Prévia do material em texto
Exercício Tipos de discursos Professora: Florisa Almeida Exercício de Língua Portuguesa 1-ESAN) "Impossível dar cabo daquela praga. Estirou os olhos pela campina, achou-se isolado.- Sozinho num mundo coberto de penas, de aves que iam comê-lo. Pensou na mulher e suspirou. Coitada de Sinhá Vitória, novamente nos descampados, transportando o baú de folha." O narrador desse texto mistura-se de tal forma à personagem que dá a impressão de que não há diferença entre eles. A personagem fala misturada à narração. Esse discurso é chamado: a) discurso indireto livre b) discurso direto c) discurso indireto d) discurso implícito e) discurso explícito Transposto para o discurso indireto, o trecho acima assume a seguinte redação: a) Flávio disse que teria a impressão de que isso não ocorrerá só com a tecnologia. b) Flávio afirmou que teve a impressão de que isso não ocorreria só com tecnologia. c) Tem-se a impressão, conforme afirma Flávio, de que isso não ocorrerá só com a tecnologia. d) Flávio disse que tinha a impressão que isso não ocorreu só com a tecnologia. e) Flávio afirmou que tinha a impressão de que isso não ocorria só com a tecnologia. 2-Sobre o discurso indireto é correto afirmar, EXCETO: a) No discurso indireto, o narrador utiliza suas próprias palavras para reproduzir a fala de um personagem. b) O narrador é o porta-voz das falas e dos pensamentos das personagens. c) Normalmente é escrito na terceira pessoa. As falas são iniciadas com o sujeito, mais o verbo de elocução seguido da fala da personagem. d) No discurso indireto as personagens são conhecidas através de seu próprio discurso, ou seja, através de suas próprias palavras. 3- Faça a associação entre os tipos de discurso e assinale a sequência correta. Reprodução fiel da fala da personagem, é demarcado pelo uso de travessão, aspas ou dois pontos. Nesse tipo de discurso, as falas vêm acompanhadas por um verbo de elocução, responsável por indicar a fala da personagem. Ocorre quando o narrador utiliza as próprias palavras para reproduzir a fala de um personagem. Tipo de discurso misto no qual são associadas as características de dois discursos para a produção de outro. Nele a fala da personagem é inserida de maneira discreta no discurso do narrador. ( ) discurso indireto ( ) discurso indireto livre ( ) discurso direto a) 3, 2 e 1. b) 2, 3 e 1. c) 1, 2 e 3. d) 3, 1 e 2. 4-Considere o texto abaixo para responder às questões. Renato Janine Ribeiro: A velocidade ficou maior do que as pessoas conseguem alcançar. Somos bombardeados diariamente sobre novidades na produção do hardware e do software dos computadores. O indivíduo tem um computador e, em pouco tempo, é lançado outro mais potente. Talvez em breve as pessoas se convençam de que não há necessidade de uma renovação tão frequente. A grande maioria das pessoas usam bem pouco dos recursos de seus computadores. Devemos sempre lembrar que as invenções existem para nos servir, e não o contrário. Quer dizer, a demanda é que as pessoas se adaptem às máquinas, e não que as máquinas se adaptem às pessoas. Flávio Gikovate: Tenho a impressão de que isso não ocorre só com a tecnologia. Tenho a sensação de que sempre chegamos tarde. As pessoas compram muitas coisas desnecessárias. Veja o caso das roupas: só porque a cintura da calça subiu ou desceu ligeiramente, elas trocam todas as que possuíam. Trata-se de um movimento em que as pessoas estão sempre devendo. (Adaptado de: GIKOVATE, Flávio & RIBEIRO, Renato Janine. Nossa sorte, nosso norte. Campinas: Papirus, 2012) 5- Vista cansada [...]Se eu morrer, morre comigo um certo modo de ver, disse o poeta. Um poeta é só isto: um certo modo de ver. [...]. Experimente ver pela primeira vez o que você vê todo dia, sem ver. Parece fácil, mas não é. O que nos cerca, o que nos é familiar, já não desperta curiosidade. O campo visual da nossa rotina é como um vazio. Você sai todo dia, por exemplo, pela mesma porta. Se alguém lhe perguntar o que é que você vê no seu caminho, você não sabe. De tanto ver, você não vê. Sei de um profissional que passou 32 anos a fio pelo mesmo hall do prédio do seu escritório. Lá estava sempre, pontualíssimo, o mesmo porteiro. Dava-lhe bom-dia e às vezes lhe passava um recado ou uma correspondência. Um dia o porteiro cometeu a descortesia de falecer. Como era ele? Sua cara? Sua voz? Como se vestia? Não fazia a mínima ideia. Em 32 anos, nunca o viu. Para ser notado, o porteiro teve que morrer. Se um dia no seu lugar estivesse uma girafa, cumprindo o rito, pode ser também que ninguém desse por sua ausência. O hábito suja os olhos e lhes baixa a voltagem. Mas há sempre o que ver. Gente, coisas, bichos. E vemos? Não, não vemos. Uma criança vê o que o adulto não vê. Tem olhos atentos e limpos para o espetáculo do mundo. O poeta é capaz de ver pela primeira vez o que, de fato, ninguém vê. Há pai que nunca viu o próprio filho. Marido que nunca viu a própria mulher, isso existe às pampas. Nossos olhos se gastam no dia a dia, opacos. É por aí que se instala no coração o monstro da indiferença. Adaptação do texto de Otto Lara Resende. “Folha de S. Paulo”, edição de 23/02/1992. A crônica lida classifica-se como a) reflexiva b) narrativa. c) descritiva. d) ensaística. e) humorística. 6- No trecho “Quando Roberto (Carlos) cantou que detalhes tão pequenos de nós dois são coisas muito grandes pra esquecer, ele não estava apenas fazendo a apologia a um romance...”, há um exemplo de discurso a) indireto livre b) midiático. c) indireto d) cifrado. e) direto. 7- imagine, em relação ao 4º parágrafo, um diálogo entre um cientista e um leigo, nos termos abaixo. “Disse o cientista ao leigo: ˗ Vocês, leigos, representam o atraso, o irracional, pois não evoluem, não abandonam esta cultura de misticismo, desprezando os avanços da ciência. O leigo respondeu: - Não é verdade. Nós, leigos, apenas procuramos manter os valores que nos foram passados por nossos ancestrais, mas não impedimos os avanços da ciência.” A fala do cientista em discurso indireto, a forma correta é: a) O cientista disse ao leigo vocês representam o atraso, o irracional, pois não evoluem, não abandonam a cultura do misticismo, desprezando os avanços da ciência. b) O leigo ouviu do cientista uma crítica ao fato de eles representarem o atraso, o irracional, pois não evoluem, não abandonam a cultura do misticismo, desprezando os avanços da ciência. c) O cientista que disse ao leigo que eles representavam o atraso, o irracional, pois não evoluíam, não abandonavam a cultura do misticismo, acusou-os de desprezar os avanços da ciência. d) O cientista disse-lhe vocês representam o atraso, o irracional, pois não evoluem, não abandonam a cultura do misticismo, desprezando os avanços da ciência. e) O cientista disse ao leigo que eles representavam o atraso, o irracional, pois não evoluíam, não abandonavam a cultura do misticismo, desprezando os avanços da ciência.