Aquecimento Global-Tauani Loronha Pirea

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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO 
SECRETARIA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA 
INSTITUTO FEDERAL FARROUPILHA DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E 
TECNOLOGIA FARROUPILHA- CAMPUS FREDERICO WESTPHALEN. 
 
CURSO TÉCNICO EM AGROPECUÁRIA 
INTEGRADO AO ENSINO MÉDIO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
AQUECIMENTO GLOBAL 
 
 
 
 
 
 
Nome: Tauani Loronha Pires 
Turma: 23 
Professor: Jairo Manfio 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FREDERICO WESTPHALEN 
2020 
 
1. INTRODUÇÃO 
O aquecimento global é um dos temas mais abordados atualmente em diversas 
áreas do conhecimento. Esse é um tema de discussão que envolve não somente os 
cientistas, mas políticos, governantes e público em geral. Não podemos negar que, 
após o ano de 1850, o planeta começou a aquecer lentamente. Portanto, não restam 
dúvidas de que houve sim um aquecimento global. A principal questão abordada por 
diversos autores é se o aquecimento observado é natural ou antropogênico? 
Diversos autores apontam que a causa do aquecimento global e de mudanças 
climáticas é a ação do homem em detrimento do desenvolvimento populacional. Entre 
tanto, outros autores discordam e afirmam que as causas desses problemas são os 
fenômenos da natureza, os quais acontecem desde os primórdios da Terra. Como 
podemos observar, há diversos aspectos ainda controversos relacionados ao debate 
sobre aquecimento global. Nesse trabalho não iremos entrar afundo nessa discussão, 
tendo apenas como objetivo focar em estudos e fatos comprovados 
Para discutirmos essa temática, podemos dar ênfase em algumas questões como 
sugere o filósofo da ciência Philip Kitcher (2010), ele nos diz que ao falar desse tema, 
deve-se distinguir entre três questões: questão da causa do aquecimento global e a 
influência do homem no clima; a questão da previsão do clima a longo prazo e a questão 
relacionada ao que devemos fazer a respeito, ou seja, ações de mitigação. Nesse 
trabalho, além de discutirmos as questões apresentadas acima, traremos evidencias 
do aquecimento global, expondo seu impacto em diversas áreas, e dados sobre o efeito 
estufa. 
 
 
 
 
 
 
 
2. DESENVOLVIMENTO 
O Aquecimento global se trata de um processo de elevação média das temperaturas 
da Terra ao longo do tempo, caracterizando-se como um fenômeno climático de larga 
extensão. Podendo estar relacionado com fatores internos, que são os sistemas 
climáticos já existente, ou seja, atividade solar, vulcanismo, composição atmosférica, 
ou a fatores externos, que são particularmente antropogênicos, derivando das 
atividades realizadas pelo homem. (Silva e Paula, 2009) 
Experimentos feitos comprovam que, as concentrações atmosféricas de vários 
gases, como dióxido de carbono, metano, óxido nítrico e halocarbonetos, que 
permaneceram estáveis durante quase 10 mil anos, começaram a aumentar por causa 
das atividades humanas. 
Por outro lado, há cientistas que refutam a hipótese do aquecimento global 
antropogênico. Entre os motivos, está a comprovação de que a Terra passa 
naturalmente por ciclos de aquecimento e resfriamento. Alguns alegam que tentar 
controlar isso seria como querer frear o desenvolvimento de países em ascensão. 
Para termos certeza de que a humanidade contribuiu para esse aumento, podemos 
usar como base o relatório do Painel Internacional de Mudanças Climáticas (IPCC) de 
2001, que concluiu que é provável que a maior parte do aquecimento global desde a 
metade do século XX é atribuída à atividade humana. Além das análises de isótopos, 
que podem identificar as fontes emissoras, demonstram que a maior parte do aumento 
do dióxido de carbono provém da queima de combustíveis fósseis (carvão, petróleo e 
gás natural). A queima desses combustíveis também colabora para o aumento dos 
níveis de metano e de óxido nítrico. 
Segundo a matéria publicada pelo BBC News, no ano de 2018 foram registradas 
altas temperaturas em diversos lugares do mundo. Se essa tendência continuar, as 
temperaturas poderão subir de 3 a 5 graus até 2100. 
Mesmo levando em consideração as promessas para reduzir as emissões de gases 
que provocam efeito estufa pelos países que assinaram o Acordo de Paris, o mundo 
ainda esquentaria em mais de 3°C até o fim deste século. (Figura 1) 
Figura 1 – Média de aquecimento global (°C) projetada para 2100. 
Fonte: BBC News Brasil, 2018. 
O IPCC afirma que o aquecimento global seria muito grave e irreversível, provocando 
a elevação dos oceanos, perdas agrícolas, entre outras inúmeras catástrofes geradas 
pelas alterações no clima e na disposição dos elementos e recursos naturais. 
2.1 Efeito estufa 
O efeito estufa é um fenômeno natural, que ocorre quando uma parte da radiação 
infravermelha (calor) é emitida pela superfície terrestre e absorvida por determinados 
gases presentes na atmosfera, os chamados gases do efeito estufa. Por conta desses 
gases, parte do calor é irradiado de volta para a superfície, não sendo libertado para o 
espaço. Esse fenômeno é responsável por manter as temperaturas médias globais, 
evitando que haja grande amplitude térmica e possibilitando o desenvolvimento dos 
seres vivos. (Wikipédia) (Figura 2) 
Figura 2 - Desenho de como ocorre o efeito estufa 
Fonte: Toda Matéria, 2011. 
Os gases estufa são os seguintes: vapor de água, clorofluorcarbono (CFC), ozônio 
(O3), dióxido de carbono (CO2), metano (CH4), óxido nitroso (N2O), Hidrofluorcarbonos 
(HFCs), Perfluorcarbonos (PFCs) e os Hexafluoreto de Enxofre (SF6). 
O principal gás responsável pela geração do efeito estufa é o vapor de água 
troposférico. sua concentração atmosférica provém unicamente de fontes naturais, tais 
como evapotranspiração e atividade vulcânica (IPCC,1990). Os principais gases 
antrópicos são o CO2 e o CH4 (20 vezes mais potente que o CO2 como gás-estufa), e o 
N2O. (SILVA e PAULA, 2009) 
Atividades humanas como, a queima de combustíveis fósseis, as queimadas nas 
florestas para transformar suas áreas em plantação, criação de gado e pastagens, 
também colaboram para o aumento do efeito estufa; desestabilizando o equilíbrio 
energético no planeta, produzindo um fenômeno conhecido como aquecimento global. 
(Figura 4) 
Uma das causas do efeito estufa, está ligada com o aumento dos índices de poluição, 
sobretudo pela emissão de dióxido de carbono pelo escapamento dos veículos, 
chaminés das fábricas. No gráfico abaixo note-se o aumento exponencial na 
concentração de CO2 nos últimos tempos. (Figura 3). Além disso, o gás metano, que 
também está vinculado a este problema, está presente na decomposição de restos 
orgânicos encontrados em lixões, aterros sanitários, reservatórios de hidrelétricas e até 
em rebanhos bovinos. (PENA, 2019) 
 A poluição do ar, graças à emissão dos gases de efeito estufa (GEE), acontece 
principalmente pela utilização de combustíveis fósseis. Essa queima libera o dióxido de 
carbono e o metano na atmosfera; o que acaba dificultando a propagação dos raios 
infravermelhos, gerando mais calor retido na atmosfera terrestre 
Figura 3 - Variação da concentração atmosférica de CO2 nos últimos 400 mil anos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Wikipédia, 2020. 
Figura 4 - Variação de temperatura na Terra de 1860 até 2004. 
Fonte: Wikipédia, 2020. 
2.2 Consequências 
As consequências do aquecimento global são diversificadas e complexas, podendo 
gerar danos irreversíveis à humanidade. Esses danos poderão nos afetar de diversas 
formas, como na área ambiental, econômica, climática, além de prejudicar a saúde 
humana, a infraestrutura das comunidades, sistemas de transporte, suprimentos de 
água e comida. 
O aquecimento global afeta diretamente a vida animal no planeta Terra. Dados do 
IPCC nos alertou, em 2007, para o risco de perdermos 30% das espécies do mundo 
caso a temperatura global aumente 2ºC. Se a temperatura aumentar, 
aproximadamente, 43% das florestas do mundo e suas espécies estarão em risco, e 
40% das florestas da Amazônia podem perder a sua vegetaçãonativa, se 
transformando em ambientes parecidos com o cerrado. 
O aumento médio da temperatura da Terra, não afetara apenas as florestas, mas 
também, várias regiões que sofreram com o fenômeno do degelo, que afeta 
principalmente as calotas polares. As calotas são importantes para o equilíbrio 
ambiental, servindo como território para várias espécies animais, além de imensos 
depósitos de gás Metano (CH4). As consequências desse derretimento, seria a 
liberação do gás metano, intensificando o aquecimento global; além de prejudicar 
gravemente populações humanas e ecossistemas naturais. 
Os gases de efeito estufa do ar impregnam os oceanos e acentuam sua acidez. Foi 
observado o aumento na temperatura das águas oceânicas a até 3 mil metros de 
profundidade, modificando as condições de vários ecossistemas marinhos, 
aumentando a umidade do ar e alterando a dinâmica da circulação atmosférico 
(PAREJO, 2005) 
Pesquisas realizadas confirmam que o Oceano Ártico teve sua área reduzida em 
14%, além da camada de gelo ter se tornado 40% mais fina. A Antártida, por sua vez, 
perdeu 3 mil quilômetros quadrados de extensão. Com esse derretimento, uma grande 
camada de água, fluirá para os oceanos, podendo contribuir para a elevação do nível 
do mar. 
A Antártida tem papel fundamental na regulação do clima global, interferindo em 
correntes marítimas e massas de ar que atuam nos trópicos. Além de ser o maior 
repositório de água doce do mundo e o lar de diversas espécies. Quando o gelo se 
reduz, diminui também a oferta de alimento. As colônias de pinguins, por sua vez, 
diminuíram quase 77% nos últimos 50 anos, segundo estudos sobre o continente. 
(VICK e TU, 2020) (Figura 5) 
Figura 5 - Áreas da Antártida que mais viram mudanças nas geleiras nos últimos 25 anos 
Fonte: NEXO JORNAL LTDA 
O declínio do gelo marinho do Ártico também tem profundos efeitos climáticos 
globais, que já estão intensificando o aquecimento global e têm o potencial de 
desestabilizar o sistema climático. De acordo com o Comitê de Auditoria Ambiental do 
Parlamento do Reino Unido, o Oceano Ártico pode ficar sem gelo no verão antes de 
2050, a menos que as emissões de gases sejam reduzidas. (Figura 6) 
Figura 6 – Mudança na quantidade de gelo flutuante no oceano Ártico. Na imagem de cima, a situação 
em 2012, e na imagem de baixo, como era em 1984. 
Fonte: Wikipédia, 2019 
 
Um trabalho conduzido por pesquisadores da Universidade de Stanford, nos Estados 
Unidos, analisou as consequências econômicas do aquecimento global. Os resultados 
foram que, este aumento na temperatura pode reduzir em 23% o potencial de 
crescimento do PIB mundial até 2100. Os países mais afetados seriam nações em 
desenvolvimento, que estão concentradas entre os trópicos. (PANI, 2015) 
Sem dúvidas, o setor econômico que será mais afetado será o agropecuário, pois 
depende de condições especiais como temperatura e precipitação. Plantações teriam 
que ser irrigadas mais vezes, medidas teriam que ser adotadas para garantir o bem 
estar animal, que ficariam mais vulneráveis ao calor. Assim, produtos como vegetais e 
carnes ficariam mais caros. 
Dados recentes do Instituto Nacional de Pesquisa Espacial (INPE), indicam um maior 
prejuízo em regiões onde a temperatura alta já é uma constante, como é o caso das 
regiões Norte e Nordeste. A tendência, com essa situação, é de que os moradores 
dessa região aumentem a dependência de programas de assistência social para 
manterem condições mínimas de vida na região. Além da acentuação de fluxos 
migratórios e possibilidade de conflitos armados na luta por recursos naturais escassos. 
Considerando as mudanças na pluviosidade e a ocorrência de eventos extremos, 
como furacões, inundações, tempestades, secas e incêndios, comprometem 
infraestruturas essenciais, como linhas de energia, estradas e pontes, que precisariam 
ser reparadas com mais frequência, gerando gastos significativos aos governos. 
Provavelmente, teremos que expandir a capacidade da construção civil, pois o 
aumento de catástrofes climáticas resultará em maior número de acidentes. O mercado 
de seguros ficará propenso a sofrer um transtorno considerável, já que os casos de 
acidentes por conta de ventania, furacões e enchentes tendem a aumentar. 
Sem esquecer do setor da saúde, que estará no centro do problema, pois teremos 
um grande aumento de doenças relacionadas ao calor e chuva, como por exemplo, 
febre amarela, dengue, malária, leishmanioses, diarreias infecciosas, cólera, 
leptospirose, hepatite A, entre outras. Com a diminuição da camada de ozônio, 
começarão a aparecer diversos casos de câncer de pele. Em decorrência das 
enchentes, haverá mais casos de leptospirose. A ausência de água tratada e a coleta 
de esgoto ficarão comprometidas, ampliando os problemas de saúde. (PEREIRA, 2008) 
Apesar de algumas das questões relatadas serem inevitáveis, a diminuição da 
emissão de gases de efeito estufa é necessário para que haja uma diminuição nesses 
fatores. Além disso, é imprescindível que todos os países se unam para ajudar as 
populações a enfrentarem todos os problemas que estão por vir. 
2.3 Mitigação 
Para combater o efeito estufa, e consequentemente o aquecimento global é 
necessário, então, o controle da emissão de poluentes na atmosfera, com destaque 
para o CO2 e o CH4. Para isso ocorrer, além de uma maior disciplina por parte das 
pessoas em economizar os seus recursos, seria necessária uma maior ação das 
empresas, sobretudo aquelas que emitem uma maior quantidade de poluentes na 
atmosfera. 
 Para diminuir a emissão desses poluentes, seria necessário reduzir ou até 
abandonado a utilização de combustíveis fósseis. Os carros são os mais poluentes em 
comparação com outros meios de transporte. Se extinguissem a utilização desse meio 
de transporte em países industrializados, essa ação poderia reduzir 2,5 toneladas de 
CO2 cerca de um quarto das emissões anuais médias (9,2 toneladas). 
O IPCC diz que precisamos comprar menos alimentos de origem animal 
(principalmente bovina); dirigir carros elétricos, ou até substituir por caminhar ou 
pedalar; pegar trens e ônibus em vez de aviões; substituir viagens de negócios por 
videoconferências; usar varal em vez de máquina de secar roupa; demandar produtos 
de consumo com baixo teor de carbono. 
A mudança na dieta, evitando alimentos derivados de animais, é muito importante, 
pois segundo dados, a criação de gados é o terceiro maior emissor de gases de efeito 
estufa. Ao reduzir seu consumo de proteína animal pela metade, você pode reduzir a 
pegada de carbono da sua dieta em mais de 40%. 
Outra forma de combater o aquecimento global seria diminuir a produção de lixo, e 
estimular a medida de reciclagem, visto que, a diminuição do lixo reduziria a poluição e 
a emissão de gás metano, muito comum em áreas de aterros sanitários. 
Por parte das indústrias, a diminuição das emissões de poluentes na atmosfera 
também é uma ação necessária. Como reformular nosso sistema de subsídios para as 
indústrias de energia e alimentos, que continuam a depender de combustíveis fósseis, 
ou estabelecer novas regras e incentivos para setores como agricultura, desmatamento 
e gestão de resíduos. (ORTIZ, 2018) 
Pesquisas mostram que, por estarmos constantemente avaliando o que pessoas do 
nosso entorno estão fazendo, ajustando nossas crenças e ações de acordo com isso. 
Pensando nisso, se você aí na sua casa tomar uma decisão rumo à sustentabilidade, 
outras pessoas também iram seguir seu exemplo. 
 Independentemente de onde você viva, já deve ter constatado que as mudanças 
climáticas afetam a sua vida. No entanto, o inverso também é verdade; seus feitos 
também influenciarão o planeta nas próximas décadas, seja ele para melhor ou para 
pior. 
3. Conclusão 
Como vimos anteriormente, o efeito estufa traduz-se em um fenômeno natural e 
indispensável para existência de vida no planeta, uma vez que ele éo responsável por 
manter a Terra aquecida. Porém, com o aumento constante da industrialização esse 
fenômeno tem sido agravado, e a emissão de gases de efeito estufa aumentou 
exponencialmente. Com esse acúmulo de gases, mais quantidade de calor está sendo 
retida na atmosfera, resultando no aumento de temperatura. Essa situação dá origem 
ao aquecimento global. 
O aquecimento global refere-se ao aumento elevado da temperatura média da Terra. 
Apesar de ser um assunto que não é um consenso na comunidade científica, vários 
especialistas concordam que esse fenômeno se acentuou mais em razão das 
atividades humanas. As principais consequências desse fenômeno são o derretimento 
das calotas polares, o aumento do nível dos oceanos, a diminuição dos recursos 
hídricos e diversas anomalias climáticas, entre outros problemas. 
Devemos sempre fazer a nossa parte para evitar que esses efeitos sejam sentidos 
em nosso planeta. Por isso, é indispensável que os governos locais e internacionais, 
além das fábricas, empresas, indústrias e da própria sociedade como um todo, reúnam 
suas forças para agir por um bem em comum. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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