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Livro Digital - Tópicos Especiais em Educação Cap 2

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28/07/2021 Livro Digital - Tópicos Especiais em Educação
https://livrodigital.uniasselvi.com.br/pos/topicos_especiais_em_educacao/conteudo.html?capitulo=2 1/19
METODOLOGIAS ATIVAS
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
Olá, acadêmico!
É com muito prazer que apresentamos a disciplina Metodologias Ativas.
A disciplina abordará os conceitos fundamentais desta metodologia que é tão
necessária, porém ainda pouco conhecida.
No primeiro tópico, você terá como foco principal a ideia geral do conceito
Metodologia Ativa, o que signi�ca fazer uso de seus recursos, além de investigar
quem é o educador nesta nova caminhada e qual é o papel do aluno dentro deste
processo de ensino-aprendizagem, que basicamente inverte a hierarquia e coloca
o discente no centro do processo.  Agora, o professor deixa de ser o detentor do
conhecimento e passa a ser o mediador e curador das melhores informações. Ele
intermediará o ensino estimulando o aluno a ser responsável pela criação do seu
conhecimento.
Também, veremos um pouco sobre a história do Ensino Híbrido, suas principais
características e de que forma é possível preparar o professor para exercê-lo em
sala de aula.
No tópico 2 da Unidade, iremos abordar como é possível realizar as poucos as
mudanças na cultura do professor, da escola e do aluno, inserindo e sugerindo
novas maneiras de ensinar e aprender. Tais modi�cações têm seu início no
professor, que agora necessita estar aberto para o ensinar mais colaborativo,
passando por um mero ajuste dentro da sala de aula, nas disposições das cadeiras
e mesa, no estímulo para trabalhos em grupo e baseado em problemas, projetos e
na ação. Algo que acaba transformando todo processo e tornando-o mais atraente
e prazeroso ao aluno, além de ser extremamente recompensador ao educador. 
No tópico 3 dessa Unidade, o aprendizado será referente a como colocar em
prática as metodologias ativas, através de quatro práticas: da sala de aula
invertida, que consiste em inverter a aula normal - postando vídeos, textos, �lmes,
fotos, clipes, que serão estudados antes da aula - a aprendizagem baseada em
Capítulo 2
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28/07/2021 Livro Digital - Tópicos Especiais em Educação
https://livrodigital.uniasselvi.com.br/pos/topicos_especiais_em_educacao/conteudo.html?capitulo=2 2/19
reconhecer e entender o que são metodologias ativas;
apresentar alguns autores que servem de aporte teórico e que estão
relacionados ao tema metodologias ativas;
compreender a importância da valorização e participação efetiva dos alunos
na construção do conhecimento;
apresentar práticas pedagógicas, possíveis de se aplicar na educação básica
e/ou superior, que valorizam o protagonismo dos estudantes;
observar o uso de algumas metodologias ativas, como: pedagogia de
projetos, sala de aula invertida, aprendizagem baseada em equipes e
comunidades de práticas.
Identi�car as formas de aplicação das metodologias ativas;
Compreender a história do ensino híbrido;
p q p g
projetos, que consiste em propor o trabalho em grupos de forma organizada e
bem estruturada, trabalhando, com temas diversos e na aprendizagem baseada
em problemas e no uso de equipes em sala de aula. Todas estas práticas devem
ser cuidadosamente implementadas, seguindo regras em um passo a passo que
iremos aprender juntos!
Já no tópico 4, veremos a importância da personalização no uso das metodologias
ativas, entendendo formas possíveis de ensinar de uma maneira que seja atraente
ao aluno.
Por �m, no tópico 5, abordaremos a questão da avaliação, relembrando as
avaliações diagnósticas, que servem para diagnosticar o processo de ensino
aprendizagem, a somativa, que serve basicamente para atribuir uma nota ao
aluno, e a formativa, que é a mais utilizada na Metodologia Ativa, pois consiste em
avaliar o aluno durante toda a sua caminhada.
Acadêmico, ao �nal de cada tópico você terá dicas do professor e sugestões de
leitura, além de ter oportunidade de praticar os seus conhecimento, veri�cando
seu processo de aprendizagem.
Desejamos que os conhecimentos desta disciplina sejam transformadores para a
sua vida!
Bons estudos!
Objetivos:
Objetivos Habilidades que o aluno deverá desenvolver:
Capítulo 2
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28/07/2021 Livro Digital - Tópicos Especiais em Educação
https://livrodigital.uniasselvi.com.br/pos/topicos_especiais_em_educacao/conteudo.html?capitulo=2 3/19
Descrever e analisar os diferentes papéis do professor e do aluno no uso das
metodologias ativas;
Aplicar as metodologias ativas em sala de aula;
Avaliar de maneira apropriada os alunos, levando em consideração que na
metodologia ativa não importa o resultado, e sim o processo.
Comparar o ensino tradicional com o ensino baseado nas metodologias
ativas;
Valorizar os alunos e aprender a utilizar outras formas de ensinar em sala de
aula;
Estimular o aluno a ser responsável e autônomo dentro do processo de
ensino e aprendizagem;
Entender a realidade do aluno hoje e as mudanças no processo
epistemológico, tendo em vista as várias tecnologias digitais e as várias
formas de aprender.
Competências que deverá adquirir ao �nal da disciplina:
A APRENDIZAGEM É ATIVA
Ao longo de nossas vidas enfrentamos vários desa�os, seja aprendendo
ativamente entre as trocas de experiências com outro, seja desa�ando e
questionando, quando motivados pela nossa curiosidade, ou redescobrindo novas
dimensões da vida em meio a acertos e erros.
Como diria Paulo Freire, em sentido amplo, a aprendizagem é ativa, pois ela ocorre
acompanhada de um desejo de participar e criar, não apenas no desejo de se
adaptar à realidade, “mas, sobretudo, de transformar, para nela intervir, recriando-
a” (FREIRE, 1996, p. 28). Mas por quais motivos esquecemos estes elementos tão
preciosos, como a criatividade e a atividade?
As últimas décadas foram marcadas por inúmeras pesquisas acerca de como e
porque aprendemos. A questão central é se o aprendizado efetivo chega
acompanhando do exercício e da prática, ou ocorre apenas por simples
transmissão.
Como resultado, surge o que denominamos como metodologias ativas, um
método de ensino e aprendizagem que movimenta o conhecimento e as
Capítulo 2
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competências, a partir da experiência direta e sua interação, compreendendo que
a aprendizagem mais profunda e signi�cativa requer espaços abertos ao exercício
ativo do aluno em novos ambientes, certamente, mais ricos de oportunidades para
trabalhos colaborativos, práticos e interativos.
Nesta caminhada, caro estudante, veremos como os papéis do educador e
educando se alteram, pois pensando em metodologias ativas, o professor deixa de
ser o guia e censor, para transformar-se em tutor, mediador e curador dos
melhores conteúdos. Já o aluno passa a ocupar papel central, construindo o seu
conhecimento na interação cooperativa, sendo assim o protagonista e autor do
conhecimento. Além disso, compreenderemos o que signi�ca o famoso ensino
híbrido, esta junção entre o melhor dos dois mundos: o online e o o�ine,
observando algumas práticas efetivas que envolvem o uso de tecnologias, como: a
pedagogia de projetos, a sala de aula invertida, a aprendizagem baseada em
equipes e as comunidades de prática (COPs).
As novas tecnologias de informação e comunicação (TICs) permearam a nossa
conversa, a�nal, elas auxiliam os pro�ssionais da educação dispostos a reinventar
o ato de educar.
Vamos lá?
METODOLOGIAS ATIVAS DE ENSINO E DE APRENDIZAGEM 
Você já parou para pensar que nós, enquanto educadores, somos uma geração
não tecnológica tentando ensinar uma geração totalmente imersa na tecnologia? E
que se o mundo passou por transformações de forma tão drástica nas últimas
décadas, não seria um grande erro acreditar que o ato de aprender e ensinar deva
permanecer da mesma forma? A prova de que devemos nos questionar acerca de
como aprender e ensinar, a partir destas e de outras perguntas, se inscreve no
momento contemporâneo, onde os desa�os docentesfrente a novos desa�os
�cou ainda mais evidente. Se estamos diante de tempos incertos, quanto aos
comportamentos nos próximos anos, a única certeza que temos é que falar de
educação nunca mais será mesma forma.
Enquanto escrevo, para você estamos em meio a maior pandemia mundial
enfrentada por gerações, sem previsão de retorno às aulas, e ela evidenciou a
importância de estar preparado para realizar trabalhos à distância, que exijam o
uso de outras metodologias, muito mais interativas, dinâmicas, personalizadas,
rápidas, atraentes, ultrapassando o velho uso do giz, do quadro, da sala de aula
presencial e dos materiais impressos. Neste contexto, as tecnologias educacionais,
as famosas TICs (Tecnologias da Informação e Comunicação) e as TDICs
(Tecnologias Digitais da Informação e Comunicação) emergem como aliadas,
quando o assunto é personalização e autonomia dentro do processo de ensino e
aprendizagem.
Capítulo 2
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Individual: onde os alunos percorrem e traçam seus caminhos (ao menos em
partes);
Grupal: momento em que o aluno dialoga e amplia o seu conhecimento na
troca e compartilhamento, como na produção e discussão entre pares;
Tutorial: que corresponde a aprender com pessoas mais experientes e que
podem orientar naquele determinado campo e atividade (colega, mentor,
professor etc).
Ao analisar separadamente metodologia e metodologia ativa, constatamos que a
primeira é bastante conhecida e que se constitui como as diretrizes para o
processo de ensino aprendizagem, resultando em estratégias, técnicas, exercícios
e abordagens. A segunda direciona-se à participação efetiva e intencional, não só
do educador, mas principalmente do estudante, com a utilização de vários
recursos, �exíveis, personalizados e adaptáveis aos discentes e as suas várias
formas de aprender. Este processo visa garantir o respeito ao ritmo de
aprendizagem de cada aluno, e não o seu contrário. No entanto, como é possível
colocar em prática a metodologia ativa?
A partir de vários modelos, dentre eles, o modelo híbrido. Vamos entender um
pouco mais acerca deste conceito.
Acompanhando as transformações globais e suas mudanças, especialistas e
educadores brasileiros, como Lilian Bacich e José Moran, importaram alguns
métodos americanos com intuito de modi�car gradativamente a cultura escolar,
logo após perceber a necessidade de inserir metodologias e práticas disruptivas de
ensino, no Brasil.
Um dos métodos mais famosos, e que ganhou espaço no cenário brasileiro, é o
ensino híbrido, um misto entre o ensino presencial e à distância, também
conhecido como blended learning (b-learning), abordado e difundido pelos autores
Clayton M. Christensen e Jonathan Bergmann, em suas famosas obras: O dilema
da Inovação e Sala de aula invertida: uma metodologia ativa de aprendizagem.
Literalmente, b- learning, ou ensino híbrido, signi�ca encarar o ensino online como
espinha dorsal do processo ensino aprendizagem, mudança que pode ocorrer
lentamente, mas que se torna disruptiva e irreversível, a partir do momento em
que rompe com os padrões tradicionais da educação, ao re-posicionar o aluno dá
margem, ao centro do processo do processo de ensino aprendizagem.
Segundo o educador e pesquisador José Moran, na obra Metodologias ativas para
uma educação inovadora, existem três movimentos ativos básicos que compõem a
concepção de Ensino Híbrido (BACICH, L.; MORAN, E. Metodologias ativas para
uma educação inovadora: uma abordagem teórico-prática. Porto Alegre: Penso,
2018, p. 4-5):
Capítulo 2
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do ensino baseado em projetos,
das comunidades de práticas;
aprendizagem baseada em equipes;
e de um ensino que ultrapasse a tradicional concepção de espaço e tempo,
como na sala de aula invertida (�ipped classroom).
Figura 1: O professor deve se reinventar no mundo contemporâneo
Fonte: <https://pxhere.com/>.
Assim, ainda que o papel do professor se modi�que no ensino híbrido, como
metodologia ativa, não diminui sua relevância, só que agora ocupará uma posição
diferente: a de elaborar e selecionar as atividades mais pertinentes, os recursos
mais aderentes, assim como os objetos e meios, além de coordenar, cuidar e zelar
para que o aluno avance efetivamente no seu processo de ensino aprendizagem.
Sendo assim, a responsabilidade desse processo deixa de ser exclusivamente do
professor e este movimento torna o discente parte ativa e colaborativa.
Trabalhar com ensino híbrido signi�ca o mesmo que lançar mão de vários
expedientes para ensinar, em especial, os tecnológicos, dando ênfase à autonomia
dos alunos a partir de trabalhos individuais ou coletivos, fora ou dentro do espaço
da sala de aula, como por exemplo:
TDICs são tecnologias digitais de informação e comunicação. Usá-las na
educação corresponde a ensinar fazendo o uso de tecnologias, hardware,
softwares, aplicativos, o que nos leva a ferramentas como podcast,
simuladores de realidade virtual, games interativos, plataformas de
interação entre professor e aluno, como moodle, AVA, dentre outros. O uso
das TDICs e TICs chega com a inclusão digital, sendo um grande aliado, tanto
na capacitação dos docentes, quanto no uso prática na sala de aula.
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PROCESSO DE ENSINO E APRENDIZAGEM EMBASADO EM
PRÁTICAS, METODOLOGIAS E TRABALHO COLABORATIVO
O educador que integra as metodologia ativas em sua prática é aquele disposto a
romper com hierarquia de domínio, da disciplina e do silêncio, ampliando a
con�ança que antes era mínima - como no caso do ensino tradicional e
conteudista, para conquistar os alunos e promover um aprendizado mais
independente e, principalmente, mais colaborativo. Para tanto, o primeiro passo
será enxergar crianças e adolescentes como seres autores e dotados de um
potencial excepcional.
Figura 2: Aprendizado atônomo 
FONTE: <Freepick.com>.
Mas como é possível oferecer esse ensino personalizado, colaborativo e ativo se a
realidade do professor é de 40 horas/aulas semanais, com salas cheias e tendo em
média 50 alunos? Sem contar a falta de estrutura escolar nas redes públicas ou do
alcance ainda precário da internet, sem cobrir as zonas rurais ou as regiões
periféricas. A questão é derrubar mitos e o senso comum, que causam resistência
na adoção de novas formas de educar. Antes de falarmos de metodologia ativas, o
mais importante será tratar da mudança no pensamento do educador (mindset),
ajustes disruptivos, como estruturar a sala de uma forma que o debate possa
ocorrer, sugerindo a formação de pequenos círculos de mesas e cadeiras, com
equipes que trabalham temas distintos e de forma multidisciplinar, como na
montagem de uma aula com Rotação por Estações, ou no Laboratório Rotacional.
De fato, modelos de ensino híbrido que exigem mais da criatividade do educador,
mas por outro lado promovem uma aula mais participativa, ativa e cooperativa e
por consequência mais e�ciente e signi�cativa para o aluno.
Um dos grandes problemas encontra-se na cultura educacional – e isto signi�ca
que todos nós fazemos parte desta cultura, docentes, discentes, família e
sociedade em geral – em que as aulas ainda são planejadas, levando em
consideração o per�l médio dos alunos. Em uma sala de aula, em que
encontramos alunos retroativos, interativos e proativos, é necessário dar um novo
Capítulo 2
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passo e rever os extremos, perceber que cada aluno possui sua forma
individualizada e pessoal de aprender. É necessário admitir queisto não é um
problema a ser superado, mas uma situação a ser explorada, para que tais
diferenças se complementam durante os projetos de trabalho, através do
aprendizado colaborativo - em que alunos mais velhos colaboram com os mais
novos, ou alunos proativos colaborem com alunos interativos e estes com os
retroativos, proporcionando uma transformação. Desta forma, tutores provisórios
são eleitos e irão auxiliar em laboratórios de informática e em determinadas
atividades. Esta mudança faz com que o aluno se sinta parte importante e ator
principal dentro deste processo de construção do seu próprio conhecimento e do
conhecimento dos demais atores envolvidos, ressigni�cando seu processo de
ensino aprendizagem.
Portanto, as modi�cações nas metodologias de ensino, no espaço físico e na aula
em si, precisam ocorrer, seja no simples ajuste na disposição das cadeiras e mesas,
ou com a proposta e promoção de aulas fora da espaço convencional - no pátio,
no jardim, laboratório – mas principalmente com a mudança na postura da cultura
educacional, possibilitando ao professor que assuma seu papel de mediador,
retirando-se do púlpito central para estar na mesma altura de seus alunos. Com o
uso de metodologias ativas, o professor passa a ser um guia, mais disposto a ouvir
do que a falar, abrindo espaço para sugestões de temas e conteúdos que
agreguem ao desenvolvimento dos atores de suas turmas.
Neste primeiro momento, é necessário compreender que a mudança principal não
está na simples dinâmica de troca da metodologia tradicional pelo uso de novas e
complexas tecnologias da moda, mas na mudança de pensamentos e de pequenas
práticas que possam promover interações signi�cativas. Nos próximos tópicos
veremos como colocar em prática estas mudanças e como o estudo colaborativo
pode deixar de ser apenas uma teoria.
Laboratório rotacional é um entre os vários modelos de ensino híbrido,
onde os alunos são divididos em grupos e rotacionam entre os demais
grupos da sala de aula e o laboratório de informática, realizando a prática
nos computadores e esclarecendo as dúvidas em sala, com o professor ou
tutor. Já no modelo de rotação por estações, professor e os alunos se
organizam dentro da sala de aula a partir de estações de trabalho com
diferentes temas pelos quais os alunos irão transitar. Sugere-se que uma das
estações contenha atividade online, porém, não é obrigatório. Saiba mais em
<https://bit.ly/34A6rSQ>. Capítulo 2
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https://bit.ly/34A6rSQ
28/07/2021 Livro Digital - Tópicos Especiais em Educação
https://livrodigital.uniasselvi.com.br/pos/topicos_especiais_em_educacao/conteudo.html?capitulo=2 9/19
PRÁTICAS DOCENTES INOVADORAS
INCORPORAÇÃO 
Sabendo que a tecnologia se expande e que são atraentes, educadores estão
colocando em prática as metodologias ativas e aventurando-se nas plataformas,
pesquisas na internet, uso da pedagogia de projetos, de games e gami�cação. No
entanto, na hora de pôr em prática, nem sempre o sucesso é garantido. Isso nos
faz questionar se o problema estaria apenas na resistência por parte da cultura
escolar, ou se também perpassa pela necessidade de compreender a dinâmica,
para e�ciência destas metodologias.
É importante ressaltar que a proposta não se refere ao abandono de métodos já
utilizados pelos docentes, mas acrescentar métodos ativos no processo de ensino
aprendizagem pode revolucionar as relações de conhecimento contínuo. Veremos
um pouco sobre algumas ferramentas inovadoras, como da sala de aula invertida,
que coloca de ponta cabeça o ritmo tradicional da aula. No segundo momento,
entenderemos o porque a pedagogia de projetos é importante, respeitando sua
metodologia, bem como a aprendizagem baseada em problemas. Por último,
compreenderemos a importância do trabalho em equipe dentro da perspectiva do
aluno, no centro do processo de ensino aprendizagem com as comunidades de
prática (COPs).
A SALA DE AULA INVERTIDA 
Enquanto professores, sabemos que na sala de aula tradicional o tempo é
limitado, tendo em média 40 minutos de exposição do professor, cinco minutos
para debate e outros cinco para exercícios, sem contar a chamada e contratempos.
E se tivéssemos mais tempo para ensinar? Quando você inverte a sala de aula, a
relação com o tempo e espaço se modi�cam e algumas atividades tão importantes
como o momento da dúvida e da prática se tornam a parte principal da aula. Na
dinâmica da sala de aula invertida, o professor pode propor ao aluno que inverta o
processo, proporcionado através da postagem de determinados elementos em
uma plataforma digitais, como mídias, vídeos gravados, vídeo do Youtube, textos,
slides, reportagens, músicas e �lmes, que devem ser veri�cados em tempos e
espaços diversos à sala de aula, antes que os encontros aconteçam. A partir do
momento em que o aluno tem um contato prévio com os materiais, antes da aula
presencial, ele se sente mais engajando e adota outra postura para conversar, tirar
dúvidas, discutir com os outros colegas, questionando de uma maneira mais
crítica, uma vez que o diálogo tem a possibilidade de ocorrer.
Esta inversão faz com que o tempo deixe de ser um vilão, além de transformar o
tempo presencial em um momento mais dinâmico, reservado para tirar dúvidas,
interagir com jogos, realizar questionários e simulações. Consequentemente, o
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https://livrodigital.uniasselvi.com.br/pos/topicos_especiais_em_educacao/conteudo.html?capitulo=2 10/19
aluno terá espaço para uma interagir e ser mais ativo, adotando uma postura
protagonista em sala de aula.
Figura 3: Espaços de aprendizagem
FONTE: Adaptada de Horn; Staker, 2015.
De forma prática, a modalidade sala de aula invertida necessita de um ambiente
de virtual de aprendizagem (AVA), que podem ser pagas ou gratuitas como a
plataforma moodle, blog ou Google Classroom, para que a indicação prévia de
conteúdos possa ser realizada. O professor pode até mesmo convidar os alunos a
participar da construção deste ambiente, possibilitando que a turma seja
protagonista também nesta seleção.
Para que a sala de aula invertida possa ser concretizada, você poderá iniciar as
indicações em um momento presencial, informando, por exemplo, que a disciplina
tem sete capítulos, todos compostos de pré aulas que devem ser realizadas
extraclasse momento em que o aluno irá assistir vídeos, ler contos, poemas,
músicas, e- books, ou seja, ter contato com alguma mídia. Extra classe, o aluno
acessa a plataforma virtual, estuda, aprende, faz jogos, exercícios e lê o material
disponível. A aula �ca mais personalizada, pois o aluno pode ver, pausar e rever
todos os conteúdos em casa, apreendendo a partir do seu ritmo. Após quinze dias,
a aula presencial acontece e a primeira atividade será um teste online com
perguntas e respostas de múltipla escolha, que auxiliará na veri�cação do que foi
absorvido pelo o aluno, a partir do que foi disponibilizado na sala de aula virtual.
O que vai para a sala são as dúvidas e, com o uso de um questionário, o professor
obtém informações a respeito das lacunas de aprendizagem e dos progressos de
maneira rápida, elaborando um teste em que resultados das questões são
fornecidos na mesma hora, com a utilização de um formulário Google, por
exemplo. Após a veri�cação, o professor possibilita o debate e proporciona
momentos de interação entre aluno-professor e aluno-aluno.
Figura 4: Sala de aula invertia  Capítulo 2
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https://livrodigital.uniasselvi.com.br/pos/topicos_especiais_em_educacao/conteudo.html?capitulo=2 11/19
FONTE: <https://commons.wikimedia.org/>.
PEDAGOGIA DE PROJETOS 
Quando propomos projetos também lidamos com a educação de forma ativa, pois
tal proposta permite que o aluno estude em grupo e trabalhe de forma prática. O
princípio do projeto está baseado no tempo: deve-se levar em consideração que
todo projeto consiste em uma atividade com prazo determinado e que pode variar
entre um dia, uma semana ou um semestre. Nestaperspectiva, o tempo não
importa, desde que esteja estabelecido que o projeto deve ter início, meio e �m.
Para �nalizá-lo, os alunos apresentam o produto �nal, através de um artefato
tangível, como uma exposição em PowerPoint, maquetes, cartazes ou outra
manifestação. Mas como colocar esta metodologia em prática? Existem alguns
passos que orientam a pedagogia de projetos de forma prática. Primeiramente,
deve-se instigar o aluno trazendo pequenos vídeos, casos reais, trechos de
reportagens, que fomentem o tema a ser trabalhado. No segundo momento, é
necessário elaborar o estudo em forma de desa�o e propor a resolução de um
problema. Por exemplo, os alunos devem investigar o fenômeno das enchentes
dos últimos meses em sua região, após receber a seguinte informação em um
papel: Com o crescimento populacional, certos bairros foram construídos em
locais aterrados, sobre rios, córregos e mangues. No último mês, vimos desastres
após longos períodos de chuva. Levando em consideração o crescimento
populacional inevitável, bem como a chuva que não pode ser controlada, como é
possível construir e habitar estes locais?
Figura 5: Elaborando soluções 
FONTE: <lucianarondon.com.br>.
O terceiro passo é a pesquisa e a discussão, ou seja, momento em que os alunos
irão pesquisar na internet e livros, conversar em grupos, em duplas, e buscar
soluções com especialistas, para entender como economicamente e
ambientalmente será viável colocar em prática seus projetos. A quarta etapa é a
idealização do projeto, isto é, traduzir estas ideias em um artefato na forma de um
protótipo, um cartaz, projeto textual, maquete, palestra, PowerPoint, blog. Por �m,
Capítulo 2
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https://commons.wikimedia.org/
http://www.lucianarondon.com.br/
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temos a etapa dos feedbacks, a�nal, todo projeto demanda uma resposta com
percepções positivas e com os pontos em que é possível e preciso desenvolver.
Esta resposta também pode ser oferecida durante o processo, em forma de uma
avaliação formativa, em que se avalia o interesse, o trabalho em grupo e o
engajamento do aluno no projeto. 
Outra especi�cidade da pedagogia de projetos é o potencial experimental, pois
muitas vezes o trabalho dos alunos toma formas que nem o professor esperava. O
fato é que os alunos acabam adquirindo conhecimentos e outras competências ao
longo do projeto, em certos casos, nem ao menos eram esperados. Assim, além de
ensinar os alunos a aprender, o projeto ensina o professor a ensinar.  De modo
geral, este método desenvolve o nível criticidade e gera signi�cados para o aluno. É
uma forma de envolvê-lo completamente, na medida em que o educador indica
como é possível adquirir conhecimento e ir além do conteúdo estudado ou que
estava previsto.
APRENDIZAGEM BASEADA EM EQUIPES E COMUNIDADES DE PRÁTICA 
Promover um bom trabalho em equipe ou time, em sala de aula, requer
planejamento prévio, bem como o compromisso com o que se está fazendo, caso
contrário qualquer proposta inovadora pode ser tornar um grande fracasso.
Portanto, para garantir o sucesso de uma aprendizagem baseada em comunidades
de práticas, podemos seguir alguns passos.
O primeiro passo é a formação de grupos de maneira estratégica. Mas o que isso
signi�ca? Não signi�ca concordar com as panelinhas e com as escolhas dos alunos,
mas levar em consideração critérios, como espalhar representantes de grupo e os
alunos que conseguem impactar positivamente os outros. Também, é possível
agrupar de acordo com a familiaridade com a temática, proatividade, pulverizando
esses alunos para que o objetivo da equipe possa ser alcançado.
O segundo passo é o teste de garantia prévia: antes do projeto serão delegadas
leituras prévias, que deverão ser comprovadas, a partir de testes individuais e
posteriormente coletivos, deixando sempre um espaço para que os alunos
questionem o gabarito, criando um ambiente crítico. O terceiro passo será a
resolução de fato do problema, a partir de uma situação problema indicada à
equipe, que deve tomar decisões pertinentes. Entretanto, a problemática não pode
ser escolhida ou construída de qualquer forma, ela deve ter signi�cado e relação
com a vida cotidiana dos alunos, estar clara quanto ao seu sentido e função
naquela aula.
Outra possibilidade entre grupos é abrir espaço para que os mesmos ofereçam
feedback uns aos outros, mas de forma individual, com bilhetes escritos, para que
ninguém se sinta exposto ou ridicularizado. Assim, é possível �rmar o sucesso
entre as equipes, bem como garantir futuros trabalhos em grupo.
Capítulo 2
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O primeiro seria o envolvimento, que modela nossas experiências na ação
sobre o mundo, assimilando as reações e consequências;
O segundo nível de pertencimento está na imaginação, que está na imagem
que construímos de nós mesmos, dos outros e do mundo, que é como nos
percebemos e como entendemos nossa participação;
O terceiro é o alinhamento, isto é, o quanto nosso fazer está alinhado com
processos sociais.
Figura 6: A importância do feedback
FONTE: <freepngimg.com/>.
As comunidades de prática, também conhecidas como CoP, estão em todo os
lugares e sempre existiram, desde os primórdios do processo de ensino
aprendizagem. Nascemos em uma comunidade, nos desenvolvemos com o auxílio
e o zelo de outros e vamos expandindo nossas relações à medida em que
crescemos, como a grupos de trabalho, de auxílio, nas instituições de ensino e
demais espaços sociais. Porém, nem todo grupo ao qual nos integramos pode ser
de�nido de comunidade de prática. O elemento principal e que de�ne as CoPs é a
aprendizagem coletiva, que se estabelece no compartilhamento de conhecimento
e práticas, que se integram por um objetivo ou interesse comum e estejam
envolvidas em uma prática e atividade.
Os autores responsáveis pela expressão e conceito inicial de comunidades de
prática são Jean Lave e Etiene Wenger, que produziram o livro Situated learning:
legitimate peripheral participation, de 1991. A primeira de�nição de comunidades
de prática está relacionada a grupos de pessoas que compartilham uma
preocupação ou paixão por algo que fazem e aprendem como fazê-lo melhor, pois
interagem regularmente (LAVE, J.; WENGER, E. 1991). Quando aplicada ao contexto
escolar, esta teoria se remete aos aprendizes e suas participações em
comunidades. É algo que percebemos principalmente fora da sala de aula, quando
alunos se juntam para trocar �gurinhas, falar de futebol, conversar sobre assuntos
extracurriculares.
O princípio da CoP parte da ideia de que grupos geralmente se reúnem com um
propósito intencional em comum e esta dinâmica pode ser utilizada em sala de
aula, e não apenas fora dela, como em momentos estritos de lazer. O ideal é que
esta prática pode proporcionar que a aquisição de conhecimento também se torne
uma atividade de lazer. De acordo com Engelman (2013), Wenger, um dos
fundadores da ideia de CoP, descreve que existem três tipos de engajamento entre
os membros deste grupo:
Capítulo 2
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E por quais motivos não trazemos esta teoria para a educação? Muitas vezes
deixamos de aproveitar esta tendência do agrupamento como aliada ao processo
de ensino aprendizagem, em detrimento do silêncio e da ordem. A questão é que
as instituições de ensino ainda não tiram proveito desse interesse momentâneo e
intenso dos discentes em aprender certos temas, impondo e direcionando os
alunos a conteúdos prede�nidos.
Você o conhece?
Jonathan Bergmann foi um dos primeiros educadores a colocar em prática
metodologias ativas com a prática da sala de aula invertida. No ano de 2007,
em uma escola ruralno interior dos EUA, ele começou a gravar suas aulas
em DVDs e disponibilizar aos alunos que não conseguiam chegar a tempo na
sala de aula, pois moravam distante das escolas. O momento presencial na
sala passou a ser destinado a tirar dúvidas e fazer exercícios. Nesta
experiência, descobriu que o professor ganhava tempo e otimizam suas
aulas. Para conhecer um pouco mais sobre as experiências de Bergmann,
leia: BERGMANN, J.; SAMS, A. Sala de aula invertida: uma metodologia ativa
de aprendizagem. (Tradução Afonso Celso da Cunha Serra). 1ª ed. Rio de
Janeiro: LTC, 104 p, 2016.
PERSONALIZAÇÃO DA APRENDIZAGEM
Durante este nosso contato, repetimos diversas vezes sobre a questão da
personalização. Mas a�nal, o que é essa tal de personalização da aprendizagem?
Primeiramente, personalizar signi�ca oferecer trajetórias de aprendizagem
signi�cativas, e o que é signi�cativo para uma pessoa, pode não ser para a outra.
Trazer e aplicar instrumentos que deixem a disciplina menos maçante, com
conteúdos mais atrativos, priorizando temas que agreguem aos alunos, na mesma
medida em que os conquistem, por possuírem sentido e dialogarem com a sua
realidade. Personalizar nada mais é do que atender a uma necessidade do aluno e
fazer com que ele possa trilhar o caminho do seu próprio aprendizado.
Figura 7: Aprendizado com prazer 
Capítulo 2
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a individualização do ensino: quando um aluno de um grupo busca
alternativas de ensino mais voltadas às suas necessidades;
a diferenciação do ensino: é quando um grupo de alunos com o mesmo
objetivo busca um ensino mais personalização;
a personalização: nada mais é do que oferecer um ambiente onde um aluno
escolhe o que ele quer estudar.
FONTE: <https://news.u�.edu/>.
Todos nós gostamos da liberdade, de escolher aonde ir e o que fazer, então por
quais motivos seria diferente para um jovem ou criança? São estratégias de ensino
personalizado:
Outra perspectiva da personalização do ensino tem como referências às COP’s,
comunidades de prática, onde um grupo se reúne com um objetivo em comum.
Também observamos como isto pode ser utilizado dentro do contexto escolar, e
não apenas de forma extracurricular. A última tem ligação com os modelos de
rotação por estações e laboratório rotacional, em que os alunos alternam as
estações em que circula, volta a alguma estação que não �cou muito clara, ou no
caso do laboratório, pesquisa o quanto for necessário para entender e depois tira
as dúvidas que �caram em sala.
Você sabia que um fórum de discussão não é uma comunidade de
prática? Conheça mais sobre as comunidades práticas:
<https://bit.ly/37KKBOG>.
AVALIAÇÃO FORMATIVA
Quando somos estudantes e ouvimos a palavra avaliação, normalmente, vem a
nossa cabeça um processo punitivo. Na verdade, é necessário romper com esta
concepção e construir o seu oposto. As metodologias ativas podem se tornar
aliadas dentro desta ressigni�cação da ideia de avaliar. Outro ponto importante
será entender que a avaliação, dentro do processo ativo de ensino, não deve ser
aplicada apenas no �nal, e sim como um instrumento formativo, com a �nalidade
de corrigir desvios de percurso.
Capítulo 2
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https://news.ufl.edu/
https://bit.ly/37KKBOG
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Por exemplo, quando estamos em um ambiente trabalho e vamos fazer uma
avaliação dos colaboradores, na verdade vamos avaliar se objetivo proposto e
planejado pelo líder está sendo alcançado. Caso este desempenho não esteja de
acordo, é necessário veri�car o que precisa ser feito, para que estes
comportamentos sejam ajustados. Dentro da sala de aula, esta �nalidade da
avaliação se repete.
É válido destacar que existe uma diferença entre avaliação e instrumentos de
avaliação. Quando falamos de provas, testes, questionários, produções concretas,
estes são instrumentos de avaliação para avaliar o processo de ensino
aprendizagem. Outro parâmetro importante que devemos observar é a concepção
de avaliação que está na própria Leis de Diretriz e Bases da Educação (LDB), que
em seu artigo 24 descreve que o docente precisa se atentar tanto aos critérios
qualitativos, quanto aos quantitativos, assim como os demais resultados ao longo
do processo de ensino aprendizagem. Sobre avaliação, três formas de abordagem
podem ser utilizadas: a avaliação diagnóstica, somativa e a formativa.
Figura 8: Personalizar o ensino é atender as demandas individuais e
coletivas 
FONTE: <freepick.com>.
A avaliação diagnóstica é uma avaliação prévia e que pode ser aplicada no início do
processo de aprendizagem. Por exemplo, se enquanto professora ministrou um
curso de formação de professores, em uma turma com alunos de 21 a 70 anos,
que nunca trabalharam como professores, junto a outros alunos que possuem
experiência média de 40 anos como docentes, estamos falando de uma turma
bastante heterogênea. O nível de conhecimento e vivência destes dois grupos são
diferenciados, algo que se descobre na avaliação diagnóstica, este processo pode
ser de�nido como um momento prévio, quando serão identi�cados os
conhecimentos prévios, que possibilitaram traçar um plano para alcance dos
objetivos. De forma prática, pode ser feita através de um formulário impresso ou
online, ou de uma entrevista, conversa ou debate.
A avaliação somativa tem a �nalidade de gerar uma menção �nal, com o uso de
testes, provas, seminários e outros instrumentos. A legislação brasileira ainda
necessita de números para estabelecer a aprovação ou reprovação do aluno, como
uma espécie de controle da vida acadêmica, que permanecem registrados nos
arquivos, indicando se ele pode ou não avançar para os próximos períodos e fases
de sua vida acadêmica. Esta avaliação é mais tradicional e ainda necessária, no
contexto educacional brasileiro, já que o sistema não permite que o aluno avance
sem uma nota mínima estipulada pela instituição escolar.
Capítulo 2
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Por �m, é a mais importante quando assunto é metodologias ativas, avaliação
formativa é aquela que vai acompanhar o processo de ensino aprendizagem como
um todo, não apenas seu resultado �nal, transformando resultados em notas.
Normalmente, ela não trabalha com a ideia de nota ou menção, sendo uma
avaliação processual de acompanhamento, que respeita o ritmo, a liberdade e
autonomia do aluno.
Neste modelo, o professor acompanha de forma próxima e personalizada o
cotidiano do aluno, como um mediador, não censurando ou criticando, mas
estimulando e dando sugestões de como ele pode desenvolver o seu trabalho em
sala de aula. O desenvolvimento qualitativo de cada aluno é central dentro do
modelo formativo, tanto que o educador deve estar atento a toda caminhada do
aluno, para que ao longo do processo possa aplicar recuperações paralelas e
atividades colaborativas, com foco no desenvolvimento.
Sendo assim, não se espera o �nal do curso, do semestre ou do bimestre para
identi�car se o aluno aprendeu ou não, mas se acompanha ao longo da
caminhada acadêmica o que deve ser ajustado, potencializado ou corrigido. Tipos
de avaliação que ocorrem durante a aplicação deste modelo são os questionários
durante as atividades, no modelo de Flipped Classroom, o acompanhamento do
aluno em suas atividades, se está assistindo as vídeo aulas, se baixou os arquivos
em PDF, leu os e-books, seu posicionamento durante os debates e momentos de
dúvida em sala de aula, durante o momento da tutoria.
Para entender um pouco mais sobre o tema ensino híbrido, metodologias
ativas e educação personalizada, acesso o site da professora Lilian Bacich,
um dos grandes nomes do assunto no Brasil, autora e organizadora de livro
como: EnsinoHíbrido: Personalização e Tecnologia na Educação (2015),
STEAM em Sala de Aula: A Aprendizagem Baseada em Projetos Integrando
Conhecimentos na Educação Básica (2020) e Metodologias ativas para uma
educação inovadora. <https://lilianbacich.com/>.
RESUMO
Nesta Unidade aprendemos como o professor precisará favorecer a
personalização do ensino ao pensar em estratégias de organização do espaço na
sala de aula, na escolha de novas tecnologias, no método avaliativo e utilização de
diferentes recursos didáticos.
Capítulo 2
https://lilianbacich.com/
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Concluímos que um bom planejamento será uma prática essencial para o
desenvolvimento de uma aula, empregando a metodologia ativa e o ensino
híbrido.  Em sala de aula, vimos que o aluno será o protagonista de seu
aprendizado, ao passo que o papel de professor será de mediador das atividades.
Entendemos também que a classi�cação dos modelos da Metodologia Ativa, saber
articulá-los com a criatividade e um bom planejamento, é a chave para a inovação
na sala de aula.
Por �m, compreendemos que avaliar não é apenas uma etapa �nal. Quando a
metodologia ativa está em pauta, a avaliação formativa será a proposta mais
assertiva, uma vez que ela proporciona acompanhar os alunos durante toda a sua
trajetória, orientando e corrigindo as rotas durante o processo, seja no trabalho
em grupo, no laboratório, individual, na tutoria online, ou no contato por email,
uma vez que a metodologia ativa requer um contato constante e personalizado
com o aluno.
REFERÊNCIAS
BÁSICAS
BACICH, L.; MORAN, E. Metodologias ativas para uma educação inovadora: uma
abordagem teórico-prática. Porto Alegre: Penso, 2018.
BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, Lei nº 9.394, de 24 de
dezembro de 1996.
ENGELMAN, R. Comunidades de prática: estudo em um grupo de pesquisa. XXXVII
Encontro da ANPAD, Rio de Janeiro, 2013. Disponível em
<http://www.anpad.org.br/admin/pdf/2013_EnANPAD_GPR2108.pdf>. Acesso em
Set. 2020.
FREIRE, P. Pedagogia da autonomia. Saberes Necessários à Prática Educativa. 1996.
Disponível em <http://www.letras.ufmg.br/espanhol/pdf/pedagogia_da_autonomia
paulofreire.pdf>. Acesso em: Set. 2020.
HORN, M. B.; STAKER, H. Blended: usando a inovação disruptiva para aprimorar a
educação. Porto Alegre: Penso, 2015.
LAVE, J.; WENGER, E. Situated learning: legitimate peripheral participation.
Cambridge: Cambridge University Press, 1991.
SEABRA, C. Uma nova educação para uma nova era. In: A Revolução Tecnológica e
os Novos Paradigmas da Sociedade. Belo Horizonte: O�cina de Livros, 1994.
COMPLEMENTARES
Capítulo 2
http://www.anpad.org.br/admin/pdf/2013_EnANPAD_GPR2108.pdf
http://www.letras.ufmg.br/espanhol/pdf/pedagogia_da_autonomia
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Capítulo 1  Capítulo 3
Conteúdo escrito por:
FERRAZ FILHO, B. da S. et al. Aprendizagem baseada em problemas (PBL): uma
inovação educacional?. Revista Cesumar: Ciências Humanas e Sociais Aplicadas, v.
22, n. 2, p. 403-424, 2017. Disponível em:
<http://periodicos.unicesumar.edu.br/index.php/revcesumar/article/view/6137/0>.
Acesso em: 05 out. 2020.
MATTAR, J. Metodologias ativas: para a educação presencial, blended e a distância.
São Paulo: Artesanato Educacional, 2017.
MORAN, J. Mudando a educação com metodologias ativas. Coleção Mídias
Contemporâneas. Convergências Midiáticas, Educação e Cidadania: aproximações
jovens, v. 2, p. 15-33, 2015.
WILLIAMS, R. L. Preciso saber se estou indo bem. Rio de Janeiro: Sextante, 2005.
PERES, P.; PIMENTA, P. Teorias e práticas de b-learning. Lisboa: Edições Sílabo
Ltda., 2011.
ZABALA, A.; ARNAU, L. Como aprender e ensinar competências. Porto Alegre:
Penso Editor, 2015.
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