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ETICA - OAB

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SIGILO PROFISSIONAL
O sigilo profissional é um direito-dever do advogado, independente de solicitação do cliente.
Art. 35. O advogado tem o dever de guardar sigilo dos fatos de que tome conhecimento no exercício da profissão.
Parágrafo único. O sigilo profissional abrange os fatos de que o advogado tenha tido conhecimento em virtude de funções desempenhadas na Ordem do Advogados do Brasil.
Art. 36. O sigilo profissional é de ordem pública, independendo de solicitação de reserva que lhe seja feita pelo cliente.
§ 1o Presumem-se confidenciais as comunicações de qualquer natureza entre advogado e cliente.
§ 2o O advogado, quando no exercício das funções de mediador, conciliador e árbitro, se submete às regras de sigilo profissional.
Art. 37. O sigilo profissional cederá em face de circunstâncias excepcionais que configurem justa causa, como nos casos de grave ameaça ao direito à vida e à honra ou que envolvam defesa própria.
O sigilo profissional cederá:
a) Quando houver grave ameaça ao direito à vida e à honra;
b) Quando envolva defesa própria
Art. 7o São direitos do advogado:
(...)
XIX - recusar-se a depor como testemunha em processo no qual funcionou ou deva funcionar, ou sobre fato relacionado com pessoa de quem seja ou foi advogado, mesmo quando autorizado ou solicitado pelo constituinte, bem como sobre fato que constitua sigilo profissional;
Art. 38. O advogado não é obrigado a depor, em processo ou procedimento judicial, administrativo ou arbitral, sobre fatos a cujo respeito deva guardar sigilo profissional.
Art. 34. Constitui infração disciplinar:
(...) VII – Violar, sem justa causa, o sigilo profissional
Art. 20. Sobrevindo conflitos de interesse entre seus constituintes e não conseguindo o advogado harmonizá-los, caber-lhe-á optar, com prudência e discrição, por um dos mandatos, renunciando aos demais, resguardado sempre o sigilo profissional.
Art. 21. O advogado, ao postular em nome de terceiros, contra ex-cliente ou ex-empregador, judicial e extrajudicialmente, deve resguardar o sigilo profissional.
ATIVIDADE DA ADVOCACIA – AULA 2
O advogado é indispensável à administração da justiça, sendo inviolável por seus atos e manifestações no exercício da profissão, nos limites da lei.
I – Postulação: atividades privativas de advogado, ou seja, só quem está regularmente inscrito como advogado na OAB pode realizar:
- Postulação a órgão do Poder Judiciário e dos Juizados Especiais
- Postulação na Justiça do Trabalho
- Postulação nos Juizados Especiais Estaduais e Federais
- Postulação nas ações de alimentos
II – Consultoria: assessoria, direção jurídica em qualquer empresa pública ou privada. Atende a questionamentos e consultas, indicando o caminho jurídico mais adequado ao caso. O advogado consultor avalia o que é permitido ou proibido e indica algumas soluções à dúvida do cliente.
III - Estagiário de direito: aluno matriculado em um dos dois últimos anos do Curso de Ciências Jurídicas/Direito de instituição de ensino superior autorizada e credenciada, regularmente inscrito nos quadros da OAB como estagiário, pode praticar os atos previstos no art. 1º do EAOAB, em conjunto com o advogado e sob sua orientação, supervisão e responsabilidade.
Isoladamente, o estagiário inscrito na OAB poderá praticar os atos autorizados pelo art. 29 do RGEAOAB, sempre sob a responsabilidade do advogado, que são:
a) retirar e devolver autos em cartório, assinando a respectiva carga;
b) obter junto aos escrivães e chefes de secretaria certidões de peças ou autos de processos em curso ou findos;
c) assinar petições de juntada de documentos a processos judiciais ou administrativos;
d) exercício de atividades extrajudiciais, desde que tenha sido autorizado ou substabelecido pelo advogado.
É vedado ao estagiário figurar em publicidade de escritório de advocacia.
IV - Nulidades dos atos praticados: praticados por pessoas não inscritas na OAB, ou quando inscritas, que estejam impedidas, suspensas, licenciadas ou exerçam atividade incompatível com a advocacia.
a) pode ser declarada de ofício;
b) pode ser provocada por qualquer interessado ou pelo Ministério Público;
c) é imprescritível;
d) não se ratifica pela parte interessada;
e) não convalesce com o tempo;
f) apaga, ao ser declarada, os efeitos "ab initio", ou seja, retroage "ex tunc";
g) não pode ser suprida ou sanada.
O autor da nulidade responde pelos danos nas searas penal e civil, e perante o Código de Ética.
ÉTICA - AULA 3 - MANDATO JUDICIAL
I – Conceito: contrato pelo qual alguém recebe de outrem, poderes para, em seu nome, praticar atos ou administrar interesses.
PODE SER PÚBLICO OU PARTICULAR, SE FOR PARTICULAR DISPENSA O RECONHECIMENTO DE FIRMA NO INSTRUMENTO DE MANDATO. 
O mandato judicial é o ato pelo qual o outorgante (cliente) nomeia e constitui o outorgado (advogado) para representá-lo judicial ou extrajudicialmente.
PODE ATUAR SEM PROCURAÇÃO EM CASO DE URGENCIA, JUNTAR MANDATO EM 15D, PORRORGAR POR IGUAL PERIODO.
DEVERÁ ADVERTIR O CLIENTE DOS PERIGOS DO MANDATO E NÃO PODE GARANTIR FIM, POIS EXERCE PROFISSÃO DE MEIO.
O mandato inicia com a constituição do advogado pelo cliente (assinatura).
Cessa o mandato com o arquivamento judicial.
II - Instrumento de mandato: trata-se da procuração. Deve constar:
- nome e qualificação do(s) outorgante(s);
- nome e qualificação do(s) outorgado(s);
- poderes outorgados;
- data e assinatura do(s) outorgante(s).
III – Outorgante: qualquer pessoa poderá ser outorgante de poderes no mandato judicial, desde que respeitadas as condições impostas pelos arts. 7.º a 13 do CPC.
IV - Outorgado: somente aqueles que exerçam a atividade de advogado ou estagiário, regularmente inscritos na OAB.
V – Prazos: a regra é que o advogado postule em juízo sempre fazendo prova do mandato judicial. O EAOAB prevê exceção, em caso de urgência, concedendo o prazo de 15 (quinze) dias para que o advogado apresente nos autos o instrumento de mandato, a iniciar-se do primeiro dia útil seguinte ao do ato da representação.
VI – Formas de extinção do mandato:
a) Revogação: ocorre quando o cliente pretende revogar os poderes outorgados ao advogado. Trata-se de ato unilateral do cliente. Deve substituir o patrono no prazo de 15d.
b) Renúncia: ocorre quando o advogado não tem mais interesse em permanecer na causa. Poderá ocorrer qualquer tempo. ATO PRIVATIVO DO ADVOGADO. Tem que permanecer por mais 10d ou até que seja substituído. 
c) Conclusão da causa ou arquivamento do processo: trata-se de hipóteses em que o cumprimento e a cessação do mandato estão presumidos (art. 13 do CED).
d) Substabelecimento sem reserva de poderes: ocorre quando o advogado transfere os poderes recebidos pelo cliente a outro advogado, por orientação e solicitação do cliente (art. 26 do CED).
Substabelecimento é o instrumento pelo qual se realiza a transferência dos poderes outorgados pelo cliente a outro advogado ou estagiário.
VII - Conflito de interesses entre os clientes: por imperativo ético o advogado deverá optar por um dos mandatos, com prudência e discernimento, renunciando aos demais, garantindo aos renunciados o sigilo profissional ad infinitum (art. 20 do CED).
VIII – Patrocínio simultâneo: é defeso ao advogado funcionar no mesmo processo, simultaneamente, como patrono e preposto do empregador ou cliente. É a tipificação de crime contra a administração da justiça. Nele incorre advogado ou procurador que prejudica interesse a quem deveria resguardar, ou que lhe seja confiado. É incluída nesta descrição ou tipificação criminal, a conduta delituosa de advogado que trabalha em prol das duas partes que litiga. Pena: pode acarretar pena de seis meses a três anos.
De acordo com o artigo 25 do CED, é proibido ao advogado funcionar no mesmo processo, simultaneamente, como patrono e preposto do empregador ou cliente.
AULA 4 – CONTINUAÇÃO DE MANDATO JUDICIAL
Substabelecimento – transfere os poderes para outro advogado atuar na causa
Com reserva – chama para advogar junto, sendo que o advogado substabelecido não pode levantar qualquer valor da causa sem a participaçãoou autorização do advogado substabelecente.
Sem reserva – o advogado substabelecente não atua mais na causa e transfere todos os poderes para outro causídico. É necessário o prévio e inequívoco conhecimento do cliente.
O advogado não pode deixar de prestar contas. 
É proibido (defeso) ao advogado atuar como preposto.
Postulação contra ex-cliente ou ex-empregador: pode, judicial ou extrajudicialmente, devendo resguardar o segredo profissional e as informações reservadas e confiadas, somente após 2 anos após o desligamento da empresa ou da rescisão do último contrato com o cliente.
Não pode patrocinar interesses opostos. 
Em conflito de interesses entre as partes, deve tentar compor acordo. Em negativa, deve escolher uma das partes com prudência e discrição. 
AULA 5 e 6 - ÉTICA PROFISSIONAL - INSCRIÇÃO NA OAB
A inscrição nos quadros da OAB é possível a quem declare idoneidade e tenha passado no Exame da OAB nacional, estando inscrito no Conselho Federal, que regulamenta a profissão. 
Art. 8º EAOAB
- Requisitos:
1) Capacidade civil;
2) Diploma ou certidão de conclusão de curso; *** se juntar a certidão, é necessário juntar também cópia autenticada do histórico escolar***
3) Se brasileiro, título de eleitor e quitação do serviço militar;
4) Aprovação no Exame da OAB; certidão de aprovação do exame de ordem e estiver de acordo com o edital; o prazo de validade é perpétua; emitida a certidão não é necessário pagar anuidade; não garante número da oab a certidão;
5) Não exercer atividade incompatível;
- se exercer atividade incompatível, não pode se inscrever na oab como estagiário. 
- incompatibilidade é a proibição total para o exercício da advocacia, art. 28. Ex. chefe do executivo; gerente/diretor de banco; policial; 
6) Idoneidade moral; (não ser condenado pela prática de crime infamante). Exceções: condenado e se reabilitou/não precisa da condenação no caso de violência.
- declaração de idoneidade moral
- Conselho Fed. OAB – violência contra mulher, idoso, ECA, def; lgbti+
7) Compromisso perante o Conselho Seccional.
- compromisso solene, formal (juramento), personalíssimo. 
- Inscrição principal: realizada no Conselho Seccional onde o advogado almeja manter a sede (domicílio) principal de suas atividades. Na duvida, considera o domicílio da pessoa física. 
- Inscrição suplementar: deve ser requerida, caso o advogado atue, de forma habitual, em Conselho Seccional diferente daquele no qual possui a inscrição principal. Como habitualidade, entende-se mais de cinco causas por ano. 
O advogado pode exercer sua profissão em todo o território nacional.
- Transferência da inscrição principal: pode, quando muda o domicilio profissional.
- Licenciamento da inscrição: interrupção de caráter temporário da inscrição.
	1) Requisição do advogado, pedido justificado, não precisa pagar anuidade. 
	2) Exercício temporário de atividade incompatível
	3) Doença mental curável
- Cancelamento da inscrição: interrupção de caráter permanente da inscrição.
	1) Requerimento do advogado; personalíssimo.
	2) Exclusão do advogado; pena. 
	3) Falecimento do advogado; 
	4) Exercício definitivo de atividade incompatível. (antes da inscrição não se 	inscreve; depois da inscrição solicita o cancelamento).
	5) Perda de qualquer dos requisitos para a inscrição
VI - Domicílio profissional: sede principal da atividade da advocacia. Havendo dúvida, será considerado como domicílio profissional o domicílio da pessoa física do advogado. No caso de mudança de domicílio para outra unidade federativa, o advogado deve requerer sua transferência para o Conselho Seccional pertinente.
Honorários de sucumbência não integram o salário ou a remuneração.?
Carteira e cartão é documento de identidade nacional.
RESOLUÇÃO 3/2020 – carteira digital da oab
RESOLUÇÃO 25/2020 - cartão braile
Estrangeiro só poderar prestar consultoria jurídica com relação ao seu pais de origem. Oab vem com “S”.
Português ou Brasileiro poderão se inscrever na OAB sem prestar o EOAB.
AULA 7 - SOCIEDADE DE ADVOGADOS
O REGISTRO OCORRE NO CONSELHO SECCIONAL, TEM QUE SER ADVOGADO E ESTAR REGULARMENTE INSCRITO. 
1) CONCEITO
- Sociedade civil de prestação de serviços. A sociedade de advogados não é sociedade mercantil.
2) TIPOS
a) Sociedade Pluripessoal: constituída por dois ou mais sócios advogados.
b) Sociedade Unipessoal: constituída por um único sócio advogado. Pode ser originária ou derivada.
Procuração em nome de todos os sócios. 
Só pode integrar uma sociedade por conselho seccional
Seja matriz ou filial no mesmo conselho seccional, só pode integrar uma sociedade. 
3) AQUISIÇÃO DA PERSONALIDADE JURÍDICA
- Registro dos seus estatutos ou atos constitutivos no Conselho Seccional da OAB onde a sociedade tenha sede.
ATENÇÃO: A Sociedade de Advogados nunca será registrada na Junta Comercial ou Cartório Civil.
4) REGISTRO DA FILIAL
- Para abertura de filial de Sociedade de Advogados, deve haver a averbação do contrato social da matriz e arquivamento de cópia do contrato averbado no Conselho Seccional onde se pretende abrir a filial.
OBS: Onde estiver inscrita a sociedade, todos os sócios devem ter inscrição.
Não pode patrocinar causa de clientes com interesses opostos.
5) NOME OU RAZÃO SOCIAL
a) Sociedade Pluripessoal: nome de um dos sócios ou parte do nome dos sócios acompanhado da expressão “Sociedade de Advogados”.
b) Sociedade Unipessoal: nome completo ou parte do nome do sócio acompanhado da expressão “Sociedade Individual de Advocacia”.
ATENÇÃO 1: O mesmo advogado não pode integrar mais de uma sociedade de advogados no mesmo Conselho Seccional, mas poderá integrar mais de uma sociedade se elas estiverem em Conselhos Seccionais distintos. Referida regra é válida tanto para a matriz quanto para a filial da sociedade.
ATENÇÃO 2: O mesmo advogado não pode integrar uma sociedade unipessoal e uma sociedade de advogados no mesmo Conselho Seccional, mas poderá integrar uma sociedade unipessoal e uma sociedade de advogados se elas estiverem em Conselhos Seccionais distintos. Referida regra é válida tanto para a matriz quanto para a filial da sociedade.
6) RESPONSABILIDADE DA SOCIEDADE E DOS SÓCIOS
a) Responsabilidade Criminal: apenas responde aquele que praticou o crime.
b) Responsabilidade Disciplinar: apenas responde aquele que praticou o ato.
c) Responsabilidade Civil: a sociedade de advogados será responsabilizada.
OBS: A responsabilidade dos sócios para com a sociedade de advogados é subsidiária e ilimitada. Entre os sócios, a responsabilidade é solidária, salvo se o contrato previr de forma distinta.
Os sócios respondem subsidiariamente e ilimitadamente pelos danos causados ao cliente. 
AULA 8 - ADVOGADO EMPREGADO 02/02
- Artigos 18 a 21 do Estatuto da OAB.
- Artigos 11 a 14 do Regulamento Geral.
1) CONCEITO
- Advogado empregado é aquele que preenche os requisitos do vínculo empregatício. O advogado empregado tem subordinação jurídica, mas não possui subordinação técnica, pois ele possui independência funcional, liberdade de atuação e isenção técnica.
Subordinação, pessoalidade e continuidade mediante remuneração. 
- o advogado tem isenção técnica. 
2) SALÁRIO MÍNIMO
- Será definido em sentença normativa, salvo se houver acordo ou convenção coletiva.
3) ATUAÇÃO COM RELAÇÃO AOS INTERESSES DO EMPREGADOR
- O advogado empregado não será obrigado atuar nas ações pessoais do empregador, salvo se isso constar no contrato de trabalho.
4) JORNADA DE TRABALHO
- Jornada de trabalho de 4 horas diárias e 20 horas semanais, salvo se houver acordo ou convenção coletiva ou contrato de exclusividade. No último caso, a jornada estará limitada a 8 horas diárias e 40 semanais.
- tal jornada somente se aplica quando não houver acordo ou convenção coletiva, ou contrato de exclusividade.
- Se houver trabalho extraordinário, o adicional de hora extra do advogado será de 100%.
5) JORNADA NOTURNA
- Das 20 horas de um dia até às 5 horas do dia seguinte.
- O adicional noturno do advogado empregado será de 25%.
6) HONORÁRIOS DESUCUMBÊNCIA
- São destinados ao advogado empregado, ou seja, não ficam para a empresa. Os honorários podem constituir um fundo comum para divisão entre os advogados empregados.
ATENÇÃO: De acordo com o Regulamento Geral, os honorários de sucumbência do advogado empregado não integram o salário para fins trabalhistas ou previdenciários.
ÉTICA PROFISSIONAL - INFRAÇÃO E SANÇÃO 04/02
Art. 34 – infrações
Art. 35 a 43 – sanções
Nenhuma infração disciplinar é punível só com multa.
É CRIME? Se for crime, pena de exclusão.
$ACI? $DINHEIRO/ RETENÇÃO ABUSIVA DOS AUTOS/ CONDUTA INCOMPATÍVEL/ INÉPCIA PROFISSIONAL é suspensão.
ATO? É censura.
Conduta incompatível é o que não se espera de um advogado. Parag. Único diz que incluem-se conduta incompatível:
a) pratica reiterada de jogo de azar
b) incontinência publica e escandalosa
c) embriaguez/toxicomania
RE 647.885 DIZ QUE NÃO É MAIS INFRAÇÃO DISCIPLINAR O ADVOGADO PARAR DE PAGAR AS CONTRIBUICOES, MULTAS E PREÇOS DE SERVICOS DEVIDO A OAB.
CENSURA
Representa um registro no prontuário do advogado; não é pública, mas sim sigilosa; cabe nos incisos I a XVI e XXIX + contra qualquer infração do Cod. Ética + contra EA que não tenha pena maior prevista. 
 Se o advogado tiver circunstância atenuantes, converte-se em advertência por oficio reservado. 
SUSPENSÃO
Acarreta na proibição do serviço da advocacia em todo território nacional. É pública, sai no diário eletrônico da oab, e durante o período de suspensão não pode advogar mas continua pagando anuidade. XVII a XXV + reincidência em infração disciplinar
Prazos da suspensão:
Em regra - 30 dias a 12 meses 
EXCEÇÃO – falta de prestação de contas – 30 dias até a efetiva prestação de contas.
EXCEÇÃO – inépcia profissional (erros reiterados) – 30 dias até aprovação em novas provas de habilitação 
EXCLUSÃO
Gera o cancelamento da inscrição. É uma pena publica, DEOAB. XXVI a XXVIII + aplicação da terceira suspensão mas somente com manifestação favorável do conselho da seccional com quórum de 2/3
MULTA
É uma sanção acessaria agravante da censura ou suspensão. 
De 1 a 10 anuidades
Deve ser recolhida ao CS da inscrição principal.
PRESCRIÇÃO
PPP – PRESCRIÇÃO DA PRETENSAO PUNITIVA, 5 ANOS A CONTAR DA CIENCIA OFICIAL DA OAB DOS FATOS
PI – PRESCRIÇÃO INTERCORRENTE – PENDENTE DE DESPACHO OU JULGAMENTO POR MAIS DE 3 ANOS.
INCOMPATIBILIDADE E IMPEDIMENTO
I – Incompatibilidade
Conceito: é a proibição total do exercício da advocacia.
II – Causas de incompatibilidade: (art. 28 do EAOAB):
a) chefe do Poder Executivo e seus substitutos legais;
b) membros da mesa do Poder Legislativo e seus substitutos legais (presidente do senado federal por ex);
c) membros de órgãos do Poder Judiciário (exceto o juiz eleitoral), do Ministério
Público, dos tribunais e conselhos de contas, dos juizados especiais, da justiça de paz, bem como de todos que exerçam função de julgamento em órgão de deliberação coletiva da Administração Pública direta ou indireta; 
- exceção, juiz eleitoral. Não será incompatível.
d) ocupantes de cargos ou funções de direção em órgãos da Administração Pública direta ou indireta, em suas fundações e em suas empresas controladas ou concessionárias de serviço público;
e) ocupantes de cargos ou funções vinculados direta ou indiretamente a qualquer órgão do Poder Judiciário e os que exercem serviços notariais e de registro;
f) ocupantes de cargos ou funções vinculados direta ou indiretamente a atividade policial de qualquer natureza;
g) militares de qualquer natureza, na ativa; MARINHA/EXERCITO 
h) ocupantes de cargos ou funções que tenham competência de lançamento,
arrecadação ou fiscalização de tributos e contribuições parafiscais; LAFE (LANÇAR/ARRECADAR/FISCALIZAR)
i) ocupantes de funções de direção e gerência em instituições financeiras, inclusive privadas.
O exercício de atividade incompatível impossibilita a inscrição na Ordem dos Advogados do Brasil, seja como advogado ou estagiário.
III – Impedimento 
Conceito: é a proibição parcial do exercício da advocacia (art. 30 do EAOAB).
IV – Causas de impedimento:
I - os servidores da administração direta, indireta e fundacional, contra a Fazenda Pública que os remunere ou à qual seja vinculada a entidade empregadora;
II - os membros do Poder Legislativo, em seus diferentes níveis, contra ou a favor das pessoas jurídicas de direito público, empresas públicas, sociedades de economia mista, fundações públicas, entidades paraestatais ou empresas concessionárias ou permissionárias de serviço público.
Docentes de curso jurídico estão desimpedidos.
HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS (NATUREZA JURÍDICA E CLASSIFICAÇÃO) – AULA 09/02
I – Conceito: é a remuneração pecuniária devida pelo cliente ao advogado, em contraprestação aos serviços judiciais ou extrajudiciais por este prestados.
II - Natureza Jurídica: a natureza dos honorários advocatícios é alimentar, com os mesmos privilégios dos créditos oriundos da legislação do trabalho, nos termos do artigo 85, §14, do CPC.
III – Espécies:
a) honorários convencionados: são aqueles preestabelecidos entre o advogado e o cliente, por meio de um contrato (escrito ou verbal). O contrato de honorário escrito representa título executivo extrajudicial, e, assim, poderá ser cobrado em ação de execução contra o devedor, que poderá ser autônoma ou nos próprios autos do processo no qual o advogado trabalhou.
Os honorários advocatícios representam crédito com privilégio geral nos processos de falência, recuperação judicial, insolvência civil do devedor e liquidação extrajudicial, nos moldes do que classificou a Lei 11.101/2005.
b) honorários arbitrados judicialmente: são os honorários fixados por sentença judicial, por conta de não ter havido convenção entre as partes, ou, ainda, de ter havido convenção verbal e a mesma ter restado controversa. Quando não houver contrato escrito ou, ainda, quando o contrato verbal restar controverso, o advogado deverá valer-se do arbitramento judicial de honorários.
c) honorários de sucumbência: são os honorários fixados na sentença, decorrentes do êxito do trabalho do advogado na demanda judicial. É condenada ao pagamento dos honorários de sucumbência a parte que perdeu o processo e, ainda, a parte executada, nas ações de execução. Serão fixados nos termos da regra definida pelo art. 85 do Código de Processo Civil, entre um percentual mínimo de 10% e máximo de 20% sobre o valor da condenação.
d) honorários assistenciais: são aqueles pagos a um advogado contratado por entidade sindical para prestar assistência jurídica ao trabalhador sem condições financeiras de arcar com os custos de um advogado - Lei nº 13.725/2018.
IV - Cobrança de honorários advocatícios: por meio de ação de execução quando há contrato escrito, que poderá ser promovida autonomamente, ou nos próprios autos da ação em que tenha atuado o advogado. Quando não houver contrato, o advogado deverá promover medida para arbitrar judicialmente os honorários devidos pela prestação de serviços, e somente após o trânsito em julgado da sentença que fixar os honorários poderá exigir o cumprimento da sentença.
V – Cláusula "quota litis": advogado admitir o recebimento de honorários fixados com base em parte da vantagem obtida pelo cliente com a demanda judicial, estará realizando o pacto cotista, ou seja, a "quota litis".
A regra ética é que os honorários sejam pagos em razão dos serviços prestados pelo advogado ao cliente, e não que o advogado se associe ao cliente nas causas.
Requisitos:
a) que o pagamento dos honorários seja feito sempre em pecúnia, entretanto, se não for pago em pecúnia, em razão de falta de condições financeiras do cliente, o que se admite em caráter de exceção, que conste no contrato escrito tal cláusula, informando a dificuldade financeira do cliente;
b) que fique expressa no contrato a "quota litis", com o percentual previamente combinado entre as partes;
c) que mesmo quando acrescido dos honorários de sucumbência, a vantagem do advogado não seja maior do que a vantagem do cliente;
d) que o advogado assuma o custeio integral dademanda, em razão do pacto que entabulou com o cliente.
Prescreve em 5 anos a ação de cobrança de honorários de advogado.
COBRAR ACIMA DA TABELA – LOCUPLETAÇÃO INDEVIDA - SUSPENSÃO
COBRAR ABAIXO DA TABELA – AVITAMENTO DE HONORARIOS – CENSURA
HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS (REGRAS GERAIS)
I – Regras gerais
- A contratação dos serviços do advogado deve ser feita, preferencialmente, por escrito.
- O contrato não requer forma especial.
- É proibida a diminuição dos honorários contratados em decorrência da solução do litígio por qualquer mecanismo adequado de solução extrajudicial.
- Os honorários profissionais devem ser fixados com moderação, atendidos os requisitos:
a) a relevância, o vulto, a complexidade e a dificuldade das questões versadas;
b) o trabalho e o tempo a ser empregados;
c) a possibilidade de ficar o advogado impedido de intervir em outros casos, ou de se desavir com outros clientes ou terceiros;
d) o valor da causa, a condição econômica do cliente e o proveito para este resultante do serviço profissional;
e) o caráter da intervenção, conforme se trate de serviço a cliente eventual, frequente ou constante;
f) o lugar da prestação dos serviços, conforme se trate do domicílio do advogado ou de outro;
g) a competência do profissional;
h) a praxe do foro sobre trabalhos análogos.
II – Prescrição
- A prescrição para cobrança de honorários advocatícios é de 5 anos (art. 25 do Estatuto), contados a partir:
1) se houver contrato, do vencimento deste;
2) da transação ou da desistência;
3) do trânsito em julgado da decisão que fixar os honorários;
4) da conclusão de serviço extrajudicial;
5) da renúncia ou da revogação de mandato.
- Com relação à ação mencionada no art. 25-A do Estatuto, que diz respeito à prestação de contas do advogado ao cliente, o prazo prescricional é o mesmo (5 anos).
- O Código Civil também prevê, em seu art. 206, § 5º, II, que prescreve em cinco anos: “a pretensão dos profissionais liberais em geral, procuradores judiciais, curadores e professores pelos seus honorários, contado o prazo da conclusão dos serviços, da cessação dos respectivos contratos ou mandato”.

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