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Revisão Gestão Custos

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Revisão 1º Semestre
Conceito Gestão de Custos: 
Custos são elementos formadores das decisões financeiras em todas as esferas da gestão empresarial. Portanto, a gestão de custos de um negócio é realizada quando um conjunto de atividades específicas e integradas propiciam valiosas respostas às questões organizacionais. 
Histórico 
Contabilidade de Custos: após a revolução industrial é necessário o apontamento dos gastos com a fabricação de bens e serviços. Nesse período nasce a contabilidade de custos 
Vamos colocar ordem na casa.
Contabilidade Financeira: condicionada às imposições legais e requisições fiscais;
Contabilidade Gerencial: voltada à administração de empresas, não se condiciona às imposições legais, tem o objetivo de gerar informações úteis para a tomada de decisão.
Contabilidade de Custos: voltada à análise dos gastos realizados pela entidade no decorrer de suas operações. 
Princípios fundamentais de Contabilidade para tomada de decisão.
Competência (realização): a receita é reconhecida apenas quando realizada – momento em que há a troca de mercadorias, bens ou serviços, por elementos do ativo, logo, o lucro ou prejuízo somente se realiza no ato da venda. 
Uniformidade (Consistência): O processo para registro contábil não deve ser mudado com frequência, para que os resultados contábeis não fiquem prejudicados. Caso exista a necessidade de mudança dos critérios, deve ser feita a divulgação de seu efeito nas demonstrações contábeis.
Prudência: (conservadorismo): entre duas alternativas para o registro de um ativo, deve-se escolher entre o custo e o valor de mercado, dos dois o menor. 
O mesmo raciocínio deve nortear o contador no registro dos gastos que provocam dúvidas de classificação entre custo de produção ou despesa do período, devendo prevalecer a escolha que representa redução imediata do resultado, portanto, despesa do período. (Bom senso)
Contabilidade de Custos e suas funções:
a. Determinar o lucro: empregando dados originários dos registros convencionais contábeis, ou processando-os de maneira diferente, tornando-os mais úteis à administração;
b. Controle das operações: e demais recursos produtivos, como os estoques, com a manutenção de padrões e orçamentos, comparações entre previsto e realizado;
c. Tomada de decisões: o que envolve produção (o que, quanto, como e quando fabricar), formações de preços, escolha entre fabricação própria ou terceirizada. 
Estudo sobre os custos:
Classificação dos Custos: os sistemas, formas e metodologias aplicados no controle e gestão de custos podem ser classificados em função da forma de associação dos custos aos produtos elaborados (unidades do produto) de acordo com a variação dos custos em relação ao volume de produtos fabricados (comportamento em relação ao volume), em relação aos controles exercidos sobre os custos, em relação a alguma situação específica (decisões especiais) e em função da análise do comportamento passado (base monetária).
Custos diretos ou primários: são aqueles diretamente incluídos no cálculo dos produtos. Consistem nos materiais diretos, na mão de obra direta e outros.
Custos indiretos: consistem no esforço agregado pela empresa na do produto de forma indireta. Mão de obra indireta, materiais indiretos, energia e outros.
Custos fixos: são custos que, em determinado período de tempo e em certa capacidade não variam, qualquer que seja o volume da empresa. Mesmo que não haja produção. (Exemplo: depreciação, amortização etc.)
 Custo fixo operacional, como seguro, imposto predial, aluguéis, todos esses itens mencionados independentes do volume de produzido, os valores registrados com ambos serão os mesmos. 
Custos Variáveis: seu valor total altera-se diretamente em função das atividades da empresa. Quanto maior a produção maiores serão os custos variáveis. No caso, a matéria-prima, embalagens e outros. 
Classificação das despesas: de forma similar aos custos, as despesas também podem receber esta classificação:
Despesas fixas: não variam em função do volume de vendas. Ex. aluguel e seguro das lojas.
Despesas Variáveis: variam de acordo com as vendas. Ex. comissões dos vendedores, gastos com fretes. 
Para concluir no fechamento dos custos e das despesas devemos observar o custo de produção. 
Sob a óptica contábil este poderia ser expresso por meio de uma composição formada por três elementos básicos, descritos como:
Material direto (MD): todo material que pode ser identificado como uma unidade do produto que está sendo fabricado e que sai da fábrica incorporado ao produto ou utilizado como embalagem.
Mão de obra direta (MOD): todo salário devido ao operário que trabalha no produto, cujo tempo pode ser identificado com a unidade que está sendo produzida;
Custos indiretos de fabricação (CIF): todos os custos relacionados com a fabricação que não podem ser economicamente identificados com as unidades que estão sendo produzidas. Exemplos: aluguel da fábrica, materiais indiretos, mão de obra indireta, seguro, impostos, depreciação etc.
Despesas: não podem ser alocadas ao produto final. Exemplos despesas com vendas, salários do pessoal administrativo, água e luz do escritório.
Cap. 02: Custos indiretos de Fabricação. 
Os custos indiretos de fabricação ou, simplesmente, CIFs são os gastos identificados com a função de produção ou elaboração do serviço a ser comercializado e que, como o próprio nome já revela, não podem ser associados diretamente a um produto ou serviço específico. Exemplo: algumas despesas de depreciação, salários de supervisores de diferentes linhas de produção etc. 
Um dos maiores problemas da contabilidade consiste na forma de transferir os custos indiretos de fabricação aos produtos, processo genericamente denominado rateio. Comumente, os critérios de rateio, podem envolver horas-máquinas, mão de obra direta, materiais diretos, custos primários, ou alguma outra referência básica. 
	 
Descrição
	Colchões (CL)
	Colchonetes (CN)
	Travesseiros (TR)
	Soma
	Material direto
	38.000,00
	42.000,00
	48.000,00
	128.000,00
	Mão de obra direta
	3.200,00
	3.600,00
	5.200,00
	12.000,00
	Custo direto
	41.200,00
	45.600,00
	53.200,00
	140.000,00
	Unidades produzidas
	1.000
	3.000
	16.000
	20.000
	Sabe-se que a empresa incorre em alguns custos indiretos, apresentados na tabela a seguir.
	 
Descrição
	Valor
	Mão de Obra indireta
	8.000,00
	Material indireto
	56.000,00
	Seguro Industrial
	4.000,00
	Depreciação Fabril
	32.000,00
	 Soma 
	100.000,00
Os custos indiretos unitários da empresa podem ser obtidos por meio do rateio dos custos indiretos . Para ratear o custo, é necessário obter Próximo slide a proporção ( ou aplicar uma regra de três simples) do consumo de cada produto em relação à base de rateio empregada.
	 
Descrição
	Colchões (CL)
	Colchonetes (CN)
	Travesseiros (TR)
	Soma
	Material direto
	30%
38.000/128.000
	33%
42.000/128.000
	37%
48.000/128.000
	100%
128.000
	Mão de obra direta
	27%
3.200/12.000
	30%
3.600/12.000
	43%
5.200/12.000
	100%
12.000
	Custo direto
	29%
	33%
	38%
	100%
	Horas – Máquinas
	10%
500/5.000
	30%
1.500/5.000
	60%
3.000/5.000
	100%
5.000
	Unidades produzidas
	5%
1.000/20.000
	15%
3.000/20.000
	80%
16.000/20.000
	100%
20.000
	Por exemplo, se a empresa optasse por usar a MOD como critério de rateio dos custos indiretos, a proporção alocada aos produtos colchões (CL), Colchonetes (CN) e Travesseiros (TR) seria respectivamente igual a 27%, 30% e 43 %. 
Caso a opção de rateio fosse pelo custo direto total as proporções seriam iguais a 29%, 33% e 38%. 
Proporções bastante diferentes seriam obtidas se a empresa optasse por distribuir os custos indiretos com base nas unidades produzidas. Nessa situação, os percentuais seriam iguais a 5%,15% e 80%. 
Ao empregar o MOD como base de rateio e ao aplicar as proporções obtidas aos custos indiretos encontrados, os custos unitários da empresa podem ser apresentados na tabela a seguir 
	
Descrição
	Colchões (CL)
	Colchonetes (CN)
	Travesseiros (TR)
	Soma
	Material direto
	38.000,00
	42.000,00
	48.000,00
	128.000,00Mão de obra direta
	3.200,00
	3.600,00
	5.200,00
	12.000,00
	Custo direto=(MD +MOD)
	41.200,00
	45.600,00
	53.200,00
	140.000,00
	Custos indiretos
	27.000,00
	30.000,00
	43.000,00
	100.000
	%¨ de rateio (MOD%)
	27%
	30%
	43%
	100%
	Custo total = (CD +CI)
	68.200,00
	75.600,00
	96.200,00
	240.000,00
	Unidades produzidas
	1.000
	3.000
	16.000
	20.000
	Custo Unitário
	68,20
	25,20
	6.01
	 
	 
Descrição
	Colchões (CL)
	Colchonetes (CN)
	Travesseiros (TR)
	Soma
	Material direto
	38.000,00
	42.000,00
	48.000,00
	128.000,00
	Mão de obra direta
	3.200,00
	3.600,00
	5.200,00
	12.000,00
	Custo direto=(MD +MOD)
	41.200,00
	45.600,00
	53.200,00
	140.000,00
	Custos indiretos
	5.000
	15.000,00
	80.000,00
	100.000
	%¨ de rateio (Unidade %)
	5%
	15%
	80%
	100%
	Custo total = (CD +CI)
	46.200,00
	60.600,00
	133.200,00
	240.000,00
	Unidades produzidas
	1.000
	3.000
	16.000
	20.000
	Custo Unitário
	46,20
	20,20
	8,33
	 
	Assim, diferentes seriam os valores obtidos, em função do critério de rateio empregado. Em relação ao produto travesseiros, a diferença chegaria a 38%. Observe as diferenças obtidas no quadro a seguir.
	 
Custo Unitário
	Colchões (CL)
	Colchonetes (CN)
	Travesseiros (TR)
	MOD como rateio
	68,20
	25,20
	6,01
	Unidade como rateio
	46,20
	20,20
	8,33
	Diferença monetária
	(22,00)
	(5,00)
	(2,32)
	Diferença %
	(22,00 /68,20) x100% = (32%)
	(5,00 /25,20) x100% = (19,84%)
	(2,32 / 6,01) x100% = 38 %
Ao estudarmos os custos indiretos podemos perceber que, deve ser observado a cultura da organização, a missão e os valores para poder utilizar o melhor método de rateio. Por isso, não podemos afirmar que a metodologia de rateio de uma empresa poderá ser implantada integramente em outra. Deve-se ter o bom senso, ser criterioso, observar as prerrogativas dos princípios contábeis, para que os rateios aplicados apresentem aos usuários da contabilidade de custos seus valores reais. (Grifo nosso)
locação das despesas aos produtos.
Segundo as normas e princípios da contabilidade, apenas os gastos fabris, produtivos, ou envolvidos na realização dos serviços prestados  podem ser computados nos custos contábeis. 
Todavia, algumas empresas podem desejar analisar gerencialmente o custo integral ou pleno de seus produtos ou serviços. Por exemplo, no processo de formação de preços, determinada entidade gostaria de que os preços  fossem capazes de remunerar com folga (lucro) todos os recursos consumidos, sejam eles custos ou despesas. Nessas situações, além do rateio dos custos indiretos, faz-se necessário o rateio e alocação das despesas também.
Os procedimentos empregados no rateio das despesas aos diferentes produtos ou serviços são similares aos empregados no rateio dos custos. Geralmente define-se uma base volumétrica para alocação. Com base nos volumes  determinados , os custos são distribuídos. 
Por exemplo, a Fábrica de Lajes Cobrebem Ltda.produz e comercializa dois produtos : as lajes pré moldadas, residencial e industrial. A primeira destina-se ao uso residencial, sendo fabricada com o emprego de blocos cerâmicos e suportando cargas relativamente pequenas. A segunda é inteiramente feita de concreto especial, com grande resistência. Alguns dados financeiros da empresa estão presentes na tabela a seguir. 
	 
 
	Residencial
	Industrial
	Indiretos
	Soma
	Materiais Diretos
	38.000,00
	162.000,00
	 
	200.000,00
	Mão de obra direta
	22.000,00
	128.000,00
	 
	150.000,00
	Custos indiretos de fabricação
	 
	 
	100.000,00
	100.000,00
	Despesas com fretes
	 
	 
	50.000,00
	50.000,00
	Soma
	60.000,00
	190.000,00
	150.000,00
	500.000,00
	Conforme destacada na tabela anterior, sabe-se que os custos indiretos de fabricação alcançaram $100.000,00. As despesas com fretes dos produtos para seus respectivos clientes foram iguais a $ 50.000,00. A empresa adota os gastos com materiais diretos como critério de rateio de CIFs e emprega os pesos das cargas transportadas como critério de rateio de fretes. 
Sabe-se que no período analisado foram produzidos, comercializados e entregues 10.000m² da laje residencial e 30.000 m² da laje industrial. Os metros quadrados de ambos os produtos pesam 10kg e 16kg, respectivamente.
Pede-se para determinar qual o custo integral ou pleno de cada produto e qual seria o preço de venda unitário do metro quadrado se a empresa desejasse um lucro igual a $ 3,00 para cada um dos dois produtos. Despreze impostos e outros gastos não mencionados. 
Considerando o lucro unitário de $ 3,00 e aplicando os rateios dos custos indiretos e das despesas com base nos materiais diretos e nos pesos transportados de cada produto, respectivamente, seria possível construir uma tabela a seguir. 
	 
Descrição
	Residencial  (10.000 unidades)
	Industrial (30.000 unidades)
	Soma total 
	 
	Total 
	Unitário
	Total 
	Unitário 
	 
	Materiais Direto
	38.000,00
	3,80
	162.000,00
	5,40
	200.000,00
	Mão de obra direta
	22.000,00
	2,20
	128.000,00
	4,27
	150.000,00
	Custos Ind. fabricação 
	19.000,00
	1,90
	81.000,00
	2,70
	100.000,00
	1.Critério de Rateio MD%
	19%
	 
	81%
	 
	 
	Despesas com fretes
	8.620,69
	0,86
	41.379,31
	1,38
	50.000
	Critério de Rateio: peso transportado 
	17%
	 
	83%
	 
	 
	Unidade em m²
	10.000
	 
	30.000
	 
	 
	Peso unitário do m²
	10
	 
	16
	 
	 
	2.Peso transportado (10.000 x 10)
	100.000
	 
	480.000
	 
	580.000
	Custos Plenos
	87.620,88
	8,76
	412.380,12
	13,75
	500.000,00
	Lucro desejado
	30.000,00
	3,00
	90.000,00
	3,00
	120.000,00
	Preço de Venda 
	117.620,88
	11,76
	502.380,112
	16,75
	620.000,00
	1.  Critério do rateio MD% = (38.000/200.000) x100% = 19% (162.000/200.000) x100% = 81%
0. Critério peso transportado (50.000/580.000) = 0,086 x 100.000 =   8.620,69 / 50.000 = 17% 
0. Critério peso transportado (50.000/580.000) = 0,086 x 480.000 = 41.379,31 / 50.000 = 83%
1.                                                                                                                      50.000,00
 
 
 
 
 
Existem vários tipos de Custeio
- Custeio por absorção.
- Custeio Variável
- Custeio por departamento.
- Custeio ABC
- Custeio Padrão.
- Custeio RKW
 
Custeio por absorção
- Aceito pelo fisco.
- Custeio absorção vai trabalhar com custo direto
Custo indireto, custo variável e custo fixo.
-Mensuração do custeio por absorção é realizada na venda de produtos
Custeio por absorção é um método muito utilizado por empresas para melhor entender os custos da produção.
A grande diferença dessa estratégia para as outras é que ela leva em conta todos os custos: diretos, indiretos, fixos e variáveis.
Como oferece um panorama mais amplo do cenário de custos na sua empresa, é muito importante aprender sobre o que é o custeio por absorção, quais são suas vantagens e, principalmente, como realizar esse cálculo.
O que é o custeio por absorção (custeio integral)
O custeio por absorção é também chamado custeio integral. Isso porque ele considera como custo do produto todos os custos com a fabricação, sejam eles diretos ou indiretos, fixos ou variáveis.
Isso significa que o cálculo do custo de um produto vai considerar, além dos gastos diretos, como matéria-prima, todos os outros custos envolvidos para possibilitar a produção daquela mercadoria, como o aluguel do pavilhão onde se encontra a fábrica, por exemplo.
Todos os produtos absorvem parte destes custos, permitindo que se obtenha um custo total da produção desses produtos.
Esse método de custeio é derivado do sistema RKW (Reichskuratorium für Wirtschaftlichkeit), desenvolvido na Alemanha, no início do século XX, que significa “Conselho Administrativo do Império para a Eficiência Econômica”.
Por ser o único método de acordo com os princípios da contabilidade, é o único sistema aceito pela legislação brasileira para a apresentação de relatórios contábeis, como o DRE (Demonstrativo de Resultados do Exercício).
Para que serve custeio por absorção
O custeio por absorção cumpre requisitos legais, mas também permite uma gestão eficaz. O custeio por absorção serve para calcular o custo total de um produto, considerando todos oscustos diretos, como matéria-prima e tributações, até custos compartilhados, como o aluguel do pavilhão, manutenção de equipamentos, etc.
Ele também serve para entender como a produtividade da empresa afeta nos custos. Por exemplo:
Considerando que os custos fixos são distribuídos entre os produtos, fazendo parte do custo do produto, quanto maior for a capacidade produtiva da empresa, menor será o custo do produto.
Por isso, além de cumprir a legislação, no que se refere à apresentação dos relatórios obrigatórios, é uma forma do gestor tomar decisões a longo prazo, especialmente no que se refere à produtividade da sua empresa.
Outra aplicação importante é em relação às apurações de custos com produtos em estoque. Enquanto o custeio variável tem seu resultado baseado a partir das vendas, o custeio por absorção tem o resultado a partir da produção.
Assim, produtos em estoque têm atribuídos em seus custos os custos fixos, independente de quando estes aconteceram. Isto tem impacto no inventário de estoque, que precisará ser formatado e controlado, a nível contábil, de forma diferenciada.
Por que o custo por absorção não é rateio
Apesar de muitos materiais tratarem o custeio por absorção como rateio, ou seja, uma distribuição igual entre os produtos, não é.
Isso porque o custeio por absorção, ainda que considere todos os custos fixos como custo de produção, continua não considerando as despesas administrativas.
Portanto, a divisão dos custos fixos pode ser facilmente realizada utilizando algum critério para a correta distribuição entre os produtos, coisa que as despesas administrativas não permitem, pois é muito mais subjetivo.
Por exemplo, você pode dividir os custos fixos considerando o tempo de produção de cada produto. Assim, a proporção entre eles se dará de acordo com o tempo que a empresa investe na produção do item.
Não levar em consideração essas peculiaridades na hora de apurar os custos poderá impactar na interpretação de outros indicadores de forma errada, ou até prejudicar o planejamento gerencial da empresa, como é o caso da projeção de vendas.
Diferença entre custos e despesas
Uma das premissas básicas para entendimento do método de custeio por absorção é entender a diferença entre custo e despesa.
Apesar de ser um entendimento simples, são conceitos que geram dúvidas, pois nem sempre é, assim, tão claro.
Custos são todos os gastos que impactam diretamente na sua capacidade de produção, como matéria-prima, mão de obra de produção, energia elétrica, equipamentos de fábrica.
Você pode se perguntar: se eu cortar esse gasto, vou sentir algum impacto no volume de produtos produzidos? Se a resposta for sim, então é um custo.
Despesas são os outros gastos, que são importantes para o funcionamento da empresa, mas não tem um impacto direto na produção.
Como exemplos, podemos citar os salários da equipe administrativa, material de escritório, gastos com publicidade, comissão dos vendedores, etc.
É importante entender a diferença desses conceitos porque o custeio por absorção considera todos os custos como sendo custo do produto, enquanto o custeio variável lança alguns desses custos como despesas.
Falaremos sobre a diferença desses métodos de custeios mais à frente.
Agora, com isso claro, ficará mais fácil entender as principais características do custeio por absorção, e o motivo pelo qual o custeio variável não é aceito pela legislação.
 
Exemplo;
Empresa ABC - um único produto  
Quantidade – 8.000 produtos.
Custo Unitário de 100,00
Vende – 6.000 produtos, sendo 250,00 cada unidade.
Produzo – 8000 – vendo 6.000 existe uma sobra de estoque de 2.000
 
 
Custeio por absorção será:
Vendas = 6.000 x 250,00 =1.500.000,00
CPV = 6.000 x 100,00 = 600.000,00 = CPV é o custo do produto vendido.
No estoque final eu tenho 2.000 x 100,00 = 200.000,00
DRE – Demonstração Resultado do exercício.
Receita = 1.500.000,00
CPV      =     600.000,00
Lucro Bruto = 900.000,00
 
Produção de 10.000 onde eu gasto custos totais 100.000,00. Dessa produção consigo vender somente 20.000 unidades ao valor de 25,00
Custo Unitário = 100.000,00 / 10.000 =10,00
Vendas foram = 20.000 x 25,00 = 500.000,00
CPV                  = 20.000 x 10,00 = 200.000,00
Receita bruta   =  500.000 – 200.000 = 300.000
 No segundo trimestre de 2002, a Indústria Esse de Produtos Fabris concluiu a produção de 600 unidades do item X2, tendo logrado vender 400 dessas unidades, ao preço unitário de R$ 120,00. No mesmo período foram coletadas as informações abaixo: - Custo Variável unitário R$ 20,00. - Total de Custos Fixos R$ 18.000,00. - Despesas variáveis de vendas de R$ 2,00 por unidade. - Inexistência de Estoque Inicial de Produtos no período. Com base nas informações acima, feitas as devidas apurações, pode-se dizer que: Custo dos Produtos Vendidos; o Estoque Final de Produtos e o Lucro Líquido do período, calculados, respectivamente, por meio do Custeio por Absorção
 
Produção 600 do item x2 
Vendas da produção Item X 400 unidades ao preço de 120,00
 
Custo Variável unitário R$ 20,00
Total dos custos Fixos 18.000,00
Despesas Variáveis de vendas de 2,00 por unidade
Custo fixo ele aparece com o total, eu tenho que trazê-lo a custo unitário.
$ 18.000 / 600 = 30,00
Agora de posse do custo unitário variável (20,00) e posse do custo unitário fixo (30,00) posso começar a fazer o custeio por absorção.
Receita = 400 un. X 120,00         = 48.000,00
Custo Variável = 400 un. X 20,00 = 8.000,00
Custo Fixo = 400 un. X 30,00      = 12.000,00
Lucro Bruto = 48.000 – 8.000 – 12.000 = 28.000,00
Despesas Operacionais = 400 x 2,00 = 800,00
Lucro Operacional    = 28.000 – 800 = 27.200,00
 
No segundo trimestre de 2002, a Indústria Esse de Produtos Fabris concluiu a produção de 800 unidades do item X2, tendo logrado vender 400 dessas unidades, ao preço unitário de R$ 220,00. No mesmo período foram coletadas as informações abaixo: - Custo Variável unitário R$ 20,00. - Total de Custos Fixos R$ 22.000,00. - Despesas variáveis de vendas de R$ 10,00 por unidade. - Inexistência de Estoque Inicial de Produtos no período. Com base nas informações acima, feitas as devidas apurações, pode-se dizer que: Custo dos Produtos Vendidos; o Estoque Final de Produtos e o Lucro Líquido do período, calculados, respectivamente, por meio do Custeio por Absorção
 
Produção 800 
Vendas = 400 un. X 220,00 = 88.000,00
Custo unitário Variável = 20,00
Custo Fixo = 22.000 / 800 = 27,50 
Receita = 400 un x 220,00 = 88.000,00
Custo Variável = 400 un. X 20,00 = 8.000,00
Custo Fixo = 400 un. X 27,50 = 11.000,00
Lucro Bruto = (88.000 – 8.000 – 11.000) = 69.000
Despesas Variáveis = 400 un x 10,00 = 4.000
Lucro Operacional = (69.000 – 4.000) = 65.000
Estoque 
Produção 800
Vendas     400
Estoque final = (800 -400) = 400 unidades 
Estoque monetário = 400 unidades que sobrou x custo unitário de produção.
Estoque monetário = 400 unidades x (20,00 + 27,50) = 19.000
Estoque final = 400 unidades no valor total e 19.000

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