Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Projeções Cartográficas ➜ Projeções cartográficas são representações da superfície esférica da Terra em um plano, possibilitando a construção de um mapa. ➜ Um mapa corresponde à representação aproximada da superfície terrestre em um plano utilizando as coordenadas geográficas. Essa construção se dá por meio de um sistema plano de paralelos e meridianos (representados por linhas), ou seja, as projeções cartográficas. PROPRIEDADES DE PROJEÇÕES CARTOGRÁFICAS: ➜ Projeções Equidistantes: não apresentam deformidades lineares, ou seja, as distâncias estarão condizentes com a realidade apenas em uma direção. Nesse tipo de projeção, preserva-se as distâncias, mas deformam-se as áreas e os ângulos. ➜ Projeções Conformes: mantêm as formas terrestres, mas apresentam distorções nas áreas representadas. Nesse tipo de projeção, os ângulos são conservados e as áreas apresentam deformações. ⦁ É uma projeção que afeta a escala ao longo do mapa, e isso dificulta o seu uso para medir distâncias e áreas. Mas para a navegação por mar é uma alternativa mais viável já que mantêm os valores angulares das coordenadas geográficas. ➜ Projeções Equivalentes: mantêm o valor da área, mas distorcem os formatos dos continentes, países e os ângulos das coordenadas geográficas. ⦁ É melhor aplicado para contabilizar o tamanho de terrenos, lavouras, pastos e cidades. ➜ Projeção Afilática: não preservam a forma, ângulo, área ou distância, dessa forma não havendo a conservação das propriedades. TIPOS DE PROJEÇÕES As projeções são feitas do globo sobre superfícies que podem ser planas, cônicas ou cilíndricas: ➜ Projeções do tipo plana: Corresponde à projeção em que a superfície terrestre é projetada sobre um plano tocante. Podem ser chamadas de polares, azimutais ou tangenciais. ⦁ Nas projeções planas, a porção do mapa com menos distorção está no centro da projeção e aumenta em direção à borda. ⦁ O ponto tocante ao plano normalmente representa ou o polo norte ou o polo sul. ⦁ Nessa projeção, os paralelos e meridianos são projetados formando círculos concêntricos (possuem o mesmo centro). ⦁ Um dos mapas mais conhecidos de projeção plana é a do mapa que ilustra a bandeira da ONU. ⦁ Esse método pode ser usado para representar qualquer lugar do globo. ➜ Projeções do tipo Cilíndrica: É como se uma folha envolvesse o globo terrestre, de ponta a ponta, como um cilindro. ⦁ A parte do globo a ser projetada tem contato direto com esse cilindro. ⦁ Uma das projeções cilíndricas mais comuns é a projeção feita por Gerard Mercator, cilíndrica e conforme. Sua característica é priorizar a forma da proporção do território, o que resulta em maior deformação em áreas situadas em altas latitudes, e maior fidelidade territorial em áreas de baixas latitudes. ⦁ É ideal para navegações. Por isso, um dos mapas cilíndricos mais usados no século XVI foi o de Mercator, durante a Era das Navegações. ⦁ Outra projeção cilíndrica muito utilizada é a Projeção de Arno Peters, do século XX. ⦁ Peters desenvolveu um mapa para projetar o 3° mundo, no contexto da Guerra Fria. ⦁ Ele preserva a proporção entre as áreas, mas distorce as formas, com propriedades equivalentes, sendo adequada para representar a distribuição geográfica de fenômenos naturais e socioeconômicos. ⦁ Publicada no início da década de 1970, a projeção de Peters ganhou notoriedade geopolítica uma vez que se contrapunha ao uso da projeção de Mercator que aumentava as áreas nas altas latitudes e valorizava países do hemisfério norte com expressivo poder econômico e geopolítico. ⦁ A projeção cilíndrica de Peters é, por vezes, criticada, em decorrência do elevado grau de distorção dos contornos dos territórios. Por exemplo, países como a Rússia e o Canadá são representados alongados no sentido leste-oeste. ⦁ Arthur Robison, Cartógrafo e Geógrafo norte americano, criou a sua projeção na década de 1960. ⦁ Em sua classificação, ela é cilíndrica, sendo uma das projeções mais famosas no mundo. ⦁ Robison, encontrou um meio termo, onde essa projeção não preserva nem a forma nem as áreas corretas do continente, mas ela consegue minimizar essas distorções. ⦁ Sendo assim, ela é ideal para mapas que procuram realizar a representação da Terra como um todo, fazendo com que essa projeção seja utilizada como o mapa-múndi da Terra e em mapas e atlas em geral. ➜ Projeção do tipo Cônica: corresponde à projeção em que a superfície terrestre é projetada sobre um cone tocante. Assim, para planificar a área esférica, a base utilizada é um cone. ⦁ Nessa projeção, os meridianos convergem para os polos e os paralelos formam arcos concêntricos. ⦁ Esse método permite mapear um hemisfério por vez, havendo distorções maiores na linha do Equador e nos polos (maior afastamento do paralelo que se encontra em contato com o cone), porém é ideal para representar as regiões de latitude média. ⦁ Um exemplo de projeção cônica, é a projeção de Johann Heinrich Lambert, desenvolvida no século XVIII. Trata-se de uma projeção cônica conforme. CONVENÇÕES CARTOGRÁFICAS As convenções Cartográficas formam um conjunto de informações que devem estar contidas nos mapas para facilitar a interpretação. São elas: título, orientação e legenda. ➜ Título: deverá ser objetivo e curto, contendo apenas o local, tema e período. O período deverá ser conforme a coleta do dado, pois há informações que mudam periodicamente, como as meteorológicas. ➜ Orientação: os mapas devem apresentar indicativo de orientação, geralmente apresentam o NORTE voltado para cima por questões de convenção. ➜ Legenda: os mapas vêm acompanhados de legendas, onde é possível ver o significado das cores, das espessuras e texturas utilizados. E assim entender o que o mapa está falando. ➜ A legenda pode fornecer informações quantitativas ou qualitativas. ⦁ Legenda Qualitativa: consiste em uma legenda rica em diferentes símbolos, que não tem a intenção de estabelecer análises comparativas, usadas para apontar a localização de diferentes objetos e fenômenos. ⦁ Legenda Quantitativa: estabelecida para demonstrar a quantidade e a frequência de determinado fenômeno ou objeto, muitas vezes desenvolvida para fins de comparação.
Compartilhar