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Renda Nacional e Produto Nacional

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Lição 6 - Renda Nacional e
Produto Nacional
É chegada a hora de você ter contato com conceitos pertinentes à formação 
da renda nacional e, o que é mais importante, a forma como ela é distribuída.
Você conhecerá como o Brasil se apresenta com relação a outras nações em 
termos de desenvolvimento econômico e social, entenderá que renda per 
capita é um índice puramente econômico e que a concentração de renda 
não é exclusividade do Brasil.
Nossa intenção é a de despertar o seu espírito crítico com relação a esses im-
portantes questionamentos sobre um país que possui elevado nível de pro-
duto interno, mas ainda figura entre aqueles que não fazem justiça quanto à 
distribuição da renda.
1. Renda Nacional
Todos os países procuram medir o resultado de suas atividades econômicas, e 
essa medição pode ser feita através do cálculo da renda nacional.
Renda Nacional é a soma das rendas ou receitas recebidas por todas as pessoas 
em um ano, ou seja, é a soma total dos salários, juros, lucros, aluguéis, dividendos 
e renda da terra obtida pelos cidadãos de um país, durante o período de um ano.
A renda nacional depende da maior ou menor produtividade do trabalho e da 
maior ou menor rentabilidade de todos os fatores da produção.
2. Renda Per Capita
Dividindo a renda nacional pelo número de habitantes, temos a renda per 
capita de um país. Renda per capita significa “renda por cabeça”, ou seja, é o 
que cada pessoa ganharia se dividíssemos igualmente o valor da produção, 
em um ano, entre todas as pessoas do país.
A renda per capita é um dos critérios para se avaliar o desenvolvimento eco-
nômico de um país, mas não pode ser o único. Portanto, além da renda nacio-
nal, devemos levar em conta certos dados indicativos do padrão de vida da 
população em geral: expectativa de vida dos habitantes, mortalidade infantil, 
leitos de hospital, percentual de alfabetização, consumo de energia per capita, 
meios de transporte etc.
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3. Índice de Desenvolvimento Humano - IDH 
Em 1990, o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento – PNUD – 
criou o Índice de Desenvolvimento Humano – IDH –, com o objetivo de avaliar 
o nível de desenvolvimento dos países. Para calcular esse índice, que vai de 0 
a 1, o PNUD avalia os seguintes indicadores de qualidade de vida de um país:
• Saúde, abrangendo dados diversos, incluindo taxa de mortalidade infantil 
(relação entre o número de crianças que morrem antes de completar um 
ano de idade e o total de crianças nascidas no ano) e esperança de vida da 
população como um todo.
• Educação, levando em conta o número de analfabetos e nível de 
escolaridade média da população.
• Renda, considerando o poder aquisitivo do Produto Interno Bruto – PIB – 
per capita, ou seja, a produção do país (cujo valor é igual à renda interna) 
dividida pelo número de habitantes. Neste item, é feita uma comparação 
entre a renda per capita e o real poder aquisitivo das pessoas.
Em termos de economia, o Brasil figura como um país emergente, onde um 
forte parque industrial o coloca entre os países mais propensos a receber in-
vestimentos externos.
Esta situação demonstra claramente que crescer economicamente é bem 
diferente de crescer socialmente, o que depende logicamente de bem-estar 
social, através de melhor distribuição de renda, e boa assistência, em termos 
de serviços públicos.
Não devemos confundir renda per capita com distribuição funcional da ren-
da. Enquanto a renda per capita demonstra um cenário de como poderia ser 
distribuída a renda, a distribuição funcional da renda indica a forma como é 
distribuída a renda entre os fatores capital e trabalho.
4. Concentração de Renda
O termo concentração de renda aplica-se quando a análise econômica de um 
país evidencia que uma parcela diminuta da população fica com a maior par-
te da Renda Nacional. Geralmente esta parcela menor da população é pro-
prietária do fator capital e outros meios de produção.
Embora haja divergência quanto aos limites de concentração ou não concen-
tração de renda, a simples constatação de que, em um dado país, existe mais 
de 50% da renda nas mãos dos proprietários dos fatores capital e recursos 
naturais, é caso típico de concentração de renda.
4.1 Utilidade do Cálculo da Renda
As instituições que levantam dados sobre a renda nacional, sejam elas públi-
cas ou privadas, colaboram para que se obtenham as seguintes informações:
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• medir o crescimento econômico do país;
• avaliar a contribuição dos diferentes setores produtivos na atividade 
econômica, tais como agricultura, pesca, construção civil, comércio e 
indústria na produção de riquezas;
• avaliar a distribuição da renda, isto é, a partilha do total da renda 
produzida.
4.2 Lucro
Lucro é a remuneração do empresário, representada por um ganho vincu-
lado à diferença entre o preço de venda e o preço de custo dos produtos e 
serviços. Se não houvesse a possibilidade do lucro, o empresário não correria 
o risco de aplicar seu capital em determinada atividade produtiva.
Karl Marx explicou a origem do lucro através da teoria denominada 
“mais-valia”. Segundo a teoria, no regime capitalista, o capital tende a au-
mentar indefinidamente pela exploração que o sistema lhe permite exer-
cer sobre o trabalho.
Assim, o capital é formado através da mais-valia, que consiste no seguinte: “o 
trabalhador, no processo de produção, transforma matéria-prima em produ-
tos, empregando determinados meios produtivos. O valor do produto é for-
mado pelo valor dos meios de produção, mais o novo valor que o operário, ao 
trabalhar, está criando. Do trabalho, portanto, sai o único valor que se cria em 
cada processo de produção”.
Dessa forma, o capitalista obtém seus lucros apoderando-se de todo o traba-
lho que o operário continua a realizar, após ter criado um valor igual ao seu 
salário. Chamamos de mais-valia o valor suplementar que o operário produz 
durante todo o tempo que continua a trabalhar, depois de produzir o valor da 
sua força de trabalho.
Hoje, o que se discute não é a existência do lucro, mas a sua apropriação. Nas 
economias capitalistas, ele vai para os detentores do capital das empresas. Na 
economia socialista tradicional, o lucro vai necessariamente para o Estado, 
embora uma fração possa ser deixada à disposição das empresas.
É importante lembrar que o cenário mundial hoje é composto de pouquís-
simas nações que possuem o sistema socialista. As economias de mercado 
estão, por sua vez, atingindo antigas economias fechadas e caminham para 
transformações que inevitavelmente dependem da supremacia de uma ou 
outra corrente política.
Estas economias capitalistas têm apontado para a chamada “terceira via”, que 
é uma proposta de linha de governo que tem como objetivos: estabilidade 
macroeconômica, políticas de bem-estar e emprego, seguridade social, me-
lhorar a educação e impulsionar empresas ligadas a novos negócios. Seria 
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uma política equidistante do estatismo que inibe e controla o processo pro-
dutivo, e do livre mercado, desenfreado e irresponsável. 
4.3 Juro
Juro é a remuneração do capital. Quando alguém recebe um empréstimo em 
dinheiro, deve pagar ao credor, além do “principal”, uma soma determinada, 
para compensar o lucro que o credor deixou de ter ao emprestar o dinheiro.
Podemos justificar a cobrança dos juros da seguinte forma:
• não são apenas os pobres que pedem empréstimos, mas também os 
comerciantes, os industriais e o Governo, com o fim de aplicar esse capital 
na produção;
• o capital é hoje um fator de produção: sendo produtivo, ninguém o 
empresta sem receber uma retribuição;
• apesar da inflação ser baixa, de se ter uma moeda praticamente estável 
com o câmbio controlado, o próprio sistema comercial de financiamento 
e a cultura existente no mercado financeiro fazem com que os juros sejam 
cobrados.
Exercícios Propostos
1. O seu objetivo é o de avaliar o nível de desenvolvimento dos países. Esta-
mos falando de:
( ) a) PNUD
( ) b) IDH
( ) c) PIB
( ) d) PEA
( ) e) ONU2. A renda per capita indica:
( ) a) desenvolvimento social
( ) b) posição econômica das empresas
( ) c) desenvolvimento econômico
( ) d) posição econômica do cidadão
( ) e) índice de desenvolvimento humano
3. Uma parcela diminuta da população fica com a maior parte da renda na-
cional. Isto caracteriza:
( ) a) desenvolvimento social
( ) b) sobra de renda
( ) c) renda per capita
( ) d) concentração de renda 
( ) e) falta de renda
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Respostas dos Exercícios Propostos
1. A
2. D
3. B
4. A
4. O capital é remunerado através do:
( ) a) lucro
( ) b) juro
( ) c) trabalho
( ) d) desenvolvimento
( ) e) crescimento

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