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Respiratório Composto pela parte condutora, parte respiratória e aparelho de bombeamento. Tem função de respiração, proteção, filtração e umidificação, termorregulação, produção da voz, eliminação de toxinas; provisão firme para os músculos abdominais e função olfatória. · Parte Condutora, órgãos tubulares. Nariz externo Dorso (dorsal), raiz (próximo dos olhos) e ápice (rostral, nas narinas). Formado por 3 camadas: pele de pelos curtos, músculos da face e ossos e cartilagens. As narinas são parte do nariz externo e são entradas para o vestíbulo nasal. Possuem sulcos. São delimitadas por margens (asas) e ângulos (comissuras). Os equinos possuem divertículo nasal, uma falsa narina mais internamente. Permite maior dilatação da narina e captação de ar. A sustentação das narinas depende de cartilagens (lateral, dorsal e ventral, e acessória medial, que fica na prega alar) que possuem tamanho variado e derivam do septo nasal (que tem base óssea no osso vômer e etmoidal). Carnívoros: plano nasal. Bovinos: plano nasolabial. Suínos: disco rostral. Peq. ruminantes: plano nasal. Os equinos não tem cartilagem acessória lateral e lateral ventral; a lateral dorsal é pouco desenvolvida, a acessória medial é bastante desenvolvida. Possuem cartilagem alar, característica inerente, a parte dorsal é chamada de lâmina e a ventral de barra. Uma estrutura encontrada no vestíbulo nasal é a abertura do ducto nasolacrimal, por onde se passa sondas, no bovino fica superior à prega alar e difícil de ver. Cavidades nasais Ocupam grande parte da face, estendendo-se rostralmente dos óstios vestibulonasais até a terminação rostral da cavidade craniana, abrindo-se caudalmente nas coanas. É dividida no plano sagital mediano pelo septo nasal mediano. Algumas características que diminuem o tamanho das cavidades e aumentam a funcionalidade: presença dos seios paranasais – comunicam-se com as cavidades nasais, mas não fazem parte delas; as porções embutidas das arcadas dentárias – especialmente no equino; a presença dos ossos turbinados cobertos de mucosa – conchas nasais Paredes espessadas pela presença de plexos vasculares. Conchas nasais (são os ossos turbinados): nasal dorsal (endoturbinado I), média (endoturbinado II) e nasal ventral (maxila). Pregas nasais: reta (até rostralmente à concha dorsal), alar (até à concha nasal ventral) e basal. São formadas pela túnica mucosa. Meatos nasais: Dorsal (mucosa respiratória): é a passagem entre o teto da cavidade nasal e concha nasal dorsal. Ele conduz diretamente ao fundo da cavidade nasal e canaliza o ar para a mucosa olfativa. Médio: situa-se entre as conchas nasais dorsal e ventral e se comunica com os seios paranasais (maxilar), óstio nasomaxilar; Ventral: é o caminho principal para o fluxo de ar que conduz à faringe e situa-se entre a concha nasal ventral e o assoalho da cavidade nasal. Comum: é o espaço longitudinal de cada lado do septo nasal. Ele se comunica com todos os outros meatos nasais. Etmoidais: mucosa olfatória. A mucosa pode apresentar tipo olfatório ou respiratório. Reveste toda a cavidade nasal. O labirinto etmoidal é revestido por mucosa olfatória. Quanto mais ventral e caudal, mais mucosa olfatória, enquanto a respiratória é mais rostral e dorsal. Estruturas presentes: ducto incisivo, comunica com a cav. nasal e cav. oral; órgão vomeronasal, determina o sabor dos alimentos por olfato. Limites: Dorsal: osso nasal, parte do osso frontal, cartilagens laterais dorsais; Lateral: parede lateral das cartilagens dorsal e ventral, parte dos ossos maxilares e incisivo, parte do osso palatino, conchas nasais e etmóide; Ventral: processos palatinos do incisivo, cartilagens laterais ventrais, parte do maxilar e parte horizontal do osso palatino; Medial: septo nasal; Caudal: lâmina cribiforme do etmóide. Seios paranasais São divertículos da cav. nasal que escavam os ossos do crânio e conchas nasais, são revestidas por mucosa e se comunicam com a cav. nasal. Oferecem proteção térmica e mecânica para as cavidades, aumentam a área para inserção muscular, afetam a voz e maior espaço para crescimento dos dentes (seio maxilar). Têm dois tipos de comunicação: os que se comunicam coletivamente com o meato nasal médio e os que se comunicam cada qual com sua abertura com os meatos etmoidais na parte caudal da cav. nasal. Divisão por espécies: Bovinos: maxilar, lacrimal, palatino, esfenóide, frontal; Equinos: seios maxilares rostral e caudal, frontais rostral, medial e caudal, palatino e esfenóide (esfenopalatino); Suínos: maxilar - zigomático, frontais, lacrimal, esfenóide. Cão: seio maxilar – recesso maxilar, frontal lateral, medial e rostral. Faringe Região intermediária entre a cav. oral e a entrada do esôfago, possui formato de funil com uma abertura rostral que une a boca e a cav. nasal, cortada pelo palato mole e se estende até a entrada do esofâgo. O ar passa no sentido rostrodorsal para caudoventral e o alimento faz o contrário, rostroventral para caudodorsal. Localização: base do crânio e a primeira dupla de vértebras cervicais (dorsal); laringe ventralmente e os músculos pterigóideos (ventral); mandíbula e a parte dorsal do aparelho hióideo (lateral). Aberturas: coanas, óstios faríngeos das tubas auditivas, istmo da garganta (orofaringe), óstio laríngeo e óstio esofágico. Laringe Curto tubo cartilaginoso que forma a conexão entre a faringe e a árvore traqueobrônica e contém o órgão da fonação. Situa-se ao nível da base do crânio, ventralmente a laringofaringe e o início do esôfago; parcialmente contínua entre os ramos da mandíbula (ruminantes e equinos) e parcialmente estendida no pescoço. As cartilagens articulam-se entre si e com o aparelho hióide As cartilagens são movimentadas por músculos laríngeos e se articulam com o osso hióide. É revestida por túnica mucosa. Funções: controla a passagem do ar, olfato, deglutição, proteção das vias inferiores, etc. Função da glote: produção da voz, evita alimentos na laringe, fechamento da glote, eleva pressão. Estruturas: Epiglote: responsável por se fechar no momento da deglutição. (Ímpar) Aritenóide: cartilagem hialina. (Par) Cricóide: (Ímpar) Tireóide: proteção. (Ímpar). Músculos extrínsecos: tiro-hioideo, hipoepiglótico, esternohioideo. Músculo intrínseco: cricóideo. Cavidade da laringe: liga a laringe à traquéia, a entrada chama-se ádito da laringe. Dividida em: vestíbulo (da fenda da glote até a epiglote), rima da glote (espaço entre as duas pregas vocais) e cav. infra-glótica (caudal à glote, delimitada pela cricóide). Traqueia Órgão tubular, flexível e cartilaginoso. Se inicia na laringe, ao nível 1ª e 2ª vértebra cervical (carnívoros e ruminantes), 4ª ou 5ª (suínos) e se estende até o terço cranial do tórax, onde se bifurca nos brônquios direito e esquerdo no nível de 5º ou 6º espaço intercostal (equinos), e 4º ou 5º (carnívoros) e 4º ou 5º par de costelas (ruminantes e suínos). Tem posição mediana, exceto quando cruza com o arco aórtico e se desloca para a direita do plano sagital mediano, depois retoma a posição mediana. Relações da porção cervical: Dorsalmente: m. longo do pescoço e esôfago; Ventralmente: timo, m. esterno-hióideo e m. esternotireo-hióideo; Lateral direita: glândula tireóide, m. esternotireo-hióideo, m. omo-hióideo, artéria carótida comum, tronco vagossimpático e veia jugular externa; Lateral esquerda: igual ao direito e esôfago. Relações da parte torácica: Dorsalmente: m. longo do pescoço e esôfago; Ventralmente: artéria carótida comum, veia cava cranial, tronco pulmonar e artéria pulmonar direita; Lateral direita: lobo cranial do pulmão direito, nervo vago direito, veia ázigos e vasos costocervicais; Lateral esquerda: esôfago, nervo vago esquerdo, tronco braquiocefálico e arco aórtico. Nos ruminantes e suínos, a parte torácica da traqueia emite o brônquio traqueal, ele serve para ventilar o lobo cranial do pulmão direito. Ocorre no 3º espaço intercostal. Estrutura: possui 4 lâminas, sendo uma mucosa, submucosa, musculocartilaginosa e adventícia. Possuimucosa respiratória, glândulas tubulares na submucosa (traqueais), produzem muco. O primeiro anel cartilaginoso (traqueal) em contato com a cartilagem cricóide se chama ligamento cricotraqueal, só depois do segundo anel se chama ligamento traqueal. O último anel tem anatomia diferente, pois é a bifurcação dos brônquios, chamado de carina da traqueia. Vascularização e inervação: Arterial: ramo das artérias carótidas comuns e a. broncoesofágica (parede traqueal); Venosa: veias jugulares e veias broncoesofágicas; Inervação: nervo vago (simpático e parassimpático). Brônquios. Bronquíolos terminais. · Parte Respiratória, os pulmões. Bronquíolos respiratórios. Ductos alveolares. Sacos alveolares. Alvéolos pulmonares. · Aparelho de Bombeamento. Dois sacos pleurais que abarcam os pulmões. Caixa torácica e seus músculos: Diafragma. · Cavidade Torácica. Dividida em paredes: dorsal (teto), ventral (assoalho), laterais, abertura cranial e caudal (hiato aórtico, aorta, veia ázigo, ducto torácico, hiato esofágico, esôfago e tronco vagal dorsal e ventral, forame da veia cava (veia cava caudal). A fáscia endotorácica é feita de tecido conjuntivo frouxo e reveste toda a cavidade. Pleura: É uma delgada túnica serosa, brilhante e escorregadia que reveste internamente a cavidade do tórax, formando dois compartimentos fechados – os sacos ou cavidades pleurais direita e esquerda. Divisão: pleura parietal (costal, diafragmática, mediastinal e pericárdica) e pleura pulmonar. Reflexões da pleura: recesso costomediastinal, recesso costodiafragmático, recesso mediastínico , prega da veia cava e ligamento pulmonar. Mediastino: significa o intervalo entre os dois sacos pleurais, isto é, entre as pleuras mediastinais direita e esquerda. Localização: estende-se da entrada torácica até o diafragma. Limites: dorsalmente pela coluna vertebral, ventralmente pelo esterno e lateralmente pelos sacos pleurais. Divisão: cranial, médio e caudal. Pulmão: órgãos pares, situados na cavidade torácica onde quase ocupam quase totalmente o saco pleural. Neles acontece a hematose, as trocas gasosas, do oxigênio do ar atmosférico pelo dióxido de carbono do sangue. É fixado pelos brônquios pulmonares e pelo ligamento pulmonar. Morfologia externa: 1 ápice, 3 faces (costal, medial e diafragmática) e 3 margens (dorsal, ventral e basal). Árvores brônquicas: dividida em porção condutora e respiratória. Condutora: brônquios principais direito e esquerdo, brônquios lobares, brônquios segmentares e bronquíolos terminais Respiratória: bronquíolos respiratórios, ductos alveolares, alvéolos pulmonares, sacos alveolares e alvéolos pulmonares. Lobos pulmonares: são partes relativamente grandes dos pulmões, delimitados por fissuras na sua margem ventral. Pode ser definido como uma grande parte de tecido pulmonar que é ventilado por um grande brônquio (brônquio lobar) surgido de um brônquio principal ou diretamente da traqueia (ruminantes e suínos). Vascularização e inervação: Funcional: artérias pulmonares e veias pulmonares; Nutridora: artérias e veias bronquiais; Inervação: nervo vago.
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