Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
"Hexapoda" 1 "Hexapoda" Evolução e Relações Filogenéticas dos Arthtopoda Filo mais diversificado → 1,2 milhões de espécies. (3/4 das espécies.) Divesificação começou no Período Pré-Cambriano ~600ma. Grupo Monofilético → sinapomorfias: Exoesqueleto quitinoso e articulado. Apêndices articulados Articulação com resilina → que confere elasticidade a essas articulações. Ausência de cílios motores. Surgiram no ambiente marinho. Ocorreram vários processos de Terrestrialização. Terrestrialidade: Para serem verdadeiramente terrestres não basta que os animais vivam fora da água, é preciso ter um tegumento, uma morfologia externa e interna, e reprodução que sejam adaptados ao ambiente terrestre. TEGUMENTO → precisa ser adaptado para evitar a perda de água. MORFOLOGIA INTERNA → respiração e excreção. MORFOLOGIA EXTERNA → além do tegumento é preciso ter adaptação ao meio em relação à sustentação e locomoção. REPRODUÇÃO → adaptações para que, caso os gametas sejam liberados no meio externo, eles possam estar viáveis para a fecundação. A fecundação interna pode ser entendida como uma adaptação ao ambiente terrestre, já que isso tira a possibilidade de dessecação dos gametas. Os ovos de ovíparos precisam ter adptações para que não ressequem e sejam inviablizados. Os artrópodes invadiram o ambiente terrestre ~460-400ma. (Ordoviciano). Mesmo período em que as plantas começaram seu período de terrestrialização. HIPÓTESES FILOGENÉTICAS: 1. Hipótese de Snodgrass: "Hexapoda" 2 Myriapoda + Hexapoda (Grupos irmãos) = Atelocerata ("sem apêndice) → segundas antenas, apêndices unirremes, traquéias e túbulos de Malpighi. Atelocerata + Crustacea (usado o nome científico, pois nessa hipótese é considerado um grupo monofilético) = Mandibulata → mandúbula e outros apêndices cefálicos. Mandibulata + Chelicerata = Arthropoda 2. Hipótese Atual: Crustáceos (com o nome em português pq nessa hipótese é considerado como um grupo parafilético) + Hexápoda = Pancrustacea → estrutura dos omatídeos (unidades que compõem os olhos compostos), série de sinapormofias da anatomia e desenvolvimento do SNC. Pancrustacea + Myriapoda = Mandibulata → mandíbula e outros apêndices cefálicos. Mandibulata + Chelicerata = Arthropoda. A maioria dos pesquisadores concorda que Myriapoda não é grupo irmão de Hexapoda. Possível explicação para as inúmeras semelhanças entre Myriapoda e Hexapoda, considerando que não são grupos irmãos: Anatomia interna e externa (considerando as adaptações de terrestrialidade) Há uma hipótese que o ambiente terrestre requeira uma simplificação dos apêndices logo, a perda dessa segunda antena estaria relacionada a essa simplificação. Apêndices longos, com muias ramifiçações não são muito adaptados ao ambiente terrestre. Sistema respiratório traqueal pode ser considerado uma convergência evolutiva desses grupos, pois também é uma adaptação ao ambiente terrestre. Sistema excretor → reponsável pela reabsorção da água. Túbulos de Malpighi poderiam tbm ser considerados como convergência evolutiva, já que eles auxiliam a parte posterior do sistema digestório a reabsorver água e íons importantes. Morfologia de Hexapoda Morfologia Externa Tegumento = integumento ou parede corporal. "Hexapoda" 3 Formado por Cutícula (quitina + proteínas + lipídeos + cera → responsável pelo exoesqueleto) + Epiderme. Inerte → não possui nenhum tipo de sensibilidade, e essa carência é contornada por diversos de tipos de estruturas chamas SENSILAS. Sensila tricoide → conhecida como cerda ou pêlo. Extensão da parede corporal na forma de um pelo, e tem uma região onde a cutícula é maleável, oq permite essa sensila se mover quando ela tiver contato com alguam superfície. Esse deslocamento causa uma estimulação do neurônio que fica ligado à ela, e leva para o resto do SN. Sensila Campaniforme → parece uma campainha de mesa. Finalidade de informar o SN sobre a deformação do exoesqueleto durante a movimentação. Estão mais concentradas em locais de articulação. Quimiorreceptores → estrutura similar as sensilas campaniformes, mas com a diferença que possuem poros. Responsáveis pela olfação quanto pela gustação. Tagmose constante → Cabeça + Tórax + Abdome 1. CABEÇA Centro sensorial. Visão → olhos compostos e ocelos (possui funções diferentes de acordo com os grupos de Hexapoda). Antenas → ricas em quimiorreceptores e sensilas tricoides. Extremamente moles, devido ao alveolo antenal que permite elas serem muito móveis. Possuem uma estrutura chamada Órgão de Johnston, responsável para captar os movimentos de deslocamento dessa antenas devido ao deslocamento do ar, permitindo um tipo de audição. Mas o processo de audição pode variar de cada grupo também, por meio de uma outra estrutura chama Membrana Timpanica que pode estar localizada em várias regiões do corpo, de acordo com cada grupo que a possui. Nem todos os insetos ouvem, mas os que possuem esse sentido o possuem por meio de uma dessas duas estruturas. Peças bucais → diversos tipos de utilidade dependendo do grupo, na maioria são usadas para alimentação, mas também podem servir "Hexapoda" 4 para defesa ou para fazer a limpeza de partes do corpo. Cabeça é formada por 5 ou 6 segmentos (dependendo do autor). LABRO → peça que cobre dorsalmente a cavidade pré-oral. 1º SEGMENTO. ANTENAS → 2º SEGMENTO. SEM APÊNDICES → SEGMENTO INTERCALAR. MANDÍBULA → 4º SEGMENTO. MAXILA → possui parte para alimentação e palpos para manipulação dos alimentos. 5º SEGMENTO. LÁBIO → fusão do segundo par de maxilas presente nos crustáceos. Bilateralmente simétrico. Juntamente com a hipofaringe, fecham ventralmente a boca para que os alimentos não caiam da boca. 6º SEGMENTO 2. TÓRAX Centro Locomotor. Podem andar, voar ou saltar. Ápteros = sem asas. 1º segmento → 1º par de pernas. 2º segmento → 2º par de pernas + 1º par de asas (quando tiver). 3º segmento → 3º par de pernas + 2º par de asas. (quando tiver). PERNAS 3 pares de pernas UNIRREMES. Formadas por: TROCANTIN (não encontrado em todos os insetos) + COXA + TROCANTER + FÊMUR + TÍBIA (contendo espinhos articulados) + TARSUS (dividido em unidades menores chamadas tarsômeros). Coxa → Protopodito. Parte proximal. Trocanter, Fêmur, Tíbia e Tarsus → Telopodito. Parte distal. Último Tarsômero → possui 2 garras traçais e arolium: responsáveis pela fixação do animal nas superfícies. ASAS Não são todos os grupos que possuem asas. "Hexapoda" 5 São formadas por membranas e veias. Membranas → analogia com uma pipa: seriam o papel. Responsáveis pelo papel de resistência ao ar. Formadas por uma dupla camada de cutícula. Veias → analogia com uma pipa: seriam a estrutura de madeira. Respinsáveis pela estrutura e rigidez da asa. Cada uma das veias possui um nome, sendo muito importante para a taxonomia desses animais. Variam no tamanho, na forma e estrutura. Isso influencia a forma de voo de cada um dos grupos. 3. ABDOME Centro reprodutivo, digestivo e excretor. Composto por vários segmentos, sendo variáveis em número. Cada segmento é formado por → TERGITO (placa dorsal) + ESTERNITO (placa ventral) + PLEURA (placa lateral). Os tergitos e os esternitos → muito rígidos. Pleura → bem flexível, permitindo que o abdome expanda para alimentação ou armazenamento de ovos. Possui pequenas aberturas para respiração. Primeiros segmentos do abdome geralmente não possuem nenhum apêndice, mas existem exceções. No último segmento o apêndice presente é chamado de CERCO → possui função sensorial. Abertura genital varia de acordo com o grupo. Primitivamente acreditava-se que existiam 11 segmentos abdominais nos Hexapoda, mas esse número varia de acordo com a ordem. Morfologia Interna Organização artrópode: segue mais ou menos a mesma organização dos outros artrópodes. SISTEMA DIGESTÓRIO MEDIANO Completo → começa na boca e termina no ânus. Reto, com algumas envaginações. "Hexapoda" 6 Diferentes tipos de almentação vão refletir em grandesmodificações do sistema de disgentório de cada grupo. Dividido em 3 partes: Região anterior → tecido originário da ectoderme, revestido por cutícula. Possui musculatura bastante desenvolvida que ajuda na deglutição. Pode guardar temporariamente o alimento. Pode haver dentes quitinosos que podem realizar masseração. Passagem e armazenamento de alimento. Região mediana → derivada da endoderme, sem revestimento de cutícula. Ocorre a digestão e absorção do alimento. Possui CECOS que são envaginações que aumentam a superfície de contato para favorecer a absorção. Região posterior → derivada da ectoderme, revestida por cutícula. Túbulos de Malpighi estão associados à parte posterior dessa região. Função de compor as fezes e excretas. Parte acessória: Glândulas salivares → papel importante na digestão. SISTEMA EXCRETOR Região posterior do sistema digestório + Túbulos de Malpighi. Responsável pela filtragem da hemolinfa, realizar a osmorregulação e reabsorver íons e água. Os túbulos de Malpighi ficam soltos dentro da cavidade corporal, absorvendo os metabólitos e a água. E na parte posterior do sistema digestório, o que é necessário será reabsorvido e será formado então a excreta. Rejeitos são expelidos pelo ânus, juntamente com os restos alimentares. OBS: TIPOS DE EXCREÇÃO DOS ANIMAIS AMÔNIA → alta toxicidade, alta solubulidade me água e baixo custo energético. Basicamente já é o produto do processo metabólico, quase não possui procesamento posterior. Molécula simples. UREIA → baixa toxicidade, alta solubilidade em água e moderado custo energético. Molécula mais elaborada que a amônia e exige um pequeno grau de processamento. "Hexapoda" 7 ÁCIDO ÚRICO → baixa toxicidade, baixa solubilidade em água e alto custo energético para produção, pois a molécula é bastante complexa. A excreta metabólica mais vantajosa para os insetos terrestres seria o ácido úrico. Excretado na forma de cristais, economizando água, de vital importância para os Hexapoda. O tamanho corpóreo pequeno faz com que os Hexapoda necessitem ainda mais de economizar água, pois corpos pequenos tendem a perder água com muito mais rapidez, uma vez que a proporção superfície/volume é mais elevada que os organismos grandes. E o fato de muitos voarem, torna esse agravo ainda maior, já que em contato com o ar essa umidade seja perdida com facilidade ainda maior. SISTEMA CIRCULATÓRIO DORSAL Aberto. Vaso principal dorsal, contrátil, aberto na região anterior e posterior e essas aberturas são chamadas de ÓSTIOS. Líquido circulante → hemolinfa (não participa de trocas gasosas). Alguns hexápodes possuem hemácias, mas são para armazenamento de gases. Células ligadas a imunidade são comuns na hemolinfa. SISTEMA RESPIRATÓRIO Trocas gasosas podem se dar pela parede do corpo ou pelo sistema traqueal. Sistema traqueal → origem ectodermica, possui revestimento por cutícula. Apresentam aberturas chamadas ESPIRÁCULOS presentes no tórax e no abdome. Possui uma quantidade de cerdas. Vai se ramificando até chegar à TRAQUÉOLA - menor ramificação que está em contato com o tecido e as células. Em alguns animais os espiráculos podem se fechar por meio de contração, esse fato também pode ser considerado como adptação ao ambiente terrestre. A respiração é um processo que envolve a perda de água e por isso o fechamento desse sistema é importante. "Hexapoda" 8 As trocas gasosas podem ocorrer com o ar atmosférico ou com a água, dependendo do grupo. Brânquias → regiões onde a cutícula é mais fina para facilitar as trocas gasosas, podem ser externas ou internas. SISTEMA NERVOSO DORSO-VENTRAL Formado por 2 cordões nervosos que são praticamente fusionados. Presença de gânglios. Primitivamente, eles possuiam um gânglio em cada segmento, mas agora esse número é bem variável, podendo, alguns grupos, possuírem apenas um grande gânglio no corpo. Começa dorsal, dá a volta no sistema digestório e termina ventral. Os gânglios da cabeça se fundiram, originando o cérebro desses animais. O cérebro é dividido em 3 regiões com funções diferentes. Desenvolvimento e Reprodução Onde estão os insetos na estação seca? 1. Migração Em alguns grupos e alguns locais. Migram para um lugar mais favorável. 2. Estágios Imaturos Pequenos, imóveis e escondidos em ralação aos adultos. Ovos, pulpas, larvas → geralmente ficam escondidas. 3. Quiescêncica e Diapausa Quiescência → Pausa ou desaceleração do desenvolvimento em condições desfavoráveis, retornando assim que o ambiente melhorar Diapausa → interrupção do desenvolvimento e voltam se desenvolver mediante estímulos fisiológicos específicos. Vários insetos passam por um período de diapausa programada para ter somente uma geração por ano. Ocorre também casos de diapausa não programada, quando há escasses de alimento. Sistemas Reprodutores "Hexapoda" 9 Dióicos, com poucas exceções. Dimorfismo sexual não necessariamente está presente. Geralmente, as características avantajadas no macho são resultado de uma seleção sexual, em que as fêmeas tentem a escolher machos com essas características. Normalmente, quando há dimorfismo grande de tamanho, as fêmeas são maiores que os machos. 1. Sistema Reprodutor Feminino Formado por 2 ovários pareados que se encontram num canal único. Possuem uma câmara genital (onde ocorre a fertilização) e a vulva, que é a abertura posterior. Espermateca → utilizada para o armazenamento de espermatozoides. Glândula acessória → produz substâncias diferentes, mas que estão sempre associadas a cuidados com os ovos. Ovipositor → sua forma e função são variadas. Pode ser usado para ovipor os ovos dentro de diversos tecidos vegetais (dentro de frutas, folhas, troncos, restos vegetais, etc.) ou dentro do solo, água, restos orgânicos. 2. Sistema Reprodutor Masculino 2 Testículos pareados que se encontram em um canalículo. Vesícula Seminal → onde os espermatozoides passam pelo processo de maturação e o armazenamento. Glândula Acessória → responsável pela produção do espermatóforo. Gonóporo → término do sistema reprodutor. Pênis → pode ou não ser usado para a cópula. Espermatóforo → bolsa de espermatozide. Pode ser deixado no ambiente ou passado para a fêmea mediante a cópula. Desenvolvimento Começa sempre por um embrião que se desenvolve, normalmente, dentro de um ovo. 1 ou 2 estágios jovens e por fim o adulto. Adulto → tamanho máximo e apto para a reprodução. "Hexapoda" 10 Embrião (eclosão) → Jovem (muda) → Jovem (muda) → Adulto. 1. Desenvolvimento Direto Embrião que se desenvolve dentro de um ovo irá eclodir em um jovem. Esse jovem sofre sucessivas mudas até dar origem ao adulto. Jovem e adulto são muito similares, se diferem apenas no tamanho e na capacidade de reprodução. Adultos e Jovens ocorrem normalemente nos mesmos ambientes. Os adultos podem continuar realizando muda, embora não cresçam e nem se desenvolvam mais. Collembola (pulgas de jardim), Protura, Zygentoma (traças de livros) → alguns grupos que realizam esse desenvolvimento. Todos os grupos de Hexapoda primariamente ápteros passam por desenvolvimento direto. 2. Desenvolvimento Indireto Todos os Hexapoda alados passam por desenvolvmento indireto. Fazem parte também, os grupos que evoluíram de animais alados e que perderam suas asas secundariamente, como é o caso das pulgas (Siphonaptera) Pterygota → grupo que abrange todos os grupos de Hexapoda que passam por desenvolvimento indireto. 1. Desenvolvimento Indireto Hemimetábolo Jovem = Ninfa Normalmente as ninfas e os adultos estão presentes no mesmo ambiente e possuem uma certa similaridade, mas não tanto como no desenvolvimento direto. Embriões que se desenvolvem dentro de ovos que vão sofrer eclosão. Do ovo sairá uma ninfa pequena que sofrerá sucessivas mudas até chegar no adulto. Adulto NÃO sofre mais mudas. Ninfa → relativamente similar ao adulto, mas possuem grandes diferenças relacionado ao tamanho, ao desenvolvimentos das genitálias e também emrelação ao desenvolvimento das asas. A "Hexapoda" 11 cada muda as ninfas desenvolvem estruturas que posteriormente, quando adultas, originarão as asas. Nesse desenvolvimento, as ninfas NÃO possuem asas funcionais. Somente o adulto é capaz de voar e se reproduzir. No entanto, as ninfas aquáticas são BEM DIFERENTES dos adultos → Ordem Odonata (libélulas). 2. Desenvolvimento Indireto Holometábolo Jovem = larva e pupa Desenvolvimento embrionário dentro do ovo. Embrião eclode em uma larva (1º tipo jovem do desenvolvimento holometábolo). Larva de desenvolve por meio de mudas. A ultima muda da larva não será para o adulto, mas para a pupa. Pupa → 2º tipo jovem desse desenvolvimento. Pupa também fará uma muda e dará origem ao adulto. Não se alimenta. Relativamente imóvel, ficam em locais abrigáveis. Adulto NÃO realiza mais mudas e está apto para se reproduzir. Jovem não possui asas funcionais, apenas o adulto. Larva → dentro do seu corpo possui estruturas que existem células que estão se especializando para dar origem as estruturas dos adultos. Possuem cabeça, tórax e abdome. Se alimenta muito. Estemas → estruturas fotossensíveis exclusivas dessas larvas de Hexapoda, NÃO são homólogas aos olhos compostos nem aos ocelos. Antenas → podem ou não ter. Aparelho bucal normalmente, mastigador. Pernas → podem ou não ter. Homólogas às pernas nos adultos e possuem segmentação. "Hexapoda" 12 Discos imaginais → são as bolsas de células específicas que darão origem as estruturas específicas dos adultos. Mudança drástica em relação ao modo de vida e a forma das fases do desenvolvimento. Mudança no habitat, alimentação e forma dos imaturos para os adultos. Evolução e Relações Filogenéticas dos Hexapoda 33 a 36 ordens de Hexapoda O que torna Hexapoda um grupo monofilético? 1. Presença de 3 segmentos torácicos. E em cada um há um par de pernas. 2. Morfologia das pernas → coxa + trocânter + fêmur + tíbia + tarso + póstarso. 3. Abdome sem apêndices articulados. Surgiram 528-430 Ma. Fóssil mais antigo (407-396Ma) → Rhynognatha hirsti. CLASSE ENTOGNATHA Existem dúvidas se essa classe seja verdadeira e monofilética. Ordens → Collembola, Protura e Diplura. Sinapomorfias caso seja de fato monofilético: 1. Bases das peças bucais dentro da cápsula cefálica e redução dos palpos, como consequência. 2. Perda/redução dos olhos compostos. (Possivelmente vem de uma convergência, pois vivem em locais de pouca luz, podendo ser uma resposta ao ambiente em comum). CLASSE INSECTA 33 ordens. Monofilia bastante suportada, tanto por dados moleculares como morfológicas. Sinapomorfias Morfológicas: 1. Ovipositor nas fêmeas. 2. Tarsos segmentados (parte da composição das penas). RELAÇÃO ENTRE OS INSECTA: "Hexapoda" 13 Dois clado principais: ZYGENTOMA → Clado que possui apenas 1 ordem (traças domésticas, primariamente ápteras e formam um grupo parafilético com Pterygota). PTERYGOTA → Clado que abrange todas as outras ordens da classe (alados ou secundariamente ápteros e é monofilético). Sinapomorfias: 1. Transferência de esperma por cópula → o espermatóforo pode ser formado ou não, mas é passado mediante a cópula, oq maximiza a capacidade de reprodução. 2. Asas → sinapomorfia principal. Surgiram há cerca de 400Ma em comparação com os primeiros vertebrados voadores que surgiram ~250Ma. Pterygota durante muito tempo foram os únicos animais capazes de voar. Vantagens: fugir de predadores, alcançar recursos inalcansáveis sem ser pelo voo, etc. Hipóteses sobre o surgimento da capacidade de voar: 1. Apartir de elevações da parede do tórax. 2. Apartir de modificações de algumas pernas. 3. Apartir de modificações de escleritos do tórax e das pernas → MAIS ACEITA. Independente da origem, é muito aceita a ideia de que essas estruturas primariamente não serviam para o voo. Em um dado momento essas estruturas começaram a ser usadas para um voo semelhante a uma asa delta, não era um voo ativo. Posteriormente esses apêndices tornaram de alguma forma articulados, permitindo um voo ativo. Desenvolvimento indireto → Pterygota. RELAÇÃO ENTRE OS PTERYGOTA: Dois clados principais: 1. PALEOPTERA (pode não ser monofilético) → ordens Odonata (Libélulas) e Ephemeroptera (Efêmeras). "Hexapoda" 14 Sinapomorfias não tão robustas: Antenas cetáceas e imaturos aquáticos (ninfas aquáticas). 2. NEOPTERA (monofilético) → possui 15 ordens. Sinapomorfias: capacidade de dobrar as asas sobre o abdome devido ao músculo presente no 3º esclerito alar). A dobra das asas dessa forma, foi, muito provavelmente, responsável pela alta diversidade evolutiva dos Neoptera em relação aos Paleoptera. Deixando o corpo mais compacto, as asas ficam mais protegidas, permitindo que esses animais entrem em locais menores para se protegerem, sem comprometer as asas. Besouros → possuem duas vantagens adcionais: as asas são muito rígidas e protegem o corpo e os espiráculos ficam em uma posição diferente, abrigados embaixo das asas, proporcionando menor perda de água durante a respiração e possivelmente essas são duas das causas que proporcionaram umamaior diversidade de espécies. RELAÇÃO ENTRE OS NEOPTERA: Dois Clados principais: 1. POLYNEOPTERA → algumas ordens: Orthoptera (gafanhotos, grilos, esperança), Phasmatodea (bicho-pau), Mantodea (louva- deus), Blattaria (baratas), Embioptera (sem nomes comuns), Dermaptera (tesourinhas). Sinapomorfias: lobo anal da asa posterior na forma de leque e a asa anterior tégmina/pergaminosa. A maioria possui aparelho bucal mastigador, no entanto, isso não é considerado uma sinapomorfia. 2. EUMETABOLA → sinapomorfias: ausência de ocelos na fase juvenil e redução do número de Túbulos de Malpighi. RELAÇÃO ENTRE OS EUMETABOLA: Dois clados principais: "Hexapoda" 15 1. ACERCARIA/PARANEOPTERA → existem poucas ordens e apenas duas serãõ citadas: Hemiptera (cigarra, percevejo, maria-fedida, etc) e Psocodea (piolho, etc). Sinapomorfias: Lacínia (parte da maxila que pode servir para perfurar ou raptar) na forma de estilete, mas nem todos acercaria possuem essa modificação no aparelho bucal, pois alguns possuem aparelhos mastigador. Músculos do cibário (parte do sistema digestório que quando contraído realiza uma pressão favorecendo a ação de sugar, naqueles animais que possuem aparelho picador-sugador). Perda dos cercos 2. HOLOMETABOLA → composto por várias ordens entre elas: Hymenoptera (abelhas, vespas e formigas), Neuroptera (sem nomes comuns), Coleoptera (besouros), Diptera (moscas e mosquitos), Syphonaptera (pulgas), Lepidoptera (borboletas e mariposas). Quase toda a diversidade de Hexapoda é formada por Holometabola e dentre eles as ordens que são responsáveis pela maioria dessa diversidade são: Hymenoptera, Diptera, Lepidoptera e principalmente Coleoptera. "Hexapoda" 16 Sinapomorfias: larvas com estemas (estruturas fotossensíveis, exclusivas de Holometabola), larvas com discos imaginais e metamorfose. Diversidade de Hexapoda Os grupos menos inclusivos irão carregar informações dos grupos mais inclusivos. Hexapoda associados ao solo Dentro ou sobre o solo. Superfície ou em várias camadas internas do solo. Importantes para a decomposição, ciclagem de nutrientes e revolver o solo. Na superfície do solo temos alguns insetos como: formigas (Hymenoptera), Pulga de jardim (Collembola), e alguns besouros (Coleoptera). Alguns se alimentam de matéria vegetal, viva ou em decomposição, restos de animais, fungos, fezes ou predadores. No subsolo temos outros insetos como: larvas de Diptera, Pulpa de Coleoptera, outros tipos de Collembola e alguns Dermaptera que fazem seus ninhos no subsolo. Apesar de serem bastantes distintos, possuem uma tendência a perder pigmentação e estruturas fotossensíveis. Collembola (pulgas de jardim) → vivem em diferentes substratos de solo, podendo viver em níveis diferentes do solo, e por isso algumas espécies vão ser desprovidas de pigmentaçãoe estruturas fotossensíveis, enquanto outras possuirão pigmentação e outras diversas estruturas como a FÚRCULA (responsável pelo deslocamento em saltos). Vários insetos posseuem a propriedade de se locomoverem aos saltos, alguns alados e outros ápteros. Orthoptera → algumas espécies possuem pernas posteriores adptadas para salto, vários possuem membranas timpânicas, pois vários produzem sons esfregando as pernas ou as asas, que são usados no acasalamento. Hemiptera → ninfa vive no solo e quando termina seu desenvolvimento ela sobe na árvore e faz muda final para o adulto. "Hexapoda" 17 Hexapoda aquáticos Possuem uma diversidade de mecanismos para as trocas gasosas. Todos eles realizam, em algum grau, respiração cutânea, mas dependendo do tamanho não será suficiente. Pode ser realizada tbm por brânquias (Ephemeroptera), por meio de sifão (Diptera) ou por meio do estoque de ar atmosferico (Coleoptera). Odonata → aquáticos na fase imatura e terrestres na fase adulta. 2 pares de asas membranosas, excelentes voadoras (70km/h). Algumas adaptações morfológicas distintas desses insetos aquáticos: Adesão ao susbtrato → ganchos para não serem levados pela correnteza. (Diptera) Utilizam a produção de seda para produzir uma casinha (Larva de Trichoptera). Hexapoda associados as plantas Diversificação dos insetos está associado à diversificação das angiospermas que ocorreu no período Cretáceo. Se alimentar de plantas exige uma série de adptações das animais que se alimentam delas: Locomoção → formas de se locomover nos tecidos vegetais. Adaptações contra a dessecação → pois ficam mais expostos. Plantas podem possuir defesas químicas (toxinas) ou físicas (espinhos). Dieta baseada em plantas é nutricionalmente inferior para os animais em alguns aspectos, no que diz respeito a proteínas, esteroides e vitaminas, então é necessário uma adptação desses animais a isso tbm. Várias ordens são fitófagas Forma mais comum da fitofagia → aparelho mastigador, se alimentando dos tecidos vegetais, podendo ser em ninfas, jovens e adultos. Outras formas são: minadores (se alimentam do tecido vegetal entre uma camada e outra da epiderme das plantas) ou aparelhos picadores-sugadores para se alimentarem dos fluidos internos das plantas. Muitos insetos são pragas agrícolas. Hemiptera → uma das ordens com maior diversidade de estruturas. Vários possuem aparelho picador-sugador, vários são ápteros, ou hemiélitro um tipo "Hexapoda" 18 específico de asas desse grupo. Phasmatodea → bichos-pau, podem se parecer muito com galhos ou folhas. São fitófagos, mas dificilmente seriam pragas por baixa densidade populacional. Relações mutualisaticas com as plantas → polinizadores. Aumentam a variabilidade das plantas, pois intensificam a efetividade da polinização. Abelhas (Hymenoptera) → se almentam de pólen e néctar. Possuem aparelho mastigador-lambedor. Mandíbulas desenvolvidas. Perna com tarso e a tíbia bastante modificados, possuindo cerdas para coleta de pólen. 2 pares de asas membranosas e ótimas voadoras. Coleoptera→ importantes polinizadores tbm Maior ordem. Asa anterior hélitro (rígida) Aparelho bucal mastigador. Lepidoptera Aparelho bucal com espirotromba → desenrola para sucção do néctar. Não é perfuradora. Corpo coberto por escamas. Impostante para a polinização. Asas membranosas. Diptera Tbm participam da polinização Asa posterior na forma de halter. → equilíbrio para o voo. Asa anterior → impulsiona o voo. Grande variedade do aparelho bucal. Antena aristada. Hexapoda sociais "Hexapoda" 19 Deve haver divisão de trabalho → uma ou mais castas estéreis que cuidam da casta reprodutora. Cuidados compartilhados dos jovens. Sobreposição de uma ou mais gerações. Eussocialidade Hymenoptera → formigas, algumas abelhas e vespas. Blattaria → cupins. Colmeia: Zangões, operárias e rainha. Zangões nascem de ovos não fertilizados. E ao nascer saem da colmeia em busca de outra, para copular com a rainha e logo depois disso já morrem. Operárias nascem de ovos fertilizados, mas durante o seu desenvolvimento possuem uma alimentação mais precária. Rainha nasce de ovos fertilizados e durante o seu desenvolvimento é mais alimentada, incluindo a geleia real. Seu tempo de desenvolvimento é menor, pois se desenvolve mais rápido, é maior que as operárias e tbm possui algumas diferenças morfológicas. Rainha é fertilizada aprenas 1 vez, ela guarda os espermatozoides na espermateca e regula a quantidade de ovos que serão fertilizados ou não. Baratas são parafiléticas em relação aos cupins. Comportamentos subsociais: Agregação → lepidoptera. Cuidado parental sem ninho → pós eclosão do ovo. Cuidado parental com ninho → estruras que encontram ou constroem. Hexapoda carnívoros 1. Predadores Mata e consome as presas. Odonata (exclusivamente predadoras). → libélulas Mantodea (exclusivamente predadores). → louva-deus Cabeça triangular. "Hexapoda" 20 Perna anterior com coxa alongada. 2. Parasitas Vivem as custas dos hospedeiros. 3. Parasitoides Vivem as custas dos hospedeiros, mas eles chegam a morrer por conta disso. Hexapoda causadores de doenças 1. Causam as doenças Piolhos → pediculose. Miíases (bernes) → causadas por diferentes larvas de moscas. 2. Vetores de doenças Diptera → várias espécies de mosquitos. Hemiptera → barbeiro Siphonaptera → pulgas. 3. Venenosos Hymenoptera → formigas, abelhas, vespas. Ovipositor modificado com uma glândula de veneno anexa. Lepidoptera → alguns imaturos, como larvas de mariposas. Cerdas modificadas, ocas com uma sustância venenosa que quando tocada, quebra-se liberando o veneno.
Compartilhar