verda-
de e podemos usar isso para evoluir como pessoas. 
O problema é quando há um exagero nessa consi-
deração do pitaco alheio...
Existem pessoas que não conseguem escolher um 
simples sabor de sorvete sem pedir uma segunda 
opinião. É claro que casos assim são raros, mas eu 
tenho certeza de que você conhece alguma pessoa 
que está sempre na corda-bamba do que deve ou 
não fazer, do que deve ou não vestir, do que deve 
ou não dizer. Eu espero que não seja o seu caso.
A questão é que as pessoas sempre irão falar merd# 
de você. Os fofoqueiros e maldosos são mais anti-
gos do que as Pirâmides do Egito! Essas pessoas irão 
criticar, ironizar, zombar, olhar com cara de pouco 
caso, tentar fazer você mudar de opinião, perguntar 
se você ficou louca, e por aí vai. O repertório é qua-
se infinito...
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Acontece que esses fiscais não vivem dentro de você. 
Até onde sei os cientistas ainda não conseguiram 
criar uma máquina de ler pensamentos — menos 
ainda de se enfiar na sua pele e sentir o mundo 
como você o sente.
Quem sabe da sua vida é você. Ninguém mais. O máxi-
mo que as pessoas podem te oferecer são os achis-
mos delas: “eu acho que isso, acho que aquilo.” Que 
se dane o que elas acham! No fim das contas, elas 
estão sempre mexendo os pauzinhos querendo que 
você se torne quem elas querem que você seja. 
Que fique bem claro: não estou dizendo que por 
elas darem pitaco na sua vida, isso faz delas pessoas 
ruins, a questão não é essa: o que estou dizendo é 
que você deve sempre separar o que elas dizem de 
quem você é. Passa o filtro: se o que falaram está de 
acordo com a sua realidade, e mais importante: se 
não agride seu emocional, agradeça e acolha a opi-
nião. Se não, faça ouvido de mercador...
QUANDO VOCÊ NÃO RECONHECE O SEU VALOR, 
AUTOMATICAMENTE ELE SE TORNA ZERO PARA 
TODO O SEU EXTERNO
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Esse é um sintoma clássico de quando uma pessoa 
se deixa levar totalmente pelo externo: ela necessita 
do aval dos outros pra levar a sério os próprios senti-
mentos e opiniões. É a famosa pessoa sem personali-
dade — sei que soa forte, mas é a verdade. 
Eu falei um pouco sobre isso acima, quando men-
cionei a pessoa que tem dificuldade para escolher 
um simples sabor de sorvete sem uma segunda 
opinião. É possível que essa pessoa esteja bastante 
debilitada emocionalmente, em frangalhos mesmo, 
você pode imaginar o nível de amor-próprio dessa 
pessoa ... pois é, preocupante. Por isso acho impor-
tante analisarmos aqui o que está na raiz desse pro-
blema: a necessidade de validação externa.
Todos os dias eu recebo directs de mulheres que 
querem saber o que eu penso sobre a situação de-
las. Na maior parte das vezes elas dizem se sentir 
confusas, ansiosas, inseguras sobre o que sentem, 
e na dúvida sobre oque seria o certo a fazer.
Acontece que no fundo elas sempre sabem o que tem 
que fazer: dar um pé na bunda do embuste; parar 
de se iludir, de aceitar migalhas, de estar sempre 
disponível pra quem não dá o mínimo valor pra ela, 
e por aí vai. 
Perceba: a resposta está lá o tempo todo, às vezes 
embutida na própria pergunta, mas por algum mo-
tivo a pessoa não consegue dizer a si mesma: “é isso 
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mesmo, é o que eu tô sentindo, isso me faz um mal 
danado. É hora de tomar aquela atitude que sei que 
é a certa. Xô atraso de vida!”
Então eu quero propor uma reflexão aqui: por que 
não começarmos a nos ouvir mais? O externo é im-
portante, sem dúvidas, mas por que só dar ouvidos 
a ele? Por que não ouvir ambos os lados e selecionar 
o que pode contribuir para a sua melhor versão?
“Eu devo terminar esse relacionamento?”, “Eu estou 
certa em achar tudo isso um absurdo ou estou fican-
do louca?”. Quer saber a minha opinião? A menos 
que você surte, arranque os cabelos e tenha que ser 
contida por uma camisa de força e jogada em um 
manicômio, então você não está ficando louca. Se 
algo fere o seu emocional, se agride o seu amor-pró-
prio, então esse algo não pode ser tratado com norma-
lidade, não importa o que seja.
Você não precisa de validação externa para saber o 
que você deve ou não fazer. Se te fere, cai fora. Se 
te desrespeita, não merece sua atenção. Se não te 
acrescenta, não é necessário. Simples assim.
Quem sabe da verdade da sua vida é você. Se você está 
o tempo todo se conectando com o externo pra vali-
dar quem você é e o que você sente, isso indica que 
você não conhece o seu valor. E se você não conhece 
seu valor, é impossível cultivar o amor-próprio.
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dimas rodrigues sem se amar, não dá 19
Olhe pra dentro. Esse é o primeiro passo para se re-
conectar com o seu amor-próprio. Pare de buscar to-
das as respostas aqui fora, porque o que importa 
de verdade está acontecendo aí dentro de você. As 
perguntas devem ser feitas dentro da gente porque 
nós é quem sentimos, nós é quem vivenciamos nos-
sas dores e nossos desafios diários. As pessoas lá 
fora são apenas expectadoras, ainda que estejam 
super bem intencionadas.
Fica a dica: não se permita estar onde não há mais fe-
licidade dentro de você, mesmo que o externo te diga 
o contrário. Escute o seu coração, se ele disser sim, 
acredite, essa é a única validação que você precisa 
para agir.
AMOR-PRÓPRIO NÃO TEM NADA A VER 
COM EGOÍSMO
“Eu sou egoísta porque resolvi parar de ser trouxa e me 
colocar em primeiro lugar? Então tá, me chame do que 
quiser, só sei que eu vou é ser feliz.”
Algumas pessoas acham que ter amor-próprio é ser 
egoísta. Mas uma coisa não tem nada a ver com a 
outra. E eu vou te jogar a real sobre por que eu acho 
que algumas pessoas afirmam isso.
Tem gente que se beneficia da falta de amor-próprio 
do parceiro, do amigo, até de um familiar. É triste mas 
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dimas rodrigues sem se amar, não dá 20
é verdade. Por exemplo: para um cara sem caráter 
e aproveitador, é vantajoso que a companheira não 
saiba se valorizar — até porque se ela começar a 
fazer isso seu primeiro passo seria dar um pé na 
bunda dele. 
Outro exemplo: a pessoa que precisa da bajulação 
dos amigos pra se sentir bem — e isso envolve to-
dos se colocarem um degrau abaixo dela. É a típica 
amizade tóxica. Aqui se seus amigos ousarem mos-
trar as asinhas, leia-se: desejarem igualdade de tra-
tamento, o bicho pega.
É esse tipo de pessoa que costuma confundir amor-
-próprio com egoísmo. Claro, não posso generalizar 
e dizer que todo mundo que confunde é assim, al-
gumas o fazem por ingenuidade mesmo — nesses 
casos o remédio se chama conhecimento. 
Mas em se tratando dos outros casos, acusações do 
tipo “você não se importa mais comigo como antes, 
você está sendo egoísta”, seguido de showzinho... são 
sinais de que talvez alguém não goste da ideia de 
você ser uma pessoa livre. Se for esse o caso, vale 
mesmo a pena continuar com uma pessoa assim?
Tenha em mente que lutar pelo seu lugar no mun-
do não é ser egoísta, é se valorizar — não importa 
em que fase da vida você esteja, tenha você 20 ou 
50 anos, seja solteira ou casada! Todos nós temos 
o direito — e o dever — de nos valorizar e agir de 
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acordo. Sem isso seremos sempre a sombra de ou-
tro alguém, de suas ideias, de suas cobranças, de 
suas falhas, e em alguns casos, até de seus abusos. 
Ter amor-próprio não é ser egoísta. Egoísta é quem não 
admite que você tenha amor-próprio por medo de ser 
prejudicado! 
Quem te ama de verdade te aceita como você é e te 
incentiva a crescer junto com ela. Não existe compe-
tição sobre quem é o melhor e quem merece mais 
bajulação. Não tem essa de você dever algo a ela. 
Dever o quê, cara pálida? Só tenho uma dívida nessa 
vida e ela é comigo mesma: ser feliz!
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O AMOR-PRÓPRIO NOS 
PROTEGE O TEMPO TODO
Quando uma pessoa se ama e se valoriza, ela é bas-
tante seletiva com as pessoas que entram em sua 
vida. Com ela não tem essa de qualquer um serve, 
tem que ser um de qualidade. Em se tratando de 
um potencial parceiro, então, nem se fala... o cara 
tem que ser muito foda pra despertar nela a vonta-
de de ter um relacionamento.
Por outro lado, todos nós conhecemos alguém que 
precisa estar em um relacionamento a todo custo; 
a simples ideia de ficar solteira parece tão absurda 
que sequer é cogitada. Como resultado, essa pessoa 
está sempre acompanhada, muitas vezes, infeliz-
mente, de um babaca que só ferra com o seu emo-
cional.
Eis alguns directs que recebo com frequência: “Já é a 
quinta vez que meu namorado me trai. O que fazer 
pra ele mudar?”, “Ele diz que me ama, mas me maltra-
ta.” E não posso esquecer de compartilhar essa pé-
rola: “Ele admitiu que me traiu, mas disse que a culpa 
era da testosterona, isso é verdade?”
(Dimas faz cara de paisagem)
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Gente, é até difícil saber por onde começar. Mas va-
mos lá.
Vou repetir: Se fere o seu emocional, não pode ser tra-
tado com normalidade. Tá errado e tem que mudar! 
E digo mais: em se tratando do embuste que só te 
faz sofrer, não se iluda achando que você irá mu-
dá-lo. Se o cara tem propensão a trair, ele vai conti-
nuar traindo — dificilmente isso irá mudar. Corrijo: 
ele até pode mudar um dia, mas a chance de que isso 
aconteça enquanto ele está com você é quase nula: 
não é achismo meu, é estatística.
Agora voltemos à pessoinha do início do tópico, 
aquela que se ama e se valoriza, e que por isso é su-
per seletiva com quem entra em sua vida. Como se 
tornar mais parecida com ela? Como se tornar tam-
bém exigente na sua vida amorosa?
Aqui vai uma dica do Dimas: comece revendo tudo 
que você considera aceitável na sua vida. Pare, tire um 
tempo pra pensar e reflita. É aceitável sofrer todo 
santo dia por alguém que só te magoa e que no 
fundo você sabe que nunca irá mudar? É aceitável 
desperdiçar os melhores anos da sua vida se con-
tentando com mensagens mais secas que o deser-
to do Saara? Será que você precisa mesmo passar 
por tudo que tem passado? Será que ele é mesmo 
tão indispensável assim na sua vida? Será que seria 
mesmo o fim do mundo ficar um tempo sozinha? 
Mulher, como diz aquela propaganda de shampoo: 
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você vale muito! Chega de mendigarafeto!
Sabe quando dizem: “às vezes o medo da queda é 
maior do que a dor da queda em si”? Pois é... às ve-
zes cair na real é tudo que precisamos para come-
çar a viver de verdade!
SE VOCÊ NÃO SE IMPORTAR 100% CONSIGO 
MESMA, QUEM O FARÁ? 
A única pessoa com quem você irá dormir e acordar 
pelo resto da sua vida, é você mesma. — Então por 
que não se tratar à altura? 
Já vimos que se valorizar e se colocar em primeiro 
lugar não tem nada a ver com egoísmo — tem mais 
a ver com deixar de ser trouxa, às vezes.
Mas consideremos que você não é trouxa, é apenas 
alguém em busca de mais autoconhecimento para 
impulsionar de vez seu amor-próprio. Então a tare-
fa se torna mais fácil. Acredito que você já tenha 
uma noção do que deve fazer, só precisa de alguns 
conselhos extras pra que tudo fique bem claro na 
sua mente, certo? 
Se sua resposta for sim, o Dimas está aqui pra te 
ajudar!
Voltemos ao título do tópico: “Se você não se impor-
tar 100% consigo mesma, quem o fará?”. Talvez sua 
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resposta seja: “Eu me importo comigo mesma, então 
tá ok.” Mas repare no número; não é apenas se im-
portar, é se importar integralmente, 100%. Significa 
bastante, muito mais do que o mínimo necessário; e 
isso obedece a uma lógica: em se tratando de cuidar 
bem de você mesma, quanto mais, melhor!
Agora eu te pergunto: você tem se importado 100% 
consigo mesma? 
Você tem colocado a sua felicidade em primeiro lu-
gar na hora de tomar decisões? Você tem refletido 
seriamente sobre as coisas que você não está gos-
tando na sua vida? Você tem buscado formas de re-
solver pendências emocionais para se livrar de vez 
dos sentimentos negativos?
Ou você tem deixado algumas coisinhas pra lá, princi-
palmente as mais complicadas? 
Seja honesta na sua autoanálise. Talvez você con-
clua que não esteja priorizando a si mesma como 
deveria. Ou talvez se surpreenda positivamente! As 
pessoas são diferentes. Mas de todo modo, eu te-
nho certeza de que refletir sobre isso a ajudará a 
ter uma noção maior sobre como anda sua relação 
consigo mesma. Está ok de verdade, tá meia-boca 
ou simplesmente inexiste? Fica o convite à reflexão. 
Lembre-se que sua meta é sempre 100%! 
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amor-próprio 
& 
relacionamentos
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dimas rodrigues sem se amar, não dá 27
Amor-Próprio & 
Relacionamentos
“Seus relacionamentos nunca serão 
melhores do que a relação que você 
tem consigo mesma.” 
G
ente, isso não é uma sentença. É apenas a cons-
tatação da realidade. Nossos relacionamentos 
são um espelho do nosso amor-próprio. É a forma 
como nos tratamos, nos respeitamos, nos perdoa-
mos e nos permitimos, que define o que esperamos 
e toleramos daqueles que entram em nossas vidas. 
Se você se trata como uma princesa (não estou te 
chamando de mimada, e sim de bem-cuidada!), en-
tão jamais você irá aceitar que um cara entre na sua 
vida pra te destratar e te diminuir.
Por outro lado, infelizmente é muito comum vermos 
mulheres que estão em relacionamentos horríveis e 
que não conseguem se libertar por não se acharem 
merecedoras de coisa melhor. Eu vejo exemplos 
disso todo dia quando abro meu direct. É chocante 
a quantidade de mulheres que vivenciam situações 
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tristes, algumas até humilhantes, mas que não con-
seguem ter a iniciativa de dar um fim na relação.
Uma pessoa insensível poderia dizer que elas se 
submetem a isso ‘porque querem’. Mas isso não é 
verdade. Qualquer pessoa com um mínimo de em-
patia sabe disso.
Ninguém em sã consciência gosta de sofrer. O que 
pode acontecer é uma pessoa estar com seu emo-
cional tão abalado, tão adoecido, tão negligencia-
do... que ela é incapaz de enxergar a dimensão de 
tudo que está acontecendo em sua vida. 
Um consequência bastante comum nesses casos é a 
pessoa acabar romantizando o próprio sofrimento. 
É quando ela diz para as amigas “ele é ciumento por-
que me ama muito”; “ele sempre quer saber onde eu 
estou porque é muito protetor.” Ou no outro oposto: 
“ele é assim mesmo, às vezes some, mas sempre volta, 
no fundo eu sei que ele gosta de mim.” 
Pra quem está de fora é nítido o absurdo da rela-
ção: o desrespeito, a falta de cuidado com a parcei-
ra, muitas vezes a total indiferença, os sinais claros 
de traição, e por aí vai... 
“Mulher, se valoriza”. “Isso que vocês vivem não é sau-
dável.” — elas escutam isso o tempo todo. 
Porque é óbvio.
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Só que falar é fácil, né gente? Não somos nós quem 
sentimos o que ela sente, não fomos nós quem pas-
samos por tudo que ela passou até chegar em seu 
atual estado de dependência emocional (grave bem 
esse termo). Trata-se de um labirinto que devemos 
nos aproximar com respeito e humildade. Quem so-
mos nós pra julgar?
Mais importante do que apenas dar pitaco, acredito 
que possamos ir além e analisar essas situações a 
fundo para buscar identificar o que realmente está 
por trás desses relacionamentos sem futuro. 
Como você já deve ter imaginado, a falta de amor-
-próprio é um fator crítico aqui. Sinceramente, nun-
ca vi um relacionamento bem-sucedido que não se 
apoiasse no amor-próprio de ambas as partes. 
Com isso em mente, nesta sessão quero abordar 
alguns fatores presentes no universo das relações 
entre homens e mulheres que, a meu ver, são for-
tes indicativos sobre se uma relação é saudável, não 
saudável, tóxica e até abusiva — com ênfase na ques-
tão do amor-próprio. A análise que pretendo fazer 
inclui também a fase pré-relacionamento (quando 
as duas pessoas estão apenas se conhecendo).
Como eu disse no meu primeiro livro, não pretendo 
ocupar o posto de sabedor de tudo, nem de guru da 
solução pronta — até porque isso não existe. O que 
pretendo fazer é apresentar a minha visão sobre o 
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assunto, baseado na minha experiência de vida como 
homem e nos relatos que ouço com frequência.
Você não precisa concordar comigo em tudo, meu 
objetivo é que você reflita e chegue às suas próprias 
conclusões. Vamos lá!
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ANTES DE QUALQUER COISA, 
O QUE É TER AMOR-PRÓPRIO 
EM UM RELACIONAMENTO?
“Amor-próprio no contexto de um relacionamento é ter 
o discernimento de que a pessoa que for entrar na sua 
vida será apenas um complemento da sua felicidade, 
jamais o pilar e a fonte principal dela.” 
Uma coisa que eu percebo é que muitas pessoas 
tendem a enxergar um relacionamento como o 
oposto de uma vida livre; em outras palavras: da vida 
de solteiro. Segundo esse raciocínio, a pessoa que 
entra em um relacionamento precisa estar disposta 
a sacrificar uma parte considerável de quem ela era 
antes em prol da relação — infelizmente tem gente 
que leva esse pensamento a um nível extremo, che-
gando a se anular completamente pra se encaixar 
nas expectativas do parceiro. 
Mas a questão é: temos mesmo que sacrificar uma 
parte de quem somos para estar com alguém? E que 
parte seria essa exatamente? Existe um limite sau-
dável de adaptação que devemos considerar antes 
de entrar em uma relação?
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Vejamos...
É óbvio que quando entramos em um relacionamen-
to devemos mudar algumas coisas em nossas vidas, 
como por exemplos: interiorizar a responsabilidadeafetiva que temos com a outra pessoa, o que inclui 
ser fiel e honesto com ela; além de organizar nossa 
rotina de modo a permitir que essa pessoa faça par-
te dela. Isso é a base de qualquer relação, concorda? 
Mas e fora isso, seria necessário mudar mais coi-
sas? O quê?
“Ah, quando você está com alguém não pode continuar 
saindo com seus amigos como se ainda fosse solteira.” 
“É importante colocar seu relacionamento em primeiro 
lugar, sem isso ele não vai pra frente.” “Saber engolir 
sapo é essencial para fortalecer o relacionamento.”
Quer saber a opinião do Dimas aqui? Tudo é uma 
questão de equilíbrio e de bom senso. Trata-se da res-
ponsabilidade afetiva que citei ali em cima. Ter res-
ponsabilidade afetiva em um relacionamento envol-
ve cuidar, amar e priorizar a outra pessoa na sua 
vida, mas ao mesmo tempo também envolve não 
deixar seu amor-próprio de lado. O resultado disso 
é um equilíbrio bacana baseado no respeito mútuo, 
o que permite que a relação tenha futuro. 
Na prática, é estar em um relacionamento em que o 
outro não se acha no direito de pedir mais do que você 
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pode dar; nem de exigir que você se transforme em 
alguém que você não é. Você prioriza sim o seu rela-
cionamento, mas ele não está acima dos seus valo-
res pessoais, em outras palavras: você protege a sua 
essência de tudo e qualquer coisa que possa feri-la. 
Traição, desrespeito, chantagem emocional? Nem 
pensar!
Agora pensemos nas frases prontas ali de cima, 
consideremos a primeira: “Ah, quando você está com 
alguém não pode continuar saindo com seus amigos 
como se ainda fosse solteira.”
Aqui entra a questão dos limites em uma relação. 
Eles são importantíssimos, mas não devem ser con-
fundidos com proibições sem noção, do tipo “você 
não pode sair pra lugar nenhum sem mim”; “eu não 
admito que você aceite pessoas nas redes sociais sem 
me consultar”; “você só pode vestir as roupas que eu 
disser que você pode”. Não é difícil notar que esse 
tipo de fala extrapola o bom-senso, certo? 
Eis a minha definição de limite saudável no contexto 
de uma relação: é respeitar o outro e a si mesmo; e 
a partir disso saber até onde você pode ir sem colocar 
em risco a confiança e o amor presentes na relação.
Uma pessoa comprometida pode sim sair com seus 
amigos, mas não como se ainda fosse solteira; essa 
regra se aplica a todos os contextos que envolvem 
fazer algo sem o parceiro. Estar com alguém não sig-
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nifica virar as costas pro mundo, e sim adaptar seus 
hábitos de modo que eles sejam coerentes com o 
compromisso firmado na relação. Simples assim.
Estar em um relacionamento envolve sim mudan-
ças, mas isso não impede que você e seu parceiro 
continuem sendo quem vocês são, cultivando as 
amizades e praticando seus hobbies. Onde existe 
respeito e confiança, existe liberdade. 
E não, você não deve engolir sapo pra fortalecer seu 
relacionamento. Se ele vacilou, você perdoou e ele 
pisou na bola novamente, então é hora de cair fora, 
fim. Cabe aqui fazermos uma distinção: perdoar é 
uma coisa, esquecer é outra. Se dentro desse contex-
to o vacilo dele abriu um buraco emocional que não 
poderá ser esquecido, é sinal de que a relação aca-
bou. Tudo deve ser avaliado por você internamente. 
“Irei ser eu 100% após essa atitude?”; “Terei felicidade 
e paz?”
Pagar pra ver, quando é seu emocional que está em 
jogo, não é uma boa aposta e há 90% de chance de 
você se dar mal.
Não existe essa de ter que sacrificar o que você con-
sidera importante na sua vida para estar em uma rela-
ção. Fidelidade é essencial pra você? Deixe claro. Você 
não suporta brigas? Diga para ele desde o início. Não 
deixe margens para que o outro deduza o que você 
sente. 
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Uma relação não te tira o direito de continuar sendo 
quem você é, desde que isso não agrida emocionalmen-
te a pessoa com quem você está. Costumo dizer que 
não existe relação perfeita, existe relação baseada 
na confiança e no respeito. Tendo isso, o restante é 
capricho e você não é obrigada a se sujeitar a nada 
que vá contra a sua essência!
Tudo isso é ter amor-próprio.
Tenha sempre em mente que a pessoa que entrar 
na sua vida deve cumprir o papel de fazer transbor-
dar a felicidade que já existe em você — e você fará 
o mesmo por ela — uma troca natural, leve e gosto-
sa, como tem que ser. Qualquer coisa diferente dis-
so não é normal, não é aceitável, e é muito menos 
do que você merece, portanto: não é pra você.
A gente só pode oferecer aos outros o que trazemos den-
tro da gente. Esteja você conhecendo alguém ou viven-
do um relacionamento, tire um tempinho e pergunte 
a si mesma: “o que essa pessoa tem pra me oferecer é o 
que eu busco pra minha vida?” “Eu consigo ser quem eu 
sou perto dela? Ela me proporciona essa liberdade que 
é tão gostosa?” “Eu sinto que ela pode me ajudar a me 
tornar a minha melhor versão? Ou uma versão pior de 
mim mesma?”.
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Talvez você se surpreenda com as respostas — e se 
isso acontecer, ótimo! Significa que era exatamente 
o que você precisava encarar pra não cair em uma 
cilada amorosa desnecessária — e de quebra você 
ainda estará fazendo um afago no seu amor-próprio!
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COMO SABER SE ESTOU EM UM 
RELACIONAMENTO SAUDÁVEL, 
E NÃO TÓXICO? 
ISSO DIZ MUITO SOBRE O NOSSO
 AMOR-PRÓPRIO
Saber identificar se o relacionamento que você vive é 
considerado saudável ou não — ou até mesmo tóxico 
—, é fundamental para saber como anda a sua saúde 
emocional.
Repito o que venho dizendo até aqui: nossos relacio-
namentos são um espelho do nosso amor-próprio — 
se ele estiver bem cultivado, nossos relacionamen-
tos tendem a ser os melhores possíveis. Já se ele 
estiver em falta, podemos acabar nos submeten-
do a relações de péssima qualidade, quase sempre 
por pura carência. Isso é muito perigoso. Há casos 
em que a pessoa pode inclusive se tornar refém de 
um especialista em se aproveitar das fragilidades 
alheias — os famosos estelionatários emocionais — 
infelizmente eles existem aos montes por aí. 
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Mas voltemos ao assunto que quero abordar: como 
saber se você está em um relacionamento saudável, e 
não tóxico? Quais as características? 
Vamos lá!
Como o próprio nome sugere, uma relação saudá-
vel envolve saúde emocional. Significa estar em uma 
relação que não te adoece. E por dois motivos; pri-
meiro porque a pessoa que está com você jamais te 
faria mal, pois ela te ama de verdade e quem ama 
não fere o outro; e segundo porque mesmo se ela 
tentasse, você seria forte o bastante pra cair fora 
imediatamente, porque você se ama e se valoriza 
antes de qualquer coisa; ou seja: seu amor-próprio 
está em dia. Simples assim.
Quando você está em um relacionamento saudável, 
você se sente livre pra ser quem você é com seu 
parceiro, sem medo de que ele te julgue. Você não 
sente que precisa medir suas palavras, nem ficar se 
justificando como se devesse satisfações. Você fala 
o que sente vontade e não esconde seus sentimen-
tos; se está chateada, você chega nele e fala, sem 
essa de engolir choro — e ele te escuta, ele sempre 
te escuta, por mais que pense de forma diferente; o 
diálogo sempre prevalece no lugar das brigas. 
Você também não vive com medo do seu parcei-
ro dar um piti por ciúmes ou qualquer outra razão, 
pois você o conhece a ponto de saberque ele não é 
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esse tipo de pessoa, acima de tudo ele te respeita e 
respeita os limites da relação — que é exatamente o 
que permite que ela exista em primeiro lugar. 
Em um relacionamento saudável você não vive de 
migalhas afetivas. Você não tem que ficar esperando 
a boa vontade dele de perceber que você precisa 
de carinho ou de atenção. Se ele combina algo com 
você, ele cumpre. Se você manda uma mensagem, 
assim que pode ele te responde com carinho. E sabe 
a melhor parte? Ele não fica dizendo “olha como eu te 
trato bem”; você simplesmente sabe que ele te trata 
bem, você o trata bem também e esse é o normal 
da relação, sem prêmios pelo básico do básico. Os 
dois simplesmente se tratam à altura do amor que 
sentem um pelo outro.
Em uma relação saudável os dois estão nela por intei-
ro. Não existe essa de um amar pelos dois — e so-
frer dobrado, como bem sabemos. Isso nem entra-
ria na cabeça deles — pois o conceito que possuem 
de relação se baseia no que eles vivem: uma convi-
vência baseada no respeito, no companheirismo e 
na liberdade.
Uma coisa que sempre falo nos meus posts e lives é o 
seguinte: o sentido de dar certo é você ser feliz. Portan-
to, um relacionamento bem-sucedido sempre será 
aquele onde você está feliz consigo mesma e onde 
o outro é um complemento bem-vindo da sua felici-
dade, nunca a fonte e o pilar principal dela. Percebe a 
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essência do amor-próprio aqui? É exatamente isso. 
Ele é o pilar de uma relação saudável e feliz!
------
“Ai, Dimas, seria um sonho tudo isso, mas acho muito 
difícil eu conseguir e manter um relacionamento tão 
bom assim”. E eu te digo: se for este o seu pensa-
mento, então é sinal de que talvez você precise mu-
dar o conceito do que é normal na sua vida. 
Às vezes consideramos algo ruim como normal sim-
plesmente por falta de outras referências, de expe-
riências mais positivas que nos mostrem de fato o 
que é bom e o que não é — considerando, é claro, a 
nossa felicidade.
Reflita se não é esse o seu caso...
Se for, é hora de mudar!
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IDENTIFICANDO UMA 
RELAÇÃO TÓXICA
O termo tóxico vem da química e indica algo que pode causar danos. Algo a se evitar se quiser-mos nos manter bem. É veneno, mesmo que 
venha dentro de uma embalagem bonita e atraen-
te. O conselho é sempre o mesmo: quanto mais lon-
ge de você, melhor.
O termo relacionamento tóxico faz jus ao nome. Nele 
encontramos elementos altamente nocivos à saúde 
emocional de uma pessoa. Ciúme exagerado, sen-
timento de posse, falta de respeito com o parceiro, 
desrespeito, desprezo, incapacidade de reconhecer 
os erros na relação e pedir perdão — esses são al-
guns dos temperos tóxicos de uma relação sem futu-
ro, mas não se resume só a isso.
O problema é que muitas pessoas que vivenciam 
um relacionamento tóxico tem dificuldade de reco-
nhecer sua própria situação. Por algum motivo, seja 
traumas emocionais na infância, uma carência pa-
tológica ou uma absurda falta de amor-próprio, a 
pessoa em questão passa a viver em uma dimensão 
paralela com seu parceiro onde os dois julgam que 
o que vivem é normal — só que de normal não tem 
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nada. É pura toxicidade. 
Esse tipo de relação pode ser muito prejudicial na 
vida de uma pessoa. Infelizmente é o solo mais fértil 
para que abusos aconteçam — e não falo apenas dos 
físicos, como no caso de agressões, mas também dos 
abusos psicológicos, que são os mais comuns.
Pois é. Agora vem cá. Talvez você esteja em um rela-
cionamento onde você se sente meio sei lá — estra-
nha. Você adora algumas coisas na relação, como o 
sexo e os presentes que ele te dá de vez em quan-
do; por outro lado há coisas que você detesta e que 
sempre são motivo de briga, como a mania dele de 
desconfiar das coisas que você fala, a implicância 
que ele tem com seus amigos, ou o hábito dele de 
às vezes sumir e deixar o celular desligado por ho-
ras. “Ah, você tá fazendo tempestade em copo d’água”. 
“Eu não sabia que você ia ficar tão irritada” — por al-
guma razão ele nunca acha que você tem motivos 
plausíveis para confrontá-lo. Às vezes ele até te cha-
ma de louca. 
Ao mesmo tempo, embora tudo isso seja bastante 
desagradável, você acha que as atitudes dele não 
são tão ruins assim, afinal ele não grita, ele não é ex-
plosivo, ele nunca encostou um dedo em você. Na 
verdade ele é bastante calmo, o que te dá uma con-
fusa sensação de segurança.
Sabe por que confusa? Porque no fundo você sabe 
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que essa calmaria não muda o fato de que ele te mal-
trata, que ele te faz sofrer. É nas pequenas atitudes 
e omissões que ele demonstra que não se importa 
com você como deveria. E você sabe disso. 
Sempre recebo relatos de mulheres que reclamam 
exatamente dessa toxicidade velada. Muitas vezes é 
tão velada que elas tem uma enorme dificuldade de 
percebê-la como tal. 
Mas voltando à nossa conversa, e agora quero focar 
na questão do amor-próprio no contexto desse tipo 
de relação. Existem muitas pessoas que neste exa-
to momento estão vivendo relacionamentos tóxicos 
— com vários níveis de toxicidade. Talvez você seja 
uma delas — se for esse o caso, eu quero te dizer 
uma coisa: estar em um relacionamento assim, que 
não te faz feliz, que te faz mais mal do que bem, que 
te adoece, que te faz duvidar de quem você é, não 
quer dizer que você está fadada a estar nele pra sem-
pre, muito menos que é o melhor que você pode ter 
na sua vida. Isso definitivamente não é verdade!
Mas eu também sei que não é fácil sair desse tipo 
de relação. Só quem sabe a dificuldade é quem vive. 
Só você sabe o quanto dói. 
Mas uma coisa que eu acredito é no poder da reco-
nexão com a nossa força interior, com nosso amor-
-próprio. Se você chegou até aqui, eu tenho certeza 
de que você tem o que é necessário pra dar a volta 
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por cima. Repito: eu tenho certeza que você tem o que 
é necessário pra dar a volta por cima. E tudo começa 
com você. 
Tudo o que você precisa para mudar está no seu inte-
rior, sempre à sua disposição. Pare, reflita. Olhe para 
dentro de si mesma e se permita sentir. Sua essên-
cia está aí. Busque começar a se conectar com ela 
diariamente. Aos poucos ela te dará forças pra fazer 
o que é preciso.
Não se apoie no tempo que você perdeu nessa rela-
ção buscando um aliado para continuar na esperan-
ça da mudança. Se pergunte quanto tempo mais você 
irá perder vivendo essa tristeza cotidiana. Reflita. 
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quando as mulheres 
perdem seu 
amor-próprio 
em uma relação
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Quando As Mulheres 
Perdem Seu Amor-Próprio 
Em Uma Relação
Q
uem sou eu pra falar sobre esse assunto? Nem 
mulher eu sou. Não, não sou mulher, por isso 
seria impossível que eu apresentasse a vocês 
o pensamento feminino sobre o tópico em questão. 
Que fique claro: esse não é meu objetivo, nunca foi 
e nem será. Como eu já disse várias vezes, sei bem 
qual é meu lugar de fala em se tratando do universo 
das mulheres: o de auxiliar, incentivador, não for-
mador de opinião ou empoderador.
Por outro lado, o fato de ser homem não me impe-
de de compartilharalgumas coisas que eu penso e 
que talvez possam ajudar as mulheres a entender o 
que se passa na cabeça dos homens, para que as-
sim elas possam ter atitudes mais firmes e asserti-
vas ao identificar deslizes masculinos imperdoáveis. 
Isso mesmo: imperdoáveis, inaceitáveis, desprezíveis 
— atitudes que mulher nenhuma deveria encarar 
com normalidade. “Ah, é coisa de homem”; “eles traem 
porque o instinto é mais forte”; “o quanto uma mulher 
suporta numa relação é a medida do seu amor”; “a 
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amante faz parte da família tradicional brasileira”. Oi?
Olha, se ainda estivéssemos no século passado, 
aceitar esse tipo de argumento até faria um pouco 
de sentido, mas hoje? Hoje não, né? São ideias tão 
contrárias ao bom-senso que deveriam ser passíveis 
de multa e até de prisão. Sério. O cara fez a moça de 
trouxa por 6 meses enquanto saía com outras duas: 
6 meses de reclusão pra tomar vergonha na cara. 
Fulano ficou casado por 10 anos e traiu durante 8 
pagando o motel com o cartão da próprio esposa: 3 
anos na cela com mais 4 marmanjos pra refletir so-
bre como um homem deve agir para merecer a com-
panhia de uma mulher.
Mas infelizmente ainda não existe uma lei para punir 
esses crimes contra a saúde emocional de um par-
ceiro, por conta disso os embustes continuam sol-
tos por aí, fazendo estragos na vida de muita gente. 
Então o que nos resta fazer? Eis minha resposta: 
aprender ao máximo sobre a dinâmica desses deli-
tos para nos proteger ao máximo de ciladas amoro-
sas. Cortar o mal pela raiz é uma arma poderosa das 
mulheres para se manter longe de caras tóxicos que 
podem arruinar sua saúde emocional.
Agora retomemos o título desde tópico: “Quando As 
Mulheres Perdem Seu Amor-Próprio Em Uma Rela-
ção”. Talvez você tenha achado a expressão perder 
muito forte. Mas infelizmente é exatamente o que 
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acontece em muitos casos. Diariamente recebo re-
latos de mulheres falando sobre situações que pa-
recem saídas de filme (de terror); mas infelizmente 
elas estão falando da vida delas, do que vivenciam 
em seus relacionamentos. E uma coisa que percebo 
é que elas se encontram em um estado de tamanha 
fragilidade emocional que suas essências parecem 
travadas, apagadas — porque elas estão infelizes, 
confusas, com medo do desconhecido: “sei que o 
que vivo é ruim, mas e se eu sair e me deparar com 
algo pior?” Essa dúvida é bastante comum quando 
o amor-próprio de uma pessoa está em falta e ela 
se vê em uma relação de dependência emocional — o 
que é bem diferente de um relacionamento de ver-
dade; essa distinção é fundamental.
O fato é que esses relatos são preocupantes, mas 
ao mesmo tempo no dá a oportunidade de refletir 
de forma crítica sobre o que está por trás de cada 
um deles. 
Desde traições até a esperança de conquistar um 
cara casado... como entender o que se passa na 
cabeça de uma mulher que arrisca a própria sani-
dade em nome de um sentimento que ela chama 
de amor? Será que é amor mesmo ou não passa de 
uma obsessão causada por motivos inconscientes e 
totalmente fora de seu controle?
Será que essas mulheres são culpadas por amarem 
demais ou são apenas vítimas das circunstâncias + 
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uma boa dose de azar? E onde fica o amor-próprio 
em meio a tudo isso?
Nesta sessão quero abordar exatamente esse pro-
blema. Eu quero te convidar para refletir comigo 
sobre as ocasiões mais nocivas ao amor-próprio de 
uma mulher no contexto de um relacionamento. E 
de antemão já digo que não irei economizar na sin-
ceridade, pois esse tema é um dos que mais me re-
voltam — quem me acompanha nas redes sociais 
sabe disso. Darei minha opinião doa a quem doer. 
Às vezes, quando dói é porque o remédio está fa-
zendo efeito. Então vai que seja exatamente o que 
você precisa ouvir?
Se for o caso, eu vou ficar bem feliz por ter ajudado. 
E se eles reclamarem do x9 aqui, tô nem aí. Eles que 
lutem.
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TRAIÇÃO
Traição? Não vamos colocar amor no meio dessa his-
tória, né? Quem ama não trai — aqui falo de amor 
de verdade, não do sentimento de posse e comodis-
mo que invade milhares de relações. 
Quando uma pessoa é capaz de trair, significa que o 
amor já não está mais presente. OK! Ele te amava... 
mas quando ele te traiu, ficou evidente que o amor 
já havia acabado. Não no momento exato do ato, 
mas em algum ponto do caminho até essa escolha. 
O amor é adverso a isso. O amor jamais machuca. 
Quem machuca são as pessoas! Muitas pessoas fi-
cam com medo de amar após uma traição! Não faça 
essa associação. Se a pessoa trai, é sinal de que o 
amor já era. Logo, o amor não tem culpa. 
Pra mim, o ser humano que faz isso não sabe o valor de 
nada. Coloquem o nome que quiserem, no final sem-
pre será uma escolha — e ele não escolheu você, ele 
não te respeitou, não te valorizou, ele sequer consi-
derou que você tinha sentimentos. Ele só pensou na 
satisfação dele e nada mais. Percebe o nível de egoís-
mo aqui? A traição é o extremo do egoísmo e do despre-
zo em um relacionamento. O que quer que digam e 
que seja diferente disso não passa de uma tentativa 
de amenizar o problema para assim evitar o término 
de uma relação. E aí eu te pergunto: que relação?
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“Eu te traí, mas é porque eu estava carente e estáva-
mos distantes um do outro”; “Eu te trai, mas é porque 
sou homem e isso é mais forte do que eu”; “Eu te traí, 
mas foi com uma garota de programa.” O repertório 
é quase infinito, mas repare em um detalhe: nunca 
é culpa do cara, sempre tem um motivo para justi-
ficar o que ele fez. No caso da garota de programa 
a desculpa é que foi só sexo. A traição é mostrada 
como a única saída que ele encontrou para... pasme: 
conseguir se manter no relacionamento com você. 
Ai, ai...
Gente, quando eu digo que traição é uma escolha, 
o que quero dizer é que mesmo que o casal esteja 
passando por problemas, crises, falta de apetite se-
xual, o que for — sempre existem formas saudáveis 
de tentar melhorar a situação ao invés de tacar o fo-
da-se e trair, como por exemplo: sugerir mudanças 
na rotina, conversar com honestidade sobre o que 
está incomodando, ou mesmo sugerir uma terapia 
de casal. Agora sejamos sinceros: se uma pessoa co-
meça a cogitar uma traição é porque ela já tacou o 
foda-se na relação há muito tempo, no momento ela 
só está esperando a oportunidade de formalizar da 
pior forma possível o fim do relacionamento. 
É o que sempre digo nas minhas lives: a traição não 
está apenas no ato consumado, ela está na intenção. 
A intenção é o processo que leva ao ato. Assim, se 
o cara demonstra a intenção de trair, ele já está te 
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traindo, pois ele quebrou a confiança que existia en-
tre vocês, e a confiança é o pilar de uma relação — sem 
isso ela não tem futuro. Fidelidade que se preze deve 
estar presente em todos os momentos, e envolve 
tanto nossos pensamentos quanto nossas atitudes. 
Sabe o que acontece quando um homem trai uma 
mulher? Além da enorme dor emocional, muitas 
vezes ela acaba se sentindo culpada, confusa, com 
uma sensação de ser insuficiente, de ser menos mu-
lher do que as outras, de ter errado ao não ceder às 
vontades do parceiro, e por aí vai. É um duro golpe 
em sua autoestima.
Inconscientemente ela pode acabar tomando para 
si uma parte da culpa do parceiro — uma culpa que 
é TODA DELE, na esperançade salvar a relação. Só 
que ao fazer isso, ela se coloca em um sério risco: o 
de perder seu amor-próprio. Como vimos, uma pes-
soa que tem amor-próprio não tolera atitudes que 
agridam seu emocional. Em um relacionamento ela 
deixa isso bem claro: “eu te amo, mas isso não signifi-
ca que a nossa relação está acima do respeito que te-
nho por mim mesma. Se um dia você ultrapassar esse 
limite, saiba que é o fim da nossa relação.” 
Mas e quando esse limite é ultrapassado, e a mu-
lher aceita continuar mesmo assim? Infelizmente é 
o que vejo em muitos relatos que recebo. Eis alguns 
exemplos: “Vi uma notificação do TINDER no celular 
do meu marido. O que será que ele procura?”; “Por que 
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marido que trai mente e não tem coragem de se sepa-
rar?”; “Meu marido está em dúvida entre eu e a amante 
dele. O que fazer?” — São relatos reais, tá? Juro que 
não inventei nada. E não são casos isolados: todo 
dia recebo directs parecidos, onde as mulheres rela-
tam terem sido traídas e querem minha opinião so-
bre se devem dar uma segunda chance — segunda 
não, normalmente é uma quinta, sexta chance...
Para uma delas (que havia acabado de perdoar a 
primeira traição do marido) eu respondi o seguinte: 
“Você veio até aqui me perguntar isso porque está so-
frendo. Você não questionaria a sua decisão se estives-
se feliz e tranquila. Traição causa uma ferida emocio-
nal profunda. Então a questão aqui não é se perdoar 
ele é certo ou errado; mas sim se você está feliz ou 
não.”
Outra mandou a seguinte pergunta: “Ele me traiu, 
me agrediu e agora está com a amante. É possível que 
ele seja feliz com ela?” 
Respirei fundo e mandei a real: “Deixa eu ver se eu 
entendi. Ele te traiu, te agrediu e foi embora, mas sua 
preocupação maior é se ele pode ou não ser feliz com a 
amante? Perceba como a sua preocupação transcende 
o que você viveu. Toda a bagunça que ele fez no seu 
emocional se tornou secundária, seu foco agora está 
na possibilidade dele ser feliz ou não. Acontece que 
isso agora não tem mais nada a ver com você! E que 
bom, porque se você parar pra pensar foi um baita de 
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um livramento! Ele foi embora e está com a amante; o 
embuste agora é problema dela. Agora é hora de você 
parar e se reconectar com o seu interior, com o seu 
amor-próprio, de voltar a ser a pessoa feliz que você 
era antes dele entrar na sua vida. E foda-se o que vai 
acontecer com ele, se vai dar certo ou não. Se preocu-
pe com aquilo que ficou, com a sua essência. O que 
partiu, partiu, não faz mais parte de você. E fique tran-
quila, porque ninguém sai desse mundo sem pagar a 
conta. O universo tem um departamento responsável 
só por esse tipo de cobrança! Mais cedo ou mais tarde 
o universo vai cobrar a fatura dele. Não é rogar praga 
não, é a lei do retorno!”
No geral, o conselho que dou para as mulheres que 
passam por esse tipo de situação é o seguinte: pa-
rem de tentar normalizar condutas inaceitáveis em 
prol de um relacionamento que só existe na cabeça 
de vocês! Traição não é normal, não é aceitável. Se o 
cara te trai, é porque ele não está na mesma sinto-
nia que você, ele não te respeita e ele não gosta de 
você o suficiente para estar em um relacionamento 
— a real é que talvez nem ele saiba o que sinta por 
você, mas eu garanto que não é amor!
Ninguém consegue viver sendo machucado o tem-
po todo. Quando você luta para continuar em uma 
relação que só te faz mal, você está lutando contra 
você mesma. Quando você se permite amar aquilo 
que te faz mal, é porque está faltando você se amar 
em primeiro lugar. 
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Se você passou por uma situação de traição recen-
temente e está se sentindo péssima, sem saber o 
que fazer, talvez seja hora de parar e perguntar pra 
si mesma: “qual tem sido o significado de amor na mi-
nha vida?” Suportar? Sofrer? Passar noites em claro? 
Então eu te pergunto: e se na verdade tudo isso que 
você estiver vivendo não for amor, e sim uma enor-
me carência somada a uma dependência emocio-
nal que você desenvolveu durante a relação? Se for 
esse o caso — e na maioria das vezes é mesmo — 
saiba que essa angústia enorme que você sente é 
um sinal de que essa relação não é pra você. É o que 
eu disse pra pessoa que me enviou aquele primeiro 
direct: “Você veio até aqui me perguntar isso porque 
está sofrendo.” Quem ama não faz o outro sofrer.
Só você sabe o que te faz bem, e só você sabe o que te 
faz mal. Reflita sobre isso e pense se vale mesmo a 
pena continuar em uma relação que no fundo você 
sabe que se transformou em pura decepção e des-
confiança. Nada vale a sua paz. Sem paz a vida é um 
verdadeiro inferno. E é impossível termos o inferno e 
o paraíso ao mesmo tempo. Felizmente, como tudo 
na vida, é uma questão de escolha. 
Se o seu parceiro escolheu te trair e jogar a relação 
de vocês no lixo, escolha se amar e dar a si mesma uma 
nova chance de ser feliz: seja sozinha ou com alguém, 
mas com alguém que realmente te ame e te valorize 
como você merece! Não aceite menos do que isso.
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SE CONTENTAR COM 
MIGALHAS AFETIVAS
“Dimas, você acha que devo continuar ficando com um 
cara que nem me dá atenção?” Resposta: “Não sei. 
Você comeria algo que te fizesse mal só pelo prazer 
de mastigar? Te dar atenção é o mínimo que você deve 
esperar de qualquer um que entre na sua vida.” 
Quem gosta de migalhas é pombo!
Confundir migalhas afetivas com amor é outro gran-
de erro que muitas mulheres cometem ao se relacio-
nar com os homens. Claro, sabemos que nem todo 
homem faz isso, mas a verdade é que alguns são es-
pecialistas em brincar com os sentimentos das mu-
lheres. É aquela coisa: dar só um pouquinho de afeto, 
ficar só um pouco por perto, apenas o suficiente pra 
manter a mulher interessada e refém dele o maior 
tempo possível. O homem jardineiro e o homem ga-
vetinha emocional (personagens ilustres [só que não] 
do meu primeiro livro) são bons exemplos desse tipo 
de cara que gosta de alimentar falsas esperanças em 
uma mulher apenas pra poder tê-la à sua disposição 
quando quiser, mas claro, sem que ele tenha que as-
sumir qualquer responsabilidade afetiva em relação 
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a ela. “Se ela se apaixonar é problema dela.”
Migalha afetiva a gente fareja de longe. É quando o 
cara nunca tem tempo pra você, sempre existe al-
guma coisa mais importante e que ele não pode 
abrir mão de jeito nenhum (de estar com você ele 
pode, claro). Ele desmarca os encontros de última 
hora, sempre com uma desculpa esfarrapada. Ele 
demora pra responder as suas mensagens. Ele não 
te apresenta aos amigos dele — vocês estão saindo 
há 6 meses mas ainda assim ele não se sente pron-
to pra que os parças dele te conheçam. Às vezes ele 
te procura louco de tesão, querendo te encontrar 
na mesma hora; mas depois que vocês transam ele 
some e parece que aquele cara que parecia tão apai-
xonado e ligado em você foi pra Nárnia. Aí você fica 
tentando entender, se perguntando “o que falta pra 
ele se jogar de vez na relação e demonstrar um pouco 
mais de interesse em mim? Por que é tão difícil pra ele 
me dar atenção? Se eu consigo, por que ele não?” 
(semblante pensativo do Dimas)
Vou jogar a real, como eu disse que faria: não é que 
falte algo pra ele embarcar de vez na relação com 
você, o que acontece é que não existe relação algu-
ma — tudo se resume a uma ilusão sua de que ele 
irá mudar, e o desejo egoísta dele de te manter por 
perto.
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E não, não é que seja difícil pra ele dedicar um pou-
co mais de tempo pra você, o que acontece é que 
ele simplesmente não tem o menor interesse nisso; 
ele não sente a menor necessidade de estar mais 
presente na sua vida. É aquele ditado: quem quer 
sempre arruma um jeito; quem não quer arruma uma 
desculpa. 
Sabe o que falta pra uma relação assim dar certo? 
Tudo. Falta respeito, falta interesse verdadeiro, falta 
presença, e acima de tudo, falta caráter. Deixar que 
alguém se apaixone por você sem que você sinta o 
mesmo, só pra alimentar o próprio ego, é uma ati-
tude que demonstra uma clara falta de responsabi-
lidade afetiva, típico de pessoas sem caráter. 
Se um cara se presta ao papel de manter você interessada 
nele e ao mesmo tempo as atitudes dele deixam claro que 
ele não te considera essencial na vida dele, o que ele está 
fazendo? O que você está fazendo? Vou tentar respon-
der: ele está jogando o joguinho dele, e talvez você 
seja a número 3 de 10. Já você está na dele, gamada, 
confusamente interessada no mínimo de atenção 
que ele puder te dar.
Dá pra ver de cara que é uma armadilha, né?
Infelizmente vejo muitas mulheres presas nessa 
rede cruel. Chamo de cruel mesmo. E não me venha 
com essa de que às vezes é porque o cara é tímido 
ou porque ‘ser difícil’ é o tempero da sedução. Quem 
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gosta de verdade, demonstra. Quem quer estar com 
você de verdade, deixa isso claro; não fica de jogui-
nho correndo o risco de você se fartar e mandar ir 
praquele lugar. Quem ama não arrisca perder o outro 
por falta de presença. Grave bem isso. 
Quando uma mulher aceita estar em uma relação 
onde tudo que ela recebe são migalhas, ela se co-
loca lá embaixo, no conjunto das segundas opções, 
na lista dos contatos de menor importância, bem 
longe do status de mozão que ela gostaria. Ah, e 
não podemos esquecer de fazer uma observação: o 
cara sabe muito bem o que está acontecendo, tá? Ele 
sabe muito bem que ela não está feliz com a situa-
ção, que ela está sofrendo, que ela gostaria de rece-
ber mais atenção, de dar um passo adiante; mas ele 
ignora isso porque pra ele não tem importância. A 
empatia aqui é zero. O egoísmo reina.
Estar em uma relação dessa natureza indica que o 
amor-próprio de uma mulher está em frangalhos, 
quase indo pra UTI. O desejo de ter a atenção do 
cara se tornou tão forte que passou a ser a maior 
prioridade da vida dela, ao invés de cuidar bem de 
si mesma, se valorizar e investir em sua evolução 
pessoal.
Tem uma frase que eu sempre digo: quando você 
aceita menos do que você merece, seu valor é igual a 
zero. Então... aceitar migalhas afetivas e sofrer por 
alguém que não tem um pingo de consideração por 
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você é um exemplo de atitude que te diminui pra 
caramba, que te agride, que zomba da sua essência 
— pois a nossa essência é ser feliz, e não sofrer.
Agora eu quero te dizer uma coisa: nós não podemos 
mudar o passado (ontem, uma hora atrás também é 
passado); mas uma coisa que podemos fazer é apren-
der com ele, de modo a nos tornarmos mais fortes 
emocionalmente. Fazer isso é uma escolha que sem-
pre estará ao seu alcance. Você tem o poder de mudar 
a sua vida no instante em que decidir fazer isso. 
Mulher, você não nasceu pra aceitar migalha, pra vi-
ver na eterna espera de que ele lembre que você 
existe! Você merece muito mais do que isso. Você 
merece um mozão que te faça pensar “meu Deus, isso 
é que é amor de verdade!.” Se você olhar pra dentro 
de si mesma, verá que tenho razão.
Colocar um ponto final no que nos faz mal é sinal de 
maturidade, de autovalorização, de reconexão com 
nosso amor-próprio. Reflita e experimente dar o pri-
meiro passo, nunca é tarde pra recomeçar a se amar 
— e quando a gente se ama, é muito mais provável 
que nos amem também, não que brinquem com os 
nossos sentimentos.
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ELE ME MALTRATA, MAS...
“Ele me trai, mas diz que me ama”; “Ele me fala coi-
sas desagradáveis, mas sempre pede desculpas”; “Ele 
é muito ciumento, chega a me sufocar, mas diz que é 
porque sou bonita e que homem que é homem cuida 
do que é seu”.
Esse tipo de fala aparece em centenas de directs que 
recebo, e nada mais são do que relatos de atitudes 
inaceitáveis do parceiro, seguido de um MAS...
Como você pode imaginar, o mas é usado pra ten-
tar suavizar o tamanho da merda que o cara fez, 
ou faz. Sem perceber, as mulheres tentam justificar 
um erro injustificável apelando para uma qualidade 
do parceiro, ou algo que ele alegou e que parece 
ter vindo do fundo de seu coraçãozinho arrependido: 
“sim, eu saí com as duas, não vou mentir, mas foi só 
sexo, eu juro”; “Sim, eu instalei o TINDER e comecei a 
conversar com algumas mulheres, mas não passou 
disso. Você sabe que eu te amo”. 
“Ah, Dimas, mas pelo menos ele foi sincero, né?” 
Ai, ai...
Gente, é aquela coisa que falei no tópico sobre trai-
ções: algumas mulheres precisam parar de tentar 
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normalizar condutas erradas na tentativa de conti-
nuar numa relação que só ferra com seu emocional, 
que faz com que percam seu amor-próprio. Fazer 
isso é se desvalorizar de uma forma absurda — e 
desnecessária. Se algo te magoa, esse algo não pode 
ser tratado com normalidade. 
Em se tratando desse mas usado após o relato da 
merda que o cara fez, ele não passa de um band-aid 
temporário e inútil. Tentar justificar a atitude errada 
não vai resolver o problema, pelo contrário, pode 
permitir que ele se torne ainda pior. Quando você se 
esforça por aceitar o que está errado, você sinaliza ao 
outro que pode aguentar mais. É a triste ilusão dos 
masoquistas emocionais: eles se acham fortes por 
suportar tanto. Acontece que masoquistas emocio-
nais são conhecidos justamente por deturpar o sig-
nificado de amar e ser amado, por isso não devem 
servir de exemplo pra ninguém — são casos pros 
psiquiatras. 
Quem ama não machuca, não trai, não sufoca, não 
faz o outro se sentir mal, infeliz, angustiado, inferio-
rizado. Amor tem a ver com exaltar quem a gente 
ama, incentivar, demonstrar o quanto somos gra-
tos ao universo por ter ela ao nosso lado, e tratá-la 
com todo carinho do mundo. Logo, uma frase do 
tipo “eu te maltrato, mas te amo” não faz sentido. É 
conversa pra boi dormir. A pessoa pode sentir algo 
bem confuso em relação a você, talvez uma pura e 
simples atração física, ou um sentimento de posse, 
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mas uma coisa eu garanto: amor não é. 
Escuta o Dimas aqui: existe uma coisa bem simples 
que você pode fazer e que tem o poder de te blindar 
contra esse tipo de situação: cultivar seu amor-pró-
prio. É, pessoal, eu sempre vou bater na mesma te-
cla, e sabe por quê? Porque não poderia ser diferente. 
É nosso amor-próprio (sua presença ou ausência) 
que determina o que aceitamos em nossas vidas e o 
que não admitimos de jeito nenhum. Tudo está re-
lacionado ao amor-próprio, incluindo, é claro a qua-
lidade de nossos relacionamentos.
Só você pode permitir que te façam mal. Ninguém 
pode te fazer sofrer sem a sua permissão. Parece 
estranho dizer isso mas é a pura verdade. 
Nossa tristeza e nossa felicidade sempre serão propor-
cionais à nossa coragem de lutar pela nossa felicidade. 
Reflita.
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“EU VOU PROVAR PRA ELEQUE EU SOU 
A MULHER DA VIDA DELE”
Essa é outra fala problemática muito comum nos 
relatos que recebo no Instagram. Envolve situações 
onde a mulher insiste em permanecer em uma rela-
ção que só faz mal pra ela achando que em um belo 
dia irá convencer o cara de que os dois foram feitos 
um para o outro. 
Ele trai, ele some, ele mente, ele desrespeita, ele 
agride psicologicamente — entre outros absurdos 
que demonstram sua total falta de interesse e res-
ponsabilidade afetiva —, mas mesmo assim ela con-
tinua firme em sua esperança. “É só uma questão de 
tempo até ele perceber que eu sou a mulher perfeita 
pra ele.”
Gente, vamos apelar pro bom senso: uma relação só 
é possível quando há interesse genuíno de ambas as 
partes. Não adianta só uma das partes querer. Insis-
tir, implorar, fazer loucuras pra conquistar alguém 
que não está nem aí pra você é deixar claro para o 
universo que você não tem um pingo de conside-
ração por si mesma. Chegar ao ponto de suplicar o 
amor de uma pessoa significa que você perdeu seu 
amor-próprio e que sua saúde emocional está com 
o pé na cova. Desculpe a sinceridade, mas é a pura 
verdade. 
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 “Mas Dimas, eu amo aquele homem!” Ok, eu acredito 
em você, não duvido da intensidade do seu senti-
mento, mas a questão não é essa; é outra: se ele não 
te ama também, não há nada que você possa fazer pra 
mudar isso. Nem você, nem eu, nem ninguém. Amar 
alguém não faz com que o outro nos ame também. É 
meio triste constatar isso, mas iludir a nós mesmos 
é ainda pior. Você pode ser a mulher mais apaixo-
nada e bem intencionada do mundo: se o cara não 
sentir o mesmo por você, insistir será uma grande 
perda de tempo — mais cedo ou mais tarde você se 
dará conta disso.
Grave bem: só podemos lutar por aquilo que está 
disponível à conquista, aquilo que pode e quer fazer 
parte da nossa vida. 
Dia desses recebi um direct que falava o seguinte: 
“Meu ex marido quis terminar mesmo tendo tudo em 
casa. Era tratado como um rei. Me sinto mal.”
Respondi isso pra ela: Não se sinta mal. Sempre de-
vemos respeitar a escolha da outra pessoa. Às vezes 
tudo o que você está ofertando já não é mais o que ele 
busca. Não podemos controlar o que os outros sentem 
por nós. O que podemos fazer é ter maturidade para 
reconhecer quando o amor acabou e dar um fim na 
relação de maneira honesta.
Pois é, é isso. E poderia ser diferente? Duvido muito...
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Agora foquemos no que é ainda mais importante 
em meio a tudo isso: o amor-próprio da mulher. As 
mulheres precisam entender de uma vez por todas 
que aceitar estar em um relacionamento onde não 
são amadas como merecem, é inaceitável! Mulher 
nenhuma deve se submeter a uma relação regada a 
migalhas, não importa o motivo. Relação de verdade 
é aquela onde os dois estão 100% nela, sem essa de 
um sentir que precisa convencer o outro de que ele 
não irá achar alguém melhor, o que acaba virando 
um verdadeiro inferno. Que tipo de relação é essa? 
Pra mim não passa de ilusão e perda de tempo.
Presta atenção no Dimas aqui: você não precisa pro-
var que é digna do amor dele. Você não tem a obriga-
ção de dar provas de amor para que ele considere 
a possibilidade de ter algo com você. Se ele tem dú-
vidas sobre estar com você, é porque ele simples-
mente não te ama. Simples assim. Onde existe dúvi-
das, não pode haver amor. 
Entenda uma coisa: persistir é bem diferente de insis-
tir. Persistência tem a ver com determinação, com 
firmeza de caráter. A gente persiste em algo quan-
do esse algo tem o poder de nos fazer bem, de nos 
fazer felizes, não de nos destruir. Persistimos quando 
o objetivo em questão não agride nosso emocional, 
não nos faz duvidar de quem somos, do nosso direi-
to de amar e sermos amado com intensidade — e o 
principal: não fere a nossa essência, pelo contrário: 
a fortalece! 
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Já insistir é sinônimo de teimosia. É dar murro em 
ponta de faca. Insistir é um negócio cansativo, sofri-
do, e que raramente dá resultado. A verdade é que 
quando chegamos ao ponto de insistir — é sinal de que 
aquilo que queremos no fundo não nos quer por perto! 
Percebe a dimensão do problema? 
Se você está vivendo uma relação onde sente que 
precisa provar pro cara que você é a mulher certa 
— o que envolve passar por cima dos seus valores, 
fazer coisas que te causam desconforto, além de se 
colocar um degrau abaixo da sua dignidade —, en-
tão eu peço que você pare e pergunte a si mesma 
o seguinte: “Eu estou sendo persistente ou insistente 
nessa relação?”; “Eu estou sendo determinada ou ape-
nas teimosa?”; “O que tenho vivido tem contribuído 
para a minha felicidade ou só alimentado uma sensa-
ção horrível de insegurança?”; “Como eu me vejo daqui 
a alguns anos se as coisas continuarem como estão? É 
o futuro que eu mereço?”
Escolha pra sua vida aquilo que também te escolheu. 
Agir diferente é aceitar se submeter a relações de 
péssima qualidade, começando pela sua relação 
consigo mesma. 
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“GOSTO DE UM CARA, SÓ QUE ELE É CASADO”
“Você está apaixonada pela parte onde ele deixa a espo-
sa pra ficar com você. Você está apaixonada pelo cara 
incrível e de boa índole que ‘ele não é’ — porque se ele 
fosse, não estaria traindo a esposa com você. Conclu-
são: você não está apaixonada, você está iludida.”
Sim, este é um tópico delicado, pois além das duas 
pessoas que estão se relacionando e sabem da infi-
delidade, envolve uma terceira pessoa que está sen-
do enganada, o que é algo bem feio. De todo modo, 
darei minha opinião sobre o assunto e caso você 
não concorde com ela, tudo bem. O importante é 
refletirmos juntos sobre esse tipo de situação que 
infelizmente é muito comum e demonstra uma falta 
de amor-próprio absurda por parte da mulher.
A verdade é que se relacionar com um cara casado é 
uma das piores ciladas que existem. Quando a traição 
é descoberta, um peso enorme recai sobre a aman-
te. “É uma vagabunda, uma ordinária, uma destrui-
dora de lares.” Não importa o contexto em que ela 
conheceu o cara. Não importa se ele disse que era 
solteiro e só jogou a bomba depois quando ela já 
estava envolvida; não importa se ela é uma pessoa 
emocionalmente frágil que acabou se deixando se-
duzir por pura carência; não importa se ela foi uma 
vítima da lábia dele tanto quanto a esposa traída. A 
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dimas rodrigues sem se amar, não dá 69
partir do momento em que ela é apontada como aman-
te, automaticamente recebe o status de pior mulher da 
face da Terra. 
Saber disso deveria ser o suficiente para que qualquer 
mulher que se ame e se valorize jamais se envolvesse 
com um homem casado, certo? Acontece que as rela-
ções são muito mais complexas na prática do que na 
teoria. Que fique claro: não estou querendo dizer 
que ficar com homem casado é normal e aceitável, 
porque não é, longe disso. O que quero discutir aqui 
é o que está por trás desse tipo de envolvimento 
que em 90% dos casos só gera decepção e mágoa. 
O que leva algumas mulheres a se envolverem com ho-
mens comprometidos mesmo sabendo que é cilada? É o 
que eu escrevi no início deste tópico: ela se apaixona 
pela parte onde ele larga tudo pra ficar com ela. Só tem 
um problema: esse cara com quem ela faz planos, 
esse cara que dá presentes, que leva pra jantar nos 
melhores restaurantes, que fala coisas lindas e nun-
ca parece estar de mau humor ou indisposto, esse 
cara que ela conhece não passa de uma fachada!
Na grande maioria dos casos esse tipo de homem não

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