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1 Objetivo Esta Norma fixa as condições exigíveis para a identificação do método mais adequado para a medição de vazão em efluentes líquidos e corpos receptores. Nota: Não são do escopo desta Norma o dimensionamento e o detalhamento dos métodos. 2 Definições Para os efeitos desta Norma são adotadas as definições de 2.1 a 2.29. 2.1 Agentes contaminantes Aqueles que, ao serem introduzidos no meio, resultam em concentrações nocivas à saúde humana, animal e vegetal, como organismos patogênicos, substâncias tóxi- cas perigosas ou radioativas. 2.2 Agentes poluidores Aqueles que, ao serem introduzidos no meio, resultam em interferências prejudiciais aos usos preponderantes das águas, do ar e do solo, previamente estabelecidos. 2.3 Carga hidráulica no vertedor Altura atingida pela massa líquida, a contar da cota da soleira do vertedor. 2.4 Escoamento livre Escoamento quando o líquido, em qualquer ponto de superfície livre, apresenta pressão igual à atmosférica. O escoamento ocorre sempre por gravidade. Copyright © 1995, ABNT–Associação Brasileira de Normas Técnicas Printed in Brazil/ Impresso no Brasil Todos os direitos reservados Sede: Rio de Janeiro Av. Treze de Maio, 13 - 28º andar CEP 20003-900 - Caixa Postal 1680 Rio de Janeiro - RJ Tel.: PABX (021) 210 -3122 Telex: (021) 34333 ABNT - BR Endereço Telegráfico: NORMATÉCNICA ABNT-Associação Brasileira de Normas Técnicas Palavras-chave: Medidor de vazão. Efluente líquido. Poluição. Meio ambiente 7 páginas NBR 13403JUN 1995 Origem: Projeto 01:602.02-008/1993 CEET - Comissão de Estudo Especial Temporária de Meio Ambiente CE-01:602.02 - Comissão de Estudo de Poluição das Águas NBR 13403 - Flow measurement of liquid effluents and water bodies - Open flow - Procedure Descriptors: Flow measurer. Liquid effluent. Pollution. Environmental Válida a partir de 31.07.1995 Procedimento Medição de vazão em efluentes líquidos e corpos receptores - Escoamento livre 2.5 Estratificação térmica Presença de camadas de temperaturas diferentes nas massas líquidas. 2.6 Fluxo Movimento da massa líquida, quantificado pela vazão. 2.7 Lâmina líquida A altura da massa líquida em um escoamento. 2.8 Lâmina líquida aderente ao vertedor Lâmina que não apresenta ar entre a parede do vertedor e a massa líquida. 2.9 Método da calha Palmer-Bowlus Método que utiliza calha construída de forma a convergir o fluxo em uma garganta (que tem comprimento do fundo em nível aproximadamente igual a um diâmetro da tubu- lação), com condições tais que permitam ao fluxo deixar a garganta com velocidade supercrítica. A seção de con- trole deve ser estabelecida na garganta. 2.10 Método da calha Parshall Método que utiliza dispositivo com seção convergente, com fundo em nível, seção estrangulada ou garganta, com fundo em declive e seção divergente, com fundo em aclive. A vazão deve ser determinada a partir da leitura, em escala, da lâmina líquida na seção convergente. 2 NBR 13403/1995 2.21 Regime turbulento Movimento de massa líquida, caracterizado pelo movimento desordenado das partículas. A velocidade apresenta, em qualquer instante, um componente trans- versal à direção do fluxo. Nota: O número de Reynolds, para escoamento turbulento, deve ser superior a 4000. 2.22 Remanso Diminuição da velocidade do fluxo, em determinado tre- cho, devido à presença de uma singularidade. 2.23 Sólidos sedimentáveis Aqueles que se sedimentam em condições de tranqüi- lidade nas águas, águas residuárias ou outro líquido, em um período de tempo de 1 h, sem auxílio de coagulante e floculante. 2.24 Sorção Termo geral para os processos de absorção e adsorção. 2.25 Traçadores corantes Substâncias químicas que apresentam cor e/ou fluores- cência introduzidas no escoamento, de forma a determi- nar a velocidade e/ou concentração. 2.26 Traçadores químicos Substâncias químicas introduzidas no escoamento, de forma a determinar a velocidade e/ou concentração. São empregados sais solúveis, quimicamente estáveis e inócuos ao meio ambiente. 2.27 Traçadores radioativos Substâncias químicas com características radioativas in- troduzidas no escoamento, de forma a determinar velo- cidade e/ou concentração. Devem, de preferência, emitir radiação gama. 2.28 Vazão Volume de líquido que escoa, por meio de uma seção, na unidade de tempo. 2.29 Vórtice Torvelinho ou intenso movimento espiral de parte da mas- sa líquida. 3 Condições gerais Como orientação na escolha dos métodos de medição, recomenda-se a utilização das Tabelas 1 e 2. 2.11 Método dos flutuadores Método para determinação da velocidade, que consiste em observar-se o tempo necessário para um objeto flutu- ante deslocar-se em um trecho de comprimento conheci- do. 2.12 Método magnético (eletromagnético) Método que utiliza, para determinar a vazão, medidas da tensão induzida na corrente líquida ao passar por um campo magnético. 2.13 Método do molinete Método que utiliza a determinação da velocidade de um fluido, por meio da sua correlação com o número de ro- tações de uma hélice ou conchas de um dispositivo cha- mado molinete. 2.14 Método dos orifícios, bocais e tubos curtos Método que utiliza dispositivos com uma abertura de forma geométrica regular, submersa a montante, em paredes de reservatórios e tanques ou em uma placa colocada transversalmente ao fluxo em canais. 2.15 Método dos tubos horizontais Método que utiliza tubo horizontal jorrando livremente. A vazão deve ser determinada por meio da sua relação unívoca com a lâmina líquida (yx) na saída do tubo, somente no caso de yx ser inferior a 56% do diâmetro. 2.16 Método dos traçadores Método que introduz substâncias químicas no escoa- mento, de forma a determinar a velocidade e/ou concen- tração e, a partir destas, a vazão. 2.17 Método ultra-sônico (acústico) Método que utiliza a emissão de ondas ultra-sônicas para, por meio de sensores ultra-sônicos adequadamente posi- cionados, medir a velocidade média de um escoamento. 2.18 Método do vertedor (ou vertedouro) Método que utiliza dispositivo, introduzido perpendicular- mente às linhas de corrente, que possui abertura por onde o fluxo passa. A vazão deve ser determinada a partir da leitura da carga hidráulica no vertedor. 2.19 Método volumétrico Método que verifica o tempo necessário para acumular determinado volume. A razão deste volume pelo tempo é a vazão. 2.20 Perda de carga Variação do nível da linha de energia entre dois pontos em um escoamento. NBR 13403/1995 3 Tabela 1 - Vazão esperada e métodos recomendados para escoamento livre Vazão (L/s) Até 300 a 1000 a Acima de Métodos 1 1 a 5 5 a 30 30 a 300 1000 5000 5000 Volumétrico X X Flutuador X X X X X X X Vertedor triangular X X X Vertedor retangular X X X Calha Parshall X X X X X X X Molinete X X X X Traçadores X X X X X X Ultra-sônico X X X X Eletromagnético X X X X Calha Palmer-Bowlus X X X X X X Itens Erros (%)(A) Custo Operação Tipo de medição(B) Interferentes Calibração Tipo de vazão (tempo) na operação periódica do medida aparelho Métodos Volumétrico Até 2 Baixo Simples Descontínuo Não Não Média Vertedor Até 3 Baixo Simples Descontínuo Sim Não Instantânea Calha Parshall Até 3 Médio Simples Descontínuo Não Não Instantânea Molinete Até 5 Alto Especializada Descontínuo Sim Sim Média Flutuador Até 20 Baixo Simples Descontínuo Sim Não Média Orifícios, bocais e Baixo Simples Descontínuo Sim Sim Instantânea tubos curtos Traçadores Até 5 Variável Especializada Descontínuo Sim Sim Média Ultra-sônico De 2 a 5 Alto Especializada Descontínuo Sim Sim Média Eletromagnético De 2 a 5 Alto Especializada Contínuo ou Sim Sim Média descontínuo Tubos horizontais Até 3 Baixo Simples Descontínuo Sim Sim Instantânea Calha Palmer-Bowlus Até 3 Médio Simples Descontínuo Não Não Instantânea (A) Esta precisão é definida para aparelhos corretamente instalados, bem operados e com boa manutenção. (B) A medição contínua indireta torna-se possível com a instalação de aparelhos registradores de níveis associados à calibração do sistema com qualquermétodo, exceto o volumétrico e o dos flutuadores. Tabela 2 - Principais vantagens e desvantagens dos métodos de medição 4 NBR 13403/1995 4 Condições específicas 4.1 Método volumétrico 4.1.1 Vantagens As vantagens são as seguintes: a) é um método prático, sendo aplicável, especial- mente, a vazões baixas; b) é o mais recomendável, sempre que possível, devi- do à sua precisão, baixo custo e simplicidade de operação. 4.1.2 Restrições As restrições são as seguintes: a) deve-se conciliar o volume do recipiente com a vazão esperada; b) apenas determina vazões médias; c) deve-se ter facilidade para instalação do recipiente coletor; d) há impossibilidade de medições contínuas de va- zão. 4.2 Método dos flutuadores 4.2.1 Vantagens As vantagens são as seguintes: a) é um método rápido para pré-avaliação; b) pode ser utilizado mesmo com grandes concentra- ções de materiais em suspensão. 4.2.2 Restrições As restrições são as seguintes: a) só deve ser usado para pré-avaliação quando não for possível o emprego de outro método; b) há impossibilidade de medições contínuas de va- zão; c) o tipo de flutuador, simples ou com lastro, é função das profundidades da massa líquida e do tipo do regime de escoamento; d) só deve ser aplicado em trechos retos e com escoa- mento regular; e) é uma medida precária, devido à necessidade de aplicação de um coeficiente para se obter a velo- cidade média na seção. A determinação do coefi- ciente adequado é incerta. 4.3 Método do vertedor Classifica-se segundo muitos fatores, como forma, altura relativa da soleira, natureza da parede e largura da abertura do vertedor em relação ao canal. Para vazões menores que 30 L/s, os vertedores triangulares oferecem maior precisão. Já para vazões estimadas entre 30 L/s e 300 L/s, os vertedores triangulares e os retangulares oferecem a mesma precisão. Para vazões acima de 300 L/s, os vertedores retangulares são mais indicados por possuírem coeficientes de vazão mais bem definidos. 4.3.1 Vantagens As vantagens são as seguintes: a) os vertedores triangulares de parede delgada são os mais precisos, econômicos e fáceis de instalar; b) as determinações contínuas de vazão são possí- veis quando um registrador é acoplado ao ver- tedor. 4.3.2 Restrições As restrições são as seguintes: a) deve-se evitar lâmina líquida aderente ao vertedor e manter carga hidráulica maior que 0,05 m; b) suscetibilidade a avarias causadas por materiais flutuantes afetam a equação de vazão; c) para se evitarem problemas de erosão e cons- trução, a carga hidráulica máxima aceitável, tanto para vertedores triangulares como retangulares, deve ser de 0,50 m; d) nos casos em que há elevado teor de sólidos sedi- mentáveis, faz-se necessária uma limpeza cons- tante; e) há necessidade de acesso para medir a carga hidráulica a montante do vertedor, fora da influência da curvatura da superfície líquida. 4.4 Método de calha Parshall 4.4.1 Vantagens As vantagens são as seguintes: a) não apresenta problemas significativos de assore- amento; b) as medições contínuas de vazão são possíveis quando um registrador é acoplado à calha Parshall; c) apresenta menor perda de carga que o método do vertedor. 4.4.2 Restrição Quando a calha for usada afogada, ou seja, quando o nível de água a jusante for suficientemente elevado para influenciar o escoamento, deve ser necessária leitura de escala em duas seções. 4.5 Método do molinete 4.5.1 Vantagens As vantagens são as seguintes: a) pode ser empregado com precisão para seções grandes e/ou irregulares; NBR 13403/1995 5 b) há possibilidade de utilização do mesmo equipa- mento em diversos locais; c) as medições contínuas de vazão são possíveis quando um registrador é acoplado ao molinete. 4.5.2 Restrições As restrições são as seguintes: a) a medição é restrita à velocidade da corrente, de acordo com a aferição do molinete, devendo estar sempre acima de 0,20 m/s; b) há impossibilidade de medições contínuas de vazões diretamente; c) a altura mínima do nível d'água está limitada em 0,30 m para o molinete; d) no caso de minimolinete e micromolinete, deve- se consultar as restrições específicas do aparelho; e) deve ser aplicado em trechos retos; f) não deve ser aplicado na presença de grandes concentrações de sólidos suspensos; g) não deve ser aplicado em regimes turbulentos; h) exige operação especializada. 4.6 Método dos orifícios, bocais e tubos curtos Classifica-se quanto à forma, dimensões e posição rela- tiva à estrutura. A relação entre o comprimento e o diâ- metro da abertura do orifício, bocal e tubo curto estabelece a diferença entre eles. 4.6.1 Vantagens As vantagens são as seguintes: a) possui baixo custo; b) apresenta simplicidade de operação. 4.6.2 Restrições As restrições são as seguintes: a) há necessidade de manter as paredes do medidor com rugosidade constante e livres de obstruções; b) seu uso é limitado pela presença de sólidos sus- pensos, quando existir possibilidade de obstrução e assoreamento; c) a dimensão e posição relativa deste na estrutura devem ser tais, que evitem a formação de vórtice. 4.7 Método dos traçadores Os métodos dos traçadores por velocidade ou por con- centração têm muitos requisitos comuns. O método por velocidade baseia-se na cronometragem do tempo em que o traçador percorre uma distância conhecida. O tra- çador é aplicado de forma intermitente. O método por di- luição baseia-se na comparação de concentrações do traçador. Este é aplicado de forma contínua. 4.7.1 Vantagens As vantagens são as seguintes: a) permitem determinação em escoamento turbulento; b) o método por concentração não necessita de co- nhecimento da seção transversal; c) o método por concentração é mais preciso que o de velocidade. 4.7.2 Restrições As restrições são as seguintes: a) o método por velocidade necessita de seção trans- versal uniforme e constante, de forma a evitar repre- samento do traçador; b) o método por velocidade exige um comprimento a jusante do ponto de aplicação que possibilite mini- mizar erros de cronometragem; c) deve ser garantida ótima homogeneidade do traça- dor para o método por concentração d) a amostragem, quando necessária, deve ser cuida- dosa, respeitando as exigências do método empre- gado; e) qualquer dos dois métodos introduz agentes po- luidores no meio; f) deve-se ter cuidado na escolha do traçador, de for- ma que ele não sedimente os sólidos presentes na correnteza ou no leito do canal, ou seja absor- vido por eles; g) o tempo de injeção, no método da diluição, deve ser suficientemente longo, de forma a obterem-se duas amostras consecutivas no ponto de controle com concentrações iguais. Assim, as perdas por sorção em áreas represadas devem ser minimi- zadas; h) o método por diluição exige maior quantidade de traçador que o por velocidade. 4.7.3 Traçadores Os tipos de traçadores estão apresentados em 4.7.3.1 a 4.7.3.3. 4.7.3.1 Método de traçadores químicos 4.7.3.1.1 Vantagem É um método de baixo custo e simples operação, depen- dendo da substância utilizada. 4.7.3.1.2 Restrições As restrições são as seguintes: a) a vazão a ser medida não pode apresentar varia- ções bruscas, pois não é possível detectá-las; b) para efluentes industriais sujeitos a variações de temperatura, pode haver interferências na medição de vazão, em conseqüência da alteração nas condições da mistura. 6 NBR 13403/1995 4.7.3.2 Método de traçadores corantes 4.7.3.2.1 Vantagens As vantagens são as seguintes: a) não necessita de equipamento especial para a detecção do traçador utilizado, exceto para o traça- dor fluorescente; b) possui baixo custo, dependendo da substância utilizada. 4.7.3.2.2 Restrições As restrições são as seguintes: a) a principal fonte de imprecisão é a perda por adsor- ção do material traçador; b) para traçador fluorescente, há necessidade de apa- relho especial para sua detecção (por exemplo: fluorômetro); c) não é recomendável para massas líquidas que apresentem cor. 4.7.3.3 Método de traçadoresradioativos 4.7.3.3.1 Vantagens As vantagens são as seguintes: a) é o método mais rápido de detecção por traçador; b) é um método preciso; c) os traçadores radioativos são detectáveis em con- centrações muito baixas. 4.7.3.3.2 Restrições As restrições são as seguintes: a) o aparelho de detecção é específico e de alto custo; b) há necessidade de pessoal qualificado e creden- ciado por órgão governamental; c) há necessidade de proteção radiológica aos ope- radores; d) introduz agente contaminante no meio. 4.8 Método ultra-sônico Os tipos usualmente mais utilizados são contador-propa- gador (time-of-flight) e reflexão (Doppler). O primeiro é utilizado para águas limpas e o segundo, para águas com materiais em suspensão. Podem ser instalados em estação acústica permanente ou por meio de aparelhos portáteis 4.8.1 Vantagens As vantagens são as seguintes: a) há possibilidade de medições contínuas e instan- tâneas; b) não introduz agente poluidor no meio líquido; c) há possibilidade de transmissão dos resultados a qualquer parte, via telemetria, para a estação acús- tica permanente; d) não é afetado por condições de remanso; e) não interfere no fluxo. 4.8.2 Restrições As restrições são as seguintes: a) há necessidade de calirações por meio de outros métodos; b) exige operação especializada; c) o crescimento de plantas aquáticas causa interfe- rências; d) as duas seções transversais que contêm os medi- dores (transdutores) devem ter a mesma distribui- ção de velocidade (canal em regime uniforme); e) transmissores de estações de rádio podem causar interferências; f) é sensível a vórtices; g) a variação da turbidez na massa líquida altera a calibração realizada. 4.9 Método eletromagnético 4.9.1 Vantagens As vantagens são as seguintes: a) pode-se obter alta precisão; b) a velocidade mínima detectável é 0,001 m/s; c) é tolerante ao crescimento vegetal aquático; à pre- sença de gases; à estratificação de temperatura; à presença de sólidos suspensos, material flutuante; à deposição de material na membrana isolante; e a remanso; d) não tem partes móveis; e) tem rápido período de resposta (menor que 1 s); f) com eletrodos ortogonais, pode-se determinar também a direção do fluxo; g) não obstrui os canais; h) particularmente útil no caso de fluidos corrosivos, ou quando não é desejável perfurar as paredes do canal. 4.9.2 Restrições As restrições são as seguintes: a) possui alto custo; b) apresenta alto consumo de energia; c) exige manutenção e limpeza dos eletrodos; d) é suscetível à presença de campos elétricos e magnéticos na área; NBR 13403/1995 7 e) turbulência e vórtices causam interferências; f) a razão entre a largura do campo operador e a al- tura da lâmina líquida a ser medida deve ser maior que dois e menor que dez, quando o fundo não é isolado, e menor que 200, quando o fundo é iso- lado. 4.10 Método dos tubos horizontais 4.10.1 Vantagem A curva que relaciona ye /d com a vazão Q é válida para qualquer diâmetro d. 4.10.2 Restrições As restrições são as seguintes: a) é difícil medir com precisão a lâmina (ye), devido à superfície do jato ser curva e instável; b) o tubo deve ter borda bem definida; c) o tubo deve, em um comprimento pelo menos igual a seis vezes o seu diâmetro, ser reto, perfeitamente horizontal e ter diâmetro constante; d) o líquido deve jorrar livremente. 4.11 Método da calha Palmer-Bowlus A calha Palmer-Bowlus pode ser construída com forma retangular, trapezoidal e poligonal. O princípio de opera- ção é similar ao da calha Parshall. 4.11.1 Vantagens As vantagens são as seguintes: a) a calha Palmer-Bowlus pode ser instalada em sis- temas existentes, como rede de esgotos; b) a perda de carga é menor que para vertedores e calha Parshall; c) a deposição de sólidos é desprezível (autolimpeza); d) usado sob condições adequadas, apresenta erro de 3%. 4.11.2 Restrições As restrições são as seguintes: a) há necessidade de cuidados para evitar fugas sob o aparelho, quando da sua utilização; b) para manter precisão, a altura da lâmina líquida a montante não deve exceder 90% do diâmetro da tubulação e o ponto de medição a jusante deve ser a 50% do diâmetro, a contar da entrada da ca- lha; c) deve ser construída uma curva de calibração para cada calha; d) cada calha só serve para um diâmetro de tubula- ção. licenca: Cópia não autorizada
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