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Aula 2 - Educação Permanente x continuada (ESF)

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EDUCAÇÃO EM SAÚDE
PROF.ª DÉBORA GUEDES
Recordando
Desde que foi criado, o SUS já provocou profundas mudanças nas 
práticas de saúde do país. 
Para que novas mudanças ocorram é preciso haver também 
profundas transformações na formação e no desenvolvimento dos 
profissionais da área.
• Só conseguiremos mudar realmente a forma de cuidar, tratar e
acompanhar a saúde dos brasileiros se conseguirmos mudar
também os modos de ENSINAR e APRENDER.
• A população é o alvo central da política de educação e
desenvolvimento dos trabalhadores para o SUS.
EM 2003
Ministério da Saúde
Formulação de Política Pública para formação dos 
profissionais de saúde.
Além do Técnico Científico para aspectos estruturantes 
das relações e das práticas em todos os componentes 
de interesse / relevância social
MINISTÉRIO DA SAÚDE EM 2003:
• Atualização / desenvolvimento dos profissionais sustentada nos 
princípios e diretrizes do SUS e proposta para implementar processos 
com capacidade de impacto:
- no ensino, 
- na gestão setorial, 
- nas práticas de atenção e no controle social.
EM 2004 AVANÇOS
A Política Nacional de Educação Permanente em Saúde 
(PNEPS):
- Instituída pela Portaria 198 de fevereiro de 2004.
- Estratégia do SUS para a formação e o desenvolvimento 
de trabalhadores para o setor.
EDUCAÇÃO PERMANENTE EM SAÚDE
- Uma proposta de ação estratégica capaz de contribuir
para a necessária transformação dos processos
formativos, das práticas pedagógicas e de saúde e para a
organização dos serviços.
EDUCAÇÃO PERMANENTE EM SAÚDE
- A incorporação do trabalho como categoria estruturante de 
mudança das práticas.
- Situa o trabalho em saúde como foco de atenção da gestão e da 
estruturação dos serviços, sintonizadas com as transformações 
do mundo do trabalho.
EDUCAÇÃO PERMANENTE EM SAÚDE:
- Empreende um trabalho articulado entre o sistema de saúde, em suas esferas 
de gestão, e as instituições formadoras, na identificação de problemas 
cotidianos no processo de trabalho na saúde e na construção de soluções.
- A EPS considera o trabalho como seu eixo estruturante, já que é nesse espaço 
onde estão previstas as práticas a serem realizadas por cada um e por todos 
os trabalhadores com uma participação ativa em seu próprio processo de 
aprendizagem.
Pode-se dizer que os processos baseados na Educação Permanente em Saúde:
• Destinam-se a públicos multiprofissionais.
• Inserem-se de forma institucionalizada no processo de trabalho.
• Possuem enfoque nos problemas cotidianos das práticas das equipes de 
saúde.
Pode-se dizer que os processos baseados na Educação Permanente em Saúde:
• Objetivam as transformações das práticas técnicas e sociais.
• São contínuos. 
• Utilizam-se de pedagogias centradas na resolução de problemas, geralmente 
através de supervisão dialogada, oficinas de trabalho, realizadas, de 
preferência, no próprio ambiente de trabalho. 
EDUCAÇÃO PERMANENTE EM SAÚDE:
Envolve mudanças nas relações, nos processos, nos atos de saúde e 
principalmente nas pessoas.
São questões tecno/políticas e implicam a articulação de ações para 
dentro e para fora das instituições de saúde.
EDUCAÇÃO CONTINUADA
EDUCAÇÃO CONTINUADA... O QUE É?
• ATIVIDADES DE ENSINO APÓS O CURSO DE GRADUAÇÃO COM 
FINALIDADE DE ATUALIZAÇÃO, AQUISIÇÕES DE NOVAS 
INFORMAÇÕES E/OU DE DURAÇÃO DEFINIDA, MAIS CENTRADA NO 
DESENVOLVIMENTO DE GRUPOS PROFISSIONAIS ESPECÍFICOS.
EDUCAÇÃO PERMANENTE EM SAÚDE... O QUE É?
• O trabalho é destacado como eixo do processo educativo, 
fonte de conhecimento e objeto de transformação. 
• Na saúde por exemplo, toma o processo de trabalho 
como gerador e configurador de processos educacionais 
nos serviços.
Permanente: Continuada:
Multiprofissional Uniprofissional
Práticas Institucionalizadas Prática Autônoma
Problemas de Saúde Temas de Especialidade
Transformação das práticas Atualização Técnica
É contínua Esporádica
Centrada na resolução Pedagogia da
de problemas transmissão
PROCESSOS DE FORMAÇÃO / BASE CONCEITUAL 
DA E P
• O Estudo fragmentado dos problemas de saúde leva à formação de 
especialistas que não conseguem lidar com realidades complexas. 
Profissionais que dominam tecnologias mas são incapazes de lidar com a 
subjetividade e a diversidade moral, social e cultural. E questões 
complexas como: a dificuldade de adesão a tratamentos, a autonomia no 
cuidado, a educação em saúde, o sofrimento e a dor, o enfrentamento 
das perdas e da morte.
PROCESSOS DE FORMAÇÃO / BASE CONCEITUAL 
DA E P
• Propostas não podem mais ser construídas isoladamente ou de 
cima para baixo. 
• Devem fazer parte de uma grande estratégia, articuladas entre si 
e serem criadas a partir da PROBLEMATIZAÇÃO das realidades 
locais.
PROCESSOS DE FORMAÇÃO / BASE CONCEITUAL DA E P
PROBLEMATIZAR
• Significa refletir sobre determinadas situações, questionando fatos,
fenômenos e idéias, compreendendo os processos e propondo soluções.
• Deve levar os diferentes ATORES da saúde a questionar sua maneira de
agir, o trabalho em equipe, a qualidade da atenção individual e coletiva e
a organização do sistema como rede única.
A Educação Permanente pode então ser entendida como 
aprendizagem – trabalho, ou seja, ela acontece no cotidiano 
das pessoas e organizações.
E P SE BASEIA NA APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA
• A aprendizagem significativa acontece quando responde a uma 
pergunta nossa e/ou quando o conhecimento novo é construído a 
partir de um diálogo com o que já sabíamos antes. 
• Na aprendizagem significativa acumulamos e renovamos experiências.
E P SE BASEIA NA APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA
• O Educador e Estudante têm papéis diferentes dos tradicionais. O 
professor não é mais a fonte dos conteúdos, mas um facilitador do 
processo ensino-aprendizagem, estimulando o aprendiz a ter postura 
crítica, reflexiva e ativa.
• Deve estar voltada para a “construção de sentidos”, abrindo 
caminho para a transformação e não para a reprodução acrítica da 
realidade social.
E P SE BASEIA NA APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA
• Isto é bem diferente da aprendizagem mecânica, na qual
retemos conteúdos sem um questionamento crítico e muitas
vezes sem partir de nossas experiências.
QUE USO FAZEMOS?
QUE RESPONSABILIDADE TEMOS 
DIANTE DE TAL NECESSIDADE?
SAÚDE E EDUCAÇÃO 
ESCOLAR
Refletir sobre educação em
saúde implica na observação de
inúmeros aspectos relevantes
sobre suas origens, implicações e
maneiras de se fazer com que se
efetive, garantindo melhor
assistência de saúde à
População.
Ações educativas podem visar à
sensibilização e\ou a conscientização
sobre algum problema de saúde, ou
ações que possam evitar o surgi-
mento de males à clientela.
A escola é um dos alicerces da
educação, da cidadania e da
formação de uma nação.
É por meio dela que a criança inicia
sua educação, sua integração e
inclusão social, seus
relacionamentos e seus potenciais,
ou seja, relações complexas que se
estendem por toda a vida.
(LIBERAL, 2005)
Percebemos que educação em saúde, como 
forma de promoção da saúde no ambiente 
escolar, se faz mediante a construção de 
parcerias e, de certa forma, ao abandono 
do antigo modelo educacional centrado 
apenas na figura do professor. 
EDUCAÇÃO E SAÚDE NAS ESCOLAS
&
EDUCAÇÃO CONTINUADA
RELAÇÃO EFETIVA ENTRE:
Próxima aula:
Trazer um artigo sobre:
Educação em Saúde nas escolas
Texto:
A EDUCACAO EM SAÚDE: CONCEITOS, DEFINICÕES E OBJETIVOS
Atividade em classe ’
Referencia Bibliográfica:
CZERESNIA, D. FREITAS, C.M. (org) Promoção da Saúde: Conceitos, reflexões, tendências. Rio de 
Janeiro: Ed. Fiocruz, 2003.
DUNCAN, B.B. SCHMIDT, M.I. GIUGLIANI. (et col). Medicina Ambulatorial: Condutas de Atenção 
Primária Baseadas em Evidências. Porto Alegre: ArtMed, 2004.
HORTON, M. FREIRE, P. O Caminho se faz Caminhando. Conversas sobre educação e mudança social. 
Petrópolis: Vozes, 2003 .
FREIRE, P. Pedagogia do Oprimido. Rio de janeiro: Paze Terra, 1983.
MELLO, D.A. et al. Promoção à saúde e educação: diagnóstico de saneamento através da pesquisa 
participante articulada à educação popular (Distrito São João dos Queiróz, Quixadá, Ceará, Brasil). Cad. 
Saúde Pública, Rio de Janeiro, 14(3):583-595, jul-set, 2000.
OMS. Declaração de Alma-Ata. Conferência Internacional sobre Cuidados Primários de Saúde, Alma-Ata, 
setembro de 1978. 
_____/OPAS; Renovação da Atenção Primária em Saúde nas Américas. Documento de 
Posicionamento da Organização Pan-Americana da Saúde/ OMS; Washington, Agosto de 2005.

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