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392157235-DocGo-net-Apostila-Focus-INSS

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Prévia do material em texto

TÉCNICO DO SEGURO SOCIALTÉCNICO DO SEGURO SOCIAL
INSSINSS
 A A POPO S STITILL A A 
PPREREPP A A R R A ATTÓÓR R II A A 
WWW.FOCUSCONCURSOS.COM.BR
ÉTICA E CONDUTA PÚBLICA
REGIME JURÍDICO ÚNICO
NOÇÕES DE DIREITO CONSTITUCIONAL
NOÇÕES DE DIREITO ADMINISTRATIVO
LÍNGUA PORTUGUESA
RACIOCÍNIO LÓGICO
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
 
3
INSSINSS
Instituto Nacional do Seguro Social
TÉCNICO DO SEGURO SOCIALTÉCNICO DO SEGURO SOCIAL
NÍVEL MÉDIONÍVEL MÉDIO
Conhecimentos gerais e específicos
www.fwww.focusconcursos ocusconcursos .com.br.com.br
 
5
2015 Focus Concursos2015 Focus Concursos
Todos os direitos autorais desta obra são reservados e protegidos pela Lei nº 9.610/1998. Proibida a
reprodução de qualquer parte deste material, sem autorização prévia expressa por escrito do autor e
da editora, por quaisquer meios empregados, sejam eletrônicos, mecânicos, videográficos, fonográ-
ficos, reprográficos, microfílmicos, fotográficos, gráficos e outros. Essas proibições aplicam-se tam-
bém à editoração da obra, bem como às características gráficas.
ORGANIZADORESORGANIZADORES::
Vitor Matheus Krewer , Marcelo Adriano Ferreira, Pablo Jamilk Flores
DIREÇÃO EDITORIALDIREÇÃO EDITORIAL
Pablo Jamilk Flores
Marcelo Adriano Ferreira
COORDENAÇÃCOORDENAÇÃO O EDITORIALEDITORIAL
Pablo Jamilk Flores
Marcelo Adriano Ferreira
Daniel Sena
REVISÃOREVISÃO
Vítor Matheus Krewer
Pablo Jamilk
DIRETORIA EXECUTIVADIRETORIA EXECUTIVA
Evaldo Roberto da Silva
Ruy Wagner Astrath
PRODUÇÃPRODUÇÃO EO EDITORIALDITORIAL
Vítor Matheus Krewer
DIAGRAMAÇÃODIAGRAMAÇÃO
Liora Vanessa Coutinho
CAPA/ILUSTRAÇÃOCAPA/ILUSTRAÇÃO
Rafael Lutinski
APOSTILA APOSTILA PREPPREPARAARATÓRIA PARA O TÓRIA PARA O CONCURSO DECONCURSO DE
TÉCNICO DO SEGURO SOCIALTÉCNICO DO SEGURO SOCIAL
TÉCNICO DO SEGURO SOCIALTÉCNICO DO SEGURO SOCIAL
NÍVEL MÉDIONÍVEL MÉDIO
Conhecimentos gerais e específicos
Publicado em Dezembro/2015
www.fwww.focusconcursos ocusconcursos .com.br.com.br
 
7
APRESENTAÇÃO DO MATERIAL DEAPRESENTAÇÃO DO MATERIAL DE
TÉCNICO DO SEGURO SOCIALTÉCNICO DO SEGURO SOCIAL
Prezado aluno,Prezado aluno,
Este material foi concebido para que você tivesse a oportunidade de entrar em contato com osEste material foi concebido para que você tivesse a oportunidade de entrar em contato com os
conteúdos necessários para realizar a prova do seu concurso. Muito esforço foi empregado para queconteúdos necessários para realizar a prova do seu concurso. Muito esforço foi empregado para que
fosse possível chegar à síntese de conteúdos que aqui está proposta. Na verdade, esse material é o re-fosse possível chegar à síntese de conteúdos que aqui está proposta. Na verdade, esse material é o re-
sultado do trabalho dos escritores que se dedicam – há bastante tempo – à preparação de candidatossultado do trabalho dos escritores que se dedicam – há bastante tempo – à preparação de candidatos
para a realização de concursos públicos.para a realização de concursos públicos.
A sugestão é que você faça um estA sugestão é que você faça um estudo sistemático com o que está neste livro. Dito de outra ma-udo sistemático com o que está neste livro. Dito de outra ma-
neira: você não deve pular partes deste material, pois há uma ideia de unicidade entre tudo que estáneira: você não deve pular partes deste material, pois há uma ideia de unicidade entre tudo que está
aqui publicado. Cada exercício, cada capítulo, cada parágrafo, cada linha dos textos será fundamentalaqui publicado. Cada exercício, cada capítulo, cada parágrafo, cada linha dos textos será fundamental
(serão fundamentais em sua coletividade) para que sua preparação seja plena.(serão fundamentais em sua coletividade) para que sua preparação seja plena.
Caso o seu objetivo seja a aprovação em um concurso público, saiba que partilhamos desseCaso o seu objetivo seja a aprovação em um concurso público, saiba que partilhamos desse
mesmo objetivo. Nosso sucesso depende necessariamente do seu sucesso! Por isso, desejamos muitamesmo objetivo. Nosso sucesso depende necessariamente do seu sucesso! Por isso, desejamos muita
força, concentração e disciplina para que você possa “zerar” os conteúdos aqui apresentados, ou seja,força, concentração e disciplina para que você possa “zerar” os conteúdos aqui apresentados, ou seja,
para que você possa estudar tudo que verá aqui e compreender bem.para que você possa estudar tudo que verá aqui e compreender bem.
Desejamos que todo esse esforço se transforme em questões corretas e aprovações emDesejamos que todo esse esforço se transforme em questões corretas e aprovações em
concursos.concursos.
Bons estudos!Bons estudos!
Professor Pablo JamilkProfessor Pablo Jamilk
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www.fwww.focusconcursos ocusconcursos .com.br.com.br
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PROPOSTA DA APOSTILA PARA O CONCURSO DO INSSPROPOSTA DA APOSTILA PARA O CONCURSO DO INSS
 O O presentpresente e material material tem tem como como objetivo objetivo preparar preparar candidatos candidatos para para o o certame certame do do Instituto Instituto Nacional Nacional do do SeguroSeguro
Social.Social.
 Com Com a a finalidade finalidade de de permitir permitir um um estudo estudo autodidata, autodidata, na na confecção confecção do do material material foram foram utilizados utilizados diversos diversos re-re-
cursos didáticos, dentre eles, Dicas e Gráficos. Ascursos didáticos, dentre eles, Dicas e Gráficos. As sim, o estudo torna-se agradável, com maior absorção dos asssim, o estudo torna-se agradável, com maior absorção dos ass un-un-
tos lecionados, sem, contudotos lecionados, sem, contudo , perder de vista a fi, perder de vista a fi nalidade de nalidade de um material didático, qual um material didático, qual seja uma preparação rápida,seja uma preparação rápida,
prática e objetiva.prática e objetiva.
 O O presentpresente e material material tem tem como como objetivo objetivo o o cargo cargo de de Técnico Técnico do do Seguro Seguro Social, Social, conforme conforme o o último último edital edital publi-publi-
cado em 2015:cado em 2015:
CONHECIMENTOS BÁSICOS E ESPECÍ-CONHECIMENTOS BÁSICOS E ESPECÍ-
FICOSFICOS
01.Ética e Conduta Pública01.Ética e Conduta Pública
Código de Ética Profissional do Servidor Público CivilCódigo de Ética Profissional do Servidor Público Civil
do Poder Executivo Federal: Decreto nº 1.171/94 e De-do Poder Executivo Federal: Decreto nº 1.171/94 e De-
creto 6.029/07.creto 6.029/07.
02.Regime Jurídico Único02.Regime Jurídico Único
Lei 8.112/90 e alterações posteriores, direitos e deve-Lei 8.112/90 e alterações posteriores, direitos e deve-
res do Servidor Público.res do Servidor Público.
O servidor público como agente de desenvolvimentoO servidor público como agente de desenvolvimento
social;social;
Saúde e Qualidade de Vida no Serviço Público.Saúde e Qualidade de Vida no Serviço Público.
03.Noções de Direito Constitucional03.Noções de Direito Constitucional
Direitos e deveres fundamentais: direitos e deveresDireitos e deveres fundamentais: direitos e deveres
individuais e coletivos; direito à vida, à liberdade, àindividuais e coletivos; direito à vida, à liberdade, à
igualdade, à segurança e à propriedade; direitos so-igualdade, à segurança e à propriedade; direitos so-
ciais; nacionalidade; cidadania; garantias constitu-ciais; nacionalidade; cidadania; garantias constitu-
cionais individuais; garantias dos direitos coletivos,cionais individuais; garantias dos direitos coletivos,
sociais e políticos.sociais e políticos.
Da Administração Pública (artigos de 37 a 41, capítuloDa Administração Pública (artigos de 37 a 41, capítulo
VII, Constituição Federal).VII, Constituição Federal).
04.Noções de Direito Admi04.Noções de Direito Admi nistrativonistrativo
Estado, governo e administração pública: conceitos,Estado, governo e administração pública: conceitos,
elementos, poderes e organização; natureza, fins eelementos, poderes e organização; natureza, fins e
princípios.princípios.
Direito AdminiDireito Admini strativo:conceitstrativo: conceit o, fontes e prio, fontes e pri ncípios.ncípios.
Organização administrativa da União; administraçãoOrganização administrativa da União; administração
direta e indireta.direta e indireta.
Agentes públicos: espécies e classificação; poderes,Agentes públicos: espécies e classificação; poderes,
deveres e prerrogativas; cargo, emprego e funçãodeveres e prerrogativas; cargo, emprego e função
públicos; regime jurídico único: provimento, vacân-públicos; regime jurídico único: provimento, vacân-
cia, remoção, redistribuição e substituição; direitos ecia, remoção, redistribuição e substituição; direitos e
vantagens; regime disciplinar; responsabilidade civil,vantagens; regime disciplinar; responsabilidade civil,
criminal e administrativa.criminal e administrativa.
Poderes administrativos: poder hierárquico; poderPoderes administrativos: poder hierárquico; poder
disciplinar; poder regulamentar; poder de polícia; usodisciplinar; poder regulamentar; poder de polícia; uso
e abuso do poder.e abuso do poder.
Ato administrativo: validade, eficácia; atributos; ex-Ato administrativo: validade, eficácia; atributos; ex-
tinção, desfazimento e sanatória; classificação, espé-tinção, desfazimento e sanatória; classificação, espé-cies e exteriorização; vinculação e discricionariedade.cies e exteriorização; vinculação e discricionariedade.
Serviços Públicos; conceito, classificação, regulamen-Serviços Públicos; conceito, classificação, regulamen-
tação e controle; forma, meios e requisitos; delegação:tação e controle; forma, meios e requisitos; delegação:
concessão, permissão, concessão, permissão, autorizaçãoautorização..
Controle e responsabilização da administração: con-Controle e responsabilização da administração: con-
trole administrativo; controle judicial; controle legis-trole administrativo; controle judicial; controle legis-
lativo; responsabilidade civil do Estado. Lei nº. 8.429/92lativo; responsabilidade civil do Estado. Lei nº. 8.429/92
e alterações posteriores (dispõe sobre as sanções e alterações posteriores (dispõe sobre as sanções apli-apli-
cáveis aos agentes públicos nos casos de enriqueci-cáveis aos agentes públicos nos casos de enriqueci-
mento ilícito no exercício de mandato, cargo, empregomento ilícito no exercício de mandato, cargo, emprego
ou função da administração pública direta, indiretaou função da administração pública direta, indireta
ou fundacional e ou fundacional e dá outras providências).dá outras providências).
Lei n°9.784/99 e alterações posteriores (Lei do Pro-Lei n°9.784/99 e alterações posteriores (Lei do Pro-
cesso Adcesso Ad ministrativo)ministrativo) ..
05.Língua Portuguesa05.Língua Portuguesa
Compreensão e interpretação de textos.Compreensão e interpretação de textos.
Tipologia textual.Tipologia textual.
Ortografia oficial.Ortografia oficial.
Acentuação gráfica.Acentuação gráfica.
EmpregEmprego das claso das clas ses de palavras.ses de palavras.
EmpregEmprego do sinao do sina l indicativo de crase.l indicativo de crase.
Sintaxe da oração e do Sintaxe da oração e do período.período.
Pontuação.Pontuação.
ConcorConcordância nominadância nomina l e verbal.l e verbal.
Regências nominal e verbal.Regências nominal e verbal.
Significação das palavras.Significação das palavras.
Redação de correspondências oficiais.Redação de correspondências oficiais.
06.Raciocínio Lógico06.Raciocínio Lógico
Conceitos básicos de raciocínio lógico: proposições;Conceitos básicos de raciocínio lógico: proposições;
valores lógicos das proposições; sentenças abertas;valores lógicos das proposições; sentenças abertas;
número de linhas dnúmero de linhas d a tabela verdade; conectivos; pro-a tabela verdade; conectivos; pro-
posições simples; proposições compostas.posições simples; proposições compostas.
Tautologia.Tautologia.
Operação com conjuntos.Operação com conjuntos.
Cálculos com Cálculos com porcentporcentagens.agens.
07.Noções de Informática07.Noções de Informática
Conceitos de Internet e intranet.Conceitos de Internet e intranet.
Conceitos básicos e modos de utilização de tecnolo-Conceitos básicos e modos de utilização de tecnolo-
gias, ferramentas, aplicativos e procedimentos de in-gias, ferramentas, aplicativos e procedimentos de in-
formática.formática.
Conceitos e modos de utilização de aplicativos paraConceitos e modos de utilização de aplicativos para
edição de textos, planilhas e apresentações utilizan-edição de textos, planilhas e apresentações utilizan-
do-se a suíte de do-se a suíte de escritório LibreOffice.escritório LibreOffice.
Conceitos e modos de utilização de sistemas opera-Conceitos e modos de utilização de sistemas opera-
cionais Windows 7 e cionais Windows 7 e 10.10.
Noções básicas de ferramentas e aplicativos de nave-Noções básicas de ferramentas e aplicativos de nave-
gação e correio eletrônico.gação e correio eletrônico.
Noções básicas de segurança e proteção: vírus, wor-Noções básicas de segurança e proteção: vírus, wor-
ms e derivados.ms e derivados.
08.Conhecimen08.Conhecimen tos tos EspecíficosEspecíficos
Seguridade Social.Seguridade Social.
Origem e evolução legislativa no Brasil.Origem e evolução legislativa no Brasil.
Conceituação.Conceituação.
Organização e princípios constitucionais.Organização e princípios constitucionais.
Legislação Previdenciária.Legislação Previdenciária.
Conteúdo, fontes, autonomia.Conteúdo, fontes, autonomia.
Aplicação das normas previdenciárias.Aplicação das normas previdenciárias.
 
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Vigência, hierarquia, Vigência, hierarquia, interpretaçinterpretação e ão e integraçãointegração..
Regime Geral de Previdência Social.Regime Geral de Previdência Social.
Segurados obrigatórios,Segurados obrigatórios,
Filiação e inscrição.Filiação e inscrição.
Conceito, características e abrangência: empregado,Conceito, características e abrangência: empregado,
empregado doméstico, contribuinte individual, tra-empregado doméstico, contribuinte individual, tra-
balhador avulso e segurado especial.balhador avulso e segurado especial.
Segurado facultativo: conceito, características, filia-Segurado facultativo: conceito, características, filia-
ção e inscrição.ção e inscrição.
TrTrabalhadores excluídos do Regime Geralabalhadores excluídos do Regime Geral ..
Empresa e empregador doméstico: conceito previ-Empresa e empregador doméstico: conceito previ-
denciário.denciário.
Financiamento da Seguridade Social.Financiamento da Seguridade Social.
Receitas da União.Receitas da União.
Receitas das contribuições sociais: dos segurados, dasReceitas das contribuições sociais: dos segurados, das
empresas, do empregador doméstico, do produtor ru-empresas, do empregador doméstico, do produtor ru-
ral, do clube ral, do clube de futebol profissional, sobre a receita dede futebol profissional, sobre a receita de
concursos de prognósticos, receitas de outras fontes.concursos de prognósticos, receitas de outras fontes.
Salário-de-contribuição.Salário-de-contribuição.
Conceito.Conceito.
Parcelas integrantes e paParcelas integrantes e pa rcelas não-integrantes.rcelas não-integrantes.
Limites mínimo e máximo.Limites mínimo e máximo.
Proporcionalidade.Proporcionalidade.
Reajustamento.Reajustamento.
Arrecadação e recolhimento das contribuições desti-Arrecadação e recolhimento das contribuições desti-
nadas à seguridade social.nadas à seguridade social.
CompetênCompetência do INSS e cia do INSS e da Secretaria da da Secretaria da Receita Fede-Receita Fede-
ral do Brasil.ral do Brasil.
Obrigações da empresa e demais Obrigações da empresa e demais contribuintes.contribuintes.
Prazo de recolhiPrazo de recolhi mentomento..
Recolhimento fora do prazo: juros, multa e atualRecolhimento fora do prazo: juros, multa e atual izaçãoização
monetária. 6 Decadência e prescrição. 7 Crimes monetária. 6 Decadência e prescrição. 7 Crimes contracontra
a seguridade social.a seguridade social.
 Recurso das decisões administrativas. Recurso das decisões administrativas.
Plano de Benefícios da Previdência Social: beneficiá-Plano deBenefícios da Previdência Social: beneficiá-
rios, espécies de prestações, benefícios, disposiçõesrios, espécies de prestações, benefícios, disposições
gerais e específicas, períodos de carência, salário-de-gerais e específicas, períodos de carência, salário-de-
-benefício, renda mensal -benefício, renda mensal do benefício, reajustamentodo benefício, reajustamento
do valor dos benefícios.do valor dos benefícios.
Manutenção, perda e restabelecimento da qualidadeManutenção, perda e restabelecimento da qualidade
de segurado.de segurado.
Lei n.° 8.212, de 24/07/1991 e alterações posteriores.Lei n.° 8.212, de 24/07/1991 e alterações posteriores.
Lei n.º 8.213, de 24/07/1991 e alterações posteriores.Lei n.º 8.213, de 24/07/1991 e alterações posteriores.
Decreto n.° 3.048, de 06/05/1999 e alterações poste-Decreto n.° 3.048, de 06/05/1999 e alterações poste-
riores;riores;
Lei de Assistência Social – LOAS: conteúdo; fontes eLei de Assistência Social – LOAS: conteúdo; fontes e
autonomia (Lei n° 8.742/93 e alterações posteriores;autonomia (Lei n° 8.742/93 e alterações posteriores;
Decreto nº. 6.214/07 e alterações posteriores).Decreto nº. 6.214/07 e alterações posteriores).
Bons estudos!Bons estudos!
Leonardo AlvesLeonardo Alves
 
 
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11ÉtiÉtica no ca no Serviço PúblServiço Públicoico
Autor:Autor:
Tiago ZanollaTiago Zanolla
Curriculum:Curriculum:
Professor de Ética no Serviço Público, Conhe-Professor de Ética no Serviço Público, Conhe-
cimentos Bancários e Direito Regimental. For-cimentos Bancários e Direito Regimental. For-
mado em Engenharia de Produção pela Uni-mado em Engenharia de Produção pela Uni-
versidade Pan-Americana de Ensino. Técnicoversidade Pan-Americana de Ensino. Técnico
Judiciário Cumpridor de Mandados no TribunalJudiciário Cumpridor de Mandados no Tribunal
de Justiça do Estado do Paraná. Envolvido comde Justiça do Estado do Paraná. Envolvido com
concursos públicos desde 2009 é professor emconcursos públicos desde 2009 é professor em
diversos estados do Brasil.diversos estados do Brasil.
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12
SUMÁRIOSUMÁRIO
1. COMO E1. COMO E STUDAR ÉSTUDAR É TICA NO SETICA NO SE RVIÇO PÚRVIÇO PÚ BLICO ...............................BLICO ......................................................................................................................................................................................................................................................... 1313
2. ÉTIC2. ÉTIC A, MORA, MOR ALAL , PRIN, PRIN CÍPCÍP IOS E VALORES .......................IOS E VALORES ....................................................................................................................................................................................................................................................................................... 1313
3. ÉT3. ÉT ICA E DEICA E DE MOCRACMOCRAC IA: EIA: E XERCÍCXERCÍC IO DA CIIO DA CI DADANIA ...................................DADANIA ..............................................................................................................................................................................................................................17...17
4. ADM4. ADM ININ ISTRISTR AÇÃO PÚAÇÃO PÚ BLIBLI CA E ÉTCA E ÉT ICA ICA ................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................ 1818
5. DEC5. DEC RERE TO 1.TO 1. 171/1994 I171/1994 INTRONTRO DUÇÃO ....................DUÇÃO ............................................................................................................................................................................................................................................................................................................ 1919
6. DAS R6. DAS R EGREGR AS DEOAS DEO NTOLNTOL ÓGICÓGIC AS ...................AS ................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................. 2121
77. SEÇÃO II DOS PRINC. SEÇÃO II DOS PRINCIPAIS DEVIPAIS DEV ERER ES DO SERVES DO SERV IDOR PÚIDOR PÚ BLIBLI CO CO .......................................................................................................................................................................................................... 2424
8. SEÇÃO III DAS VEDAÇÕES AO SERVIDOR PÚBLICO ............................................................................................................................268. SEÇÃO III DAS VEDAÇÕES AO SERVIDOR PÚBLICO ............................................................................................................................26
9. DAS COM9. DAS COM ISSÕISSÕES DE ÉTES DE ÉT ICA DEICA DECRCR ETO 1.ETO 1. 171 171 .............................................................................................................................................................................................................................................................................................. 2828
10. 10. DECRDECR ETO ETO 6.029/2007 6.029/2007 ......................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................29..........29
 
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1. COMO ESTUDAR ÉTICA NO SERVIÇO1. COMO ESTUDAR ÉTICA NO SERVIÇO
PÚBLICOPÚBLICO
IntroduçãoIntrodução
Muitos candidatos, desprezam o estudo da disciplMuitos candidatos, desprezam o estudo da discipl i-i-
na Ética no Serviço Público. Acreditam que apenas umana Ética no Serviço Público. Acreditam que apenas uma
leitura da “lei seca” é leitura da “lei seca” é suficiente. Ocorre que muitas ban-suficiente. Ocorre que muitas ban-
cas têm elaborado questões mesclando conhecimentoscas têm elaborado questões mesclando conhecimentos
de outras disciplinas, tais como, direito administrativo,de outras disciplinas, tais como, direito administrativo,
direito constitucional, direito penal, leis especiais, entredireito constitucional, direito penal, leis especiais, entre
outros, com dispositivos do Decreto 1.171.outros, com dispositivos do Decreto 1.171.
Além disso, temos o estudo da “Teoria da Ética”. OAlém disso, temos o estudo da “Teoria da Ética”. O
estudo da ética é muito subjetivo, existem centenas deestudo da ética é muito subjetivo, existem centenas deconceitos.conceitos.
Veja o exemplo de recentes questões que concur-Veja o exemplo de recentes questões que concur-
so:so:
(CESPE – 2008 – Analista do Seguro Social) O cód(CESPE – 2008 – Analista do Seguro Social) O cód i-i-
go de ética se caracteriza como decreto autônomo no quego de ética se caracteriza como decreto autônomo no que
concerne à lealdade à insconcerne à lealdade à ins tituição a que o indivíduo servetituição a que o indivíduo serve
(CESPE – 2012 – IBAMA – Téc. Adm.) A ética, en-(CESPE – 2012 – IBAMA – Téc. Adm.) A ética, en-
quanto filosofia da moral,constata o relativismo culturalquanto filosofia da moral, constata o relativismo cultural
e o adota como pressuposto de análise da e o adota como pressuposto de análise da condutconduta huma-a huma-
na no contexto público.na no contexto público.
(CESPE - 2015 - MPU - Técnico do MPU) A ética(CESPE - 2015 - MPU - Técnico do MPU) A ética
envolve um processo avaliativo do modo como os seresenvolve um processo avaliativo do modo como os seres
humanos, a natureza e os anihumanos, a natureza e os ani mais intervêm no mundo aomais intervêm no mundo ao
seu redor.seu redor.
O que O que achou? Conseguiu respondê-las?achou? Conseguiu respondê-las?
Questões desse tipo, podem ser a diferença entre aQuestões desse tipo, podem ser a diferença entre a
aprovação no certame pretaprovação no certame pret endido. Quem visa paendido. Quem visa pa ssar emssar em
concurso público deve lutar por concurso público deve lutar por cada ponto.cada ponto.
Apesar de muitos acharem a disciplina complica-Apesar de muitos acharem a disciplina complica-
da, pois o tema é amplo e difícil de ser previsto devido àda, pois o tema é amplo e difícil de ser previsto devido àgrande referêngrande referên cia bibliográfica, a gcia bibliográfica, a g rande rande verdade é que overdade é que o
foco de cobrança de Ética tem sido tratado sobre a abor-foco de cobrança de Ética tem sido tratado sobre a abor-
dagem sobre o cdagem sobre o c liente-cidadão. Com a metodologia apro-liente-cidadão. Com a metodologia apro-
priada, o priada, o estudo torna-se muito agradável.estudo torna-se muito agradável.
2. ÉTICA, MORAL, PRINCÍPIOS E VALO2. ÉTICA, MORAL, PRINCÍPIOS E VALO
RESRES
O tema ética está presente na vida das pessoas,O tema ética está presente na vida das pessoas,
seja em pequenas ou grandes decisões, dilemas éticosseja em pequenas ou grandes decisões, dilemas éticos
surgem cotidianamente. A escolha entre o caminho fácilsurgem cotidianamente. A escolha entre o caminho fácil
e o mae o ma is correto, entre obediência e seis correto, entre obediência e se ntimentontimento, conflitos, conflitos
de foro íntimo são travados.de foro íntimo são travados.
A ética é uma cA ética é uma c iência de estudo da fiiência de estudo da fi losofia., pauta-losofia., pauta-
da no indivíduo. O termo Ética deriva do gregoda no indivíduo. O termo Ética deriva do grego ethos (ca- (ca-
ráter, modo de ser de uma pessoa). A ética serve para queráter, modo de ser de uma pessoa). A ética serve para que
haja um EQUILÍBRIO E BOM FUNCIONAMENTO SOCIAL,haja um EQUILÍBRIO E BOM FUNCIONAMENTO SOCIAL,
possibilitando que nipossibilitando que ni nguém saia prejudicado. Neste sen-nguém saia prejudicado. Neste sen-
tido, a ética, embora não possa ser confundida com astido, a ética, embora não possa ser confundida com as
leis, está relacionada leis, está relacionada com o sentimento decom o sentimento de justiça s justiça socialocial ..
ÉticaÉtica
Significa COMPORTAMENTO, sendo um Significa COMPORTAMENTO, sendo um conjuntconjunto deo de
valores morais e privalores morais e pri ncípios que norteiam a condutancípios que norteiam a conduta
humana na sociedadehumana na sociedade
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A ética é construída por uma sociedade com baseA ética é construída por uma sociedade com base
nos valores históricos e culturais, ou sejanos valores históricos e culturais, ou seja , antecede qual-, antecede qual-
quer lei ou código.quer lei ou código.
EvolEvolução Histórica ução Histórica da Éticada Ética
A evolução do conceito de ética foi, sempre, dentroA evolução do conceito de ética foi, sempre, dentro
de determinados contextos específicos, elaborados pelode determinados contextos específicos, elaborados pelo
homem. Significa que a evolução do conceito resulta dehomem. Significa que a evolução do conceito resulta de
condições civilizacionais e de contemporaneidade quecondições civilizacionais e de contemporaneidade que
foram mudando ao longo do tempo.foram mudando ao longo do tempo.
Por outras palavras é a sociedade que determinaPor outras palavras é a sociedade que determina
as regras da ética (seja através das leis, dos costumes ,as regras da ética (seja através das leis, dos costumes ,
da Moral, de códigos de conduta ou da deontologia) masda Moral, de códigos de conduta ou da deontologia) mas
existe sempre um espaço de consciência individual queexiste sempre um espaço de consciência individual quepermite a cada cidadão estabelecer as suas fronteiraspermite a cada cidadão estabelecer as suas fronteiras
desde que não infrinja princípios determinados por re-desde que não infrinja princípios determinados por re-
gras de conduta sociais.gras de conduta sociais.
A ética na civilização Grega: A ética tinha uma re-A ética na civilização Grega: A ética tinha uma re-
lação muito estreita com a política. Atenas era o ponto delação muito estreita com a política. Atenas era o ponto de
encontrencontro da co da c ultura grega onde nasceu uma ultura grega onde nasceu uma democraciademocracia
com assembleias populares e tribunais e as teorias éti-com assembleias populares e tribunais e as teorias éti-
cas incidiam sobre a relação entre o cidadão e a polis. Ascas incidiam sobre a relação entre o cidadão e a polis. As
correntes filosóficas: ética aristotélica, ética socrática ecorrentes filosóficas: ética aristotélica, ética socrática e
ética platónica, têm em comum que o homem deverá pôrética platónica, têm em comum que o homem deverá pôr
os seus conhecimentos ao serviço da sociedade. A Éticaos seus conhecimentos ao serviço da sociedade. A Ética
na civilina civili zação grega erzação grega er a apenas uma ética normativa. Li-a apenas uma ética normativa. Li-
mitava-se a classificar os mitava-se a classificar os atos do homem.atos do homem.
Após as conquistas de AlexaApós as conquistas de Alexa ndre Magno, a huma-ndre Magno, a huma-
nidade presencia uma nova era: No mundo helenísticonidade presencia uma nova era: No mundo helenístico
e romano, a ética passa a sustentar-se em teorias maise romano, a ética passa a sustentar-se em teorias mais
individualistas que analisam de diversas formas o modoindividualistas que analisam de diversas formas o modo
mais agradável de viver a vida. Já não se tratava de con-mais agradável de viver a vida. Já não se tratava de con-
ciliar o homem com a cidade. Em todas as abordagensciliar o homem com a cidade. Em todas as abordagens
éticas estava subjacente a procura de felicidade como oéticas estava subjacente a procura de felicidade como o
bem supremo a atingibem supremo a atingi r.r.
A Ética na Idade Média: Na idade média o conceitoA Ética na Idade Média: Na idade média o conceito
de ética altera-se radicalmente. Desliga-se da naturezade ética altera-se radicalmente. Desliga-se da natureza
para se unir com a moral cripara se unir com a moral cri stã. A influência da igstã. A influência da ig reja, en-reja, en-
tre os séculos IV e Xtre os séculos IV e X IVIV, impede que nas cid, impede que nas cid ades europeiasades europeias
a ética se afasa ética se afas te das normas que ela própria dte das normas que ela própria d ita. Só o en-ita. Só o en-
contro do Homem com Deus lhe possibilitará a contro do Homem com Deus lhe possibilitará a felicidade.felicidade.
Ética e moral fundiam-se numa simbiose que aÉtica e moral fundiam-se numa simbiose que a
igreja considerava perfeita. Durante este período a Éticaigreja considerava perfeita. Durante este período a Ética
deixa de ser uma opção, passa a ser imposta, confundin-deixa de ser uma opção, passa a ser imposta, confundin-
do-se com a religião e a moral. Continua porém apenas ado-se com a religião e a moral. Continua porém apenas a
ser normativa.ser normativa.
Idade contemporânea: Surgem ramos diferencia-Idade contemporânea: Surgem ramos diferencia-
dos aplicados nos diferentes campos do saber e dasati-dos aplicados nos diferentes campos do saber e das ati-
vidades do ser humano. No Séc. Xvidades do ser humano. No Séc. X IX começa a aparecer aIX começa a aparecer a
ética aplicada. A ciência e a economia substituem a reli-ética aplicada. A ciência e a economia substituem a reli-
gião. Começa a falar-se de “ética utilitarista”: tudo o quegião. Começa a falar-se de “ética utilitarista”: tudo o que
contribua para o progresso social é bom.contribua para o progresso social é bom.
Anos 50 a 80, Ética, consumo e sustentabilidade:Anos 50 a 80, Ética, consumo e sustentabilidade:
Sociedade de consumo – cidadão consumidorSociedade de consumo – cidadão consumidor
Final do séc. passado: As desigualdades fazemFinal do séc. passado: As desigualdades fazem
despertar uma consciência cívica. O consumidor-objetodespertar uma consciência cívica. O consumidor-objeto
dá lugar ao consumidor sujeito, mais preocupado com odá lugar ao consumidor sujeito, mais preocupado com o
significado e as consequências dos seus significado e as consequências dos seus padrões de con-padrões de con-
sumo. Multiplicam-se os códigos de sumo. Multiplicam-se os códigos de ética ou de conduta.ética ou de conduta.
Nasce a empresa-cidadã: postura ética empresarial.Nasce a empresa-cidadã: postura ética empresarial.
Séc. XXI: Ética sustentável – caracterizada peloSéc. XXI: Ética sustentável – caracterizada pelo
respeito pela natureza.respeito pela natureza.
Do ponto de vista da Filosofia, Ética é a parte da fi-Do ponto de vista da Filosofia, Ética é a parte da fi-
 
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losofia que estuda os fundamentos da moral e os princí-losofia que estuda os fundamentos da moral e os princí-
pios ideais da pios ideais da conduta humana, ou seja, tem como objetoconduta humana, ou seja, tem como objeto
de estudo o estímulo que guia a de estudo o estímulo que guia a ação: os motivoação: os motivo s, as cau-s, as cau-
sas, os princípios, as máximas, as circunstâncias.sas, os princípios, as máximas, as circunstâncias.
As ações (conduAs ações (condu tas) são baseadas em jutas) são baseadas em ju ízos éticosízos éticos
que nos dizem o que são o bem, o mal e a felicque nos dizem o que são o bem, o mal e a felic idade. Enun-idade. Enun-
ciam também que atos, sentimentos, intenções e com-ciam também que atos, sentimentos, intenções e com-
portamentos são condenáveis ou incorretos do ponto deportamentos são condenáveis ou incorretos do ponto de
vista moral.vista moral.
Juízos éticos de valor, que são também normati-Juízos éticos de valor, que são também normati-
vos, enunciam normas que determinam o dever ser devos, enunciam normas que determinam o dever ser de
nossos sentimentos, nossos atos, nossos comportamen-nossos sentimentos, nossos atos, nossos comportamen-
tos. São juízos que enunciam obrigações e avaliatos. São juízos que enunciam obrigações e avalia m inten-m inten-
ções e ações segundo o critério do bem e do mal, ou seja,ções e ações segundo o critério do bem e do mal, ou seja,
do correto e do incorreto.do correto e do incorreto.
Fique atentFique atento: o examo: o exam inador pode cobrar dois inador pode cobrar dois tipostipos
de juízo:de juízo:
JJuuíízzo o dde e FFaattoo JJuuíízzo o dde e VVaalloorr
São aqueles que dizem oSão aqueles que dizem o
que as coisas que as coisas são, comosão, como
são e porque são. Emsão e porque são. Em
nossa vida cotidiana,nossa vida cotidiana,
os juízos se fato estãoos juízos se fato estão
presentespresentes
Constitui avaliações sobreConstitui avaliações sobre
coisas, pessoas, situações,coisas, pessoas, situações,
e são proferidos na moral,e são proferidos na moral,
nas artes, na política, nanas artes, na política, na
religião, enfim, em religião, enfim, em todostodos
os campos da existênciaos campos da existência
social do ser humano.social do ser humano.
Juízos de valor avaliamJuízos de valor avaliam
coisas, pessoas, ações, coisas, pessoas, ações, ex-ex-
periências, periências, acontacontecimen-ecimen-
tos, sentimentos, estadostos, sentimentos, estados
de espíritos, intenções ede espíritos, intenções e
decisões como sendo boasdecisões como sendo boas
ou más, desejáveis ouou más, desejáveis ou
indesejáveisindesejáveis
Qual a srcem da diferença entre os dois tipos deQual a srcem da diferença entre os dois tipos de
 juízo? A di juízo? A di ferença está ferença está entre a natureentre a nature za e a cuza e a cu ltura.ltura.
A natureza é constituída por estruturas e proces-A natureza é constituída por estruturas e proces-
sos necessários, que existem em si e por si mesmos, in-sos necessários, que existem em si e por si mesmos, in-
dependentemente de nós. A chuva, por exemplo, é umdependentemente de nós. A chuva, por exemplo, é um
fenômeno meteorológico cujas causas e efeitos necessá-fenômeno meteorológico cujas causas e efeitos necessá-
rios podemos constatar e explrios podemos constatar e expl icar.icar.
A cultura, por sua vez, nasce da maneira como osA cultura, por sua vez, nasce da maneira como os
seres humanos se interpretam a si mesmos, e as suas re-seres humanos se interpretam a si mesmos, e as suas re-
lações com a natureza, acrescentando-lhe sentidos no-lações com a natureza, acrescentando-lhe sentidos no-
vos, intervindo nela, alterando-a através do trabalho evos, intervindo nela, alterando-a através do trabalho e
da técnica dando-lhe valores.da técnica dando-lhe valores.
Outro ponto de cobrança é a diferença entre éticaOutro ponto de cobrança é a diferença entre ética
filosófica e ética científica:filosófica e ética científica:
ÉTICA FILOSÓFICA x ÉTICA CIENTÍFICAÉTICA FILOSÓFICA x ÉTICA CIENTÍFICA
A ÉTICA FILOSÓFICA é aquela que tenta estabelecerA ÉTICA FILOSÓFICA é aquela que tenta estabelecer
princípios constantes e universais para a boa condu-princípios constantes e universais para a boa condu-
ta da vida em sociedade, em suma, tenta estabelecerta da vida em sociedade, em suma, tenta estabelecer
uma moral universal, a qual os homens deveriam se-uma moral universal, a qual os homens deveriam se-
guir independentemente das contingências de lugar eguir independentemente das contingências de lugar e
de tempo. A ética tem como objeto de estudo o estímulode tempo. A ética tem como objeto de estudo o estímulo
que guia a ação: os motivos, as causas, os que guia a ação: os motivos, as causas, os princípios, asprincípios, as
máximas, as circunstâncias; mas também analisa asmáximas, as circunstâncias; mas também analisa as
consequências dessas ações.consequências dessas ações.
Por outro lado, a ÉTICA CIENTÍFICA constata o relati-Por outro lado, a ÉTICA CIENTÍFICA constata o relati-
vismo cultural vismo cultural e o adota como pressuposte o adota como pressupost o. Qualifica oo. Qualifica o
bem e o mal, assim como a virtude e o vício, a partir debem e o mal, assim como a virtude e o vício, a partir de
seus fundaseus funda mentomentos sociais s sociais e históricos. Na investigaçãoe históricos. Na investigação
da ética científica, a pluralidade, a diversidade culturalda ética científica, a pluralidade, a diversidade culturale a dinâe a dinâ mica da sociedade são relevantes.mica da sociedade são relevantes.
Para memorizar:Para memorizar:
ÉÉttiicca a FFiilloossóófificcaa ÉÉttiicca a CCiieennttíífificcaa
MMoorraal l uunniivveerrssaall RReellaattiivviissmmo o ccuullttuurraall
PrPrinincícípipioos s ununiivverersasaisis DDepepenendde e da da sisitutuaçaçãoão
LLeei i nnaattuurraall CCuullttuurra a e e sseennttiimmeennttooss
CoConsnsciciênêncicia a imimuuttáávvelel RRelelaatitivivismsmo o mmoorralal
SÓCRATES, considerSÓCRATES, consider ado o pai da fiado o pai da fi losofia, dizia quelosofia, dizia que
a obediência à lei era o divisor entre a civila obediência à lei era o divisor entre a civil ização e a bar-ização e a bar-
bárie. Segundo ele, as ideias bárie. Segundo ele, as ideias de ordem e coesão garantemde ordem e coesão garantema promoção da ordem política. A ética deve respeitar àsa promoção da ordem política. A ética deve respeitar às
leis, portanto, à coletividade.leis, portanto, à coletividade.KANT afirmava que o fundamento da ética e daKANT afirmava que o fundamento da ética e da
moral seria dado pela própria razão humana: a noção demoral seria dado pela própria razão humana: a noção de
dever. Mais recentemente, o filósofo inglês BERTRANDdever. Mais recentemente, o filósofo inglês BERTRAND
RUSSELL afirmou que a ética é subjetiva, portanto nãoRUSSELL afirmou que a ética é subjetiva, portanto não
conteria afirmações verdadeiras ou falsas. Porém, de-conteria afirmações verdadeiras ou falsas. Porém, de-
fendia que o ser humano deveria reprimir certos desejosfendia que o ser humano deveria reprimir certos desejos
e reforçar oue reforçar outros se pretendia atingir o equitros se pretendia atingir o equi líbrio e a líbrio e a feli-feli-
cidade.cidade.
Quer um exemplo prático? Imagine que você pre-Quer um exemplo prático? Imagine que você pre-
cisa ir ao banco. Chegando lá há uma enorme fila, porémcisa ir ao banco. Chegando lá há uma enorme fila, porém
você está atrasado para um compromisso. O que vocêvocê está atrasado para um compromisso. O que você
faz? Por que está com pressa, já vai “faz? Por que está com pressa, já vai “ furando” a fila? NÃO,furando” a fila? NÃO,
CLARO QUE NÃO, pois, é ético CLARO QUE NÃO, pois, é ético respeitá-la, ou seja, apesarrespeitá-la, ou seja, apesar
de seu desejo e necessidade, você vai lá para o finade seu desejo e necessidade, você vai lá para o fina l da filal da fila ,,
mantendo assim a harmantendo assim a har monia da coletividade almonia da coletividade al i presente.i presente.
Quem chegou antes, tem o direito de ser atendido antes.Quem chegou antes, tem o direito de ser atendido antes.
E essa coisa de respeitar a fila, está em alguma lei? Tam-E essa coisa de respeitar a fila, está em alguma lei? Tam-
bém não, pois é um vabém não, pois é um va lor arraigado em nossa sociedade.lor arraigado em nossa sociedade.
O termo moral deriva do latim – mos/mores (doO termo moral deriva do latim – mos/mores (do
latino “morales”), e significa COSTUMES. Moral é agir delatino “morales”), e significa COSTUMES. Moral é agir de
maneira ética. No contexto filosófico, ética e moral pos-maneira ética. No contexto filosófico, ética e moral pos-
suem diferentes significados.suem diferentes significados.
Segundo Aranha e Martins (1997, p. 274):Segundo Aranha e Martins (1997, p. 274):
A moral é o conjunto das regras de conduta admiti-A moral é o conjunto das regras de conduta admiti-
das em determinada época ou por um grupo de homens.das em determinada época ou por um grupo de homens.
Nesse sentido, o homem moral é aquele que age bem ouNesse sentido, o homem moral é aquele que age bem ou
mal na medida qmal na medida q ue acata ou transgride as regras do gru-ue acata ou transgride as regras do gru-
po. A ética ou filosofia moral é a parte da filosofia que sepo. A ética ou filosofia moral é a parte da filosofia que se
ocupa com a reflexão a respeito das noções e princípiosocupa com a reflexão a respeito das noções e princípios
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que fundamental a vida que fundamental a vida moral. Essa reflexão pode seguirmoral. Essa reflexão pode seguir
as mais diversas direções, dependendo da concepção deas mais diversas direções, dependendo da concepção de
homem que se toma como ponto de partida .homem que se toma como ponto de partida .
MoralMoral
São os costumes, regras, tabus e convenções estabe-São os costumes, regras, tabus e convenções estabe-
lecidas por cada sociedade em determinadlecidas por cada sociedade em determinad a época, pora época, por
isso, é mutável. A morisso, é mutável. A mor al pessoal é formada pelal pessoal é formada pel a culturaa cultura
e tradição do grupo ao qual o indivíduo está inserido.e tradição do grupo ao qual o indivíduo está inserido.
Segundo Cordi, desde a infância a pessoa está su-Segundo Cordi, desde a infância a pessoa está su-
 jeita jeita à à influêncinfluênc ia ia do medo me io sio sociaocia l pl por ior i ntermédio ntermédio da da famífamí--
lia, da lia, da escola, dos amigos e dos meios de comunicação deescola, dos amigos e dos meios de comunicação de
massa (primassa (pri ncipalmente a televisãoncipalmente a televisão ). Assim, ela vai ). Assim, ela vai adqui-adqui-rindo aos poucos princípios morais. Portanto, ao nascerrindo aos poucos princípios morais. Portanto, ao nascer
o sujeito se depara com um conjunto de normas já esta-o sujeito se depara com um conjunto de normas já esta-
belecidas e aceitas pelo meio social. Este é o aspecto so-belecidas e aceitas pelo meio social. Este é o aspecto so-
cial da cial da moral. Mas a MORAL NÃO SE REmoral. Mas a MORAL NÃO SE RE DUZ AO ASPECTODUZ AO ASPECTO
SOCIAL. À medida SOCIAL. À medida que o indivíduo desenvolve a reflexãoque o indivíduo desenvolve a reflexão
crítica, os valores herdados passam a ser colocados emcrítica, os valores herdados passam a ser colocados em
questão. Ele reflete sobre as normas e decide aceitá-lasquestão. Ele reflete sobre as normas e decide aceitá-las
ou negá-las. A decisão de acatar uma norma é fruto deou negá-las. A decisão de acatar uma norma é fruto de
uma reflexão pessoal consciente que se chama interio-uma reflexão pessoal consciente que se chama interio-
rização. Essa interiorização da norma é que qualifica orização. Essa interiorização da norma é que qualifica o
ato como moral. Caso não seja interiorizado, o ato não éato como moral. Caso não seja interiorizado, o ato não é
considerado moral, é apenas um comportamento deter-considerado moral, é apenas um comportamento deter-
minado pelos insminado pelos ins tintos, pelos hábitos ou pelos costumes.tintos, pelos hábitos ou pelos costumes.
A Moral sempre existiu, sendo, portanto anteriorA Moral sempre existiu, sendo, portanto anterior
ao Direito. Nem todas as regras Morais são regras jurídi-ao Direito. Nem todas as regras Morais são regras jurídi-
cas. A licas. A li nguagem da moral possui canguagem da moral possui ca ráter preráter prescritivo sig-scritivo sig-
nifica, portanto, afirmar que ela não se limita à descriçãonifica, portanto, afirmar que ela não se limita à descrição
ou à análise ou à análise do modo como as coisas são, mas dita o mododo modo como as coisas são, mas dita o modo
como devem ser. A semelhança que o Direito tem com acomo devem ser. A semelhança que o Direito tem com a
Moral é que ambas são formas de controle social e cons-Moral é que ambas são formas de controle social e cons-tituem um padrão patituem um padrão pa ra julgamento dos atos.ra julgamento dos atos.
MORAL TRADICONAL x MORAL MODERNAMORAL TRADICONAL x MORAL MODERNA
A moral tradicional é aquela que repousa sobre a crençaA moral tradicional é aquela que repousa sobre a crença
em uma autoridade. Por que devemoem uma autoridade. Por que devemo s aceitar tais e s aceitar tais e taistais
mandamentos? Porque os mesmos refletem a vontademandamentos? Porque os mesmos refletem a vontade
divina, divina, a vontade de um governante ou de qualquer in-a vontade de um governante ou de qualquer in-
divíduo no qual divíduo no qual reconhecemos uma autoridade, nossosreconhecemos uma autoridade, nossos
pais, ídolos, etc. A moral moderna recusa a transcen-pais, ídolos, etc. A moral moderna recusa a transcen-
dência e questiona o fundamento de autoridade. Serádência e questiona o fundamentode autoridade. Será
para ela que dirigiremos agora a pergunta: por que de-para ela que dirigiremos agora a pergunta: por que de-
vemos então aceitar um princípio moral?vemos então aceitar um princípio moral?
Encontramos no dicionário Houaiss, várias defini-Encontramos no dicionário Houaiss, várias defini-
ções de moral, entre elas:ções de moral, entre elas:
••“Conjunto de valores como a honestidade, a bon-“Conjunto de valores como a honestidade, a bon-
dade, a virtude etc., considerados universalmente comodade, a virtude etc., considerados universalmente como
norteadores das relações sociais e da conduta dos ho-norteadores das relações sociais e da conduta dos ho-
mens.”mens.”
••“Conjunt“Conjunto das o das regras, preceitos característicos deregras, preceitos característicos de
determinado grupo social qdeterminado grupo social q ue os estabelece e defende.”ue os estabelece e defende.”
••“Cada um dos sistemas variáveis de leis e valores“Cada um dos sistemas variáveis de leis e valores
estudados pela ética, caracterizados por organizarem aestudados pela ética, caracterizados por organizarem a
vida de múltiplas comunidades humanas, diferenciandovida de múltiplas comunidades humanas, diferenciando
e definindo comportamentos proscritos, desaconselha-e definindo comportamentos proscritos, desaconselha-
dos, permitidos ou ideaisdos, permitidos ou ideais .”.”
••“Do latim Moraallis, Mor, Morale – relativos aos“Do latim Moraallis, Mor, Morale – relativos aos
costumes.”costumes.”
••“Parte da filosofia que estuda o comportamento“Parte da filosofia que estuda o comportamento
humano à luz dos valores e prescrições que regulam ahumano à luz dos valores e prescrições que regulam a
vida das sociedades;vida das sociedades;
No sentido prático, a finalidade da ética, da moralNo sentido prático, a finalidade da ética, da moral
e do direito são muito semelhantes. Todas são responsá-e do direito são muito semelhantes. Todas são responsá-
veis e objetivam construir as bases que vão guiar a con-veis e objetivam construir as bases que vão guiar a con-
duta do homem, determinando o seu caráter, altruísmoduta do homem, determinando o seu caráter, altruísmo
e virtudes, e por ensinar a melhor forma de agir e de see virtudes, e por ensinar a melhor forma de agir e de se
comportar em sociedade.comportar em sociedade.
AÇÕES DO HOMEM E FENÔMENOS DA NATUREZAAÇÕES DO HOMEM E FENÔMENOS DA NATUREZA
““A ética envolve um processo avaliativo especA ética envolve um processo avaliativo espec ial sobreial sobre
o modo como os seres humanos intervêm no mundo aoo modo como os seres humanos intervêm no mundo aoseu redor, principalmente quando se relacionam comseu redor, principalmente quando se relacionam com
os seus semelhaos seus semelha ntes.ntes.
Assim como os fenômenos da natureza (movimentosAssim como os fenômenos da natureza (movimentos
das rochas, dos mares e dos planetas, etc.), as açõesdas rochas, dos mares e dos planetas, etc.), as ações
humanas tamhumanas tam bém modificam o bém modificam o mundo. Conmundo. Contudo, essestudo, esses
dois tipos de eventos - naturais e humanos - são apre-dois tipos de eventos - naturais e humanos - são apre-
ciados por nós de ciados por nós de formas completamente distintas.formas completamente distintas.
Quando se trata de uma ação humanaQuando se trata de uma ação humana , por exemplo um, por exemplo um
roubo praticado por alguém, fazemos não apenas umaroubo praticado por alguém, fazemos não apenas uma
avaliação moral do aspecto exterior, visível, do even-avaliação moral do aspecto exterior, visível, do even-
to (a apropriação indevida de algo que pertence a outrato (a apropriação indevida de algo que pertence a outra
pessoa), mas principalmente uma avaliação moral dopessoa), mas principalmente uma avaliação moral do
sentido dessa ação para o agente que a pratica, em umsentido dessa ação para o agente que a pratica, em um
esforço para compreender as suas esforço para compreender as suas intenções.intenções.
Quando, porém, se trata de uQuando, porém, se trata de u m fenômeno da natureza,m fenômeno da natureza,
como uma acomodação de placas da crosta terrestrecomo uma acomodação de placas da crosta terrestre
que causa terremotos na superfície do planeta, essaque causa terremotos na superfície do planeta, essa
avaliação moral avaliação moral não ocorre, exatamente porque não hánão ocorre, exatamente porque não há
como atribuir ucomo atribuir u ma intenção àquela força.ma intenção àquela força.
Vamos a um exemplo: não é incomum vermos na im-Vamos a um exemplo: não é incomum vermos na im-prensa denúncias contra agentes públicos que prensa denúncias contra agentes públicos que se apro-se apro-
priam indevidamente de recursos do Estado, prejudi-priam indevidamente de recursos do Estado, prejudi-
cando, assim, investimentos nas políticas públicas ecando, assim, investimentos nas políticas públicas e
atendimentatendimento das demandas sociao das demandas socia is.is.
Muitas catástrofes naturais, em sua manifestaçãoMuitas catástrofes naturais, em sua manifestação
exterior e visível, provocam destruição e morte. Sãoexterior e visível, provocam destruição e morte. São
frequentes as notícias de terremotos, tempestades efrequentes as notícias de terremotos, tempestades e
furacões que devastam cidades inteiras, causando umfuracões que devastam cidades inteiras, causando um
número grande de vítimas. Porém, a repulsa e a indig-número grande de vítimas. Porém, a repulsa e a indig-
nação com o desvio de verbas públicas é muito maisnação com o desvio de verbas públicas é muito mais
significativo”.significativo”.
A ética no serviço público está diretamente re-A ética no serviço público está diretamente re-
lacionada com a conduta dos funcionários que ocupamlacionada com a conduta dos funcionários que ocupam
cargos públicos. Tais indivíduos devem agir conformecargos públicos. Tais indivíduos devem agir conforme
um padrão ético, exibindo valores morais como a boa féum padrão ético, exibindo valores morais como a boa fé
e outros princípios necessários para uma vida saudávele outros princípios necessários para uma vida saudável
no seio da sociedade. Ética no seio da sociedade. Ética diz respeito ao cuiddiz respeito ao cuid ado do ser-ado do ser-
vidor público com a sua conduta, de modo a considerarvidor público com a sua conduta, de modo a considerar
sempre os efeitos desta na realização dos próprios inte-sempre os efeitos desta na realização dos próprios inte-
resses.resses.
CondutaConduta
Manifestação de comportamento do indivíduo. EstaManifestação de comportamento do indivíduo. Esta
pode ser boa ou pode ser boa ou má dependendo do código moral-éti-má dependendo do código moral-éti-
co do grupo onde aquele se encontra.co do grupo onde aquele se encontra.
 
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Conduta vem do latimConduta vem do latim conducta e é uma manifes- e é uma manifes-
tação do comportamento do indivíduo. É, de acordo comtação do comportamento do indivíduo. É, de acordo com
o dicionário Melhoramentos (1997, p. 30), procedimentoo dicionário Melhoramentos (1997, p. 30), procedimento
moral (bom ou mau).moral (bom ou mau).
O dicionário MO dicionário M ichaelis (2010) a define como Condu-ichaelis (2010) a define como Condu-
ção. Reunião de pessoas que são conduzidas para algumção. Reunião de pessoas que são conduzidas para algum
lugar por ordem superior. Procedimento moral; compor-lugar por ordem superior. Procedimento moral; compor-
tamento. Comportamento consciente do indivíduo, in-tamento. Comportamento consciente do indivíduo, in-
fluenciado pelas expectativas de outras pessoas.fluenciado pelas expectativas de outras pessoas.
E, ainda, seguE, ainda, segu ndo o Dicionário Brasileiro da Línguando o Dicionário Brasileiro da Língua
Portuguesa (2008, p. 141), conduta é ato de conduzir; con-Portuguesa (2008, p. 141), conduta é ato de conduzir; con-
 junto dejunto de pessoapessoa s cs conduzidonduzidas as para para algualgu m lum lu gar; gar; procedi-procedi-
mento; comportamento.mento; comportamento.
É possível também encontrar definições doutriná-É possível também encontrar definições doutriná-
rias, como as do autor Antônio Lopes de Sá (2001) no sen-rias, como as do autor Antônio Lopes de Sá (2001) no sen-tido de que a conduta do ser é a resposta a um estímulotido de que a conduta do ser é a resposta a um estímulo
mental, ou seja, é umental, ou seja, é u ma ação seguidora de um comando doma ação seguidora de um comando do
cérebro e, ao se manifestar variável, também pode sercérebro e, ao se manifestar variável, também pode ser
observada e avaliada.observada e avaliada.
Valores são o conjunto de normas que corporifi-Valores são o conjunto de normas que corporifi-
cam um ideal cam um ideal de perfeição buscado pelos seres humanos:de perfeição buscado pelos seres humanos:
solidariedade, verdade, lealdade, bondade etc. Essas ati-solidariedade, verdade, lealdade, bondade etc. Essas ati-
tudes classitudes classi ficam a conduta como honesta ou desonesta.ficam a conduta como honesta ou desonesta.
Valores MoraisValores Morais
São conceitoSão conceitos que adquiris que adquiri mos ao longo da vida commos ao longo da vida com
base nos ensinabase nos ensina mentomentos e influencias s e influencias que recebemos.que recebemos.
Tais conceitos norteiam nossa forma de ver o mundo eTais conceitos norteiam nossa forma de ver o mundo e
de agir em de agir em sociedade impondo limites ao nosso com-sociedade impondo limites ao nosso com-
portamentoportamento, uma , uma vez que muitas vezes taivez que muitas vezes tai s valoress valores
entram em conflito com nossos desejos.entram em conflito com nossos desejos.
Quando uma pessoa é eleita para um cargo públi-Quando uma pessoa é eleita para um cargo públi-
co, a sociedade deposita nela confiança e espera que elaco, a sociedade deposita nela confiança e espera que ela
cumpra um padrão ético. Assim, essa pessoa deve estarcumpra um padrão ético. Assim, essa pessoa deve estar
ao nível dessa confiança e ao nível dessa confiança e exercer a sua função seguindoexercer a sua função seguindo
determinados valores, princípios, ideais e regras.determinados valores, princípios, ideais e regras.
PrincípiosPrincípios
São norteadores que orientam as pessoas em diver-São norteadores que orientam as pessoas em diver-
sas situações. Cada sociedade forma seus princípiossas situações. Cada sociedade forma seus princípios
ao longo da história. Os priao longo da história. Os pri ncípios são requisitos dencípios são requisitos de
otimização na aplicação das regras.otimização na aplicação das regras.
De igual forma, o servidor público deve assumirDe igual forma, o servidor público deve assumir
o compromisso de promover a igualdade social, de lutaro compromisso de promover a igualdade social, de lutar
para a criação de para a criação de empregoempregos, desenvolver a cidadania e s, desenvolver a cidadania e dede
robustecer a democracia. Para isso ele robustecer a democracia. Para isso ele deve estar prepa-deve estar prepa-
rado para pôr em prática certas virtudes que beneficiemrado para pôr em prática certas virtudes que beneficiem
o país e a o país e a comunidade a nível social, econômico e político.comunidade a nível social, econômico e político.
Um profissional que desempenha uma funçãoUm profissional que desempenha uma função
pública deve ser capaz de pensar de forma estratégica,pública deve ser capaz de pensar de forma estratégica,
inovar, cooperar, aprender e desaprender quando neces-inovar, cooperar, aprender e desaprender quando neces-
sário, elaborar formas mais eficazes de trabalho. Infeliz-sário, elaborar formas mais eficazes de trabalho. Infeliz-
mente os casos de corrupção no âmbito do serviço públi-mente os casos de corrupção no âmbito do serviço públi-
co são fruto de profissionais que não trabalco são fruto de profissionais que não trabal ham de formaham de forma
ética.ética.
Temos ainda a ética profissional. O indivíduo pre-Temos ainda a ética profissional. O indivíduo pre-
cisa cumprir com suas responsabilcisa cumprir com suas responsabil idades e atividades daidades e atividades da
profissão, seguindo os princípios determinados pela so-profissão, seguindo os princípios determinados pela so-
ciedade e pelo seu grupo de trabalho.ciedade e pelo seu grupo de trabalho.
Ética ProfissionalÉtica Profissional
Conjunto de normas de conduta que deverão ser pos-Conjunto de normas de conduta que deverão ser pos-
tas em prática no exercício de qualquer profissão. Se-tas em prática no exercício de qualquer profissão. Se-
ria a ação reguladora da ética ria a ação reguladora da ética agindo no desempenhoagindo no desempenho
das profissões, fazendo com que o profissional respei-das profissões, fazendo com que o profissional respei-
te seu semelhante quando no exercício da profissãote seu semelhante quando no exercício da profissão
A ética profissional estuda e regula o relaciona-A ética profissional estuda e regula o relaciona-
mento do prmento do profissional com sua clofissional com sua cl ientela, visando à digientela, visando à dig ni-ni-
dade humana e a construção do bem-estar no contextodade humana e a construção do bem-estar no contexto
sociocultural onde exerce sua sociocultural onde exerce sua profissão.profissão.
Um código de ética profissional oferece, implici-Um código de ética profissional oferece, implici-
tamente, uma série de responsabilidades ao indivíduo.tamente, uma série de responsabilidades ao indivíduo.
Atinge todas as profissões e quando falamos de éticaAtinge todas as profissões e quando falamos de ética
profissional, estamos profissional, estamos nos referindo ao canos referindo ao ca ráter normativráter normativ oo
e até jurídico que regulamenta determinada profissão, ae até jurídico que regulamenta determinada profissão, a
partir de estatutos e códigos específicos, assim, como apartir de estatutos e códigos específicos, assim, como a
ética médica, do advogado, engenheiro, administrador,ética médica, do advogado, engenheiro, administrador,
biólogo etc. Acontece que, em geral, as profissões apre-biólogo etc. Acontece que, em geral, as profissões apre-
sentam a ética firmada em questões muito relevantessentam a ética firmada em questões muito relevantes
que ultrapassam o campo profissional em si.que ultrapassam o campo profissional em si.
ATENÇÃO: É importante destacar a diferença entreATENÇÃO: É importante destacar a diferença entre
ética de responsabilidade ética de responsabilidade e ética de convicção.e ética de convicção.
Na ética da convicção seguimos valores ou prin-Na ética da convicção seguimos valores ou prin-
cípios absolutos – tais como não matar, não roubar, nãocípios absolutos – tais como não matar, não roubar, não
mentir. Neste caso, a intenção é sempre mais importantementir. Neste caso, a intenção é sempre mais importante
do que o resultado concretdo que o resultado concret o das nossas ações. É o das nossas ações. É a ética daa ética da
moralidade do indivíduo.moralidade do indivíduo.
A ética da responsabilidade, estabelecida por Ma-A ética da responsabilidade, estabelecida por Ma-
quiavel e aprimorada por Maquiavel e aprimorada por Ma x Weberx Weber, leva em considera-, leva em considera-
ção as consequências dos atos dos agentes, geralmenteção as consequências dos atos dos agentes, geralmente
políticos.políticos.
Para a ética da responsabilidade, serão morais asPara a ética da responsabilidade, serão morais as
ações que forem úteis à comunidade, e imorais aquelasações que forem úteis à comunidade, e imorais aquelasque a prejudicam, visando os interesses particulares.que a prejudicam, visando os interesses particulares.
Ética da convicção são as ações morais individuaisÉtica da convicção são as ações morais individuais
praticadas independente dos resultados alcançados.praticadas independente dos resultados alcançados.
No dizer de Kant, não há regulamento, é o dever peloNo dizerde Kant, não há regulamento, é o dever pelo
dever. Pdever. Por sua vez, ética or sua vez, ética de responsabilidade é de responsabilidade é a morala moral
do grupo, muito diferentdo grupo, muito diferent e da ie da i ndividual, pois ndividual, pois aquela re-aquela re-
fere-se a decisões tomadas pelos governantes para ofere-se a decisões tomadas pelos governantes para o
bem-estar geral, embora, muitas vezes, possam pare-bem-estar geral, embora, muitas vezes, possam pare-
cer erradas aos olhos da moral individual.cer erradas aos olhos da moral individual.
Sendo a ÉTICA INERENTE À VIDA HUMANA, suaSendo a ÉTICA INERENTE À VIDA HUMANA, sua
importância é bastante evidenciada na vida importância é bastante evidenciada na vida profissional,profissional,
porque cada profissional tem responsabilidades indivi-porque cada profissional tem responsabilidades indivi-
duais e responsabilidades sociais, pois envolve pessoasduais e responsabilidades sociais, pois envolve pessoas
que dessas atividades se beneficiam.que dessas atividades se beneficiam.
No âmbito empresarial, significa uma filosofia ouNo âmbito empresarial, significa uma filosofia ou
ética do serviço. Ou seja, é na medida em que o meu pro-ética do serviço. Ou seja, é na medida em que o meu pro-
duto, a maneira de produzi-lo e tudo mais que eu faço emduto, a maneira de produzi-lo e tudo mais que eu faço em
relação a ele representarem um servrelação a ele representarem um serv iço para o iço para o mercado,mercado,
que minha que minha empresa poderá obter um resultado econômi-empresa poderá obter um resultado econômi-
co válido. co válido. Aqui, o valor maior é a solidariedade, o objetivoAqui, o valor maior é a solidariedade, o objetivo
maior é o crescimento do outro. O lucro, o benefício eco-maior é o crescimento do outro. O lucro, o benefício eco-
nômico, é um subproduto.nômico, é um subproduto.
Devemos esclarecer ainda Devemos esclarecer ainda que, todos os códigos deque, todos os códigos de
ética profissional, trazem em seu ética profissional, trazem em seu texto a maioria dos se-texto a maioria dos se-
guintes princípios: honestidade no trabalho, lealdade naguintes princípios: honestidade no trabalho, lealdade na
empresa, alto nível de rendimento, respeito à dignidadeempresa, alto nível de rendimento, respeito à dignidade
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humana, segredo profissional, observação das normashumana, segredo profissional, observação das normas
adminiadmini strativas da empresa e muitos outrostrativas da empresa e muitos outro s.s.
3. ÉTICA E DEMOCRACIA: EXERCÍCIO DA3. ÉTICA E DEMOCRACIA: EXERCÍCIO DA
CIDADANIACIDADANIA
Segundo Dalmo Dallari (2008), “a cidadania ex-Segundo Dalmo Dallari (2008), “a cidadania ex-
pressa um conjunto de direitos que dá à pessoa a possi-pressa um conjunto de direitos que dá à pessoa a possi-
bilidade de parbilidade de par ticipar ativamente da vida e do governo deticipar ativamente da vida e do governo de
seu povo. Quem não tem cidadania está marginalizadoseu povo. Quem não tem cidadania está marginalizado
ou excluído da vida sociaou excluído da vida socia l e da tomada de decisões, fican-l e da tomada de decisões, fican-
do numa posição de ido numa posição de i nferioridade dentro do grupo social”.nferioridade dentro do grupo social”.
Segundo o dicionário Aurélio, cidadão é aquele in-Segundo o dicionário Aurélio, cidadão é aquele in-
divíduo no gozo dos direitos civis e poldivíduo no gozo dos direitos civis e pol íticos de um Esta-íticos de um Esta-do, ou no desempenho de seus deveres para com este, oudo, ou no desempenho de seus deveres para com este, ou
habitante da cidade, ihabitante da cidade, i ndivíduo, homem, sujeitondivíduo, homem, sujeito ..
Para a ética, não basta que exista um elenco dePara a ética, não basta que exista um elenco de
princípios fundamentais e direitos definidos nas Consti-princípios fundamentais e direitos definidos nas Consti-
tuições. O desafio ético para uma nação é o de universa-tuições. O desafio ético para uma nação é o de universa-
lizar os direitos reais, permitido a todos cidadania plena,lizar os direitos reais, permitido a todos cidadania plena,
cotidiana e ativa.cotidiana e ativa.
A atitude de ceder um assento a um idoso em umA atitude de ceder um assento a um idoso em um
transporte coletivo constitui um exemplo de transporte coletivo constitui um exemplo de comporta-comporta-
mento relacionado à cidadania. Este é um exemplo quemento relacionado à cidadania. Este é um exemplo que
demonstra um conceito ético universal, não expressodemonstra um conceito ético universal, não expresso
em qualquer código. É a tem qualquer código. É a t ransformação de valores e prin-ransformação de valores e prin-
cípios em atitudes que atendam aos cípios em atitudes que atendam aos interesses coletivos.interesses coletivos.
A cidadania esteve e está em permanente cons-A cidadania esteve e está em permanente cons-
trução; é um referencial de conquista da humanidadetrução; é um referencial de conquista da humanidade
através daqueles que sempre lutam por mais direitos,através daqueles que sempre lutam por mais direitos,
maior liberdade, melhores garantias individuais e cole-maior liberdade, melhores garantias individuais e cole-
tivas, e não se conformam frente às dominações arro-tivas, e não se conformam frente às dominações arro-
gantes, seja do próprio Estado ou de outras instituiçõesgantes, seja do próprio Estado ou de outras instituições
ou pessoas que não desistem de privilégios, de opressãoou pessoas que não desistem de privilégios, de opressão
e de injustiças contra uma maioria desassistida e que nãoe de injustiças contra uma maioria desassistida e que não
se consegue fazer ouvir, exatamente por que se lhe negase consegue fazer ouvir, exatamente por que se lhe nega
a cidadania plena cuja conquista, ainda que tardia, nãoa cidadania plena cuja conquista, ainda que tardia, não
deverá será obstada (SANTANA, 2008).deverá será obstada (SANTANA, 2008).
A escravidão era legal no Brasil até 120 aA escravidão era legal no Brasil até 120 a nos atrás.nos atrás.
As mulheres brasileiras conquistaram o direito de votarAs mulheres brasileiras conquistaram o direito de votar
apenas há 60 anos e os analfabetos apenas há algunsapenas há 60 anos e os analfabetos apenas há alguns
anos. Chamamos isso de ampliação da cidadania (MAR-anos. Chamamos isso de ampliação da cidadania (MAR-
TINS, 2008).TINS, 2008).
Hoje, no entanto, o significado da cidadania assu-Hoje, no entanto, o significado da cidadania assu-
me contornme contornos mais os mais amplos, que extrapolam o amplos, que extrapolam o sentido desentido de
apenas atender às necessidades políticas e sociais, e as-apenas atender às necessidades políticas e sociais, e as-
sume como objetivo a busca por condições sume como objetivo a busca por condições que garantamque garantam
uma vida digna às pessoas.uma vida digna às pessoas.
O conceito de cidadania está fortemente ligado ao deO conceito de cidadania está fortemente ligado ao de
democracia. Na antiguidade clássica, ser cidadão erademocracia. Na antiguidade clássica, ser cidadão era
ter participação política. A palavra cidadão servia ter participação política. A palavra cidadão servia parapara
definir, na Grécia antiga, o indivíduo nascido na Pólis edefinir, na Grécia antiga, o indivíduo nascido na Pólis e
que tinha direitos políticos. Com o tempo o conceito deque tinha direitos políticos. Com o tempo o conceito decidadanicidadani a foi se ampliando para além dos da foi se ampliando para além dos d ireitos, hojireitos, hojee
ela está associada aos direitos e deveres dos indivídu-ela está associada aos direitos e deveres dos indivídu-os. Quando falaos. Quando fala mos de direitos e deveres, devemos en-mos de direitos e deveres, devemos en-
tender como cidadania a preocupação e o exercício detender como cidadania a preocupação e o exercício de
ações que garantam o desenvolvimento harmoniosoações que garantam o desenvolvimento harmonioso
da sociedade e a preservação dos direitos alheios. Serda sociedade e a preservação dos direitos alheios. Ser
cidadão, não é simplesmente cobrar seus direitos, mascidadão, não é simplesmente cobrar seus direitos, mas
lutar para defender os ilutar para defender os i nternteresses dos nossosesses dos nossos semelhan-semelhan-
tes. O pleno exercício da cidadania tes. O pleno exercício da cidadania e da democracia es-e da democracia es-
tão associados a ideia de igualdade entre os indivíduos.tão associados a ideia de igualdade entre os indivíduos.
Fundamentalmente, a acepção que se tem de cida-Fundamentalmente, a acepção que se tem de cida-
dania abrange duas dimensões. A primeira está intrin-dania abrange duas dimensões. A primeira está intrin-
secamente ligada e deriva dos movimentos sociais, que,secamente ligada e deriva dos movimentos sociais, que,
geralmente, encampa a luta por direitos. O exercício dageralmente, encampa a luta por direitos. O exercício da
cidadania cidadania relaciona-se com a consolidação da democra-relaciona-se com a consolidação da democra-
cia.cia.
A segunda, além da titularidade de direitos, éA segunda, além da titularidade de direitos, é
aquela que deriva do republicanismo clásaquela que deriva do republicanismo clás sico, enfatizan-sico, enfatizan-
do a preocupação com a coisa pública (res pública).do a preocupação com a coisa pública (res pública).
O gestor público, ocupa cargo de natureza transi-O gestor público, ocupa cargo de natureza transi-
tória, e os bens que ele admintória, e os bens que ele admin istra, não é dele, é coisa pú-istra, não é dele, é coisa pú-
blica. Por isso, os agentes públicos devem representar oblica. Por isso, os agentes públicos devem representar o
povo, atuando de maneira ética e moral. O descaso com apovo, atuando de maneira ética e moral. O descaso com a
“coisa pública”, a confusão patrimonial, os casos de cor-“coisa pública”, a confusão patrimonial, os casos de cor-
rupção, veem sendo cada vez mais rupção, veem sendo cada vez mais refutados pela socie-refutados pela socie-
dade.dade.
Vale lembra que DEMOCRACIA é o Vale lembra que DEMOCRACIA é o sistema políticosistema político
onde o povo é soberano.onde o povo é soberano.
Kant enumerava algumas características comunsKant enumerava algumas características comuns
do que se entende por ser um cidadão. A primeira é a au-do que se entende por ser um cidadão. A primeira é a au-
tonomia. Os cidadãos têm de ter a capacidade de condu-tonomia. Os cidadãos têm de ter a capacidade de condu-
zir-se zir-se segundo seu próprio arbísegundo seu próprio arbí trio. A segunda é a igual-trio. A segunda é a igual-
dade perante a lei. A terceira é a independência, ou seja, adade perante a lei. A terceira é a independência, ou seja, a
capacidade de sustentar-se a si próprio.capacidade de sustentar-se a si próprio.
Max Weber se ocupou-se com a fundamentaçãoMax Weber se ocupou-se com a fundamentação
ética das ações políticas, que demandam senso moral di-ética das ações políticas, que demandam senso moral di-
ferenciado das ações iferenciado das ações i ndividuais. Para ndividuais. Para o autoro autor, dois são , dois são osos
tipos de fundamentação ética que distinguem as boas etipos de fundamentação ética que distinguem as boas e
as más razões dos atores políticos: o de natureza “prin-as más razões dos atores políticos: o de natureza “prin-
cipiológica preestabelecida” (cocipiológica preestabelecida” (co mo os são os mo os são os Dez Manda-Dez Manda-
mentos) e o da categoria que visa a “resultados” (a educa-mentos) e o da categoria que visa a “resultados” (a educa-
ção do maior número de pessoas, por exemplo).ção do maior número de pessoas, por exemplo).Weber chama a primeira de ética de convicçãoWeber chama a primeira de ética de convicção
(correspondente à ética de deveres), e a segunda, de ética(correspondente à ética de deveres), e a segunda, de ética
de fins, que dá legitimidade, por ele denominada de éticade fins, que dá legitimidade, por ele denominada de ética
de responsabilidade. Esta própria e adequada à política,de responsabilidade. Esta própria e adequada à política,
pois não é pautada no valor consagrado no princípio, epois não é pautada no valor consagrado no princípio, e
sim na racionalidade segundo o fim.sim na racionalidade segundo o fim.
Enquanto tal, essa ética funda-se na adequaçãoEnquanto tal, essa ética funda-se na adequação
dos meios aos fins pretendidos, o que exige do juízo sobredos meios aos fins pretendidos, o que exige do juízo sobre
a ação boa algo mais que a prudência: exige uma técnicaa ação boa algo mais que a prudência: exige uma técnica
de atuação que leve em consideração as consequênciasde atuação que leve em consideração as consequências
da decisão, tal como uma relação de causa e efeito. Situ-da decisão, tal como uma relação de causa e efeito. Situ-
ação em que se verifica tal postura seria a do médico queação em que se verifica tal postura seria a do médico que
mente para o paciente para poupá-lo do sofrimento: tra-mente para o paciente para poupá-lo do sofrimento: tra-
ta-se de uma mentira caridosa.ta-se de uma mentira caridosa.
Ainda, segundo os filósofos, o que dá o conteúdo à or-Ainda, segundo os filósofos, o que dá o conteúdo à or-
ganização social é a ética. Assim como a estética estáganização social é a ética. Assim como a estética está
relacionada com a construção do belo, com a buscarelacionada com a construção do belo, com a busca
da perfeição na arte, a ética está relacionada à buscada perfeição na arte, a ética está relacionada à busca
da perfeição na convivência social. O mundo ético é oda perfeição na convivência social. O mundo ético é o
mundo bom. A ética é indispensável para o desenvol-mundo bom. A ética é indispensável para o desenvol-
vimento social. Há quem diga que ética é bem estar so-vimento social. Há quem diga que ética é bem estar so-
cial. Gcial. G iannetti, por exemplo, diz que sem ética a própriaiannetti, por exemplo, diz que sem ética a própria
sobrevivência fica comprometidasobrevivência fica comprometida
Os cidadãos em maOs cidadãos em ma ioria desconhecem o histórico eioria desconhecem o histórico e
o contexto atual de seus o contexto atual de seus próprios direitos fundamentais;próprios direitos fundamentais;
não reconhecem o valor da conquista de uma Constitui-não reconhecem o valor da conquista de uma Constitui-
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ção democrática, o significado de res publica.ção democrática, o significado de res publica.
Mas é possível formar o cidadão, para que ele te-Mas é possível formar o cidadão, para que ele te-
nha condições de reivindicar ética nas atuações políti-nha condições de reivindicar ética nas atuações políti-
cas? Como sugeriu Platão, podemos educar o indivíduocas? Como sugeriu Platão, podemos educar o indivíduo
no espírito das melhores leis?no espírito das melhores leis?
De acordo com Puig (1998, p.15), deve converter-seDe acordo com Puig (1998, p.15), deve converter-se
em um âmbito de reflexão individual e coletiva que per-em um âmbito de reflexão individual e coletiva que per-
mita elaborar

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