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livro dermatofuncional

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Indaial – 2022
Dermatofuncional
Prof. Daniel Vicentini de Oliveira
Prof.ª Maria Cecília Ribeiro Bruning
Prof.ª Priscila dos Santos Telles
1a Edição
fisioterapia
Elaboração:
Prof. Daniel Vicentini de Oliveira
Prof.ª Maria Cecília Ribeiro Bruning
Prof.ª Priscila dos Santos Telles
Copyright © UNIASSELVI 2022
 Revisão, Diagramação e Produção: 
Equipe Desenvolvimento de Conteúdos EdTech 
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI
Ficha catalográfica elaborada pela equipe Conteúdos EdTech UNIASSELVI
Impresso por:
O48f
Oliveira, Daniel Vicentini de
Fisioterapia dermatofuncional. / Daniel Vicentini de Oliveira; 
Maria Cecília Ribeiro Bruning; Priscila dos Santos Telles. – Indaial: 
UNIASSELVI, 2022.
183 p.; il.
ISBN 978-85-515-0526-7
1. Anatomorfisiopatologia. - Brasil. I. Oliveira, Daniel Vicentini de. 
II. Bruning, Maria Cecília Ribeiro. III. Telles, Priscila dos Santos. IV. Centro 
Universitário Leonardo Da Vinci.
CDD 611
Olá, acadêmico!
Seja bem-vindo ao Livro Didático Fisioterapia Dermatofuncional! 
A disciplina de Fisioterapia Dermatofuncional permite a avaliação de diversas 
disfunções das grandes áreas: facial, corporal e terapia capilar, além de trabalhar com 
pré e pós-operatório de cirurgias plásticas e reparadoras e com pacientes queimados, 
estão disponíveis diversas formas de intervenção com uso de cosméticos, eletroterapia 
e técnicas manuais, sendo sua escolha baseada em uma avaliação adequada para 
diagnostico das indicações e contraindicações de cada procedimento. É importante, 
também, o conhecimento da anatomia e fisiopatologia de cada disfunção.
Na Unidade 1, abordaremos as a anatomorfisiopatologia e avaliação do sistema 
tegumentar, afecções cutâneas e distúrbios estéticos faciais como discromias, marcas 
de expressão e rugas, principais disfunções estéticas corporais, tais como lipodistrofia 
ginoide, estrias, flacidez tissular e muscular e lipodistrofia localizada, sendo abordados 
os temas de avaliação, fisiopatologia das disfunções e algumas possíveis intervenções.
Na Unidade 2, serão trabalhadas as estratégias terapêuticas em fisioterapia 
dermatofuncional, trazendo as possibilidades de uso de cosméticos, recursos físicos, 
químicos e mecânicos que podem ser utilizados, e recursos específicos para cada 
grande área, como a facial, corporal e anexos cutâneos.
Na Unidade 3, serão trabalhados tópicos especiais em fisioterapia 
dermatofuncional, como pré, trans e pós-operatório de cirurgias plásticas, 
reconstrutivas ou bariátricas, medicamentos injetáveis que têm seu uso permitido na 
área de dermatofuncional, Acórdão nº 020/2020 e atendimento fisioterapêutico para 
pacientes queimados.
Bons estudos!
Prof. Daniel Vicentini de Oliveira
Prof.ª Maria Cecília Ribeiro Bruning
Prof.ª Priscila dos Santos Telles
APRESENTAÇÃO
Olá, acadêmico! Para melhorar a qualidade dos materiais ofertados a você – e 
dinamizar, ainda mais, os seus estudos –, nós disponibilizamos uma diversidade de QR Codes 
completamente gratuitos e que nunca expiram. O QR Code é um código que permite que você 
acesse um conteúdo interativo relacionado ao tema que você está estudando. Para utilizar 
essa ferramenta, acesse as lojas de aplicativos e baixe um leitor de QR Code. Depois, é só 
aproveitar essa facilidade para aprimorar os seus estudos.
GIO
Olá, eu sou a Gio!
No livro didático, você encontrará blocos com informações 
adicionais – muitas vezes essenciais para o seu entendimento 
acadêmico como um todo. Eu ajudarei você a entender 
melhor o que são essas informações adicionais e por que você 
poderá se beneficiar ao fazer a leitura dessas informações 
durante o estudo do livro. Ela trará informações adicionais 
e outras fontes de conhecimento que complementam o 
assunto estudado em questão.
Na Educação a Distância, o livro impresso, entregue a todos 
os acadêmicos desde 2005, é o material-base da disciplina. 
A partir de 2021, além de nossos livros estarem com um 
novo visual – com um formato mais prático, que cabe na 
bolsa e facilita a leitura –, prepare-se para uma jornada 
também digital, em que você pode acompanhar os recursos 
adicionais disponibilizados através dos QR Codes ao longo 
deste livro. O conteúdo continua na íntegra, mas a estrutura 
interna foi aperfeiçoada com uma nova diagramação no 
texto, aproveitando ao máximo o espaço da página – o que 
também contribui para diminuir a extração de árvores para 
produção de folhas de papel, por exemplo.
Preocupados com o impacto de ações sobre o meio ambiente, 
apresentamos também este livro no formato digital. Portanto, 
acadêmico, agora você tem a possibilidade de estudar com 
versatilidade nas telas do celular, tablet ou computador.
Preparamos também um novo layout. Diante disso, você 
verá frequentemente o novo visual adquirido. Todos esses 
ajustes foram pensados a partir de relatos que recebemos 
nas pesquisas institucionais sobre os materiais impressos, 
para que você, nossa maior prioridade, possa continuar os 
seus estudos com um material atualizado e de qualidade.
QR CODE
ENADE
LEMBRETE
Olá, acadêmico! Iniciamos agora mais uma 
disciplina e com ela um novo conhecimento. 
Com o objetivo de enriquecer seu conheci-
mento, construímos, além do livro que está em 
suas mãos, uma rica trilha de aprendizagem, 
por meio dela você terá contato com o vídeo 
da disciplina, o objeto de aprendizagem, materiais complementa-
res, entre outros, todos pensados e construídos na intenção de 
auxiliar seu crescimento.
Acesse o QR Code, que levará ao AVA, e veja as novidades que 
preparamos para seu estudo.
Conte conosco, estaremos juntos nesta caminhada!
Acadêmico, você sabe o que é o ENADE? O Enade é um 
dos meios avaliativos dos cursos superiores no sistema federal de 
educação superior. Todos os estudantes estão habilitados a participar 
do ENADE (ingressantes e concluintes das áreas e cursos a serem 
avaliados). Diante disso, preparamos um conteúdo simples e objetivo 
para complementar a sua compreensão acerca do ENADE. Confira, 
acessando o QR Code a seguir. Boa leitura!
SUMÁRIO
UNIDADE 1 - ANATOMORFISIOPATOLOGIA E AVALIAÇÃO DO SISTEMA 
TEGUMENTAR ..........................................................................................................1
TÓPICO 1 - ANATOMORFOFISIOLOGIA DO SISTEMA TEGUMENTAR ................... 3
1 INTRODUÇÃO ........................................................................................................ 3
2 AFECÇÕES CUTÂNEAS E DISTÚRBIOS ESTÉTICOS FACIAIS ...........................4
2.1 ACNE ........................................................................................................................................6
2.2 DISCROMIAS .........................................................................................................................7
2.3 ENVELHECIMENTO CUTÂNEO ..........................................................................................9
2.4 ROSÁCEA/COUPEROSE ....................................................................................................11
3 AFECÇÕES CUTÂNEAS E DISTÚRBIOS ESTÉTICOS CORPORAIS .................. 13
3.1 ESTRIAS ................................................................................................................................13
3.2 LIPODISTROFIA GINOIDE ..................................................................................................15
3.3 LIPODISTROFIA LOCALIZADA ......................................................................................... 17
3.4 FLACIDEZ .............................................................................................................................19
RESUMO DO TÓPICO 1 ..........................................................................................22
AUTOATIVIDADE ...................................................................................................23
TÓPICO 2 - TÉCNICAS E INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO FACIAL ...................25
1 INTRODUÇÃO ......................................................................................................252 ANAMNESE .........................................................................................................25
3 LÂMPADA DE WOOD ...........................................................................................28
4 CLASSIFICAÇÃO DE FITZPATRICK ...................................................................28
5 CLASSIFICAÇÃO DE BAUMANN ........................................................................29
RESUMO DO TÓPICO 2 ..........................................................................................30
AUTOATIVIDADE ................................................................................................... 31
TÓPICO 3 - TÉCNICAS E INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO CORPORAL ............33
1 INTRODUÇÃO ......................................................................................................33
2 DIGITOPRESSÃO: SINAL DE GODET .................................................................33
3 SINAL DE STEMMER ..........................................................................................34
4 ANTROPOMETRIA ..............................................................................................34
5 DOBRAS CUTÂNEAS ..........................................................................................35
6 PERIMETRIA .......................................................................................................35
7 BIOIMPEDÂNCIA ................................................................................................36
8 PALPAÇÃO/TERMOGRAFIA ..............................................................................36
9 FOTODOCUMENTAÇÃO ......................................................................................38
10 OUTROS RECURSOS ........................................................................................38
RESUMO DO TÓPICO 3 ..........................................................................................39
AUTOATIVIDADE .................................................................................................. 40
TÓPICO 4 - TÉCNICAS E INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO DOS ANEXOS 
CUTÂNEOS ............................................................................................................43
1 INTRODUÇÃO ......................................................................................................43
2 DERMATOSCÓPIO ..............................................................................................43
3 HISTÓRIA CLÍNICA .............................................................................................43
4 AVALIAÇÃO UNGUEAL.......................................................................................45
5 AVALIAÇÃO GLÂNDULAS SEBÁCEAS ..............................................................46
RESUMO DO TÓPICO 4 .......................................................................................... 47
AUTOATIVIDADE .................................................................................................. 48
TÓPICO 5 - ELABORAÇÃO DO PLANO DE TRATAMENTO 
FISIOTERAPÊUTICO APLICADO À DERMATOFUNCIONAL ................................. 51
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 51
2 TRATAMENTO PARA PATOLOGIAS UNGUEAIS ................................................ 51
3 TRATAMENTO DAS PATOLOGIAS CORPORAIS ................................................52
3.1 MICROAGULHAMENTO ..................................................................................................... 52
3.2 MICROGALVANOPUNTURA ............................................................................................. 52
3.3 LASER .................................................................................................................................. 53
3.4 CARBOXITERAPIA ............................................................................................................. 53
3.5 RADIOFREQUÊNCIA ..........................................................................................................54
3.6 ELETROLIPOFORESE .......................................................................................................54
3.7 CRIOLIPÓLISE ..................................................................................................................... 55
3.8 ULTRASSOM FOCADO ...................................................................................................... 56
3.9 VACUOTERAPIA ..................................................................................................................57
3.10 ULTRASSOM .......................................................................................................................57
3.11 ONDAS DE CHOQUE .........................................................................................................57
4 TRATAMENTO DAS PATOLOGIAS FACIAIS .......................................................58
4.1 DESINCRUSTE/ IONTOFORESE ......................................................................................58
4.2 ELETROLIFITING ................................................................................................................ 59
4.3 MICRODERMOABRASÃO ................................................................................................. 59
4.4 RADIOFREQUÊNCIA ........................................................................................................60
4.5 LEDS ......................................................................................................................................61
4.6 LIMPEZA DE PELE ............................................................................................................ 62
4.7 MICROAGULHAMENTO ..................................................................................................... 62
4.8 PEELINGS ........................................................................................................................... 63
LEITURA COMPLEMENTAR ..................................................................................64
RESUMO DO TÓPICO 5 ..........................................................................................66
AUTOATIVIDADE ................................................................................................... 67
REFERÊNCIAS .......................................................................................................69
UNIDADE 2 — ESTRATÉGIAS TERAPÊUTICAS EM FISIOTERAPIA 
DERMATOFUNCIONAL .......................................................................................... 77
TÓPICO 1 — COSMETOLOGIA APLICADA À FISIOTERAPIA 
DERMATOFUNCIONAL .......................................................................................... 79
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 79
2 RACIOCÍNIO CLÍNICO ......................................................................................... 79
3 COSMETOLOGIA ................................................................................................. 81
RESUMO DO TÓPICO 1 ..........................................................................................86
AUTOATIVIDADE ...................................................................................................87
TÓPICO 2 - RECURSOS FÍSICOS, QUÍMICOS E MECÂNICOS APLICADOS À 
FISIOTERAPIA DERMATOFUNCIONAL .................................................................89
1 INTRODUÇÃO ......................................................................................................89
2 FACIAIS ..............................................................................................................89
2.1 MICRODERMOABRASÃO FACIAL ....................................................................................90
2.2 ENDERMOLOGIA – VACUOTERAPIA ..............................................................................912.3 PEELINGS QUÍMICOS FACIAIS ........................................................................................91
2.4 MASSAGENS FACIAIS ...................................................................................................... 94
2.4.1 Effleurage (deslizamento ou alisamento) ........................................................... 94
2.4.2 Petrissage (amassamento) .................................................................................. 95
2.4.3 Fricção ....................................................................................................................... 95
2.4.4 Drenagem linfática ................................................................................................. 96
3 CORPORAIS ........................................................................................................96
3.1 ENDERMOLOGIA .................................................................................................................97
3.2 PEELING QUÍMICO CORPORAL ......................................................................................98
3.3 MASSAGEM CORPORAL .................................................................................................. 99
3.4 MICRODERMOABRASÃO CORPORAL .......................................................................... 101
4 ANEXOS CUTÂNEOS ........................................................................................ 101
RESUMO DO TÓPICO 2 ........................................................................................103
AUTOATIVIDADE .................................................................................................104
TÓPICO 3 - RECURSOS TERAPÊUTICOS APLICADOS À FISIOTERAPIA 
DERMATOFUNCIONAL ........................................................................................ 107
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................... 107
2 FACIAIS ............................................................................................................ 107
2.1 RADIOFREQUÊNCIA ......................................................................................................... 108
2.2 ALTA FREQUÊNCIA .......................................................................................................... 110
3 CORPORAL ........................................................................................................ 111
3.1 RADIOFREQUÊNCIA ...........................................................................................................111
3.2 ULTRASSOM ...................................................................................................................... 113
3.3 CORRENTE RUSSA .......................................................................................................... 115
4 ANEXOS CUTÂNEOS ........................................................................................ 118
4.1 ALTA FREQUÊNCIA ........................................................................................................... 118
4.2 LUZ INTENSA PULSADA – PELOS ............................................................................... 118
4.3 LASER – PELOS ................................................................................................................ 119
LEITURA COMPLEMENTAR ................................................................................ 121
RESUMO DO TÓPICO 3 ........................................................................................ 127
AUTOATIVIDADE .................................................................................................128
REFERÊNCIAS .....................................................................................................130
UNIDADE 3 — TÓPICOS ESPECIAIS EM FISIOTERAPIA 
DERMATOFUNCIONAL .........................................................................................131
TÓPICO 1 — ATUAÇÃO DA FISIOTERAPIA NO PRÉ, TRANS E 
PÓS-OPERATÓRIO DE CIRURGIAS PLÁSTICAS, 
RECONSTRUTIVAS, BARIÁTRICAS ....................................................................133
1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................133
2 O PAPEL DA FISIOTERAPIA DERMATOFUNCIONAL NOS 
PROCEDIMENTOS CIRÚRGICOS ........................................................................133
3 INTERVENÇÕES FISIOTERAPÊUTICAS PRÉ-OPERATÓRIAS ........................138
4 INTERVENÇÕES FISIOTERAPÊUTICAS PÓS-OPERATÓRIAS .......................140
RESUMO DO TÓPICO 1 ........................................................................................146
AUTOATIVIDADE ................................................................................................. 147
TÓPICO 2 - SUBSTÂNCIAS E/OU MEDICAMENTOS UTILIZADOS PELO 
FISIOTERAPEUTA ...............................................................................................149
1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................149
2 IONTOFORESE ..................................................................................................149
2.1 TIPO DE CORRENTE NECESSÁRIA ................................................................................ 151
2.2 GERADORES DE IONTOFORESE ...................................................................................152
2.3 INTENSIDADE DE CORRENTE ...................................................................................... 153
2.4 DURAÇÃO DO TRATAMENTO ........................................................................................ 153
2.5 DOSAGEM DE MEDICAÇÃO ........................................................................................... 153
2.6 ELETRODOS...................................................................................................................... 154
3 CARBOXITERAPIA ........................................................................................... 156
4 PRINCÍPIOS ATIVOS E COSMÉTICOS UTILIZADOS EM 
DERMATOFUNCIONAL ........................................................................................ 157
RESUMO DO TÓPICO 2 ........................................................................................160
AUTOATIVIDADE ..................................................................................................161
TÓPICO 3 - PROCEDIMENTOS INJETÁVEIS REALIZADOS PELO 
FISIOTERAPEUTA ............................................................................................... 163
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................... 163
2 ACÓRDÃO Nº 20/2020, DE 19 DE NOVEMBRO DE 2020 ............................... 163
3 OZONIOTERAPIA ..............................................................................................164
4 PLASMA RICO EM PLAQUETAS (PRP) ............................................................164
5 INTRADERMOTERAPIA/MESOTERAPIA ........................................................ 165
6 MICROAGULHAMENTO .................................................................................... 165
7 HIDROLIPOCLASIA ULTRASSÔNICA NÃO ASPIRATIVA ................................. 166
8 PREENCHEDORES SEMIPERMANENTES ....................................................... 166
9 FIOS DE SUSTENTAÇÃO E BIOESTIMULAÇÃO ............................................... 166
10 TOXINA BOTULÍNICA ..................................................................................... 167
RESUMO DO TÓPICO 3 ........................................................................................168
AUTOATIVIDADE ................................................................................................. 169
TÓPICO 4 - FISIOTERAPIA EM PACIENTES QUEIMADOS .......................................171
1 INTRODUÇÃO .....................................................................................................1712 ASPECTOS GERAIS E FISIOLÓGICOS DA QUEIMADURA E DA 
CICATRIZAÇÃO ....................................................................................................171
3 AVALIAÇÃO DO PACIENTE QUEIMADO ........................................................... 173
3.1 CLASSIFICAÇÃO PELA PROFUNDIDADE DA QUEIMADURA ...................................173
3.2 MENSURAÇÃO DA EXTENSÃO DA QUEIMADURA ....................................................174
4 TRATAMENTO FISIOTERAPÊUTICO EM PACIENTES QUEIMADOS ............... 175
4.1 COMPRESSÃO TECIDUAL ...............................................................................................176
4.2 AGENTES ELETROTERMOFOTOTERAPÊUTICOS ......................................................176
4.3 VACUOTERAPIA ................................................................................................................178
LEITURA COMPLEMENTAR ................................................................................ 179
RESUMO DO TÓPICO 4 ........................................................................................180
AUTOATIVIDADE ................................................................................................. 181
REFERÊNCIAS .....................................................................................................183
1
UNIDADE 1 - 
ANATOMORFISIOPATOLOGIA 
E AVALIAÇÃO DO SISTEMA 
TEGUMENTAR
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
PLANO DE ESTUDOS
A partir do estudo desta unidade, você deverá ser capaz de:
• conhecer as estruturas e funções do sistema tegumentar;
• entender como se desenvolvem as patologias estética faciais e corporais;
• conhecer as principais formas de avaliação de cada disfunção dermatofuncional;
• verificar o que é importante na avaliação, para conduzir um tratamento 
dermatofuncional adequado.
Esta unidade está dividida em cinco tópicos. No decorrer dela, você encontrará 
autoatividades com o objetivo de reforçar o conteúdo apresentado.
TÓPICO 1 – ANATOMORFOFISIOLOGIA DO SISTEMA TEGUMENTAR
TÓPICO 2 – TÉCNICAS E INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO FACIAL
TÓPICO 3 – TÉCNICAS E INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO CORPORAL
TÓPICO 4 – TÉCNICAS E INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO DOS ANEXOS CUTÂNEOS
TÓPICO 5 – ELABORAÇÃO DO PLANO DE TRATAMENTO FISIOTERAPÊUTICO APLICADO 
À DERMATOFUNCIONAL
Preparado para ampliar seus conhecimentos? Respire e vamos em frente! Procure 
um ambiente que facilite a concentração, assim absorverá melhor as informações.
CHAMADA
2
CONFIRA 
A TRILHA DA 
UNIDADE 1!
Acesse o 
QR Code abaixo:
3
ANATOMORFOFISIOLOGIA DO 
SISTEMA TEGUMENTAR
1 INTRODUÇÃO
TÓPICO 1 - UNIDADE 1
Nosso corpo é revestido externamente por um tipo de tegumento conhecido 
como pele. Este sistema, o tegumentar, é composto por pele, pelos e anexos cutâneos. 
Fazem parte, também, deste sistema as unhas, os pelos, glândulas sebáceas e 
sudoríparas, bem como vários receptores especializados, é considerada o maior órgão do 
corpo humano. Dividido em camadas, sendo a mais superficial a epiderme, basicamente 
constituída de tecido epitelial possuindo cinco camadas: basal, espinhosa, granulosa, 
lúcida e córnea. A segunda camada, a derme, compõe-se de tecido conjuntivo e vasos 
sanguíneos. Algumas literaturas ainda consideram uma terceira camada, a hipoderme, 
composta de tecido conjuntivo que armazena lipídeos e possui funções de proteção e 
regulação térmica do corpo (D’ANGELO; FATTINI, 2011).
A pele é um órgão, composto por milhões de receptores sensitivos, com uma 
vasta rede vascular, funcionando como uma interface entre o meio interno e externo. 
Ou seja, entre corpo e meio ambiente, protegendo-o quando interage com o ambiente. 
Consiste em uma variedade de tecidos organizados em conjunto, sendo sua aparência 
clinicamente importante porque demonstra algumas disfunções corporais. Alguns 
exemplos, uma pele sem coloração indicam um estado de choque, avermelhada e 
quente, febre e infecção; erupções na pele indicam alergias ou infecções locais, já 
algumas texturas diferentes podem mostrar alterações glandulares ou nutricionais, 
pode demonstrar também problemas emocionais (GRAAFF, 2003). 
4
FIGURA 1 – ANATOMIA DA PELE
FONTE: <https://shutr.bz/3JmZXZN>. Acesso em: 18 mar. 2021.
A derme é composta pela camada papilar, tipo de tecido conectivo frouxo, 
contém capilares que nutrem a epiderme, tem esse nome devido às papilas que se 
projetam entre as cristas da pele. A segunda camada, a reticular, tem fibras unidas em 
um emaranhado de tecido conectivo que circunda vasos sanguíneos, folículos pilosos, 
nervos, glândulas (MARTINI et al, 2009).
pelo
Epiderme
Derme
Hipoderme
tecido 
subcutâneo
Poro 
Sudoríparo
nervo
Glândula 
Sudorípara
Bulbo piloso
veia
Artéria
Tecido 
adiposo
2 AFECÇÕES CUTÂNEAS E DISTÚRBIOS ESTÉTICOS FACIAIS
A pele é o maior órgão do corpo humano, indispensável à vida, é a proteção do 
organismo contra o ambiente externo. É vital ao organismo, promovendo proteção contra 
lesões ambientais, controle da temperatura, função sensorial e produção de vitamina D. 
Manifesta inúmeros sinais e sintomas, que auxiliam no diagnóstico de doenças.
Recobre em torno de 2 m2, modifica a espessura conforme a região do corpo 
avaliada, sendo que, nas palmas das mãos e na planta dos pés, devido uma maior 
pressão nestes locais, é mais espessa quando comparada com a pálpebra dos olhos. 
Sendo que a pele do corpo recebe 1/3 de todo o sangue que circula pelo organismo, 
ainda, este tegumento apresenta características de resistência e elasticidade 
(D’ANGELO; FATTINI, 2011). 
5
NOTA
A pele é um órgão, o maior do corpo humano, que, no caso de alteração de 
temperatura, pode chegar a eliminar em torno de 11 litros de suor, sendo que 
isso só não ocorre no leito ungueal, tímpanos e margem dos lábios. O cheiro do 
suor é causado pela presença de bactérias presentes em nosso corpo.
A pele pode ser definida como um órgão sensorial, permitindo a percepção de 
estímulos de natureza táteis, térmicos e dolorosos, e ainda corresponde a 70% da água 
do corpo livre do peso de tecido adiposo. Conforme nos desenvolvemos, o colágeno e 
a elastina se tornam maduros. Os fibroblastos aumentam sua síntese, o colágeno se 
torna mais resistente. Na vida adulta, esta síntese diminui devido à redução da mitose, 
quando se inicia o processo de envelhecimento (RODRIGUES, 2009). 
Pode ser considerado um sistema de comunicação entre os sistemas nervoso, 
imunológico e endócrino, com os órgãos internos, sendo que, constantemente, se 
comunica com o sistema nervoso central. Tem origem em folhetos denominados 
ectoderme e mesoderme, o primeiro origina a epiderme, melanócitos, anexos cutâneos, 
todas as estruturas do sistema nervoso e o epitélio de revestimento das cavidades nasal, 
oral e anal. Do segundo folheto, origina-se a derme, células de Langherans, hipoderme, 
músculos esqueléticos e lisos, sistemas circulatório, esquelético, excretor e reprodutor 
(FASSHEBER et al. ,2018). 
Dentre as camadas da pele temos a epiderme, que é superficial, composta de 
um epitélio estratificado de 0,007 a 0,12 mm de espessura, compõe-se, em sua maioria, 
de camadas de células mortas, de quatro a cinco camadas dependendo de onde a 
pele se encontra. Nas palmas das mãos e planta dos pés existem cinco camadas, por 
estarem mais expostas ao atrito, nas outras áreas, apenas quatro camadas. 
A primeira camada, ou basal, é única e está em contato direto com a derme, 
composta especificamente por quatro tipos celulares: os queratinócitos, melanócitos, 
células de Merkel (táteis) e dendrócitos granulares não pigmentados (células de 
Langerhans), as células se renovam constantemente, nesta camada, através da mitose, 
e vão para superfície superior para renovar a epiderme, chegando até a última camada, a 
córnea, onde as células chegam anucleadas, ou seja mortas, para posterior descamação, 
o que leva de seis a oito semanas, para que as novas células se desloquem da camada 
basal até a camada córnea (GRAAFF, 2003).
6
Nem todos os sinais apresentadospela pele demonstram infecção, trauma 
ou alergia, alguns decorrem de respostas normais ao ambiente, exemplo, a 
hiperqueratose, que é a calosidade formada por excesso de produção de 
queratina, geralmente por excesso de abrasão mecânica, os conhecidos calos 
(MARTINI et al., 2009).
ATENÇÃO
2.1 ACNE
Dentre as afecções cutâneas, temos a acne que pode ser descrita como uma 
patologia inflamatória de caráter crônico, que afeta a unidade pilossebácea, podendo 
apresentar formas de comedões tanto abertos quanto fechados, além de que, nos casos 
mais graves, pode trazer presença de pápulas, pústulas e pode, inclusive, apresentar 
cistos, o que muitas vezes acaba causando cicatrizes inestéticas no local acometido 
(LYON; SILVA, 2015). 
Afeta em torno de 80%, pessoas entre 11 e 30 anos de idade, sendo característica 
de resposta do organismo à bactéria Proprionibacterium acne, considerada uma afecção 
dermatológica que causa lesões evidentes, polimorfas, de intensidade variável (BORGES; 
SCORZA, 2016). Atinge, com maior frequência, a fase da adolescência, principalmente o 
sexo feminino mais precocemente, por volta de 12 a 14 anos, já, o sexo masculino, por 
volta dos 14 aos 16 anos, sendo que, com a passagem da fase da puberdade, acaba por 
regredir de forma espontânea. Muitas meninas são acometidas devido a problemas do 
sistema endócrino, ou, ainda, pela presença da patologia de ovário policístico. 
Surge devido um aumento da secreção da glândula sebácea, denominada 
seborreia, decorrente de hiperplasia destas glândulas; uma ceratose do canal folicular 
que o estreita e acaba por reter o sebo, denominada comedogênese, e a presença de 
um micro-organismo no ducto sebáceo o conhecido Propionibacterium acnes, todo o 
processo acaba levando a um quadro inflamatório local (AZULAY, 2017). 
FIGURA 2 – ACNE EM FACE
FONTE: <https://shutr.bz/3qk0O5N>. Acesso em: 18 mar. 2022.
7
Geralmente, as peles acneicas estão em estado de asfixia, havendo dificuldade 
de a secreção sebácea ser excretada para o exterior, ficando retida no canal folicular, 
sendo necessária uma limpeza dos canais para uma melhor oxigenação, evitando a 
formação da acne (BORGES, 2010).
Quando ocorrem mudanças nas glândulas sebáceas, sudoríparas e nos 
folículos, deve-se verificar alterações hormonais, visto que, especialmente 
no período da puberdade, podem promover um aumento da atividade 
secretora dessas estruturas. Pessoas que apresentam a estrutura glandular 
(sebácea) de forma mais visível, podem, com maior frequência, desenvolver 
a acne, especialmente durante a fase de adolescência. Outra patologia 
bastante frequente é a dermatite seborreica, que faz com que as glândulas 
sebáceas se inflamem, tenham uma grande atividade, deixando a epiderme 
mais descamativa. Fatores como ansiedade, estresse e alergias alimentares, 
com infecções concomitantes por fungos, podem aumentar a gravidade da 
inflamação (MARTINI et al., 2009).
IMPORTANTE
As causas se dividem em herança, em que o tamanho da glândula, atividade 
durante a fase da puberdade, e queratinização da glândula, causadas por fatores 
genéticos, sendo que, quando os pais apresentam acne, a chance de ser transmitido aos 
descendentes é de aproximadamente 50%. Outro fator é a queratinização infundibular 
de forma descontrolada acompanhada de hiperqueratose, o que obstrui o folículo 
e promove o surgimento do comedão. A terceira causa é a hipersecreção sebácea, 
causada em especial quando ocorre o desenvolvimento das glândulas sebáceas 
por ação hormonal dos androgênios (por exemplo, testosterona) com maior ação na 
puberdade (LYON; SILVA, 2015).
2.2 DISCROMIAS 
A pele apresenta colorações diferenciadas devido à presença de melanina, 
que pode ser de cor marrom, vermelha e preta, bem como pela presença de sangue 
e vasos sanguíneos da derme. Sendo que podem ocorrer discromias caracterizadas 
por alterações na coloração da pele por diminuição (leucodermias), ou por aumento da 
melanina (melanodermias), ou, ainda, pode ocorrer uma deposição de pigmentos em 
especial na derme (hipercromias). A principal leucodermia é o albinismo, ausência total 
ou quase total da melanina na pele, cabelos e olhos, levando a pessoa acometida a uma 
fotossensibilidade, e um maior risco de desenvolvimento de tumores quando exposta 
aos raios ultravioletas (RIVITTI, 2018). 
8
FIGURA 3 – CRIANÇA ALBINA
FONTE: <https://shutr.bz/3iiZfRb>. Acesso em: 18 mar. 2022.
De forma adquirida, pode surgir o vitiligo, também uma leucodermia, caracteriza-
se com o surgimento de lesões acrômicas nos locais onde houve destruição dos 
melanócitos. Não possui patogênese esclarecida, mas, em geral, ocorre após traumas 
ou queimaduras de Sol, existem explicações por três teorias, uma imunológica, que a 
caracteriza por uma patologia autoimune, uma teoria citotóxica, em que derivados de 
hidroquinona são tóxicos para melanócitos, vindo, por exemplo, a ocorrer devido a um 
estresse oxidativo, e, por fim, uma teoria neural em que as lesões do vitiligo ocorreriam 
em áreas denervadas (RIVITTI, 2018).
FIGURA 4 – PESSOA COM VITILIGO
FONTE: <https://shutr.bz/3tkMo7g>. Acesso em: 18 mar. 2022.
As hipercromias se caracterizam por hiperpigmentação com vários fatores 
desencadeantes, tais como envelhecimento, período gestacional, problemas endócrinos 
e a exposição ao Sol. No caso da gravidez, estas hiperpigmentações são conhecidas 
como melasmas, e se caracterizam como manchas de coloração marrom, formas 
irregulares, mais frequentes na face, além do período gestacional, podem surgir devido 
ao uso de medicação anticoncepcional (KAMIZATO; BRITO, 2014).
9
NOTA
O melanócito é uma célula que possui dendritos que são capazes de se 
desenvolver em direção às laterais e para cima, permitindo que cada um 
deles seja capaz de transmitir seus melanossomas para aproximadamente 36 
queratinócitos (MONTEIRO, 2012).
A melanina é produzida pelos melanócitos que ficam na camada basal na 
epiderme, bulbo piloso e olhos. Tem como função a proteção dos raios ultravioletas, 
refletindo-os ou difratando-os, tem função de proteção das células, o tecido irradiado 
faz com que os melanossomas (vesículas que contêm melanina) fiquem ao redor do 
núcleo para que protejam o material genético da célula. O bronzeado, na verdade, é uma 
forma de proteção, para que não ocorra o fotoenvelhecimento ou a fotocarcinogênese, 
bem como uma produção desordenada, pode causar alterações cutâneas, como, por 
exemplo, as manchas e lentigos. A melanogênese ocorre porque a tirosinase (enzima 
que controla o processo), é produzida no retículo endoplasmático rugoso transferida 
para o Complexo de Golgi associado ao lisossoma, ativada e secretada para dentro 
de uma vesícula, um pré melanossoma é liberado e se une à vesícula, formando o 
melanossoma, em que a tirosinase converte tirosina em eumelanina (cor preta), ou em 
feomelanina (amarela ou avermelhada) (KAMIZATO; BRITO, 2014). 
2.3 ENVELHECIMENTO CUTÂNEO
Nossa pele ainda é acometida pelo envelhecimento, que pode ser descrito 
como um fenômeno fisiológico, que se desenvolve de forma progressiva e não pode ser 
revertido, causa um declínio na função e na estrutura do tecido cutâneo. Desenvolve-se 
intrinsecamente influenciado por fatores genéticos, características de cada indivíduo, 
sendo afetado por fatores endógenos e exógenos, sendo a principal causa exógena 
a exposição à radiação ultravioleta conhecido como fotoenvelhecimento. A radiação 
ultravioleta UVA e UVB degradam o colágeno e promovem dano ao DNA do núcleo e da 
mitocôndria, promovendo o envelhecimento celular (LUPI et al., 2012).
O fotoenvelhecimento causa alterações na pele no nível microscópico, 
classificada em Escala de Glogau, conforme Borges (2010):
• Tipo I – discreta: pode-se descrever como “sem rugas”. Por se tratar de um 
fotoenvelhecimento precoce, existe uma discreta alteração na pigmentação, as 
rugas são mínimas e, geralmente, ocorrem entre as idades de 20 a 30 anos.
• Tipo II – moderada: rugas ao movimento. Já então presenteslentigos senis, 
ceratoses palpáveis, mas ainda não visíveis, início do aparecimento da linha paralela 
ao sorriso, face com aspecto cansado, entre 30 e 40 anos.
10
• Tipo III – avançada: rugas em repouso. Discromias, ceratoses visíveis, rugas 
apresentam-se mesmo sem movimento, aspecto de cansaço constante, em torno 
de 50 anos ou mais.
• Tipo IV – grave: apenas rugas. A pele apresenta uma coloração amarelo-acinzentada, 
rugas em toda a face, não há pele normal, entre 60 e 70 anos.
FIGURA 5 – ENVELHECIMENTO CUTÂNEO
FONTE: <https://shutr.bz/3JDkoln>. Acesso em: 18 mar. 2022.
Conforme ocorre envelhecimento, a pele fica mais fina e, em alguns locais, 
torna-se mais enrugada, seca e escamosa. A camada córnea se torna mais permeável 
à passagem rápida de substâncias por ela, as fibras de colágeno ficam mais grossas 
e as fibras elásticas perdem sua elasticidade, bem como há decréscimo de gordura 
depositada no tecido subcutâneo. A pele mostra mais marcadamente as rugas, o 
melanócito se atrofia com a idade, os receptores sensitivos de dor, calor e pressão se 
tornam e menos sensíveis e menos numerosos, as glândulas sudoríparas e sebáceas 
diminuem de número e função (GUIRRO; GUIRRO, 2004).
As fibras elásticas e colágenas sofrem agressão pela exposição prolongada aos 
raios ultravioletas A e B emitidos pelo Sol, causando um processo de degeneração, que 
faz com que a pele fique mais flácida por reduzir sua quantidade de água e nutrientes, 
além de diminuição da resposta imunológica, apresentando uma coloração amarelada. 
Seu primeiro mecanismo de defesa é a camada mais superficial, a epiderme que 
absorve a maioria dos raios ultravioletas, não permitindo que cheguem às camadas 
mais profundas. Ainda existe um segundo mecanismo de defesa por meio do suor, que 
tem como componente o ácido urocânico, que é altamente absortivo para os raios UVB. 
O terceiro mecanismo é a melanina, cuja ação fotoprotetora se faz por absorção da 
radiação UV (BORGES; SCORZA, 2016).
11
O envelhecimento leva à perda de tecido fibroso, lentidão para que as células se 
renovem, redução na hidratação celular. Devido a essas alterações, o organismo fica mais 
frágil em razão de agressões internas e externas, a camada córnea fica mais permeável, 
fibras colágenas ficam mais grossas e as elásticas perdem a elasticidade, tudo influenciado 
pelo estilo de vida e suas inter-relações pessoais (FASSHEBER et al., 2018). 
São várias as teorias que explicam o envelhecimento, sendo a mais conhecida a 
dos radicais livres, que se trata de moléculas de oxigênio que perderam elétron 
e se ligam em outras para equilibrar sua camada, tornando extremamente 
instáveis e reativas (PERRICONE, 2001).
ATENÇÃO
O envelhecimento é classificado pela escala de Glogau, que é feita de acordo 
com a profundidade das rugas, em quatro graus. O Grau I, denominado envelhecimento 
suave, de 28-35 anos, quando ainda não há rugas, as alterações pigmentares ainda 
são suaves, sem queratose; o II, envelhecimento moderado de 35 a 50 anos, as rugas 
aparecem com movimento ou expressão do rosto, existem manchas marrons visíveis, 
pele áspera e palpável, linhas paralelas ao sorriso, começam a aparecer os pés de galinha; 
o Grau III, envelhecimento avançado de 50 a 65 anos, rugas em repouso, mesmo sem 
expressão, manchas escuras, avermelhadas, telangiectasias, linhas e sulcos mesmo 
em repouso, mesmo sem expressão facial as rugas ficam visíveis; e, IV, envelhecimento 
grave da pele de 60 a 75 anos, rugas muito acentuadas e grande flacidez na pele, 
presença de manchas escuras, brancas e vermelhas, rugas em toda a face, flacidez 
pela falta de colágeno (BORGES, 2010). 
As rugas podem ser dinâmicas ou estáticas, as dinâmicas são conhecidas como 
de expressão e surgem devido à contração dos músculos da face, são visualizadas 
quando ocorrem os movimentos de expressão, isto faz com que, com o tempo, surjam 
as linhas de expressão. As chamadas estáticas são mais profundas, visíveis mesmo sem 
nenhuma expressão, ou seja, em repouso, causadas pelo envelhecimento extrínseco 
em conjunto com os agentes externos, ou ainda evolução das dinâmicas não tratadas 
(HORIBE, 2000). 
2.4 ROSÁCEA/COUPEROSE
Caracterizada por uma pele avermelhada, trazendo uma sensação de calor que 
incomoda, inflama os folículos e os vasos sanguíneos. O rubor evolui para elevações 
vermelhas álgicas, as pápulas, alguns pontos com presença de pus (pústulas), e um 
desenho em forma de teia de aranha demonstrando o aumento dos vasos sanguíneos. 
12
Se não tratada pode originar nódulos, em alguns casos pode ser confundida 
com a acne, com a diferença que não apresenta o aspecto de comedões abertos e 
fechados, e a exposição solar, que, em alguns casos para acne, quando moderada, é 
benéfica, no caso da rosácea, piora o quadro (DEODATO, et al., 2019). 
FIGURA 6 – ROSÁCEA
FONTE: <https://shutr.bz/3KXF1sm>. Acesso em: 18 mar. 2022.
Rosácea é um tipo de distúrbio dermatológico classificado como crônico, 
trazendo uma ampla variedade de sintomas, atingindo cerca de 10 % da população, 
apresentando como padrões mais comuns três formas eritematotelangiectásica (RET), 
papulopustular (RPP), fimatosa (RF) e ocular (RO) (TROIELLI et al., 2018). 
Uma condição inflamatória de longo prazo que acontece na face, sem causa 
determinada. Apenas algumas teorias, os vasos sanguíneos se dilatam muito facilmente, 
aumentando o fluxo sanguíneo para a pele, deixando-a avermelhada e ruborizada. 
Caracteriza-se por uma vermelhidão crônica ou temporária, que surge na face parecido 
com vasos sanguíneos vermelhos, em especial ao redor do nariz e, em alguns casos, 
no queixo, em geral, agravada por mudanças nas condições atmosféricas, além de 
ingestão de alimentos picantes e exposição ao Sol. Essa pele precisa de muito cuidado, 
principalmente com uso de produtos que tenham ativos refrescantes e vasoconstritores 
(MICHALUN; MICHALUN, 2010). 
Em aproximadamente 22% dos casos afeta a aparência, trazendo, além do 
sofrimento físico, também o psicológico, demonstrando hiperplasia das glândulas 
sebáceas, o que promove uma considerável oleosidade, aumento dos ramos dos orifícios 
foliculares, pele mais espessa, massas irregulares com aspecto de nódulos, sendo que a 
região nasal tem maior incidência de ser afetada (SANTOS, 2020). 
13
Não existe cura para a rosácea, mas várias opções terapêuticas que permitem 
melhora do quadro e longos períodos de remissão, melhorando a qualidade de 
vida do paciente.
ATENÇÃO
Ainda para Santos (2020), os mecanismos que promovem o desencadeamento 
da rosácea ainda não são bem definidos, trazendo uma causa multifatorial envolvendo 
desde genética até pontos chamados de gatilho para a patologia, tais como: micro-
organismos, radiação ultravioleta, temperaturas extremas, perda da continuidade da 
barreira cutânea, problemas emocionais e hormônios. 
Podem surgir sintomas secundários como sensação de coceira (prurido) e 
queimação, além de um aspecto edemaciado da face, e também da presença de 
dermatite seborreica, em casos sérios pode afetar os olhos e provocar rinofima (AWOSIKA; 
OUSSEDIK, 2018). 
3 AFECÇÕES CUTÂNEAS E DISTÚRBIOS 
ESTÉTICOS CORPORAIS
O corpo passa por diversas transformações desde a infância até chegar na vida 
adulta, o que pode trazer consigo várias alterações inestéticas como, por exemplo, as 
estrias causadas por um crescimento exagerado, alterações hormonais, ganho de peso 
ou gestação. 
As diferenças morfológicas celulares entre homens e mulheres faz com que a 
incidência de lipodistrofia ginoide seja predominante nas mulheres. Além de tudo isso, 
uma alimentação desequilibrada e a falta de exercícios traz, hoje, uma das patologias 
mais predominantes a nível mundial, a obesidade. 
A seguir falaremos mais detalhadamente dessas patologias. 
3.1 ESTRIAS
As estrias são descritas como uma forma de atrofia que ocorre em nosso 
tegumento, são de aspecto lineares, podendo ser pequenas ou com vários milímetros 
de largura. Na fase aguda, se apresentamavermelhadas, evoluindo na fase crônica 
para uma coloração esbranquiçada, surgindo em pequena quantidade ou em grande 
número, de forma perpendicular, as linhas de fenda da pele. 
14
Trazem como característica uma diminuição da espessura da pele, 
adelgaçamento, pregueamento, secura e uma diminuição da elasticidade, além de 
redução do número de pelos no local do surgimento da estria. 
Em geral, os primeiros sintomas são pruridos, dor, erupção papilar plana e 
rosada, inicialmente se apresentam rubras (striae rubrae) e quando finaliza o processo 
são nacaradas, tornando-se estrias albas (striae albae) (GUIRRO; GUIRRO, 2004). 
 Ocorre um rompimento das fibras que promovem a elasticidade da pele, devido 
a um estirão de crescimento, uso de medicamentos com presença de corticoides, 
período gestacional, grande alteração de peso, aumento de massa muscular (hipertrofia 
muscular), sendo as partes do corpo mais atingidas, a região dos quadris, abdômen, 
coxa, mamas e região lateral do corpo (BORGES, 2010).
Os fibroblastos perdem sua capacidade de síntese para reparar o tecido, existe 
uma alteração da estrutura do tecido conjuntivo, do colágeno e da elastina, também 
ocorre alteração nas fibras de fibrinilas, mais incidente no sexo feminino. Fatores 
genéticos, como síndromes de Cushing e Marfan, podem causar estrias (FASSHEBER 
et al., 2018).
O mesmo autor ainda descreve, que a teoria mecânica explica a estria pelo 
excesso de deposição de gordura no tecido adiposo, que promove dano nas fibras 
elásticas e colágenas, denominado de striae distensae. A teoria endocrinológica afirma 
que drogas, como alguns hormônios, podem causar o seu surgimento, e a teoria 
infecciosa relata o dano das fibras elásticas da pele pela ação de processos infecciosos.
FIGURA 7 – ESTRIAS
FONTE: <https://shutr.bz/3ikBYOK>. Acesso em: 18 mar. 2022.
Através da avaliação histológica, pode se comparar as estrias a uma cicatriz, 
visto que, no início, a derme se apresenta acometida por um processo inflamatório e 
a epiderme não apresenta alteração significativa, nem atrofia, o que conforme ocorre 
a evolução da disfunção, faz com que a epiderme fique atrófica e a derme fique mais 
delgada (BOLOGNIA; JORIZZO; SHAEFFER, 2012).
15
Vários recursos podem ser usados no tratamento das estrias, desde 
eletroterapia até uso de ácidos. Um dos mais frequentes é o ácido retinóico, 
a tretinoína, derivada da vitamina A, auxilia no desenvolvimento tissular, 
podendo, neste caso, ser aplicada em variadas lesões do tecido tegumentar, 
como estrias, rugas, sequelas de acne e/ou flacidez (RAMOS, 2018).
IMPORTANTE
A rede emaranhada de fibras colágenas da camada reticular promove uma força 
tensora, permitindo que a derme se distenda e retorne à posição inicial, porém, a idade, 
hormônios e exposição à radiação ultravioleta, reduzem à espessura e flexibilidade 
da derme. Quando o abdômen se distende por gravidez ou grande ganho de peso, a 
pele ultrapassa sua capacidade de distensão, levando ao surgimento das estrias de 
distensão. A maioria das fibras colágenas e elásticas é disposta em paralelo, a orientação 
destes feixes depende do estresse aplicado na pele em um movimento normal, os feixes 
se dispõem de forma a permitir que seja imposta uma resistência às forças que são 
aplicadas, o padrão destes feixes estabelece as linhas de clivagem, que são usadas para 
que sejam feitos cortes cirúrgicos, visto que auxilia na cicatrização quando paralelos a 
elas (MARTINI et al., 2009). 
3.2 LIPODISTROFIA GINOIDE
Infiltração que ocorre no tecido conjuntivo sem caráter inflamatório, sendo que 
a substância fundamental se polimeriza e se infiltra em forma de tramas. Caracteriza-
se por uma reação com fibrose e espessamento das camadas subepidérmicas, sendo 
que, em alguns casos, causa algia, por vezes forma nódulos ou placas com diferentes 
extensões e localizações (GUIRRO; GUIRRO, 2004). 
Atinge em torno de 95% das mulheres, especialmente quando ocorrem 
alterações hormonais, por exemplo, durante período de gravidez, na puberdade, o uso 
de métodos contraceptivos. Sendo que o principal hormônio envolvido é o estrógeno, e 
que ainda acaba por agravar a disfunção (GUIRRO; GUIRRO, 2004). 
Pode ser descrita como uma afecção do tipo degenerativa esclerótica, que 
ocorre no tecido conjuntivo, não apresenta inflamação, porém, causa mudanças no 
líquido intersticial, na circulação, faz com que a substância fundamental se polimerize 
produzindo fibrose (GUIRRO; GUIRRO, 2004). 
16
Classifica-se de acordo com o aspecto apresentado pela pele, trazendo 
alteração de relevo, mudança na coloração e uma pele flácida, em geral, vem associada 
a alterações circulatórias e diminuição do tônus muscular. Ocorre um aumento no tecido 
adiposo, promovendo aderências, que, ao teste de casca laranja, demonstra um relevo 
irregular na pele. Pode ser de Grau I, no qual não há dor, e a casca de laranja só é vista se 
houver compressão do local ou ainda contração muscular; o Grau II traz um desconforto 
no local, presença de depressões visualizadas mesmo sem compressão do local; no 
Grau III, além de todos esses sintomas, existe uma sensação de cansaço e dor, e a casca 
de laranja é visível em qualquer posição; o Grau IV traz dor constante e sensibilidade no 
local, a pele apresenta flacidez e alteração do tônus muscular e aspecto de casca de 
laranja em qualquer posição (BORGES; SCORZA, 2016).
FIGURA 8 – LIPODISTROFIA GINOIDE
FONTE: <https://shutr.bz/3CV2x6x>. Acesso em: 18 mar. 2022.
A etiologia é variada desde fatores genéticos, desequilíbrio hormonal e outros 
fatores que são determinantes no desenvolvimento dessa patologia, que são o 
estresse, tabagismo, sedentarismo, alterações no metabolismo, além de alimentação 
desequilibrada; fatores condicionantes como aumento na pressão capilar e dificuldade 
de reabsorção linfática (GUIRRO; GUIRRO, 2004). 
NOTA
Popularmente conhecida celulite, a lipodistrofia ginoide é um distúrbio 
predominantemente metabólico que atinge com maior incidência as mulheres e 
especialmente o tecido subcutâneo, com causas multifatoriais (LIMA et al., 2017).
17
Ocorre uma deterioração da vascularização cutânea, em especial nos esfíncteres 
pré capilares arteriolares, no qual existe uma deposição de glicosaminaglicanos e 
ácido hialurônico nas paredes de capilares presentes na derme e entre a elastina e o 
colágeno (AFONSO et al., 2010). 
Trata-se de uma distrofia celular complexa, que afeta o metabolismo da água, 
o que acaba saturando o tecido conjuntivo, podendo ser descrito como um distúrbio 
endócrino-metabólico e da microcirculação, altera a matriz intersticial e toda a 
arquitetura do tecido adiposo subcutâneo. Surge uma fibrose no tecido, devido a um 
excesso de proliferação dos fibroblastos ao redor das células adiposas, isso em conjunto 
com alteração na circulação, o tecido adiposo tem queda no seu metabolismo (ZERINI 
et al., 2015).
O sexo feminino tem um septo fibroso fino que se orienta de forma vertical 
até a superfície, o que acaba originando agrupamentos de células adiposas em 
compartimentos com disposição retangular, isso, no homem, é diferente, pois, o septo é 
mais grosso e, devido uma projeção diagonal com compartimentos em forma poligonal, 
faz com que os homens não apresentem uma celulite aparente. No homem, a expansão 
do tecido adiposo vai para a profundidade, e na mulher em direção à superfície, quando 
expostos à pressão, a alteração do volume leva a projeção das estruturas da derme para 
tecido subcutâneo, isto modifica o aspecto da pele aparecendo a celulite (ALMEIDA et 
al., 2013). 
Sua apresentação física pode ser diferenciada, sendo a compacta em indivíduos 
não sedentários, com extremos de magreza ou obesidade, os nódulos são mais duros, 
pouco móveis, e são doloridos. O tipo flácido acomete indivíduos sedentários, que 
não possuem uma massa muscular considerável. A mista apresenta os dois tipos no 
mesmo paciente e a edematosa, que, em geral, ocorre devido um quadro de linfoedema 
(GUIRRO;GUIRRO, 2004). 
3.3 LIPODISTROFIA LOCALIZADA
O tecido adiposo é composto por um tipo de tecido conjuntivo formado por 
células, os adipócitos, que podem se dispor de forma isolada ou agrupados. Quando 
se desenvolvem de forma irregular surge a chamada gordura localizada, que pode 
advir de fatores genéticos, alterações posturais ou, ainda, por problemas na circulação, 
concentrando-se em torno de 15 a 20% do peso corporal, no caso de homens, e, em 
torno de 20 a 25%, nas mulheres (GUIRRO; GUIRRO, 2004). 
Esse tecido apresenta uma capacidade maior que os demais de aumentar de 
tamanho, na obesidade, a taxa de aumento de tamanho pode atingir 100%, e no caminho 
inverso, no caso de patologias como a anorexia, pode reduzir seu tamanho até 3% de 
uma célula normal (CURI et al., 2002). 
18
O corpo humano possui em torno de 3% em homens e 9% a 12% em mulheres 
da gordura que é considerada essencial, que se localiza entre os órgãos para protegê-
los, especialmente no tecido nervoso. Para fornecimento de energia e calor, nosso 
corpo dispõe da gordura marrom, com pouco teor de gordura e grande quantidade de 
mitocôndrias, favorecendo a produção de energia. 
A gordura visceral é maléfica à saúde, fica na parte posterior da parede abdominal 
e entre os órgãos aos quais rodeia, causa maior inflamação no corpo, pois diminui a 
produção de adiponectina, que é responsável pela queima de gordura e metabolismo.
 O quarto tipo de gordura é a conhecida subcutânea, dispõe-se abaixo da 
pele e promove o aspecto de abdômen distendido ou, ainda, protuso, abrange a maior 
porcentagem da gordura corporal, em torno de 40 a 60% (LILIE, 2003).
A lipodistrofia localizada, ocorre em razão do aumento no número de células 
adiposas, denominada hiperplasia celular, além de um acréscimo do volume das células 
já existentes, denominada hipertrofia, sendo que, na maioria dos casos, estes fenômenos 
ocorrem concomitantemente (GUIRRO; GUIRRO, 2004).
As paredes do abdômen são musculoaponeuróticas com várias camadas 
contraindo para aumentar a pressão intra-abdominal, mas permitindo sua 
distensão quando existe a ingestão de alimentos, gestação, algumas doenças 
e, ainda, a deposição de tecido gorduroso (MOORE; DALLEY; AGUR, 2011).
IMPORTANTE
O excesso de adipócitos se concentra em regiões do corpo, influenciado por 
sexo, idade, hábitos de vida, fatores genéticos, fatores hormonais, biótipo corporal. A 
gordura do tipo androide se acumula mais na região abdominal, mais comum no sexo 
masculino, já quando se acumula em especial nos membros inferiores, é conhecida 
como ginoide, e está mais presente nas mulheres (BORGES; SCORZA, 2016). 
19
FIGURA 9 – GORDURA LOCALIZADA
Gordura 
subcutânea
Gordura 
visceral
Músculo 
abdominal
FONTE: <https://bit.ly/3qiYEn7>. Acesso em: 18 mar. 2022.
O corpo humano não consegue armazenar energia vinda dos carboidratos e 
proteínas, acabando por armazená-la no tecido adiposo, para que possa ser usada no 
caso de jejum por longo período, além de auxiliar no controle da temperatura e ainda é 
mobilizado no caso de exercício físico intenso. Porém, quando esta reserva fica acima 
do necessário, surge uma disfunção que, ao ponto de vista estético, é desagradável 
e ainda pode trazer prejuízos à saúde (BORGES, 2010; CAVALHEIRO; FERREIRA; 
ASSUNÇÃO, 2012). 
3.4 FLACIDEZ
Nosso corpo pode apresentar dois tipos de flacidez, a muscular, mais profunda, 
presente quando os músculos estão pouco tonificados, sendo que a tensão muscular 
auxilia nas formas corporais, na definição destas e permite ao corpo se apresentar mais 
“firme”, e, a dérmica, que é mais superficial, elas podem ocorrer juntas ou de forma 
isolada (FASSHEBER et al., 2018).
Processo lento e progressivo que ocorre devido à redução de fibras elásticas e 
de colágeno no tecido que dá sustentação à pele, ou seja, o tecido subcutâneo, fazendo 
com que surja uma perda de elasticidade destas a partir, especialmente, dos 25 anos 
(GOMES, 2015). 
As causas da flacidez vão desde fatores genéticos, ambientais, maus hábitos, 
sedentarismo e má digestão. Quando ocorre a diminuição dos elementos do tecido 
conjuntivo, ela fica mais fraca, perde sua firmeza entre as células, no caso da flacidez 
muscular ocorrem pontos antissimétricos, os tecidos afrouxam, caem e caracteriza um 
envelhecimento precoce (GUIRRO; GUIRRO,2004). 
20
A pele pode ser descrita como um material biológico viscoelástico. Contudo, 
um indivíduo magro pode se tornar obeso e voltar a ser magro, mas sua pele 
não retornará ao estado inicial por ultrapassar seu limite elástico (GUIRRO; 
GUIRRO, 2004).
ATENÇÃO
No processo de flacidez existe a ação da elastase, que promove uma quebra da 
cadeia das fibras elásticas, que acaba por deixar a pele flácida. Além disso, a genética 
também promove o enfraquecimento da sustentação da pele, bem como um excesso de 
exposição ao Sol também promove degradação destas fibras, assim como alimentação 
que não contenha muitas proteínas todos estes fatores levam à flacidez (IMOKAWA; 
ISHIDA, 2015; GOMES, 2015). 
FIGURA 10 – FLACIDEZ
FONTE: <https://bit.ly/3Jpl65w>. Acesso em: 18 mar. 2022.
A arquitetura das fibras de colágeno e elastina, organiza-se em formato 
tridimensional que se forma na derme. Quando não há exposição ao Sol, esta estrutura 
se mantém ordenada das fibras verticais em várias camadas. Em cada camada, as fibras 
se formam diferente das fibras da camada adjacente dando um aspecto de malha, 
quando a pele se expõe à radiação, esta malha se altera, as fibras elásticas e a derme 
enfraquecem (IMOKAWA; ISHIDA, 2015). 
Conforme envelhecemos, o colágeno se torna mais rígido e as fibras elásticas 
(elastina) perdem suas características de maleabilidade. Pode-se dizer que a flacidez 
da pele é devida à atividade que ocorre no tecido conjuntivo, especialmente quando 
ocorrem mudanças nas fases de capacidade de elasticidade de nossa pele (GUIRRO; 
GUIRRO, 2004).
21
Na fase elástica, nosso tecido, ao ser submetido a uma carga, é capaz de voltar 
a seu estado inicial quando esta é retirada, pode ser verificada a lei de Hooke, tensão 
proporcional à habilidade de resistência do tecido a carga imposta, oferecendo certa 
resistência a ela. A fase de flutuação corresponde ao fato de que quando a carga é 
mantida, mantêm-se também o estiramento chegando um momento ao equilíbrio, as 
cadeias de carbono se modificam, ao ser retirada a carga, o tecido permanece igual 
não retornando à configuração inicial. A fase plástica já traz o tecido com deformação 
permanente, passando de seu limite de elasticidade e deformando-se de forma 
permanente. Se continuar após o estiramento total do tecido, não existe possibilidade 
de o organismo voltar a configuração inicial, surge a flacidez, podendo vir acompanhada 
da presença de ruptura no tecido, as estrias (GUIRRO; GUIRRO, 2004).
22
Neste tópico, você adquiriu certos aprendizados, como:
• O tecido tegumentar funciona como barreira protetora contra os agressores do 
meio externo.
• O tecido tegumentar apresenta alterações em sua estrutura, devido a mudanças em 
sua arquitetura ou influência hormonal.
• O tecido tegumentar traz sinais devido às causas físicas, podendo, também, 
demonstrar problemas de origem emocional, como, por exemplo, descamação.
• O tecido tegumentar responde a variados tratamentos, desde cosméticos, 
equipamentos ou técnicas manuais, o que depende de avaliação adequada.
RESUMO DO TÓPICO 1
23
1 O tecido tegumentar, conhecido como pele, é capaz de se distender quando exposto 
a uma força de deformação, podendo voltar a sua configuração inicial ou permanecer 
no estado de deformação. Existem as fases que descrevem a capacidade de 
elasticidade e resistência deste tecido, no caso, quando o tecido sofre uma deformação 
permanente sem retornar ao seu estado inicial. Quanto a sua denominação, assinale 
a alternativa CORRETA:
a) ( ) Fase elásticas.
b) ( ) Fase plástica.
c) ( ) Fase de flutuação.
d) ( ) Fase de ruptura.
 
2 Quando falamos de envelhecimento,podemos o descrever como uma perda gradual 
do tecido fibroso, as células não se renovam e existe uma redução na hidratação 
celular. O Sol, o estilo de vida e até mesmo a emoção influenciam na perda da 
elasticidade da pele. Para classificar o envelhecimento, existe a escala de Goglau, 
que é mais utilizada, a qual determina o grau de envelhecimento. De acordo com 
os aspectos apresentados pelo paciente em relação à escala de Goglau, associe os 
itens, utilizando o código a seguir:
I- Envelhecimento suave.
II- Envelhecimento moderado.
III- Envelhecimento avançado.
IV- Envelhecimento grave.
( ) Atinge a idade de 60 a 75 anos, estão presentes rugas muito acentuadas, flacidez 
de pele, manchas escuras, rugas em toda a face.
( ) Atinge a idade de 28 a 35 anos, não há rugas, alterações pigmentares suaves, sem 
queratose.
( ) Atinge a idade de 50 a 65 anos, rugas em repouso, mesmo sem expressão, manchas 
escuras, telangectasias, linhas e sulcos mesmo em repouso.
( ) Atinge a idade de 35 a 50 anos, as rugas aparecem com movimento ou expressão 
do rosto, manchas marrons visíveis, pele áspera e linhas paralelas ao sorriso.
Assinale a alternativa que apresenta a sequência CORRETA:
a) ( ) I - III - II - IV.
b) ( ) IV - I - III - II.
c) ( ) III - II - IV - I.
d) ( ) II - IV - I - II.
AUTOATIVIDADE
24
3 O tecido pigmentar passa por diversas alterações, desde sua resistência, capacidade 
de manter um suporte, capacidade de se distender e retornar ao seu estado original, 
e a capacidade de proteção do organismo. Este tecido sofre alterações em relação 
a sua pigmentação, devido deposição ou falta do pigmento melanina, transmitido 
a epiderme pelos melanossomas conforme estímulo por meio das radiações 
ultravioletas, por exemplo. Em relação às alterações de pigmentação que são 
diagnosticadas, classifique V para as sentenças verdadeiras e F para as falsas:
( ) O vitiligo se classifica como uma hipercromia classificada como leucodermia e se 
caracteriza pela ausência total ou quase total da melanina da pele.
( ) Uma discromia classificada dentro do grupo de leucodermias é o vitiligo, que se 
caracteriza por lesões acrômicas locais devido à destruição dos melanócitos.
( ) As hipercromias podem ser chamadas de hiperpigmentação, e o tipo mais conhecido 
é o melasma de coloração marrom que surge na face mais frequentemente.
( ) As discromias são alterações na coloração da pele chamadas melanodermias, ou 
aumento do pigmento, chamadas de leucodermias.
Assinale a alternativa que apresenta a sequência CORRETA:
a) ( ) V - F - F - V.
b) ( ) F - F - V - V.
c) ( ) F - V - V - F.
d) ( ) V - V - F - F.
4 O tecido adiposo é um tipo de tecido conjuntivo, com grande capacidade de aumentar 
tamanho, além da capacidade de fornecimento de energia ao corpo humano, sendo 
que existem vários tipos de gordura: a marrom, a visceral, a gordura essencial e a 
gordura subcutânea. Porém, a forma de acúmulo dos adipócitos no organismo 
sofre influências de acordo com o sexo, idade, hábitos de vida, fatores genéticos e 
hormonais. Sobre os tipos de gordura, descreva cada um deles.
5 Qualquer mudança hormonal que ocorra no organismo traz alterações no nível de 
nossas glândulas e folículos pilosos, especialmente na fase de puberdade. O aumento 
da produção de sebo pela glândula sebácea e alterações no canal folicular retém 
o sebo e provoca a comedogênese. Em relação à classificação dos tipos de acne, 
existem quatro graus com características distintas, descreva cada um deles.
25
TÉCNICAS E INSTRUMENTOS DE 
AVALIAÇÃO FACIAL
1 INTRODUÇÃO
UNIDADE 1 TÓPICO 2 - 
A pele é de extrema importância para o aspecto estético e, especialmente, por 
ser um órgão funcional, envolvendo todo o corpo, tendo, como limites, orifícios externos 
dos tratos respiratório, digestório. Ainda é um órgão imunológico, pela defesa por parte 
dos queratinócitos, mastócitos, células dendríticas, protegendo-a contra agressores 
internos e externos em relação às injúrias teciduais (BORGES, 2010). A beleza, hoje em 
dia, relaciona-se à juventude, pele sem rugas, manchas ou marcas de expressão e, 
conforme envelhecemos, a pele se modifica de forma gradual, caracterizando-se com 
alterações no nível corporal e facial. 
A avaliação é importante para que as doenças que possam afetar a pele possam 
ser identificadas, verificando se estão restritas a ela ou se na verdade as manifestações 
são de doenças sistêmicas. 
Em geral as lesões são denominadas elementares, as quais são causadas por 
processos degenerativos, inflamatórios, problemas na circulação ou no metabolismo, e são 
identificadas por meio de exames clínicos, inspeção e palpação, e se classificam de acordo 
com alterações da cor, formações sólidas, alterações na espessura (PORTO, 2019).
2 ANAMNESE
A avaliação facial deve ser feita desde uma entrevista, por meio de uma ficha 
de anamnese, realização de um exame visual, com auxílio de uma lâmpada ou lupa, um 
exame tátil, verificação da superfície da pele além de palpação, e questionamento do 
paciente, dos hábitos de vida, cuidados com a pele, entre outros. A anamnese registra 
desde o histórico familiar, antecedentes patológicos, para determinação da conduta 
terapêutica (GERSON et al., 2011). 
A avaliação das lesões pigmentares pode ser feita de forma visual, sem uso 
de ferramentas adicionais para identificação das lesões. Sendo necessária uma 
higienização correta da pele, sem maquiagem ou sujidades. 
26
A avaliação das discromias também pode ser feita através da lâmpada de Wood, 
que se caracteriza por uma câmara escura acoplada a uma lâmpada específica que 
permite a avaliação de manchas presentes na epiderme, quando se apresentam mais 
escuras, e manchas a nível da derme, quando, então, se apresentam mais azuladas 
(ANDRADE et al., 2018). 
Na ficha de anamnese registra-se tudo que for observado na avaliação, 
desde o histórico do paciente, patologias pregressas, histórico patológico, para que 
possa ser determinada a conduta terapêutica adequada levando em consideração as 
contraindicações, uma entrevista bem estruturada verifica se as lesões necessitam de 
encaminhamento médico para tratamento, o exame visual, muitas vezes com auxílio 
da lupa, o exame tátil e a palpação auxiliarão no diagnóstico final (GERSON et al., 2011).
QUADRO 1 – FICHA DE ANAMNESE FACIAL
27
FONTE: <https://bit.ly/3thJiRz>. Acesso em: 18 mar. 2022.
Na ficha de anamnese deve conter todos os procedimentos realizados 
anteriormente, se não possui nenhuma reação alérgica, sendo que todas as informações 
importantes devem ser tomadas, para que um tratamento adequado seja feito. Deve ser 
determinado o correto tipo de pele para uso de cosméticos adequados. 
28
3 LÂMPADA DE WOOD
A lâmpada de Wood tem princípio na fluorescência emitida na pele com baixo 
comprimento de onda, 340 a 400 nm, o olho humano recebe fótons emitidos pela pele 
tanto da luz visível (400 e 700 nm), quanto os emitidos pela fluorescência, para que seja 
visível e seja verificado a fluorescência da pele, o paciente deve estar em um ambiente 
totalmente escuro, sem luz visível. A irradiação com a lâmpada de Wood emite luz em 
comprimento de 320 a 400 nm. 
Pode ser aplicada em várias dermatoses, por exemplo, que demonstrará 
diferentes colorações, infecções fúngicas apresentarão colorações em tons azulados, 
amarelo-prateada, vermelho coral, as infecções bacterianas que apresentarão 
colorações vermelho, verde, azul, marrom, as alterações pigmentares que apresentarão 
coloração branca, azul brilhante, vermelho-coral (VEASEY; MIGUEL; BEDRIKOW, 2017).
Importante, também, na avaliação facial, é a identificação dos tipos de pele, sendo 
que, devido às características das peles encontradas, existem quatro classificações 
principais, e, de acordo com as condições, pode ainda ser classificada em mais seis 
tipos (MICHALUN; MICHALUN, 2010). 
4 CLASSIFICAÇÃO DE FITZPATRICK
Os tipos de pele são determinados, em especial, pela etnia e genética, o que mais 
influenciaé a quantidade de sebo produzida pelas glândulas sebáceas, e quantidade 
de gordura ou lipídeos encontrados entre as células, sendo, portanto, os tipos de pele 
divididos em quatro categorias: normal, oleosa, mista e seca. Sendo que, na maioria dos 
casos, existe uma combinação desses tipos, principalmente na zona T, composta por 
testa, nariz e queixo (GERSON et al., 2011). 
Ainda existe a classificação de Fitzpatrick que avalia a capacidade que cada ser 
humano tem de se bronzear cada vez que se expõe ao Sol, descrevendo a sensibilidade 
e a tendência de ficar vermelha.
Esta classificação traz o Tipo I – branca: que sempre se queima e nunca 
bronzeia, é muito sensível ao Sol; o Tipo II – branca: sempre queima, bronzeia muito 
pouco, sensível ao Sol; Tipo III – morena clara: que queima moderadamente, bronzeia 
moderadamente, sensibilidade normal ao Sol; Tipo IV – morena moderada: que queima 
pouco, sempre bronzeia, sensibilidade normal ao Sol; Tipo V – morena escura: queima 
raramente, sempre bronzeia, pouco sensível ao Sol; e o Tipo VI – negra: nunca queima, 
totalmente pigmentada, insensível ao Sol (CLASSIFICAÇÃO [...], 2016).
29
FIGURA 11 – FOTOTIPOS FITZPATRICK
FONTE: <https://shutr.bz/3tkNUGu>. Acesso em: 18 mar. 2022.
As condições de pele podem ser descritas como desidratação, couperose, 
sensibilidade, pigmentação, envelhecimento, acne e, ainda, rosácea. A falta de água, 
produção excessiva de células da camada córnea, exposição ao Sol, produção de radicais 
livres, alteração na produção de pigmentos, falta de uso de proteção solar, promovem 
alterações na pele que permitem sua classificação (MICHALUN; MICHALUN, 2010). 
5 CLASSIFICAÇÃO DE BAUMANN
Esta classificação é baseada em quatro parâmetros: oleosa versus seca; sensível 
versus resistente; pigmentada versus não pigmentada; e enrugada versus firme (não 
enrugada). A avaliação destas dicotomias produz dezesseis potenciais tipos de pele. 
Determina-se através de um questionário de autopreenchimento e sugestões para 
cada tipo de pele, a avaliação produz um código de quatro letras que indicam os tipos 
de pele, cada letra se refere à condição atual ou tendência de uma pessoa desenvolver 
a condição de pele correspondente (BAUMANN, 2006). 
Essa classificação foi desenvolvida por meio da pesquisa da Doutora Helena 
Rubinstein, que inicialmente trouxe quatro classificações principais: seca, oleosa, mista 
e sensível, com isso Baumann elaborou 64 questões, que fazem uma junção dessas 
características inicialmente estudadas por Rubinstein, e que permite a avaliação de 
vários quadros clínicos dos pacientes (MOTA; BARJA, 2006).
30
RESUMO DO TÓPICO 2
Neste tópico, você adquiriu certos aprendizados, como:
• As disfunções estéticas faciais trazem diversas características que permitem sua 
avaliação por meio de várias formas como, ficha de anamnese, lâmpada de Wood e 
classificações como Baumann e Fitzpatrick.
• A Lâmpada de Wood permite avaliação das dermatoses faciais, trazendo diferenças 
na coloração observada conforme a dermatose avaliada, por exemplo, as alterações 
pigmentares aparecem com coloração mais esbranquiçada.
• A classificação de Fitzpatrick divide a pele em cinco fototipos, conforme a resposta à 
exposição solar em relação à queimadura e ao bronzeamento.
31
1 A pele reage através do bronzeado, como uma forma de proteção em relação à 
exposição à radiação ultravioleta, conforme esta resposta, foi desenvolvida uma 
escala de tipos de pele, a conhecida escala de Fitzpatrick. A partir dessa classificação, 
quanto à classificação da pele que queima moderadamente, bronzeia moderadamente, 
sensibilidade normal ao Sol, assinale a alternativa CORRETA:
a) ( ) Fototipo I.
b) ( ) Fototipo II.
c) ( ) Fototipo III.
d) ( ) Fototipo IV.
2 Na avaliação facial, uma anamnese bem realizada em conjunto com uma boa avaliação 
visual e palpatória, permite um diagnóstico adequado das disfunções faciais e a 
melhor forma de intervenção. Além desta avaliação, existem equipamentos, dentre 
eles, a lâmpada de Wood, que, conforme a dermatose avaliada, mostra uma coloração 
específica na análise. Se estivermos avaliando um quadro de manchas pigmentares, 
quanto à coloração observada, assinale a alternativa CORRETA:
a) ( ) Pontos azuis brilhantes.
b) ( ) Pontos vermelho coral.
c) ( ) Pontos marrons acastanhados.
d) ( ) Pontos esbranquiçados.
3 Quando avaliamos um paciente com disfunção facial, utilizamos de recursos como 
a lâmpada de Wood, palpação e avaliação visual. Na avaliação visual, é possível usar 
como recurso auxiliar a lupa de aumento. Quanto ao que deve ser observado na 
avaliação visual, assinale a alternativa CORRETA:
a) ( ) Idade do paciente.
b) ( ) Etnia do paciente.
c) ( ) Cor dos olhos do paciente.
d) ( ) Aspecto da pele do paciente.
AUTOATIVIDADE
32
4 Toda vez que se inicia o tratamento dentro da área de fisioterapia dermatofuncional, 
é muito importante coletar todas as informações que podem ser úteis para 
determinação do protocolo de tratamento mais adequado. Dentre o que se deve 
avaliar, vem o histórico familiar, o histórico das patologias pregressas e tratamentos 
anteriormente realizados. Qual a importância da anamnese em um tratamento dentro 
da área de dermatofuncional?
5 Quando estamos diante de um paciente que apresenta uma disfunção estética 
facial, na área de dermatofuncional, devemos verificar quais podem ser os fatores 
desencadeantes, quais são os cuidados que ele tem com essa pele, e devemos 
utilizar os mais variados recursos disponíveis para um diagnóstico adequado, uma 
das avaliações que pode ser realizada é a classificação de pele de Baumann. Como 
pode ser descrita esta avaliação?
33
TÓPICO 3 - 
TÉCNICAS E INSTRUMENTOS DE 
AVALIAÇÃO CORPORAL
1 INTRODUÇÃO
UNIDADE 1
Antes de decidir por qualquer forma de intervenção na área de dermatofuncional, 
é importante realizar uma avaliação detalhada do paciente, iniciando por uma anamnese 
completa para identificar qualquer contraindicação que impeça a realização de algum 
tratamento. Através dos dados coletados, é possível um direcionamento adequado para 
qual melhor técnica manual, cosmética ou eletroterápica, que deve ser escolhida para o 
tratamento da disfunção apresentada. 
É importante uma avaliação detalhada, na qual se verifique, por exemplo, seus 
hábitos alimentares, já que o excesso de alguns alimentos, como açúcar e sal podem 
agravar o quadro da patologia. 
2 DIGITOPRESSÃO: SINAL DE GODET
O edema tem sua formação devido ao acúmulo de líquido no espaço intersticial, 
podendo ser localizado ou de grandes proporções, no primeiro caso, pode estar restrito a 
um membro e, no segundo, ao corpo como um todo. O que ocorre é um desequilíbrio no 
controle da distribuição dos líquidos no espaço intersticial. Sendo que os mecanismos 
de controle foram descritos já em 1896, por Starling (COELHO, 2004).
FIGURA 12 – SINAL DE GODET (SINAL DE CACIFO)
FONTE: <https://shutr.bz/3N1X032>. Acesso em: 18 mar. 2022.
34
Para verificação da presença de edema, pode ser realizado o teste de 
digitopressão com o polegar pressionado sobre a pele durante cinco a dez segundos, 
durante a pressão a coloração da pele se altera, e deve voltar ao normal ao mesmo tempo 
que foi pressionado, se houver edema pode aparecer um sinal chamado de Cacifo ou 
Godet, ficando presente uma depressão no local avaliado mesmo após a diminuição da 
pressão (BRUNING; KALIL; MAHMUD, 2013). 
3 SINAL DE STEMMER
Existe mais um sinal clínico importante no diagnóstico de edema, conhecido 
como sinal de STEMMER, representado por um espessamento cutâneo na base do 
segundo artelho, o examinar consegue verificar este sinal quando tenta pinçar a pele 
desta região. É possível verificar no caso de linfedema uma infiltração dos tecidos que 
não permite o pinçamento desta região, muitas vezes este sinal está presente antes 
mesmo de haver aumento de volume da região acometida por edema ou linfedema 
(GODOY; SILVA; SOUZA, 2004). 
Quando existe uma alteração

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