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Resposta imune células e humoral

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iMunologia 
02/07/2021 – link: https://www.youtube.com/watch?v=38mn5DSUl1k , https://www.youtube.com/watch?v=-
Fv73Fq8LTc , https://www.youtube.com/watch?v=OU6G20Y1BYs , https://www.3tres3.com.pt/artigos/o-sistema-
imunitario-no-porco-imunidade-mediada-por-celulas_10938/ , https://www.3tres3.com.pt/artigos/o-sistema-
imunitario-e-imunidade-no-porco-resposta-humoral-especifica_11036/ , 
https://www.3tres3.com.pt/artigos/sistema-imunitario-e-imunidade-no-porco-celulas-do-sistema-
imunitario_10744/ 
Resposta imune células e humoral
Resposta imunológica células e humoral 
A ativação da resposta imunológica começa quando um patógeno penetra no organismo. 
Macrófagos que encontram o patógeno, o ingerem e processam ele, expondo fragmentos proteicos 
no mesmo, em sua superfície celular. Esses macrófagos são chamados de células apresentadoras 
de antígeno (APC), essas células podem interagir com LT helper que ao reconhecer as partículas do 
patógeno, interagem com o macrófago e as citocinas. Nessa interação o macrófago secreta IL-1 
(estimula as células T helper a secretarem IL-2). A IL-2 estimula a proliferação de alguns tipos 
celulares, LT citotóxicos e LB. A partir disso a resposta imunológica segue 2 caminhos diferentes: 
um usando os LT citotóxicos e outro LB. 
LT citotóxico: Células normais do organismo que forem infectadas pelo patógeno, podem também 
digerir e apresentar fragmentos desse patógeno na superfície de sua membrana. Os LT citotóxicos 
são capazes de reconhecer esses fragmentos como partículas estranhas, se ligando a APC que 
dispara a secreção de substancias que induzem a apoptose, matando a célula infectada e impedindo 
a proliferação do patógeno. 
LB: Os LB quando ativados pelas LT helper se diferenciam em LB produtoras de anticorpos 
(plasmócitos). Os plasmócitos enchem os fluidos corpóreos como sangue e linfa com anticorpos 
específicos contra o patógeno. Os anticorpos se ligam aos patógenos neutralizando-os e induzindo 
a fagocitose pelos macrófagos, destruindo-os. 
Outros LB se diferenciam em células de memória, que podem sobreviver por tempo. Por essas 
células de memória, o organismo é capaz de reagir de maneira mais rápida e eficiente em um futuro 
encontro com o mesmo patógeno: resposta secundária a infecção. Organismo se torna resistente 
ou imune aquele patógeno (vacinação). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
https://www.youtube.com/watch?v=38mn5DSUl1k
https://www.youtube.com/watch?v=-Fv73Fq8LTc
https://www.youtube.com/watch?v=-Fv73Fq8LTc
https://www.youtube.com/watch?v=OU6G20Y1BYs
https://www.3tres3.com.pt/artigos/o-sistema-imunitario-no-porco-imunidade-mediada-por-celulas_10938/
https://www.3tres3.com.pt/artigos/o-sistema-imunitario-no-porco-imunidade-mediada-por-celulas_10938/
https://www.3tres3.com.pt/artigos/o-sistema-imunitario-e-imunidade-no-porco-resposta-humoral-especifica_11036/
https://www.3tres3.com.pt/artigos/o-sistema-imunitario-e-imunidade-no-porco-resposta-humoral-especifica_11036/
https://www.3tres3.com.pt/artigos/sistema-imunitario-e-imunidade-no-porco-celulas-do-sistema-imunitario_10744/
https://www.3tres3.com.pt/artigos/sistema-imunitario-e-imunidade-no-porco-celulas-do-sistema-imunitario_10744/
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Antígenos dependentes de células t 
Geralmente, as proteínas requerem a colaboração das células T auxiliares (Th2) para estimular as 
células B a se tornarem células produtoras de anticorpos e células de memória. Por isso, estes 
antígenos são ditos dependentes de células T. 
Primeiramente, o antígeno de proteína é ingerido e então é quebrado em fragmentos de peptídeos 
por uma célula apresentadora de antígeno, como um macrófago. O antígeno é então transferido para 
a superfície do macrófago em um MHC-II. 
O receptor da célula T, na superfície da célula T-helper, reconhece o antígeno do peptídeo que está 
sendo apresentado no MHC-II do macrófago, e a célula T auxiliar, torna-se ativada. A célula ativada 
(Th2), agora é capaz de estimular a célula B. 
A célula B também ingere o antígeno, esse antígeno em seguida reage com um anticorpo na 
superfície da célula B e é então internalizado, digerido e apresentado na superfície da célula B no 
MHC-II. O complexo antígeno – MHC-II da célula B -interage com o receptor da célula T, na célula T-
helper (Th2) ativada. 
A célula T-helper produz citocinas que estimulam a proliferação de células B e sua diferenciação em 
plasmócitos produtores de anticorpos, e em células de memória. 
 
SUPER-ANTÍGENOS 
Normalmente os antígenos são processados por células apresentadoras de antígeno e são 
apresentadas as células T auxiliares através do MHC-II. Apenas as células T auxiliares com seus 
receptores T são capazes de interagir com o antígeno, estimulando a produção de citocinas. 
A célula T auxiliar ativada só estimula as células B que reagem com o mesmo antígeno, limitando 
desse modo a produção de anticorpos. 
Superantígenos (tais como na síndrome do choque tóxico, produzidos pelo Staphylococcus aureus) 
não são processados por células apresentadoras de antígenos, em vez disso, eles se ligam 
diretamente na parte externa do MHC-II da célula APC e do receptor da célula T auxiliar. Em vez de 
se ligar somente em células especificas para esse antígeno, o que representa cerca de 10mil células 
T, o superantígeno se liga sem especificidade com cerca de 2 a 20% das células T. Isto resulta na 
estimulação de muitas células T auxiliares, resulta na liberação e atividade de quantidade excessivas 
de IL-2 e outras citocinas que entram na corrente sanguínea, em vez de só agir localmente como 
fariam normalmente. Isso provoca febre, náuseas, vômitos, diarreia e as vezes choque, falência de 
órgãos, falência circulatória e morte. 
 
 
 
 
 
 
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IMUNIDADE MEDIADA PO CÉLULAS 
SISTEMA IMUNITÁRIO E IMUNIDADE NO PORCO 
A imunidade mediada por células desencadeia-se quando uma célula apresentadora de antígenos 
(APC) apresenta um antígeno que é reconhecido por um linfócito T específico e começa a ativação 
e a expansão clonal de Th1 e CTL específicos para o antígeno. 
Quando a imunidade mediada por células atua contra o vírus, as células dendríticas mieloides (mDc) 
atuam como APCs, que expressam TLR3 e produzem IL-12. 
O estabelecimento de uma resposta Th1 requere a ativação das células dendríticas em resposta ao 
dano tissular e a ativação das células inflamatórias/inatas com secreção de interferões de tipo 1 
(contra o vírus), IL-1, TNFα, IL-8 e IL-6. A estimulação concorrente dos mesmos TLRs (TLR3 e TLR 7 
durante a infecção viral), expressa tanto nas células NK como nas DC, tem um papel chave na sua 
ativação mútua, na produção deste padrão de citocinas. 
Este representa um ponto de conexão crucial entre a imunidade inata e a adquirida, capacitando as 
células dendríticas para dirigir a resposta para Th1. 
A imunidade Th1 ativa alguns mecanismos efetores da imunidade inata contra os antígenos alvo de 
um modo mais efetivo. Mediante a secreção de citocinas (principalmente IFNγ), desencadeia a morte 
das células infectadas por parte dos macrófagos e das NK, enquanto que os anticorpos específicos 
ativam a via clássica do complemento e/ou ativam reações ADCC (Citotoxicidade Celular 
Dependente de Anticorpos) e fagocitose. Especificamente, a resposta celular efetora contra os 
microrganismos intracelulares (vírus, bactérias intracelulares e protozoários) baseia-se na morte e 
eliminação das células infectadas e, em última instância, é levada a cabo por: 
1. Linfócitos T citotóxicos específicos (CTL) que matam, por apoptose, as células infectadas 
promovendo a eliminação do vírus na resposta primária e estabelecendo uma memória específica 
que permite a eliminação da infecção. A ação dos CTLs induz a apoptose da célula alvo ao 
secretar "proteínas perforinas" que criam poros na membrana celular e permitem a entrada das 
granzimas, que induzem a morte celular programada bem como a expressão do ligando Fas, que 
adere às moléculas Fas da superfície das células alvo induzindosinais de morte. 
2. As células NK matam as células infectadas por vírus seja diretamente ou mediante a adesão a 
anticorpos (reações ADCC). A sua ação vê-se inibida pela união de moléculas MHC I de elevado 
peso molecular a células sãs, enquanto que exercem citotoxicidade em células que têm uma 
expressão reduzida ou nula de MHC I (um mecanismo pelo qual os vírus tentam evitar a ação dos 
CTLs). 
3. Os macrófagos inflamatórios ativados pelo IFN-γ reconhecem e fagocitam as células apoptóticas 
após a ação citotóxica dos CTL e as NK; também podem produzir TNFα induzindo apoptose. 
Além disso, a mudança de isótipo das IgG das células B (especialmente IgG2a) é promovido pelo IFN-
γ, a citocina Th1 prototípica. Com efeito, durante a CMI desencadeia-se uma resposta efetora 
mediada por anticorpos contra as células infectadas e também se baseia na luta contra as 
bactérias/vírus intracelulares: 
1. Anticorpos neutralizantes para os agentes patogénicos 
2. Anticorpos de fixação do complemento para a opsonização e fagocitose do agente patogénico 
3. Anticorpos que ativam o complexo de ataque à membrana a partir do complemento, provocando 
virolise devido à citotoxicidade direta das células infectadas 
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4. Anticorpos que medeiam as reações ADCC contra as células infectadas 
A fagocitose do complexo imunitário (anticorpo-agente patogénico) é causada pelos fagócitos 
inflamatórios; em primeira instância é provocada por neutrófilos e posteriormente por 
monócitos/macrófagos recrutados pelas quimiocinas (IL-8, MCP1). 
Pese a que os anticorpos possam neutralizar viriões em fase extracelular e matar células infectadas, 
a imunidade mediada por células tem um papel importante no controlo das infecções virais e o seu 
mecanismo principal é a citotoxicidade mediada por linfócitos T. 
Em resumo, a ativação de uma resposta CMI requer uma imunidade inata, com uma ativação celular 
inata precoce mediada pelo reconhecimento do sinal de "perigo" pelos sensores inatos (TLRs, 
complemento, proteínas de fase aguda) e uma produção óptima de IFN α / β e IL-1, TNFα, IL-8 e IL-6. 
Portanto, os mecanismos básicos que ligam a imunidade inata e a adquirida são: 
1. A cooperação entre NK-DCs-macrófagos com ativação recíproca e produção de IFN-γ, IL-12 e IL-
15 
2. Maturação/ativação de mDC agindo como APC 
3. Os IL-12 e IFN-γ produzidos pelas células da imunidade inata desencadeiam a resposta Th1 que 
sustem a resposta imunitária mediada por células 
4. Os Th1 CD4+ ativados pela secreção de IFN-γ e IL-2, estimulam as funções efetivas de NK e 
macrófagos e a posterior citotoxicidade específica dos linfócitos T (CTLs) que complementam a 
eliminação vírica e criam memória citotóxica 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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RESPOSTA HUMORAL ESPECÍFICA 
A resposta humoral específica começa quando um linfócito B naïve reconhece o seu antígeno 
específico nos tecidos e órgãos linfóides secundários. 
Cada linfócito B tem um receptor de antígeno (BCR: Receptor de células B), uma imunoglobulina de 
superfície (IgM ou IgD), que se une a domínios específicos do antígeno chamados determinantes 
antigénicos ou epítopos. 
A especificidade do sítio de união antigénica depende dos genes que codificam os domínios 
variáveis (VH e VL); nos mamíferos a recombinação e/ou conversão génica podem gerar um grande 
número de genes e, em consequência, muitos BCRs distintos, capacitando o animal para reconhecer 
quase todos os antígenos externos. 
Após o reconhecimento, cada linfócito B específico ativa-se, realiza uma proliferação clonal e 
diferencia-se numa célula plasmática (ou Célula Secretora de Anticorpos, ASC) capaz de sintetizar e 
secretar imunoglobulinas (anticorpos), específicas para o seu epítopo. 
As células T ajudam a otimizar a resposta humoral específica. 
Inicialmente, as células B secretam IgM sob a forma monomérica e com uma especificidade 
antigénica idêntica. 
Em relação ao tipo de secreção de anticorpos, os antígenos classificam-se como dependentes ou 
independentes das células T, consoante necessitem, ou não, da ajuda das células T para iniciar a 
resposta dos anticorpos. 
Para certos antígenos, os chamados independentes das células T (por exemplo lipopolissacáridos 
bacterianos, flagelina, polissacáridos de pneumococos, etc.) só podem induzir anticorpos IgM com 
uma afinidade modesta e sem células B de memória. 
Quase todos os antígenos externos são dependentes das células T e necessitam, para a activação 
completa dos linfócitos B, um sinal adicional (citocina) procedente dos linfócitos T colaboradores 
específicos que reconheçam o mesmo antígeno (cooperação das células T e B). 
Neste último caso, a célula B atua como uma célula apresentadora de antígenos, apresentando o 
antígeno processado às células T colaboradoras que, quando é reconhecido, permite a mudança 
isotópica da Ig (comutação de classe de anticorpo) da IgM para imunoglobulinas de uma classe 
distinta, IgA, IgE ou IgG, dependendo da citocina secretada pela célula T colaboradora, e envolvidas 
na estimulação da célula B (IL-4 ou IFNγ respectivamente). Outro sinal básico para a comutação do 
anticorpo é a interação do CD154 (CD40L) no receptor CD40 das células B. 
Sob esta "ajuda", as células B proliferativas têm uma hipermutação somática da imunoglobulina de 
superfície, pelo que passarão a estar dotadas de um isótipo específico. Estes linfócitos B são 
posteriormente selecionados com base numa afinidade óptima da Ig com o antígeno ao entrar em 
estreito contacto com as células dendríticas foliculares que apresentam o antígeno. Só os linfócitos 
B com uma elevada afinidade do anticorpo para o antígeno e que são capazes de o processar e 
apresentar, serão selecionadas positivamente. Portanto, só estes últimos linfócitos B sobreviverão, 
proliferarão e diferenciar-se-ão em células plasmáticas, sintetizando e secretando anticorpos de uma 
única classe isotópica, com uma especificidade única e afinidade elevada, melhorando a capacidade 
de aderir ao antígeno e, deste modo, neutralizar e destruir os agentes patogénicos. 
Quando termina a resposta imunitária primária, algumas destas células B e células plasmáticas 
ativadas e selecionadas neste primeiro contacto, sobreviverão como células de memória de vida 
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longa, prontas para serem ativadas em futuras exposições ao mesmo antígeno (resposta imunitária 
secundária) produzindo a mesma classe de anticorpos com um maior título e afinidade. 
Em conclusão, na resposta humoral primária, inicialmente é secretada uma única classe de IgM sob 
a forma monomérica e com idêntica especificidade antigénica. Uns dias depois, devido à comutação 
isotópica, são secretadas classes distintas de Ig, por exemplo, IgG. 
A resposta humoral secundária induzida por uma exposição posterior ao mesmo antígeno será 
caracterizada, principalmente, pela produção do isótipo de IgG mas com um título e afinidade mais 
elevadas (figura 1). 
Os anticorpos podem atuar contra agentes patogénicos com diferentes mecanismos defensivos: 
1. Inibição da infectividade de agentes patogénicos unindo-se diretamente a eles (neutralização, 
bloqueio por adesão, exclusão imunitária). 
2. Ativação da via alternativa (opsonização) ou clássica do complemento com lise do agente 
patogénico. 
3. Ao cobrir o agente patogénico (ou células infectadas), os anticorpos permitem que as células 
acessórias, que reconhecem partes do fragmento cristalizável (Fc), ingiram e matem o agente 
patogénico por opsonização e fagocitose ou matem as células infectadas mediante ADCC 
("Citotoxicidade Celular dependente de Anticorpos"). 
4. Regulação da resposta imunitária através da interação com os receptores Fc (FcRs). 
Os FcRs expressam-se em muitas células efetoras da imunidade inata, como os mastócitos, os 
neutrófilos, os monócitos, os macrófagos e as células dendríticas. Concretamente, quando 
os FcγRs (receptores Fc para IgG) se unem a complexos imunitários, desencadeiam a ativação das 
célulasinatas e a sua resposta efetora (fagocitose, explosão oxidativa, citotoxicidade, libertação de 
péptidos vasoactivos e quimioatraentes). Os FcRs das células dendríticas promovem a captura do 
antígeno, o seu processamento e a sua apresentação às células T citotóxicas e colaboradoras. 
Pelo contrário, a FcR inibitória para a IgG, expressa nas células B, está implicada na regulação da 
ativação e desenvolvimento de células B e na sobrevivência de células plasmáticas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Células da imunidade inata ou natural 
Os neutrófilos (N) são recrutados a partir do sangue no local da inflamação/infecção onde 
rapidamente fagocitam e destroem os agentes patogénicos que foram opsonizados pelo 
complemento. Contudo, a sua ação desaparece rapidamente (24-48 horas), sofrem apoptose e são 
fagocitados por macrófagos inflamatórios. 
Os macrófagos (M) derivam, principalmente, dos monócitos sanguíneos recrutados depois dos 
neutrófilos, no ponto de inflamação. Os monócitos diferenciam-se em macrófagos inflamatórios, 
ativados por meio de uma cascata de citocinas. Os macrófagos fagocitam e matam os agentes 
patogénicos opsonizados e as células infectadas apoptóticas, produzem citocinas que modulam 
toda a resposta imunitária inata; também são células efetoras de imunidade mediada por células e 
funcionam como células apresentadoras de antígeno (APC- antigen presenting cells) em respostas 
imunitárias secundárias. 
As células Natural Killer (NK), no local da infecção, reconhecem principalmente as células infectadas 
por agentes patogénicos intracelulares (por exemplo vírus) que reduzem a expressão do Complexo 
de Histocompatibilidade Maior (MHCI) na sua superfície. As NK eliminam, então, as células 
infectadas mediante apoptose. São também efetoras da imunidade específica mediada por 
células como é a citotoxicidade celular dependente de anticorpos. 
Os linfócitos T gamma/delta (ɣ / δ) têm Receptores de Células T ɣ / δ (TCR) que reconhecem uma 
variedade de antígenos com um mecanismo MHC não restringido. Estão basicamente implicadas na 
imunidade inata contra agentes infecciosos, incluindo vírus e bactérias, e quando se ativam são 
importantes produtores de IFNɣ e IL-17. Nos porcos, uma elevada percentagem encontra-se no 
sangue, pele, epitélio intestinal, esófago, traqueia, bexiga e glândula mamária. 
As células Natural Killer T (NKT) partilham características tanto das células da imunidade inata como 
da adquirida. As células NKT são capazes de regular a imunidade mediante a libertação de citocinas, 
a ativação de outros componentes imunitários e o ataque citolítico. As células NKT representam, 
assim, o limite entre o sistema imunitário inato e o adquirido. 
As células dendríticas (CD) são células residentes nos tecidos que maturam como células 
apresentadoras de antígenos profissionais (APC) depois de um reconhecimento dos agentes 
patogénicos mediado por TLR, a captura dos antígenos e a ativação através de citocinas inatas. 
Internalizam e processam antígenos exógenos, apresentando fragmentos de antígeno associados a 
MHC II [SLA II: Swine Leucocyte Antigen II — Antígeno de Leucócito de Suíno II "] aos linfócitos T 
colaboradores (T helper) antígenos específicos. As APC produzem citocinas que polarizam a 
diferenciação de linfócitos T colaboradores (T helper) e, portanto, regulam se um antígeno provocará 
uma resposta imunitária humoral ou mediada por células. Foram identificados dois subconjuntos de 
células dendríticas (CD): as CD mieloides que induzem a maturação de Th1 e as CD plasmocitóides, 
que em presença de carga viral elevada, são capazes de induzir uma resposta Th1. 
Os mastócitos (Mast Cells - MCs) residem nos tecidos conectivos da pele e do peritoneu e nas 
superfícies da mucosa intestinal e pulmonar, donde servem como células sentinela capazes de 
reconhecer os sinais de perigo através dos TLR e libertar rapidamente mediadores inflamatórios, 
citocinas pro-inflamatórias, imunomoduladoras e muitas quimiocinas. 
 
 
 
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As células da imunidade específica ou adquirida 
Os linfócitos T colaboradores (T helper-Th) são, sem dúvida, as células mais importantes da 
imunidade específica, porque ativam, regulam e dirigem a resposta imunitária. As células T helper 
naïve reconhecem antígenos apresentados em associação com moléculas de MHC II pelas células 
apresentadoras de antígenos (APC); Dependendo do tipo de APC, da resposta imunitária inata inicial 
e do tipo de citocinas presentes no microambiente, as Th podem diferenciar-se em diferentes 
subconjuntos de linfócitos (Th1, Th2, Th17, Th9, Th22 e Treg) que podem promover o 
desenvolvimento de diferentes tipos de resposta imunitária segundo a sua produção de um padrão 
de citocinas diferente. 
Th1: são responsáveis pela imunidade mediada por células contra agentes patogénicos 
intracelulares. 
Th2: controla a imunidade humoral. Algumas destas citocinas Th2 reduzem a produção de citocinas 
Th1, enquanto que outras facilitam respostas humorais particularmente a produção de IgA e IgE. 
Th17: promove uma resposta inata defensiva contra bactérias e fungos principalmente ao nível das 
mucosas. 
Th22: estas células têm um papel importante na imunidade epidérmica. 
Th9: tem funções similares às células Th2, colaborando com elas na regulação da inflamação 
alérgica e na resistência contra os nemátodos intestinais. 
Os linfócitos T reguladores (Treg) estão implicados na supressão da resposta imunitária, promovendo 
o estabelecimento e manutenção da homeostase imunitária e do auto tolerância periférica. As 
células T reg têm uma atividade imunossupressora. 
Os linfócitos B naive (B) expressam tanto IgM como IgD superficiais. Uma vez que reconhecem 
antígenos nativos específicos, cativam-se e diferenciam-se em células plasmáticas que secretam 
anticorpos [células secretoras de anticorpos (ASC, Antibody Secreting Cells); imunoglobulinas (Ig)]. 
As células B ativadas processam e apresentam antígenos específicos com MHC-II aos linfócitos T 
colaboradores (T helper), promovendo a comutação do isotipo de anticorpo. A alteração isotípica 
assegura que as células B começarão a expressar apenas um tipo de Ig, dependendo de que sinais, 
procedentes das citocinas, receberam das células T colaboradoras (T helper). 
Os linfócitos T citotóxicos (CTL) têm uma ação citolítica MHC I e matam células infectadas mediante 
apoptose. As células alvo para CTL incluem células infectadas com vírus, células infectadas com 
bactérias intracelulares, parasitas protozoários e células cancerosas. Depois da resposta contra a 
infecção, a maioria destes CTL morrerá, mas alguns irão converter-se em células de memória de 
longa duração. 
As células linfóides inatas (ILC) são linfócitos que não expressam receptores para o reconhecimento 
específico de antígenos e que são ativados por citocinas produzidas por outras células (LTh) no 
microambiente. Foram descobertas ILC1, 2 e 3 nas superfícies da mucosa e da barreira que regulam 
a resposta imunitária e a homeostase dos tecidos de um modo parecido às respostas Th1, Th2 e 
Th17.

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