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SEMIOLOGIA-ESTETICA-NOVA

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2 
 
SUMÁRIO 
1 INTRODUÇÃO ................................................................................... 4 
2 INTRODUÇÃO A SEMIOLOGIA ESTÉTICA. ..................................... 5 
3 TECIDO TEGUMENTAR ................................................................... 6 
3.1 Embriologia da pele ..................................................................... 8 
3.2 Funções da pele .......................................................................... 9 
3.3 Camadas da pele ...................................................................... 12 
3.4 Hipoderme ................................................................................. 16 
3.5 Anexos Cutâneos ...................................................................... 17 
3.6 Estruturas dos anexos cutâneos: Glândulas sudoríparas 
écrinas........ .................................................................................................. 17 
3.7 Aparelho pilossebáceo .............................................................. 19 
3.8 Ciclo do pelo .............................................................................. 20 
3.9 Unhas ........................................................................................ 21 
3.10 Inervação ............................................................................... 22 
4 VASCULARIZAÇÃO LINFÁTICA ..................................................... 23 
5 MÚSCULOS DA PELE..................................................................... 24 
6 SEMIOLOGIA CUTÂNEA ................................................................ 25 
6.1 Anamnese ................................................................................. 26 
6.2 Entrevista .................................................................................. 27 
6.3 Avaliação cardiovascular e pulmonar. ....................................... 27 
6.4 Classificação do risco de doença com base no IMC e na 
Circunferência da Cintura ............................................................................. 28 
6.5 Exame físico .............................................................................. 28 
6.6 Adipômetro ................................................................................ 29 
7 AVALIAÇÃO ESTÉTICA .................................................................. 34 
7.1 Avaliação facial ......................................................................... 34 
 
3 
 
7.2 Avaliação corporal ..................................................................... 35 
7.3 Quando não calcular o IMC ....................................................... 37 
7.4 Razões que justificam uma Avaliação de Composição 
Corporal...... .................................................................................................. 38 
7.5 Distribuição do tecido adiposo ................................................... 38 
8 PROTOCOLOS PARA TESTES DE AVALIAÇÃO 
ANTROPOMÉTRICA ....................................................................................... 39 
8.1 Somatório de dobras cutâneas .................................................. 40 
8.2 Bioimpedância elétrica (BIA) ..................................................... 41 
9 TABELAS DE REFERÊNCIAS ........................................................ 42 
10 FOTOENVELHECIMENTO .......................................................... 44 
10.1 Graus de fotoenvelhecimento ................................................ 45 
10.2 Classificação de Glogau ........................................................ 45 
11 AVALIAÇÃO FINAL DO PACIENTE ............................................. 46 
12 ASSEPSIA, DESINFECÇÃO E ESTERILIZAÇÃO........................ 47 
13 PROCEDIMENTOS MINIMAMENTE INVASIVOS NÃO 
CIRÚRGICOS .................................................................................................. 50 
14 CÓDIGO DE ÉTICA DA PROFISSÃO DE BIOMÉDICO .............. 51 
14.1 Algumas considerações em relação a Biomedicina Estética . 53 
14.2 Algumas considerações em relação a Divulgação e Propaganda 
da Atividade Biomédica ................................................................................ 54 
15 CONCLUSÃO ............................................................................... 55 
16 BIBLIOGRAFIA ............................................................................. 56 
17 BIBLIOGRAFIAS SUGERIDAS .................................................... 60 
 
 
 
 
 
 
4 
 
1 INTRODUÇÃO 
Prezado aluno! 
 
 
O Grupo Educacional FAVENI, esclarece que o material virtual é 
semelhante ao da sala de aula presencial. Em uma sala de aula, é raro – quase 
improvável - um aluno se levantar, interromper a exposição, dirigir-se ao 
professor e fazer uma pergunta, para que seja esclarecida uma dúvida sobre o 
tema tratado. O comum é que esse aluno faça a pergunta em voz alta para todos 
ouvirem e todos ouvirão a resposta. No espaço virtual, é a mesma coisa. Não 
hesite em perguntar, as perguntas poderão ser direcionadas ao protocolo de 
atendimento que serão respondidas em tempo hábil. 
Os cursos à distância exigem do aluno tempo e organização. No caso da 
nossa disciplina é preciso ter um horário destinado à leitura do texto base e à 
execução das avaliações propostas. A vantagem é que poderá reservar o dia da 
semana e a hora que lhe convier para isso. 
A organização é o quesito indispensável, porque há uma sequência a ser 
seguida e prazos definidos para as atividades. 
 
 
Bons estudos! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 
 
2 INTRODUÇÃO A SEMIOLOGIA ESTÉTICA 
 
Fonte: elo7.com.br 
Desde a antiguidade até os dias atuais, observa-se grande preocupação 
com a beleza e a estética. Todas as bibliografias consultadas mostram que o 
conceito de beleza e “estética” é definida como estudo racional do belo. A partir 
deste conceito, e com a evolução dos tratamentos estéticos, cresceu a demanda 
de tratamentos específicos para o corpo ou para face. 
A medicina e a tecnologia proporcionam um aumento de longevidade, 
porém após uma determinada idade, são inevitáveis as marcas do tempo, as 
rugas, manchas e a flacidez facial acometem a todos, sem exceções. 
Nas últimas décadas, a indústria da beleza investiu milhões de dólares 
em tecnologia, oferecendo tratamentos estéticos corporais e faciais, aliados aos 
produtos cosméticos, para proporcionar às pessoas esses resultados tão 
desejados, que não visam apenas a busca de um corpo bonito ou perfeito, mas 
também uma melhora da autoestima e da qualidade de vida. 
O excesso de peso na antiguidade era conhecido como sinal de 
riqueza. As pessoas com este tipo de distribuição corporal eram bem 
vistas, por serem consideradas mais saudáveis do que as pessoas de 
porte magro. A partir dos avanços em pesquisas relacionadas ao 
estudo deste tecido, considera-se hoje que existem consequências e 
complicações relacionadas ao acúmulo excessivo de gordura corporal, 
sendo a obesidade considerada doença universal de prevalência 
epidêmica (MENDONÇA e RODRIGUES, 2011, apud MAIA, 2018). 
 
6 
 
A finalidade dos tratamentos faciais e corporais, é restabelecer a 
hidratação e o viço da pele, clarear manchas, atenuar rugas e flacidez, combater 
estrias, entre outros, que são causados por fatores fisiológicos como, estresse, 
menopausa e climatério, fatores externos como sol, vento, frio, poluição e má 
alimentação. 
A Biomedicina estética é uma área da estética realizada por biomédicos 
especializados para o acompanhamento e o tratamento de disfunções estéticas 
faciais, capilares e corporais. Nesse sentido, trata-se de um segmento em 
ascensão, pois há uma incansável busca pelo corpo perfeito, acompanhado de 
uma baixa autoestima vivida pela população. Isso tudo ocasiona o crescimento 
por abordagens estéticas e por procedimentos de resultadosrápidos. 
Ela possui recursos que possibilitam aos biomédicos o atendimento e 
acompanhamento dos indivíduos que procuram uma melhora da aparência 
física, garantindo uma boa recuperação e resultados eficientes. Para que os 
biomédicos possam atuar na área da estética, estes precisam realizar uma 
especialização específica na área, que atenda às especificidades solicitadas 
pelo conselho, através das resoluções do Conselho Federal de Biomedicina – 
CFBM nº 200 de 01/07/2011 e CFBM Nº 241 de 29/05/2014. 
3 TECIDO TEGUMENTAR 
 
Fonte: todamateria.com.br 
 
7 
 
A pele ou cútis é o manto de revestimento do organismo, indispensável à 
vida e que isola os componentes orgânicos do meio exterior. Embora a pele 
desempenhe diversas funções vitais de comunicação e controle que garantem a 
homeostase do organismo, por muitos anos este órgão foi considerado apenas 
uma barreira contra agentes externos. 
A pele representa mais de 15% do peso corpóreo. Toda a sua superfície 
é constituída por sulcos e saliências, particularmente acentuadas nas regiões 
palmoplantares e nas extremidades dos dedos, onde sua disposição é 
absolutamente individual e peculiar, permitindo não somente sua utilização na 
identificação dos indivíduos por meio da datiloscopia, como também a diagnose 
de enfermidades genéticas, pelas impressões palmoplantares, os chamados 
dermatóglifos. 
A pele é considerada o órgão de maior peso corporal, representando 
cerca de 15 a 20% da massa total do indivíduo. Em relação a sua área, 
representa em torno de 1,5 m² no adulto médio normal, com espessura 
variável (0,05 a 0,4 cm) conforme a região. A distensibilidade também 
varia em diferentes regiões corporais. É um órgão constituído de 
matéria orgânica flexível, autorrenovável e extremamente 
especializada, porém sua elasticidade tende a diminuir com o avanço 
da idade (HANSEN, 2015, apud MAIA, 2018). 
Aproximadamente 80% da epiderme é constituída de queratinócitos que 
são as células responsáveis pela formação do epitélio estratificado pavimentoso. 
Estas células possuem este nome devido a sua função essencial, que é a 
fabricação de queratina, uma proteína que preenche as células mais superficiais 
da epiderme para formar a camada córnea. 
Um tipo de célula dendrítica chamada melanócito, que representa 13% da 
população celular da epiderme, se distribui por toda a extensão da epiderme e 
através de seus dendritos, distribui a melanina que produz para os queratinócitos 
ao seu redor. Outra população de células presente na epiderme são as células 
de Langerhans. 
A superfície cutânea apresenta, ainda, de acordo com os segmentos 
corpóreos, variações e pregas, articulares e musculares, orifícios pilossebáceos 
e orifícios sudoríparos. 
A cor da pele é determinada pela conjunção de vários fatores, alguns de 
ordem genético-racial, como a quantidade de pigmento, a melanina e outros; de 
 
8 
 
ordem individual, regional e mesmo sexual, como a espessura de seus vários 
componentes; e, ainda, o conteúdo sanguíneo de seus vasos. 
3.1 Embriologia da pele 
 
Fonte: pt.slideshare.net 
 
Embriologicamente, a pele deriva dos folhetos ectodérmicos e 
mesodérmicos. As estruturas epiteliais, a epiderme, os folículos pilossebáceos, 
as glândulas apócrinas e écrinas e as unhas derivam do ectoderma. 
 Os nervos e os melanócitos originam-se do neuroectoderma, já as fibras 
colágenas e elásticas, os vasos sanguíneos, os músculos e o tecido adiposo 
provêm do mesoderma. 
 No embrião de três semanas, a epiderme é constituída por uma única 
camada de células, morfologicamente indiferenciadas, cuja reprodução resulta 
em aumento do número de camadas e na formação dos anexos cutâneos. 
Além disso, ocorre invasão dessa estrutura por células originadas da 
crista neural, os melanócitos, que originarão o sistema pigmentar da pele. O 
início da formação do aparelho pilossebáceo ocorre na 9ª semana de vida 
embrionária. As glândulas sudoríparas écrinas formam-se, inicialmente, nas 
regiões palmoplantares, em torno da 14ª semana do embrião. A derme e o tecido 
subcutâneo iniciam-se por um material mixomatoso desprovido de fibras. 
 
9 
 
As primeiras estruturas fibrilares surgem do segundo ao quarto mês de 
vida fetal. Os primeiros vasos sanguíneos aparecem em torno do terceiro mês e 
as primeiras estruturas nervosas, a partir da quinta semana de vida fetal. 
Quanto aos melanócitos, são evidenciáveis na epiderme em torno da 11a 
semana do desenvolvimento embrionário, tornando-se numerosos entre a 12a e 
a 14a semanas. Os precursores dos melanócitos denominam-se melanoblastos 
e derivam da crista neural. 
Em relação às unhas, os primeiros elementos da matriz ungueal são 
detectados no dorso dos dedos do embrião por ocasião da 10a semana de vida. 
3.2 Funções da pele 
Graças à arquitetura e às propriedades físicas, químicas e biológicas de 
suas várias estruturas, a pele, como membrana envolvente e isolante, é um 
órgão que pode executar múltiplas funções: 
Essas funções gerais da pele dependerão da participação de seus vários 
componentes por meio de suas propriedades, ainda incompletamente 
conhecidas. Assim, na função protetora da pele, a camada córnea tem 
importância relevante, constituindo-se em interfase entre o organismo e o meio 
ambiente, graças às suas várias propriedades: 
Impermeabilidade relativa à água e eletrólitos: ao evitar perdas hídricas e 
eletrolíticas, bem como ao limitar a penetração de substâncias exógenas. 
Resistência relativa a agentes danosos corrosivos: alta impedância 
elétrica (resistência elétrica), que restringe a passagem de corrente elétrica pela 
pele. 
Superfície relativamente seca: retarda a proliferação de microrganismos. 
Quimicamente: representa uma membrana limitadora à passagem de 
moléculas. 
Proteção contra radiações ultravioletas: A pele representa um obstáculo 
à ação de radiações ultravioleta, graças, especialmente, às unidades 
epidermomelânicas, produtoras e distribuidoras de melanina por meio da 
epiderme. 
 A principal função da melanina é proteger a pele das radiações 
ultravioleta do sol pela absorção da energia irradiante. Os melanócitos não só 
 
10 
 
absorvem, como também difundem a radiação ultravioleta. O controle da 
produção de melanina é exercido por três fatores principais: 
 1. Genético: explica variações raciais e patológicas, como o albinismo. 
 2. Ambiental: interfere por meio da quantidade de energia radiante 
ambiental e das substâncias químicas sobre a pele. 
 3. Hormonal: hormônios da hipófise e da epífise. 
O hormônio estimulador dos melanócitos (MSH), também conhecido 
como intermedina (segregado pela “pars intermedia” da hipófise), promove 
dispersão de grânulos melânicos pelo citoplasma, escurecimento da pele e maior 
fotoproteção. É o mais potente escurecedor conhecido. Sua fórmula química 
assemelha-se à de outro, o hormônio hipofisário adrenocorticotrópico (ACTH). 
Ao contrário desses dois hormônios, a melatonina clareia porque faz os 
grânulos de melanina agregarem-se em torno do núcleo celular. Na produção de 
melatonina, tem importância o estímulo retiniano por luz ambiental. 
Termorregulação: Quanto à termorregulação, é exercida, 
fundamentalmente, pelos sistemas vascular e sudoríparo da pele. Como 
interface entre o organismo e o meio externo, a pele desempenha um papel 
passivo nas trocas calóricas, mas, por meio das unidades sudoríparas écrinas e 
da rede vascular cutânea, interfere de modo ativo na regulação térmica. 
As glândulas sudoríparas fornecem o revestimento cutâneo de água que, 
por evaporação, esfria a superfície corpórea, e, os vasos sanguíneos, pela 
dilatação ou constrição, ampliam ou diminuem o fluxo sanguíneo periférico, 
permitindo maior ou menor dissipação calórica. 
Um aumento de 0,5°C na temperatura corpórea determina impulsos 
hipotalâmicos que, por meio das fibras colinérgicas do sistema nervoso 
simpático, estimulam asglândulas sudoríparas écrinas de todo o corpo. 
 O aquecimento regional da pele promove também sudorese local, 
admitindo-se, nesse caso, ação térmica direta sobre a glândula sudorípara, sem 
participação hipotalâmica. 
Secreção: Em relação às funções secretoras da pele, os produtos 
metabólicos eliminados pela sudorese não têm qualquer importância como 
função excretora. Quanto às glândulas sebáceas, seu desenvolvimento e 
atividade dependem, essencialmente, de fatores humorais, particularmente 
androgênios. 
 
11 
 
 O produto da secreção das glândulas sebáceas, o sebo, constitui, com 
os lipídeos da queratinização, o filme lipídico da superfície cutânea. Esse 
complexo de lipídeos é composto por: Triglicerídeo; Diglicerídeo; Ácidos graxos; 
Ésteres; Esqualeno; Esteróis. 
Nos mamíferos, existem duas variedades de tecido adiposo: o amarelo, 
chamado de unilocular, e o pardo, chamado de multilocular (GUIRRO 
e GUIRRO, 2002; GARTNER e HIATT, 2014). 
No sebo recém-secretado, não existem ácidos graxos livres, os quais 
surgem intrafolicularmente por ação de lipases bacterianas. O verdadeiro 
significado fisiológico do sebo permanece ainda desconhecido no homem. Nos 
animais, promovendo aderência dos pelos, é um fator a mais no isolamento 
térmico, além do que, pelas suas propriedades odoríferas, exerce função de 
atração sexual. 
Tais funções são irrelevantes no homem, mas outras têm sido atribuídas 
ao sebo, embora não existam provas da importância desses mecanismos na 
homeostase humana: Barreira de proteção; Emulsificação de substâncias; 
Atividade antimicrobiana, antibacteriana e antifúngica; Precursor da vitamina D. 
 As secreções sebáceas e sudorais constituem as fases adiposa e oleosa 
da emulsão que recobre a superfície cutânea. O pH médio normal da pele situa-
se entre 5,4 e 5,6, com variações topográficas. 
Além das suas funções vitais, as propriedades físico-químico-biológicas 
da pele permitem, pela capacidade de absorção dela, a administração 
percutânea de medicamentos, um processo que se dá por: 
A maneira habitual de se obter melhor ação tópica, com maior penetração 
de medicamentos, é o curativo apósito oclusivo. Pela oclusão, provocam-se 
aumento da transpiração e retenção sudoral e elevação local da temperatura, 
com aumento do fluxo sanguíneo. 
 A retenção sudoral aumenta o teor em água das células córneas, o que 
possibilita maior transporte iônico de moléculas por meio das células; por sua 
vez, quanto maior o fluxo sanguíneo na derme, maior será a absorção. Esses 
fatos devem ser considerados quando se empregam medicamentos tópicos, 
particularmente em curativos oclusivos, pela possível ação sistêmica dessas 
medicações. 
 
12 
 
3.3 Camadas da pele 
Epiderme 
 
A epiderme é avascular, formada por epitélio estratificado, disposto em 
quatro ou cinco camadas, que se ligam firmemente umas nas outras. Fina, porém 
resistente, sua espessura varia entre 0,007 a 0,12 mm. Com exceção das 
camadas mais profundas, é constituída por células mortas. 
É a camada externa, que vemos quando olhamos no espelho. Tem como 
principal função a proteção do organismo. Como impede a entrada de 
microrganismos, e se regenera, podemos comparar a epiderme a uma armadura 
biológica de nosso corpo. 
Por não possuir vascularização, a nutrição da epiderme acontece por 
difusão, dependendo do suprimento sanguíneo situado na derme. Esta 
acontece na chamada junção dermoepidérmica, onde papilas dérmicas 
se projetam para a epiderme em direção a superfície formando 
reentrâncias e saliências para garantir a perfusão sanguínea. Isto 
garante que as células da epiderme sejam perfundidas suficientemente 
para nutrir e gerar novas células epidérmicas (APPLEGATE, 2012 
apud BORGES, 2016). 
A camada mais profunda da epiderme é o estrato basal, que produz 
constantemente novas células pela divisão celular. Essas são também 
responsáveis pela constante regeneração de nossa pele, por meio de novas 
células sendo empurradas gradualmente para cima, em direção à superfície, 
levando em torno de sete dias para alcançar esse ponto e, desse modo, se 
tornando parte da proteção externa do corpo. 
Camadas da Epiderme: Camada Basal (ou germinativa): É formada 
por uma única camada de células-tronco, que pode apresentar formato colunar 
ou cuboide. e passa por mitose certas vezes com uma das células resultantes 
contribuindo para o estrato remanescente da epiderme. 
Estas células estão envolvidas numa produção inicial de tonofilamentos, 
e alguns dos tonofilamentos estão ligados aos hemidesmossomas que fixam a 
base da epiderme na derme. 
Os tonofilamentos formados não estão apenas ligados aos diversos 
dermossomas que compõem a estrutura de fixação primária de uma célula na 
https://www.infoescola.com/citologia/celulas-tronco/
https://www.infoescola.com/biologia/mitose/
 
13 
 
outra na epiderme, eles também originam corpos de pré-queratina ou placas que 
amadurecem na queratina das células de outros estratos. 
A camada basal é a camada mais profunda da epiderme que faz contato 
direto com a derme. É formada por uma única fileira de células prismáticas, onde 
ocorre intensa divisão celular, ou seja, à medida que se multiplicam, as novas 
vão empurrando as mais antigas em direção à superfície, de modo a que estas 
passem a pertencer a outras camadas. 
Nesse processo as células partem da camada basal e vão sendo 
deslocadas para a periferia até a camada córnea, num período de 21 a 28 dias. 
Queratinócitos: Os queratinócitos, também conhecidos como ceratinócitos, 
são as células mais numerosas da epiderme. São células de origem ectodérmica 
que realizam a produção de queratina. 
Os queratinócitos são formados na camada mais profunda da epiderme a 
partir de células cilíndricas que sofrem contínua atividade mitótica. Quando 
formadas, estas células são empurradas sucessivamente para camadas mais 
superficiais em decorrência da produção de novas células. 
À medida que ganham camadas superiores, as células sintetizam 
queratina no seu citoplasma. Para que um queratinócito da camada basal atinja 
a camada córnea, são necessários 21 a 28 dias, e para que esta mesma célula 
se desprenda da camada córnea, são necessários mais 15 dias 
Produtores da queratina, proteína responsável pelo fortalecimento e 
impermeabilidade da pele; mais numerosas na epiderme, sofrem processo de 
queratinizarão; descamam na superfície da epiderme; precisam ser renovadas 
através da atividade mitótica (camada basal); as células novas são empurradas 
para a superfície (acumulam filamentos de queratina); as células morrem e são 
descamadas por volta de 20 a 30 dias. 
Melanócitos: Os melanócitos são células arredondadas localizadas 
principalmente na camada basal da epiderme, responsáveis pela produção 
de melanina, um dos pigmentos que determinam a coloração da pele. 
Os melanócitos são originados a partir das cristas neurais, que migram de 
seus locais originais para a epiderme, onde se interpõem por entre os 
queratinócitos basais. Ao contrário dos queratinócitos, os melanócitos não se 
multiplicam. 
 
14 
 
A cor da pele resulta de múltiplos fatores, e os mais importantes são o 
conteúdo de melanina e de caroteno, a quantidade de capilares na derme e a 
cor do sangue que corre nesses capilares. A quantidade de melanócitos não 
varia em relação às raças, portanto, as diferenças raciais de pigmentação não 
dependem do número, mas sim da capacidade funcional dos melanócitos. 
Células situadas nas camadas basal e espinhosa, células com formato 
circulares a colunares. 
Produtores de melanina, pigmento que ao ser fagocitado pelos 
queratinócitos atribuem cor à pele, além de proteger as células contra os raios 
solares. 
Células de Merkel: São consideradas mediadoras da sensação do tato. 
Estas células são encontradas em regiões da pele sem pelos, como 
extremidades distais dos dedos, lábios, gengivas e também na bainha externado folículo piloso. 
As células de Merkel possuem forma alargada contendo grânulos 
neurossecretores no citoplasma, localizam-se isoladamente um pouco acima da 
camada basal da epiderme. Da mesma forma que os melanócitos, as células de 
Merkel são originadas das cristas neurais e se localizam entre os queratinócitos 
da camada basal. 
Células de Langerhans: São células de origem mesodérmicas, muito 
ramificadas, que exercem um importante papel protetor na pele. Podem ser 
encontradas em qualquer camada da epiderme, porém, são mais frequentes na 
camada espinhosa. 
Possuem grande capacidade fagocitária e ativação de linfócitos T, atuam 
na indução de rejeição aos enxertos e reações imunológicas do tipo 
hipersensibilidade retardadas. 
Com exceção das células de Langerhans, as células desta camada 
sofrem mitose constantemente, para repor as células mortas da epiderme. 
Camada Espinhosa: Localizada acima da camada basal e formada por 
várias camadas, é composta por queratinócitos em formatos de poliedros, que 
se unem através de desmossomos, filamentos semelhantes a espinhos. 
No espaço entre as células, há o glicocálix, substância que serve de meio 
condutor de substâncias hidrossolúveis do meio externo para o interno. As 
 
15 
 
células com desmossomos e prolongamentos, ajudam a mantê-las bem unidas, 
o que lhes confere aparência espinhosa. 
As células de Langerhans se encontram espalhadas pela camada e 
ajudam a detectar agentes invasores, enviando alerta ao sistema imunológico 
para defender o corpo. 
Camada Granulosa: Composta por poucas camadas de células 
achatadas, que possuem grânulos contendo queratomalina, precursora da 
queratina, e grânulos lamelares, que impermeabilizam as células, como 
prevenção à perda de água. 
Camada Córnea: Composta por células com núcleos bem reduzidos ou 
anucleadas. Possui em torno de 30 estratos de células achatadas e mortas, 
semelhantes a escamas. A queratinização ou cornificação é o processo que 
transforma os queratinócitos em células córneas, achatadas e secas. 
 Este processo é importante para a função protetora da pele. Em média, 
este processo dura de 26 a 28 dias, após, as células mortas se desprendem e 
esfoliam, para que células novas das camadas mais profundas as substituam. 
Assim, a pele encontra-se em constante renovação. 
Camada Lúcida: É constituída por uma fina camada de células 
achatadas, cujos núcleos celulares apresentam sinais de degeneração e existem 
poucas organelas citoplasmáticas. 
 Estas células estão parcialmente preenchidas por queratina e sobre elas 
existe uma cobertura glicolipídica que, juntamente com a queratina, torna a 
membrana plasmática impermeável a fluidos. Nem todas as regiões do corpo 
possuem esta camada que existe mais comumente nas regiões palmoplantares. 
Derme: A derme é um tecido conjuntivo que sustenta a epiderme. É 
constituído por elementos fibrilares, como o colágeno e a elastina e outros 
elementos da matriz extracelular, como proteínas estruturais, 
glicosaminoglicanas, íons e água de solvatação. Os fibroblastos são as células 
envolvidas com a produção dos componentes da matriz extracelular. 
A derme é a camada mais profunda composta por tecido conjuntivo 
denso irregular. Camada cutânea presente entre a epiderme e o tecido 
subcutâneo, ricamente constituída por fibras de colágeno e elastina. É 
capaz de promover a sustentação da epiderme e tem participação nos 
processos fisiológicos e patológicos do órgão cutâneo. (OLIVEIRA, 
2011, apud, PEREIRA, 2019). 
 
16 
 
A derme é subdividida em duas camadas: a camada papilar em contato 
com a epiderme, formada por tecido conjuntivo frouxo, e a camada reticular, 
constituída por tecido conjuntivo denso não modelado, onde predominam as 
fibras colagenosas. 
É na derme que se localizam os vasos sanguíneos que nutrem a 
epiderme, vasos linfáticos e também os nervos e os órgãos sensoriais a eles 
associados. Incluem vários tipos de sensores: os Corpúsculo de Vater-Pacini são 
sensores de adaptação rápida, detectam vibrações nas faixas de 30 - 80 0Hz; 
os Corpúsculo de Meissner com função de detecção de pressões de frequência 
diferente. Detectam vibrações entre 3 - 8H z; os Corpúsculo de Krause são 
sensíveis ao frio; os Órgão de Ruffini são sensíveis ao calor; as Célula de 
Merckel são sensíveis a tacto e pressão; o Folículo Piloso com terminações 
nervosas associadas e a Terminação nervosa livre, com dendritos livres 
sensíveis à dor e a temperatura. 
A derme é um tecido conjuntivo frouxo ou adiposo que faz conexão entre 
a derme e a fáscia muscular. A camada de tecido adiposo é variável à pessoa e 
localização. Tem como função ser reservatório energético, isolante térmico, ela 
também modela superfície corporal, absorve choque e fixa os órgãos. 
A derme é dividia em três camadas: areolar, lâmina fibrosa e lamelar. A 
areolar é superficial, contém adipócitos globulares, volumosos e numerosos, e 
delicados vasos; a lâmina fibrosa separa a camada areolar da lamelar; e a 
camada lamelar é mais profunda, e tem aumento da espessura com ganho de 
peso (hiperplasia). Os vasos sanguíneos da derme são responsáveis pela 
nutrição e oxigenação tanto das células dérmicas quanto das células 
epidérmicas. Quando a produção do calor é proporcional a perda, ocorre o 
equilíbrio, fazendo com que o indivíduo tenha um balanço térmico. 
3.4 Hipoderme 
A hipoderme é uma tela subcutânea, que une a derme aos tecidos e 
órgãos subjacentes. Apesar de sua estreita relação funcional com a pele, não é 
considerada parte constituinte da pele/sistema tegumentar. 
A hipoderme é subdivida em duas camadas distintas: areolar e lamelar. 
Estas apresentam diferenças entre seus lóbulos e estão separadas por 
 
17 
 
uma camada de tecido membranoso (fáscia superficial ou subcutânea) 
(DRISKELL, 2014, apud KWON, 2015). 
Composta por células adiposas, age como isolante térmico, e reserva 
calórica. Em determinadas regiões do corpo, protege contra traumas, atuando 
como amortecedor. A quantidade de tecido adiposo na camada da hipoderme 
pode variar, dependendo da região do corpo, da idade e sexo. 
3.5 Anexos Cutâneos 
São estruturas derivadas do ectoderma, como pelos, unhas, glândulas 
sebáceas e sudoríparas, que se fixam na derme, através de uma invaginação na 
epiderme. 
A complexidade estrutural da pele, constituída por grande diversidade de 
células, com especificidades funcionais, confere a capacidade de executar: 
Funções metabólicas e de proteção contra agentes nocivos químicos, 
físicos ou biológicos; 
Regulação da temperatura; Síntese de vitamina D; Percepção sensorial; 
possibilita a identificação de pessoas, características faciais e cor da pele; 
Comunicação, através de expressões faciais e emissão de sinais emocionais; 
Papel importante no processo de cicatrização de feridas; Manifestação de sinais 
que indicam o estado clínico da pessoa; ‘sofre modificações ao longo do 
desenvolvimento, sua aparência difere entre as faixas etárias, são influenciadas 
pelos hábitos de vida, ambiente e cultura. 
3.6 Estruturas dos anexos cutâneos: Glândulas sudoríparas écrinas 
As glândulas sudoríparas écrinas encontram-se dispersas por toda a pele, 
mas em maior quantidade nas regiões palmoplantares e axilas. São glândulas 
tubulares que desembocam na superfície por meio da epiderme e compõem-se 
de três segmentos: 
Porção secretora: A porção secretora localiza-se na junção dermo-
hipodérmica ou na porção inferior da derme. A porção secretora das glândulas 
écrinas é formada por células grandes, cilíndricas, de citoplasma claro, 
levemente basófilo. 
 
18 
 
Nos cortes habituais, essas células dispõem-se em ácinos, que mostram, 
na periferia, células pequenas fusiformes – as células mioepiteliais –, em torno 
das quais existe uma membrana hialina e que, pelo seu poder contrátil, seriam 
responsáveis pela expulsão da secreção sudoral. 
Conduto sudoríparo-intradérmico:A porção intradérmica do conduto 
sudoríparo é formada por duas camadas de células epiteliais pequenas, 
cuboides, intensamente basófilas. 
Conduto sudoríparo-intraepidérmico: A porção intraepidérmica do 
conduto sudoríparo é composta de uma única camada celular de revestimento e 
uma ou mais camadas de células epiteliais que compõem a bainha peridural. 
 O orifício da glândula sudorípara, poro ou acrosiríngio, apresenta-se 
rodeado por um anel de queratina. As glândulas écrinas são inervadas por fibras 
simpáticas pós-ganglionares não mielinizadas. 
Fisiologicamente, porém, são regidas por mediadores parassimpáticos, 
ainda que respondam em menor grau a mediadores simpatomiméticos. Portanto, 
drogas parassimpatomiméticas como acetilcolina, acetilbetametilcolina e 
pilocarpina estimulam a sudorese, e drogas parassimpatolíticas, como atropina, 
inibem-na. 
 A secreção sudoral écrina é incolor, inodora, hipotônica, composta de 
99% de água e solutos encontrados no plasma, além de conter, em 
concentrações menores, especialmente sódio, cloretos, potássio, ureia, 
proteínas, lipídeos, aminoácidos, cálcio, fósforo e ferro. Em condições adversas 
de temperatura, a sudorese pode atingir a produção de 10 a 12 litros em 24 
horas. 
Glândulas apócrinas: Por sua própria embriogênese, a partir da 
invaginação formadora do folículo piloso, as glândulas apócrinas desembocam, 
em geral, nos folículos pilossebáceos, e não diretamente na superfície 
epidérmica. 
As glândulas apócrinas distribuem-se em axila, área perimamilar e região 
anogenital e, ainda, modificadamente, no conduto auditivo externo, constituindo 
as glândulas ceruminosas; nas pálpebras, formando as glândulas de Moll; e, na 
mama, constituindo as glândulas mamárias. 
As glândulas apócrinas são tubulares e compostas de uma porção 
secretora e uma porção ductal. A luz da porção secretora das glândulas 
 
19 
 
apócrinas é ampla, cerca de 200 vezes a das glândulas écrinas e, como estas, 
também apresenta células mioepiteliais. 
Os procedimentos estéticos podem ser divididos em simples, onde 
atuam principalmente os esteticistas, em não-invasivos ou 
minimamente invasivos que podem ser atuados por biomédicos 
estetas, dentre outros profissionais como odontologistas, médicos, 
farmacêuticos e fisioterapeutas com devida especialização no ramo da 
estética, e em invasivos, que são realizados apenas por médicos 
(BARROS, 2017, apud VIEIRA, 2018). 
A porção ductal: É composta de duas camadas de células epiteliais, não 
dispondo, porém, de cutícula eosinófila, como ocorre com as glândulas 
sudoríparas écrinas. As glândulas apócrinas secretam pequenas quantidades de 
secreção de aspecto leitoso, a intervalos longos de tempo. 
A secreção apócrina: Contém proteínas, açúcares, amônia, ácidos 
graxos e, às vezes, cromógenos, como o indozil, podendo-se explicar, desse 
modo, certos casos de cromidrose. 
Admite-se que o odor produzido pela secreção apócrina decorre da ação 
de bactérias, próprias das regiões topográficas povoadas pelas glândulas 
sebáceas, sobre as secreções, resultando em produtos secundários odoríferos. 
O verdadeiro significado funcional da secreção apócrina no homem é 
desconhecido, admitindo-se que represente alguma função sexual vestigial, 
desde que surge apenas na puberdade. 
3.7 Aparelho pilossebáceo 
Glândulas sebáceas: as glândulas sebáceas estão presentes em toda 
a pele, à exceção das regiões palmoplantares. Desembocam sempre no folículo 
pilossebáceo, com ou sem pelo. O tamanho das glândulas sebáceas é, em geral, 
inversamente proporcional às dimensões do pelo presente no folículo 
correspondente. Assim, as maiores glândulas sebáceas são encontradas nas 
regiões onde o sistema piloso é menos desenvolvido, por exemplo, fronte e nariz. 
As glândulas sebáceas são compostas de vários lóbulos; cada um deles 
apresenta, perifericamente, uma camada de células cúbicas basófilas, as células 
germinativas, e, centralmente, células de abundante citoplasma com uma 
 
20 
 
delicada rede de malhas repleta de gordura, na qual predominam os glicerídeos 
neutros e, por esse motivo, não são birrefringentes à polaroscopia. 
3.8 Ciclo do pelo 
 
Fonte: corpoeequilibrio.com.br 
Quando se analisa o couro cabeludo, as seguintes proporções entre os 
cabelos, nas suas várias fases, são encontradas: 
85% na fase anágena. 
14% na fase telógena. 
1% na fase catágena. 
Esses percentuais compõem o tricograma normal do couro cabeludo. 
Admitindo-se 100 a 150 mil folículos no couro cabeludo, e, tendo em conta que 
cerca de 10% deles estão em fase telógena, por aproximadamente 100 dias, 
alguns autores consideram normal a eliminação média de até 100 fios de cabelo 
por dia. 
 Quanto ao crescimento, as médias, por dia, são de 0,4 mm, na região do 
vértex, e 0,35 mm, nas têmporas, sendo que os cabelos das mulheres crescem 
mais rapidamente. 
Os fatores reguladores do ciclo piloso são desconhecidos, admitindo-se a 
influência de condições intrínsecas ao folículo e a fatores sistêmicos, 
nutricionais, emocionais e, especialmente, hormonais: androgênios em 
particular. 
 
21 
 
 Do ponto de vista funcional, os pelos servem como defesa nas áreas 
orificiais: narinas, conduto auditivo, olhos: e, no couro cabeludo, atuam como 
proteção aos raios ultravioleta. 
Nas áreas intertriginosas, reduzem o atrito e, finalmente, por sua 
abundante inervação, fazem parte do aparelho sensorial cutâneo. Na 
protuberância da bainha externa do pelo, abaixo da inserção da glândula 
sebácea, localizam-se as células-tronco epidérmicas, que também se dispõem 
em agrupamentos no epitélio interfolicular. 
3.9 Unhas 
 Uma unha tem quatro partes: Posterior ou raiz: Localizada sob a dobra 
da pele; Lâmina: Aderente ao leito ungueal na sua porção inferior; Dobras 
laterais: borda livre; Raiz ou matriz ungueal: uma área semilunar de células 
epiteliais proliferativas, parcialmente vedada pela dobra ungueal posterior e 
visível, parcialmente, em área mais clara, chamada lúnula. 
A dobra ungueal posterior apresenta um prolongamento da camada 
córnea que recobre a porção proximal da unha, a cutícula e, abaixo desta, o 
eponíquio, que adere à lâmina ungueal. 
 Estas estruturas são importantes porque podem ser destacadas das 
unhas por processos inflamatórios. Há uma rica rede vascular, dependente de 
duas artérias digitais, para a nutrição da matriz ungueal. 
A espessura das unhas varia de 0,5 a 0,75 mm. Seu crescimento é de 
cerca de 0,1 mm por dia nos quirodáctilos, sendo mais lento nas dos 
pododáctilos. 
A lâmina ungueal é formada, fundamentalmente, pela matriz ungueal, mas 
há participação secundária do leito ungueal nesse processo. O crescimento 
ungueal sofre variações individuais e é influenciado por doenças sistêmicas e 
fatores locais. Deformidades nas unhas podem, assim, representar lesões da 
matriz ungueal que ocorreram até três meses antes das alterações ungueais. 
 
22 
 
3.10 Inervação 
 Os nervos sensitivos, que sempre são mielinizados, em algumas regiões 
corpóreas como palmas, plantas, lábios e genitais, formam órgãos terminais 
específicos, os corpúsculos de Vater-Pacini, os corpúsculos táteis de Meissner, 
os corpúsculos de Krause, os meniscos de Merkel-Ranvier e os corpúsculos de 
Ruffini. 
Corpúsculos de Vater-Pacini: localizam-se, especialmente, nas regiões 
palmoplantares e são específicos para a sensibilidade à pressão. 
Corpúsculos de Meissner: situam-se nas mãos e nos pés, 
especialmente nas polpas dos dedos, ao nível da derme papilar. São específicos 
para a sensibilidade tátil. 
Corpúsculos de Krause: também chamados órgãos nervosos terminais-
mucocutâneos, pois ocorrem nas áreas de transição entre pele e mucosas. 
Encontram-se, portanto, na glande, no prepúcio, no clitóris, nos lábios vulvares 
e, em menor quantidade, no lábio, na língua, nas pálpebras e na pele perianal. 
Meniscos de Merkel-Ranvier: são plexos terminaisde nervos de posição 
subepidérmica, localizados especialmente nas polpas dos dedos. 
Corpúsculos de Ruffini: são formados por fibra nervosa que se ramifica, 
permeando o colágeno, e relacionam-se à sensibilidade térmica. 
Outra estrutura nervosa com funções táteis é o disco pilar, estrutura 
discoide rica em células de Merkel, de localização dermoepidérmica, nas 
proximidades de folículos pilosos. 
A inervação motora da pele é suprida pelo sistema nervoso autônomo, 
cujas fibras, adrenérgicas, provocam contração das células musculares lisas das 
paredes arteriolares (vasoconstrição), contraem o músculo eretor dos pelos, 
ativam o corpúsculo glômico e as células mioepiteliais das glândulas apócrinas. 
É importante salientar que as glândulas écrinas são inervadas por fibras 
simpáticas, porém colinérgicas, o que é excepcional, uma vez que, via de regra, 
as fibras simpáticas são adrenérgicas. Esse fato explica a sudorese pela 
pilocarpina, droga parassimpatomiméticas, que estimula diretamente os efetores 
colinérgicos da glândula sudorípara. 
 
23 
 
As glândulas apócrinas reagem a estímulo simpático e não 
parassimpático, uma vez que são inervadas por fibras adrenérgicas, controladas 
por centros simpáticos do sistema nervoso central. 
4 VASCULARIZAÇÃO LINFÁTICA 
 
Fonte: auladeanatomia.com.br 
A pele é composta por uma vasta rede de vasos sanguíneos, 
proporcionando a mesma, elementos nutritivos, que contribuem para o controle 
da temperatura do corpo, e por inúmeras artérias, que lhe transportam o sangue 
rico em oxigênio e nutrientes, que penetram pela hipoderme e permanecem 
adjacentes à superfície cutânea no limite com a derme. Surge a partir daí, 
verticalmente, pequenas arteríolas que, ao unirem-se às papilas dérmicas e se 
transformam em finos capilares, que se encarregam das trocas entre o sangue 
e a pele. Estes capilares vão posteriormente unir-se e transformar-se em vênulas 
que se alastram a um plexo de veias dispostas em paralelo com a rede arterial. 
É importante referir que como os vasos sanguíneos apenas chegam até 
à derme, as células da epiderme apenas podem manter as suas trocas com o 
sangue através da membrana basal que a separa da camada subjacente. 
A circulação linfática acompanha a sanguínea. Ela é responsável pela 
drenagem de fluido extracelular, de células e de moléculas maiores (proteínas, 
lipídios e outros). O fluxo linfático depende de fatores extrínsecos, como 
pulsação arterial, gravidade e contração da musculatura. 
 
24 
 
O sistema linfático é considerado uma via alternativa que funciona em 
conjunto com o sistema circulatório que tem como função equilibrar os 
líquidos tissulares. Esse sistema não e nada fácil para ser estudado, 
pois são muito frágeis e com uma coloração esbranquiçada, devido a 
isso durante muitos e muitos anos não foi possível a visualização deste 
sistema. Para muitos estudiosos a linfa era chamada de sangue 
branco. O sistema linfático era como uma segunda via para os líquidos 
do espaço intersticial, para que pudessem fluir para o sangue, assim 
levando proteínas e grandes partículas para fora do espaço tecidual. 
(GUYTON, 1996 apud BORGES, 2006, p. 345). 
O líquido “purificado” pelo sistema linfático é devolvido ao sangue. Cerca 
de 10% do plasma, a fração transparente do sangue, escapa dos vasos 
sanguíneos. Ele vai parar em meio às células, mas é captado depois 
pelos capilares, vasos fininhos que ficam em contato direto com o meio celular. 
Nesse líquido se encontram pedaços de vírus e bactérias e detritos do nosso 
metabolismo. 
Os capilares se ligam a vasos linfáticos cada vez maiores e mais 
complexos, que percorrem o corpo carregando a linfa. É difícil identificá-los a 
olho nu porque, diferentemente do sangue, o líquido ali dentro é transparente. 
No percurso dessa rede, os vasos linfáticos encontram linfonodos, ou gânglios. 
Eles filtram a linfa, retirando componentes nocivos, e acionam células de defesa 
para combater vírus e bactérias. Também fazem parte do sistema estruturas 
maiores, como o baço, o timo e as amígdalas, importantes sobretudo na 
infância. 
 Os vasos linfáticos desembocam no chamado ducto torácico, que vai 
do abdômen ao pescoço. É no final desse tubo que a linfa, já filtrada, volta ao 
sangue, precisamente no momento em que o ducto se conecta a duas veias, 
a subclávia e a jugular. 
5 MÚSCULOS DA PELE 
 A musculatura da pele é predominantemente lisa e compreende os 
músculos eretores dos pelos, o darto do escroto e a musculatura da aréola 
mamária. 
 As fibras musculares lisas do músculo eretor do pelo aderem, por uma 
extremidade, às fibras conectivas e, por outra, aos folículos pilosos, inserindo-se 
https://saude.abril.com.br/tudo-sobre/virus
https://saude.abril.com.br/tudo-sobre/bacterias
https://saude.abril.com.br/bem-estar/pra-que-serve-o-baco/
https://saude.abril.com.br/medicina/o-que-e-o-timo/
 
25 
 
abaixo das glândulas sebáceas. Situadas obtusamente em relação ao folículo, 
sua contração produz a verticalidade do pelo, isto é, a horripilação. 
Quanto à musculatura estriada, encontra-se na pele do pescoço 
(Platisma) e da face (musculatura da mímica). 
6 SEMIOLOGIA CUTÂNEA 
 
Fonte: auladeanatomia.com.br 
A semiologia cutânea é a análise da pele do paciente/cliente. Essa análise 
é feita pelo profissional, para identificar: O tipo de pele; fototipo cutâneo; quais 
lesões elementares o paciente/cliente apresenta, que identificam diversos 
quadros inestético. 
Dessa forma o profissional pode discernir o que ele pode tratar e o que 
precisa de encaminhamento para o médico especialista. 
A partir da aplicação da semiologia durante a anamnese é que o 
profissional irá elaborar os protocolos de tratamento. 
Entre os métodos disponíveis encontra-se: radiofrequência, ultrassom 
focalizado de alta intensidade, laser de baixa intensidade e técnica de 
resfriamento seletivo, conhecida como criolipólise (KWON, 2015, apud 
MAIA, 2018) 
 
26 
 
6.1 Anamnese 
A palavra Anamnese tem origem grega: Ana significa “trazer de novo” e 
mnesis significa “memória”. Assim, a anamnese é aquela entrevista inicial entre 
o profissional e o cliente, quando o primeiro buscará resgatar o histórico de 
saúde do segundo para que possa chegar a um diagnóstico e recomendar um 
tratamento adequado ao caso. 
Aquele bate-papo inicial com seu cliente terá fundamental importância 
para a eficiência do atendimento. A partir da anamnese, o profissional conhecerá 
fatores importantes para o diagnóstico e o tratamento, tais como: se o cliente 
possui alergias a determinados produtos; se ele fuma ou toma bebidas alcoólicas 
com frequência; se faz uso de medicamentos que possam interferir no 
tratamento (como reposição hormonal, por exemplo); se possui histórico familiar 
de patologias significativas ao caso e outros dados que possam influir nos 
resultados esperados. 
Por meio da anamnese é possível alcançar um diagnóstico seguro para 
então poder oferecer o tratamento correto. Além disso, o profissional conseguirá 
eliminar as possíveis contraindicações, garantindo mais credibilidade nos 
procedimentos que serão realizados. 
A anamnese ou história clínica constitui a base para o diagnóstico e 
tratamento do paciente. Considerando a própria etimologia da palavra que 
significa recordação, só poderá ser construída pelo paciente, com o médico 
tendo o papel de orientar sua construção. Os itens contidos em uma anamnese 
variam segundo a idade, o gênero e a enfermidade do paciente, a especialidade 
clínica, o tempo disponível e os objetivos do tratamento. Depois que se conhece 
e compreende todos os itens de uma anamnese abrangente, é possível fazer 
uma seleção dos necessários. Nessa anamnese, aparecem os termos técnicos 
para os sintomas. As definições dos termos, juntamente com as formas de 
indagar sobre os sintomas, devem ser observadas. Tais padrões constituem uma 
estrutura para documentação ou registro.Não determinam a sequência da coleta 
de informações ou a forma como as mesmas são colhidas. Lembre-se que este 
é um roteiro padrão, abrangente e minucioso. Elabore o seu próprio roteiro, 
sucinto, para você se orientar em seus atendimentos. 
 
27 
 
6.2 Entrevista 
No momento da entrevista são pertinentes as perguntas básicas 
informativas como os dados pessoais: 
 
Fonte: mundoestetica.com.br 
Outras perguntas também complementam o conhecimento do profissional 
sobre o paciente, tais como: contraindicação a algum medicamento, tabagista, 
etilista, se está gestante, se possui marcapasso cardíaco, se faz uso de 
anticoncepcional, DIU, dentre outras. 
6.3 Avaliação cardiovascular e pulmonar. 
Aparelho Respiratório (AR): Avaliar se o paciente apresenta dor torácica 
(tipo, localização, intensidade, duração, relação com o esforço, movimentos, 
respiração e posição), dispneia, tosse, expectoração (características físicas, 
quantidade, horário), vômito, hemoptise, chieira ou sibilância. 
 Aparelho Circulatório (AC): Avaliar se o paciente apresenta dor precordial 
(localização, tipo, intensidade, duração, relação com o esforço e com as 
emoções, sintomas concomitantes, especialmente sudorese, dispneia, 
ansiedade, medo); dispneia (contínua, de esforço, ortopnéia, dispneia 
paroxística noturna, dispneia suspirosa, taquipnéia), palpitações, tonturas, 
síncope, edemas. 
 
28 
 
6.4 Classificação do risco de doença com base no IMC e na 
Circunferência da Cintura 
A doença cardiovascular é considerada mundialmente a principal causa 
de morte e de invalidez. Têm-se estabelecido uma relação positiva entre as 
manifestações cardiovasculares e os fatores genéticos, ambientais e de estilo de 
vida. 
A obesidade e mais recentemente o sobrepeso são problemas crescentes 
em muitos países, incluindo o Brasil, e várias tentativas têm sido feitas para 
identificar o melhor preditor antropométrico de doenças crônicas em diferentes 
populações. A adiposidade abdominal tem sido considerada um dos melhores 
preditores de doenças cardiovasculares. 
A obesidade está relacionada ao aumento da mortalidade por doença 
coronariana isquêmica (infarto), principalmente quando está associada à 
hipertensão. As causas da obesidade são comumente agrupadas em dois 
grandes contextos, o primeiro refere-se aos fatores endógenos, envolvendo 
principalmente os componentes genéticos, medicamentosos, metabólicos e 
endócrinos. 
Um dos índices mais utilizados na avaliação antropométrica da 
composição corporal é o Índice de Massa Corporal (IMC). Sua grande 
difusão se deve à sua capacidade de expressar as reservas 
energéticas dos indivíduos, facilidade de obtenção, aplicabilidade, 
baixa correlação com a estatura e boa correlação com as medidas da 
gordura corporal. (STEVENS, 2002 apud, BARBOSA, 2009). 
6.5 Exame físico 
Uma vez encerrada a anamnese, é hora de proceder ao exame físico 
propriamente dito. 
Exame físico: O exame físico é dividido em inspeção, palpação e 
classificação da pele (tipologia/Fototipo/fotoenvelhecimento). Para o exame 
físico, a iluminação deve ser boa, dando-se preferência para a luz do dia. 
Existem instrumentos que facilitam o exame físico. 
Os principais instrumentos para o exame físico são: Lupa; lâmpada de 
Wood; dermatoscópio (microscópio de superfície); fotografia; liposcopia. 
 
29 
 
Inspeção: Observar o aspecto geral da pele; Verificar se há presença de 
acne ou rosácea e em que grau; Verificar a presença de rugas estáticas ou 
dinâmicas; Verificar a presença de ptose tissular; Verificar a presença de 
poiquilodermia (atrofia/vasos/hiperpigmentação); Verificar a presença de 
manchas pigmentares relacionadas à melanina; Verificar a presença de 
manchas causadas por alterações vasculares; Verificar a presença de 
formações sólidas (nódulos, pápulas, comedões, miliuns ou verrugas); Verificar 
a presença de formações líquidas (bolhas, pústulas, vesículas); Verificar a 
presença de lesões de pele (crostas, descamações, fissuras).Verificar presença 
e grau de lipodistrofia ginóide, estrias, edemas. 
Palpação: Tônus e Temperatura da pele; Espessura da pele (espessa, 
fina e muito fina). 
6.6 Adipômetro 
 
Fonte: shopfisio.com.br 
Pregas cutâneas: Peitoral (Torácica): O ponto de medida é o primeiro terço da 
distância da linha axilar anterior e a mama; 
 
30 
 
 
Fonte: nutrisoft.com.br 
Abdome: Medida a 2,5 cm à direita da cicatriz umbilical; 
 
Fonte: nutricionistas.com 
Supra ilíaca: Prega oblíqua, a dois centímetros acima da crista ilíaca 
ânterosuperior, na altura da linha axilar; 
 
Fonte: nutrisoft.com.br 
 
31 
 
Tríceps Parte posterior do braço, sobre o tríceps, no ponto medial de uma 
linha imaginária entre o ponto distal e proximal do tríceps; 
 
Fonte: nutricisoft.com.br 
Bíceps Parte anterior do braço, sobre o bíceps, no ponto medial de uma 
linha imaginária entre o ponto distal e proximal do bíceps; 
 
Fonte: nutrisoft.com.br 
Coxa: Sobre o músculo reto femoral, a 2/3 da distância do ligamento 
inguinal e o bordo superior da patela; 
 
32 
 
 
 
Fonte: nutrisoft.com.br 
Axilar media: Ponto de intersecção da linha axilar média com uma linha 
imaginária horizontal que passaria pelo apêndice xifoide; 
 
Fonte: nutrisoft.com.br 
O percentual de gordura obtido a partir da mensuração de dobras 
cutâneas vem apresentando larga aceitação entre os pesquisadores 
da área, isso porque o Percentual de Gordura obtido a partir da técnica 
antropométrica associa-se muito bem a outras técnicas, e não difere 
significativamente do percentual de gordura decorrente da pesagem 
hidrostática, que é tida como critério para validação de outras técnicas 
(GLANER, 1999, apud, FAGUNDES, 2014). 
Panturrilha: Joelhos em 90º de flexão, tornozelo em posição anatômica. A 
medida deve ser feita na altura da maior circunferência da perna; 
 
33 
 
 
Fonte: antropometriadocorpo.com 
Subescapular: Prega oblíqua medida abaixo da extremidade do ângulo 
inferior da escápula; 
 
Fonte: nutrisoft.com.br 
 
34 
 
7 AVALIAÇÃO ESTÉTICA 
7.1 Avaliação facial 
 
Fonte: avaliacaofacial.com 
Inspeção: Quando a queixa é facial, a avaliação física deve focar na face 
do paciente. Sem esquecer de que ele é um todo, e que outros aspectos do 
corpo podem influenciar nessa queixa. Se a entrevista foi feita, o profissional já 
consegue relacionar fatos individuais à afecção em questão. 
A inspeção significa observação. O profissional deve analisar de perto a 
face do paciente, analisar o aspecto da mancha ou acne, por exemplo, textura 
(pele áspera, aveludada, ressecada, oleosa), presença de pelos, vasos, lesões 
sólidas (pápulas, pústulas), líquida (bolhas, vesículas). 
Palpação: A palpação é o toque na pele do profissional. Com a palpação 
é possível sentir a real textura da pele, a elasticidade e firmeza. 
Inclusive, um teste muito importante a ser feito na palpação é o 
pinçamento da pele nas regiões da testa, bochechas, áreas em torno dos olhos, 
para verificar a flacidez da pele. O teste é realizado da seguinte forma: O 
profissional explica ao paciente o que irá fazer e inicia os pinçamentos. Primeiro 
pinça, por exemplo a região da testa, segura por um segundo, solta e conta 
quantos segundos a pele demora a retornar ao normal. Quanto mais tempo a 
pele demora a retornar, maior o grau de flacidez. É comum as diferentes regiões 
responderem em tempos diferentes. 
 
35 
 
Fotografia: É um procedimento muito utilizado para avaliação facial. Pois 
leva a um feedback mais preciso do tratamento proposto para o paciente e seus 
resultados. 
7.2 Avaliação corporal 
 
Fonte: esthetics.com.br 
Inspeção: Diante da queixa corporal, o foco principal será a região do 
corpo em que se concentra a queixa do paciente. Em geral vamos observar todo 
o corpo abaixo do pescoço, focando na área a ser tratada. 
Assim como na avaliação facial, iremos observar a coloraçãoda pele, a 
textura (ressecamento ou oleosidade), telangiectasias e varizes, presença de 
foliculites, depressões na pele (fibroedema gelóide), estrias, lesões líquidas e 
sólidas, relevos e gordura localizada. 
Temperatura Fria: Há maior deficiência circulatória e muito provavelmente 
também uma deficiência no sistema linfático. 
Temperatura quente: Não há comprometimento circulatório. Verificar se 
há dor à palpação. 
Palpação: O profissional fará a palpação não só para sentir a flacidez da 
pele ou a gordura corporal, mas também quaisquer outras anormalidades. 
Deve ser realizado o teste de flacidez (explica na avaliação facial). Uma 
palpação minuciosa contribuir para nortear o profissional quanto aos recursos a 
serem utilizados no tratamento, 
 
36 
 
Após a palpação segue- se para as medidas corporais com auxílio de fita 
métrica, balança, Adipômetro. 
O índice de massa corporal, A tabela a seguir indica os possíveis 
resultados do IMC, de acordo com a Organização Mundial da Saúde, sendo que 
o IMC entre 18,5 a 24,9 representa o peso ideal. 
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS) para avaliar o perfil 
antropométrico nutricional de um indivíduo adulto, um dos indicadores está 
baseado entre peso e altura, dando-se o cálculo do IMC (índice de massa 
corporal) pela seguinte fórmula: 
 
IMC: Peso 
Altura ² 
A partir deste cálculo, os indivíduos adultos podem ser classificados 
como portadores de déficits de peso (IMC < 18,5 kg/m²), de excesso 
de peso (IMC ≥ 25 kg/m²) ou de obesidade (IMC ≥ 30 kg/m²) (IBGE, 
2015, apud MAIA, 2018). 
Classificação IMC O que pode acontecer 
Muito abaixo do 
peso 
16 a 16,9 
kg/m2 
Queda de cabelo, infertilidade, 
ausência menstrual 
Abaixo do peso 17 a 18,4 
kg/m2 
Fadiga, stress, ansiedade 
Peso normal 18,5 a 24,9 
kg/m2 
Menor risco de doenças 
cardíacas e vasculares 
Acima do peso 25 a 29,9 
kg/m2 
Fadiga, má circulação, varizes 
Obesidade Grau 
I 
30 a 34,9 
kg/m2 
Diabetes, angina, infarto, 
aterosclerose 
 
37 
 
Obesidade Grau 
II 
35 a 40 
kg/m2 
Apneia do sono, falta de ar 
Obesidade Grau 
III 
maior que 
40 kg/m2 
Refluxo, dificuldade para se 
mover, escaras, diabetes, infarto, AVC 
Fonte: calculoimc.com.br 
Para se adequar ao peso ideal, é indicado a prática regular de exercícios 
físicos, uma alimentação saudável, consumindo menos calorias, afim de eliminar 
os estoques de gordura, que aumenta o risco de doenças cardíacas. 
Quando se está abaixo do peso ideal deve-se aumentar o consumo de 
alimentos ricos em nutrientes para que o corpo tenha o necessário para se 
proteger de doenças. 
O IMC tem sido recomendado pela OMS, como um indicador da 
gordura corporal por ser obtido de forma rápida e praticamente sem 
custo nenhum. (GENDAL 1999, apud GLANER, 2005). 
7.3 Quando não calcular o IMC 
Apesar do IMC ser muito utilizado para verificar se o indivíduo está acima 
do peso ou não, este método possui algumas falhas e, por isso, recomenda-se 
que além dele, utilize outros meios de diagnóstico para verificar se o indivíduo 
está realmente acima ou abaixo do peso ideal, como por exemplo, a medição da 
prega de gordura. 
Assim, o IMC não é o parâmetro ideal para se avaliar o peso ideal em: 
Atletas e pessoas muito musculosas: porque não leva em consideração o 
peso dos músculos; Idosos: porque não leva em consideração a redução natural 
dos músculos nessas idades; durante a gravidez: porque não leva em 
consideração o crescimento do bebê. Além disso ele é contraindicado em caso 
de desnutrição, ascite, edemas e em pacientes acamados. 
 
38 
 
7.4 Razões que justificam uma Avaliação de Composição Corporal: 
Determinar o ponto de partida para o início de programa de treinamento e 
estético; 
Traçar a melhor maneira de conseguir um equilíbrio ideal entre gordura 
corporal e os compartimentos de gordura; 
Relaciona-se com o estado de saúde geral e desempenha um papel 
importante nos objetivos relacionados a saúde e aptidão física; 
Monitorar as mudanças nos componentes adiposos e magros durante os 
esquemas de exercícios com diferentes durações e intensidades; 
Melhor interação dos profissionais com os indivíduos e melhor informação 
relacionada com nutrição, controle de peso e exercício; 
Obter informações objetivas para os profissionais, correlacionando a 
composição corporal com o desempenho de esportes ou atividades do cliente. 
7.5 Distribuição do tecido adiposo 
 
http:pt.slideshare.net 
O tecido adiposo é o principal reservatório energético do organismo. 
Os adipócitos são as únicas células especializadas no armazenamento 
de lipídios na forma de triacilglicerol (TAG) em seu citoplasma, sem 
que isto seja nocivo para sua integridade funcional. (AHIMA, 2000, 
apud, FONSECA, 2006) 
 
39 
 
ANDRÓIDE: Concentração de gordura na região abdominal (central), 
sendo que estas pessoas apresentam maior risco de morte por coronariopatia. 
O acúmulo de gordura visceral com distribuição central ou abdominal 
predominante, que caracteriza o perfil androide e é encontrado em mulheres 
climatéricas e pós-menopáusicas 
GINÓIDE: Concentração de gordura nas regiões das coxas e quadris 
(periférica). Pessoas com esta característica apresentam menor risco de morte 
por coronariopatia. 
O que diferencia uma categoria da outra é o local de acúmulo do tecido 
adiposo. No caso da obesidade ginóide, há uma tendência de acúmulo de 
gordura nas regiões do quadril, glúteos e regiões femorais. Enquanto isso, na 
obesidade androide a tendência é o acúmulo gordura na região abdominal. 
8 PROTOCOLOS PARA TESTES DE AVALIAÇÃO ANTROPOMÉTRICA 
É importante saber que uma dobra cutânea mede, indiretamente, a 
espessura do tecido adiposo subcutâneo. Ela é uma medida da espessura de 
duas camadas de pele e a gordura subcutânea adjacente. E, devido a existência 
de uma relação entre a gordura subcutânea e a gordura corporal total, a soma 
de várias dobras cutâneas pode ser utilizada para estimar a gordura corporal 
total. 
A adiposidade visceral é um importante fator de risco para o 
desenvolvimento da síndrome metabólica e está associada à 
resistência à insulina, à dislipidemia e a um estado pró-inflamatório e 
protrombótico. Em contrapartida, a adiposidade localizada no corpo 
inferior (ginóide) está associada a menor risco de complicações 
metabólicas (BREDELLA, 2013, apud MAIA, 2018). 
Equações de predição de dobras cutâneas são desenvolvidas usando-se 
tanto modelos de regressão linear (para grupos populacionais específicos), 
quanto quadráticos (generalizados). Elas devem ser selecionadas baseadas em 
idade, sexo, etnia, quantidade de gordura corporal e nível de aptidão física. 
No Brasil, alguns estudiosos como Guedes (1985) e Petroski (1995) 
desenvolveram e validaram equações para estimativa da densidade 
corporal através do método de dobras cutâneas. 
https://www.infoescola.com/biologia/tecido-adiposo/
https://www.infoescola.com/biologia/tecido-adiposo/
http://www.cookie.com.br/dobras-cutaneas-bioimpedancia-ou-dexa-qual-o-melhor/#.WMKl1DsrLIU
 
40 
 
Algumas fórmulas fornecem resultados diretos da porcentagem de 
gordura corporal, outras, fornecem o valor da densidade corporal (DC), para que 
esta seja transformada no percentual de gordura. As equações de Siri (1956) e 
Brozek (1963), cit. Pollock & Wilmore (1993), são geralmente utilizadas para 
converter a densidade corporal em % de gordura corporal. Mas, como estas 
equações foram definidas através da suposição de uma constante densidade 
para a massa livre de gordura, outras equações para populações específicas 
vêm sendo desenvolvidas: mulheres, índias americanas, negros, hispânicos, 
japoneses ativos, brancos, mulheres com anorexia e homens obesos. 
No Brasil, o protocolo de Jackson e Pollock, tanto de três, quanto de sete 
dobras cutâneas, é validado e amplamente utilizado por avaliadores e 
pesquisadores, para avaliar adultos (homens e mulheres) saudáveis. Algumasressalvas seriam para a população de etnia negra e asiática, além de obesos, 
indivíduos que apresentam anorexia e atletas. 
8.1 Somatório de dobras cutâneas 
O somatório das dobras cutâneas é um método para analisar o 
comportamento da gordura corporal, de maneira absoluta, sem considerar a 
porcentagem de gordura corporal. Para avaliar a gordura corporal total por meio 
deste protocolo, utiliza-se o somatório de nove ou cinco dobras e compara-se 
este somatório com uma tabela de percentuais, classificados por sexo e idade. 
Por meio dele é possível acompanhar desportistas e/ou atletas que se submetem 
a programas de exercício físico e dietas alimentares. A avaliação mediante esse 
somatório é rápida e prática, o que propicia intervenção nutricional e física 
precoce para alcançar os objetivos preestabelecidos. As principais dobras 
cutâneas mensuradas são: tríceps, bíceps, subescapular, peitoral, axilar médio, 
supra ilíaca, abdominal, coxa e panturrilha. 
 
41 
 
8.2 Bioimpedância elétrica (BIA) 
 
Fonte: cookie.com.br 
A análise de impedância bioelétrica (BIA) é um método rápido, não-
invasivo, utilizado para avaliar a composição corporal de indivíduos, tanto sadios 
quanto enfermos. Este método baseia-se na condução de uma corrente elétrica 
de baixa intensidade através do corpo. A impedância (Z) ou resistência ao fluxo 
da corrente elétrica é medida pelo analisador de BIA. A impedância varia de 
acordo com o tecido que está sendo medido (por exemplo, a massa magra é um 
bom condutor de energia, devido a sua alta concentração de água e eletrólitos) 
e a massa gorda é um mal condutor de energia. Desta maneira, um indivíduo 
com grande quantidade de massa magra terá uma menor resistência à corrente 
elétrica, ou seja, um menor valor de impedância (Z). Então podemos dizer que Z 
é diretamente proporcional ao percentual de gordura corporal e os valores 
encontrados são analisados pelo software do aparelho, que dá o resultado de 
composição corporal do indivíduo avaliado. 
A validade e a precisão do método de BIA são influenciadas por vários 
fatores, como tipo de instrumento, colocação do eletrodo, nível de hidratação, 
alimentação e prática de exercícios físicos anteriores ao teste, ciclo menstrual, 
temperatura ambiente e equação de predição. Várias equações de BIA foram 
desenvolvidas para crianças, idosos, índios americanos, hispânicos, brancos, 
obesos e atletas. 
Apesar da exatidão relativa do método de BIA ser similar ao das dobras 
cutâneas, a BIA pode ser preferida em algumas situações, porque: não requer 
http://www.cookie.com.br/dobras-cutaneas-bioimpedancia-ou-dexa-qual-o-melhor/#.WMKl1DsrLIU
 
42 
 
um alto grau de habilidade do avaliador; geralmente é mais confortável e não 
invade tanto a privacidade do indivíduo; pode ser usada para estimar a 
composição corporal de indivíduos obesos. 
9 TABELAS DE REFERENCIAS 
CLASSIFICAÇÕES PARA O ÍNDICE DE MASSA CORPÓREA - I.M.C. EM ADULTOS 
 
I.M.C. – QUANTO A CLASSIFICAÇÃO DO PESO 
(ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAÚDE) 
BAIXO MENOR DE 18,5 
ACEITÁVEL OU IDEAL DE 18,5 A 24,9 
OBESIDADE LEVE DE 25,0 A 29,9 
OBESIDADE MODERADA DE 30,0 A 39,9 
OBESIDADE SEVERA MAIOR OU IGUAL A 40,0 
 
CLASSIFICAÇÕES DO PERCENTUAL DE GORDURA NA COMPOSIÇÃO CORPORAL 
 
PERCENTUAL DE GORDURA (G%) PARA HOMENS 
Nível /Idade 18 - 25 26 - 35 36 - 45 46 - 55 56 - 65 
Excelente 4 a 6 % 8 a 11% 10 a 14% 12 a 16% 13 a 18% 
Bom 8 a 10% 12 a 15% 16 a 18% 18 a 20% 20 a 21% 
Acima da Média 12 a 13% 16 a 18% 19 a 21% 21 a 23% 22 a 23% 
Média 14 a 16% 18 a 20% 21 a 23% 24 a 25% 24 a 25% 
Abaixo da Média 17 a 20% 22 a 24% 24 a 25% 26 a 27% 26 a 27% 
Ruim 20 a 24% 20 a 24% 27 a 29% 28 a 30% 28 a 30% 
Muito Ruim 26 a 36% 28 a 36% 30 a 39% 32 a 38% 32 a 38% 
 
PERCENTUAL DE GORDURA (G%) PARA MULHERES 
Nível /Idade 18 - 25 26 - 35 36 - 45 46 - 55 56 - 65 
Excelente 13 a 16% 14 a 16% 16 a 19% 17 a 21% 18 a 22% 
Bom 17 a 19% 18 a 20% 20 a 23% 23 a 25% 24 a 26% 
Acima da Média 20 a 22% 21 a 23% 24 a 26% 26 a 28% 27 a 29% 
Média 23 a 25% 24 a 25% 27 a 29% 29 a 31% 30 a 32% 
Abaixo da Média 26 a 28% 27 a 29% 30 a 32% 32 a 34% 33 a 35% 
Ruim 29 a 31% 31 a 33% 33 a 36% 35 a 38% 36 a 38% 
Muito Ruim 33 a 43% 36 a 49% 38 a 48% 39 a 50% 39 a 49% 
 
Fonte: Pollock & Wilmore,1993 
 
43 
 
 
FAIXA DE PERCENTUAL DE GORDURA IDEAL, DE ACORDO COM SEXO E A IDADE 
Faixa Etária Homens Mulheres 
de 18 a 29 anos 14% 19% 
de 30 a 39 anos 16% 21% 
de 40 a 49 anos 17% 22% 
de 50 a 59 anos 18% 23% 
acima de 60 anos 21% 26% 
 
Fonte: ACMS - Lea & Febiger, 1986 
 
 CLASSIFICAÇÃO DOS PERCENTUAIS DE GORDURA CORPORAL 
Classificação Homens Mulheres 
Muito Baixo 5% 8% 
Abaixo da Média 6 a 14% 9 a 22% 
Média 15% 23% 
Acima Média 16 a 24% 24 a 31% 
Muito Alto 25% 32% 
 
Fonte: Adaptado de Heyward e Stolarczyk,1996 
 
CLASSIFICAÇÃO DO SOBREPESO E DA OBESIDADE PELA PORCENTAGEM DE GORDURA 
 Obesidade Mulheres Homens 
leve 25 - 30 % 15 - 20 % 
Moderada 30 - 35 % 20 - 25 % 
Elevada 35 - 40 % 25 - 30 % 
Mórbida >40% >30 % 
 
Fonte: Adaptado de NIDDK, 1993 
 
CRIANÇAS E ADOLESCENTES DE 7 A 17 ANOS 
Classificação Masculino Feminino 
Excessivamente Baixa Até 6% Até 12% 
Baixa 6,01 a 10% 12,01 a 15% 
Adequada 10,01 a 20% 15,01 a 25% 
Moderadamente alta 20,01 a 25 % 25,01 a 30% 
Alta 25,01 a 31% 30,01 a 36% 
Excessivamente alta Maior que 31,01% Maior que 36, 01 % 
Fonte: Bristish Journal of Nutrition, v. 63, n. 2, 1990 
 
 
44 
 
10 FOTOENVELHECIMENTO 
O fotoenvelhecimento é o envelhecimento da pele por exposição solar 
excessiva, ou seja, não é o envelhecimento natural causado pela idade e sim o 
envelhecimento causado pela falta de cuidado. 
Ele causa pele manchada, deixa a pele seca e áspera, e ainda pode 
evoluir para um câncer de pele. É desencadeado por causa de fatores 
ambientais como a exposição à radiação UV. 
Existem dois tipos de envelhecimento: 
Envelhecimento Intrínseco: também chamado de envelhecimento 
cronológico, depende da sua genética individual. É o envelhecimento verdadeiro, 
natural que aparece com o tempo. É inevitável e está fora do seu controle. 
Envelhecimento Extrínseco: resulta da ação de agentes externos como: 
poluição, tabagismo, alimentação inadequada e exposição solar. Esses fatores 
podem ser controlados por você. De todos esses fatores, o mais importante é a 
exposição solar a qual chamamos de fotoenvelhecimento. É este tipo de 
envelhecimento que leva ao aparecimento das manchas na pele. 
A hiperpigmentação, ou seja, manchas escuras na pele são uma das 
causas que levam a uma pele envelhecida e contribuem diretamente no 
envelhecimento da pele. 
A cor natural da pele resulta de um equilíbrio na produção, transferência 
e degradação da melanina (pigmento que dá cor a pele) produzida pelos 
melanócitos da pele. 
A exposição aos raios UV, mudanças hormonais e inflamações modificam 
a respostas dos melanócitos (as células produtoras de melanina), que produzem 
mais melanina deixando a pele hiperpigmentada, isto é, 
com manchas distribuídas irregularmente pela face. 
Indivíduos que tem o hábito de exposição ao sol na infância, aos 21 anos 
já apresentam sinais de dano solar na pele. 
Aos 40 anos todos têm sinais de fotoenvelhecimento. 
Na infância passamos a maior parte do tempo ao ar livre, então aos 18 
anos já recebemos de 50 a 80% da radiação solar de toda a vida. 
O efeito lesivo da radiação solar na pele é cumulativo ano após ano. 
https://www.dermatologiasp.com/filtros-solares-combatem-sinais-do-envelhecimento/
 
45 
 
10.1 Graus de fotoenvelhecimento 
 
Fonte: skinaffairs.wordpress.com 
 
Existem 4 graus de fotoenvelhecimento: 
Fotoenvelhecimentoprecoce: Discretas alterações na pigmentação da 
pele; sem ceratoses (lesões na pele); Idade 20 a 30 anos. 
Fotoenvelhecimento precoce a moderado: Lentigos senis (manchas 
relacionadas ao sol) precoces visíveis; Ceratoses palpáveis, mas não visíveis; 
Idade 30 a 40 anos. 
Fotoenvelhecimento avançado: Discromias (manchas) muito 
aparentes; Ceratoses visíveis; Idade 50 a 60. 
Fotoenvelhecimento grave: Pele amarelo-acinzentada; muitas 
ceratoses; Idade 60 ou 70 anos. 
Atualmente, o mercado que mais cresce no Brasil e no mundo, é o da 
beleza e estética. É possível notar um aumento desses serviços em 
todas as classes sociais, do lado dos clientes e consumidores. O Brasil 
é o terceiro maior mercado de beleza do mundo e deve superar sua 
marca dos R$ 50 bilhões de dólares e ultrapassar o Japão na posição 
de segundo, ficando atrás apenas dos Estados Unidos (SEBRAE, 
2017, apud VIEIRA, 2018). 
 
10.2 Classificação de Glogau 
 Classificação quanto ao fotoenvelhecimento foi desenvolvida por Glogau 
e se constitui como um dos principais critérios para escolha da profundidade dos 
peelings. Quanto mais avançado o índice Glogau do indivíduo, mais profundo 
 
46 
 
deve ser o nível do peeling para minimizar os efeitos dos sinais do 
envelhecimento. De acordo com a classificação de Glogau a pele pode ser 
agrupada em IV graus de acordo com os sinais que apresenta: 
Grau I: envelhecimento suave. Discretas alterações pigmentares e poucas 
rugas, poucas sequelas de acne. Uma maquiagem leve faz com que os sinais 
desapareçam; 
Grau II: envelhecimento moderado. Manchas senis precoces, ceratoses 
palpáveis, linha nasolabial evidenciando-se, discretas lesões de acne. Necessita 
de maior quantidade de base para cobrir as marcas do envelhecimento; 
Grau III: envelhecimento avançado. Fotoenvelhecimento avançado, 
discromia obvia, rugas sem movimento, cicatrizes acnéicas; 
Grau IV: envelhecimento grave. Fotoenvelhecimento grave, pele cinzenta, 
lesões malignas, rugas disseminadas, cicatrizes acnéicas. A maquiagem 
provoca rachaduras. 
 
 
11 AVALIAÇÃO FINAL DO PACIENTE 
 
Fonte:avmpmpr.com.br 
 Em geral, os profissionais já conhecem o número de sessões necessárias 
de tratamento para alcançar os resultados almejados por ele e pelo próprio 
paciente. Porém na avaliação o profissional deve individualizar os tratamentos 
 
47 
 
e, em determinados casos, explicar ao paciente que ele precisa de menos ou 
mais sessões. 
Os serviços de saúde proporcionam uma multiplicidade de riscos de 
origens e naturezas diversas aos trabalhadores que nele estão 
inseridos (POLLACK, 2014, apud SILVA, 2014). 
Baseando- se nos números de sessões determinadas na avaliação, o 
ideal é explicar ao paciente que na última sessão, será realizada outra avaliação, 
para mensurar os resultados. 
Não é considerável viável avaliação no meio do tratamento, visto que cada 
organismo responde de uma forma, havendo alguns casos em que na metade 
do tratamento já ocorreu grande resposta, e em outros, essa evolução só será 
visível ao final do tratamento proposto inicialmente. 
12 ASSEPSIA, DESINFECÇÃO E ESTERILIZAÇÃO 
Assepsia: é o conjunto de medidas que utilizamos para impedir a 
penetração de microrganismos num ambiente que logicamente não os tem, logo 
um ambiente asséptico é aquele que está livre de infecção. 
 Antissepsia: é o conjunto de medidas propostas para inibir o crescimento 
de microrganismos ou removê-los de um determinado ambiente, podendo ou 
não os destruís e para tal fim utilizamos antissépticos ou desinfetantes. 
Degermação: Vem do inglês degermation, ou desinquimação, e significa a 
diminuição do número de microrganismos patogênicos ou não, após a 
escovação da pele com água e sabão. 
 Fumigação: é a dispersão sob forma de partículas, de agentes 
desinfetantes como gases, líquidos ou sólidos. 
Desinfecção: é o processo pelo qual se destroem particularmente os 
germes patogênicos e/ou se inativa sua toxina ou se inibe o seu 
desenvolvimento. Os esporos não são necessariamente destruídos. 
Esterilização: é processo de destruição de todas as formas de vida 
microbiana (bactérias nas formas vegetativas e esporuladas, fungos e vírus) 
mediante a aplicação de agentes físicos e ou químicos. 
 
48 
 
Esterilizantes: são meios físicos (calor, filtração, radiações, entre outros) 
capazes de matar os esporos e a forma vegetativa, isto é, destruir todas as 
formas microscópicas de vida. 
Germicidas: são meios químicos utilizados para destruir todas as formas 
microscópicas de vida e são designados pelos sufixos "cida" ou "lise", como por 
exemplo, bactericida, fungicida, virucida, bacteriólise, entre outros. 
A legislação brasileira específica em biossegurança tem foco apenas 
nos organismos geneticamente modificados (ANDRADE, MELO et al., 
2014), sendo assim carece de regulamentação os organismos não 
modificados neste âmbito tratada apenas como resoluções e portarias, 
que no ordenamento jurídico brasileiro tem menor força jurídica do que 
leis, e em muitos deles de alto risco para a saúde do trabalhador e para 
o meio ambiente (BRASIL, 2005, apud SILVA, 2014). 
Antissepsia consiste na utilização de produtos (microbicidas ou 
microbiostáticos) sobre a pele ou mucosa com o objetivo de reduzir os micro-
organismos em sua superfície. (ANVISA). 
Vários são os produtos utilizados, dentre eles destacamos o iodo 
povidona PVPI, o qual é muito utilizado na antissepsia e degermação. Porém, os 
diferentes tipos de PVPI são utilizados em diferentes superfícies. 
PVPI aquoso: Composto orgânico de iodo, não age na presença de 
materiais orgânicos e eleva o nível sérico de iodo; 
PVPI degermante: Utilizado somente em pele íntegra, com a finalidade de 
remover sujidade e reduzir a flora transitória e residente. Deve ser retirado após 
o uso. Tem indicação também na degermação da pele, mãos, área cirúrgica e 
procedimentos invasivos. 
PVPI alcoólico: Indicado para uso em pele íntegra, após degermação das 
mãos, com a finalidade de fazer luva química e demarcar a área operatória, 
reduzindo a flora da pele. 
O antisséptico clorexidina aquoso faz a antissepsia, antes de 
procedimentos invasivos, com um tempo de ação residual de 5 a 6 horas. Já o 
álcool a 70% glicerinado tem ação imediata e faz a antissepsia de procedimentos 
que não necessitam de efeito residual por serem de curta duração. 
A antissepsia das mãos: em unidades de terapia intensiva, berçário de 
alto risco, unidades de transplantes, hematologia e na realização de pré e de 
pós-procedimentos e exames invasivos deve ser realizada utilizando-se a 
 
49 
 
mesma técnica de lavagem das mãos, incluindo os antebraços, porém, usando 
os antissépticos acima citados. 
Ao utilizar PVPI ou clorexidina não utilizar álcool a 70% imediatamente 
após, pois este inativa a ação residual dos mesmos. O uso do PVPI é 
contraindicado em recém-natos e grandes queimados devido a sua absorção 
transcutânea de iodo, podendo acarretar hipertireoidismo. A clorexidina deve ser 
utilizada em caso de pacientes ou funcionários alérgicos ao iodo. 
Para que você considere a importância da antissepsia e dos procedimentos 
invasivos, é importante lembrar alguns procedimentos invasivos. 
Tubos orotraqueais associados ao ventilador artificial; Cateteres venosos 
centrais; Cateteres arteriais; Cateteres para monitoração de pressão 
intracraniana; Sondas e drenos em cavidades, órgãos ou espaços. 
Quando a entrega foi institucionalizada, práticas como episiotomia, 
tricotomia, enema, e indução do trabalho de parto começou a ser usada 
sem seu uso rotineiro, sendo apoiado por evidência. Ou seja, cuidados 
obstétricos e neonatais focados no modelo biomédico, com critérios 
acríticos uso do conhecimento técnico, sendo percebido como 
patológico. (SUAREZ, 2015, apud FABRIZZIO, 2019). 
Conforme a definição, a prática da assepsia se utiliza de meios 
apropriados para impedir a introdução de micro-organismos no organismo.

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