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1 Secreção é todo processo que envolve: → Síntese (fabricação) → Transporte → Armazenamento de moléculas Ex. bile, insulina, estrógeno... Reticulo endoplasmático: Constituído por uma rede de membranas que delimitam cavidades; Essas cavidades podem ser chamadas também de cisternas, lúmen ou luz; Se estende a partir do envoltório nuclear e percorre grande parte do citoplasma, formando uma rede tridimensional de cavidades que se intercomunicam. Reticulo endoplasmático liso (REL) Não contém ribossomos Envolvido na síntese de lipídios Reticulo endoplasmático rugoso (RER) Ribossomos acoplados à face citoplasmática de suas membranas Envolvido na síntese proteica Ribossomos → Associam-se as membranas do reticulo na forma de polirribossomos → Ribossomos estão voltados para o citosol da célula → Também existem polirribossomos dispersos no citoplasma As proteínas são aquelas destinadas a permanecer no próprio reticulo, ser transportadas para o complexo de Golgi, formar lisossomos, compor membrana plasmática ou serem secretadas da célula. Estes são responsáveis pela síntese das proteínas que devem permanecer no citosol ou serem incorporadas no núcleo, mitocôndrias, cloroplastos ou peroxissomos. As diferenças quanto ao local e ao tipo de síntese de proteínas possibilitam classificar as células em quatro tipos gerais: 2 Células que sintetizam ativamente proteínas que permanecem no citosol e não são segregadas nas cisternas do RER: Nessas células, as proteínas são sintetizadas em polirribossomos livres no citosol, não presos ao reticulo, que ocupam grande parte do citoplasma. Células que sintetizam e segregam proteínas nas cisternas do RER e exportam essas proteínas diretamente, sem acumulá-las em grânulos: Nessas células, a síntese proteica é realizada por polirribossomos aderidos à face citoplasmática da membrana do RER. Elas apresentam complexo de Golgi desenvolvido e não há grânulos de secreção. Células que sintetizam proteínas que são segregadas nas cisternas do RER passam para o complexo de Golgi e, depois, são acumuladas em grânulos, que geralmente permanecem nas células para uso posterior: É o caso dos leucócitos, eosinófilos, neutrófilos e monócitos, assim como dos macrófagos, que apresentam no citoplasma grânulos que contêm proteínas e enzimas com diversas funções. Células que sintetizam, segregam e acumulam proteínas em grânulos de secreção, que serão exportados por exocitose: Ex.: células secretoras exócrinas do pâncreas e da glândula salivar parótida, que produzem enzimas digestivas empacotadas em vesículas ou grânulos envoltos por membrana que, sob o estímulo apropriado, serão secretadas para digerir os alimentos. Conteúdo das cisternas varia: → De acordo com o tipo de reticulo → Tipo celular → Estado fisiológico da célula 3 Contém uma solução aquosa, em que estão mergulhados proteínas, glicoproteínas e lipoproteínas. as cavidades contêm imunoglobulinas cadeias de protocolágeno : hidrolases acidas contém hormônios esteroides O RER sintetiza e segrega as cadeias polipeptídicas. As cadeias polipeptídicas sintetizadas nos polirribossomos acoplados as membranas do RER são transferidas para o interior das cisternas enquanto ainda estão sendo traduzidas Elas são processadas e acumuladas nas cisternas, de onde são transportadas, no interior de vesículas, para seus locais de destino Irão compor tanto as membranas quanto o interior das cavidades do reticulo endoplasmático, do complexo de Golgi e dos lisossomos Também irão constituir a membrana plasmática e a secreção celular. As proteínas que devem ser sintetizadas nos polirribossomos ligados ao RER são marcadas com uma sequência chamada sequência sinal Partícula de reconhecimento de sinal ou PRS A associação da PRS à sequência sinal interrompe a síntese proteica no citosol, que será reiniciada somente quando a PRS encontrar seu receptor, uma proteína intrínseca encontrada na superfície citosolica da membrana do RER. O ribossomo está livre no citoplasma, se liga a um RNAm e faz a síntese em proteína. Se a proteína for uma proteína que não deve ser sintetizada no citoplasma, no início da cadeia polipeptídica, o PRS reconhece e se liga, interrompendo a síntese no citoplasma. PRS se liga ao receptor da PRS no reticulo endoplasmático rugoso. Não ocorre ligação de PRS em proteínas que estão sendo traduzidas no citoplasma. Se a proteína for destinada a compor membranas, ela não é liberada no interior da cisterna. Ela é transportada como parte integrante da membrana de vesículas que brotam do RER e se dirigem para as membranas alvo. A síntese ocorre na bicamada lipídica. Se a proteína que é sintetizada no RER deve compor membrana plasmática da célula, ela é transportada através de vesícula para o golgi e para a membrana plasmática da célula. As proteínas sintetizadas e processadas no reticulo endoplasmático são exportadas em vesículas de transporte que brotam das membranas do reticulo e se fundem com as membranas do complexo de Golgi. As vesículas brotam de uma região especializada do RER que não apresenta polirribossomos acoplados as membranas Reticulo endoplasmático transicional.: local de transição das proteínas do RER para o golgi. 4 Ribossomos sintetizando cadeias polipeptídicas Vesícula carregando a proteína até o golgi O golgi manda a proteína para suas diferentes cisternas, que transformam as proteínas Proteínas modificadas chegam na rede trans, com a secreção que a célula precisa secretar. Se acontece um direcionamento errôneo das proteínas, o transporte retrogrado é ativado. O REL participa da síntese de lipídios da célula Nas membranas ocorre a síntese de praticamente todos os lipídios que compõem as membranas celulares, colesterol também. Alguns dos lipídios das membranas são inicialmente produzidos no REL e suas moléculas são completadas no complexo de Golgi As enzimas que sintetizam fosfolipídios são intrínsecas à membrana do reticulo liso, com seus sítios ativos formando saliência na face citoplasmática da membrana. A maioria dos fosfolipídios são sintetizados na face citosólica da membrana do reticulo, a partir de uma molécula de glicerol e de duas moléculas de ácidos graxos ligadas à coenzima A (CoA). Exportação de lipídeos do REL Do reticulo liso, os lipídios são distribuídos para as diversas membranas celulares por três mecanismos principais: → São incorporados à membrana do próprio reticulo e se difundem pela bicamada → Integram as membranas de vesículas que brotam do reticulo e se fundem com outros compartimentos → São transportados por proteínas especificas. 5 A desintoxicação no organismo é realizada pelo REL Participa dos processos de desintoxicação do organismo O REL, absorve substâncias tóxicas, modificando- as ou destruindo-as, de modo a não causarem danos ao organismo; Desse processo participam o Citocromo P450 e a sua redutase, contribuindo para a conversão de substâncias tóxicas como herbicidas, conservantes, corantes, medicamentos e outras substâncias; Esse processo ocorre no fígado, na pele, nos rins e nos pulmões. O REL armazena, libera e capta íons Ca2+ O reticulo endoplasmático liso é o principal reservatório de Ca2+ do citoplasma de células musculares e não musculares A concentração desse íon no citosol é muito baixa, sendo aumentada em resposta ao estímulo fornecido por sinais químicos. Quando células recebem estímulo, a membrana do REL abre canais de cálcio, permitindo a saída dos íons de cálcio, ocorrendo a contração da célula – movimentação da actina sobre a miosinaJunto com proteínas do citoesqueleto, os retículos endoplasmáticos auxiliam na sustentação das células. Estando localizados próximo ao núcleo das células. Vias de degradação de proteínas Proteossomo (complexo enzimático): ubiquitinas identificam as proteínas que precisam ser degradadas Estudo mitocondrial: ultraestrutura e função das mitocôndrias Membrana externa formada por bicamada lipídica Membranas internas formam as invaginações (cristas mitocondriais) Entre as membranas (interna e externa) tem o espaço intermembranoso DNA mitocondrial no meio interno Corpúsculos elementares: síntese de ATP, localizados na membrana mitocondrial interna Região interna (matriz mitocondrial) com ribossomos 6 Membrana mitocondrial externa Bicamada lipídica – Fosfolipídios e pequenas quantidades de outros lipídios É uma membrana “lisa” e muito permeável – porinas (proteínas canais) Rica em colesterol. Membrana mitocondrial interna Bicamada lipídica – Fosfolipídios e outros lipídios Pobre em colesterol e rica em cardiolipina: → Fosfolipídio → Contribui para dificultar a passagem de partículas com carga elétrica através da membrana mitocondrial interna, o que é importante para a produção de ATP. Apresenta invaginações formando as cristas, que aumentam a superfície dessa membrana. Proteínas Se encontram os corpúsculos elementares Complexo proteico com atividade de ATP- sintase. Espaço Intermembranoso Encontra-se entre as duas membranas (interna e externa) Acumula prótons transportados da matriz Enzimas e proteínas. As moléculas de fosfolipídios são transferidas para as mitocôndrias por proteínas transportadoras especiais, que carregam os lipídios de uma membrana do reticulo endoplasmático liso para a membrana mitocondrial com menor concentração lipídica. Se o lipídeo precisa passar para face externa da membrana mitocondrial, flipasse faz a troca ou movimento de flip-flop. Matriz mitocondrial Substância finamente granulosa e elétron-densa Contém grânulos elétron-densos com cálcio Filamentos de DNA, difíceis de visualizar no microscópio eletrônico Ribossomos É circular e não apresenta histonas Não se enovela e não forma cromossomos É muito pequeno, tem somente 37 genes: → 2 genes para rRNA → 22 para tRNA → 13 genes que codificam mRNA para a síntese de proteínas. Não tem alto grau de enovelamento Em quase todos os tipos de célula, a soma dos DNA de todas as mitocôndrias não representa mais do que 1% do DNA nuclear Origem materna. 7 As proteínas codificadas pelo DNA mitocondrial, são as proteínas que estão localizadas na membrana mitocondrial interna e estão envolvidas na síntese de ATP As outras proteínas são codificadas pelo DNA nuclear. A maior parte das proteínas mitocondriais são sintetizadas no citosol, em polirribossomos livres, e então transferidas para as mitocôndrias As proteínas destinadas às mitocôndrias têm um pequeno segmento da molécula que é um sinal de endereçamento para essa organela. As proteínas que precisam entrar na mitocôndria, são reconhecidas por receptor na membrana da mitocôndria (apenas proteínas mitocondriais são reconhecidas) A incorporação de proteínas às membranas e aos compartimentos mitocondriais é resultado de um complexo processo Após reconhecimento do receptor, proteínas TOM (externa) e TIM (interna) formam canal de passagem. O sinal é clivado após entrada da proteína. Proteínas hsp70 puxam a proteína para dentro da célula, gastando energia. Proteína entra na conformação primaria. Só assume outras conformações após estar totalmente imersa na matriz mitocondrial Quanto mais energia a célula precisa, mais longas e tubulares as mitocôndrias podem se tornar Respiração celular Utiliza-se de oxigênio e glicose e os converte em energia – ATP, que devolve para a célula A energia produzida é química e é usada em reações bioquímicas que gastam energia Também produz calor. 8 Ciclo do ácido cítrico produz desidrogenases, elétrons e íons, que entram na cadeia transportadora de elétrons (cadeia de enzimas e citocromos), na cadeia são produzidos 36 moléculas de ATP. Íons de hidrogênios retornam para matriz mitocondrial, cedendo energia para síntese do ATP, fosfato inorgânico + ADP: molécula de ATP A geração quimiosmótica de energia começa quando os carreadores ativados NADH e FADH2 doam seus elétrons de alta energia para a cadeia transportadora de elétrons na membrana mitocondrial interna, tornando-se oxidados a NAD+ e FAD Os elétrons são rapidamente passados ao longo da cadeia até o oxigênio molecular (O2) para formar água (H2O) O movimento gradual desses elétrons de alta energia ao longo dos componentes da cadeia transportadora de elétrons libera energia que pode, então, ser utilizada para bombear prótons através da membrana interna O gradiente de prótons resultante é então usado para promover a síntese de ATP. Membrana mitocondrial interna – Cardiolipina Cardiolipina impede que os íons passem livremente entre a bicamada lipídica Formada por conjuntos e existem inúmeras cópias ao longo da bicamada lipídica Cada conjunto é composto por quatro complexos proteicos relativamente grandes, denominados: → NADH desidrogenase (I); → Succinato-desidrogenase (II); → b-c1 (III); → Citocromo-oxidase (IV); Entre os complexos proteicos são encontrados dois pequenos transportadores de elétrons: → Ubiquinona → Citocromo c. 9 Essa proteína permite que os prótons, acumulados no espaço intermembranoso, fluam livremente de volta para a matriz, sem passar pelos corpúsculos elementares Não ocorre síntese de ATP e a energia derivada do fluxo de prótons é dissipada sob a forma de calor Teoria endossimbiótica da origem das mitocôndrias Margulis, 1981 Célula eucarionte ancestral englobou uma bactéria: formando a mitocôndria A endossimbiose ofereceu vantagens tanto para a bactéria aeróbia, que recebeu proteção e nutrientes, como para a célula hospedeira anaeróbia, que ganhou um sistema mais eficiente de aproveitamento de energia pela fosforilação oxidava, evoluindo para uma célula eucarionte aeróbia. Cloroplastos das células vegetais, com DNA circular As mitocôndrias são organelas altamente dinâmicas Processos constantes Fissão: uma mitocôndria maior consegue se dividir em mais, mitocôndrias menores fazem fusão, originando novas mitocôndrias Mitofagia (autofagia seletiva de mitocôndrias) Apoptose Deslocamento mitocôndrias dentro das células: filamentos citoesqueleto Mitocôndrias se dividem em duas 10 Proteínas especificas fusionam mitocôndrias Mitofagia Mitocôndrias danificadas/alteradas Autofagia seletiva de mitocôndrias A mitocôndria é de origem materna, na fertilização mitocôndrias paternas entram no ovócito, identificadas com ubiquitinas, sistema da célula reconhece e degrada, formando autofagossoma em torno das mitocôndrias, lisossoma se fusiona, ocorrendo a degradação. Se ocorrer uma falha no processo e as mitocôndrias paternas não foram degradadas: da origem a muitas doenças mitocondriais Apoptose: Citocromo C (proteína) que sai para o ambiente extracelular, ativando cascatas de sinalização para apoptose : doenças humanas causadas por mutações nos processos de fusão e fissão das mitocôndrias. Falhas no mecanismo de mitofagia
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