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Toda energia necessária para as funções fisiológicas vem da alimentação - Oxidação de biomoléculas que são ricas em energia: Proteínas, Carboidratos, lipídios – permitem que aconteça a entrega de energia quando são hidrolisadas/ quebradas/ oxidadas - Para que essa energia possa ser aproveitada a energia química precisa ser transformada em ATP ATP- moeda energética - É um nucleotídeo que consiste em uma molécula de adenosina, uma ribose e 3 grupos fosfato Hidrólise – só quando ocorre essa hidrólise/quebra nas ligações de fosfato há a entrega de energia pelo ATP Com a quebra de um fosfato do ATP, há a formação do ADP – liberação de um fosfato inorgânico – nesse momento há a liberação de energia - O ATP não é armazenado – é utilizado a partir de uma hidrólise feita naquele momento. Vias metabólicas Aeróbias/oxidativa – responsáveis por produzir uma maior quantidade de síntese de ATP – 32 - Precisa de O2 para ocorrer - Permite a produção dessa quantidade de ATP’s pois utiliza substratos energéticos provenientes da nossa alimentação - Transforma os elétrons armazenados durante o ciclo de Krebs em ATP por meio da ATP sintase Anaeróbia – produz pouquíssimos ATP’s – 2 Glicólise – meio pelo qual a glicose pode ser inicialmente oxidada - Glicose – principal substrato para reações energéticas - Destino aeróbio e anaeróbio - Glicólise – via oxidação inicial da glicose - Citosol – participa do início de oxidação da glicose - Glicólise – 10 reações - Produz 2 moléculas de piruvato e poucos ATP’s (2) – saldo final - Captação celular: GLUT e SGLT – é por meio desses transportadores que entra na célula Glicose é convertida em glicose-6-fosfato - A enzima que catalisa essa reação é a Hexoquinase = faz com que o grupo fosfato seja adicionado ao carbono 6 - O ATP que permitiu essa conversão é convertido em ADP Organização celular, produção e utilização de energia - Gasto de ATP Fosforilação (adição de um grupo fosfato) Importância funcional: aprisionamento da glicose - quando a glicose se liga ao fosfato se tornando glicole-6-fosfato, ela não consegue sair do meio intracelular – impede que as reações acabem Glicose-6-fosfato é convertida em frutose-6-fosfato Isso ocorre por um rearranjo de carbonos – isomerização - Intuito de deixar a molécula mais simétrica - Fechamento do ciclo pentagonal - Importância funcional: simetria preparatória para posterior hidrólise Frutose-6-fosfato é convertida em frutose 1,6-bifosfato - Segundo gasto de ATP - Objetivo dessa reação: molécula simétrica pronta para ocorrer quebra – cada uma fica com o mesmo número de carbonos Fosforilação Importância funcional: Simetria molecular para hidrólise - A enzima que catalisa essa reação é a fosfofrutoquinase Frutose 1,6-bifosfato é convertido em Gliceraldeído-3- fosfato (GAP) e Di-hidroxiacetona fosfato (DHPA) - Quebra da molécula - Hidrólise da glicose Importância funcional: clivagem em duas (2) moléculas de 3 carbonos - A enzima que catalisa essa reação é a Aldolase Di-hidroxiacetona fosfato é convertida em Gliceraldeído-3- fosfato Somente o GAP entra na rota da glicólise - Aproveitamento dos 6 carbonos da glicose 2 moléculas de GAP (gliceraldeído) - Mudança no posicionamento molecular Importância funcional: reações em dobro - A enzima que catalisa essa reação é a Triose fosfato isomerase - Um grupo fosfato é adicionado ao gliceraldeído-3-fosfato – há a transferência de elétrons do gliceraldeído-3-fosfato para o NAD+ - formação de NADH e íons hidrogênios livre. NADH - carreador de elétrons (coenzima) - Não existe uma enzima que realize o processamento da Di- hidroxiacetona, mas existe uma enzima que processa o gliceraldeído-3-fosfato – por isso que deve continuar a reação somente com o gliceraldeído-3-fosfato - Enzima que catalisa: gliceraldeído-3-fosfato desidrogenase - 2 moléculas de gliceraldeído - NAD está sendo reduzido - O gliceraldeído 3- fosfato é convertido em 1,3- bifosfoglicerato Na via aeróbia após a glicólise vai para o Ciclo do Krebs e fosforilação oxidativa Na via anaeróbia após a glicólise vai para a fermentação homolática (há a produção do lactato) 1,3-Bifosfoglicerato (altamente energética) é convertido para 3-fosfogicerato - Ocorre a transferência de fosfato do carbono 1 para a molécula de 1,3-bifosfoglicerato e por isso forma o 3 fosfoglicerato - Ao mesmo tempo há a formação do ATP pois a reação como um todo entregou energia para outra molécula e fez Oxidado – perde elétrons Reduzido – ganhar elétrons com que a produção química levasse a um grande conteúdo energético que permitiu a produção desse ATP - A enzima que catalisa essa reação é a fosfoglicerato quimase - Produção de ATP Alto potencial doador de fosfato de ADP para ATP Importância funcional: balanço energético: reação de pagamento de ATP’s. Saldo ATP=0 3-Fosfoglicerato é convertido em 2-fosfoglicerato - Transferência do grupo fosfato Rearranjo de P Importância funcional: preparar o substrato para a reação seguinte - A enzima que catalisa essa reação é a fosfoglicerato mutase Mutases- permitem a mudança de posicionamento de grupos funcionais dentro de uma mesma molécula 2 fosfoglicerato é convertido para fosfoenolpiruvato (PEP) - Desidratação - Importância funcional: alto potencial doador fosforila Fosfoenolpiruvato é convertido em piruvato - PEP transfere fósforo ao ADP: fosforilação ao nível do substrato - Importância funciona: produção de piruvato e ATP (saldo energético) - 2 ATP’s Produz 4 (após 5ª reação tudo acontece em dobro) - 7ª reação: 1,3-bifosfoglicerato em 3- fosfoglicerato - 10ª reação: fosfoenolpiruvato a piruvato Consome 2 - 1ª reação: glicose a glicose-6-fosfato - 3ª reação: frutose-6-fosfato a frutose-1,6- bifosfato - 1 NADH - 6ª reação: Gliceraldeído-3-fosfato a 1,3- bifosfoglicerato - 1 Piruvato - 10ª reação: fosfoenolpiruvato a piruvato Piruvato é formado na última reação da glicólise e representa um elemento chave para o nosso metabolismo – é a partir do piruvato que a nossa célula se direciona para o metabolismo aeróbio ou anaeróbio Se tem O2 o piruvato é convertido em acetil-CoA e participa do ciclo de Krebs Se não tem O2, o piruvato é convertido em lactato e há a produção de pouquíssimos ATP’s - Ciclo de Krebs/ Ciclo do ácido cítrico/ Ciclo dos ácidos tricarboxílicos - Passo central do metabolismo - Destino do piruvato (glicose), aminoácidos e ácidos graxos no metabolismo aeróbico - Energia liberada é conservada nos transportadores de elétrons reduzidos a NADH e FADH2 - Carreadores energéticos doam elétrons para complexos da cadeia respiratória – produção de ATP - 95% de energia que uma célula humana precisa - Oxidação completa da glicose - Oxidação dos combustíveis à O2 Importância funcional: produz uma quantidade muito grande de carreadores de energia O ciclo de Krebs acontece dentro da mitocôndria na Matriz mitocondrial O piruvato tem que entrar dentro da mitocôndria - Piruvato possui carga negativa – impede a passagem direta pela membrana - Membrana externa – difusão simples - Membrana interna – Carreador de piruvato mitocondrial – piruvato translocase (tira o piruvato da membrana externa e passa para a matriz mitocondrial) Depois que o piruvato entrou na mitocôndria por meio de facilitadores de transporte, ele precisa passar por um processo de conversão Piruvato precisa ser convertido em acetil-CoA – é convertido antes de sua entrada no Ciclo de Krebs Essa reação ocorre em etapas sequenciais mediadas pelo complexo piruvato desidrogenase – constituído por 3 grandes famílias de enzimas que catalisam as reações e permitem que o piruvato se transforme em Acetil CoA O piruvato reage com a Coenzima A para formar Acetil CoA – formaNADH e CO2 Conversão de NAD+ em NADH - Libera CO2 (descarboxilação oxidativa) – catalisada pela enzima piruvato desidrogenase Ciclo de Krebs – possui 8 reações e o oxaloacetato é regenerado ao final de cada giro do ciclo - Formação de citrato - Condensação de oxaloacetato (4C) com acetil-CoA (2C) - A enzima que catalisa essa reação é a Citrato sintase Importância funcional: formar moléculas com 6 carbonos Conversão de piruvato em acetil-CoA Complexo de piruvato desidrogenase: - Piruvato desidrogenase: libera CO2 - Di-hidrolipoil transacetilase: ligação à coenzima A - Di-hidrolipoil desidrogenase: utiliza elétrons para gerar NADH - Citrato a Isocitrato - Isomerização para mudar posição - Importância funcional: posterior retirada de CO2 da molécula de isocitrato - Rearranjo de átomos para tornar a descarboxilação oxidativa - Oxidação isocitrato a α-cetoglutarato - Descarboxilação oxidativa - Importância funcional: produção de NADH NAD+ é reduzido e transformado em NADH e liberação de CO2 - Enzima que catalisa essa reação é Isocitrato desidrogenase - Oxidação α- cetoglutarato a succinil-CoA - Descarboxilação oxidativa - Entrada de CoA - Importância funcional: produção de NADH - A saída de CO2 traz uma energia tão grande que possibilita a entrada da CoA - Conversão succinil CoA a Succinato - Oxidação em nível substrato - Quebra da ligação trioéster – saída de CoA - Importância funcional: formação de ATP - Enzima catalisadora: Succinil CoA sintase - CoA vai ser quebrada e a energia liberada transforma o ADP em ATP - Oxidação succinato a fumarato - Conversão de FAD em FADH2 – a quantidade energética é menos que NADH consegue conduzir - Dois H+ são removidos do succinato - Importância funcional: formação de FADH2 - Enzima que catalisa a reação: succinato desidrogenase - Hidratação fumarato a malato - Reação de hidratação - Importância funcional: rearranjo molecular, via hidratação, fundamental para formar composto altamente energético na próxima reação - Enzima Fumarase - Oxidação malato a oxaloacetato (ciclo pode ser repetido com uma nova molécula de Acetil-CoA) - Dois H+ são removidos - Importância funcional: produção de NADH - Enzima Malato desidrogenase - Meio fica acidificado (fisiológica) Ciclo de Krebs - Fechamento do piruvato até o final do ciclo: - 4 NADH - Piruvato em acetil-CoA - 3ª reação: oxidação de isocitrato a α- cetoglutarato - 4ª reação: oxidação de α- cetoglutarato a succinil-CoA Qual a importância de formar NADH? - Potencial energético alto - Formação de ATP’s na cadeia respiratória -8ª reação: oxidação do malato a oxaloacetato - 1 FADH2 - 6ª reação: oxidação de succinato a fumarato - 1ATP - 5ª reação: conversão de succinil-CoA em succinato - Representa o fim das rotas metabólicas de produção de energia em organismos aeróbios. - Oxidação de NADH e FADH2 – síntese de ATP - Ocorre na membrana interna da mitocôndria – cristas mitocondriais - Membrana mitocondrial externa: Permeável a pequenas moléculas - Membrana mitocondrial interna: - Impermeável ao trânsito de substâncias e elétrons - Translocadores de elétrons – lançadeiras – levam elétrons para o interior das mitocôndrias e regeneram NAD+ - Lançadeira malato- aspartato: fígado, rim e coração - Lançadeira glicerol-fosfato: músculo esquelético e encéfalo Os carreadores de elétron NADH e FADH2 vão ingressar nessa cadeia e entregarão a energia que estão carreando e isso sinaliza pra síntese de ATP A membrana mitocondrial interna é muito seletiva – precisa de translocadores (lançadeiras) que permitam essa chegada de NADH e FADH2. A transferência de elétrons do NADH ou do FADH2 para o oxigênio ocorre por meio de intermédios - NADH ou FADH2 passam pela cadeia de transporte de elétrons chegando ao oxigênio molecular – o aceptor final de elétrons - Elétrons transferidos diretamente para O2 – ineficiência para produzir ATP - Cada etapa na transferência de elétrons libera uma quantidade de energia – permite que a oxidação do NADH e do FADH2 impulsione a síntese de ATP Componentes da Cadeia de transporte de elétrons - Constituída de quatro grandes estruturas: complexos 1 a 4 Complexo 1: NADH desidrogenase Complexo 2: succinato desidrogenase Complexo 3: ubiquinona – citocromo e oxidorredutase Complexo 4: citocromo e oxidase O par de elétrons é liberado para metade de uma molécula de O2 gerando íons oxigênio (o-) que atraem, portanto, o H+ e formam água. Cadeia respiratória e fosforilação oxidativa Síntese de ATP – teoria quimiosmótica - Bombeamento de prótons da matriz para o espaço intermembrana Força próton motora: diferença de h+ entre os lados da membrana Prótons – bombeados para retornar a mitocôndria ATP sintase A passagem de prótons libera energia **ATP 4 prótons para a formação de 1 ATP - NADH – 10 prótons para espaço intermembrana – 2,5 ATP’s FADH2 – 6 prótons para espaço intermembrana – 1,5 ATP’s - O retorno dos prótons ao interior da mitocôndria é um processo espontâneo a favor do gradiente eletroquímico, que libera energia capaz de levar à síntese de ATP Subunidades se movem quando os prótons H+ passam do espaço intermembrana para a matriz mitocondrial ATP sintase ADP + Pi = ATP - 3H+ - atividade da ATPsintase - 11H+ - transporte de Pi para ATPsintase - 4H+ para liberar ATP
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