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História da Saúde no Brasil

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História da Saúde no Brasil
Brasil Colônia, Império e República Velha.
Brasil Colônia (1500 – 1822):
Durante o período Brasil Colônia, destacamos como características em relação às ações de saúde:
Doenças Castigo ou Provação Pajé
Curandeirismo: Físicos (médicos) e cirurgiões-barbeiros (sangrias e pequenas cirurgias). 
Padres Jesuítas: 
· Papel importante na Santa Casa de Misericórdia em Santos, em 1543. Foi a primeira. 
· Santa Casa de Misericórdia em Salvador, em 1549. 
Com a chegada da Família Real ao Brasil em 1808, houve uma mudança da capital de Salvador para o Rio de Janeiro. Houve um estimulo de Política médica, onde o grande objetivo era não atrapalhar o processo de comércio. Começaram a ter intervenções na condição de vida e de saúde da população. E vigiar/controlar o aparecimento de epidemias. 
*Teoria Miasmática: concebia as emanações de elementos do meio físico como seus agentes responsáveis e insalubres, porque ainda não se conhecia a existência dos microrganismos. Considerava-se que o ar era o principal causador de doenças, pois carregava gases pestilenciais oriundos de matéria orgânica em putrefação. 
Alvará de 22 de Janeiro de 1810: 
· Criação de um lazareto para a quarentena de viajantes e de escravos portadores de moléstias epidêmicas;
· A autoridade sanitária poderia conceber o visto de entrada das pessoas na cidade. 
Brasil Império (1822 – 1889):
Ações de combate a doenças transmissíveis. Era bacteriológica. Com o desenvolvimento da bacteriologia e da utilização de recursos que possibilitaram a descoberta dos microrganismos, foi identificado o agente etiológico da doença, concretizada na segunda metade do Século XIX e no inicio do Século XX. 
Teoria da Unicausalidade – Superação da Teoria Miasmática: o modelo unicausal de compreensão da doença baseava-se na existência de apenas uma causa (agente) para um agravo ou doença. Essa concepção causou sucesso na prevenção de diversas doenças infecciosas, mas apresentou uma visão única em relação ao combate às enfermidades em geral.
República Velha (1889 – 1930):
Avanço da bacteriologia. Medicina higienista (concentrada nos portos/navios). Planejamento das cidades. Doenças de destaque: cólera, peste bubônica, febre amarela, varíola, tuberculose, hanseníase e febre tifoide. 
Durante o período da República Velha, a medicina higienista passou a ter ênfase no Brasil e a determinar o planejamento urbano das grandes cidades. 
No momento em que os tripulantes estrangeiros receavam desembarcar nos portos brasileiros, com medo de contrair inúmeras doenças que se proliferavam aqui, o saneamento foi a solução encontrada para tentar melhorar a imagem do País no exterior.
Medidas Jurídicas Impositivas:
· Notificação de doença;
· Vacinação obrigatória;
· Vigilância sanitária. 
Nomeação de Oswaldo Cruz para Diretor do Departamento Federal de Saúde Pública:
· Em 1903, Oswaldo Cruz foi nomeado diretor geral de Saúde Pública, cargo que corresponde, atualmente, ao de Ministro da Saúde. Em 1904, enfrentou um de seus maiores desafios como sanitarista: devido a uma grande incidência de surtos de varíola, o médico tentou promover a vacinação da população. 
· A vacinação era feita pela brigada sanitária. Os profissionais entravam na casa das pessoas e vacinavam todos os que lá estivessem. Mas, essa forma de agir indignou a população. O fato ficou conhecido como Revolta da Vacina (1904)*.
Modelo Campanhista: as campanhas contra febre amarela, peste bubônica e varíola, assim como as medidas gerais destinadas á promoção de higiene urbana, caracterizavam-se pela utilização de medidas jurídicas impositivas de notificação de doenças, vacinação obrigatória e vigilância sanitária em geral. 
Era Vargas, Autoritarismo e Nova República:
Elementos das Ações de Saúde:
· Registro demográfico: conhecer a composição e os fatos vitais de importância da população; 
· Introdução do laboratório como auxiliar do diagnóstico etiológico;
· Fabricação organizada de produtos profiláticos para serem usados pela população. 
1920 – Carlos Chagas Reestruturação do Departamento Nacional de Saúde Propaganda/Educação Sanitária
Assistência médico-previdenciária:
· Órgãos especializados: tuberculose, hanseníase e doenças venéreas; 
· Expandiram-se as atividades de saneamento para outros estados;
· Em 1923 (Marco da Assistência Médico-Previdenciária), foi celebrado o convênio entre o Brasil e a Fundação Rockefeller e promulgada a Lei Eloy Chaves considerada o marco inicio da Previdência Social no Brasil e que criou as Caixas de Aposentadorias e Pensões (CAP).
Era Vargas (1930-1964):
· 1930: Criação do Ministério da Educação e Saúde (MESP). A saúde pública era de responsabilidade do MESP, ou melhor, tudo o que fosse relacionado à saúde da população e que não se encontrava na área da medicina previdenciária era desenvolvido no Ministério do Trabalho, Indústria e Comércio. Nesse sentido, o MESP prestava serviços para os identificados como pré-cidadãos: os pobres, os desempregados, os que exerciam atividades informais, ou seja, as pessoas que não eram seguradas da previdência social. 
· 1933: Instituto de Aposentadoria e Pensões (IAP), organização dos trabalhadores em categorias profissionais. 
· 1953: Criação do Ministério da Saúde. 
Autoritarismo (1964-1985):
· A saúde pública era de baixa qualidade e limitada;
· 1966: Fusão dos IAPs, o que resultou na criação do Instituto Nacional de Previdência Social (INPS);
· 1970: Movimento da Reforma Sanitária. O movimento pela Reforma Sanitária surgiu da indignação de setores da sociedade sobre o dramático quadro do setor da saúde. O movimento atingiu sua maturidade a partir do fim da década de 1970 e princípio dos anos 1980 e mantém-se mobilizado até o presente. Ele é formado de técnicos e intelectuais, partidos políticos, diferentes correntes e tendências e movimentos sociais diversos. Um dos marcos dessa luta foi a realização da 8° Conferência Nacional de Saúde, em 1986. 
· 1977: Criação do Instituto Nacional de Assistência Médica e Previdência Social (INAMPS). A persistência da crise promoveu um movimento burocrático administrativo que tentou reordenar o sistema, dividindo as atribuições da Previdência em órgãos especializados. Assim, criou-se o Sistema Nacional da Previdência (SINPAS), que congregou o Instituto de Administração da Previdência e Assistência Social (IAPAS), o INPS e o Instituto Nacional de Assistência Médica da Previdência Social (INAMPS). A assistência médica previdenciária era restrita aos trabalhadores que exerciam atividade remunerada e aos seus dependentes e a atenção à saúde centrada na doença e em procedimentos. 
· 1978: Conferência de Alma-Ata (OMS e UNICEF), em que germinou o debate entre vários países sobre a importância da atenção primária à saúde e que impulsionou o debate de um novo modelo de saúde no Brasil.
· 1981: Instituição do Plano CONASP (Conselho Consultivo de Administração da Saúde Previdenciária). O plano se dividia em três grandes grupos de programas, um deles eram as Ações Integradas de Saúde (AIS). O CONASP, criado pelo Decreto n° 86.329 da Presidência da República, como órgão do Ministério da Previdência e Assistência Social, deveria operar como organizador e racionalizador da assistência médica e procurou instituir medidas moralizadoras na área da saúde.
· 1983: Criação das AIS. Essa foi uma das primeiras experiências com um sistema de saúde mais integrado e articulado. 
· 1986: Conferência Nacional de Saúde. Pela primeira vez, na história do país, essa Conferência permitiu a participação da sociedade civil organizada no processo de construção de um novo ideário para a saúde. Foi norteada pelo principio da “saúde como direito de todos e dever do Estado”. Suas principais deliberações foram à base para a institucionalização dos SUS pela Constituição Federal de 1988. 
· 1987: Criação do Sistema Unificado e Descentralizado de Saúde (SUDS). Enquanto se aprofundavam as discussões sobre o financiamento e a operacionalização para a constituição do Sistema Único de Saúde (SUS), em julho de 1987, criou-se o SUDS,cujos princípios básicos eram também: a universalização, a equidade, a descentralização, a regionalização, a hierarquização e a participação comunitária. 
· 1988: Institucionalização do SUS para Constituição Federal de 1988, com disposições sobre a Seguridade Social dos art. 194 e 195 e, em relação à saúde, nos arts. 196 a 200. 
· 1990: Regulamentação do SUS pelas Leis Orgânicas da Saúde. Lei n° 8.080/1990, que dispõe sobre as condições para a promoção, a proteção e a recuperação da saúde, a organização e o funcionamento dos serviços correspondentes e dá outras providências; e a Lei n°8.142, que dispõe sobre as transferências intergovernamentais de recursos financeiros na área da saúde e dá outras providências. 
Evolução da Medicina Previdenciária no Brasil
Evolução da Medicina Previdenciária no Brasil:
· CAP (1923-1933) criada pela Lei Eloy Chaves (marco inicial);
· IAP (1933 – 1966) formato através dos institutos por categorias; 
· INPS (1966 – 1977) criação/unificação dos IAPS, eram trabalhadores formais; 
· INAMPS (1977 – 1993);
· SUS (1988 – Atualidade) modelo universal; 
Medicina Previdenciária (assistência médica restrita aos trabalhadores que exerciam atividade remunerada e aos seus dependentes) 
· CAPs (1923): trabalhadores de determinadas empresas. Financiadas pelos empregados e pelos empregadores (bipartite); 
· IAPs (1933): trabalhadores de determinadas categorias profissionais. Financiados pelos empregados, pelos empregadores e pelo governo;
· INPS (1966): unificação dos IAPs, com a reunião de todos os trabalhadores. 
· INAMPS (1977): financiada pelos empregados, pelos empregadores e pelo governo. 
ATENÇÃO: As CAPs eram organizadas por empresas, e os IAPs, por categorias profissionais. 
CAPs: cada empresa tinha o próprio sistema de previdência social e assistência médica, portanto, não sofriam interferência externa, tampouco de outras empresas (1923 – 1933). Por exemplo, o banco Gama tinha sua CAP, assim como o banco Beta tinha a sua, e uma não sofria interferência da outra.
IAPs: cada categoria profissional (ex: reunião de todos os bancários em um único instituto) tinha seu sistema próprio de previdência social e assistência médica, logo, seus componentes não sofriam interferência externa de outras categorias (1933-1966). Por exemplo, os bancos Gama, Beta e demais tinham um instituto próprio – o Instituto de Aposentadoria e Pensão dos Bancários (IAPB), o qual não sofria interferência dos demais, como, por exemplo, o Instituto de Aposentadoria dos Portuários e Marítimos (IAPM). 
Em síntese, as CAPs eram custeadas pelos empregados, pelas empresas e pelos consumidores. Na realidade, o financiamento das CAPS era bipartite – realizado pelos trabalhadores e pelos empregadores – e o financiamento dos IAPs, tripartite, realizado pelos empregadores, pelos trabalhadores e pelo Governo. No entanto, podemos considerar que os consumidores custeavam as CAPs quando compravam mercadorias ou adquiriam serviços. 
INPS: Todas as categorias profissionais (marítimos, comerciários, bancários, servidores públicos, entre outros) passaram a ter apenas um sistema previdenciário – o Instituto Nacional de Previdência Social (INPS) – que unificou todos os IAPs. Esse instituto era gerido pelo governo e responsável pela assistência médica e pela previdência social de seus integrantes (trabalhadores formais e respectivos dependentes). O INPS durou pouco tempo (1966 – 1977). 
INAMPS: O INPS administrava tanto os serviços de assistência médica quanto os de previdência social. Imagine como era a “bagunça” desse instituto. 
Em 1977, por meio da Lei n°6439/77, que instituiu o Sistema Nacional de Previdência e Assistência Social (SINPAS), o governo desdobrou o INPS em Instituto de Administração da Previdência Social (IAPAS), Instituto Nacional de Previdência Social (INPS) e Instituto Nacional de Assistência Médica da Previdência Social (INAMPS). O INAMPS passou a ser a autarquia responsável pela assistência à saúde dos trabalhadores e seus dependentes inscritos no sistema de previdência social. 
A Seguridade social é composta por: previdência, assistência social e assistência à saúde. 
Em resumo, a partir de 1977, a Previdência e a Saúde reuniram-se, com a criação do Sistema Nacional de Previdência e Assistência Social (SINPAS), controlado pelo Ministério da Previdência e Assistência Social (MPAS). Faziam parte desse sistema, entre outros, os institutos responsáveis pela assistência médica (INAMPS) e pela Previdência Social (INPS e IAPAS). Nessa época, só os contribuintes e respectivos dependentes do INPS tinham direito aos serviços do INAMPS.
Principais características da História da Saúde Pública Brasileira
República Velha (1889 – 1930):
· A assistência à saúde pública e à privada era de baixa qualidade e resolutividade;
· Campanhas de prevenção e de combate a algumas doenças transmissíveis e endemias rurais;
· Assistência à saúde oferecida pelas Santas Casas de Misericórdia para a população carente; 
· Criação das Caixas de Aposentadorias e Pensões (CAPs), em 1923, que deram início à assistência médica previdenciária, restrita a trabalhadores de determinadas empresas. 
Era Vargas (1930 – 1964): 
· Saúde pública a cargo do Ministério da Saúde e Educação (MESP) e, posteriormente, do Ministério da Saúde (MS - 1953), de baixa qualidade e limitada;
· Assistência médica prestada por meios dos IAPs somente aos trabalhadores de determinadas categorias profissionais que exerciam atividade remunerada;
· Os IAPs substituíram as CAPs a partir de 1933. 
Autoritarismo (1964 – 1985):
· Saúde pública a cargo do Ministério da Saúde, de baixa qualidade e limitada;
· Unificação dos IAPs, que originou o INPS em 1966; 
· Criação do INAMPS, em 1977, que desmembrou as ações de assistência médica do INPS;
· As políticas de saúde privilegiavam o setor privado;
· Assistência Médica previdenciária (INPS e INAMPS) restrita aos trabalhadores que exerciam atividade remunerada e respectiva dependentes, estendida no final do período da Ditadura Militar aos trabalhadores rurais. 
· Assistência médica previdenciária centrada na doença e em procedimentos, de baixa qualidade e alto custo, que culminou a falência do INAMPS*;
· Início do movimento da Reforma Sanitária na década de 1970;
· Criação do plano CONASP (Conselho Consultivo de Administração da Saúde Previdenciária), em 1981, e das Ações Integradas de Saúde (AIS), em 1983. 
Nova República (1985 – 1988): 
· Fortalecimento do Movimento da Reforma Sanitária;
· 8° Conferência Nacional de Saúde, em 1986;
· Início do processo de descentralização das ações de saúde para estados e municípios; 
· Criação do Sistema Único Descentralizado de Saúde (SUDS), em 1987, e do SUS, em 1988.
Pós-Constituinte: 
· Adoção dos princípios e das diretrizes do SUS;
· Universalização da Saúde: “Saúde, direito de todos e dever do Estado”;
· Enfrentamento de muitos problemas para a implantação do SUS;
· Extinção do INAMPS por meio da Lei n° 8.689/1993; 
· Enfrentamento de grupos corporativistas e empresariais que são contrários ao SUS, por questões econômicas e financeiras temerosas;
· Entraves na consolidação do SUS, em decorrência da gestão ineficaz e fragmentada, da corrupção, do subfunaciamento e da hegemonia do modelo centrado na doença e no hospital (biomédico).
QUESTÕES:
1 – Em relação à evolução histórica da saúde no Brasil, julguem o item a seguir: 
Antes da implantação do SUS, as ações predominantes do Ministério da Saúde eram de promoção da saúde e prevenção de doenças voltadas para campanhas de vacinação e controle de endemias:
a) CERTO;
b) ERRADO.
2 - Em meio a uma profunda crise econômica e política do Estado brasileiro, surgiu, no final da década de 1970 e início dos anos 1980, o Movimento pela Reforma Sanitária Brasileira, que defendia um sistema de saúde universal, em contraposição ao modelo médico assistencial privatista, então vigente, que se apresentava cada vez mais ineficiente, caro e excludente. O Movimento pela Reforma Sanitária Brasileira:
a) Propôs estratégias como as Ações Integradas em Saúde parao alcance de um sistema de saúde mais integrado, que foram implantadas depois da Constituição de 1988;
b) Teve a participação de profissionais de saúde, de intelectuais da saúde coletiva e de lideranças políticas, mas sem a colaboração de parlamentares;
c) Teve seu ponto alto na VIII Conferência Nacional de Saúde, realizada em 1986, a qual produziu um relatório que pouco influenciou o Sistema Único de Saúde;
d) Gerou mudanças no sistema de saúde, alcançou mudanças institucionais importantes e apontou alternativas centradas na Atenção Primária em Saúde.
3 - Assinale a alternativa correta acerca da evolução histórica da organização do sistema de saúde no Brasil e a construção do Sistema Único de Saúde (SUS):
a) Antes da implementação do Sistema Único de Saúde (SUS) pela Constituição Federal de 1988, existia a chamada assistência médico-hospitalar, prestada pelos Estados e Municípios, a qual também se pautava pelo princípio da universalidade;
b) O Instituto Nacional de Assistência Médica da Previdência Social (INAMPS) prestava serviço a toda população, em caráter universal, com recursos provenientes do recolhimento de taxas sociais;
c) Em meados da década de 80, começaram a ser implementadas as Ações Integradas de Saúde, cujas principais diretrizes eram a universalização, a acessibilidade, a descentralização, a integralidade e a participação comunitária;
d) A Instituição do Sistema Unificado e Descentralizado de Saúde - SUDS - se deu por meio de celebração de convênio entre o Instituto Nacional de Assistência Médica da Previdência Social (INAMPS) e o governo federal
4 - Em relação à evolução histórica da organização do sistema de saúde no Brasil e à construção do Sistema Único de Saúde, assinale a alternativa correta:
a) As primeiras preocupações do Estado brasileiro com ações relacionadas à saúde da população, de economia eminentemente industrial, eram com atividades dirigidas ao saneamento dos portos;
b) O INPS era organizado por empresas e administrado e financiado por empresários e trabalhadores;
c) A Lei Eloy Chaves provocou a centralização crescente da autoridade decisória, marcada pela criação do Instituto Nacional de Previdência Social (INPS);
d) O modelo de prestação de serviços de assistência médica esteve condicionado ao amadurecimento do sistema previdenciário brasileiro, com a criação das Caixas de Aposentadorias e Pensões;
e) A criação dos Institutos de Aposentadorias e Pensões (IAPs) marcou as preocupações do Estado brasileiro com a saúde pública, e essa fase corresponde ao auge do sanitarismo campanhista;
5 - No Brasil, antes do estabelecimento do SUS, a assistência médica estatal surgiu vinculada à Previdência Social. Com base na história das políticas de saúde no Brasil, assinale a alternativa correta:
a) O financiamento vinculado à Previdência Social permanece até hoje;
b) Os Institutos de Aposentadorias e Pensões seguem o modelo de seguridade social inglês;
c) A assistência médica estatal vinculada à Previdência Social no Brasil garantiu acesso a todos os brasileiros;
d) As primeiras formas de assistência médica estatal foram as Caixas de Aposentadorias e Pensões (CAPs);
e) A assistência médica estatal vinculada à Previdência Social no Brasil foi responsável por uma assistência tanto individual quanto coletiva.
6 - Durante a ditadura civil-militar ocorrida no Brasil, foi criado o Instituto Nacional de Previdência Social (INPS), como forma de configurar um sistema de atenção estatal à saúde caracterizado pela preponderância da lógica e do modelo previdenciário sobre o Ministério da Saúde, construído a partir da concentração de recursos na esfera da Previdência Social. Com base na história das políticas de saúde no Brasil, assinale a alternativa correta:
a) Com a criação do INPS, os Institutos de Aposentadorias e Pensões (IAPs) passaram a desfrutar de independência política e executiva;
b) O INPS permitiu que cidadãos que não contribuíam para a Previdência Social obtivessem atenção à saúde de forma igual àqueles que contribuíam;
c) A partir da criação do INPS, passou a ser prioridade a contratação de serviços de terceiros e não a prestação de assistência médica por uma rede de serviços próprios;
d) A cobertura destinada aos trabalhadores rurais existente nos Institutos de Aposentadorias e Pensões (IAPs) deixou de existir com a criação do INPS;
e) A forma de financiamento do INPS era voluntária, com o cidadão escolhendo participar ou não.
7 - A Carta de Ottawa é o documento, que representa o marco conceitual da Promoção da Saúde. Nesse documento, apresenta-se o conceito amplo de saúde bem como de promoção à saúde. Considerando os seus conhecimentos acerca da Promoção à Saúde e o documento anteriormente citado, é CORRETO afirmar que:
a) A saúde é o distanciamento de qualquer agravo e, assim, a ausência de doença;
b) A mudança de estilo de vida é primordial para a promoção da saúde, entretanto ações ambientais ou políticas não interferem na promoção da saúde;
c) Possui como base a visão positivista do processo, em que a saúde e a manutenção desta têm como principal agente o profissional de saúde;
d) O individualismo e o adoecimento são os eixos norteadores da promoção, sendo a ausência de doença o objetivo a ser alcançado na vida;
e) A autonomia dos indivíduos e coletividade no processo de identificar determinantes bem como controlá-los potencializa a saúde.
8 - Acerca da história das políticas de saúde brasileira, julgue o item a seguir:
A política de saúde da década de 90 passadas estava ligada à tensão entre o projeto de concretização da reforma sanitária e o de saúde articulado ao mercado ou privatista.
a) CERTO;
b) ERRADO.
9 - Acerca da história das políticas de saúde brasileira, julgue o item a seguir:
A política de saúde na última década de 80 envolvia elementos fundamentais, tais como a politização da questão da saúde, a alteração da norma constitucional e a mudança do arcabouço e das práticas institucionais.
a) CERTO;
b) ERRADO.
10 - Acerca da história das políticas de saúde brasileira, julgue o item a seguir:
A medicina previdenciária surgiu na década de 40 do século passado com a criação dos institutos de aposentadorias e pensões (IAPs), com vistas a estender benefícios para um número maior de categorias de assalariados urbanos. Nesses institutos, os trabalhadores eram organizados/inseridos por empresa.
a) CERTO;
b) ERRADO.
11 - As Conferências de Saúde tiveram origem em 1937 por meio da Lei nº 378/1937 a qual estabeleceu nova organização do Ministério da Educação e Saúde. Elas foram criadas com o propósito de propiciar a articulação do governo federal com os governos estaduais e todas, com maior ou menor intensidade, interferiram nas políticas de saúde. Nesse sentido, das alternativas a seguir, assinale aquela que é considerada um marco de transformação, sendo fundamental para o processo da reforma do sistema de saúde brasileiro e que teve a primeira participação dos usuários do sistema de saúde.
a) 7ª Conferência Nacional de Saúde;
b) 8ª Conferência Nacional de Saúde;
c) 9ª Conferência Nacional de Saúde;
d) 10ª Conferência Nacional de Saúde.
12 - “Complementarmente à criação do Sistema Único de Saúde (SUS), surgiram as __________________, expedidas na década de 1990 e na 1ª década do século XXI, a fim de regular o processo de descentralização e municipalização das ações de saúde.” Assinale a alternativa que completa corretamente a afirmativa anterior:
a) Diretrizes do SUS;
b) Leis constitucionais;
c) Políticas doutrinárias;
d) Normas operacionais.
13 - No início do século XX, o sanitarismo campanhista visava, principalmente:
a) Sanear os espaços de circulação das mercadorias exportáveis;
b) Organizar os serviços públicos e descentralizar as ações de saúde coletiva;
c) Implantar redes temáticas de atenção em saúde;
d) Intensificar ações voltadas para a saúde do trabalhador;
e) Monitorar a qualidade de bens de consumo de interesse à saúde.
14 - Em 1923, a Lei Eloy Chaves cria as Caixas de Aposentadorias e Pensões (CAP), que conferem estatuto legal a iniciativas de organizaçãodos trabalhadores por fábricas já existentes, visando garantir pensão em caso de algum acidente ou de afastamento do trabalho por doença, e uma futura aposentadoria:
a) CERTO;
b) ERRADO.
15 - Os principais esteios da reforma sanitária brasileira foram:
a) As portarias e outros dispositivos legais publicados pelo Ministério da Saúde nas décadas de 1970 e 1980;
b) Os movimentos médicos e da academia, alguns projetos institucionais, a produção de entidades da sociedade civil e os espaços institucionais do Estado permeáveis ao pensamento da saúde coletiva;
c) A produção científica das universidades, os gestores da saúde nas esferas federal, estaduais e municipais, que advogavam pela independência de cada uma das esferas de governo;
d) A forte influência dos países socialistas sobre a população brasileira, em particular a Rússia, Cuba e a Hungria;
e) Os índices alarmantes de doenças infectocontagiosas e crônico-degenerativas, concomitantemente à incapacidade do sistema de saúde de dar respostas adequadas.

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