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1 A capacidade de as células eucarióticas adotarem diversas formas, organizarem os vários componentes em seu interior, interagirem mecanicamente com o ambiente e realizarem movimentos coordenados é dependente do citoesqueleto – uma intrincada rede de filamentos proteicos que se estende pelo citoplasma. É constituído a partir de uma estrutura composta por três tipos de filamentos proteicos; Cada tipo de filamento apresenta propriedades mecânicas distintas e é formado por subunidades proteicas diferentes. Distribuição dos filamentos do citoesqueleto em células eucarióticas epiteliais do intestino. Características filamentos do citoesqueleto: → Formados por subunidades pequenas; → Permitem associação e distribuição rápidas; → Mantidos por interações fracas; → Associam-se com proteínas acessórias; estas regulam sua distribuição espacial e comportamento dinâmico. Cada tipo de filamento do citoesqueleto é construído a partir de subunidades proteicas menores. Subunidades proteicas menores se polimerizam através de ligações covalentes, formando um filamento. Se não tiver mais fonte de nutrientes – despolimerização, subunidades menores ficam dissociadas no citoplasma da célula. 2 Microtúbulos: Os microtúbulos desempenham um papel essencial na organização de todas as células eucarióticas; Esses tubos proteicos longos, ocos e relativamente rígidos podem rapidamente sofrer dissociação em um determinado local e reassociação em outro; Crescem a partir de uma pequena estrutura posicionada próximo ao centro da célula, denominada centrossomo; Esses microtúbulos citoplasmáticos são a principal parte do citoesqueleto responsável pelo transporte e posicionamento de organelas delimitadas por membrana dentro da célula e pela organização do transporte intracelular de diversas macromoléculas citosólicas. Os microtúbulos são tubos ocos com extremidades estruturalmente distintas São formados a partir de subunidades (moléculas de tubulina), cada uma delas composta por um dímero de proteínas globulares denominadas α- tubulina e β-tubulina; Os dímeros de tubulina, unem-se entre si para a formação da parede de um microtúbulo cilíndrico oco; Cada microtúbulo é composto por 13 protofilamentos paralelos, cada um deles composto por uma cadeia linear de dímeros de tubulina com α-tubulina e β-tubulina alternadas longitudinalmente. O centrossomo é o principal centro organizador de microtúbulos em células animais Os microtúbulos crescem a partir de centros organizadores especializados que controlam o posicionamento, o número e a orientação dos microtúbulos; 3 O centrossomo consiste em um par de centríolos circundado por uma matriz proteica. A matriz inclui um tipo especial de tubulina, chamado γ-tubulina, e cada complexo do anel de γ-tubulina atua como o ponto de partida, ou sítio de nucleação, para o crescimento de um microtúbulo. Extremidade positiva mais longe do centrossomo. adição dos heterodímeros (extremidade +) no microtúbulo – aumenta heterodímeros saem do microtúbulo – diminui Onde já foi adicionado o dímero de tubulina – ocorre a hidrólise de GTP em GDP – liberando energia para permitir que a tubulina fosse adicionada. Capa de GTP impede que ocorra a despolimerização. O protofilamento que precisa despolimerizar não tem GTP, dímeros e protofilamentos vão se soltando. Os microtúbulos organizam o interior das células Mitose → Formação do fuso mitótico; Polarização das células → Posicionamento de organelas; Tráfego de organelas ao longo do microtúbulo: ex. neurotransmissores (corpo celular do neurônio), precisam se deslocar até o terminal do axônio, tráfico acontece nos microtúbulos, com proteínas motoras. Proteínas motoras: Direcionam o transporte intracelular; Os movimentos são direcionados por proteínas motoras, que usam a energia derivada do ATP para viajar continuamente ao longo dos microtúbulos ou dos filamentos de actina em um sentido determinado; Existem dezenas de proteínas motoras diferentes, elas diferem em relação: → Ao tipo de filamento ao qual se ligam; → À direção na qual se movimentam ao longo do filamento; → À carga transportada. Cada proteína é específica para uma carga, na cauda tem sítio específico de ligação onde reconhece a carga. As proteínas motoras que se movem ao longo dos microtúbulos citoplasmáticos, pertencem a duas famílias: → em geral se movem rumo à extremidade mais (+) de um microtúbulo (rumo à periferia da célula); → se movem em direção à extremidade menos (-) (rumo ao corpo celular). 4 Os cílios e os flagelos contêm microtúbulos estáveis movimentados pela dineína Cada cílio contém um núcleo de microtúbulos estáveis dispostos em um feixe, que crescem a partir de um corpo basal citoplasmático, que atua como um centro organizador Os microtúbulos dos cílios e flagelos são ligeiramente diferentes daqueles encontrados no citoplasma; A secção transversal de um cílio mostra nove pares de microtúbulos organizados em anel, em torno de um único par de microtúbulos isolados; este arranjo “9 + 2”. A mais importante das proteínas acessórias é a proteína motora dineína ciliar, que gera o movimento de flexão na região central. Dineína se movimenta na direção negativa dos microtúbulos, fazendo o movimento de decida. Quando ocorre a movimentação na dineína sobre os microtúbulos, acontece a flexão na cauda do espermatozoide. Filamentos de actina: São finos e flexíveis; São formados por duas cadeias em espiral de monômeros globosos da proteína actina G, que se polimerizam formando uma estrutura quaternária fibrosa (actina F); Sem os filamentos de actina uma célula animal não poderia: → Migrar (ou deslizar) sobre uma superfície; → Englobar uma partícula grande por fagocitose; → Dividir-se em duas. 5 Dependendo das proteínas associadas, os filamentos de actina podem: → Formar estruturas rígidas e estáveis, como as microvilosidades nas células epiteliais que revestem o intestino; → Pequenos feixes contráteis que podem contrair e atuar como pequenos músculos na maioria das células animais. A actina e a tubulina polimerizam por mecanismos semelhante Muito encontrada em fibras musculares; Proteínas em verde podem fazer o sequestro dos monômeros de actina, impedindo a polimerização, pois ela não vai estar disponível no citoplasma. Existem proteínas que auxiliam no processo de adicionar os monômeros de actina no filamento (nucleação). Proteínas que quebram o filamento de actina em diferentes regiões, permitindo que o filamento seja direcionado para outra região celular ou que despolimerize mais facilmente. Proteínas de interligação, que inter ligam filamentos de actina . Proteínas de capeamento, impedem adições de mais monômeros de actina G. Proteína de ligação lateral . Proteína que permite ligação das actinas formando faixas de actina. Filamentos de actina tem uma ampla distribuição no citoplasma das células . Actina e Miosina Contração da fibra muscular Miosina é uma proteína motora associada ao filamento de actina. As cabeças globulares vão até a extremidade positiva. Duas miosinas em direção oposta nas extremidades positivas da actina, encurtando do filamento. Acontece principalmente nas fibras musculares, com sarcômero. Quando a célula recebe um estímulo, as cabeças globulares de miosina caminham sobre o filamento de actina, encurtamento do sarcômero. Filamentos intermediários Os filamentos intermediários apresentam uma grande resistência à tensão, e sua função principal é permitir que as células resistam ao estresse mecânico ocasionado quando são distendidas; 6 Os filamentos intermediários são os mais resistentes e duráveis dos filamentosdo citoesqueleto; Formam uma rede no citoplasma, envolvendo o núcleo e se estendendo rumo à periferia da célula; Na periferia, eles costumam estar ancorados na membrana plasmática em junções célula-célula chamadas de desmossomos; Também são encontrados no interior do núcleo de todas as células eucarióticas; Formam uma rede denominada de lâmina nuclear, que está subjacente ao envelope nuclear e o fortalece. Um filamento intermediário assemelha-se a uma corda, ou cabo, em que muitos fios longos são trançados para proporcionar resistência à tração; Os fios desse cabo são compostos de proteínas de filamentos intermediários, subunidades fibrosas contendo, cada uma, um domínio central em haste, alongado, com diferentes domínios não estruturados em cada uma das extremidades; O domínio em haste consiste em uma região α- hélice estendida que permite que o pareamento de proteínas de filamentos intermediários forme dímeros estáveis por meio do enrolamento de um dímero sobre o outro, sob uma configuração supertorcida ou superenrolada; Dois desses dímeros supertorcidos, posicionados em sentidos opostos, associam-se para formar um tetrâmero alternado; Esses dímeros e tetrâmeros são as subunidades solúveis dos filamentos intermediários; Os tetrâmeros associam-se uns aos outros lados a lado e em seguida reúnem-se para gerar o filamento intermediário final, semelhante a um cabo. Filamentos de queratina se organizam em dímeros, dímeros se organizam em tetrâmeros, tetrâmeros de queratina se organizam em 8 tetrâmeros formando um filamento crescente. 7 Essas proteínas se agregam espontaneamente, sem necessidade de energia, para montar os respectivos filamentos intermediários. Filamentos intermediários formam a lâmina nuclear que oferece um sítio de ancoragem para os cromossomos e suporte estrutural para a membrana que forma o envelope nuc lear . Defeitos de lâmina nuclear: – doenças raras que levam os indivíduos afetados a apresentar envelhecimento prematuro; Crianças com progéria têm pele enrugada, perdem os dentes e cabelos e frequentemente desenvolvem doenças cardiovasculares graves ainda na adolescência; Acredita-se que a instabilidade nuclear resultante leve a defeitos na divisão celular, morte celular aumentada, uma capacidade diminuída para a reparação de tecidos, ou mesmo alguma combinação desses efeitos. A mais diversificada classe de filamentos intermediários são os filamentos de queratina. Rara doença genética em humanos, denominada , na qual mutações em genes da queratina interferem na formação dos filamentos de queratina da epiderme; Como consequência, a pele fica extremamente vulnerável a lesões mecânicas, e mesmo uma pressão leve pode levar à ruptura de células e à formação de bolhas na pele.
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